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Património Cultural – UFCD 3499

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Património Cultural – UFCD 3499

INDICE

Trás-os-Montes e Alto Douro ........................................................... 3

O Distrito de Bragança

Monumentos ......................................................................... 5

Costumes e Tradições ........................................................ 13

O Distrito de Vila Real

Monumentos no concelho de Chaves ................................. 14

Monumentos noutros concelhos ......................................... 17

Costumes e Tradições ........................................................ 21

Gastronomia ................................................................................. 22

Conclusão .................................................................................... 23

Bibliografia ................................................................................... 23

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Trás-os-Montes e Alto Douro

Trás-os-Montes é constituido pelos destritos de Vila Real e Bragança. É limitado a norte e a

leste por Espanha, a oeste pelo rio Tâmega e a sul pelo rio Douro.

O distrito de Bragança tem uma área de 6 608 km² (5.º maior distrito português) e uma

população residente de 136 252 habitantes segundo o Censos de 2011. É dividido nos

seguintes municípios:

Brazão Concelho População

Alfândega da Fé 5 368

Bragança 34 375

Carrazeda de Ansiães 6 744

Freixo de Espada à Cinta 3 834

Macedo de Cavaleiros 16 766

Miranda do Douro 7 295

Mirandela 25 458

Mogadouro 10 289

Torre de Moncorvo 8 829

Vila Flor 7 432

Vimioso 4 857

Vinhais 9 388

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O distrito de Vila Real possui área soma 4 328 km² (sendo o 11.º maior distrito português) e a

sua população residente é de 160 931 habitantes segundo o Censos de 2011. É dividido nos

seguintes municípios:

Brazão Concelho População

Alijó 11 942

Boticas 5 750

Chaves 41 243

Mesão Frio 4 433

Mondim de Basto 7 493

Montalegre 10 537

Murça 5 952

Peso da Régua 17 131

Ribeira de Pena 6 544

Sabrosa 6 361

Santa Marta de Penaguião 7 356

Valpaços 16 882

Vila Pouca de Aguiar 13 187

Vila Real 51 850

4O Distrito de Bragança

Monumentos:

Bragança é a capital do distrito homónimo, na sub-região de Alto Trás-os-Montes. Possui área

de 20 309 Km², subdividido em 49 freguesias.Os celtas batizaram a cidade, fundada no século

II a.C., com o nome de Brigantia, que se foi latinizando até passar a ser "Bragança". Este nome

é a origem do gentílico mais comum: brigantino.

Domus Municipalis de Bragança datado Centro histórico do século XIII do sec. XII

O Castelo de Bragança localiza-se na freguesia de Santa Maria, no centro histórico da cidade.

Considera-se que no período de D. Afonso Henriques (1112-1185), por razões de defesa, a

povoação tivesse sido transferida para o atual sítio, no outeiro da Benquerença, à margem do

rio Fervença, reaproveitando-se os materiais na construção das novas residências e de um

castelo para a defesa das gentes.

Torre de Managem

Torre da Princesa

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As informações, mais seguras, entretanto, referem que, pela importância de sua posição

estratégica com a Galiza, em 1187 recebeu Carta de Foral de D. Sancho I (1185-1211). Este

soberano dotou, à época, a povoação com a primeira cerca amuralhada (Março de 1188). Os

conflitos entre este soberano e o rei D. Afonso IX de Leão levaram a que esta região fosse

invadida pelas forças leonesas (1199) até à reação do soberano português.

O nome “Torre da Princesa” deve-se a uma história tradicional que diz ter ali vivido uma

princesa órfã, com o seu tio, que esperou por muitos anos a vinda de um nobre e jovem

cavaleiro. O seu tio, impaciente, prometeu-a a um amigo, forçando-a ao compromisso. Ao ser

apresentada ao candidato do tio, a jovem confessou-lhe que o seu coração pertencia a outro

homem. A revelação enfureceu o tio, que decidiu aumentar a coerção por meio um

estratagema: nessa noite, disfarçou-se como um fantasma e, penetrando por uma das duas

portas dos aposentos da princesa, simulando ser o fantasma do jovem ausente, afirmou-lhe

que ela estava condenada para sempre à danação caso não aceitasse casar-se com o novo

pretendente. Prestes a obter um juramento, milagrosamente abriu-se a outra porta e, apesar de

ser noite, um raio de sol penetrou nos aposentos desmascarando o tio impostor. Daí em diante,

a princesa passou a viver recolhida na torre.

Freixo de Espada à Cinta é uma vila portuguesa com cerca de 2100 habitantes. A origem da

povoação bem como o seu topónimo são muito antigos. A sua fundação é atribuída a um

fidalgo espanhol, de apelido Feijão, que teria vivido no século X, e em cujas armas constaria

um freixo e uma espada. Uma tradição local atribui o topónimo a um guerreiro Visigodo de

apelido Espadacinta, que, ali se deitou à sombra de um freixo para descansar, o que passou a

identificar o lugar.

Pelourinho de Freixo de Espada à Cinta 6 Símbolo da terra

O Castelo Medieval

Visando fomentar o seu povoamento e defesa, D. Afonso Henriques (1112-1185), outorgou-lhe

foral desde 1152 (ou 1155-1157), confirmado em 1246. Acredita-se que remonta a esse período

tanto a construção do castelo, que seria limitado por D. João I em 1406, a apenas três vilas no

reino, entre as quais esta de Freixo. As primeiras referências documentais ao castelo,

entretanto, referem-se a obras em progresso em 1258.

Foi esta primitiva defesa que foi conquistada, sob o reinado

de Afonso II de Portugal (1211-1223), pelas forças

invasoras de Afonso IX de Leão, entre os anos de 1212 e

1213.

O rei D. Afonso III outorgou novo foral à vila em 1273,

quando se iniciou uma nova etapa construtiva em suas

defesas, reforçadas e ampliadas. Outra importante fase se

sucedeu sob D. Dinis (1279-1325). É deste período o início

da ereção da torre heptagonal (Torre do Relógio à direita).

À época do reinado de Fernando I de Portugal (1367-

1383), são citadas novas obras no castelo. Durante o século XV, são registadas obras no

castelo visando adaptá-lo à função de Paço para a habitação dos seus alcaides.

Igreja Matriz de Freixo de Espada à CintaEmbora se desconheçam, em rigor, os ritmos

cronológicos da sua construção, deve ter sido

iniciada no reinado de D. Manuel I, em

substituição de um templo românico dedicado

a São Miguel, prolongando-se como é legítimo

supor, por largas décadas.

O edifício possui uma solidez granítica com muros

espessos reforçados por contrafortes. À vasta

abóbada interior, suportada por muitas colunas,

acresce um conjunto de soluções ornamentais

típicas do manuelino.

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A Sé Catedral de Miranda do Douro é uma edificação maneirista, cuja traça se deve ao

arquitecto Miguel de Arruda, embora as obras se tenham iniciado sob a orientação do

arquitecto bragançano Pero de la Faia. A primeira perda terá sido lançada em 1552, mas a

conclusão da obra verificou-se no período filipino.

O interior é de três naves separadas por duas fiadas de três pilares toscanos, formados por

quatro colunas adossadas, que suportam uma ampla abóbada de granito de nervuras

cruzadas. A luz penetra no templo com relativa abundância por três janelões de cada lado,

abertos nos flancos. O pavimento é lajeado. Do lado do Evangelho apresenta o altar das

Relíquias, datado de 1664. Na capela-mor sobressai o enorme retábulo, de origem espanhola

(realizado em Valhadolide pelo mestre entalhador Tomás Velasquez), obra de estilo renascença

declinante. É formado por dois conjuntos de colunas coríntias que enquadram a zona central,

dedicada à Assunção de Nossa Senhora. No andar inferior estão os Doze Apóstolos.

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O Castelo de Miranda do Douro de fronteira ligado aos vizinhos de Algoso, Penas Róias e

Mogadouro, assim como ao, mais distante, de Bragança, constituíam, no conjunto, o chamado

núcleo duro do Nordeste transmontano. Atualmente inscreve-se na Área Turístico Promocional

das Montanhas.

No ano de 1093 os limites orientais da

Galiza incluíam o troço mirandino do rio

Douro, o mesmo sucedendo quando dela

se desmembrou o condado portucalense,

sucessivamente governada pelo conde D.

Henrique, por sua viúva, a condessa D.

Teresa, e pelo filho de ambos, D. Afonso

Henriques.

Nesse período a povoação já era defendida

por um castelo, arruinado pelas lutas da reconquista. Desse modo, foi objeto da atenção do

primeiro soberano português quando este, entre as campanhas da Galiza, interrompidas em

1135 e recomeçadas em 1137, aproveitou esse breve período de paz para restaurar castelos,

mosteiros e igrejas em lugares estratégicos como Miranda do Douro.

D. Dinis, Rei Poeta, aquando da sua passagem por Vila Flor, até então denominado por

"Póvoa d´Álem Sabor", ficara encantado e rendido à beleza da paisagem e em 1286,

carinhosamente a re-baptizou. Cerca de 1295, D. Dinis manda erguer, em seu redor, em jeito

de protecção, uma cinta de muralhas com 5 portas ou arcos. Resta o Arco de D. Dinis,

monumento de interesse público.

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Apesar de intitulada de Fonte Romana, a Fonte de Vila Flor é

uma fonte quinhentista, com 4

pilares e 6 colunas jónicas, que

suportam uma cúpula de tijolo. Pela

sua raridade e importância histórica

foi classificada como monumento de

interesse público em 1936. Admite-

se a hipótese deste recinto ter sido

utilizado como local de reuniões

municipais dos homens bons da

paróquia.

O Castelo de Algoso localiza-se

ao sul da freguesia e povoação

de Algoso, no concelho de

Vimioso. Embora os autores

mais antigos acreditem que a

primitiva ocupação humana de

seu sítio remonte a um castro

pré-histórico, a recente pesquisa

arqueológica confirmou que a

mesma ocorreu em diversas

fases desde o período Calcolítico (2500 a 1800 a.C) até à ocupação romana, embora não

necessariamente em termos militares.

A Igreja Matriz de Vimioso é um importante templo maneirista,

edificado no século XVII, durante o período filipino. A fachada

principal, orientada a oeste, está dividida em três corpos, sendo os

laterais constituídos pela torre sineira, lado direito, e a torre do

relógio do lado oposto.

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A Igreja Matriz de Caçarelhos, estilo barroco datada do século

XVII, constituída por uma planta longitudinal com uma nave, uma

capela-mor e um anexo e uma sacristia adossados. Foi reformada

em 1752, sendo o escadório construído em 1755 e o altar das

almas em 1882.

Em Carção, Vimioso, os Romanos

deixaram marcas da sua presença,

com destaque para a Ponte Romana sobre o rio Maças, que fazia ligação a

Vimioso, e onde ainda hoje se podem

ver pormenores bem traçados de uma

Via Romana.

A Ponte Medieval de Mirandela, conhecida também como Ponte Velha, é uma ponte de estilo

românico que se localiza sobre o Rio Tua. Esta ponte é um ex-líbris da cidade. Dos seus 20

arcos iniciais (todos desiguais) em que assentava o tabuleiro restam hoje 18 e as guardas em

cantaria foram substituídas por guardas de ferro nos finais do século XIX. Na Ponte de

Mirandela há indícios da existência de uma ponte romana ou da Idade Média, devido às

marcas de canteiros nos arcos originais. A data da sua construção não é determinada, mas

acredita-se que terá sido levantada nos finais

do século XV ou início do século XVI. No

século XVI, no reinado de D. Manuel I, dá-se a

construção da actual ponte com os vinte arcos.

Até à década do século XX, foi utilizada como

rodovia, passando mais tarde a ser utilizada

para uso pedonal.

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O Castelo de Mirandela, no Alto Trás-os-Montes, localizou-se

na cidade em posição dominante sobre a povoação medieval,

às margens do rio Tua. De sua estrutura, tragada pelo

progresso, resta hoje apenas a Porta de Santo António, um

dos cartões-postais da cidade.

Era por esta porta que se fazia a mais directa comunicação

com a ponte e o rio. A rua de Santo António, onde se situa o

arco, era outrora a mais movimentada e mercantil da vila. Do

lado de dentro do arco ainda se notam as ranhuras que

recebiam os gonzos do antigo portão ferrado.

O castelo, que D. Dinis mandou edificar no ponto mais alto do

outeiro cingido pelo muro, erguia-se decerto no local onde hoje se situa o Palácio dos Távoras. Sendo actualmente as instalações da Câmara Municipal de Mirandela, o Paço dos

Távoras é um palácio seiscentista com uma longa história ligada a alguns acontecimentos

significativos da História de Portugal. O corpo central tem um brasão dos condes de S. Vicente,

colocado em 1863, como diz a cartela existente por baixo do brasão. Este brasão substituiu o

dos Távoras, picado por força do decreto pombalino de 12 de Janeiro de 1759. No interior

existe uma ampla sala de recepção com três arcos abatidos de acesso ao segundo registo. O

arco do meio está cego e nele foi colocado um painel de azulejos datado de 1956 e que mostra

o brasão da cidade. O segundo registo tem as salas da presidência, de reuniões e dos

vereadores com coberturas interiores em madeira apainelada.

12

Costumes e Tradições:

Pauliteiros são os praticantes da dança

guerreira característica das Terras de Miranda,

chamada de dança dos paus, representativa

de momentos históricos locais acompanhada

com os sons da gaita-de-foles.

O careto é um personagem mascarado do

carnaval do nordeste de Portugal. É um homem

que usa uma máscara com um nariz saliente

feita de couro, latão ou madeira pintada com

cores vivas de amarelo, vermelho ou preto.

Até recentemente, em Caçarelhos (Vimioso) falava-se o mirandês, hoje considerado

praticamente extinto na aldeia. Desde o início do século XX, Caçarelhos sofreu uma grande

depressão populacional devido à emigração, principalmente para o Brasil (especialmente São

Paulo), Espanha (Sevilha) e França.

13

O Distrito de Vila Real

Monumentos no concelho de Chaves:

A Ponte Romana de Chaves, também referida como ponte de Trajano, localiza-se sobre o rio Tâmega, na cidade de Chaves.

Ainda na atualidade se podem ler as inscrições latinas nas duas colunas, a

montante e a jusante da ponte romana.

A primeira reza:

"IMPERANDO CESAR NERVA TRAJANO AUGUSTO GERMANICO DACICO, PONTÍFICE MÁXIMO, COM PODER TRIBUNÍCIO, CÔNSUL A 5ª VEZ, PAE DA PATRIA, OS AQUIFLAVIENSES TRATARAM DE FAZER À SUA CUSTA ESTA PONTE DE PEDRA"

Também Boticas é uma vila de origem romana, em que estes exploraram minas e as famosas

Termas de Carvalhelhos, que se diz ter águas milagrosas.

Erguida entre fins do século I e o início do século II D.C., a par do desenvolvimento das Termas

(ou Caldas) de Chaves, constitui um dos melhores legados romanos.

14

O Castelo Medieval de Chaves localiza-se na freguesia de Santa Maria Maior, concelho de

Chaves.

À época da Reconquista cristã da península Ibérica,

Chaves foi inicialmente tomada aos mouros por Afonso III

de Leão (866-910), que teria determinado uma

reconstrução de suas defesas. Esta primitiva edificação do

castelo é atribuída ao conde Odoário, no século IX.

À direita, Torre de Menagem do Castelo de Chaves.

Castelo de Monforte - localiza-se na freguesia de

Águas Frias, povoação de Monforte. Ergue-se sobre

uma das escarpas da serra do Brunheiro, em

posição dominante sobre a povoação e a ribeira de

Águas Livres. Remonta a um castro pré-histórico,

conforme testemunhos arqueológicos. Quando da

Invasão romana da Península Ibérica, devido à

proximidade da estrada romana que ligava Astorga a Braga, foi reocupada. A mais antiga

referência ao castelo medieval remonta ao século XII, num documento que cita um nobre

tenente do castelo.

Castelo de Santo Estêvão - Localiza-se na freguesia e vila de Santo Estêvão. À época da

Reconquista cristã da península Ibérica, os domínios de

Chaves e de Santo Estevão integraram o dote de Teresa de

Leão e Castela quando desposou o conde D. Henrique de

Borgonha (1093), vindo a fazer parte do Condado

Portucalense. Em 1129, os domínios de Chaves e de Santo

Estevão foram retomados por forças Muçulmanas, sendo

recuperados por Rui e Garcia Lopes (1160), dois irmãos

cavaleiros que ofereceram os seus serviços a D. Afonso

Henriques. A edificação do castelo teria sido iniciada nessa

época, para ser concluída no reinado de seu filho e sucessor, D. Sancho I (1185-1211).

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Museu Flaviense - Como a passagem de

inúmeros povos por esta terra foi vasta, também

a exposição do museu é diversificada, passando

cronologicamente entre o século III a. C. E o

período Romano.

Forte de S. Neutel - As suas obras foram iniciadas no contexto da Guerra da Restauração,

entre 1664 e 1668, quando se procedeu à petrificação das estacas do Alto da Trindade e

construção do forte, pelo Governador das Armas da Província de Trás-os-Montes, General

Andrade e Sousa. Foi palco do combate, em 1912, entre forças civis, militares e o regime

republicano. No século XX, em 2 de Dezembro de 1926, deliberou-se mandar ultimar as obras

da nova cadeia no Forte para se proceder à transferência dos presos da antiga cadeia. A

fortificação pertencia ao Exército Português e, por essa razão, normalmente se encontrava

fechada à visitação. Na década de 1980

fizeram-se obras de beneficiação. Em

1994, foi construído um anfiteatro no

interior, pela Câmara Municipal de

Chaves, onde atualmente se realizam

concertos e outras atividades ao ar livre.

Outros Monumentos

Largo do Pelourinho

Igreja da Madalena

Fonte de S. Neutel

Biblioteca Municipal de Chaves

Câmara Municipal

e mais 11 igrejas e capelas.

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Monumentos noutros concelhos :

Boticas é uma vila de origem

nos romanos que construíram

aqui a cidade de Batocas,

explorando minas e as famosas

Termas de Carvalhelhos, que

se diz ter águas milagrosas.

Admite-se que as termas já

fossem conhecidas dos

romanos, como o levará a crer a

descoberta de casas circulares

típicas dos castros, parte da muralha e da porta que lhes dava acesso.

O Castelo de Montalegre localiza-se na vila, Freguesia e Concelho de mesmo nome.

No topo de um monte granítico, o castelo domina a povoação, a poucos quilômetros da

fronteira com a Galiza. Juntamente com o Castelo da Piconha, próximo de Tourém, e o Castelo

de Portelo, em Sendim (Padornelos), integrava o conjunto defensivo das Terras de Barroso.

Território compreendido nos domínios do reino de Portugal desde a sua independência, a

povoação recebeu Carta de Foral de D. Afonso III (1248-1279), em 9 de Junho de 1273,

tornando-se cabeça das chamadas Terras de Barroso, época em que a construção do castelo

deve ter sido iniciada.

As Antas da Serra do Alvão (Lixa do Alvão, Vila Pouca de Aguiar), estão classificadas como

Monumento Nacional desde 1910, erguem-se numa planície junto ao Rio Torno, nas

proximidades de Lixa do Alvão.

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Escavada ainda no final do século XIX pelos sacerdotes e grandes estudiosos da região de Vila

Pouca de Aguiar, José Rafael Rodrigues e José Brenha, esta necrópole megalítica seria

originalmente constituída por um conjunto de dez monumentos, cinco dos quais foram

destruídos, muito provavelmente na sequência dos trabalhos agrícolas desenvolvidos ao longo

dos tempos nos terrenos particularmente férteis onde se encontram implantados, assim como

das constantes violações às quais foi sujeita parte substancial dos exemplares arqueológicos

desta região transmontana e, muito

especialmente, os exemplares desta

tipologia arqueológica.

O Castelo de Pena de Aguiar, também referido apenas como Castelo de Aguiar, localiza-se

na aldeia de Pontido, freguesia de Telões, concelho de Vila Pouca de Aguiar. Está classificado

como Monumento Nacional desde 26 de Fevereiro de 1982.

Em posição dominante sobre um penedo granítico no flanco este da serra de Alvão, liga-se à

Reconquista cristã da península Ibérica tendo sido cabeça das terras de Aguiar em tempos

medievais. Nesse âmbito, a defesa proporcionada pelo castelo era complementada por

algumas atalaias, nomeadamente as de Capeludos, Rebordochão e Portela de Santa Eulália,

que à época integrava a circunscrição de Vila Pouca de Aguiar.

Embora não haja informações acerca da primitiva fortificação, um castelo já existia à época da

Reconquista, entre o século X e XI.

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Outro Património em Vila Pouca de Aguiar Estátua:

Estátua – Estela de Jales, freguesia da Vreia de Jales,

escultura em granito, de forma antropomórfica, está em

processo de classificação desde 1997. Tem 2.30 metros de

altura, e encontra-se ainda no que se presume ser a sua

implantação original. Situa-se ao lado da via romana que

segue para o campo mineiro de Jales e Trêsminas. A

cronologia destas estátuas-estelas é, genericamente,

atribuída ao bronze final/idade do ferro, se bem que esta

poderá talvez ser mais tardia, podendo mesmo ser de

época romana.

A Mamoa do Alto do Catorino (freguesia da Lixa do

Alvão), é um dos maiores monumentos megalíticos do concelho de Vila Pouca de Aguiar, e

talvez aquele que se encontra em melhor estado de conservação, está classificado como

Imóvel de Interesse Público desde 1990.

Minas Romanas de Covas de Jales (Freguesia de Tresminas) -Complexo Mineiro de Covas,

neste importante centro mineiro classificado como Imóvel de Interesse Público em 1997,

segundo um investigador espanhol, já eram explorados metais nos fins do Neolítico e

sobretudo na idade do bronze e do ferro. Mas é sobretudo a romanização que marca

profundamente a actividade mineira neste local.

Vila Real – HistóriaA região de Vila Real possui indícios de ter sido habitada desde o paleolítico. Vestígios de

povoamentos posteriores, como o Santuário Rupestre de Panóias, revelam a presença

romana. Porém com as invasões bárbaras e muçulmanas verifica-se um despovoamento

gradual.

Monumentos e edifícios no concelho de Vila Real: - Palácio ou Solar de Mateus está situado na freguesia de

Mateus. Foi mandada construir na primeira metade do

século XVIII pelo 3º Morgado de Mateus, António José

Botelho Mourão. A casa foi sempre administrada pela

família Sousa Botelho. O projecto deste palácio foi

presumivelmente desenhado pelo arquitecto Nicolau

Nasoni.

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- Capela da Misericórdia

- Capela de São Brás e o túmulo de Teixeira de Macedo

- Capela do Espírito Santo ou Capela do Bom Jesus do Hospital

- Casa de Diogo Cão, construída na segunda metade do século XV e onde, supostamente, nasceu o navegador (à direita)

- Casa dos Brocas, construída pelo avô de Camilo Castelo Branco e onde este residiu durante algum tempo

- Casa dos Marqueses de Vila Real, com uma bela janela em estilo manuelino, onde estes

residiram até caírem em desgraça devido ao seu envolvimento na conjura contra D. João IV,

em 1641.

- Igreja de São Domingos - Sé de Vila Real

- Igreja de São Pedro

- Igreja de Bom Jesus do Calvário

- Igreja dos Clérigos/Capela Nova, de traço barroco

- Pelourinho de Vila Real

- Torre de Quintela, localizada na aldeia de Quintela, freguesia de Vila Marim. Tudo indica que

esta torre medieval, tenha sido edificada no reinado de D. Afonso III (1248-1279), por ordem de

D. Alda Vasques, que a utilizou como residência senhorial. Posteriormente passou para os

domínios dos condes de Vimioso. Presentemente, a

autarquia planeja requalificar este património como

um Museu de Heráldica e Armaria Medieval, ainda

em fase de organização, exibindo aos visitantes,

entre outros itens, representações das pedras-de-

armas das principais famílias dos Distritos de Vila

Real e Bragança.

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Inscrições Romanas em Encontram-se em Altar de Penascrita e Penedo de Rameseiros, na

freguesia de S. Miguel de Vilar de Perdizes (Montalegre).

Costumes e Tradições :

Em Vilar de Perdizes, freguesia do concelho de Montalegre, costuma haver um congresso de

medicina popular no fim do verão.

O Magusto é sempre entendido como um acto social. Assa-se umas castanhas e junta-se a

família ou amigos à volta da lareira. Após assadas recozem-se com folhas de couve, nas quais

devem ficar por uns breves minutos. Para realçar o sabor das castanhas, também se costuma

acompanhá-las com cebola crua e salgada.

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GASTRONOMIA

Quem não sente água na boca quando o assunto são os vinhos do Douro ou o Vinho Verde? E

quem não conhece ou não ouviu falar da farta gastronomia do norte? Repare só na variedade:

peixes de rio e mariscos, muitos enchidos, azeite transmontano, carne barrosã, cabrito ou

sarrabulho.

Pratos:

Cabrito Assado Feijoada à Transmontana

Alheiras com Grelos Bacalhau à Transmontana

Doces:

Pudim de Castanha Rebuçados da Régua Pitos de Vila Real

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CONCLUSÃO

Trás-os-Montes caracteriza-se por muitos castelos ao longo da fronteira com Espanha e

também no seu interior. Contando com as igrejas e mosteiros antigos vê-se que esta região

preserva muitos vestígios de um Portugal medieval. Para remontár-mos à Época Romana

temos as pontes, o museu Flaviense e alguns outros vestígios. Por vezes atribui-se a uma

estrutura o nome de Romana quando não o é, é o caso da Fonte Romana em Vila Flôr devido à

sua parecência, mas não é caso único.

Os Romanos pensavam mais na parte das construções, pontes e aproveitar recursos de água,

enquanto na Época Medieval o enpenho era sobretudo na defesa com a construção de fortes e

castelos. Nesta época também, construiam-se igrejas de grande imponência e com muinto

requinte, que faziam jus a poder que a igreja tinha.

Todo o património de alguma relevância tem sido preservado pelo Estado. Este representa a

cultura e identidade de um povo, e na atualidade é utilizado como atrativo turístico, o que ajuda

a manter os apoios a este.

Bibliografia :

Imagens e texto tiradas dos sites:

http://www.wikipedia.org

http://vilar-de-perdizes.blogspot.pt/

http://www.bragancanet.pt/patrimonio/mirandelacastelo.htm

http://www.bragancanet.pt/patrimonio/mirandelapaco.htm

entre 13 de Fevereiro e 26 de Março de 2013

Trabalho realizado por Cláudio, Hristo, Manuel Franco e Marco.

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