022 - Cadenos de Teatro

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Revista de Teatro Esgotada - O tablado

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  • MONGES DEPRTO

    G POVO

    J ESUS CRIS TO

    OS SOLDADOS

    o POV O

    JES US CmSTO

    O I'OVO

    OS SOLDADOSJ ESUS CRISTO

    O J UDE U

    JESUS CRISTO

    O P OVO

    JESUS CRISTO

    OS SOl,DADOSSI IHOCUmNEU

    SO J OO

    SANTA IUAR!A

    SO JOO

    uma cruz to pesad a qu e quase n oag ue nta ... Ombro, armas! March a! Um,do is !! Um, dois! (Prossegu em a mar-cha )

    _ (Cantam) Dies irae dies illa. Solve tsaeclum in fa vill a . (Prossegu em cami-nho)

    _ Coitadinho. .. L vem o conde nado!Que coi sa! terrvel ! J esus Cr istono conhece m ai s o ca minho! Es tcheio de sa ngue e colocaram umacoroa de esp inhos na cab ea dl e!...(Jesus Cr isto a narece curvado de bai-xn de uma cruz- enorme )

    _ Ah! que te rrvel via sac ra] ... Vou ca irpela pr im eira vez . (Cai)

    _ (Batem n le) Levanta, mi servel ! (Je-sus Cristo le vanta)

    _ Os soldados no tm pi edad e... Esta-mos chora ndo de t o trist e que tudo 'isto ... ,

    - Pobre gente! No chorem por mi m,ma s chorem antes por vocs e seus -.filhos. Ah! No po sso mais ! Vou cair -pela se gunda vez!

    - Olhem! Est cambal eando! (JesusCristo cai) ,

    - (Batendo n le) Levanta , miservel!- (Levanta-se) Ah ! Morro de s de! Tu

    que es ts olh ando para m im , no te-rs um copo d gua?

    - No , No! Na da tenho para bandido sda tua laia!

    - Como cas tigo, t er s de an dar at ofim do mundo. Vai cala r tu a s boti-nas! Ah ! es to u exa usto outra vez!

    - Olhe m, est cambal eando nov a men-te!. ..

    - No tenho .ma is I r a ! Vou ca ir pelate rc eira vez !... (Ca i)

    - (Batendo nle ) Levanta, miser vel !

    - Quero a jud ar sse infeliz . (Ajuda Je-sus, que se !le novamente a caminho )Che gam os dois ladres com suas cru-zes, depois os ' juizes c, rio fi m, um pe-loto de solda dos a o som do ta mbor .O !lO VO segue o cor tejo. En to chegamum hom em e uma mulher .

    _ Coragem , Sa nta Maria , est quase noCalvr io...

    - No se i mais cho rar e h se te espa-da s no meu cora ol. Que vo fa zercom meu filh o'! .

    - Ai de ns! Vo crucific-lo! Mas lem-bra-te qu e teu fi lho o filho de Deus!

    o JUDEUERRANTE

    JUDAS

    PONSEPIUlll'fO

    SO PEDRO

    SO MIG UEL

    OS QUATRO

    Ul\I SOLDA DOSEGUNDOSOLDA DOOS FAH,~SEUS

    J ESUS CRISTO

    Toma o teu ro srio e reza! (Pros-seguem caminho)

    (Entra aos pulinhos) Ah! co mo estoucastigado! Eis que es tou obr iga do aanda r at o fim do mundo! Haver umhomem mais infeliz que o Judeu er-rante?

    - terrvel... O que que tive coragemde fazer? Vendi meu m estre por trin-ta dinheiros! Haver um homem mai sinfeliz que Judas ?

    - (Entra) terrvel! Ap esar de ter la -vado as mos, bem sinto que conde-nei um inocente! Nunca mais podereidormir. Haver um homem mai s in-feliz que Ponsepilhato?

    - (Entra) E eu , So Pedro, renegu eiNosso Senhor quando o ga lo can tou .le qu e foi to bom para mim! Ha - 'ver um homem mais infeliz que SoPedro?

    - (Desce do cu) Sim . vocs so uns in -felizes e todos aqueles que no que-r em acreditar em Deus nem observaro que a Igreja manda tambm so in-feli zes. Mas o que vocs fizeram foian unciado pelos profetas, Judeu erran-te, erra pelo mundo... - Judas, vai ato fim do seu - desesp ro! Ponsepilha to,fiqu e roido pelo remorso at tua lti-ma hora. E tu , So Pedro, chora t-das a s lgrimas do teu corpo at quete ponham com a cabea para bai xo.Amm .

    - Amm.

    OUTHA CENA

    No Calvr io . O cu ficou ludo nr tu.com a lua de 11111 lado e o so l de ou-Iro. A cruz com Jesus no meio e osdois ladres, esquerda e direi ta,H soldados romanos, os Fariseus,Santa Maria c So Joo.

    - E u qu ero um pe dao do vestido .

    _ Me drn tambm um ped a o.- Ento, eis a qu lc que fazia mil a gr es,

    pr egado, todo p lido, na cr uz! Noest ma is to org ulhoso! Po rq ue nose sa lva a si mesmo - le que veio pa-r a sa lva r os homen s '! Em vez de urnacor oa de re i, tem uma coroa de espi-nhos. Vej am, le 'va i no s responder ,est abrindo a b ca para fal ar!

    - Ah! Meu pa i, por que 1110 a ba ndonas-te'!

    c .;

  • SAO JOO

    SO JOOBARRABS

    OS FA RISEU SBARRABSOS FARISEUS

    OUTRA CENA

    _ Judas... porque comprast e uma corda?- Pa ra me enforcar, se nho r Anjo-da-

    Guarda. Tu bem sabes qu e para mimtudo acabou. Est a es cr ito no meur osto qu e eu me chamo Judas, e quem que no conhece Ju~as agora, d~- .poi s do meu crime? So me rest a 1.1'na escurido, pa ga r pelos meus CrI-mes ?

    noite. No cemitrio, com uma gran-de rvore e a lu a vermelha. Judasentra .Eis um lugar que convm ao meu de-sespro! Se m dvida , .a conteceran;coisas terrveis! Ai de m mt O qu e eque va i ser de mim? Sou o as sa ssinode J esus Cris to. Ningum j am ais co-meteu cr ime to hediondo, poi s ofilho de Deus que vendi por trintadinheiros. Dinheiro horrvel! De ve r-gonha, atirei- o no te mplo . depois quecomprei a corda! (O anjo da guardadesce)

    _ Judas no fac as iss o? Se qu izcres tearrep~nde r, podes a inda -obt er o teuperdo de J esus Cr ist o. Ningu m sa bequo bom le .

    _ No possvel! Jesu s Cristo . no po-de nunca me perdoar. Me deixa empa z.

    - Tens um corao de pedr a . m uitotrist e ! (Volta pa ra o cu )

    - Agora. vou me enfo rca r com esta cor -da. (Sobe nu ma rvore) Adeus, c u eterra , passar inhos e florzinhas; Voumorrer , e quando se morre c parase m pre . Um ... dios., tr s.; (Bala na"se na r vore )

    - (Que entra ) Onde est meu sa lafr riode marido? Vi que vin ha para c.

    - (Enforcado ) Esto u aqui, se nho ra Ju-das., Alto o sco. e lo nge da minhafel icida de! Estou ocupado a morrer.Ma s olha, mesmo a ssim. a inda te fa -o uma careta, velh a bruxa ...

    - Que sor te ! No pense que vou cortara cor da ! Livrei-me de boa ! Mas espe-r a ai. Ainda no a cabas te comigo.(Pe ga num l la U e bate n le ) .

    - Ai... ai... a l., Oh! Ai... Ten ha pen a demim , minha mulherzinha qu erida!

    ANJO DAGUARD A

    J UDAS

    ANJ O DAGUARDAJ UDAS

    J UDAS

    JUDAS

    A llIULHE R DEJ UDAS

    JUDAS

    A l\lULHEH

    JUDAS

    ANJ O DAGUARD A

    OS FARISEUS - Ah! Ah! Ah! (Riem) le est chaman-do o pai dl e! Vai falar outra vez!

    JESUS CRI STO - Estou com sde!OS FARISEUS - Ah ! Ah! Ah! Ah ! Est com s de! ...

    ~ que lh e dem a beb er vinagre numaesponja . (Um solda do o faz)

    SANTA M.\RIA -!VItm pobre filho ! Como deves sofr ercom teu s ps e tu a s mos prega dos...

    JESUS CRISTO - So fr o principalm ente, querida m e,por te deixar sozinha na t erra ! SoJoo est contigo?

    SO JO O - Aqui es tou , Senhor !JESUS CRI STO - So Joo , vai s te tornar o filho de

    Sant a Maria, no meu lugar, e cuida-rs dela at o di a em qu e a far ei su-bir viva ao cu !

    - Prometo -o, Senhor!- (Entra) Sou Barrab s, o bandido,

    venho ver aqu le qu e conde naramno meu lu gar!

    - J esus Cristo !- Senhores fa r ise us , no jus to...- Som e-te daqui. (Barrabs foge) Es-

    cutem, J esus Cristo vai falar nova-mente.

    JESUS CRISTO - Bom ladro, tenho piedade de ti, po isparece que es ts te a rrepend endo. Ho -je, es tars com igo no paraso !

    O nOM I..ADRO - Obrigado , J esu s Cris to!JESUS CRISTO -Meu ltimo mom ento est se aproxi-

    mando. Ento, irei onde esto a s al-ma s do s ju st os que esp era m que o cuse ja r eaber t o . Ah ! estou prevendo coi-sas terrveis ! Em br eve, os Turcos vi-r o dest ruir J erusal m e no f icarpedra sbre ped r a .

    OS FA RISEUS - Ah! Ah ! Ah : Ah! Quer nos a ssustar!OS SOLDADOS - Est come a ndo a ficar to escuro ! E

    s o apen a s trs hor a s. Estamos comm do.

    OS FAIUS EUS - Ns tambm... Jesus Cri sto est fi -ca ndo todo lvid o. Vai morr er .

    .JESUS CRISTO - Meu Pa i, coloco minha alma em tuasmos! (Solta um gr ito )

    OS SOLDADOS - Es t morrendo!(O tr ovo estala e espec tr os a pare-cem)

    OS }i'ARISEUS - Ei s que os mortos saem de se us t -mulos! F ujamos!(Fo gem . O trovo aum enta, H re -lm pa gos . O vento sopr a )

    - Vamos embora! Matamos um sa nto!Os Turcos esto chega ndo para des-t ru ir J eru sa l m : Que desgr a a! (Voembor a )

    - As Escritu ras se curuprir a m! (TomalI OS bra os Sa u:a IUaria, que desmaioou) .

    ' }

  • tconciu! lia ltima pgina)

    _ E s tou muito infeliz e qu ero lhes can-tal' minha infelicidade.(Canta)Isaac LaquedernPor nome me deram,nascido em Jerusalm,cidade mui renomada .Sim, sou eu , meus filho s,que sou o Judeu Errante.Mas vou-lhes dizer urna coisa:todos os judeus so castigados e an-

    [darono mundo sem ter nunca maisum pas. Adeus, meus senhores. J me auedei por muito tempo aqui.Louvado se ja Nos so Senhor Jesus

    '(Cris to. (Sai)- Louvado seja No sso Se nhor Jesus

    Cri sto.

    EVA

    AnAO

    SAo MIGUEL

    SAO JOAO

    SAO nnGUEL

    TODOSO ,HlU.EUERRANTE

    SAo I\JIG UEL

    (Ao casal da direita) Bom dia, Sant aMaria, bom dia, So Joo. Ainda es-1o tristes'?No, So Miguel, porque os homensforam salvos.

    SANTA MAltIA - E eu, Santa Maria. me dle, estoume tornando a me de todos os ho-mens!(Ao casal da esquerda) Bo m dia,Ad o ! Bom d ia, Eva! Por que volta -ram est a no ite?Voltamos para no s alegrar c paraa gradecer a Jesus Cristo que redimiuo nosso primeiro pecado!I~ eu expiei na dr por ter e1ado ou"vidas serpente. Ma s no ss a culpa se-r apagada pejo batismo!Andn estou vendo outros hom ens quese aproximam. (Os apstolos entrame colocam-se no fundo do na lcnSo os apstolos! O que - que vofazer, senhores apstolos?Eu sou So Pedro e fui nomeado P a-

    I pa. Irei a Roma para fundar a gran-de Igreja de Jesus Cristo.

    OS AI'STOLOS _ E ns vamos nos espalhar pela te rrae pelo mar para propagar a verdadee fundar pequenas igrejas de JesusCristo , sob a obed incia de So P e-dro. .

    _ tirno, multo bem, e sero todos c -Iebres., Vejo mais algum que ch ega.Ai de mim! SOu o judeu errante! Ter-rvel meu castigo POr no ter tidopiedade de Jesus Cristo, que estavacom sde.

    - Bem feito!

    SAO MIGUEL

    SAO MIGl;EL

    SAO l'EDiW

    O JUDEUERRANTE

    TODOS

    OUTRA CE NA

    ~ Pe na de ti! Olh e... qu er o arreben ta resta sua cm-ca ssa de judeu ... Voc um csp .o, um sa fa do, um salafrrio ...Vou ba ter e m voc a t qu ebrar o pau.

    - N o mereci t nnto! AL.. a .. a .. Mi-nhi bel a a lma vai e mbora !...

    - Voc morreu agora ?- Morri ! (Sus pira )- No se m te m po! ' ]i; j il qu e fiqu ei

    vva, vou casar-me ou tr a vez.- (surge) Co m o d iabo, se nho ra Judas!-- Socorro! O di abo!- Em pessoa, senhora Judas! Agora 1'0 '

    c vai pegar se u marido nas co sta s ecarreg -lo a o infe rno! (Cem diabos;)~q IlC IHl ', aparecem c envolvem a 0111-Iher, nu gr il os treme n dos. Ela car-rega J ud as nas cost as e os di abosfazem 11 m cortejo, can amlo )

    A in da noit e.- (Sozin ho) Ag or a a pa z no mundo in-

    te iro . Jesus Cr is t o morreu pelos pe-cados dos homen s. F a z doi s dias qu elc des cansa no t mulo frio . Os a nj osdo firmamento choram. B verdadeque grandes coisas aconte ce r am , tan-lo a ss i m qu e nun ca mais ver o coi sa sse me lhantes . Por t da parte, duranteos sc ulos. colocaro a cruz. B o sig-no da vitr ia do bem s bre o mal!Ma s qu em ssq personagem horrvelqu e chega danando, quan do h lutopor tcla part e ? (A Morte entra)Quem s lu, es pectro branco?

    - Sou a morte ...- E por qu e os . s aleg re, morte lvi da '?- Esto u con te n to po rq ue J esu s Cr is to

    est morto .- E St;"lS mentindo! J esu s Cr is to n o mor-

    reu nem pode morrer ...Am anh antes do sol na scer, t er sai-do tod o iluminado do se u tmulo! Oh!morte, no s mais temvel! O cu sea briu para todos Os homens! a eter-nidade que comea...

    - No ten ho mdo de t i!- Jo'":: ass im'? No qu eres m e obedecer?

    (Comea a bater na mnrrc, que dgl"itos horr ve is)

    - No me mates, gr a nde So Gabriel.Volto il escurldo ! ( S ai)

    - Ve jo do is casais qu e se a proximam.Es to u re conh ecendo les . (Um casalva i para a esquerda e outro uara adireita) - .

    o lHAIHJA MUUmRO mano

    J UHAS

    A IUULHER

    A I\'IUUIER ..JUBASA" I\1UUiER

    SAO jUlGUE I.,

    J\ MORTESAO MIGUELA MORTE

    SAO MIGU E L

    A I\'!.ORTE

    A MORTESAO MIGUEl,

    SAO I\UGUEJ~

  • P - Ba seand o-se na sua ex pe ri ncia e no que v iu durantea sua pe rm anncia en tre ns, qua is seriam os prin-cipa is conse lhos qu e poderia dar ao teat ro brasileiro?

    Movimento Teatral

    E n t r evis ta conce d i da por Jos e'

    Svoboda ao s r . Van Michalski .

    co l u n ist a tea tra l d o ~B.

    ].,l - Estou convencido de q ue vr ios p rincpios e mto-

    dos cr iados no meu pais podem perfeitamente ser ex -perim entad os em pequenos teatros ; ou se ja , em teu -t ros mu nidos de um equipam ento tcni co extrema-mente sim ples . Eu mesmo con ti n uo cola borando, athoj e, com um pe qu eno tea tro de P raga. As experin -cia s feit as n esses teatros peq uenos so naturalm en tem uito mais barata s, devido s dim enses do pa lco eda p la t ia.. Tod avia , im pr escindvel que o conj untoque utili za um ta l tea tro faa uma an lise m inuciosadas suas prprias possibilidades e prepa re um p la ne-jamcnto, para um p ra zo de al guns anos, da organi-zao do seu trabalho . Nat ural men te, ssc plano devees tar estreit amente ligado s idias a rtstica s do g ru-po . S desta ma ne ira poder o con j un to conq ustar,at ra v s do se u t r aba lho, bons resultados e suces sos.

    '.

    P - A qu e fatres atri bui o e,xtraorc! inrio progressoalcanado nos ltimos tempos pela cenografia iene-coslovaca?

    H - A ce nografia possu i, na 'l'checoslovquia, um atradio re lativamente gran de . J h du as ge raes,vrios excelen tes arq ui t et os tchecos, possuidores deuma grande capacida de no s arts tica, mas tam -b m de orga niza o, dedi cavam-se a es ta a tivida de.Graas a essa ca pacida de torno u-se possiv el , com odecorrer do tempo, criar boas condies para o pro-gr ess o da ce nogr afia . A fundao de escolas espe cia -lizadas e de laboratrios de ce nografi a garanti u aoscen grafos tch ecos a po ssibilidade de u ma for maoprofi ssional. Al m di sso , t ivemos tambm alg uns di-re tor es que ele varam a cen ografia di gnid ade de u mdos fat res essenciais do es pe tculo t ea t ra l ; les exer-ceram uma grande influncia no desenvolvimento donosso teatro e da nossa. cenografia .

    P - Pode-se fa lar de um est ilo tcheco da cen ogra fia?Quais seriam as su as caracterst icas principai s?

    n - No sei se j pod emo s falar num estilo tcheco; cmtodo caso , surg iu na Tch ecoslov qui a , 'nos ltimosan os, u ma ceno gra fi a qu e utiliza a lu z e a cin ticacomo seus pr incipais m eio s de ex p resso . No TeatroNaciona l de P raga, em particular , conseguimos pro-var atravs d e inmeros exemplos que s te p r inc piopossui no s capa cidade vit al , mas tambm enormespossib ilidades d e desen volvim en to . O fato de vri osdos nossos teatros terem adotad o s t e mtodo , e ointer sse m anifestad o pela gente de teatro d e ou t rospa ses, depem -sem d vida a favor d o no sso m tod o.

    Conc lu indo, d isse J OSEF SVOBODA :- Conforme pude cons ta ta r , existem aq ui, t anto no

    Rio como em So P aulo, v r ios grupos joven s cu jos es-foros d em on st ram o grande po tencial de desen vol vimentoda arte teatral no Brasil. necessrio, tod avia , que essaalividade se ja forte men te apoia da; e o apoio n o deve seraguardado somen te de fon te s ofici ais: preciso qu e to -dos os crculos cult urais do pas emprestem a sua cola-borao . Para terminar, dese jo ao teatro b rasilei ro m uita.sor te ; po ssa le conquistar sucess os se melh antes aos q uea arquitetura brasileira est ce lebrando na nossa poca .

    (D o JORNAL DO BRASIL de 24-7-63) .

    Urna experincia de T eat r o

    em Escola Normal

    Olga Reverbel

    ATEN DEN DO ao convite de Maria Clara Machad o,fa la r ei brevem ente da experi ncia teatral que reali zamosno Insti tu to de Educao "Gal. Flres da Cunha", emP rto Al egre, de sde que, pel a r efor m a 'do en sino normal,o teatr o faz parte do program a como u nidad e facultati va.

    O obje ti vo de no sso t r ab alho tem sid o dar nor ma-lista o necess rio con hecimen to de teatro para que el a outi lize como recu r so didtico . Ti vemos, a princpio, g ran -el es dific uldades, pois embora o teat r o seja muito ci tadoem d id tica como um valor ed uca tivo, pouco enco nt ramo ss bre a maneira prtica de o empregar . (Neste sen tido,foi preci osa a co ntri bui o que encontramos no s CADEH-NOS DE TE ATR O.

  • ~~m ta is circ uns t ncias, procuramos trans por para bt ea tro didti co a exper incia da arte teatral em si. Par-t indo de um programa. nccess riarnen te precrio, a expe-r in cia nos foi ensinando a aper fe io-lo com op o rt un asm odifi ca es , om iss es ou transp osies . Ch egamos, assim ,a urn a forma bem definida .

    No primeiro a no do curso normal, as ' alunas fa zemimp ro visa o, mmica. e pantom ima, e pr ocur am lig -Iass d isciplinas visadas . O t ea tro no jamais con sideradoma tria indepe ndente , mas elemen to coadjuvante n o ensinode m atemtica, h ist r ia, gramti ca, etc. Num tr aba lh o decon ju nto s b re Vila L bos, no qU2..1 havia o concurso det da s as d isciplin as, o grupo de t eat r o do primeiro anoapresentou pantomimas da s lendas brasilei ras, cuja lei t ur ae coment ri os eram fe itos paralelamente pela eq ui pe que,na p oca, fazia est udos de voz . Na com preenso da an-lise sin t t ica - para ci ta r ou tr o exemplo - foi de gr andeajuda uma mm ica s bre coo rdenao e subo r dinao deoraes. De um modo geral, utilizamos muito os jogosdr amticos .

    Os argumentos para as pantomim as so em grandeparte ideados pelas alu nas; e ist o, al m de es ti m u la r odesenvolvimento da composio , p s sihilita a forma o daequipe que, n os cursos subseq entes, escrev er pea s in-fa n ti s. Real izamos, s vzes, concursos de argumen tospa ra pantomima com te ma livre. No ltimo dl es foramv ence dor es t rs assuntos : "O Circ o", "A Cidade", " UmaAu la" . Sono plast ia, m sca r as, costumes, tudo foi criado erealiza do p el as alunas .'

    P or outro la do enqu an to u m gr u po trabalha n os jogosdr am ti cos, ou tro int erpreta pea s inf antis, que so apre-sen tadas em espetculo se manal . Desde 1950, o TIPIE(Teatro Infantil P ermanente do Inst itu to de Educa o)oferece, t das as quartas-fe iras, uma pea para as crian asda cidade. De ssa m an eir a , conseguimos i or m ar u m p-b lico in fantil at ivam ente in ter essado .

    Es sa platia r espeit v el ' estudada de perto por umoutro gru po de normalistas, que analisa e discu te os gos-tos e prefe rncias das cr ia na s . H abitua lm en t e, ao ter-minar o espetcu lo , t m lugar v ivas discu sses em trnode personagens ou cenas q ue impr essio naram a imagi naoinfana til .

    Com a con t inuidade dos espet cu los, surgiu o probl e-ma de reper trio, um a vez qu e r epetidas vzes j tnha-mos la nado mo de tdas as ob ras publicadas do s no ssosescr itor es . Semelhan te d ifi cu ld ade foi con to rnada, e p ro -veitosamente, p ela criao do gru po de 'autor es . As a lun ascom earam a escrever peas, or a adaptando, ora criando,mas sem pr e em permanen te contacto com o g sto da pla-t ia, atravs de pesquisa dir et a , Comprovou-se, a pr op -sito, que as crianas de m enos d e cinc o anos tinham in -ter sse pel o te at ro , m as in feli zm ente no havia peas pu-blicadas par a t al pl atia . Nosso gru po tratou de as es-cr eve r .

    Dentr e as peas que ento foram concebi das p or nor-malistas , ginasian os e m esmo criana s da escola primria ,se is foram selecionadas num sem in r io de alunas. Tinhamuma dur ao apro x imada de seis minutos, e nelas havia

    maior preocupa o com os eienientos pl stico , s n r emusica l. F oram apresen tadas , num festival de aprox ima-damente m eia hora , pa ra uma p la t .a de ce m cr ian as en -tr e dos c cin co a nos . Omi ti ndo aqui um r e la trio qu ese r ia demasiado longo se fsse pormenorizar as rea esobservadas, damos no entan to a nossa conc luso : essapla ti a merece maior ateno dos autor es .

    A me sma tcnica e obje ti vo acima descr it os so apli -cados no tea tro de fa ntoches, o qu e va le dizer que todo otrabalho criado pelas alunas . de notar-se que a cr ian--a mos tra mais in t er sse por s te g nero quando participado espet cu lo .. como sim ples espectador, sua prefernciavai para 0 - teatro in fan til .

    Fi nalmente, como parte das a tividades do TIPIE,m encionamos os espet culos le vados s escolas, asilos eho spita is, o que enriquece o conhecimen to das estudan te sno que se r efer e obser vao de pl at ia..

    Ao t od o, crca de cinqenta espetcu los so apresen-ta do s durante o ano .

    No t ip o de tr abalho que vi.mos r ealizando, O que n osparece mais importante a surpr eendente faculdade qu etem o te a tro de coordenar tdas as di sciplinas . real-m ente um poder oso recu rso didtico . Sobretudo qu andoaplicado e definido por um ntido trabalho de con ju n to , ta lcom o o tem os no TIPIE com a valiosa e l cid a colabor a-o de to dos os pr ofessor es das demais matrias e artes .

    Exemplo fina l da. validade dessa experincia o fa tode que inici ando-a em 1956 com apena s 18 normalis tas,con tamos h oje com m ai s de 300 alunas , no s da EscolaNormal, mas t ambm das clas ses experimenta is e escolaprimria . Som ente de normal istas t em os agora 15' gruposque t r abalh am em m m ica, interpretao, direo, costu-mes, et c. . . __ , .. _ _..l.

    Um nvo centro teatral: Curi1iba

    H alguns meses atrs, o atol' e d ir etor Cl audio Cor -r a e Castr o - de cuja des tacada atua o n 'O TABLADO,no Teatro da P r aa, n a CT CA e no Teatro dos Sete tod osdev em estar lembrados - via jo u para Curitiba con trata-do pelo Govr no Estadual para o cargo de Coorden ador

    . do Teatro d e Ccm dia do Paran .O Teatro de Com dia d o P ar an - aue funcion a no

    excele nt e Teatro Guaira, foi criado no inicio do correnteano e mantido por uma verba concedida p ela Cmar aEs tadual, no te nd o rece bid o at agora nenhuma subven -o federal. O TCP no possui elenco fixo: os atres socon tratados para cada produo, o m esmo a contecendocom o' pessoal tcnico . Cludio Correia e Castro o nicoelemento f ixo d o TCB e, na sua qualidade de Coordena-dor, cuida de todos os det alhes da pr odu o e da. d ir e o,

    . devendo, tambm, trabalhar, opo r tunamen te , como atol' .As peas so di rigidas por le, j existindo, porm, planosconcretos para con vidar ou t ro s diretores do Ri o e deSo Paulo.

    , -

  • .. , 6 TCP est r eou em abril com "Um Elefante no Caos" ,de M . F ernandes, e p er m an eceu em cartaz em tem por adanorma l, d u rante um m s, batendo os r ecord es de b ilh ete-r ia em se 1'1atan do de elenco lo cal . O p rximo cartaz doTCP ser "A Vida Impressa em Dl ar", de C l'Ilord Odcts,com es tr ia prevista para se tembr o ou outu bro . Para oNatal, deve r ser encenada a pea de M. Clara Machado,"O Boi e o Burro no Caminho de Bel m. "

    E ntr e eis fu t uros plan os do TCP, f iguram viagens aointerior do Estado e a outras capitais do Br asil e o gran-de pr oj et o par a 1964 co nsiste numa excurso d o sul aonorte do pas , co m uma caravan a in cluindo um shaw, con -c rto, coral, exposies , r ecitais de msica, ex ibies Io l-c l r cas alm de trs p ea s para ad ultos e uma p eainfantil.

    - Claudio Co r r eia e Castro fala com en tusiasmo d o se utrabalho no ' Curso Permanent e de T ea tro, organizado pelaSecretaria d e Edu ca o do P ar a n , e que funciona tam-b m no Tea tro Gu aira.. sse curso surgiu do sucesso deum Cu rso de Ver o, de u m m s, realizado em janei r o eq ue co n to u com 324 alunos inscritos .

    O rpid o desenvolvimen to do teatro p ar ana ense atr ibu do por Cl audio C. e Cast r o, em grande parte, ao .inter sse do Govrno e das au toridades, t endo conseguido.e, em p ouco tem po , est r u t urar u m a organizao de tea-tro es ta .a l, o qu e nos parece sem pr eced entes na hi s triado ' tea tro bras.Ie iro .

    (Da entrevista co n cedid a p or CCC a Yan Mich al ski ,JORNAL DO BRASIL, 10-7-63) .

    Noticias dO Old Vic de LondresExclusivo P /Cadernos de Teatro

    LONDRES (BNS) - O 15 de junho pr x imo p assa-do foi t r iste, n a vida t eat ral londrina , pois na noite dssedia a "Old Vic Th eatre Cornpa ny" a prese n to u se u ltimoespet cu lo em seu hoj e h is trico teatro, perto da Esta ode Wa terloo. Esp erava-se' apresen tar uma p r odu o de en-cer r amento, com alg uns dos famosos atres que apar ece-ram n o Old Vi c. Isso no foi possvel, um a vez que arecentemente formada " Na t lona l Theatre Company " to -mar o t eatro p ar a prep ar-lo pa r a sua primeira tem po-rada , a ser inaugurada n o f im do ano . O Old Vi c serse u quartel-general, at que o Teat ro Nacional seja cons.tr u do, n a margem su l do Tmisa .

    O ltimo es petcu lo do Old Vic , portanto, fo i "Me a -su r e fo r Measure", sob a di r e o de Mich el Ell iott, Emcurta cerimnia, ao final , Dame S ybil Thorndik e, que p ar -tieipara de "H amle t" e f ra o idiot a em "K ing Lear", en-tre outros papi s, durante a Primeira Grande Guerra, usouda p al avra . Na platia, Laurence Oli v ier , Ninette deValois e Joan Cross, representando as trs artes - drama,ballet e p er a - apresentadas no Vic. Tambm vriosout r os atres que pisaram o palco do velho teatro esta-vam presentes: Rob ert Marley , John Mills, Donald W olfit ,A nthony Quay!e, John Neville, K eith Mich ell , DorothyTut in .

    DO VAUDEVILLE A SHAKESPEAREA hi st ria do Old Vic hoje bem conhecida: como

    Emma Cons transformou a. inculta casa de vaudeville em

    um Tea tro P opul ar ; com o sua infa tigvel sob r inh a , LlianBa ylis, produziu peras e S ha kespeare , convencendo int r .p re tos Iu m osos a t ra ba lha rem para e la por nad a, m ai s qu e" uma can o ", cri ando a lm di sso u m laboratrio para io-v en s como John Gielgncl, Ralph R ichard son, M (mricel!:vans, e m uitos ou tro s que cr esc iam de es t a tu ra a cadatemporada, ass um indo papis da importncia de "Hamlet"e "P r n cipe H al ", "Fal s1af f" e " l a go", "Oberon " e " Be-n ed ick" .

    Nas dcadas de 1920 e 1930, dir etor es com o Ty7'on eGuth7' ie t rabalharam no Old Vi c. Embora su as produesfssem pobres er am em geral d e grande .efeito. Todos selem br ar o hoje do jovem "Hamlet" apresentado por Gie! -gud, como um do s mais emocionantes jamais vistos, e daproduo de Guthrie para "Measure for Mensu r e", (comCharles Laughton e Floro: Robson nos principais papis eum jovem atol' ch amado James Mason com o Cludio) quea t hoj 2 dificilmente pod er se r su per ada.

    Todos os britnicos lembrar-se-ao hoj e, tambm dovibrante "Henr ique V" de Laurence Olivier e do "Hamlet"em roupas modernas, com A!ec Guinness, no qual os pre-sen tes ao fu n eral de Of lia usavam todos guarda-chuvas.

    O Vic foi bom bar deado durante a Segunda GrandeGu erra e, depois de em igr ar para as Provn cias durantealgum tempo, v olt ou ao "New Thea tr e", em Londres, ondebrilhantes t emporadas for am a pr esen tadas, com Olivie7'com o "King L ear " , " Oed ip us " e "H ar ry Ho tspur" e Ri -chardson com o " Cyrano de B ergerac", "Peer Gy nt", Fals-taff" e "Blun ts chl" n o "Arrns and the Ma n ", de Shaw, Aprotagonista era, n a, poca, uma atriz desconhecida , vi ndade Birrningham, ch amada Maruiret L eighton.

    Em 1959, a companhia voltou su a prim eir a ca sa .Embora seu destino t enha variado dur an te os lt imos POLl -cos a.nos, apresentou t das as p eas de Shakesp eare, v ia -jou ao estrangeiro e apareceu em v rios Festivais deEdimburgo . O "Hamlet" e o " H en r iq ue V" d e Richa7'dBurton se r o lembrados durante ss e p erodo. P articular-men te n otve l foi a r ece n te produo de ZeffeTilli do "Ro-meu e J u lieta " , v is t o n os Estados Unidos e vrios pasesda Europa .

    A ltim a tem porada d o Vic incluiu exce lente produ.o do " Peer Gynt" de Ibsen, com L eo McKern e a con-t r overtida, verso modernizada apresentada p or Guthrie do"Th e Alchem ist ", de Ben J oh nson. .

    O Old Vic 'deix a filho d igno de sua trad io: o "Br is -tol Old Vic " e sua es cola de t eatro, Ali, at res como JohnN eville e Peter O'T oole ganharam experincia. O "BristolOld Vic" dever continuar, ajudando pelo Conselho da Ci-dade . Trabalhar em estr eita liga o co m O "Br istol Little'I'heatr e" , manten do os laos j ex istentes com o Depar -t amento de Drama d a "Br ist ol Universi ty " . O "B ristol OldVic" ap resenta t anto clssicos co m o .m od ernos .

    E ntrem en tes , o "L on don Old Vic" ainda se r a casade Shak esp ea re . E n tr e os a contecim entos excitantes pla-nejados . pelo "National Th ea t r e" esto "Hamlet" comPeter O'Toole no pr incipal papel e Mi chael R edg rav e comoo Rei , e " Othello" com L auTenc e Oli v ier com o o M ou ro .

    ' (P or gentileza do Con selho Britn ico ) .

  • D rre n lTla tt e o Teatro P opular

    Da exce le nte r evist a polonesa DIA LOG, tr anscreve-mos alg uns extratos de uma confern cia pronunciad a porFriedrich Drrenmatt em Va rsvia, em outubro d e 1962 .

    "E u me def endo da quilo que se costuma chamarteatro didtIco. No me agrada sse conceito, e no meag radama.s conseqncias que- re sultam do princp~o deconsiderar o tea t ro com o uma inst it u io de alta utilidadepblica . O po nto-de-vi sta ac ei to pelos profes sr,es d~ .~etras germ ni cas - e impsto , de certo modo, a opimaopblica atual - parte do princpio de qu e o teatro , pornatureza , uma. arte sole ne e grav e, e que tamb m de veser assim .

    P elo contrrio, o t ea tro , para mim , uma arte popu ,la r . S o t eatro p opular m e int er essa, e ste o teatroque d esejo cr iar, como dramaturgo . Recuso, de an temo,qu alquer ponto de partida preest ab elecido, por u ma. razomuito sim p les: o di l ogo tea tr al u m a coisa comple ta -mente difer en te do di l ogo fi losfi.co . O teatro no cr iafil osofia . Con fu nd ir o dilogo teatral com dilogo filos-fi co uma coisa particula rmente peri gosa num a poca emqu e ta.nto o teatro como a Filosofi a se ocupam de d ial -tic a . O teat ro u ti liza o dilo go, portanto ba seia -se na di a-l ti ca dos contras t es, po r ta nto dia ltico, por tanto u mins trumen to que serve F ilosofia ... st e r a ciocnioa poia-se n urn mal-entendido . Na realidad e, o teatro nopode provar nada , no senti do est ri tamen te filosfico dapa la vra : pode, no m xim o, popularizar cer tos sistemas fi -Ios icos , dem onstr -los com fin s p ropagandsticos, etc .

    No fundo , tda pea .de boa rru a l id ade . ao m esmotempo, pop ul ar . P ois no verdade qu e 'I'ch ecov, que

    maneja efeitos dramti cos t nues e su tis, um autor com-p reensvel pa ra to dos ? Eviden tem ente, o ca r ter popularde uma pea no surge de boas intenes ou de resolu -es ta is como : " a partir de hoj e, s escrevo para em-pregadas domsticas." Bas ta escrever para o esp ectador.O especta dor, que tanto pode ser um in tel ectual como u moperr io . No po sso , q uando escrevo , pensa r num det er -minado gr upo de es pectador es. Incl us ive, quando esc revo,no tento imaginar o meu futuro espectador . S pen sono acontecimento no palco, hio et nunc . Po r mais absur-da , por mais amal ucada qu e ess a ao seja , e la tem deser com pree ns vel. E t em de con vencer o espe ct a dor deque o q ue le est vendo est aco n tecend o agora . Nopalco. A f r a do teatro consis te n o fa to de le m ost r arum a a o contem pornea. No teatro, s a a o con cre tae tang vel; no a palavra. A palavra, uma vez pronun-cia da n o palco, no pode ser reti r ada nem repetida, o tea-tro no um li vro no qual se pode voltar para t r s . N oteatro, tudo mo strado uma nica vez e se sit ua no qua-dro d os aco ntecimentos d o espetculo. P ara exprimi-lo, necessria uma a o muito simples, eu diria at: uma a opopular . Tch ecov , nest e sentido, um excelente ' ex emploe m od lo . impressionantemente transparente e simples.S as relaes en t re os pe rsonagens so complicadas; amatria impressionantemen te trans parente e simples.

    Aparentemente a t sim ples demais: a drarnaturgia deTcheco v, p ri m ei r a v is ta, parece ser uma dramaturgiade dil et ante . Dep ois de algum tempo, percebemos que setrata de um teatro extrem am ente elabor ad o, dentro d asua sim plicidade : o autor nos aprese n ta uma his to riazi-nha tda sim ples, mas a maneira com o o fa z . .. e o quedel a resu lta .. .

    O bom teatro tem de ser um teatro popular, onde acoisa mais im portante a p rimeira id i a , o achado . Nofund o, tudo depende d ste achado . Sem um ac hado -um achado ge n ia l - no ter a m os. por exemplo O Ins-pezor, de Gogol , u m a da s ob ras mais i.mportantes da dra-maturgia univer sa l. Repito e in sisto: sem um bom acha -do, uma boa id ia de base, realmente impossvel escre-ver uma boa pea; po rq ue - quero fri sar mais u m a vez.ach o que u ma " pea nunca p ode su rgir de teorias ou deproclama es."

    (Transcrito do J ORNAL DO BRAS IL de :lG-7-(J;), tra-d u o c introduo de Yan Mich alski ) .

    ...NOTA - Fr edrich Drrenmatt o a utor ela fa m osa

    pea "A Visita da Velha Senhora" q ue tanto sucesso fzno an o passad o no Rio , quando foi .apr esen tada pela Com-pan hi a Cacilda Beck er .

    (.' .

  • ) Publicaes disposio dos l eitores n a s ecretaria'dO TABLADO,

    Mistrio da Paixo de Nosso Senhor Jesus Cristo

    (concluso)

    SAO MIGUE L

    ro nosSAO MIGU EL

    TODOSSAO IUIGUELTOnOSSAO l\UGUEL

    Tonos

    No vejo mai s ningum che ga r . Ei s odi a qu e na sce. (Faz-se luz) o do-m ingo de Pscoa. N o sa beis da gran-de noticia?

    - Qual a grande notci a ?- O tercei ro dia chegou. Os so ldados

    que guardavam o tmulo ca iram nassua s bund as . De rep en te , I z um lu arcom mil sis. J esus Cris to ...

    - - E' J esus Cri sto!- Ressuscitou!-- Ressuscitou! Re ssuscitou!_ Alegremo-nos e celebremos o dia f a -

    moso .- J esus saiu da tumba!

    J esu s saiu da tumba!Alelui a !(To dos so bem ao c u )

    Auto da Compadecida, de Suassuna .Bodas de Sangue, de F . Garcia Lorca .D . Ro sita , a Soltei r a , de F. Garcia L orca .A Harpa de Erva, de Truman Capot e .A Longa J ornad a No ite a De ntro , de O'NeilI .O Living-room , de Grah am Greene .Natal na Praa , d e H enri Ghon .P edreira das Almas e O T elescp io, de J . AndradeO Rinoceronte, de Ionesco .Teatro Infantil , de Maria Clara Machado .Teatro (O Cavalinh o Azul, A Volta do Camaleo

    Alface, e o Embarque de No ) , de M . C .Machado .

    O Urso, de Tchekov .A Farsa do Adv ogado Pathelin .Os cegos de M . de Gheld erod e .Escorial, de M. de Gheld erode .CADE RNOS DE TEATRO - exemplar a vulso .Assin atura (6 nmeros) .

    CR$

    500,00500 ,00500,00500 ,00500,00500,0050G,OO500, 00500 ,00500 ,00

    500,00100 ,00H;'O,OO100 ,00150 ,00100,00600 ,00

    Transcrito do li vro MARIONETES POPULARES, de Vl'oneJean, edit ado pelo Servo de D ocumentao do /11 EC

    P edidos para O TABLADO, Avenida Lineu de Paula Ma ch ad e, 795, J ardim Botnico - Rio - Est. da Guanabara.