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Revista de Imprensa06-09-2016
1. (PT) - Correio da Manhã, 06/09/2016, Doces ficam fora dos hospitais 1
2. (PT) - Diário do Minho, 06/09/2016, Hospital da Póvoa de Lanhoso abriu unidade médico cirúrgica 2
3. (PT) - Correio do Minho, 06/09/2016, Misericórdia melhora qualidade dos serviços 5
4. (PT) - Jornal de Notícias, 06/09/2016, Hospitais ganham 11 médicos 7
5. (PT) - Diário do Minho, 06/09/2016, Centro Hospitalar do Médio Ave contrata 11 médicos especialistas 8
6. (PT) - Jornal de Notícias, 06/09/2016, Superbactéria volta a infetar doentes em vários hospitais 10
7. (PT) - Negócios, 06/09/2016, Sem combate à infecção, não há qualidade dos cuidados prestados -Entrevista a Paulo André Fernandes
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8. (PT) - Terras da Feira, 05/09/2016, Na USF de Lourosa há uma paragem para lembrar que ali os utentesnunca ficam à porta
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9. (PT) - Terras da Feira, 05/09/2016, PASSE - Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar 18
10. (PT) - Destak, 06/09/2016, Conselhos à altura do clima 19
11. (PT) - Público, 06/09/2016, Nova app portuguesa quer ajudar a reduzir o risco do cancro 20
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SAUDE
Doces ficam fora dos hospitais 0 Entra hoje em vigor o despa cho que proíbe a dispensa de snacks, salgados e doces nas máquinas de venda automática nos hospitais, centros de saúde e outros serviços que integram o Serviço Nacional de Saúde. A medida vai aplicar - se de for ma faseada. •
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José Carlos Ferreira
A Santa Casa da Mi-sericórdia da Póvoa de Lanhoso abriu ontem o programa
comemorativo do cente-nário do Hospital Antó-nio Lopes, com a inau-guração da nova unidade Médico Cirúrgica, numa cerimónia que foi presidi-da pelo secretário de Es-tado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.
Segundo o provedor da instituição, está prepa-rado um vasto programa que irá encerrar a 5 de se-tembro de 2017, para ho-menagear, não só Antó-nio Lopes, fundador do hospital, mas também os que deram seguimento a esta obra.
Humberto Carneiro revelou que o programa prevê vários momentos dedicados a promover a imagem do beneméri-to e a divulgar a institui-ção. E, entre as iniciativas programadas, o provedor começou por destacar a inauguração ontem da unidade Médico Cirúrgi-ca, que é uma ampliação do hospital. Para novem-bro está previsto o lança-mento de um livro infan-til que conta a história de António Lopes e, em se-tembro de 2017 a edição da história do hospital e da Misericórdia.
Um concurso de foto-grafia, será o mote do pró-ximo cortejo etnográfico das festas concelhias, um congresso sobre o cente-nário do hospital no mês de maio e a inauguração da remodelação total do
hospital a 5 de setembro de 2017, são outras ini-ciativas salientadas pelo provedor.
Sobre a nova unidade Médico Cirúrgica, Hum-berto Carneiro disse que ela irá possibilitar a aber-tura de novas áreas e a melhoria da qualidade das já existentes. «Nela já funcionam novos serviços, nomeadamente as unida-de de internamento, de endoscopia digestiva, de cardiologia e de medici-na física e de reabilitação. O novo bloco operatório terminado está numa fa-se de aquisição de novos
Secretário de Estado Adjunto e da Saúde presidiu à sessão solene
Hospital da Póvoa de Lanhoso iniSecretário de Estado Adjunto e da Saúde inaugurou unidade Médico Cirúrgica
equipamentos prevendo--se a sua entrada em fun-cionamento até ao fim do corrente ano», disse.
Com as novas valências, acrescentou, a Misericór-dia da Póvoa de Lanho-so concretiza dois objeti-vos, ou seja, a permanente procura da melhoria da qualidade dos serviços e proporcionar o acesso a diversos meios comple-mentares de diagnóstico e terapêutica aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O secretário de Esta-do Adjunto e da Saúde começou por sublinhar
a relação «leal e respon-sável» entre o Estado e as Misericórdias. «Uma rela-ção exigente, mas coope-rativa. E as Misericórdias têm seguramente um pa-pel único na complemen-taridade nos serviços que o SNS presta com quali-dade, com equidade, de uma forma justa e equi-librada no país. Eu queria deixar aqui uma palavra de agradecimento a to-do o esforço que as Mi-sericórdias têm efetuado ao longo destes anos em prol da população», disse.
Para Fernando Araújo, as Misercórdias têm ca-
pacidade de ir onde o Es-tado, por vezes, não con-segue chegar e de prestar serviços que o Estado não tem possibilidade. «E, nes-te esforço de articulação e de complementarida-de, seguramente que, em conjunto, somos mais for-tes a chegar às pessoas», acrescentou. O secretá-rio de Estado sublinhou ainda a aposta do Gover-no na Rede de Cuidados Continuados Integrados.
Nestes mais de cinco séculos, as Misericórdias têm contribuído de forma determinante para a materialização das respostas sociais consagradasna legislação.
6MILHÕES DE EUROS É O CUSTO TOTAL DA
REMODELAÇÃO DO HOSPITAL
Comemoramos o aniversário e damos início às celebrações do centenário do Hospital António Lopes. Para o efeito, preparámos um vasto programa para homenagear António Lopes, fundador do nosso hospital e todos que deram seguimento a esta obra.
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Programa deve ficar marcadopelo "Tratar do Criado"
José Carlos Ferreira
O Arcebispo de Bra-ga desafiou ontem a Misericórdia da Póvoa de Lanhoso
a marcar o seu programa comemorativo do cente-nário do Hospital António Lopes com a nova obra de Misericórdia que o Papa Francisco quis a todos res-ponsabilizar, ou seja ,"Tra-tar do Criado", isto é, da-quilo que existe.
«Esta obra de Miseri-córdia significa cuidar da saúde de qualquer ser hu-mano, olharmos para tudo aquilo que existe, nomea-damentre no ambiente. Parece-me que esta res-ponsabilidade é para to-dos nós. E penso que es-
te centenário devia ficar marcado por descobrir no dia a dia o que esta nova obra de Misericórdia sig-nifica, porque há muito por cuidar e muito tra-balho por realizar», disse.
D. Jorge Ortiga defen-deu que todos devem crescer na responsabili-dade de olhar pela na-tureza e de cuidar dela a sério. «Este não é um tra-balho apenas de alguns. E quando falo da natureza não estou a desconside-rar aquilo que um hospi-tal realiza porque o "cria-do" coloca em primeiro lugar a centralidade do Homem. Não podemos cuidar do criado sem cui-darmos, naturalmente, do Homem», sustentou.
Por outro lado, acres-centou, a realização deste trabalho é também uma oportunidade para esque-cer a contraposição que existe seja entre as pes-soas ou mesmo entre as instituições. «Nós tere-mos que trabalhar, essen-cialmente, por uma cola-boração crescente, uma colaboração de quem é capaz de dar o seu pró-prio contributo. Mas uma colaboração que tem de ser subsidiária, isto é, de respeitar as competências das diversas instâncias. E fazer com que cada ins-tância faça aquilo que lhe compete», disse. Assim o prelado deixou o desafio de, em colaboração, todos tratarem do criado.
icia comemorações do centenário
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A Misericórdia da Póvoa de Lanhoso apresentou as medalhas comemorativas do centenário do Hospital António Lopes da autoria do escultor Eduardo Bom Pastor.
medalha
Temos que trabalhar em conjunto. Temos que continuar a ajudar o Estado, a ajudar os hospitais públicos, a cooperar com eles.
D. Jorge Ortiga apelou ao trabalho em colaboração subsidiária
BOMBEIROS ADIAM CELEBRAÇÃO DO SEU ANIVERSÁRIO
comemoração Os Bombeiros da Póvoa de Lanhoso decidiram adiar a festa anual co-memorativa da sua fundação que, como é habitual, é celebrada a 5 de setembro jun-tamente com a da Santa Casa da Misericór-dia, face à «situação dramática» dos incên-dios no concelho, informou a instituição, em comunicado.
Segundo a mesma fonte, em causa está a situação vivida desde o início da tarde de do-mingo, «com a deflagração de vários incên-dios, de significativas proporções, alguns de-les ameaçando mesmo zonas residenciais». Uma situação que, acrescenta o comunica-do, podia complicar-se durante o dia de on-tem, dada a anunciada subida da tempera-tura, «pelo que o corpo ativo poderia ver-se impedido de participar na sua própria festa de aniversário». Assim, a direção dos bom-beiros decidiu adiar para 25 de setembro o programa festivo, que entre outros números conta com a inauguração de um museu da corporação e a condecoração de bombeiros.
Fundada em 1904, a corporação da Pó-voa de Lanhoso realiza anualmente, desde há muitas décadas e sempre a 5 de setem-bro, esta festa, comemorando a sua funda-ção e relembrando o casal de beneméri-tos António Lopes e Elvira Câmara Lopes, obreiros da criação do corpo de bombeiros.
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Câmara reconhece dinamismoda Misericórdia
O presidente da Câ-mara da Póvoa de La-nhoso reconheceu ontem o dinamismo da Santa Casa da Mi-sericórdia e dos seus dirigentes.
Na sessão come-morativa da inau-guração da unidade Médico Cirúrgica e do aniversário do Hospital António Lo-pes, Manuel Baptis-ta realçou o trabalho do provedor e o seu empenho para que a população conce-lhia usufrua de um serviço de saúde de proximidade.
«Hoje podemos dizer que temos ex-celentes respostas na área da saúde. Temos uma cobertura to-tal ao nível do médi-co de família, sendo a Póvoa de Lanho-so um concelho de referência», disse o autarca.
Não menos impor-tante, acrescentou, é a consulta aberta do Hospital António Lo-pes «que tem sido uma enorme mais- -valia», salientou.
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Hospital da Póvoa de Lanhosoabriu unidade médico cirúrgica
REGIÃO P.14-15
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PÓVOA DE LANHOSO| Lurdes Marques |
A inauguração da Unidade Mé-dico-Cirúrgica, na manhã de on-tem, marca o arranque das co-memorações do centenário doHospital António Lopes, da San-ta Casa da Misericórdia da Pó-voa de Lanhoso. Um programavasto e diversificado, que se es-tende ao longo de 365 dias, quepretende, tal como referiu o pro-vedor Humberto Carneiro, ho-menagear António Lopes, fun-dador do Hospital, bem comotodos aqueles que deram segui-mento à grande obra.
A cerimónia de inauguração foipresidida pelo secretário de Es-tado Adjunto e da Saúde, Fer-nando Araújo.
No dia 5 de Setembro, festejamo seu aniversário as duas insti-tuições mais emblemáticas doconcelho – Bombeiros e Miseri-córdia. Este ano, face aos inú-meros incêndios que assolam oconcelho, as comemorações doaniversário dos bombeiros fo-ram adiadas.
Na nova Unidade Médico-Ci-rúrgica já funcionam novos ser-viços, nomeadamente as Unida-des de Internamento, Endosco-pia Digestiva, Cardiologia e Me-dicina Física e de Reabilitação.O novo Bloco Operatório entra
em funcionamento no final doano.
Segundo Humberto Carneiro,com a entrada em funcionamen-to das duas novas valências, aMisericórdia da Póvoa de La-nhoso concretiza dois objecti-vos, a permanente procura damelhoria da qualidade dos servi-ços e o proporcionar o acesso a
diversos meios complementaresde diagnósticos e terapêutica aosutentes do Serviço Nacional deSaúde.
Humberto Carneiro não esque-ceu os Bombeiros Voluntários daPóvoa de Lanhoso referindo que“abdicaram da sua festa, anula-ram todas as partes festivas por-que, em primeiro lugar para os
bombeiros da Póvoa de Lanhosoe certamente para os Bombeirosde Portugal”.
Deixando uma palavra de reco-nhecimento e estima, prontifi-cou-se a colaborar em tudo oque seja necessário.
De entre outras considerações,Manuel Baptista, presidente daCâmara Municipal da Póvoa de
Lanhoso, pediu para que o Go-verno mantenha a ConsultaAberta no Hospital António Lo-pes, que assegura os cuidadosprimários nos períodos comple-mentes ao Centro de Saúde.
“O nosso permanente desafiona cooperação com o Estado éfazer mas fazer ao nível de exce-lência”, destacou Manuel Le-mos, presidente da União de Mi-sericórdias.
De entre outras considerações,o secretário de Estado Adjunto eda Saúde, Fernando Araújo, vin-cou que o Governo pretendeapostar na Rede Nacional deCuidados Continuados Integra-dos como uma resposta única nacomunidade.
Depois da abertura da unidadede cuidados continuados pediá-trica, em Matosinhos, a apostapassa por reforçar os cuidadoscontinuados na área da saúdemental. Defender o Serviço Na-cional de Saúde e promover aSaúde são as áreas prioritáriasdo Governo.
Misericórdia procura melhorarqualidade dos serviçosCOMEMORAÇÕES DO 100.º ANIVERSÁRIO do Hospital António Lopes da Misericórdia da Póvoa deLanhoso começaram ontem com a inauguração da Unidade Médeico-Cirúrgica.
DR
Inauguração da Unidade Médico-Cirúrgica marcou arranque das comemorações do centenário do Hospital António Lopes
Até 5 de Setembro de 2017Iniciativas promovem benemérito e instituiçãoDe ontem a 5 de Setembro de 2017, a Misericórdia da Póvoa de Lanhosopromove um conjunto de iniciativas de âmbito interno e externo. O lançamento de um livro infantil, contando a história de António Ferrei-ra Lopes e um outro que dará a conhecer a história do hospital e da Mise-ricórdia; o concurso de fotografia 100 anos – 100 fotos; o cortejo etnográ-fico promovido em parceria com o Município da Póvoa de Lanhoso,enquadrado nas Festas de S. José; o Congresso ‘100 anos do Hospital An-tónio Lopes’ e a inauguração da remodelação total do Hospital AntónioLopes, esta última em 5 de Setembro de 2017, são alguns dos eventos arealizar.
§programação
PÓVOA DE LANHOSO| Lurdes Marques|
Falar no 5 de Setembro é falarno aniversário dos BombeirosVoluntários e Hospital AntónioLopes. Este ano, face à situaçãovivida no concelho – com incên-dios em várias freguesias, as co-memorações dos 112 anos dossoldados da paz foram adiadas.
Ao que tudo indica, as mesmas– imposições de condecorações,imposição de divisas aos novos
bombeiros, bênção de viaturas einauguração do Museu, devemacontecer a 25 de Setembro, Diado Concelho.
“O cancelamento dos festejos,nos quais, entre outras autorida-des, deveria estar presente o co-mandante Jaime Marta Soares,presidente do conselho executi-vo da Liga dos Bombeiros Por-tugueses, decorre da situaçãodramática que desde o início datarde foi vivida no concelho coma deflagração de vários incên-
dios de significativas propor-ções, alguns deles ameaçandomesmo zonas residenciais. Pre-vê-se que a situação possa pio-rar, dada a anunciada da subidada temperatura, pelo que o corpoactivo poderia ver-se impedidode participar da sua própria festade aniversário”, podia ler-se nocomunicado emitido pela corpo-ração povoense, na noite do pas-sado domingo, após reunião ex-traordinária da direcção daAssociação Humanitária.
Comemorações dos 112 anos
Incêndios levam ao adiamento de festa
lllFernando Araújo, secretáriode Estado Adjunto e daSaúde, sublinhou, na suaintervenção o incontornávelpapel das Misericórdias nacomplementaridade com o Estado, na implementaçãode políticas públicas sociaise revelou que asMisericórdias vão onde oEstado, por vezes, não temcapacidade de ir. “O HospitalAntónio Lopes tem prestadocuidados de saúde deinigualável qualidade”,sublinhou o governante.
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PÓVOA DE LANHOSO
Misericórdiamelhoraqualidadedos serviçosPág. 14
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Santo Tirso Hospitais ganham 11 médicos
• O Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). do qual fazem parte os hospitais de Santo Tirso e Famalicão, tem agora mais 11 médicos, que acabam de ser contratados para fazer face à falta de recursos huma-nos que vinha sendo sentida. Segundo o CHMA, estes novos espe-cialistas "vèm ajudar a resolver insuficiências de algumas especiali-dades e permitir uma melhor e mais rápida resposta às necessida-des de cuidados de saúde da população dos concelhos de Famalicão. Santo Tirso e Trotá'. Com estas contratações, o Centro Hospitalar ga-nhou mais dois anestesistas, dois cirurgiões. duas médicas de medi-cina interna, dois pneumologistas, um fisiatra, uma neurologista e uma oftalmologista. A.C.C.
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Centro Hospitalar do Médio Avecontrata 11 médicos especialistas
O Centro Hospitalar do Médio Ave (CH-MA) divulgou on-tem a contratação
de 11 novos médicos pa-ra «resolver insuficiên-cias de algumas especia-lidades» e permitir uma «mais rápida resposta» às populações de Vila Nova de Famalicão, Santo Tir-so e Trofa.
«O Centro Hospita-lar do Médio Ave con-ta com onze novos mé-dicos: dois anestesistas, dois cirurgiões, duas mé-dicas de medicina inter-na, dois pneumologistas, um fisiatra, uma neuro-logista e uma oftalmolo-gista», refere o CHMA, em comunicado.
A contratação destes especialistas, no início de setembro, possibilitará ao
com o objetivo de permitir uma resposta mais rápida em Famalicão, santotirso e trofa
Novos profissionais irão ajudar a resolver as insuficiências em algumas especialidades
DR
hospital não só «resolver insuficiências de algumas especialidades», mas tam-bém permitirá «uma me-lhor e mais rápida resposta às necessidades de cuida-
dos de saúde da população dos concelhos de Famali-cão, Santo Tirso e Trofa».
A expetativa do Con-selho de Administração é a de que, com a entrada
destes novos onze especia-listas, seja possível «uma maior qualidade e eficiên-cia dos serviços de saúde prestados pelo CHMA».
Redação/Lusa
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região P.16
CENTRO HOSPITALARDO MÉDIO AVECONTRATA 11 MÉDICOSESPECIALISTAS
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Hospital Portadores de Klebsiella pneumoniae provenientes de outros hospitais
Conde Ferreira isola dez doentes com bactéria KP Imos &bre* toes•jn.pt
► O Centro Hospitalar Conde Fer-reira, no Porto, tem 10 doentes Iso-lados com a bactéria multiresisten-te Klebsiellapneumoniae carbape-nemase (KPC). a mesma que há cerca de um ano matou três pes-soas no Hospital de Gaia e mais re-centemente provocou outras três mortes no Centro Hospitalar e Uni-versitário de Coimbra.
Os doentes são provenientes de outros hospitais com os quais a Santa Casa da Misericórdia do Por-to (SCMP) mantém parcerias. mas
Hospital tem cinta de 350 doentes Intimados
que ontem recusou identificar. "Neste momento existem dez
doentes infetados com a bactéria KPC no Centro Hospitalar Conde Ferreira num universo de mais de 350 doentes". confirmou a Miseri-córdia do Porto, detentora daquela instituição de saúde vocacionada para doentes mentais:Mais tarde. corrigiu a informação, adiantando que os doentes estão colonizados e não infetados, ou seja, não desen-volveram infeção pela bactéria,
Numa nota enviada após per-guntas do IN, a SCMP afirma que a existência de bactérias não é co-mum no Centro Hospitalar Conde
Ferreira. "Após a confirmação do diagnóstico, os doentes foram ime-diatamente transferidos para urna unidade de isolamento para efeitos de tratamento, na sequência do qual já se verificou a regressão da bactéria em vários utentes", infor-mou. acrescentando que 'foram to-madas todas as medidas preventi-vas protocolarmente necessárias, de modo a evitar o contágio de ter-ceiros ou uma eventual evolução da infeção".
Questionada pelo IN, o gabinete de comunicação da SCMP garantiu que não houve mortes relacionadas com a bactéria KPC e que as auto-
ridades de saúde, nomeadamente a Direção-Geral da Saúde, estão ao corrente da situação. Recusou, no entanto, dizer quais são os hospi-tais de origem destes doentes.
lá não é a primeira vez que um hospital vem dizer que recebeu doentes de outras unidades com a bactéria KPC. Alguns meses depois do surto registado no Centro Hos-pitalar de Gaia, esta mesma unida-de informou que recebeu um pa-ciente transferido do Centro Hospi-talar do Porto. portador da baCtéria, sem qualquer sinalização. A data. foi explicado que, se o doente não desenvolver qualquer sintoma de alerta durante o internamento, não é feito um rastreio bacteriológico.
A bactéria Klebsiella pneumo-niae produtora de carbapenemases é altamente resistente a antibióti-cos (também designada como su perbactéria) e propaga-se através de secreções e do contacto direto com doentes Infetados. As pessoas mais debilitadas são mais vulnerá-veis ao desenvolvimento da infe-ção. A prevalência da KPC tem vin doa aumentar na Europa, suscitan-do preocupação das autoridades de saúde. •
lactes :
Centro Hospitalar de Gaia Maior surto do palss 102 apanharam a bactéria Foi o maior surto da bactéria Klebsiella pneumoniae resis-tente ao antibiótico carbape-neme já registado em hospitais portugueses. Começou em agosto de 2015 e só quatro me-ses depois foi dado como con e trolado. Mais de cem doentes contraíram a bactéria, que foi diretamente responsável pela morte de três pacientes.
Hospitais de Coimhr. Tr's vítimas mortais e mais de 20 colonizados Em fevereiro passado, a mes-ma bactéria fez três vitimas no Centro Hospitalar e Universi-tário de Coimbra e obrigou ao isolamento de mais de 20 pa-cientes, oito dos quais desen-volveram infeção.
Porto S. logo e Santo António também registaram casos Em abril deste ano, o Centro Hospitalar de S. João informou que tinha nove doentes inter-nados em isolamento por se-rem portadores de bactérias multirresistentes que não res-pondiam aos antibióticos. Dias depois. o Centro Hospitalar do Porto (que inclui o Hospital de Santo António. entre outros) informou que tinha sete pa-cientes em isolamento. para evitar contágios pela bactéria Klebsiella pneumoniae carba-penemase.
ë. >!;;, Doze mortes por dia por bactérias hospitalares Em média, morrem 12 pessoas por dia por causa de bactérias hospitalares. São sete vezes mais mortes do que em aci-dentes de viação. As estimati-vas das autoridades de saúde apontam para 4500 mortes em 2014 devido a infeções hospi-talares, o que representará um custo de 300 milhões de euros.
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• Dez pacientes detetados no Conde Ferreira, no Porto, encontram-se em isolamento • Administração diz que estiveram noutras unidades, que não os sinalizaram • Klebslella já causou seis mortes em Gaia e Coimbra P 9
Superbactéria volta a infetar doentes em vários hospitais
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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PAULO ANDRÉ FERNANDES DIRECTOR DO PPCIRA
Sem combate à infecção, não há qualidade dos cuidados prestados Segundo Paulo André Fernandes, director do PPCIRA, em Portugal a maior parte das taxas de infecção hospitalar tem vindo a descer nos últimos anos. No entanto, algumas infecções continuam acima da média europeia.
"Nos últimos anos tem aumentado entre os médicos a noção da absoluta necessidade de usar os antibióticos racionalmente."
NEGÓCIOS INICIATIVAS Be Well Global Health Conference
David Martins/Correio da Manhà
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aulo André Fernandes, p 55 anos, é o director in- terino do Programa de Prevenção e Controlo
de Infecções e de Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA). Licen-ciado em medicina e mestre em in-fecção associada aos cuidados de saúde, é especialista de Medicina interna É responsável da Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo (CHBM) onde tem feito grande parte da sua carreira médica Tem estado sempre muito ligado às questões de prevenção e controlo de infecções e de utilização e con-sumo de medicamentos, designa-damente antimicrobianos.
Qual é a importância do comba-te às infecções hospitalares? Quais são os efeitos do facto de a taxa de infecção hospitalar em Portugal continuar acima da mé-dia europeia? Ainfecção associada àprestação
de cuidados de saúde pode ocorrer em qualquercenário ondeesses cui-dados sejam prestados, incluindo hospitais, centros de saúde, cuida-dos continuados ou cuidados domi-ciliários. Em contexto hospitalar a aquisição de infecção assume em ge-ral maior gravidade, pelas caracte-rísticas dos doentes internados, maiorcomplexidade das técnicas de diagnóstico e terapêutica, e maior
resistência aos antibióticos dos mi-crorganismos envolvidos.
A aquisição de infecção é um problema em todos os serviços de saúde do mundo. Agrava o prognós-tico da situação clínica que motivou o internamento, acrescenta morbi-lidade ao quadro inicial, prolonga o tempo de permanência no hospital e aumenta os custos. Cada uma des-tas consequências, com natural des-taque para o agravamento do prog-nóstico e potencial mortalidade atri-buíveljustifica por si só que seja in-contornável o combate a estas infec-ções. Sem combatermos a infecção, de forma séria e eficaz, não podere-mos falar em segurança do doente internado nem em qualidade dos cuidados prestados.
Em Portugal, a maior parte das taxas de infecção hospitalar tem vin-do a descer nos últimos anos. No en-tanto, em algumas infecções conti-nuam acima da média europeia, o que implica que os doentes interna-dos podem. em alguns casos, ter maior probabilidade de contrair in-fecção quando comparados com os países do norte da Europa. Esta é uma situação a corrigir.
Refere-se que cerca de um terço das infecções hospitalares pode-riam ser evitadas através do cum-primento de boas práticas. Quais são e qual é a dificuldade em im-plementar estas boas práticas? O princípio segundo o qual cer-
ca de um terço das infecções hospi- talares poderiam ser evitadas foi es- tabelecido pelo estudo de referência SENIC,publicado nos EUAem 1985.
Nas últimas décadas, a imple- mentação simultái' iea de feixes de
medidas preventivas da transmis-são da infecção (btmdles), acompa-nhada de iniciativaspromotorasdo trabalho em equipa e melhoria da qualidade, permitiram reduzir acentuadamente as taxas de algu-mas infecções, como a bacteriemia relacionada com o cateter central e a pneumonia associada à intubação traqueal. Recentemente a OMS considerou que cerca de metade destas infecções são preveníveis.
A não ocorrência de infecção re-laciona-se com diversos factores, entre os quais as boas práticas por parte dos profissionais é um dos mais importantes. Mas a depressão imunológica, os internamentos pro-longados e a dimensão reduzida das equipasdetrabalhosão também im-portantes factores de risco.
O cumprimento de boas práti-cas de controlo de infecção pelos profissionais depende de uma edu-cação eficaz e de condições de tra-balho adequadas, mas é condicio-nada por múltiplos factores moti-vacionais, culturais e comporta-mentais. Importa que se fale mais de controlo de infecção nas fases de licenciatura e que se reforce a for-mação em exercício. Devem ser re-forçados e premiados os bons exemplos por parte de profissio-riais, serviços e instituições. Devem modificar-se as estruturas e os pro-cessos, para que naturalmente fa-voreçam as boas práticas.
Até 2013, Portugal era o pais eu-ropeu que mais consumia anti-bióticos de largo espectro. Como é que chegou a esta situação e como se pode baixar o consumo dos antibióticos?
Permitindo que fasspm tratadas infecções anteriormente mortais, os antibióticos contribuíram signi-ficativamente para o aumento daes-perança de vida observado na se-gunda metade do século XX. Gerou-se por isso na população, e também nos médicos, um sentimento de confiança ilimitada nestes fárma-cos, que passaram a ser prescritos com pouco critério e utilizados como panaceias. Não se atendeu, e em muitos casos ainda não se aten-de, à enorme capacidade geradora de resistências por parte dos micror-ganismos. O uso não racional de an-tibióticos promove o aumento das resistências. Chegámos a uma situa-ção a qual, se não for resolvida, reti-rará aos antibióticos grande parte da sua utilidade, inviabilizando mui-tas das estratégias terapêuticas uti-
lizadas para tratar doenças graves. Nos últimos anos tem aumen-
tado entre os médicos a noção da absoluta necessidade de usar os an-tibióticos racionalmente, não os prescrevendo quando não são ne-cessários, por períodos excessivos ou com espectro demasiado alarga-do. Os resultados são já nítidos e po-sitivos. Utilizamos já menos anti-bióticos, quer no ambulatório quer nos hospitais, que a média dos paí-ses europeus. A redução tem sido significativa em antibióticos de lar-go espetro como as quinolonas. O uso de carbapenemos tem diminuí-do, embora tenhamos que melho-rar muito mais para atingir níveis razoáveis de consumo. Os portu-gueses têm que saber e interiorizar que gripes não se tratam com anti-bióticos. ■
FILIPE S. FERNANDES
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Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 21
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Uma iniciativa da MSD em parceria com o Negócios Apoios: Fundação Calouste Gulbenkian
e Câmara Municipal de Lisboa
"Consumo de antibióticos tem que ser mais reduzido"
"Embora muita coisa se tivesse fei-to nesta área, desde há vários anos, a criação do PPCIRA, em 2013, mar-cou uma mudança de paradigma no trabalho de controlo da infecção e das resistências aos antimicrobia-nos em Portugal" refere Paulo An-dré Fernandes, que é membruda di-recção nacional e do conselho cien-tífico do Programa de Prevenção e Controlo de Infecçõesede Resistên-cias aos Antimicrobianos (PPCI-RA), assumindo actualmente a di-recção interina do Programa.
Nesta altura o programa para esta área foi considerado prioritário na DGS e associou-se pela primeira vez a abordagem de dois problemas indissociáveis, a infecção associada aos cuidados de saúde e o aumento das resistências aos antimicrobia-nos. Permitiu um reforço legislati-vo dos meios colocados à disposição das estruturas locais de intervenção sobre estes problemas. No entanto, as condições previstas para o seu funcionamento "não estão a ser cumpridas na generalidade do Pais" alerta Paulo André Fernandes.
Esta nova estrutuar criou "uma onda de motivação e entusiasmo nos profissionais desta área, pc ›t en-ciando a sua competência e promo-vendo um salto qualitativo que se traduziu em resultados positivos,
A diminuição das taxas de infecção é outra área onde ainda há muito trabalho a fazer.
com a diminuição nas taxas de vá-rias infecções e a redução sustenta-da do consumo de antimicrobianos" analisa Paulo André Fernandes.
Mas ainda há muito para fazer pois ainda longe os objectivos razoá-veis propostos. "As taxas de infeção e °consumo de antibióticos têm que ser mais reduzidos, e os níveis de re-sistência também. Continuamos a ter situações preocupantes. Embo-ra a descer, a taxa de resistência em Staphylococcus aureus é ainda mui-to elevada. Continuam a subir as re-sistências aos beta-lactâmicos em bacilos Gram-negativos. E, princi-palmente, verifica-se um aumento da resistência aos carbapenemos em Kletxsiella".•
Índice de Qualidade PPCIRA vai dar incentivos
Foi criada uma task force entre a Direcção-Geral da Saúde, o instituto Na-
cional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, o Infarmed - Autoridade Nacional do
Medicamento e Produtos de Saúde, e a Administração Central do Sistema
de Saúde para preparar e acompanhar a implementação das disposições do Despacho n.o 3844-A/2016, de 15/3, as quais prevêem a atribuição de
incentivos, no âmbito do contrato-programa anual, que premeiem as ins-
tituições hospitalares cujos resultados denotem o cumprimento de boas
práticas na área do controlo de infecção, do consumo e das resistências
aos antimicrobianos. Estes resultados serão aferidos com base num con-
junto de indicadores, denominado "índice de Qualidade PPCIRA".
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Na rua do Infantário, em Lourosa, não passam autocarros no entanto, há anos que ali mora um abrigo, a fazer lembrar uma típica paragem de autocarros. Mas este não é um abrigo pensado para os utilizadores dos transportes públicos da freguesia. Foi antes uma solução encontrada pela Junta para acomodar os muitos utentes que em dias de chuva, marcavam lugar, em plena madrugada, para garantir uma consulta no Posto Médico. Hoje, 10 anos depois da inauguração da Unidade de Saúde Familiar de Lourosa, a realida-de é outra. Não há filas, mas o abrigo continua lá. Nunes Sousa, coordenador da USF, faz questão que assim o seja. “Pedi para nunca o tirarem, para ser lembrado”.
É apenas mais um dia na USF de Lourosa. Às 10 e pouco da manhã muitos são aqueles que já passa-ram pela “mão” do seu médico de família. O traba-lho começou, como habitualmente, às 8h00 e vai estender-se até às 20h00. Dali não sairá ninguém ser visto pelo ‘doutor’, é quase uma questão de honra assumida pela equipa médica desta unidade de saúde. “Uma USF garante um funcionamento contínuo, com a certeza de que qualquer pessoa que aqui venha é atendida. Temos uma equipa solidária que garante isso mesmo”. Nunes Sousa, médico de família e um apaixonado declarado
Da “paragem” do autocarro ao atendimento garantido, a USF é um sucessocom 10 anos de história
Lourosa O Nunes Sousa, coordenador da unidade, faz um balanço positivo de uma década de trabalho
Foi uma das grandes reformas no Siste-ma Nacional de Saúde. As Unidades de Saúde Familiar começaram a ser imple-mentadas em 2006 e a USF de Lourosa foi, mesmo, uma das primeiras do país a abrir as portas. Nunes Sousa, que na altura era director do Centro de Saúde da Feira, foi um dos grandes responsá-veis pela chegada do novo modelo de saúde ao Concelho. A USF de Lourosa está prestes a comemorar uma década ao serviço da comunidade e o balanço é de sucesso.
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Corte: 2 de 4ID: 65949933 05-09-2016pela profissão, faz o retrato do serviço prestado. “Esta é a grande diferença para com os postos médicos” – acrescenta. E sabe do que fala. Foi ele, que há dez anos tratou de promover o modelo no Concelho. “O doutor Camilo (médico da instituição) abordou-me no sentido de o implementar-mos aqui e tratamos de formar uma equi-pa”. Equipa essa que o médico fez questão de integrar. A articulação com a Câmara da Feira permitiu que o processo avanças-se de forma célere e em muito pou-co tempo a unidade es-tava pronta a mostrar-se aos utentes.
A USF de Lourosa está no lote das 2 5 p r i m e i -ras do país a a b r i r a s portas (16.ª) - com a hon-ra de ser a primeira no d i s t r i to - e isto é motivo de orgulho para o mé -dico. “Na al-tura, com o início da re-forma tínha-mos quatro u n i d a d e s prontas a ar-rancar. Lou-rosa , como era uma uni-d a d e g r a n -d e , r e u n i a as condições para avançar de imediato. Logo a seguir abriu a Unidade Saúde Sem Fronteiras de Oleiros e Nogueira da Regedoura”. Bastou um fim-de-semana prolongado e o em-penho de toda a equipa para que a 23 de Outubro de 2006, uma segunda-feira, o edifício que albergava o antigo posto médi-co renascesse. “Fechamos a unidade numa sexta-feira e durante três dias andamos de trincha nas mãos a pintar as paredes” – recorda o médico. Os primeiros dias de trabalho chegaram a ser um desafio para a equipa, mas se é verdade que ‘primeiro estranha-se e depois entranha-se’, a USF de Lourosa não fugiu à regra. “Antes de abrirmos havia uma grande pressão por causa da mudança da equipa, mas basta-ram 15 dias para que as opiniões mudas-sem” – conta o profissional, salientando que ao tratar-se de um modelo voluntário - parte dos próprios médicos e enfermeiros aceitarem, ou não, fazer parte do projecto - houve necessidade de se procederem a alterações no corpo clínico. Para Nunes Sousa, a explicação é simples, as USF’s apresentam os seus riscos. Por um lado, há responsabilidade de organização e de intersubstituição, por outro, cada trabalha-dor é remunerado pelo seu desempenho. “Esta questão de ‘o problema não é meu’, aqui não existe” - assegura.
Desde que abriu as portas que as longas filas de espera pela madrugada adentro é
coisa que não se vê em Lourosa. “Isto aca-bou logo. No primeiro mês de trabalho as-sumimos o compromisso de atender quem viesse para quebrar a ideia de que era pre-ciso vir cedo para ter uma consulta”. Este terá sido mesmo um dos maiores trunfos das unidades de saúde familiar espalhadas pelo país. “Este modelo criou um impacto muito grande porque permitiu colocar em prática aquilo que já estava na Lei, de que a acessibilidade é fundamental” – comenta
Nunes de Sou-sa. E embora a s u n i d a d e s d e s aú d e f a -miliar tenham de cumprir ob-jectivos – o Es-tado negoceia a n u a l m e n t e metas a atin-gir -, o médico g a r a n t e q u e nunca deixou que o processo de contratuali-zação afectas-se o respeito pelos utentes. “ Nu n c a f i z e -mos uma ges-tão de corte. Gastamos mui-to pouco por-que não des-p e rd i ç a m o s ” – garante, lem-brando que a U S F s e m p r e cumpriu os re-quisitos e che-gando mesmo a ultrapassá-los. “Há anos que temos di-reito a incen-t ivos porque superamos as metas. Não es-
tamos a falar de incentivos em dinheiro, mas antes em equipamentos de conforto e clínico. E isto é um bocado a nossa vai-dade porque temos equipamentos que não existem noutros locais”.
Utentes da “casa” e não sóNa Unidade de Saúde Familiar louro-
sense a lista de utentes é extensa. São cerca de 12 200 no total, destes cerca de 20 por cento são oriundos de outras fre-guesias do Concelho e, embora o número ainda seja considerável, a verdade é que a abertura de outras USF’s em território feirense permitiu encurtar a lista. “Quando abrimos havia muita carência de médicos e, por isso, tínhamos muitos doentes de freguesias vizinhas. Hoje são menos, mas continuamos a atender pessoas de Mozelos e Argoncilhe, por exemplo. Penso que estas pessoas estão satisfeitas e mantêm-se con-nosco” – explica Nunes Sousa. Ao avaliar pela paixão com que Nunes Sousa descreve o serviço, percebe-se o porquê desta reali-dade. Lá, é o doente que conta, os números são contas para outra história. “Temos esta preocupação que tem a ver com as pessoas poderem ter os cuidados que precisam sem terem que se dirigir à urgência hospitalar. Temos sempre dois médicos, até às 20h00, que não abandonam o posto sem atende-rem quem aparece”. O médico chama-lhe
trabalho de equipa e o resultado parece ter dado os seus frutos.
Ao todo a USF lourosense tem uma equipa de sete médicos, sete enfermeiros e cinco secretárias clínicas, todos dedica-dos de corpo e alma ao projecto. Nunes Sousa faz questão que assim seja e por isso garante que nenhum dos colegas exerce a sua profissão fora da unidade. “Além disso, somos todos diferentes e é essa diferença que acrescenta riqueza à equipa. Nas di-ficuldades ajudamo-nos”. O médico, que conta 33 anos ao serviço da medicina e muita experiencia à mistura, garante que é ali o seu lugar. “Nesta equipa e com este projecto tive a oportunidade de me realizar profissionalmente, com um trabalho como deve de ser. Já recebi convites para assumir funções de director e a resposta é sempre ‘não’. Estar aqui sempre foi prioritário” – assume.
Venham muitos maisSe olhar para o caminho percorrido é
motivo de orgulho para o coordenador da USF de Lourosa, traçar o futuro é coisa que lhe enche o espírito. Nunes Sousa tem uma ideia bem definida daquilo que seria, na sua opinião, o modelo ideal de saúde em Portugal, ainda assim admite que este é um sonho que, muito prova-velmente, não se realizará nos próximos anos. “Gostaria que evoluíssemos para um modelo descentralizado, com clinicas autónomas ligadas ao Sistema Nacional de Saúde. Desta forma, se as pessoas viessem
cá para serem consultadas era porque nos escolhiam” – refere, admitindo, contudo, que o modelo das USF’s pode melhorar. “Continuam a existir feirenses de primeira e feirense de segunda. Porque é que as pes-soas de Mozelos, Vale, Lobão, por exemplo, ainda não são atendidas nas unidades de saúde das 08h00 às 20h00? Os próximos Governos têm de resolver este problema, sob pena de termos uma saúde a duas velocidades” – atira.
Para a casa onde entrega diariamente os seus conhecimentos, os sonhos são mais fáceis de alcançar. O edifício que alberga a USF já acusa a idade, e a sua resolução passa por uma intervenção de reabilitação que, de acordo com Nunes Sousa, deverá começar em breve, num esforço conjunto entre a Câmara da Feira e a Junta de Fre-guesia. Mas as necessidades não se ficam por aqui. “Há outras questões como a falta de climatização, elevador ou mesmo a renovação da sala de tratamentos. Estas obras são da responsabilidade da ARS Nor-te, pelo que estamos a aguardar”.
Dificuldades à parte, uma década de trabalho ao serviço da comunidade é tarefa que merece ser comemorada. Por isso, em Outubro, há um dia inteirinho dedicado è efeméride no Cineteatro António Lamoso. Durante o dia há uma exposição que viaja pelos 10 anos da USF, com palestras e deba-tes. Há noite, há música com a actuação dos Clapton Addiction, cujo valor da bilheteira reverte a favor do projecto social “Cuidar de Quem Cuida”.
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Corte: 3 de 4ID: 65949933 05-09-2016Reportagem Da “paragem” do autocarro ao atendimento garantido, a USF é um sucesso com 10 anos de história P06e07
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Corte: 4 de 4ID: 65949933 05-09-2016
Na USF de Lourosa há uma “paragem” para lembrar que ali os utentes nunca ficam à portaA Unidade de Saúde Familiar nasceu há 10 anos e foi a primeira estrutura do género a ser implantada no Concelho, revolucionando a forma como médicos e utentes olham para a saúde. Nunes Sousa, director da USF, garante que o balanço é recheado de sucessos. E o futuro continuará a centrar-se nos utentes P6 e 7
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saúde escolar O Autoras: Dra Carla Tavares e Dra Genny Molina (Médicas Internas da Unidade de Saúde Pública)
Depois das férias de verão, é altura de preparar mais um ano escolar em cheio! Para além dos alunos, pais, professores e restante comunidade educativa, também os profissionais de saúde se organizam para levar a cabo as diferentes ações contempladas no Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE), que assume o princípio de que todas as crianças e jovens têm direito à saúde e à educação e devem ter a oportunidade de frequentar uma es-cola que promova a saúde e o bem-estar. A Saúde Escolar tem vindo a renovar-se para responder aos inúmeros desafios que o impacto dos determinantes da saúde, entre os quais se inclui a alimentação, tem no crescimento e desenvolvimento de crianças e jovens. O Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Norte, I.P., criou o
programa PASSE - Programa de Alimen-tação Saudável em Saúde Escolar - que pretende promover comportamentos alimentares saudáveis e contribuir para que exista um ambiente promotor da saúde, em especial no que se refere à alimentação, trabalhando, paralela-mente, outros determinantes da saúde, como a saúde mental, atividade física e saúde oral. O Agrupamento de Centros de Saúde Feira/Arouca tem constituída uma equipa PASSE que, em articulação com os diferentes Agrupamentos de Escolas, poderá desenvolver e implementar este programa.O PASSE contempla várias atividades e materiais, concebidos para diferentes faixas etárias, tais como livros ilustrados e videojogos, assim como material lúdico destinado a eventos, cd de apresentação
PASSE - Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar
do programa, mensagens sobre estilos de vida saudáveis para outdoors, entre ou-tros, tendo também como alvo o serviço de alimentação escolar, contribuindo para que a oferta alimentar escolar esteja em conformidade com as orientações existentes. No PASSE, quer os elementos da comu-nidade educativa (alunos, professores, encarregados de educação, manipulado-res de alimentos), quer os elementos da comunidade extra educativa (autarquias, clubes, IPSS, entre outros) podem ter um papel ativo. Se deseja conhecer mais acerca deste programa, entre em contacto com a equi-pa PASSE do Agrupamento de Centros de Saúde Feira/Arouca.Desejamos que todos PASSEm um bom ano letivo 2016/ 2017!
DR
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Conselhos àaltura do climaA Direção-Geral da Saúdealerta para o tempoquente. E aconselha aque se passem duas horassob o ar condicionado.
Ocalorcontinuahojeaapertare,aindaqueasprevisõesdoInstitu-
to Português do Mar e da Atmosferadeemcontadeumadescidaacentuadada temperatura a partir de amanhã,a Direção-Geral da Saúde (DGS) nãopoupa em conselhos para fazer frenteàs elevadas temperaturas. E aqui, por
CARLA MARINA [email protected]
mais difícil que pareça, o melhor mes-mo é tentar pôr-se ao fresco.
Apreocupaçãovaleparatodoseain-damaisparaquemtiverproblemasdesaúde ou pertencer aumgrupo vulne-rável. «Mantenha-se hidratado (bebaágua,mesmosenãotiversede);userou-pas leves e largas e não se esqueça dochapéuedosóculoscomproteçãocon-tra a radiação UVA e UVB» e, claro,evite a exposição solar nas horas demaior calor, alerta a DGS. E já agora,seforpossível,«permaneçaduasatrêshoras por dianum ambiente fresco oucomar condicionado».
Golpe de calormatamilitarE foidevido aum«golpe de calor» queum militar perdeu a vida, domingo ànoite,nasequênciadeumtreinodocur-sodeComandos.Apesardeterabertouminquéritoparaapurarascausasdo«trágicoacontecimento»,oExércitoes-clareceu que os treinos vão continuar,embora adaptados ao tempo quentequeseverificouontemecontinuahoje.
Evite a exposição solar nas horasde maior calor e ponha-se ao fresco
© PEDRO CATARINO
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Nova app portuguesa quer ajudar a reduzir o risco do cancro
FOTOS: HUGO SANTOS
Nuno Ribeiro vai testar a aplicação para saber se as pessoas evitam comportamentos de risco
São gestos simples, mas têm reper-
cussões: comprar fruta e vegetais
no supermercado, ir para debaixo
do guarda-sol na praia, substituir a
cerveja por uma bebida sem álcool,
fazer o exame médico que está atra-
sado, levantar-se do banco e cami-
nhar no jardim. Com os anos, a soma
destas acções tem infl uência na saú-
de e pode ajudar a diminuir o risco
de doenças como o cancro. Mas na
nova aplicação portuguesa para tele-
móveis, a HAPPY, este tipo de acções
dão pontos. Quem tiver 150 pontos
está a fazer tudo o que pode, dentro
do universo da aplicação e das suas
sugestões diárias, para reduzir o ris-
co de vir a ter cancro.
Criada e desenvolvida nos últimos
dois anos no Instituto de Investigação
e Inovação em Saúde (I3S), a HAPPY
(sigla em inglês para Health Awareness
and Prevention Personalized for You,
qualquer coisa como Sensibilização
para a Saúde e Prevenção Personali-
zada para Si) já está pronta para ser
descarregada gratuitamente. Os uti-
lizadores que fi zerem o download da
aplicação em Setembro e Outubro
com idade entre os 18 e os 40 anos
poderão entrar num estudo anónimo
de Nuno Ribeiro, investigador do I3S,
que vai analisar a efi cácia da aplica-
ção na prevenção do cancro.
“Não basta ter o conhecimento [so-
bre os riscos associados ao cancro]
para alterar o comportamento. Mui-
tas vezes, as pessoas conhecem o ris-
co mas assumem-no ou ignoram-no
e continuam com o comportamento
que lhes dá prazer”, diz Nuno Ribeiro
ao PÚBLICO, dando o exemplo de
quem continua a fumar. A aplicação
não dá só informação às pessoas,
também oferece “a oportunidade
de alterar os comportamentos”.
A HAPPY envia diariamente uma
única mensagem a cada utilizador.
Essa mensagem é aleatória em rela-
ção à hora do dia e ao tema do conte-
údo, mas está condicionada pela situ-
ação em que o utilizador se encontra.
A aplicação tem acesso temporário
ao lugar onde o utilizador está. A par-
tir daí, tem em conta factores como
a meteorologia, os raios ultravioleta
ou se alguém está num supermer-
cado, para escolher dentro da sua
colecção de mais de 1500 mensa-
portamento. Às vezes, mudar uma
coisa simples tem uma amplifi cação
na vida das pessoas porque mostra
que somos capazes de mudar.”
Nuno Ribeiro foi durante dez anos
professor de ensino básico e secun-
dário na área da Biologia e da Geo-
logia. Em 2006, ligou-se ao Instituto
de Patologia e Imunologia Molecular
da Universidade do Porto (Ipatimup),
hoje integrado no I3S. Lá, desenvol-
veu projectos para a sensibilização
sobre o cancro, mais precisamente,
como se pode reduzir o risco de de-
senvolver estas patologias.
“Havia algum aumento do conhe-
cimento por parte das pessoas e um
indício de que podia haver uma mu-
dança de comportamento”, explica.
Mas isto pode não ser sufi ciente. Há
três factores importantes para haver
uma mudança de comportamento:
tem que haver motivação para isso, a
pessoa tem que ser capaz (é preciso
ter sapatos de desporto para correr,
por exemplo) e, por fi m, tem que
se ser lembrado no momento mais
apropriado para se mudar o compor-
tamento.
“Há automatismos instituídos em
nós que são difíceis de quebrar por-
que não temos consciência deles.
O uso de tecnologias é uma forma
de chamar a atenção para esses
automatismos”, diz Nuno Ribeiro,
que contextualiza a sua investiga-
ção com a teoria desenvolvida pe-
lo investigador norte-americano
B. J. Fogg, que na década de 1990
fez uma série de experiências na
área da psicologia experimental
demonstrando que os computa-
dores eram capazes de infl uenciar
os comportamentos humanos.
“Hoje, estamos rodeados por tec-
nologias persuasivas”, escreveu este
teórico da Universidade de Stanford,
em São Francisco (EUA), num artigo
em 2010, referindo-se a todo o apara-
to tecnológico com que lidamos, dos
smartphones às redes sociais como o
Facebook. “Em todos os locais onde
os media digitais tocam nas nossas vi-
das, há um elemento de persuasão.”
Para Nuno Ribeiro, este tipo de per-
suasão é mais positiva ou menos po-
sitiva, dependendo da “intenção que
está por trás”. Por isso, é necessário
estar bem informado para compre-
ender essa intenção, argumenta.
A HAPPY está dirigida a utilizado-
res entre os 18 e os 40 anos. Quanto
mais cedo alguém adoptar comporta-
mentos saudáveis, mais impacto essa
mudança terá anos depois, quando
o risco de se ter cancro aumenta. As
pessoas acima desta faixa etária po-
derão usar a HAPPY, mas a aplica-
ção não tem todas as recomendações
previstas para a redução do risco do
cancro (há exames médicos que só
são recomendados a partir de uma
certa idade, por exemplo).
Durante os testes da versão beta da
aplicação, 32 pessoas usaram-na du-
rante um mês. “Houve uma redução
no número de cigarros fumados e no
álcool”, refere Nuno Ribeiro, acres-
centando que 83% dos utilizadores
recomendariam a aplicação a outras
pessoas.
Para já, a ciência associada à apli-
cação irá continuar. Os utilizadores
que quiserem fazer parte da expe-
riência irão ajudar Nuno Ribeiro a
avaliar a efi cácia da aplicação, se há
mudanças no comportamento e se
há aumento de conhecimento sobre
este tema: “A aplicação é completa-
mente gratuita e sem publicidade
associada. Não é para a promoção
de nada, a não ser da saúde. Não tem
nenhum pensamento institucional
por trás. As directrizes de saúde por
trás da aplicação são internacionais,
fruto de um consenso.”
Com uma mensagem por dia, a HAPPY promove pequenos hábitos no comportamento dos utilizadores para uma vida mais saudável. Desde Agosto que a aplicação pode ser descarregada gratuitamente
SaúdeNicolau Ferreira
gens aquela que é mais apropriada.
“São coisas simples. Mudar uma
sobremesa por outra, fazer um exa-
me médico”, diz o investigador, que
trabalha há alguns anos na área da
prevenção na saúde e está a fazer
um doutoramento onde está a de-
senvolver esta aplicação. À medida
que os utilizadores vão cumprindo as
acções, ganham pontos, até um total
de 150. Podem depois “competir ami-
gavelmente” com outros utilizadores
para ver quem tem mais pontos. “O
principal desafi o é que as pessoas
mantenham o uso da aplicação e de-
pois alterem elas próprias o seu com-
Há três factores para a mudança de um comportamento: é preciso haver motivação, capacidade e o momento certo
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