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Minesterio de Saude
Brasil
DIAGNSTICO SOBRE O PROCESSODE ENVELHECIMENTO
POPULACIONAL E A SITUA!O DO
IDOSO
"##"
1
1
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RASIL
PRIMEIRA PARTE: DIAGNSTICO SOBRE O PROCESSO DE
ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E A SITUAO DO IDOSO
I$% O ENVELHECIMENTO DEMOGR&'ICO
($% O )ro*esso do en+el,e*i-ento de-o.r/0i*o
($($% Ta-an,o e *res*i-ento$ Tend1n*ias atuais e 0uturas
No Brasil sempre tivemos o conceito que ramos um pas jovem, que oproblema do envelhecimento dizia respeito aos pases europeus, norte-americanos eJapo. ealmente, nestes pases se vive mais, e!iste uma maior e!pectativa de vida. No
entanto, poucos se deram conta de que desde os anos "#, a maioria dos idosos emn$meros absolutos vivem em pases do terceiro mundo e as proje%&es estatsticasdemonstram que esta a 'ai!a et(ria que mais crescer( na maioria dos pases menosdesenvolvidos )'i*ura 1+.
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POPULA!O5EMMILH6ES7
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PA;SES DESENVOLVIDOS
PA;SES EM DESENVOLVIMENTO
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POPULA!O IDOSA NO MUNDO (89#%"#"#
Reproduzido de: WHO, WORLD HEALTH STATISTICS ANNUAL, GENEVE, 1987
Ta"4
o!"e: Wor#d He$#"% S"$"i&"i'& A!!u$#&, 1979, 198(
PA;SES
CHINA
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CEI
EUA
?AP!O
BRASIL
INDON@SIA
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M@ICO
BANGLADESH
NIG@RIA
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tabela 1 mostra as mudan%as que esto acontecendo nos pases que tero 1"milh&es ou mais de indivduos com "# anos ou mais no ano #, comparadas com as
popula%&es da mesma 'ai!a et(ria em 1/#. 0ntre os pases que tero as maiorespopula%&es de idosos daqui a menos de # anos, oito se situam na cate*oria de pasesem desenvolvimento. Nota-se a substitui%o das *randes popula%&es idosas dos paseseuropeus pelas de pases 2jovens3, como a Ni*ria, 4aquisto, 5!ico, 6ndonsia ou
Brasil. No 'inal do sculo #, assistimos no Brasil a um verdadeiro 7boom7 de idosos. 'ai!a et(ria de "# anos ou mais a que mais cresce em termos proporcionais.8e*undo as proje%&es estatsticas da 9r*aniza%o 5undial da 8a$de, entre 1/# e#, a popula%o de idosos no pas crescer( 1" vezes contra vezes da popula%ototal, o que nos colocar( em termos absolutos com a se!ta popula%o de idosos domundo, isto , com mais de milh&es de pessoas com "# anos ou mais. 0stecrescimento populacional o mais acelerado no mundo e s: compar(vel ao do 5!icoe Ni*ria.
s proje%&es estatsticas demonstram que a propor%o de idosos no paspassar( de ;,< em 1//1)11 milh&es+ para cerca de 1< em #, que a atual
propor%o de idosos da maioria dos pases europeus, os quais tiveram sua transi%omais lenta e que ainda no conse*uiram equacion(-la. =eve-se recordar que estas
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proje%&es so baseadas em estimativas conservadoras de 'ecundidade e mortalidade,sendo que se houver uma melhora mais acentuada em nossa zonas mais miser(veis,como o Nordeste, o envelhecimento brasileiro ser( muito maior.
9 censo populacional de 1//1 demonstrou um crescimento populacional bemaqum do esperado por muitos. 0stes ainda acreditavam que estavam vivendo no
perodo da 7'ranca e!ploso demo*r('ica7 que ocorreu a partir da se*unda *uerramundial, onde a mortalidade come%ava a declinar e a 'ecundidade permanecia alta,perodo que se completou no come%o dos anos "# com o incio da queda acentuada da'ecundidade. 0sta iluso se deve, principalmente, ao 'ato de ainda assistirmos ao*rande aumento de nossas cidades. 0ste aumento urbano 'ruto de uma acelerada econstante mi*ra%o rural. No Brasil, o principal impacto social, na se*unda metade dosculo, 'oi proporcionado pelo aumento absoluto e relativo da popula%o adulta eidosa.
1.2.- Os fatores de envelhecimento: fecundidade e mortalidade
0ste 'en>meno que denominamos de transi%o demo*r('ica, se caracteriza pela
passa*em de uma situa%o de alta mortalidade mais alta 'ecundidade, com umapopula%o predominantemente jovem e em 'ranca e!panso, para uma de bai!amortalidade e, *radualmente, bai!a 'ecundidade.
Transio demogrficase 'az em quatro etapas?1) Alta fertilidadeAlta mortalidade:numa primeira etapa tnhamos uma ta!a denascimentos muito alta que era compensada por uma ta!a de mortalidade tambmmuito alta. =esta maneira, a popula%o se mantinha mais ou menos est(vel com uma*rande percenta*em de jovens na popula%o. 6sto era o que acontecia no mundo todoat o incio deste sculo, nos pases em desenvolvimento at a metade do sculo eainda ocorre em al*uns pases a'ricanos.2) Alta fertilidade!eduo da mortalidade: num se*undo momento a ta!a de
nascimentos continua muito alta e a mortalidade passa a diminuir consideravelmenteem rela%o @ etapa anterior, o que ocasiona um crescimento muito *rande dapopula%o as custas, principalmente, da popula%o jovem? a propor%o de jovens napopula%o aumenta. A o que se chamou de 2bab boom3 ou e!ploso demo*r('ica queocorreu intensamente no Brasil nas dcadas de C# e # e que ainda ocorre em al*uns
pases asi(ticos.") !eduo da fertilidade #ortalidade continua a cair: numa terceira etapa n:stemos uma diminui%o da ta!a de nascimentos e a de mortalidade continua a cair, oque dar( ainda um crescimento da popula%o total mas, j( no to *rande, com umaumento da percenta*em de adultos jovens e, pro*ressivamente, de idosos. A o queacontece no Brasil e em al*uns pases da mrica Datina.
$) %ertilidade continua a cair#ortalidade continua a cair em todos os gru&osetrios:numa quarta etapa a ta!a de nascimento cai mais, a mortalidade cai mais, oque d( um certo equilbrio na quantidade total da popula%o mas com um aumentocontnuo da popula%o de idosos. A o que acontece na maioria dos pases europeus eem al*uns estados brasileiros mais desenvolvidos.
Nos pases desenvolvidos o aumento da e!pectativa de vida ao nascimento j(
havia sido substancial @ poca em que ocorreram *randes conquistas do conhecimentomdico, na metade deste sculo. 0ste 'ato pode ser ilustrado pelo cl(ssico e!emplo deredu%o da mortalidade nos 0stados Enidos da mrica do Norte publicado em 1/F1
por Gries e Hapro?
naquele pas, no incio do sculo, a ta!a de mortalidade por tuberculose era de 1/Cmortes para cada 1##.### indivduos por ano.
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0m 1/, a ta!a j( estava reduzida pela metade. partir de 1/C#, a cada dcada, a ta!a era a metade da de cada dcada anterior.
s principais raz&es para esta redu%o acentuada se deve @ eleva%o do nvel devida da popula%o norte-americana, traduzida por uma urbaniza%o adequada dascidades, melhores condi%&es sanit(rias, melhoria nutricional, eleva%o dos nveis de
hi*iene pessoal e melhoria das condi%&es ambientais, tanto residenciais como notrabalho. Iodos esses 'atores j( estavam presentes quando, no 'inal da dcada de C# eno incio dos anos #, 'oram introduzidos os e!ames radio*r('icos, a BH e uma sriede '(rmacos potentes )isoniazida, 48 e a estreptomicina+ que tiveram um importante
papel na mortalidade, incidKncia e prevalKncia da tuberculose. No entanto, o processode queda da mortalidade j( estava, h( muito, desencadeado naquele pas.
Nos pases menos desenvolvidos, no vKm ocorrendo desta maneira. 0mboramilh&es de pessoas continuem vivendo em *raus absolutos de misria ou pobreza, asconquistas tecnol:*icas da medicina moderna )assepsia, vacinas, antibi:ticos,quimioter(picos e e!ames complementares de dia*n:stico, entre outros+, ao lon*o dos$ltimos "# anos, conduziram aos meios que tornaram possvel prevenir ou curar muitas
das doen%as 'atais do passado. Na Gi*ura , observamos a queda da 'ecundidade brasileira que se inicia nosanos sessenta, com o aparecimento de diversos mtodos anticoncepcionais. 0m 1/"#,a mdia de 'ilhos por mulher era de mais de seis. Na dcada que se se*ue observamosuma queda que se acentua a partir de 1/;#. 0m 1/// a mdia j( era de ,1 'ilhos pormulher.'i.ura " 'i.ura 2
24
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34
4#44
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&0ri*a Brasil &siaA$Latina Euro)a A$Norte
(84#%44 (84%:# (884%## "#"#%"4 5ANOS7E
)e*tati+ad
e
+ida
ao
nas*er
5anos7
o!"e: U!i"ed N$"io!&, 198), i! R$*o&, L+R+ e" $#+ Re+ S$-de p-.#+, (1/0, 1987
'i.ura 2 EPECTATIVA DE VIDA AO NASCER(84#%"#"4 SELE!O DE REGI6ES
1.".- '(&ectativa de ida
Honsiderando-se o e!emplo do Brasil, a passa*em de uma situa%o de altamortalidade para uma de queda pro*ressiva de mortalidade em todas 'ai!as et(rias,
traduz-se numa eleva%o da e!pectativa de vida mdia ao nascer. =e 'ato? No incio do sculo )1/##+ a e!pectativa de vida ao nascimento era de ,; anos. 4ara um brasileiro nascido durante a se*unda *uerra mundial era de apenas / anos. 0m 1/# j( aumentou para C, anos. 0m 1/"#, a e!pectativa de vida ao nascimento era de ,/ anos, com um aumento
de 1 anos em uma dcada. =e 1/"# para 1/F# aumentou para ",C anos, isto , ;, anos em duas dcadas. =e 1/F# para ### ocorreu um aumento de ,1 anos, quando um brasileiro passou
a ter uma esperan%a de vida ao nascer de "F, anos. =e ### para # dever( haver um aumento de , anos.
'i*ura compara a evolu%o das e!pectativas de vida no perodo de 1/#-#, para os di'erentes continentes e para o Brasil em particular?
C
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(89# (8# (8:# (88# (888
'il,os 5n7
EVOLUO DA QUEDA DA FECUNDIDADE
BRASIL 1960-1999
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o!"e: I2GE
Pro0$ ?or.e Aleandre Sil+estreF MSF "##(
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Homo observamos, todas as curvas tKm uma tendKncia ascendente, sendo que a doBrasil assume uma inclina%o particularmente acentuada, somente compar(vel @ dos
pases asi(ticos, incluindo a Hhina, que tambm apresentaram um aumentoacentuado no perodo em questo.
s proje%&es mostram uma redu%o dr(stica nos di'erenciais veri'icados em meados
do sculo. 4or e!emplo, em 1/# mais de anos separavam um brasileiro de umnorte americano em termos de e!pectativa de vida ao nascimento. 0ssa di'eren%a
passou, no momento, a ser de bem menos de 1# anos e, as proje%&es mostram queno ano de # esta di'eren%a ser( de pouco mais de C anos.
1.$.- *ndicadores do &rocesso de envelhecimento
1.$.1.- +ndice de envelhecimento
'i.ura 3
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CRESCIMENTO 5H7 DA POPULA!O BRASILEIRA se.undo .ru)os et/rios 5#%(3 e 9# anos ou -ais7
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o!"e: U!i"ed N$"io!&, 198), A!u3rio E&"$"4&"i'o do 2r$&i#, 198) i! R$*o&, L+R+ e" $#+ Re+ S$-de p-.#+, (1/0, 1987
3#%4# 4#%9# 9#%# #%:# : #%8# 8#%##
'i.ura 3 principal caracterstica docrescimento da popula%o idosa no Brasil
, sem d$vida, a rapidez com que se dar(,de hoje at os meados do sculo LL6. Naverdade, at o ano de 1/"#, todos os*rupos et(rios cresciam de 'ormasemelhante @ total, desta 'orma mantendoconstante a estrutura et(ria.
Gi*ura C mostra claramente que a partir de 1/"#, o *rupo com "# anos oumais o que mais cresce proporcionalmente no Brasil, enquanto que a popula%o
jovem encontra-se em um processo de desacelera%o de crescimento, maisnotadamente a partir de 1/;# quando o crescimento 'oi de 1F< )1/;#-1/F#+,comparado com o crescimento da dcada anterior de mais de 1
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'i.ura 4
0stas mudan%as si*ni'icativas da pirMmide populacional come%am a acarretaruma srie de previsveis conseqKncias sociais, culturais e epidemiol:*icas, para as
quais ainda no est(vamos preparados para en'rentar.
II$% ENVELHECIMENTO RURALF MIGRA!O E URBANIA!O
No Brasil, em 1/#, dois ter%os de nossa popula%o vivia em zonas rurais. Oojeem dia, mais que trKs quartos )F1,
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Norte 5(7 Nordeste Sudeste Sul Centro%Oeste
Norte 5(7 525.427 - 25,5 29,7 4,1 40,7
Nordeste 8.555.891 9,3 - 73,0 3,0 14,7
Sudeste 3.339.585 7,3 22,4 - 29,9 40,4
Sul 2.239.478 7,4 3,0 65,7 - 23,8
Centro%Oeste 874.036 28,0 10,9 51,4 9,7 -
Fonte: Pesquisa nacional por aostra !e !oic"lios 1999: icro!a!os, #io !e $aneiro: %&'(, 2000. 1 )*-#+.
1 (/clusie a populao rural
'i.ura 9 9 mi*rante padro que che*a as
nossas *randes cidades o mi*rantejovem, o qual, em *eral, dei!a seusparentes para tr(s. 4ara o idoso que tevepor toda a sua vida uma *rande 'amlia,que se caracterizava por uma marcadasolidariedade s:cio-cultural, com umsuporte provido pelos mais jovens,rodeados de muitas crian%as, estamudan%a pode ser muito complicada,causando desmotiva%o, sensa%o dedesamparo e sintomas depressivos.
mi*ra%o rural que ocorre principalmente as custas do deslocamento dapopula%o jovem e, em *eral, dei!ando seus 'amiliares idosos no local de ori*em, temproporcionado uma acentua%o desse envelhecimento em termos proporcionais. Homisso, justamente nas re*i&es menos desenvolvidas do pas e com as menorese!pectativas de vida temos as maiores propor%&es de idosos.
9s mi*rantes quando che*am a *rande cidade, ou vo morar em uma 'avela,ou, os com melhor situa%o 'inanceira, vo morar em uma zona prolet(ria. 8e, poracaso, o mi*rante levar consi*o sua 'amlia e, com isso o idoso tambm mi*rar, estanova situa%o pode acentuar diversos problemas, tais como di'iculdades 'inanceiras,deteriora%o das condi%&es de sa$de, solido e e!posi%o a violKncias.
tabela a se*uir compara os oito estados com a maior propor%o de idosos em
###, em sua e!pectativa de vida ao nascer, propor%o de idosos e suas situa%&es em1/F#. 9s oito estados que apresentam a maior propor%o de idosos em .### so osmesmos de 1/F#.
(# ESTADOS COM A MAIOR PROPOR!O DE IDOSOS EM "###F SUA EPECTATIVA DE VIDA M@DIA AONASCER E SITUA!O EM (8:#
UNIDADE DA'EDERA!O
"### (8:#
IDOSOS 57ESPERANA DE
VIDA AO NASCER5anos7
IDOSOS 57ESPERANA DE
VIDA AO NASCER5anos7
#io !e $aneiro 10,71 67,63 6,29 63,23
#io 'ran!e !o ul 10,46 71,60 5,77 70,62
Para"a 10,18 64,44 5,91 44,35
;
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:(F2H
(:FH
#
(#
"#
2#
3#
4#
9#
#
:#
8#
Po)ulaJKo RuralPo)ulaJKo Ur
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inas 'erais 9,08 70,39 4,78 63,13
#io 'ran!e !o orte 9,02 66,42 5,93 45,39
o Paulo 8,96 70,03 5,80 63,55
Pernauco 8,90 63,68 5,18 47,77
)ear 8,87 66,36 5,24 46,99
Fontes: %&'()ontae populacional e proees !eor;icas preliinares)enso 20002001 %&'(
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#eio etropolitana !e&el= (sta!o !o Par.
66.571 2,5 2,7
NORDESTE 3$#:4$((: #F: (F#
#eio etropolitana !eFortale>a )ear
198.295 1,5 1,9
#eio etropolitana !e
#eci;e Pernauco 248.999 1,7 2,2
#eio etropolitana !eala!or &a?ia
185.689 2,2 2,6
SUDESTE 9$8($9" (F: (F8
#eio etropolit. !e &elo@orii>onte inas 'erais
313.819 2,0 2,4
#eio etropolitana !o #io!e $aneiro #io !e $aneiro
1.288.860 2,5 2,8
#eio etropolitana !e oPaulo o Paulo
1.498.342 2,1 2,2
SUL "$($899 (F9 (F:
#eio etropolitana !e)uritia Paran
163.931 2,2 2,3
#eio etropolitana !ePorto mica 'orem controladas. =esta maneira, no deve-setemer a aposentadoria, se esta 'or 'eita voluntariamente, com o indivduo em bom
estado de sa$de, com um con'ort(vel rendimento e permanecendo socialmente ativo.
/
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EMPREGOS 'ORMAIS SEGUNDO ATIVIDADE ECON MICA2(>(">8"2(>(">8" !: 11+0 /1,);!: 11+0 /1,); 94 anos ou -ais 94 anos ou -ais
Adi-inis P
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9 pa*amento do bene'cio cessa no momento em que ocorrer a recupera%o dacapacidade laborativa ou em caso de morte do bene'ici(rio, no dando direito aosdependentes de requerer o bene'cio de penso por morte.
VI$% SADE E ATEN!O SANIT&RIA
1.- 'stado de sade dos idosos /rasileiros:
1.1.- #ortalidade
Iem-se desenvolvido, dentro do conte!to da transi%o demo*r('ica, uma r(pidatransi%o nos per'is de sa$de em nosso pas que se caracteriza, em primeiro lu*ar, pelo
predomnio das en'ermidades cr>nicas no transmissveis e, em se*undo lu*ar, pelaimportMncia crescente de diversos 'atores de risco para a sa$de e que requerem,comple!amente, a%&es preventivas em diversos nveis. s doen%as in'ecto-conta*iosasque, em 1/#, representavam C#< das mortes ocorridas no pas, hoje so respons(veis
por menos de 1#nquios e 4ulm&es /.C" 1,/Neoplasia mali*na de est>ma*o ;.;F 1,
Neoplasia mali*na da pr:stata "."/ 1,Hirrose hep(tica ".1F1 1,
%onte:1/;/ Q 1//F Q =ados de =eclara%o de Tbito, 8istema de 6n'orma%o sobre 5ortalidade, H=-om, H0N046PGEN8, =I8E8P58, ###
($"$% Es)eranJa de +ida aos 9# anos
No pas, para o ano de ###, a e!pectativa de vida aos "# anos de idade era de1;,; anos. Hom a mulher vivendo em torno de quase quatro anos e meio a mais que ohomem. No quadro abai!o, observa-se as di'eren%as re*ionais apresentadas, no tosi*ni'icativas quanto as da esperan%a de vida ao nascer, mas conservam a mesma
distribui%o, com as re*i&es mais pobres com os piores indicadores.ESPERANA DE VIDA AOS 9# anos de Idade
11
11
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Anos de +ida es)eradosF )or seoF )ara o Brasil e Grandes Re.ies "$###
Re.iKo asculino Feinino 'eral
nica e, cerca de 1
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4or outro lado, temos obtidos dados importantes atravs do 8istema de6n'orma%o Oospitalar do 8E8. Homo e!emplo, na tabela abai!o, temos dados sobrehospitaliza%&es no ano de .###.
1.8.- !iscos &ara a sade
No temos ainda trabalhos com um volume razo(vel sobre riscos @ sa$de doidoso. 4or outro lado, ainda este ano dever( ser iniciado um trabalho importante, de
base populacional, sobre riscos @ sa$de da pessoa idosa.0m 1//, no 0stado do io rande do 8ul, 'oi realizado um importante
trabalho, com a participa%o de 1C universidades, que tra%ou um per'il do idoso noestado. 0m ;.F1 idosos entrevistados, al*uns dados sobre riscos 'oram observados,tais como?
< das mulheres e 1,C< dos homens declararam dependKncia ao (lcool, F,C< das mulheres e /,< dos homens eram taba*istas, ;< dos idosos eram sedent(rios.
2.- Acesso a servios de sade e ade>uao dos servios de sade ? realidade doidoso
Ateno /sica de sade:
t o mKs de 'evereiro do corrente ano, estavam em 'uncionamento no pas1C.#/ equipes de sa$de da 'amlia, distribudas em .F# municpios brasileiros,vinculando-se com cerca de C.###.### de pessoas.
6dealmente seria que todas elas j( trabalhassem com os princpios acimaapontados, e!ecutasses as competKncias e atribui%&es mencionadas, bem comotivessem as habilidades respectivas. 9corre que, no Brasil, a 'orma%o b(sica na*radua%o, bem como a p:s-*raduada, essa $ltima, em especial, 'undamental para aadequada e!ecu%o das a%&es previstas para uma aten%o b(sica competente ehumanizada, esto bastante aqum @s necessidades nacionais.
9 mdico recm 'ormado, em sua *rande maioria, no sai preparado para omercado, mas, sim, para en'rentar um concurso de residKncia mdica, associado ao'ato que, em pas nenhum do mundo que busca permanentemente uma aten%o b(sicaresolutiva, lan%a mo para tanto de pro'issionais recm e*ressos da 'aculdade. Anecess(ria a 'orma%o de pro'issionais, no Mmbito da p:s-*radua%o, voltados ao
trabalho na aten%o b(sica 'azendo dela importante e e'iciente nvel do sistema desa$de.
1
1
HOSPITALIA6ES SUS "###
Prin*i)ais *ausas )or en0er-idade % Po)ulaJKo *o- 9# anos de idade ou -aisFAIXAETRIA n de AIHs
Compos.
Popul.
Taxa deHospital.
MdiaPerman.
ndiceHospital.
Custo totalmil!"es R#$
Customdio
ndice deCusto
%&'( anos 2.538.338 31,7% 48 5,0 0,2 909 358,31 17,34')*)+anos 7.663.719 60,5% 76 7,2 0,4 2.840 370,62 28,33,% anos e - 2.224.080 7,8% 171 9,4 1,2 1.137 511,22 87,57
nde AIHs: nmero total de AIHs consumdas !or cada "a#a et$ra em 2.000@om&osio &o&ulacional?porcenta*em )projetada+ de cada *rupo et(rio em rela%o @ popula%o totalTa(a 7coeficiente) de hos&italiao? n$mero de hospitaliza%&es por 1.### habitantes de uma 'ai!a et(riaTem&o mBdio de &ermanCncia hos&italar:em n$mero de dias para cada 'ai!a et(riandice de !ospitalia/0o: nmero de das de os!tal&a'(o consumdo !or a)tante*ano +per capitaCusto total:e- ReaisF consui!o por ca!a ;ai/a etriaCusto mdio por !ospitalia/0o1em -eas e !ara cada "a#a et$randice de custo1custo de os!tal&a'(o em -eas, consumdo !or a)tante*ano +per capita
'onteoiento !e
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5erecem destaque importantes iniciativas voltadas @ quali'ica%o da aten%ob(sica desencadeadas pelo 5inistrio da 8a$de em parceria com os *estores estaduaise municipais, bem como com diversas institui%&es de ensino superior. Buscam, em suamaioria, a 'orma%o p:s-*raduada de pro'issionais j( e!istentes e desejosos paraaderirem a proposta, associadas @ melhoria da *radua%o e ao desenvolvimento do
processo de educa%o permanente. Buscam, tambm, a capacita%o do a*entecomunit(rio de sa$de como importante trabalhador inte*rante da equipe de sa$de eno apenas como um membro da comunidade in'ormante de seus problemas.
aten%o @ sa$de ao idoso no Mmbito da aten%o b(sica no poderia estar aparte desse processo. 0sta inserida em todos os cursos de especializa%o em sa$de da'amlia, bem como nos processos de educa%o permanente, na busca de se atin*ir aaborda*em idealmente proposta para esse *rupo et(rio, sempre em seu conte!to'amiliar e social.
acinao de idosos
No Brasil, vacinam-se desde 1/// todos os idosos para ttano, in'luenzaanualmente e pneumonia para os de maior risco. Hom isto, em dois anos, conse*uiu-seuma redu%o de mais de #.### hospitaliza%&es por in'ec%&es respirat:rias nesta 'ai!aet(ria.
Outros nDveis de assistCncia ? sade do idoso9 idoso brasileiro, disp&e nos dias de hoje, do atendimento pelo 8istema Vnico
de 8a$de e sua aten%o similar ao do adulto. 0ncontra-se em discusso dentro do5inistrio da 8a$de a elabora%o e a viabiliza%o de normas que contemplem asnecessidades espec'icas desta popula%o, tanto em termo de servi%os dia, como dereabilita%o e cuidados paliativos domiciliares.
VII$% POBREA e CONDI6ES de VIDA
'i*ura acima demonstra claramente que, C#< dos idosos vivem em 'amlias
com renda per capita at 1 sal(rio mnimo.
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VIII$% ENTORNOS 'AMILIARES E DE APOIO
8abemos que os problemas de sa$de podem ser causados ou a*ravados pelasolido e bai!o nvel s:cio-econ>mico. 6sto torna-se mais intenso no caso de
portadores de patolo*ias m$ltiplas, situa%o mais comum no idoso e, principalmente,
no idoso 'r(*il. solido do idoso hoje em dia, est( muito relacionada as altera%&es queocorrem na 'amlia de hoje. Nos *randes centros urbanos, tem aumentado a propor%ode pequenas 'amlias em detrimento das 'amlias e!tensas.
se observarmos o n$mero mdio de pessoas por domiclio em diversos pasesrepresentativos de suas re*i&es em 1//, vamos notar que a pequena 'amlia tornou-sea 'orma de vida tpica das na%&es industrializadas. Hom a =inamarca e a 8ucia com omenor n$mero de pessoas por domiclio ),+, se*uidos pela lemanha ),+,6n*laterra, Oolanda, Wustria e 8u%a ),+, Gran%a ),"+, Oun*ria e 0E ),;+, 6t(lia eHanad( ),F+. Neste ano o Brasil apresentava uma mdia de C, pessoas por domiclio,o que si*ni'icava o casal com , 'ilhos. na%o que apresentou a maior mdia 'oi o
6raque );,F+, se*uido da r*lia e JordMnia )",/+ e 4aquisto )",;+. redu%o do suporte 'amiliar aos idoso relaciona-se tambm @ maiormobilidade das 'amlias pelo seu tamanho e o n$mero crescente de separa%&es.
9 sistema in'ormal de apoio, tambm denominado de cuidado in'ormal,'ornecido por parentes, vizinhos, ami*os ou institui%&es comunit(rias, tem sido e aindase constitui no mais importante aspecto de suporte social comunit(rio. 9 mesmo, damesma maneira e pelos mesmos 'atores que esto causando a redu%o do tamanho das'amlias, est( pro*ressivamente se reduzindo.
9 4ro*rama Nacional de mostras de =omiclio do 6B0, de 1///,demonstrou que, a composi%o dos domiclios com pessoas idosas era de? CC,F< de casal com 'ilhos e outros parentesR ,< de um idoso vivendo com 'ilho ou outros parentesR #,;< de casal sozinhoR e 11,< de idoso s:.
N:s todos sabemos que a mulher, em mdia, vive mais que os homens. NoBrasil, como na *rande maioria dos pases, o aumento na e!pectativa de vida ao nascertem sido mais si*ni'icativo no se!o 'eminino )a e!pectativa de vida ao nascer no ano de### 'oi de "C,;; anos para os homens e de ;, para as mulheres+. 6sto se deve av(rios 'atores, principalmente pela prote%o cardiovascular dada pelos horm>nios'emininos, mas tambm pelas mulheres apresentarem? condutas menos a*ressivasRmenor e!posi%o aos riscos no trabalhoR maior aten%o ao aparecimento de problemasde sa$deR melhor conhecimento destesR maior utiliza%o dos servi%os de sa$deR menorconsumo de tabaco e (lcoolR etc. Iambm como um 'ator contribut:rio pode-se citar amoderna assistKncia mdico-obsttrica que tem propiciado uma queda na mortalidadede parturientes.
=iversos trabalhos tKm demonstrado que a mulher vem, cada vez mais,adotando h(bitos que eram tidos como pr:prios do homem, como 'umar e beber.lm, vem se constituindo numa importante parcela da massa de trabalhadoresremunerados. mulher que tradicionalmente no meio 'amiliar era quem tomava car*odas crian%as e idosos, ao assumir um importante papel na 'or%a de trabalho, provoca anecessidade de quando este idoso tornar-se en'ermo ou incapacitado, do contrato deum cuidador in'ormal remunerado.
mulher muito mais solit(ria na velhice que o homem. lm de viver mais,casa-se mais jovem e, uma vez vi$va apresenta uma menor ta!a de se*undo casamentoque o homem vi$vo.
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SEGUNDA PARTE: POLTICAS e PROGRAMAS DESTINADOS AOS
IDOSOS
9 marco hist:rico jurdico 'oi a assinatura da Dei G'ederal nX F.FC de#CP#1P/C, com sua re*ulamenta%o assinada pelo 4residente da ep$blica em #P#;P/"e publicada no =i(rio 9'icial da Enio em #CP#;P/", e que envolve a%&es espec'icas econjuntas de ; 5inistrios.
9 Brasil, nas $ltimas dcadas, vem conquistando importantes avan%os nocampo da sa$de. 9 processo de constru%o do 8istema Vnico de 8a$de,re*ulamentado pela Honstitui%o de 1/FF e por Deis Homplementares, vem sendo aos
poucos desenvolvido sobre os pilares da universaliza%o, da inte*ralidade, dadescentraliza%o e da participa%o popular.
4orm, o modelo assistencial ainda 'orte no pas caracterizado pela pr(ticamdica voltada para uma aborda*em biol:*ica e intra-hospitalar, associada a uma
utiliza%o irracional dos recursos tecnol:*icos e!istentes, apresentando cobertura eresolubilidade bai!as e com elevado custo. =essa 'orma, vem *erado *randeinsatis'a%o por parte dos *estores do sistema, dos pro'issionais de sa$de e da
popula%o usu(ria dos servi%os.ssim sendo, um *rande desa'io para o sistema conse*uir traduzir os avan%os
obtidos no campo le*al em mudan%as e'etivas e resolutivas da pr(tica da aten%o @sa$de da popula%o. 9 K!ito da re'orma proposta com o uso potencializado da aten%o
b(sica, complementada pela rede de servi%os especializados e hospitalares, vem sendoa busca permanente dos *estores do setor sa$de.
Na (rea de sa$de do idoso, o *rande marco 'oi a assinatura por parte do5inistro da 8a$de, em dezembro de 1///, da 4ortaria nX 1./ que instituiu a 4oltica
Nacional de 8a$de do 6doso. 0sta 4ortaria passou por um intensa discusso a nvelnacional, 'oi aprovada pela Homisso 6nter*estora Iripartite )composta porrepresentantes do 5inistrio da sa$de, 8ecret(rios 5unicipais e 0staduais de 8a$de+ e,'inalmente pelo Honselho Nacional de 8a$de.
9 *rande desa'io do momento a operacionaliza%o de suas diretrizes dentrodo conte!to atual.
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