1 Biblioteca digital: oportunidades do acesso aberto à informação. Profa. Dra. Sueli Mara S.P....
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Biblioteca digital: oportunidades do acesso aberto à informação.
Profa. Dra. Sueli Mara S.P. Ferreira
UNIFA – Universidade da Força AéreaSeminário “Reflexões e Estudos Estratégicos: Biblioteca Virtual – Oportunidades do Acesso Livre à Informação”
Rio de Janeiro, 29 de setembro de 2009
@2009 – Sueli Mara S.P.Ferreira – [email protected] 2
Pauta
Biblioteca: digital? eletrônica? virtual?
Algumas características da biblioteca digital
Contribuições dos movimentos internacionais Open Access (OA) – Movimento do Acesso
Aberto ao Conhecimento em Ciência, Humanidades e Tecnologia.
Open Archives Initiative (OAI) - Iniciativa dos Arquivos Aberto
Grandes projetos brasileiros
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Sonho antigo
Biblioteca total / universalreunir todo o conhecimento, as
práticas e a literatura disponível.
Distintos e memoráveis autores já sonhavam com isto
• Umberto Eco, Borges, Cervantes, Paul Otlet, Henri La Fontaine, Vanevar Bush, Ted Nelson
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E a internet, o que difere?
Não se trata apenas de ACESSO ou extensão da memória humana
...”mas de um conjunto de técnicas e de metodologias que viabilizem a invenção de uma metáfora de uma biblioteca em que livros, imagens, músicas, filmes e outros recursos inéditos de informação, distribuídos por todo o mundo, pareçam estar perfeitamente integrados e organizados em estantes feitas de bits”.
(Sayão, 2008).
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Conceitos contemporâneos
“ambiente distribuído que integra coleções, serviços e pessoas na sustentação do ciclo de vida completo de criação, disseminação, uso e preservação de dados, informação e conhecimento”
(DUGUID, 1997 apud Sayão, 2008).
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Conceitos contemporâneos
Bibliotecas digitais são organizações que disponibilizam os recursos, incluindo pessoal especializado, para selecionar, estruturar, oferecer acesso intelectual, interpretar, distribuir, preservar a integridade e assegurar a persistência ao longo do tempo de coleções de trabalhos digiais, de forma que eles estejam pronta e economicamente disponíveis para uso de uma comunidade definida ou um conjunto de comunidades. (Digital Library Foundation, USA)
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Conceitos contemporâneos
“BD devem capacitar qualquer cidadão a acessar todo o conhecimento humano a qualquer momento e em qualquer lugar, de uma forma amigável, de varias maneiras, de forma efetiva e eficiente, rompendo barreiras geográficas, culturais e de linguagem. Utiliza-se para tanto de múltiplos dispositivos conectados via internet”.
(Delos, Bca digital européia).
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Desafio atual
Integrar a diversidade crescente de objetos digitais e fontes impressas, fornencendo ao usuário uma visão unificada dos estoques de informação disponíveis.
Incorpora diversas áreas do conhecimen-to (CI, CC, GC..) e distintos nichos de mercado (academia, indústria, governo...)
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Distintos conceitos subjacentes
Tecnologias abertas Interoperabilidade Recursos distribuidos Recuperação da informação Preservação digital Tecnologias semânticas Design centrado no usuário e usabilidade
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Arquitetura para BD
Infra-estrutura comum, customizavel, configurável e adaptável – distintas aplicações, setores, público.
Aderência à complexidade crescente das necessidades dos usuários.
Um desenvolvimento ainda em seus primórdios é derivado do movimento OAI – Open Archives Initiative
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OAI – Open Archives Initiative
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OAI
“.. soluções técnicas efetivas, ágeis, econômicas e viáveis para que comunidades científicas reconstruam práticas e processos de comunicação científica, sistemas de gestão cooperativos, mecanismos de controle bibliográfico, preservação da memória, promovendo assim a consolidação de seu corpus de conhecimento”
(Ferreira, 2007)
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OAI
Trata-se de uma iniciativa para desenvolver e promover padrões e normas de interoperabilidade para facilitar a eficiente disseminação de conteúdos na Internet.
Archives => arquivos no sentido mais amplo – repositórios para armazenar informações digitais.Não está relacionado com o conceito tradicional de arquivo com conotação de preservação e conservação.
Open => se refere a arquitetura do sistema. Se trata de definir interfaces que facilitem a disponibilidade de conteúdos procedentes de uma variedade de provedores. Na maioria dos casos trata-se também de software de código fonte aberto - opensource.
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OAI - Interoperabilidade
Protocolo OAI/PMH – Protocol for Metadata Harvesting - protocolo de comunicação para permitir a coleta de metadados entre dois serviços, portanto o compartilhamento entre serviços de informação.
• Protocolo = conjunto de regras de comunicação entre sistemas. Exemplos: FTP, HTTP, Z39.50 etc.
• Metadados = padrão Dublin Core – dados que descrevem os documentos
• Harvesting = Colheita/Coleta – procedimento de extração de metadados de um conjunto de repositórios distribuídos remotamente e respectivo armazenamento em banco de dados
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OAI - Interoperabilidade
Modelo funcional – Protocolo OAI/PMH Provedor de Dados (data provider) – provedor que
mantém um ou mais repositórios, que suportam o protocolo OAI/PMH, para expor os seus metadados.
Provedor de Serviços (service provider) – provedor que faz a coleta de metadados para compor um serviço de informação com valor agregado. Portanto, o provedor de serviço faz o harvesting dos metadados expostos pelos provedores de dados
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OAI - Interoperabilidade
Provedores de Dados (Data Providers)
1 2 3 4 5 N...
Provedores de Serviço (Service Providers)
(ASSIS, 2009)
Interoperabilidade
Complexidade crescente – distintos formatos, suportes e diversidade de conteúdo.
Oferta de uma visão unificada das informação solicitadas em situação de busca.
Interoperabilidade técnica, semântica, política, humana ...
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Portal Univerciencia.org
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Novos conteúdos e serviços (1)
Formação, tratamento, armazenamento, do conteúdo digital / impresso
Barreiras tecnológicas – acesso e uso do material exclusivamente impresso e/ou digital
Políticas e estratégia de gestão, seleção e aquisição (consórcios, parcerias...)
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Novos conteúdos e serviços (2)
Sustentabilidade das coleções digitais
“Coerência digital” – objetos distintos formatos tratados essencialmente da mesma forma
Metadados – distintos níveis de granularidade, formas de descrição e tipologia de usuário.
Documentos digitais – várias formas, versões e instâncias.
Preservação digital
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Gestão de Direitos Autorais (1)
Movimento do Acesso Aberto
suporte teórico e respaldo político que possibilitem e sustentem a discussão sobre a disseminação ampla e irrestrita do conhecimento; a legitimação e institucionalização de novos sistemas de publicação científica, a revisão das práticas associadas à concessão de direitos de autor; a transparência necessária no processo de peer-review e o compartilhamento público sem custos, entre outros possíveis exemplos.
(Ferreira, 2007).
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Gestão de Direitos Autorais (2)
Comunicação científica Direito moral versus direito patrimonial Experiência com o Portal de Revistas em Ciências da
Comunicação – UNIVERCIENCIA.ORG
antes - custodiantes da informação e não detém direitos
autorais sobre o material hoje – mecanismos para gerenciar esses direitos,
disponibilizar sem violar propriedade intelectual, apoio aos usuários institucionais (Rota Verde e Dourada das Revistas, por exemplo).
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Movimento do Acesso Abertowww.eprints.org/openaccess
Novos conteúdos e serviços (4)
Bibliotecas digitais de teses Repositórios digitais (institucionais
e temáticos) Conferência e anais eletrônicos Revistas eletrônicas
TEDE, Dspace, Fedora, Eprints, OJS/SEER, OCS/SOAC...
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Foco no usuário
Interface ainda a ser explorada – design centrado no usuário - distintos contextos e audiências.
Estudos de usuários – visão holística, perspectiva cognitiva, construtivista
Usabilidade, acessibilidade, interação humano-computador
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Concluindo
Biblioteca digital Conceito ainda em construção Oportuniza a produção de metainformação. Imensas e distintas possibilidades Serviços em larga escala onde coleções de
informações são:• armazenadas em formatos digitais, • distribuídas em escala mundial e • recuperadas por meio de redes de computadores e
por usuários em seus notebooks/palm-tops/celulares ...
• estando eles em suas casas ou escritórios.