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INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CAMPUS SÃO PAULO DO POTENGI
CURSO TÉCNICO INTEGRADO DE NÍVEL MÉDIO EM MEIO AMBIENTEGEOGRAFIA
NÓS PROPOMOS NOVOS USOS DO TERRITÓRIO POTIGUAR
EMILLY EMANUELY FERREIRA CAVALCANTI
LARISSA DE OLIVEIRA GOMES
LETÍCIA FERNANDA DE FARIAS
ADEQUAÇÃO DO ATERRO CONTROLADO DE SÃO PAULO DO POTENGI
SÃO PAULO DO POTENGI
2018
EMILLY EMANUELY FERREIRA CAVALCANTI
LARISSA DE OLIVEIRA GOMES
LETÍCIA FERNANDA DE FARIAS
ADEQUAÇÃO DO ATERRO CONTROLADO DE SÃO PAULO DO POTENGI
Projeto apresentado a disciplina de Geografia, no âmbito do projeto Nós propomos novos usos do território potiguar coordenado pela professora Edseisy Silva Barbalho Tavares.
SÃO PAULO DO POTENGI
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
1.1 Objetivo.......................................................................................................31.2 Lixão............................................................................................................4 1.3 Aterro controlado.......................................................................................41.4 Aterro sanitário..........................................................................................41.5 O método utilizado pela cidade................................................................51.6 Justificativa................................................................................................6
2 METODOLOGIA.......................................................................................................7 3 PROBLEMATICA......................................................................................................8
3.1 Coleta seletiva............................................................................................8
3.2 Condições de trabalho..............................................................................9
3.3 Impactos...................................................................................................10
4 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO...........................................................................11
5 CONCLUSÃO.........................................................................................................12
6 REFERÊNCIAS.......................................................................................................12
LISTA DE FIGURAS
Mapa 1.........................................................................................................................3
Fotografia 1.................................................................................................................6
Fotografia 2.................................................................................................................9
3
1 INTRODUÇÃO
A quantidade de resíduos sólidos produzidos pelas sociedades tem aumentado
cada vez mais, o que vem gerando grandes impactos ao meio ambiente.
Segundo dados coletados no panorama dos resíduos sólidos do Brasil de
2016, o país produziu 78,3 milhões de toneladas de resíduos sendo que 41,6%
destes foram descartados de maneira inadequada. Entre as maneiras de
descarte estão lixão, aterro controlado e aterro sanitário. Estes serão
caracterizados nos próximos tópicos. De acordo com levantamentos da
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recurso Hídricos (Semarh) o Rio
Grande do Norte gerou em 2015 cerca de 700 mil toneladas de resíduos
sólidos. Entre 167 municípios do Estado, apenas 10% descartam o lixo de
forma correta, os outros locais possuem lixões a céu aberto ou aterros
controlados.
1.1 ObjetivoEste trabalho tem como objetivo propor adequação do aterro controlado da
cidade de São Paulo do Potengi localizado ** figura* as melhorias sugeridas
irão auxiliar na diminuição dos impactos causados pela forma de descarte dos
resíduos.
4
Mapa 1-Localização do aterro de São Paulo do Potengi. Fonte: Alunos da disciplina cartografia.
1.2 Lixão
Lixões são áreas utilizadas para dispor resíduos sólidos, porém sem nenhum
controle ambiental. O mesmo se caracteriza por inadequadamente descartar o
lixo sobre a superfície do solo e a céu aberto, podendo trazer muitos prejuízos
ao meio ambiente e a saúde.
Nesses locais não existe distinção entre os tipos de resíduos, ocasionando
outros problemas como a presença de animais, o risco de incêndios causados
pelos gases gerados pela decomposição dos resíduos. Sem um sistema de
tratamento de efluentes líquidos, o chorume infiltra no solo levando substancias
contaminantes de alto poder poluidor.
1.3 Aterro controlado
O aterro controlado é um local com condições intermediárias para o
recebimento de resíduos que possui alguns poucos mecanismos de proteção
ambiental, entre esses mecanismos está a análise para sabermos se passam
águas subterrâneas entre eles., porém não suficientes. O aterro tem como
objetivo ser um local dispor o lixo das cidades de um jeito fácil, porém não traz
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benefícios, e sim malefícios. Esses aterros não recebem impermeabilização do
solo nem a dispersão de gases.
Esse tipo de aterro geralmente são antigos lixões ou áreas mais distantes das
cidades, os solos depois de receberem o lixo passam a ter uma cobertura de
terra antes de se tornar um depósito de resíduos, assim prevenindo os maus
odores, explosões de gases várias outras consequências para o meio
ambiente. Muitas das vezes o aterro controlado é considerado como um lixão
controlado pois não tem uma cobertura necessária para prevenir os impactos
negativos ao meio ambiente.
1.4Aterro sanitário
O aterro sanitário é o método mais indicado para o descarte dos resíduos
sólidos pois entre as três formas de descarte dos resíduos sólidos é o que gera
menor quantidade de impactos ao meio ambiente. As principais medidas
adotadas para garantir a não contaminação do solo, águas subterrâneas e ar é
a total impermeabilização das células onde os resíduos são postos após a
compactação e a coleta dos efluentes produzidos pela sua decomposição. A
impermeabilização é feita através da instalação de uma manta de plástico de
alta densidade e com isso temos o impedimento da passagem de líquidos que
poderiam gerar contaminações no local.
A decomposição do lixo além de gerar o chorume, líquido extremamente
nocivo ao meio ambiente, produz também vários gases de efeito estufa. Por
esse motivo existem estruturas de grande importância que garantem a
drenagem e tratamento dos produtos gerados pela biodegradação. O biogás é
coletado através de tubulações e deve ser queimado ou utilizado para
produção de energia elétrica.
O chorume gerado é enviado para estações de tratamento através de
tubulações sempre de material resistente para evitar possíveis vazamentos. O
líquido deve ser tratado com a utilização de mecanismos de despoluição e
depois devolvido ao meio ambiente.
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1.5 O método utilizado pela cidade
A cidade de São Paulo do Potengi, desde 2009, vem utilizando o método de
aterrar o lixo no que chamamos de aterro controlado. Sendo este, segundo as
normas de apresentação de projetos de aterros controlados da ABNT:
Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar
danos ou riscos à saúde pública e a sua segurança, minimizando os
impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia
para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada de
material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho. (NBR 8849,
1985, p. 2)
Porém, a cidade em questão não teve a elaboração de um projeto, sendo
assim não seguiu nem uma das regras encontradas nesse arquivo, o que por
consequência acabou proporcionando a péssima estrutura do aterro. Foi
constatado, como mostra a fotografia 1, a presença de lixo na superfície do
local o que acaba por se caracterizar também como um lixão a céu aberto,
sendo este mais um problema a ser analisado.
7
Fotografia 1 – Lixo superficial nas proximidades do aterro. Fonte: Pessoal (2017)
1.6Justificativa Este trabalho tem como justificativa a preocupação com os impactos
ambientais causados em consequência da péssima estrutura do aterro da
cidade em questão, no qual, como já foi citado, é uma mistura de aterro
controlado com lixão a céu aberto.
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2 METODOLOGIA
A metodologia de elaboração do projeto explorou o campo de pesquisa básica
estratégica, já que nosso intuito é desenvolver conhecimento que possivelmente
será utilizado para melhorar as condições do aterro controlado de São Paulo do
Potengi. Visamos encontrar os fundamentos que dão ensejo ao fenômeno, ou seja,
buscar a razão e o efeito das coisas por meio de uma sondagem onde tudo se
tornou mais claro.
Em nossa abordagem qualitativa, fez-se a análise dos dados coletados,
buscando conceitos, princípios, relações e significado de tudo aquilo que
absorvemos. O método hipotético dedutivo foi adotado já que formulamos hipóteses
antes de realmente conhecer o problema, algumas dessas foram tidas como certas
após a pesquisa de campo.
Atuamos com uma pesquisa de campo, divididas em duas etapas, sendo ao
“aterro” e a prefeitura municipal. Trabalhamos com questionários nos dois
ambientes, depois buscou-se comparar as duas realidades.
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3 PROBLEMÁTICA
3.1 Coleta seletiva
A coleta seletiva é um sistema de recolhimento de materiais recicláveis previamente
separados na fonte geradora. É preciso avaliar, adequadamente, o perfil dos
resíduos sólidos gerados em determinado município, para haver uma melhor
estrutura no processo, já que segundo CONAMA Nº275 a necessidade de reduzir o
crescente impacto ambiental associado à extração, geração, beneficiamento,
transporte, tratamento e destinação final de matérias primas, provocando o aumento
de lixões e aterros sanitários. Porém, em São Paulo do Potengi-RN Não há coleta
seletiva. Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser
adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas
campanhas informativas para a coleta seletiva. (CONAMA nº 275, 2001, p 80)
O recolhimento do lixo na cidade é feito por caminhões e garis que o buscam pelas
ruas e de porta em porta levando diretamente para o aterro, o qual não foi seguido
as regras da NBR 8849 SISTEMA NACIONAL DA ABNT, que seria necessário para
tal construção. O lixo que é destinado ao local é aterrado de maneira qualquer como
mostra a fotografia 2, com exceção dos resíduos hospitalares que são incinerados.
Podemos perceber com as anotações anteriores que tanto a coleta dos resíduos
sólidos quanto seu manuseio não estão inapropriados em termos de cuidado com o
ambiente, ou seja, o processo necessita de adequações que melhorariam não só a
relação meio ambiente e natureza, mas também favoreceriam questões
socioeconômicas.
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Fotografia 2- Lixo visível mesmo depois de aterrado Fonte: pessoal (2017)
3.2 Condições de trabalho
No dia 24 de outubro deste ano, nossa equipe do projeto Nós propomos, visitou o
que achávamos ser “o lixão” de São Paulo do Potengi para sabermos como
funcionava o processo de descarte do lixo. Chegando ao local percebemos que
funciona como um aterro controlado e que o lixo hospitalar é queimado.
As condições de trabalho dos catadores são de total precariedade, pois não tem
subsídio e muitos trabalham na ausência equipamentos. Segundo os trabalhadores
a prefeitura não disponibiliza os equipamentos de trabalho necessário, para a sua
segurança e saúde.
Esses catadores dependem da separação de lixo para sobreviver, mas ganham
muito pouco por um trabalho pesado e como já foi relatado eles trabalham sem
nenhum auxílio, agem por conta própria, para sua sustentabilidade.
O lixo que é dividido por classe pelos os trabalhadores: metais, papéis e plástico.
Pode ser vendido, por em média 35 centavos o quilo, ou seja, muito pouco para
sustentar suas famílias e comprar algum tipo de material de trabalho.
Os catadores vendem o lixo que separam para alguém não identificado de São
Gonçalo do Amarante, porém para conseguirem sua renda arriscam suas vidas
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podendo sofrer problemas de saúde e segurança. Eles sabem o risco, mas isso não
impede que continuem, já que sobrevivem disso.
O contato cotidiano com esse ambiente pode trazer certa resistência, porém ainda
assim acabam inalando os gases provenientes do apodrecimento da matéria
orgânica, em razão de precisarem revirar manualmente todo o detrito.
3.3Impactos
O tipo de aterro existente em São Paulo do Potengi, é de método utilizado para
facilitar a disposição dos resíduos, mas apesar disso sabemos o quanto esta
atividade pode impactar de maneira negativa o ambiente. O aterro controlado local
funciona há cerca de oito anos, a cada momento ganha mais espaço e
consequentemente está gerando mais problemas.
Tudo começa quando o chorume atingir o lençol freático, já que não existe nada
para impermeabilizar o solo ou para extrair os gases gerados. Isto pode afetar não
apenas a qualidade do solo, mas como também comprometer as águas
subterrâneas Vale lembrar que como encontra-se lixo jogado na superfície,
favorecendo a proliferação de epidemias à população, uma vez que as bactérias e
os fungos se reproduzem e o lixo orgânico atrai insetos que podem transmiti-las.
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4 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Diante de tudo que foi analisado, sugerimos que exista realmente a adequação do
espaço onde se depositam os resíduos sólidos do Município. O local, como já
mostrado, possui características de um aterro controlado por cobrir os resíduos com
terra e de lixão a céu aberto por também conter lixo na superfície do aterro. Entre as
alterações que devem ser realizadas estão a implementação de coleta seletiva,
limpeza da área e instalação de uma tubulação para a queima do biogás.
Utilizar do método de coleta seletiva, teria suma importância no que diz respeito a
quantidade de resíduos a ser descartado. Separando o lixo, aqueles que são
recicláveis poderiam ser destinados à cooperativas locais, fazendo o capital girar
dentro da própria cidade, fortalecendo a economia, além de diminuir o montante de
lixo que vai para o aterro.
Deve-se também realizar a limpeza do local, isso acontece com o isolamento da
área por meio de uma manta plástica para evitar que a agua das chuvas transporte
ainda mais o chorume para os lenções freáticos. Depois é necessária uma cobertura
com terra e grama, para impossibilitar a presença de animais que transmitam
doenças. Conjuntamente, as instalações de chaminés para liberação de gases
assim como tubulação para queima de biogás carecem ser implantadas.
A partir das melhorias citadas, teremos como consequência a diminuição dos
impactos que o descarte inadequado nos impõe. Todavia, se não for tudo bem
estruturado e seguindo as normas técnicas, o local pode vir a se tornar novamente
um lixão a céu aberto, sem qualquer plano de recuperação.
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5 CONCLUSÃO
Através do que observamos, percebemos que o lixo produzido pelo homem é um
risco sério a saúde dos seres vivos, como também a do planeta. Nessa perspectiva,
esse trabalho tem o intuito de chamar a atenção dos órgãos públicos para que
possam perceber o grande problema.
14
REFERÊNCIAS
ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS). Apresentação de
projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos, NBR 8419. Rio de
Janeiro, 1992 01p.
RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, N° 275. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=273> Consultado
09/04/2018
PANORANA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL 2016 Disponível em:
<http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2016.pdf> Consultado 09/04/2018