Quem não sabe tolerar não aprende a amar. Quem não sabe tolerar não aprende a amar.
06 de evereiro de 2020 Especia ão alentim Parte integrante ... · do dia dos namorados, não deixe...
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1 | Especial São Valentim | Edição nº 649 do A Nação | 06 de Fevereiro de 2020 Especial São Valentim | Edição nº 649 do A Nação | 06 de Fevereiro de 2020 | Parte integrante da edição nº 649 do A Nação de 06 de Fevereiro de 2020. Não pode ser vendido separadamente.
2 | Especial São Valentim | Edição nº 649 do A Nação | 06 de Fevereiro de 2020 Especial São Valentim | Edição nº 649 do A Nação | 06 de Fevereiro de 2020 |
Declare o seu amor Com frases românticas para a sua cara metade...
De: Gelson para Melissa (Josmel)
De: Ismael para -Dailyne Fernandes
Lija Pires
De: Manuela para Carlos
Marta DelgadoDe: Dj para Tónia
De: Elvis para Márcia
De: Samira para amor da miha vida
Do: Sr. Costa para a Sra. B
De: Alice para Miguel
De: Kátia para Andreia
De: Ana para Inácio
3 | Especial São Valentim | Edição nº 649 do A Nação | 06 de Fevereiro de 2020 Especial São Valentim | Edição nº 649 do A Nação | 06 de Fevereiro de 2020 |
Eu era a vítima…
Romice Monteiro*
A ansiedade era tanta porque tinha chegado o dia dos namorados e eu quis, como das outras vezes, esquecer as bri-gas, os socos que levei e preparar o espírito “amor feliz”. Com o ânimo de que “é desta que ganharei uma rosa e um jantar à luz de velas”, finalmente estaria a viver o mes-mo sentimento que as minhas amigas. Na verdade, esperava este dia para melhorar a minha fama na vizinhança.
Diferente dos outros dias, estava dispo-nível a colaborar. O sol ainda não se tinha posto e o jantar já estava pronto. A casa es-tava limpa e arrumada, tanto que o chão refletia uma imagem nítida dos meus olhos que, apesar de cansados, estavam es-perançosos de que a nossa fiel companhei-ra, a tristeza, estava finalmente de partida. Mesmo que seja por um dia. Até as roupas dele para os próximos dias de trabalho es-tavam penduradas no guarda-roupa, nos cabides da frente e como se não bastasse atrevi-me a juntar as peças que combina-vam perfeitamente, assim como nós, no dia em que nos conhecemos e apaixoná-mos, resolvemos casar e juntar os trapos.
E tudo, incluindo outros detalhes que eu não contei, estava pronto. Só faltava ele chegar a casa com a mesma perspectiva e dizer-me que estava arrependido das pa-lavras feias que está habituado a chamar--me, das vezes que me puxou pelo cabelo, em plena luz do dia, e na presença dos vizi-nhos, que conhecem cada detalhe de nos-sas vidas, através das discussões que atra-
As nossas sugestões da semana passam co-nhecer os direitos e deveres de um relacionamen-to para saber o que dar e receber:
Assim, temos o direito de: Ser respeitado; Opi-nar; Estabelecer limites; Dizer “Não”; Ter amigos fora da relação; Passar tempo com outras pessoas de quem gostamos; Não ser agredido psicológica, emocional, física ou sexualmente.
Da mesma forma devemos: Respeitar; Aceitar uma opinião diferente; Escutar e respeitar um “Não”; Aceitar que a outra pessoa tenha outros amigos; Não agredir psicológica, emocional, físi-ca ou sexualmente a outra pessoa.
Direitos e deveres estes que que não passam de “exigir dos outros o que também estamos dis-postos a atribuir”.
Sugestões da semana
vessam as paredes da nossa casa. Pelo dia dos namorados, e em honra ao
São Valentim, estava disposta a perdoar--lhe pelos seus erros e a perdoar-me pelos meus. Em fim, estava desposta a voltar no tempo e acreditar naquela publicidade so-bre a VBG que na altura, não pareceu ser o meu caso. Sim, falo do dia em que rece-bi a sua primeira bofetada. Aquela que ele justificou como “prova do meu amor por ti, e medo de te perder pelo vizinho que te sorriu neste primeiro dia em que nos mu-damos para cá”. Como disse, estava tudo
pronto e só faltava ele e o seu “querer ficar bem” para comemorarmos o nosso primei-ro dia dos namorados após o casamento.
Ansiosa fui deitar-me no sofá da sala e mal encostei a cabeça, a porta abrir-se. Era ele a chegar. O meu coração palpita-va. Desconfiada de que aquela seria mais uma das várias tentativas fracassadas. Foi então que senti os seus passos, em minha direção e logo a seguir, um beijo profundo, que nunca tinha recebido dele. No mesmo instante, e porque pareceu-me mais um sonho do que uma realidade, muito rapi-
damente correspondi ao beijo e envolvi--me num abraço. Estava tão feliz que nem parecia ser eu. Foi então que acordei e dei conta que estava a sonhar com a realidade da minha vizinha e de várias outras me-ninas e mulheres vítimas de violência do-méstica e no namoro. Com este aproximar do dia dos namorados, não deixe que isso te faça tolerar as violências físicas e ver-bais. Pelo contrário, reivindique os seus di-reitos de ser e de fazer alguém feliz.
* Jornalista do A NAÇÃO
4 | Especial São Valentim | Edição nº 649 do A Nação | 06 de Fevereiro de 2020 Especial São Valentim | Edição nº 649 do A Nação | 06 de Fevereiro de 2020 |
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