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FROTASESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA
Nº 1390, DE 8 ABRIL DE 2011,E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
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Págs. II e V
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Pág. XII
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Págs. XVI e XIV
AQUILES [email protected]
A mobilidade dos colaboradores tem uma importância crescente no orçamento das empresas. É necessário, por isso, haver uma criteriosa definição da melhor op-ção para a renovação do parque automóvel utilizado pelos colabo-radores. O aluguer operacional de viaturas (AOV) tem ganho, desde a década passada, uma importân-cia acrescida, face à aquisição ou ao “leasing”.
De acordo com dados reunidos no final de Dezembro pela As-sociação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), este sector apresentou um crescimen-to de 18,3% quando comparado com 2009. A evolução registada deveu-se ao aumento do número de novas viaturas ligeiras de pas-sageiros e comerciais abrangidas em sistema de renting – de 29 617 viaturas, em 2009, para 35 471, no ano passado –, o que se tradu-ziu num valor total de novos con-tratos de renting de 688 milhões de euros. As associadas da ALF fo-ram responsáveis pela aquisição de 96 319 viaturas novas em 2010, das quais 60 848 foram obtidas em sistema de leasing e 35 471 em renting.
Para este ano, as previsões dos operadores consultados pela “Vida Económica” para este suplemento estão mais conservadoras devido à crise político-económica que o país vive. Ainda assim, o senti-mento comum é que o AOV pode continuar a ganhar importância na altura das empresas renovarem as suas frotas.
ALD com serviços associados
O renting já não é um con-ceito desconhecido do público. Porém, ainda deixa muitas dúvi-das. O aluguer operacional é, isso mesmo, um aluguer – e não um produto financeiro porque nos contratos não está prevista a passa-gem de propriedade ao cliente –, em que o locatário paga uma ren-da mensal durante o período de tempo entre um e cinco anos. Esta renda, paga numa única factura, inclui as revisões, o seguro contra danos próprios e as reparações. No caso do cliente querer, o contrato pode mesmo contemplar a gestão dos pneus e, até, dos combustíveis. Trata-se portanto, de um ALD, ao qual são acrescentados múltiplos serviços.
As empresas que se dedicam à actividade utilizam todo o tipo de
veículos, embora os pesados com mais de seis toneladas de peso bru-to sejam raros, devido aos entraves colocados pela legislação em vigor. As vantagens do aluguer operacio-nal são muitas, mas resumem-se numa expressão cada vez mais uti-lizada: “outsourcing”. Um concei-to que faz com que as empresas se dediquem à sua actividade princi-pal a 100%, deixando a carga bu-rocrática para especialistas e com vantagens económicas. Os preços das rendas conseguem tornar-se atractivos, porque as gestoras de frota têm um poder negocial para compra e manutenção que, regra geral, as empresas não possuem de forma isolada.
No que se refere ao balanço da empresa, há a vantagem dos ve-ículos em questão não entrarem no balanço desta. No que se refere aos seguros, o aluguer operacional apresenta ainda o benefício de não se verificarem agravamentos. A natural concorrência na economia levou a que as empresas tomassem consciência das vantagens finan-ceiras e físicas, bem como da sim-plificação da gestão de frota que o aluguer operacional oferece, pelo que começaram a utilizá-lo.
Como já foi referido, os primei-ros clientes nacionais deste serviço foram as grandes empresas.
Mais tarde, as PME, e mesmo os profissionais liberais, começa-ram a reconhecer vantagens neste tipo de aluguer. Embora mais len-tamente, também os particulares começam a “render-se” a este sis-tema.
ESTE ANO VAI SER MENOS “FLUORESCENTE”, MAS PRODUTO PODE CONTINUAR A AUMENTAR IMPORTÂNCIA
Renting português regista crescimento de 18,3%
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Simplifica todas as tarefas de ges-tão da frota das empresas, que é entregue a espe-cialistas com ser-viços adicionais diversos.
Utilização de imobi-lizado de terceiros, em termos jurídicos e económi -cos.
Acompanhamento in-formático por parte da empresa de aluguer operacional: gestão de facturas, de combustí-vel, do número de dias utilizando viatura de substituição, etc.
O locatário apenas tem que pagar as rendas: a lo-cadora avisa nas alturas de manutenção.
O mais interessante é que, feitas bem as contas, o con-trato de aluguer operacional acaba por fazer com que a mobilidade se torne mais ba-rata que em caso de compra, acrescida das manutenções, seguro, etc.
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A quilometragem anual tem implicações no que respeita aos encargos de manutenção com o veículo, devendo o locatário pagar uma verba adicional, caso exceda a quantidade de km previamente contratada.
Caso o prazo do contrato seja abreviado por rescisão da empresa cliente, há lugar a uma penalização, que varia, consoante a locadora.
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A locação financeira oferece uma garantia de “cash-flow” através da sequência fixa das rendas mensais ao longo do período do contrato. Esta opção liberta as empresas locatárias de pressões de crédito com outras instituições.
Possibilidade de aquisição do bem no fim do contrato.
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Na hipótese de o contrato não ser to-talmente cumprido, há uma cláusula penal por rescisão antecipada.
Outras desvantagens foram já indicadas na aquisição a cré-dito ou a pronto e que também aqui se aplicam.
Embora a empre-sa cliente não seja proprietária do auto-móvel, é totalmente responsável pela sua danificação.
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Utilização de re-cursos financeiros da empresa para compra de veículos, em detrimento da sua aplicação em investimentos no negócio central.
O facto de ser um activo na empresa, pelo que pode ser tributado.
Implementação de um serviço interno de gestão da frota com menor poder negocial que as em-presas de aluguer operacional.
Possibilidade de negoc iação do preço do veículo, dependendo do poder negocial do comprador.
Utilização de fundos próprios da empresa ou negociação de empréstimos, even-tualmente com taxas favoráveis.
Disponibilidade do veículo para venda em qualquer altura, já que é um activo da empresa.
FROTASII sexta-feira, 8 Abril de 2011
O renting cresceu, segundo dados da ALF, 18,3% no ano passado.
FROTASIV sexta-feira, 8 Abril de 2011
O director comercial da LeasePlan Portugal, José Pedro Campos Pereira, acredita que a crise realça as vantagens do renting em relação a outras opções de renovação das frotas das empresas. A empresa aumentou a frota em gestão 8% em 2010.AQUILES [email protected]
É a sina do país. Ano sim, ano não a eco-nomia trava. Depois de em 2010 o sector do renting automóvel ter crescido, nova tempestade em 2011. José Pedro Campos Pereira, o director comercial da LeasePlan Portugal, acredita, ainda assim, que este ano mau para a economia lusa realça as vantagens que o renting tem face a outras opções de renovação do parque automóvel das empresas.
“Poderá representar uma oportunidade para as empresas de aluguer operacional de viaturas (AOV)”, afirma, à “Vida Eco-
nómica”, o executivo. “Uma vez que, ao transferir para terceiros os encargos com a aquisição, manutenção e revenda dos veí-culos (despesas de compra, seguros, ma-nutenção, etc.), o renting permite às em-presas reduzirem custos e libertar recursos próprios e outras formas de financiamento para as actividades principais dos seus ne-gócios, direccionando a sua liquidez para o seu ‘core-business’”, explica José Pedro Campos Pereira.
O director comercial da filial nacional da gestora de frota de origem holandesa faz um balanço positivo do ano passado. “Foi um ano de alguma normalização da situa-ção económica, em que a LeasePlan conti-nua a crescer acima da média do mercado. Adquirimos cerca de 12 mil viaturas, aca-bando o ano com um aumento de cerca de 8% no número de veículos sob gestão, face ao ano anterior. Em volume de negócios, o ano de 2010 registou um aumento de 6%, comparativamente a 2009”, indica-nos a nossa fonte. Em Portugal, a empresa fechou o ano passado com quase 64 mil veículos sob gestão.
A tributação autónoma das despesas com automóveis em sede de IRC aumen-tou no dia 1 de Janeiro para viaturas com
preço acima de 30 mil euros, um limite que vai baixar para 25 mil euros em 2012. A influência desse aumento fiscal é, de acordo com Campos Pereira, transversal a todo o mercado automóvel. “O efeito deste aumento, no renting, deverá será se-melhante ao que terá noutras áreas do sec-tor automóvel, incentivando as empresas a reduzir o valor dos veículos adquiridos”, refere o director comercial da LeasePlan Portugal.
O prolongamento dos contratos foi uma solução que, de acordo com o entre-vistado “fez sentido no auge da crise”, em 2009, para, por um lado, permitir uma maior poupança aos clientes e, por outro, para atenuar as necessidades de liquidez da LeasePlan. “Em 2011, não prevemos um prolongamento dos contratos em massa mas notamos alguma intenção dos nossos clientes em fazê-lo, no sentido de reduzir os custos com as suas frotas”, acrescenta a nossa fonte.
Quanto ao AOV de usados, Campos Pereira considera “que, neste momento, não existem vantagens económicas” para a opção, “uma vez que a actual conjun-tura tem um impacto negativo no seu valor residual”. Aliás, segundo o director comercial da filial lusa da empresa, “mais do que neste tipo de soluções rápidas e a curto prazo, a LeasePlan pretende apostar em serviços de consultoria que permitam aos seus clientes reduzir custos estruturais (consumos, manutenção, etc.) a longo prazo”.
Eléctricos: empresa diz-se na linha da frente
No plano tecnológico, este está a ser o ano da introdução dos veículos eléctricos no mercado e da verdadeira avaliação da viabilidade dessas viaturas. Esta é uma área em que a LeasePlan quer “estar na linha da frente”, através de parcerias com diversas marcas e entidades.
“Temos vindo, inclusive, a planear essa integração com várias parcerias que visam facilitar este processo”, refere José Pedro
Campos Pereira. Em 2009, a LeasePlan celebrou um acordo com a PSA – Peugeot Citroën “para identificar oportunidades de mercado visando a implementação de ve-ículos eléctricos”. A gestora de frota está, também, por acordo com a Toyota e a Galp Energia, a gerir a operação de aluguer ope-racional dos cinco Prius híbridos eléctricos “plug-in” (recarregáveis) que estão a ser tes-tados em Portugal. Finalmente, a LeasePlan e a Nissan assinaram um acordo de coope-ração para um projecto europeu de lança-mento do Nissan Leaf.
A par destas parcerias, a LeasePlan tem disponível uma oferta de aluguer operacio-nal para veículos eléctricos igual à dos auto-móveis movidos a motores de combustão interna. Ou seja, a oferta contempla, todos os serviços associados ao renting.
Sem objectivos quantitativos para tecnologia
O objectivo da LeasePlan Portugal, se-gundo o seu director comercial, é “ter um rápido conhecimento dos custos operacio-nais destes veículos, face aos veículos tradi-cionais”. A empresa pretende, além disso, compreender o comportamento do merca-do no que diz respeito aos riscos operacio-nais e benefícios das viaturas eléctricas, para calcular o TCO (o custo total de proprie-dade, do inglês “total cost of ownership”), que inclui variáveis como o combustível, os custos de manutenção e, entre outras, a revenda.
Quanto a metas quantitativas para a ope-ração de automóveis eléctricos, José Pedro Campos Pereira é mais cauteloso. “É pre-maturo apontar objectivos concretos ou estimar vendas até porque as estimativas apontadas pelo sector automóvel relativa-mente aos veículos eléctricos variam. No entanto, podemos dizer que já temos veícu-los eléctricos a circular em alguns clientes e acreditamos que os principais clientes des-tes veículos serão, previsivelmente, o sector público, grandes empresas e empresas com uma estratégia social e ambiental bastante vincada”, afirma o entrevistado.
LeasePlan espera potenciar vantagens do renting em ano mau para economia
“O renting permite às empresas reduzirem custos e libertar recursos próprios”, explica José Pedro Campos Pereira.
Empresa vai comprar Multirent
A LeasePlan Corporation chegou a acordo com a Santander Consumer Iber-Rent, propriedade do Santander Consumer (60%) e da portuguesa SAG (40%), para comprar a actividade da empresa em Portugal. A Santander Consumer Iber-Rent opera no nosso país através da marca Santander Consumer Multirent (SC Multirent), sendo a designação oficial da empresa Multirent – Aluguer e Comércio de Automóveis, SA. Os valores da negociação não foram divulgados, mas o acordo já foi comunicado à CMVM. A operação está agora dependente da aprovação das autoridades reguladoras competentes, apontando as previsões para que o negócio esteja concluído até ao fim de
Setembro. Fundada em 1996, a SC Multirent gere uma frota superior a 21 mil automóveis. Em conjunto, a frota da SC Multirent e da LeasePlan Portugal ascende a 85 mil automóveis.O director-geral da LeasePlan Portugal, António Oliveira Martins, considera que a operação trará complementaridade à actividade da filial da gestora de frota de origem holandesa. “Com esta aquisição, vamos reforçar a nossa posição de mercado de gestão de frotas. A compra da SC Multirent fornece-nos uma carteira de clientes atractiva de uma empresa reconhecida e respeitada, que complementa abordagem LeasePlan de oferecer excelência de serviço aos seus clientes em todo o mundo”, explica Oliveira Martins.
CRESÇA A SABER O MELHOR CAMINHO.
ANTÓNIO OLIVEIRA MARTINS (ALF) SOBRE O DESEMPENHO DO RENTING NO ANO PASSADO
“Resultados superam as nossas melhores expectativas”responder às necessidades dos clientes. Até porque o renting tem vantagens ao nível de controlo e contenção de custos que não são de menosprezar e não será esta al-teração a fazer diminuir o recurso ao renting.
VE – A crise pode continuar a potenciar o prolongamento de contratos?
AOM – O prolongamento de contratos foi uma de várias me-didas que as empresas de renting adoptaram para ir ao encontro das necessidades actuais dos seus
clientes e pensamos que poderá manter-se até assistirmos à tão aguardada recuperação económi-ca do país. Contudo, não é do interesse para quem já prolongou o contrato, continuar a fazê-lo, uma vez que frotas modernas im-plicam, na generalidade dos casos, menores custos de exploração.
VE – E o renting de semino-vos?
AOM – O renting pressupõe a assumpção do risco operacional pelo que é um produto para veí-culos novos.
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FROTAS Vsexta-feira, 8 Abril de 2011
O crescimento de 18,3% que o mercado de aluguer operacional de viaturas registou em 2010, para mais de 35 mil automóveis, “superou as melhores expectativas” da ALF, afirma o vice-presidente desta associação, António Oliveira Martins.AQUILES [email protected]
Vida Económica – Que balan-ço faz a ALF [Associação Por-tuguesa de Leasing, Factoring e Renting] de 2010 em termos de renting automóvel?
António Oliveira Martins – O ano de 2010 superou as nos-sas melhores expectativas, com o sector do renting a voltar a uma relativa normalidade ao apresentar um crescimento de 18,3%, quando comparado com 2009. A evolução registada traduziu-se no aumento de 29 617 viaturas, em 2009, para 35 471, no ano passado, o que re-presentou um valor total de no-vos contratos de renting de 688 milhões de euros.
VE – Fecharam o ano com quantas unidades em gestão?
AOM – A 31 de Dezembro de 2010, as rentings geriam 117 809 viaturas, número que tem vindo a crescer ao longo dos anos, o que traduz bem a dimensão do merca-do, a importância que tem para as empresas e a capacidade das gesto-ras de frota.
VE – Quais as perspectivas para 2011?
AOM – Face aos bons resulta-dos obtidos no ano passado e uma vez que podemos verificar que o mercado do renting em Portugal está mais maduro e tem tirado valiosas lições da actual situação económica, acreditamos que o sector vai continuar a responder bem à procura, apresentando no-vos modelos de negócio e indo ao encontro do pretendido pelos seus clientes.
VE – A tributação autónoma das despesas com automóveis em sede de IRC aumentou no início do ano. Este facto está a influenciar o mercado de ren-ting?
AOM – A maioria das viaturas em renting não alcança os valores em causa e no meio de todos os problemas causados pelo actu-al estado da economia nacional, este é um problema menor a que o renting saberá dar a volta para
“O mercado do renting em Portugal está mais maduro”, segundo OliveiraMartins.
FROTASVI sexta-feira, 8 Abril de 2011
AQUILES [email protected]
A crise política e económica que afecta o país não retira optimismo ao director comercial da Arval Portugal, José Madeira Rodrigues, que, em declarações à “Vida Eco-nómica” acredita num bom de-sempenho da gestora de frota este ano. “Durante o decorrer do ano de 2010 começou-se a vislumbrar que não seria em 2011 que se veria o fim desta crise, que parece que ter-se convertido de uma crise eu-ropeia (essa sim em fase de recupe-ração) numa crise especificamente
nacional. No entanto, as expectati-vas da Arval para 2011 não deixam de ser bastante positivas. Acredita-mos que a nossa abordagem forte-mente concentrada na optimiza-ção e redução de custos deverá ter cada vez mais acolhimento num mercado fortemente pressionado como o nosso”, disse.
A concretizar-se esse crescimen-to, será o segundo ano consecutivo de subida para a Arval em Portugal. “O ano passado foi um ano de re-cuperação de valores de uma forma transversal a todo o sector auto-móvel e em particular nas frotas. A
Arval não foi excepção a este fac-to tendo conseguido alcançar um crescimento de 15% em relação a 2009”, explica o director comercial da empresa no nosso país. A Arval Portugal fechou 2010 com um fro-ta financiada de 7036 viaturas.
À semelhança do que vai acon-tecer em outros países, a Arval Portugal vai ter na sua oferta AOV veículos eléctricos: “A Ar-val apresentará sempre ao seus clientes soluções de mobilidade, independentemente da tecnolo-gia oferecida”. “Em concreto para os veículos eléctricos, a Arval terá
serviços adicionais específicos tais como um fundo para estações de carregamento e preparação da ins-talação, em empresas e/ou locais domésticos”, explica.
Prolongamento de contratos é tendência
A prática de contratos mais lon-gos é uma tendência clara a nível europeu, de acordo com José Ma-deira Rodrigues. Assim, a nossa fonte antecipa “uma continuação da política de prolongamentos”, assim como um aumento dos pra-
zos inicialmente contratados. “De acordo com o barómetro Corpora-te Vehicle Observatory, a duração dos contratos aumentou em média entre 10% e 20% em Portugal”, acrescenta o director comercial da Arval no nosso país.
Já em relação ao renting de viaturas usados, a posição de José Madeira Rodrigues é distinta. “Acreditamos que neste momento, o renting de seminovos e usados é um segmento nicho que serve es-sencialmente empresas que já sin-tam algumas dificuldades financei-ras”, salienta.
Frota da ALD Automotive Portugal em crescimento
CRISE NÃO ESMORECE OPTIMISMO DO DIRECTOR COMERCIAL DA SUBSIDIÁRIA DA EMPRESA
“Expectativas da Arval para 2011 não deixam de ser positivas”
AQUILES [email protected]
A ALD Automotive fechou 2010 com cerca 12 500 veículos sob gestão de frota em
Portugal, o que representa uma subida de 27% face ao ano anterior. “[O crescimento é] fruto do nosso investimento a longo prazo e da nossa reputação no mercado em termos de ‘customer care’, bem como da nossa capa-
cidade de diversificar o nosso mix de clientes, alargando as nossas parcerias estratégicas”, disse à “Vida Económica” o director-geral da ALD Automotive Portugal, Guillaume de Léobardy.
A filial nacional da gestora de frota regis-tou um crescimento de cerca de 16% nas vendas, ou seja no número de veículos em renting entregues, em 2010. A empresa de-tém uma quota de mercado de aproximada-mente 10% das compras totais de veículos novos no negócio da gestão de frotas.
Prolongamentos caso a caso
O objectivo da gestora de frota no mer-cado nacional este ano passa por manter a estratégia. “Em Portugal, continuaremos a investir no nosso modelo de negócio multi-canal, concentrando mais esforços do que nunca no serviço ao cliente e na inovação”, afirma Guillaume de Léobardy.
Questionado se a crise pode continuar a potenciar o prolongamento de contratos, o director-geral da ALD Automotive Portugal responde que essa “poderá ser uma solu-ção, mas terá que ser devidamente avaliada, considerando o prazo inicial contratado e a quilometragem realmente percorrida, com o objectivo de verificar se as novas condições são vantajosas”.
A nossa fonte explica que para o cliente o prolongamento pode significar a manuten-ção ou, até, a redução dos custos. “Implica também que não necessita de se expor a no-vos contratos com durações mais alargadas nem tem que assumir um ‘downgrade’ na sua política de viaturas. Por outro lado, im-plica custos de manutenção mais elevados, maiores períodos de imobilização e tem na-turalmente impacto nos níveis de motivação dos utilizadores”, salienta de Léobardy.
O entrevistado resume que “os prolon-gamentos não devem ser considerados um escape”, pois “em muitos casos” apenas im-plica “empurrar” o problema: “Esta solução deve ser cuidadosamente avaliada em con-junto com os clientes, tendo por base todas as condições específicas de cada contrato,
com o objectivo de tomar a decisão mais co-erente e acertada em cada caso. Nem sempre o prolongamento é a melhor solução”.
Uma solução, também usada em alturas de crise, que o director-geral da ALD Au-tomotive Portugal rejeita em todos os casos é o renting de usados. “Não é o ‘core bu-siness’ da ALD Automotive, uma vez que este tipo de contratos (12 meses) não pres-supõe a utilização intensiva de serviços”, salienta.
O aumento, operado no início de 2011, da tributação autónoma das despesas com automóveis em sede de IRC – o escalão mais alto começa agora nas viaturas acima de 30 mil euros, um limite que vai baixar para 25 mil euros em 2012 – vai influenciar, tam-bém, o mercado de renting, de acordo com Guillaume de Léobardy. “Acredito que esse facto será cada vez mais expressivo na me-dida em que há uma natural contracção na compra de veículos acima desse valor, espe-cialmente se estivermos a falar de frotas de grande dimensão. Este facto pode influen-ciar directamente o plafond atribuído ao uti-lizador de um veículo em renting, que po-derá sofrer uma redução para que a empresa consiga encaixar veículos de menor valor de aquisição, evitando assim uma carga fiscal tão elevada”, defende.
Volume ainda não é prioridade nos eléctricos
A ALD Automotive Portugal integrou em Março a possibilidade de fazer AOV de automóveis eléctricos. O líder da empresa salienta que, no presente, “este é um tipo de veículo muito apetecível para empresas que pretendam promover a sua imagem de pio-neirismo e posicionamento de responsabili-dade social”.
Para este ano, no nosso país e a nível do grupo Société Générale, os veículos eléctri-cos não são uma prioridade em termos de volume. “Queremos obter um número de contratos que nos permita ganhar histórico nesta tipologia de veículos e afinar todas as componentes do serviço prestado”, esclarece.
“Continuaremos a investir no nosso modelo de negócio multi-canal”, afirma Guillaume de Léobardy.
FROTAS VIIsexta-feira, 8 Abril de 2011
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AQUILES [email protected]
O aluguer operacional de viaturas (AOV) continua a ganhar preponde-rância no mercado nacional. Importa, porém, saber quais os custos mensais as-sociados a uma frota neste regime. Para saber quanto custa uma frota em AOV, a “Vida Económica” recorreu à LeasePlan, empresa líder do sector em Portugal, para obter uma proposta, mesmo que meramente indicativa.
Os nossos “contratos” têm 48 meses de duração com uma quilometragem con-tratada de 80 mil km (20 mil por ano) e incluem, além da manutenção pro-gramada e correctiva, a substituição de pneus, viatura de substituição e seguro com danos próprios, com franquia de 4%.
Os modelos enviado pela LeasePlan para esta simulação de custos em renting são, no total, 21. Quinze de passageiros e seis comerciais. O IVA está incluído à
taxa em vigor e a simulação foi feita para uma “cliente” PME.
Vinte um modelos
Começando pelos pequenos furgões, as rendas mensais possíveis variam entre 339,39 e 355,4 euros. Nos comerciais de-rivados de turismo, as possibilidades va-riam entre 356,72 euros e 390,84 euros.
Nos modelos de passageiros, as es-colhas de utilitários têm variação entre 348,56 e 357,64 euros. 439,89 e 453,66 euros é a variação nos pequenos familia-res, enquanto nos familiares médios a “baliza” é entre 555,81 e 581,94 euros.
Entre as marcas as marcas “premium”, no segmento dos familiares médios as rendas mensais em AOV variam en-tre 706,8 e 762,68 euros e na classe do grandes familiares entre 858,52 e 941,99 euros. Os dados detalhados enviados à “Vida Económica” pela LeasePlan estão no quadro que publicamos.
SIMULAÇÃO DA LEASEPLAN
Mensalidades de uma frota em aluguer operacional começam nos 340 euros
21 modelos em renting
VEÍCULO RENDA (C/ IVA) KM+ KM-PEQUENOS FURGÕES
Opel Combo 1.3 CDTI 75cv ��339,39 ��0,01430 ��0,00980 Peugeot Partner L1 1.6 HDI 75cv ��350,67 ��0,01930 ��0,01285 Citroen Berlingo Van (MIP) 750 1.6 HDI 75cv �355,40 ��0,01770 ��0,01260
DERIVADOS DE TURISMOFord Fiesta Van 1.4 TDCI 70cv ��365,72 ��0,01555 ��0,01150 Citroen C3 Enterprise Attraction 1.4 HDI 70cv ��373,10 ��0,01355 ��0,00965 Seat Ibiza SC Van Business 1.2 TDI 75cv ��390,84 ��0,01420 ��0,01015
UTILITÁRIOSSeat Ibiza Reference Ecomotive 1.2 TDI 75cv ��348,56 ��0,01420 ��0,01015 Seat Ibiza ST Reference Ecomotive 1.2 TDI 75cv ��354,17 ��0,01420 ��0,01015 Ford Fiesta Trend 1.4 TDCI 70cv ��357,64 ��0,01505 ��0,01045
PEQUENOS FAMILIARESFord Focus Trend 1.6 TDCI 95cv ��439,89 ��0,01810 ��0,01320 Citroen C4 Attraction 1.6 HDI 92cv ��445,86 ��0,02110 ��0,01555 Opel Astra Enjoy 1.3 CDTI 95cv ��453,66 ��0,01080 ��0,00705
FAMILIARES MÉDIOSVw Passat Trendline 1.6 TDI 105cv ��555,81 ��0,01575 ��0,01130 Seat Exeo Referece 2.0 TDI 120cv ��571,73 ��0,02285 ��0,01700 Peugeot 508 Acess 1.6 HDI 112cv ��581,94 ��0,02325 ��0,01690
FAMILIARES MÉDIOS "PREMIUM"Audi A4 2.0 TDIe 136cv ��706,80 ��0,02385 ��0,01795 BMW 318d 143cv ��760,82 ��0,01880 ��0,01305 Volvo S60 Kinetic D3 163cv ��762,68 ��0,02010 ��0,00915
FAMILIARES GRANDES "PREMIUM"BMW 520D 184cv ��858,52 ��0,01880 ��0,01305 Audi A6 2.0 TDI 177cv ��902,40 ��0,02385 ��0,01795 Mercedes E Classic 220 CDI 170cv ��941,99 ��0,02675 ��0,01475 Fonte : LeasePlan Portugal
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O director comercial da Arval Portugal recorda o desconhecimento “em absoluto” que as empresas do sector têm “da apetência do mercado de particulares para comprar as viaturas” no fim do contrato de renting “nem a evolução tecnológica” que estes automóveis vão ter.
A consciência ambiental dos portugue-ses não é, de resto, diferente da dos restan-tes europeus, de acordo com Rui Duarte, responsável da Arval Portugal pelo estudo Corporate Vehicle Observatory (CVO), estudo que a gestora de frota desenvolve todos os anos à escala europeia. “Quando colocamos aos decisores de frotas a ques-tão da presença de pelo menos um veículo ‘verde’, 23% é a percentagem em Portugal, quando a média na Europa é de 22%. Por veículos ‘verdes’ entendem-se, também, ve-ículos com ‘etiqueta’ de combustível, como os Bluemotion, os Ecotech ou, entre mui-tos outros, os Econetics”, explica.
Ricardo Silva consultancy & tenders manager da LeasePlan Portugal – empresa que também disponibiliza renting de au-tomóveis eléctricos – concorda que “não há grandes discrepâncias na apetência dos portugueses” para tecnologias mais limpas face ao resto da Europa. “Naturalmente que estas questões ecológicas têm que ser um pouco induzidas e parte dos governan-tes tomarem medidas para esses veículos, nomeadamente os eléctricos. Para Portugal isso é particularmente importante, pois te-mos uma grande dependência do petróleo, o que agrava o nosso défice de exporta-ções”, afirma Ricardo Silva.
Pelo lado da LeasePlan Portugal, a gesto-ra de frota está, por seu turno, a fazer o tra-balho de sensibilização do seu público, de acordo com a nossa fonte. “Temos desde 2006 uma ferramenta, o GreenPlan, que permite fazer uma auditoria ambiental às frotas dos clientes e sugerir medidas que as tornam ambientalmente mais eficientes. Nesse processo, conseguimos desmistificar a ideia de que um automóvel ‘verde’ é, ne-cessariamente, mais caro”, esclarece.
Em relação aos eléctricos, Ricardo Silva informa que a empresa tem uma equipa
dedicada para esclarecer os clientes. “Há uma profusão de tecnologias – híbridos, biocombustíveis, eléctricos, etc. – e a curto prazo vai ser difícil a um cliente escolher um automóvel para determinada activi-dade. Hoje, a escolha cai quase sempre no diesel, basta escolher o segmento, mas no futuro vai ser diferente”, indica.
Luís Frazão Carajote, administrador da consultora de frotas automóveis Boxer, sa-lienta que “a questão da imagem é funda-mental” para qualquer viatura. “Não são, com certeza, critérios meramente econó-micos que justificam o parque automóvel existente em Portugal”, refere. Sobre as viaturas eléctricas, o especialista concorda que “ainda têm muitas incógnitas que le-vam a quem tem que estimar o valor resi-dual do final do contrato”. Aquilo que hoje já é uma alternativa, segundo Luís Frazão Carajote, é a “procura de soluções energe-ticamente mais eficientes. As reduções de CO2 já têm impacto fiscal”.
Sobre a dúvida comum dos valores resi-duais dos automóveis eléctricos, o director comercial da Arval Portugal acredita que “o mercado dará uma resposta” sobre a procu-ra destas viaturas usadas. “Os impulsiona-dores desse mercado só podem ser os parti-culares e o Estado. As empresas de renting não podem fazer mais do que armar-se das informações que têm sobre a tecnologia”, segundo José Madeira Rodrigues.
Os especialistas prevêem que não haja tecnologia dominante no mercado au-tomóvel mundial ao longo das próximas décadas. Esse facto acaba por representar uma dificuldade adicional para estipular valores residuais. “Seria mais fácil se hou-vesse mais definição, como até há pouco tempo”, esclarece Luís Frazão Carajote.
FROTASX sexta-feira, 8 Abril de 2011
AQUILES [email protected]
Começaram a chegar no fim do ano pas-sado e as vendas ainda não são muitas, até porque a rede de carregamento ainda é quase inexistente. Segundo o que a “Vida Econó-mica” apurou junto da Mitsubishi, da Nis-san, da Peugeot e da Citroën, foram compra-das 44 unidades de automóveis eléctricos em Portugal até Março, seis dos quais por parti-culares, os únicos que beneficiam dos cinco mil euros (que podem atingir 7500 com a entrega de uma viatura em fim de vida para abate) de incentivo à compra.
Das 44 unidades, 20 (quatro particula-res) são Mitsubishi i-MiEV, 12 são Nissan Leaf (todas as empresas), 10 são Peugeot iOn (todas as empresas) e duas são Citroën C-Zero (ambas a particulares). Os objecti-vos das marca são unanimemente ambicio-sos até ao fim do ano: 50 da Citroën, 100 da Peugeot, outras tantas da Mitsubishi e 600 da Nissan.
De notar que no caso da Nissan a meta é referente ao ano fiscal de Abril de 2011 a Março de 2012. Aliás, é só a partir do mês em curso que a marca conta ter disponibi-lidade de unidades. “Apenas no final deste mês de Abril começaremos a entregar em quantidade”, disse à “Vida Económica” o porta-voz da Nissan Iberia em Portugal, An-tónio Pereira Joaquim.
Disponível em renting
Com preços de venda a rondar os 30 mil euros, estes modelos são já disponibilizados em rent-a-car. A Europcar Portugal tem um Peugeot iOn, em Lisboa, por 39,99 diários (IVA incluído). Também algumas gestoras de frota a operar no nosso mercado têm modelos eléctricos. A ALD Automotive Por-tugal, por exemplo, que tem o Nissan Leaf, o Mitsubishi i-MiEV, o Citroën C-Zero e o Peugeot iOn entre os modelos passíveis de AOV desde o início de Março. Os preços mensais para os contratos a 48 meses e 40 mil km variam entre 660 e 715 euros (IVA incluído).
Se, tal como acontece com os preços de venda, os valores das rendas mensais em ren-ting representam mais do dobro dos pratica-dos para viaturas do mesmo segmento com propulsão tradicional. Importa, no entanto,
referir que se na análise incidir o TCO (o cus-to total de propriedade, do inglês “total cost of ownership”), o diferencial é menos nega-tivo para os veículos eléctricos, embora estes continuem a não ter nas vantagens económi-cas o grande trunfo. O contrato é, de igual modo, de 48 meses – e inclui manutenção, pneus, viatura de substituição e seguro –, mas a quilometragem duplica, para 80 mil km.
A ALD Automotive Portugal comparou o TCO do Nissan Leaf com Audi A4 2.0 TDIe, BMW 118d, VW Golf 1.6 TDI, Toyota Prius, Mini Countryman 1.6D, Re-nault Fluence 1.5 dCi e Renault Mégane 1.5 dCi. Neste comparativo, o eléctrico nipóni-co logrou “bater” o A4 (com um TCO 8% mais baixo). Ainda assim, não evitou ter cus-tos desfavoráveis em relação a 118d (-3%), Golf (-5%), Prius (-13%), Mini (-14%), Fluence (-16%) e Mégane (-35%). Os es-pecialistas acreditam que dentro de poucos anos os resultados das viaturas eléctricas em comparativos desta natureza serão diferentes.
Renault nos táxis lisboetas
Na “corrida” aos automóveis eléctricos já não há, praticamente, construtor que não te-nha ligado alguns dos projectos de produto à “corrente”. Os senhores que se seguem são a Renault e a Daimler, com o Smart ED.
No caso da Renault merece destaque o facto da marca francesa ter previsto, para o último trimestre do ano, o lançamento de vários modelos para diferentes necessidades num curto espaço de tempo. Os primeiros serão o Fluence ZE, o Kango ZE, o Twizy (um modelo mais próximo de um quadri-ciclo do que de um automóvel) e a berlina compacta Zoe.
Destaque para o facto do modelo de ne-gócio da Renault ser diferente dos restantes construtores, incluindo a aliada Nissan, pois pressupõe a compra do carro, com um sis-tema de renting para as baterias (no caso do Twizy, o valor mensal será de cerca de 45 euros).
A frota da gama ZE vai ter táxis a circular no nosso país. Isto porque a Renault Portu-gal e a Autocoope assinaram uma carta de intenções que pressupõe a intenção de enco-menda, pela cooperativa de táxis de Lisboa, de 10 unidades (entre os quais o Fluence ZE) no último trimestre deste ano.
PORTUGUESES COMPRARAM 44 AUTOMÓVEIS ELÉCTRICOS ATÉ MARÇO
Renda mensal em renting ronda os 700 euros
Poupança associada à condução responsável
A consciência dos responsáveis por frotas da poupança que uma condução ecologicamente mais responsável pode representar em termos de combustíveis e manutenção está a crescer, de acordo os intervenientes no pequeno-almoço/debate. “As empresa têm políticas de frotas que, de alguma forma, limitam a capacidade do utilizador para decidir o que vai custar o uso da sua viatura. Nesse aspecto, o renting tem um papel importante, pois torna explícitos todos os custos associados à utilização do automóvel”, afirma o vice-presidente da ALF.“A consciência ‘verde’ está relacionada com as despesas”, acrescenta o director-geral da ALD Automotive. “Na nossa frota, as emissões médias de CO2 reduziram 5% em dois anos e se já contarmos com 2011 essa redução sobe para 10%. A fiscalidade e os custos têm, também, impacto nisso”, admite Guillaume de Léobardy.Maurício Marques, da Locarent, recorda que as baixas emissões médias dos automóveis em Portugal são justificadas primeiro pelo “poder de compra” e só depois pela a consciência ambiental. No estudo CVO, da Arval, é colocada uma questão sobre as medidas implementadas em períodos de crise. “As medidas para a redução de custos com combustíveis foram indicadas por 60% dos gestores de frota portugueses”, indica Rui Duarte. Sobre os eléctricos, os gestores de frota estão receptivos, mas têm dúvidas relativas à disponibilidade de pontos de carregamento. “O nosso papel enquanto consultores é contextualizar o cliente em termos de vantagens e condicionantes da tecnologia”, acrescenta Ricardo Silva. “Em teoria, 80% dos condutores fazem menos de 160 km por dia, mas claro que há esse estigma, pois estamos habituados a autonomias muito maiores”, explica o consultancy & tenders manager da LeasePlan Portugal.
PEQUENO-ALMOÇO/DEBATE DA “VIDA ECONÓMICA” SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Gestoras de frota mais preparadas para crescimento dos automóveis eléctricos(Continuação da página anterior)
Especialistas prevêem que não haja tecnologia dominante no mercado automóvel mundial ao longo das próximas décadas.
O Nissan Leaf é um dos quatro modelos eléctricos já disponíveis em Portugal.
FROTASXII sexta-feira, 8 Abril de 2011
AQUILES [email protected]
A introdução de portagens nas ex-Scut do Grande Porto, a 15 de Outubro, pro-vocou uma “corrida” à compra de iden-tificadores da Via Verde. “Até Dezembro de 2010, foram comercializados cerca de 180 mil identificadores devido à introdu-ção de portagens nas antigas Scut”, in-dicou à “Vida Económica” fonte da Via Verde Portugal.
Tendo em conta que os identificadores da Via Verde têm um custo unitário mé-dio de 25 euros, as referidas 180 mil aqui-sições terão representado, pelas nossas contas, cerca de 4,5 milhões de euros de facturação para a empresa. Os utilizadores daquelas auto-estradas têm vantagens em ter identificador na viatura, pois só assim podem obter isenções e diminuir a buro-cracia e custos associados ao pagamento diferido das portagens.
A Via Verde tem, actualmente, cerca de
2,6 milhões de clientes. Tudo indica que esse número vá crescer ao longo de 2011, não só por terem deixado de haver ruptu-ras de stock para o Grande Porto, como pela previsão – embora nos últimos dias tenham vindo a público notícias de que a decisão pode ser adiada – de introdu-ção de portagens na A22 (Via do Infante, no Algarve), na A23 (Santarém-Guarda), na A24 (Viseu-Chaves), na A25 (Aveiro-Vilar Formoso) e na A27 (Viana do Cas-telo-Ponte Lima). “A Via Verde não tem esse número disponível, no entanto, será de esperar um novo acréscimo na procura por essa via”, refere a nossa fonte.
Mais pontos de atendimento
Nesse sentido, a empresa está a reforçar os seus pontos de atendimento. Assim, está disponível um novo site, serão aber-tas três novas lojas (Faro, Castelo Branco e Viseu), estarão disponíveis postos tem-porários de reforço à rede de lojas, foram feitas novas parcerias (ACP e MSCAR) e mantém-se a parceria já existente com os CTT.
A polivalência do serviço Via Verde – além das portagens, permite, também, pagar despesas com combustíveis ou, entre outros, parques de estacionamen-to – é uma mais-valia para potenciar o mercado de frotas empresariais. “Na me-dida em que permite às empresas uma gestão centralizada, num único meio de pagamento, dos serviços directamente relacionados com o automóvel”, explica a nossa fonte.
SÓ ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2010
Introdução de portagens nas Scut levou 180 mil aderentes à Via Verde
AQUILES [email protected]
A cultura portuguesa de utili-zação de automóveis nas empre-sas adia a adesão massificada ao car-sharing em Portugal, disse à “Vida Económica” o Luís Fra-zão Carajote, administrador da Boxer. “A opção pelo car-sharing é muitas vezes a melhor opção em termos de custos e, portan-to, poderia ser a escolha de mui-to mais empresas. No entanto, o custo é apenas um dos factores no momento de decidir o siste-ma a ser adoptado para a gestão da frota – a componente salarial e social, o status, que a utiliza-ção de uma viatura tem são, sobretudo para os escalões mais elevados, decisivos na opção – enquanto esta cultura permane-cer, o car-sharing nunca atingirá em Portugal os níveis de outros países”, referiu-nos aquele res-ponsável.
O ano passado foi de conso-lidação para a consultora, que tem no automóvel uma área
importante, mas não a única. “O ano de 2010 correspondeu à consolidação dos negócios do grupo, a facturação atingiu 1,4 milhões de euros”, indica Luís Frazão. “A Boxer Servicing am-pliou a sua carteira de clientes, tanto de serviços (recondiciona-mentos, alugueres pontuais, lo-gística, etc.) como de contratos de manutenção e de gestão de frotas. A Boxer Consulting ex-pandiu a sua oferta para a área de Formação em Lean 6 Sigma, onde já possui clientes impor-tantes”, explica a nossa fonte. Em 2011, a Boxer pretende “prosseguir a expansão”, de acor-do com Luís Frazão, que prevê 2,1 milhões de euros de volume de facturação.
Crise e redução de custos
O entrevistado salienta que “é nos momentos de crise que muitas empresas, por consi-derarem que através do cres-cimento das suas vendas difi-
cilmente poderão melhorar os resultados, se focam na redu-ção de custos”. Sabendo que, para muitas empresas, a frota automóvel é uma componen-te extremamente importante dos seus custos de estrutura, é natural, segundo a nossa fonte, “que a Boxer Servicing, como especialista nessa área, seja con-
sultada, “pois pode obter pou-panças imediatas nos serviços necessários” à gestão de frota. “Também a Boxer Consul-ting tem ajudado as empresas a identificar as áreas críticas da sua política de frotas que pode-rão ser alteradas para alcançar maiores reduções de custos”, acrescenta.
Adesão ao car-sharing em Portugal adiada
Operadores móveis diversificam oferta ligada ao mundo da geolocalização SANDRA RIBEIRO [email protected]
É cada vez mais fácil encontrar aquele ponto de interesse ou saber onde está a frota automóvel de uma dada empresa. As solu-ções móveis estão aí para o ajudar. Fomos à procura de exemplos. A Optimus e Vodafo-ne responderam à nossa chamada.
A denominada “Gasol” é um deles. A aplicação do operador da Sonaecom tem um objectivo simples: ajudar o utilizador a encontrar o posto de abastecimento mais próximo e também, algo útil em tempos de crise, o mais económico. Obter informação detalhada sobre os postos com preços prati-cados e serviços é uma das possibilidades do “Gasol”. O automobilista pode seleccionar o tipo de combustível, marca ou raio de ac-ção e ainda ordenar a pesquisa por preço, distância ou custo total de abastecimento. A aplicação é gratuita e pode ser integrada no facebook. A ela podem aceder os utilizado-res de iPhone, iPod Touch e iPad, envian-do uma SMS com a palavra “Gasol” para o 1293 ou, então, descarregando-a da “Apps-tore”. Mas há mais.
Muito ligada à segurança foi lançada já, em 2009, a “Optimus Safe Fleet Manage-ment”. Aqui, o propósito é outro: gerir a frota em movimento e, ao mesmo tempo, garantir que veículos e pessoas não sofrem quaisquer tipo de danos. Para tal, é utilizada a tecnologia de localização por GPS e rá-dio frequência. Através de um equipamento instalado nas viaturas, os clientes Optimus podem acompanhar a sua frota em tempo real, 24 horas por dia, via internet ou tele-móvel. A esta função base juntam-se outras mais complexas. É que esta aplicação per-mite a visualização e extracção de relatórios extensos, a recepção de alarmes de aviso, a imobilização remota, a definição e gestão de zonas delimitadas ou ainda o armazena-mento do histórico dos últimos cinco anos.
Controlar de longe a frota
Quem também pode falar de geolocaliza-ção é a Vodafone. As ofertas são várias. O destaque vai para a iziTraN, AmpliFrota e FrotCom, todas elas ligadas à gestão de fro-tas. A partir de um telemóvel ou computa-dor é, assim, possível aceder a informações sobre um frota, a partir de qualquer lugar, a qualquer hora. É necessário proceder à ins-talação de um equipamento de localização, no veículo, com um cartão SIM integrado.
O operador promete cartografia digital, parametrização dos tipos de veículos ao gosto do cliente, relatórios e gráficos à me-dida das necessidades do mesmo, alertas de excessos e avisos, controlo e bloqueio à distância e preço fixo mensal. Há ainda que ter em conta que as soluções da Vodafone não são integráveis com outras ligadas a este segmento. Podem, no entanto, existir ade-quações de acordo com as necessidades do cliente e desenvolvimentos previstos pelo operador.
Os preços oscilam entre os 20 euros da AmpliFrota e os 25,85 euros da iZiTraN. Pelo meio fica a FrotCom, 25,50 euros. To-dos eles valores mensais com contrato a 48 meses a que se deve acrescentar o IVA.
A facturação da Via Verde Portugal com os identificadores terá ascendido a 4,5 milhões de euros.
O custo é só um dos factores na decisão do sistema para a frota.
FROTAS XIIIsexta-feira, 8 Abril de 2011
PUB
AQUILES [email protected]
O aluguer de curta duração é, também, uma opção para algu-mas empresas terem uma frota automóvel disponível, sobretu-do aquelas em que a quantidade e tipo de viaturas necessária é mais variável e de difícil previ-são. Empresas que, por exemplo, recebem muitos colaboradores estrangeiros por prazos curtos podem ter nas rent-a-car uma solução para, pelo menos parte da frota em utilização.
No sentido de ter os custos – meramente indicativos, claro – de uma frota em rent-a-car, a “Vida Económica” solicitou à Turiscar uma proposta. A “nos-sa” frota contempla quatro via-turas, uma comercial e três de
passageiros. Todos têm como equipamento mínimo rádio com CD e ar condicionado.
O comercial, do grupo três, é um furgão com três lugares e espa-ço de carga a rondar os cinco m3, como por exemplo o Mercedes Vito. O preço mensal sem IVA é de 876 euros (29,20 euros por dia), com seguro com franquia de 2100 euros. O modelo inclui quatro mil km mensais, sendo cobrados 0,15 euros por cada km adicional. Em opção, pode ser contratado um seguro sem fran-quia por mais 20 euros por dia.
Nos passageiros, uma das op-ções, do grupo D, é um diesel de cinco lugares, como por exem-plo o Fiat Punto. A renda men-sal são 517,2 euros mais IVA (17,24 euros ao dia). A franquia
é de 1440 euros, a ausência desta custa 10,8 euros por dia.
Outra opção é um modelo do segmento C (também diesel de cinco lugares), como o Renault Mégane, proposto pela rent-a-car por 738,9 euros sem IVA (24,63 euros diários), com fran-quia de 2160 euros. O seguro sem franquia custa 11,3 euros diários.
A Turiscar forneceu-nos ain-da custos para automóveis para executivos, como por exemplo o BMW 520d com caixa automá-tica. O preço mensal sem IVA é de 2058,3 euros (68,61 euros por dia), com seguro com fran-quia de 4200 euros. Em opção, pode ser contratado um seguro sem franquia por mais 21,5 eu-ros por dia.
SIMULAÇÃO DA RENT-A-CAR TURISCAR
Frota em aluguer de curta duração com custos entre 500 e 2000 euros
Quatro opções em Rent-a-car
TIPO DE VIATURA PREÇO MENSAL
Grupo 3 (ex. Mercedes Vito)
876� (+IVA)
Grupo D (ex. Fiat Punto)
517,2� (+IVA)
Grupo G (ex. Renault Mégane)
738,9� (+IVA)
Grupo M (ex. BMW 520d Auto)
2058,3� (+IVA)
Nota: Ar condicionado e rádio CD em todas as viaturasFonte: Turiscar
FROTASXIV sexta-feira, 8 Abril de 2011
AQUILES [email protected]
As rent-a-car deverão passar a ter a pos-sibilidade de efectuar, em tempo real, a cobrança das portagens das auto-estradas ex-Scut. “A solução que tem sido falada e que o Sr. secretário de Estado acolheu, é a informação de passagens em tempo real, de forma a poder ser feita pelas ‘rent-a-car’ uma cobrança aos clientes aquando da entrega da viatura”, adiantou à “Vida Económica” o secretário-geral da Associa-ção do Industriais de Aluguer de Auto-móveis sem Condutor (ARAC), Joaquim Robalo de Almeida.
A solução final ainda estará por definir, mas, ao que tudo indica, passará pelas empresas do sector poderem ter equipa-mentos semelhantes aos das “payshops”, mas que permitam duas coisas: a co-brança imediata e o pagamento cliente a cliente. Recorde-se que, desde 15 Ou-tubro, com introdução de portagens nas antigas Scut do Grande Porto, que as empresas associadas da ARAC têm tido problemas, justamente, com o facto das passagens só poderem ser liquidadas, pelo menos, 48 horas depois e de não se poder fazer pagamento isolado dessas mesma passagens.
O problema pode estar agora próximo do fim, num momento em que se apro-xima a introdução de portagens na A22 (Via do Infante, no Algarve), na A23 (Santarém-Guarda), na A24 (Viseu-Cha-ves), na A25 (Aveiro-Vilar Formoso) e na A27 (Viana do Castelo-Ponte Lima), não obstante nos últimos dias terem vindo a público notícias de que a decisão pode ser adiada. “Temos reunido semanalmente com o Sr. secretário de Estados das Obras
Públicas, o Dr. Paulo Campos, e estamos a chegar a uma plataforma de entendi-mento. Esperamos chegar a entendimen-to rápido, porque o dia 15 de Abril está
à porta. Para que haja sucesso tem, tam-bém, de haver colaboração da Via Verde e das concessionárias das auto-estradas”, disse-nos Robalo de Almeida.
Rent-a-car vão cobrar porta Frota da Turiscar cresce 35%
A frota da rent-a-car Turiscar em 2010 “foi renovada em cerca de 1200 viaturas”, segundo adiantou à “Vida Económica” o director comercial da empresa, Eduardo Piçarra. O número total de automóveis em frota com que a empresa fechou o ano foi de 2300, contra 1700 em 2009, o que indica um crescimento absoluto de 35,3%. A rede da rent-a-car também aumentou em 2010, de 18 para 23 de es-tações.
Em 2011, a Turiscar prevê continuar a renovação e aumento de frota. “Estamos a prever [aumentar] em 1400 viaturas, pas-sando de uma frota de 2300 para 2500 viaturas, com uma média antiguidade de frota de 18 meses”, indica Eduardo Piçar-ra.
Sobre as ex-Scut, a nossa fonte afirma que “têm surgido vários problemas após a introdução de portagens electrónicas” nessas vias, as quais “têm levado a um crescente número de reclamações e cance-
lamentos de reservas de viaturas por parte dos clientes” do sector. “Sendo o turismo um dos motores da economia nacional é imperioso que evitemos situações como esta. Não nos devemos esquecer que o rent-a-car é a primeira imagem de um país, pois é o primeiro e último produto turístico que os cidadãos que nos visitam contactam”, defende. O mesmo responsá-vel diz-se “confiante no importante papel da ARAC, que sempre tem defendido o sector de rent-a-car de uma forma vee-mente e profissional”, para ser conseguido um acordo, após as negociações em curso com os governantes.
Eléctricos só com certezas
Em relação ao tema dos automóveis eléctricos, Eduardo Piçarra não se com-promete. “A Turiscar está empenhada em reduzir o índice de poluição, pelo que estamos a dotar a nossa frota com viatu-ras com baixa emissão de CO2. No que diz respeito às viaturas eléctricas, estamos atentos e aguardamos que hajam uma rede nacional para abastecimento para que o nosso cliente possa circular livre-mente. Não iremos ter viaturas só para dizer que temos, somos uma empresa que se rege por uma política de grande rigor e transparência, sendo o nosso grande objectivo a total satisfação dos clientes”, garante o director comercial da rent-a-car.
PAULO MOURA (EUROPCAR PORTUGAL) SOBRE O MERCADO DAS RENT-A-CAR EM 2011
“Espero que haja bom senso na compraAs rent-a-car a operar no mercado por-
tuguês devem, de acordo com o director-geral da Europcar Portugal, Paulo Moura, ter cautelas na renovação de frotas em 2011, sob pena de haver excesso de oferta no Verão, com prejuízo para as margens da operação. “Espero que haja bom sen-so e que não haja excessos na compra de frota. Caso contrário, isso vai traduzir-se em sérios problemas para o sector”, disse o especialista à “Vida Economica”.
Paulo Moura recorda que em 2010 “os fornecedores tinham grandes stocks de viaturas usadas que não conseguiam escoar”, o que resultou em escassez de frota. “Mas a verdade é que em 2010 o mercado de usados teve um desempenho muito positivo e os fabricantes resolveram o problema. Por isso, este ano vão tentar aumentar as vendas e se o sector do rent-a-car cair em tentação, vamos voltar a ter excesso de oferta durante o Verão, o que é crítico para a nossa actividade e tem um impacto extremamente negativo”, avisa o director-geral da Europcar Portugal.
O ano passado “foi muito positivo” para a filial lusa da rent-a-car de origem france-
Joaquim Robalo de Almeida salienta que “as empresas do sector têm feito um grande esforço de renovação
Paulo Moura recorda que em 2010 “os fornecedores tinham grandes stocks de viaturas usadas que não conseguiam escoar”.
A Turiscar prevê continuar a renovação de frota.
Hertz Portugal melhora rentabilidade
AQUILES [email protected]
A Hertz Portugal faz um balanço posi-tivo do ano passado, “com um aumento razoável na actividade e com índices de rentabilidade bem superiores aos de anos anteriores”, disse à “Vida Económica” o director-geral da empresa, António Silva. “De facto a época de Verão correu bem, tendo a nossa actividade crescido face ao ano anterior, registando-se também um aumento do preço médio do mercado, aproximando-se dos preços praticados em alguns países europeus, tais como Espanha e França. Esta tendência tem-se registado nos últimos dois anos, o que significa uma recuperação na rentabilidade da operação e onde os canais de reservas on-line tomam uma expressão cada vez mais significativa e central no nosso negócio”, explica a mesma fonte.
O franchising luso – gerido pelo grupo Hipogest – da multinacional fechou 2010 com uma frota a rondar os seis milhares de viaturas e um volume de negócios de 46 milhões de euros, mais 6% do que em 2009. A empresa beneficiou do bom esta-do do sector das rent-a-car no nosso país. “A nível nacional julgamos que a indústria do rent-a-car foi um dos poucos sectores que menos foi afectado com esta recessão, mostrando até sinais de alguma vitalidade para os quais muito contribuiu o turismo.
No ano que terminou, registou-se um cres-cimento na ordem dos 6%, verificando-se também um aumento do número de pas-sageiros nos aeroportos nacionais na ordem dos 8% face a 2009”, refere António Silva.
A empresa prevê integrar ainda este ano veículos eléctricos na frota, mesmo que em número reduzido. Para a generalidade do sector, o director-geral da Hertz Portugal é optimista para a generalidade do mercado por acreditar que “o turismo vai ser pelo menos igual a 2010”.
António Silva vê, ainda assim, “algu-mas nuvens no horizonte” da actividade. Uma destas é a “ainda maior sazonalidade em consequência do aumento do turismo versus estagnação do mercado nacional”. Outra é a pressão de “um excesso de oferta de frotas em 2011, pela tendência que as marcas demonstram este ano em fazerem os números nas rent-a-car que não vão conseguir no mercado tradicional de au-tomóveis”, o que tem reflexos na pressão sobre os preços dos alugueres.
Até por isso, a nossa fonte alerta para a importância de haver cuidado das empre-sas nacionais de rent-a-car na renovação das suas frotas. “Diria que é fundamen-tal as rent-a-car efectuarem um correcto e adequado planeamento das suas frotas e não se deixarem cair em tentações, sen-do esta uma preocupação da nossa activi-dade”, defende o director-geral da Hertz Portugal.
A Avis Portugal tem no mercado de média e longa duração um mercado im-portante. “A Avis procura sempre disponi-bilizar aos clientes os produtos mais ade-quados às suas necessidades. Dentro desse espírito, podemos destacar o AvisFlex que é um produto dirigido a necessidades de média e longa duração com reconhecida simplicidade e flexibilida\de, que permite ao cliente dispor sempre da frota de que necessita, com total liberdade para efectu-ar em cada momento os ajustes mais ade-quados”, disse à “Vida Económica” Bruno Matos, director de frotas da filial nacional da rent-a-car.
Em termos de oferta, a frota da Avis Por-tugal, que, tem, segundo a nossa fonte, uma idade média de sete meses, vai integrar au-tomóveis eléctricos. “A Avis estabeleceu já alguns protocolos com marcas automóveis,
no sentido de vir a disponibilizar viaturas eléctricas aos seus clientes, a breve prazo”, indica. Sobre a rentabilidade destes veícu-los, Bruno Matos refere que estes “terão, como qualquer outro produto, um ciclo de vida em que numa fase introdutória a ren-tabilidade não será a primeira motivação”.
Quanto ao tema das ex-Scut, o direc-tor de frotas da Avis Portugal não evita algumas críticas ao cenário dos primeiros meses de cobrança de portagens naquelas vias. “O processo de introdução de porta-gens nas ex-Scut não está isento de falhas e, apesar de fornecermos aos nossos clientes todas as informações necessárias para que possam efectuar os pagamentos, verifica-mos que existem problemas que o legisla-dor não acautelou e que criam dúvidas e insatisfação, nomeadamente aos clientes estrangeiros”, defende Bruno Matos.
gens das ex-Scut
Ocupação inferior no primeiro trimestre
Sobre a actividade das empresas de rent-
a-car em 2011, a nossa fonte indica que “os meses de Janeiro, Fevereiro e Março regista-ram uma ocupação inferior ao período ho-mólogo do ano anterior”. O secretário-geral da ARAC está, no entanto, mais optimista para os próximo meses. “As perspectivas para a Páscoa e para o Verão em sede de reservas já efectuadas são bastante anima-doras. Esperemos que se concretizem, pois são reservas, não estamos a falar de contra-tos efectivos. Mas, repito, as perspectivas são animadoras”, refere o dirigente associativo.
Joaquim Robalo de Almeida salien-ta que “as empresas do sector têm feito um grande esforço de renovação das suas frotas, vai voltar este ano a assistir-se a uma renovação de frotas das rent-a-car”. O secretário-geral da ARAC recorda que esse esforço financeiro das empresas surge num cenário “de acesso mais dificultado e mais caro ao financiamento, não só para as empresas de rent-a-car, mas para a ge-neralidade” dos agentes económicos.
O entrevistado defende que este esfor-ço acontece enquanto com “o sector, ao contrário de outros”, continua a ter “uma carga fiscal elevadíssima”. “Continuamos a comprar os carros ao preço que com-pram os particulares. Não há quaisquer incentivos, ao contrário do que se passa, nomeadamente, com os nossos colegas es-panhóis, que têm isenção total do impos-to de matrícula, o equivalente ao imposto sobre veículos português”, lamenta.
Robalo de Almeida avisa que os “suces-sivos Governos, do partido A ou do par-tido B, têm descurado” este assunto, para o qual importa, segundo a nossa fonte, “acordar”. O dirigente da ARAC recorda que “a actividade de rent-a-car é expor-tadora”, integrada nos preços de pacotes turísticos.
a de frota”sa. “O Verão correu muito bem e compen-sou alguns aspectos negativos que se verifi-caram ao longo do ano e tiveram impacto negativo na nossa actividade, como foi a nuvem de cinzas vulcânicas ou o encerra-mento de muitos aeroportos no final do ano devido ao mau tempo. Mas no Verão, e por haver alguma escassez de frota, o sector conseguiu praticar preços em linha com os que se praticam nos outros mer-cados europeus e que se podem comparar com o nosso, como é o caso de Espanha, Itália, ou França”, indica Paulo Moura.
Peugeot eléctrico por 39,99 euros por dia
A Europcar Portugal introduziu em Fe-vereiro um automóvel eléctrico Peugeot iOn. Disponível numa das estações da empresa em Lisboa, o modelo pode ser alugado por 39,99 (IVA incluído) por dia, quilómetros ilimitados e cobertura de roubo e danos próprios.
Neste o principal objectivo da rent-a-car é a promoção destes veículos. “Que-
remos dar aos nossos clientes a experiên-cia de conduzir um carro eléctrico, que é, de facto, muito positiva. Até porque para quem faz uma utilização só dentro da cidade, o carro eléctrico é uma opção fantástica: tem um comportamento óp-timo, é fácil de conduzir e o consumo é bastante reduzido. Além de que quem o conduz sabe que está a contribuir para a sustentabilidade ambiental do planeta”, afirma Paulo Moura. A nossa fonte refere, ainda a propósito desta tecnologia, que o sucesso “depende, em boa parte, do de-senvolvimento da rede de postos de abas-tecimento”.
A gestão do pagamento de portagens nas ex-Scut “preocupa imenso” o respon-sável pela Europcar em Portugal. “Vai ha-ver mais vias com portagens e a verdade é que o Governo avançou sem ter em conta o impacto negativo que esta medida terá para os utilizadores das empresas de rent-a-car e, em especial, para o turismo nacio-nal”, afirma Paulo Moura, que acrescenta, no entanto, que sector e governantes es-tão “perto de chegar a um consenso”.
das suas frotas”.
FROTAS XVsexta-feira, 8 Abril de 2011
Avis procura satisfazer necessidades de média e longa duração
“É fundamental as rent-a-car efectuarem um correcto e adequado planeamento das suas frotas”, defende o director-geral da Hertz Portugal.
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