Ana Paula Dando voz a pessoas com demência e seus Palongan ...
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impressão Pedagógica [ 3 ]
[ editorial ]
Direção Geral: Armindo Vilson AngererDireção CEEE: Sandra Angerer
Direção de Marketing: Karina LafraiaEdição e Redação:
Andrea Gonçalves Santos (Mtb 9355/19/195)Alesandra Potamianos (Mtb 4469/18/109)
Direção de Gráfica: Antonio BothGerente Pré-Impressão: Paulo César Niehues
Fotolitos e Impressão: Editora Gráfica Expoente Ltda.Av. Maringá, 350 - Pinhais - Paraná -
CEP 83324-000 - Fone: (41) 3312-4350Fax: (41) 3312-4370
Tiragem: 21 000 exemplares.
Impressão Pedagógica é uma publicação semestral,de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas,
coordenadores e professores, sendo distribuída pormailing personalizado. Não nos responsabilizamos por
opiniões expressas nos artigos assinados.Todos os direitos reservados.
[ expediente ]
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Entrevista com Júlio César Furtado.
Indisciplina, saiba como lidar com ela.
Robótica como instrumento em sala.
Capa, violência atrapalha aprendizado.
Saiba como combater o estresse.
Ecossistemas no material didático de2006.
[ índice ]
Armindo AngererDiretor-Geral
da Organização Educacional Expoente
Não poderia ser maisoportuno o tema principal desta
edição, Paz na Escola. Nadamenos do que três das matériasaqui veiculadas tratam do tema:
Relação Delicada, página 08,Indisciplina, página 10, e Paz na
Escola, página 16.Cumprindo seu papel de agente de
contribuição ao processo deformação e aprendizagem dos
alunos das escolas conveniadasao Sistema Expoente de Ensino,
essas reportagens são altamentesignificativas, tanto pelo conteúdo
teórico expresso, como pelasexperiências práticas relatadas
pelas escolas que já desenvolvemestratégias bem-sucedidas sobre o
tema.Considero também muito oportuna
a “provocação” de que “a Escoladeve estimular a participação dos
pais, mas é preciso impor limites!”Nós últimos dias, os jornais têm
publicado inúmeras matérias, nasquais, via de regra, pessoas poucopreparadas tentam atribuir à escola
um papel que não lhe cabe: o deconduzir isoladamente, assumindo
toda a responsabilidade, oprocesso de educação de seus
alunos, como se essa fosse atarefa de apenas um dos agentes.
A afirmação da professora MariaLuiza de que “A presença das
famílias caracteriza estímulo,confiança, segurança e modelo,
principalmente na fase em queestão constituindo o seu caráter”,reforça a importância de cada um
cumprir o seu papel, pois oprocesso somente se completacom o envolvimento de todos:
pais, professores, diretores ealunos. Apenas assim é possível
formar cidadãos éticos,conscientes e socialmente
responsáveis. A questão doslimites, então, é por demais
significativa, pois é cada vez maiscomum vermos médicos,
advogados, engenheiros querendo“ensinar” aos professores,
diretores e coordenadores comodesenvolver o processo de
educação de nossos alunos. Seráque o contrário seria admissível?
Vocês já imaginaram um professorconstruindo uma ponte e ou
operando um paciente? Vamossim, todos, de forma integrada,
desenvolver com competência eresponsabilidade a missão para a
qual fomos adequadamentepreparados.
Boa leitura!
[ 4 ] impressão Pedagógica
Júlio César Furtado
percorre o país
falando sobre
crenças que os
professores devem
desaprender para
trabalhar com a
aprendizagem
significativa.
Aprendizagemsignificativa
[ entrevista ]
O exercício da profissão, seja elaqual for, exige do profissional umaatenção extra quanto à atualização eaté mesmo em relação à quebra dealguns conceitos limitantes. Com oseducadores a história é a mesma e,cada vez mais, vem-se falando daaprendizagem significativa. Essametodologia de ensino só começa aser aplicada quando o professorabdica de algumas idéias um tantoretrógradas, como, por exemplo, a deque o aluno é um sujeito passivo eque só recebe informação, mas nãointerage com ela.
O pedagogo e psicólogo JúlioCésar Furtado vem percorrendo oBrasil, proferindo palestras sobre odesafio de promover a aprendizagemsignificativa. Mestre em Educação eDoutorando em Ciências daEducação pela Universidade deHavana (Cuba), Furtado é um dosmaiores incentivadores dareconstrução do conhecimento emsala de aula. Em entrevista àImpressão Pedagógica, ele afirmaque, para vencer o desafio depromover a aprendizagemsignificativa, o professor precisaderrubar algumas barreiras,representadas por crenças queganharam força ao longo do tempo.
IP – O que é uma aprendizagemsignificativa?Furtado – Aprendizagemsignificativa é aquela que ocorre apartir do surgimento de um sentidopessoal por parte de quemaprende, o que desencadeia umaatitude pró-ativa no sentido dedesvendar o novo e (re)construirconceitos que ampliam ahabilidade de aprender cada vezmais.IP – Qual é o ponto de partida deuma aprendizagem significativa?Para incorporá-la em classe, osprofessores devem seguir algumtipo de passo ou conduta?Furtado – A promoção daaprendizagem significativafundamenta-se num modelodinâmico, no qual o aluno é levadoem conta, com todos os seussaberes e interconexões mentais. Aconcretização dessa aprendizagemse dá pela execução do que seentende ser os sete passos da(re)construção do conhecimento:
impressão Pedagógica [ 5 ]
sentir, perceber, compreender,definir, argumentar, discutir etransformar.IP – Como funciona cada umdesses passos?Furtado – Toda aprendizagemparte de um significado contextuale emocional (sentir). Apóscontextualizar, o educando precisaser levado a perceber ascaracterísticas específicas do queestá sendo estudado (perceber).Na etapa do compreender, dá-se aconstrução do conceito, o quegarante a possibilidade deutilização do conhecimento emdiversos contextos. O quartopasso, o definir, significa esclarecerum conceito. O aluno deve definircom suas palavras, de forma que oconceito lhe fique claro. Apósdefinir, ele precisa relacionarlogicamente vários conceitos e issoocorre por meio do texto falado,escrito, verbal e não-verbal.Depois, o aluno deve serincentivado a formular uma cadeiade raciocínio por meio daargumentação (discutir) e, por fim,o sétimo passo da (re)construçãodo conhecimento é atransformação, a intervenção narealidade. Sem esse propósito,qualquer aprendizagem é inócua.A compreensão das atitudes aserem adotadas em cada etapacapacita o professor a promover aaprendizagem significativa.IP – Por que hoje se fala tanto daaprendizagem significativa? Elanão existia em épocasanteriores? Qual a principaldistinção que se pode fazer entreas metodologias anteriores e aaprendizagem significativa?Furtado – A aprendizagemsignificativa sempre existiu porque
ela ocorre também de formanatural. Na Idade Média, aspessoas que aprendiam seusofícios com seus pais e pessoasmais velhas realizavam muitasaprendizagens significativas.Assistindo a um filme ou por meiode uma conversa, podemos obtermuitas aprendizagens significativastambém. A questão é que o mundode 30 anos atrás não exigia (e essaé a palavra: exigir!) autonomia,coerência, criatividade, flexibilidadee resiliência como o mundo dehoje exige. A aprendizagemsignificativa (com essa ou outranomenclatura) sempre fez parte dodiscurso da escola e, eu diria,sempre esteve, vez ou outra,presente na escola. O que temoshoje é que na escola está havendocada vez menos espaço e osalunos demonstram cada vezmenos pré-disposição para aaprendizagem que não ésignificativa.IP – O senhor defende que asobrevivência no mundo atualdepende da habilidade de saberaprender e “desaprender” comcerta desenvoltura. O que oseducadores, em especial, devem“desaprender”?Furtado – Alguns paradigmasbásicos que estão “entranhados”na nossa forma de ser professor.Vou citar os três mais fortes.Devemos desaprender que ensinaré essencialmente falar. Enquantonão desaprendermos isso, não nostornaremos catalisadores das falasdos alunos, facilitadores dedescobertas. Em segundo lugar,precisamos desaprender queaprender é reproduzir. Essa crençanos impede de valorizar o errocomo parte do processo de
“A promoção
da aprendizagem
significativa
fundamenta-se
num modelo
dinâmico,
no qual
o aluno
é levado
em conta,
com todos os
seus
saberes e
interconexões
mentais.”
aprendizagem e de travar umarelação fenomenológica na sala deaula. Em terceiro lugar, temos dedesaprender que, para que o alunoaprenda, é preciso arrumar amatéria para ele antes. Não estouaqui fazendo a apologia do“naturalismo pedagógico”, estoudizendo que nós professoresarrumamos muito para os alunos.Como queremos um homemautônomo, criativo e crítico se nãooferecemos condiçõespara isso em sala deaula? O ato deaprender é caótico,desorganizado. É oexercício de rearrumarque leva ao aprender.IP – Em suaspalestras, o senhorafirma que oprofessor precisa repensaralgumas crenças. Quais são elase por que precisam serrepensadas?Furtado – Para vencer o desafio depromover a aprendizagemsignificativa, o professor precisavencer algumas barreiras,representadas por crenças queganharam força ao longo dotempo. A primeira, como já disse, éa de que o professor precisaarrumar o conteúdo para que oaluno aprenda. A neurociênciacomprova que o cérebro aprendede forma desorganizada e caótica.A partir da mudança dessa crença,o professor vai compreender que oseu papel não é dar aulas, mas simprovocar aprendizagem. Outracrença é a de que “construirconhecimento dá muito trabalho”.Essa crença é bastante limitante, jáque impede o professor de tentarmudar seu estilo tradicional e o
mantém no mundo imaginário daimpossibilidade. Um ponto quetalvez mereça reflexão por parte doprofessor é o questionamento: oque dá mais trabalho, facilitar aaprendizagem ou impor aaprendizagem?IP – Uma das crenças que osenhor cita em suas palestras é ade que a aprendizagemsignificativa funciona apenas nateoria, mas não na prática. O que
a escola deve fazer para mudaresse pensamento?Furtado – Não podemos fugir dodesafio de reorganizar a culturapor meio da escola. Esse desafiode mudar a realidade precisa serencarado a partir do que temos. E,o que temos? Alunos e pais queesperam receber tudo pronto nasaulas. É preciso implementar umprograma de educação dos pais edos alunos sobre como realmentese aprende e sobre o fato de que,nos tempos atuais, o modelo deaprendizagem comportamentalnão serve mais. Estamos vivendonum tempo que nos exige criar,simplificar, analisar e transformarações e que questionários,tabuadas e aulas em silênciodefinitivamente não se propõem adesenvolver essas competências.IP – Como são vistas asavaliações (provas)nessa ótica da
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aprendizagem significativa?Furtado – A avaliação no contextode uma aprendizagem significativaocorre no próprio processo detrabalho dos alunos, no dia-a-diada sala de aula, no momento dasdiscussões coletivas, da realizaçãode tarefas em grupos ouindividuais. É nesses momentosque o professor pode perceber seos alunos estão ou não seaproximando dos conceitos e
habilidades queconsidera importantes,localizar dificuldades eauxiliar para que elassejam superadas pormeio de intervenções,questionamentos,complementandoinformações,buscando novos
caminhos que levem àaprendizagem. Quando aaprendizagem é significativa e aavaliação uma atividade formativa,elas estarão sempre a serviço dosucesso.IP – Nas palestras que dá peloBrasil, o senhor nota que oseducadores reconhecem queprecisam mudar essascrenças?Furtado – O meu discurso éessencialmente de conscientizaçãoe convencimento. Faço umaespécie de “pregação” sobre anecessidade de mudar parasobreviver. A forma como váriosdeles me procuram ao final daspalestras me leva a crer que atinjomeu objetivo. Costumo ouvircoisas do tipo: “E a gente pensaque está tudo bem e que estamosfazendo tudo como deveria.”“Obrigado por me tirar da zona deconforto...”
“Devemos desaprenderque ensinar é
essencialmente falar.”
A importância dosjogos para o professor
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[ artigo ]
por Eliane Bettcher Abreu Lopes*
* Eliane Bettcher Abreu LopesMestre em Educação
Diretora Pedagógica do Centro Educacional São Camilo- ES
Nós, profissionais da educação,temos ouvido com insistência agrande importância que os jogos ebrincadeiras assumem no processode ensinar e aprender. Projetos sãodesenvolvidos e sugestões deidéias para se trabalhar com olúdico são inúmeras. Entretanto,nossos professores estãocapacitados para trabalhar com olúdico? O conhecimento doprofessor baseia-se em estudosteóricos ou somente noconhecimento empírico?
Nas escolas de EducaçãoBásica e, principalmente, naEducação Infantil, o professor tem otempo todo à sua frente criançasque jogam e querem saber tudo,fazem perguntas sem parar. Acriança é, por sua natureza,investigadora.
Sabendo disso, um profissionalcompetente não pode perder aoportunidade de aproveitar a
motivação lúdica para impulsionarainda mais um questionamentoconstrutivo, provocativo e,sobretudo, prazeroso.Osprofessores precisam estudar sobreos jogos, conhecer suaclassificação, saber identificar seum jogo é apropriado ou não parauma determinada idade, saber tirarproveito desse recurso, para quenão seja utilizado somente comoocupação do tempo.
É preciso que os professoressaibam que não é suficiente dar àscrianças o direito de jogar, mas queé preciso despertar e manter nelaso desejo do jogo. Eles devem saberidentificar o motivo que leva acriança a jogar e como esta criançajoga. Para tanto, é necessárioformar professores com domíniodas teorias sobre os diferentes tiposde jogos, sua origem, importância econhecer as idéias dos principaisestudiosos do assunto.
Ao professor, cabe a função deconhecer a necessidade deintroduzir uma nova concepção dejogo, que vá além dos limites demanipulação. O jogo, em algumassituações, também ajuda a explicar,discutir e refletir junto à criança,criando uma rede de oportunidadesno processo de ensino eaprendizagem.
O professor, para trabalhar comjogos e brincadeiras de modo
significativo, deve observar e avaliaras crianças em situações deaprendizagem. O mais importantesão as tomadas de decisõesnecessárias em virtude dasobservações realizadas.Empesquisa realizada com um grupoespecífico de professores daEducação Infantil e com um grupode estudantes de um curso dePedagogia, foi possível detectarvárias contradições quando serelaciona a teoria à prática. Issoporque, ao longo dos anos, atransposição da teoria para aprática não se efetuou conformeconvém. Não se deu importânciadevida a tal fundamentação.
Ainda que os jogos possamsurgir espontaneamente emqualquer aula, a preparaçãoadequada aumenta a oportunidadede que ocorra uma melhorprodução de conhecimento.Conhecer as fases dodesenvolvimento da criança é defundamental importância para que oprofessor possa escolher os jogosque sejam de interesse dos alunose os que tenham condições deoferecer ricas experiênciaspedagógicas.
impressão Pedagógica [ 7 ]
Relação delicadaEscola deve estimular a participação dos
pais, mas é preciso impor limitesOs pais devem preparar os
filhos para a vida, educar para osim e para o não, encorajá-los aenfrentar os problemas e acaminhar sozinhos. Já o papel daescola é, entre inúmeros outros,continuar o trabalho de valoresiniciado em casa,estimular a cidadania etrabalhar oconhecimento formal, ler,escrever, produzir,resolver problemas,operacionalizar, criar edespertar talentos.
Dessa forma, com ositens listados, parecesimples. Mas oseducadores sabem,
contudo, que no dia-a-
dia escolar muitas vezes
esses papéis se perdem
ou se confundem. Os
pais se queixam de falta de tempo
com seus filhos e as crianças
acabam, em alguns casos, pouco
tolerantes, sem limites e inseguras.
Já os professores muitas vezes
têm uma formação que deixa a
desejar, o que os torna
profissionais despreparados.
“Desta forma, as relações atuais
entre a família e a escola estão
numa etapa em que se questiona a
atuação dos professores, otrabalho da equipe técnico-pedagógica e a estrutura familiarem sua organização e definição depapéis como primeiroseducadores”, comenta Maria LuizaPick, coordenadora pedagógica de
Educação Infantil a 4.a série do
Colégio Expoente.
Mesmo sendo delicada, a
relação entre pais e escola éfundamental para o bom
desempenho dos alunos. “A
presença das famílias caracteriza
estímulo, confiança, segurança e
modelo, principalmente na fase em
que estão constituindo seu
caráter”, diz Maria Luiza. “O mais
importante é o trabalho integrado eparceiro na tarefa de educar. Quemsai ganhando com isso são osfilhos, pois enriquecem do pontode vista escolar e familiar”,comenta Sônia Maria Friedrich,coordenadora pedagógica de 5a. a
8a. série do EnsinoFundamental do ColégioExpoente.
É por isso que cadavez mais as escolasestimulam a participaçãodos pais. O primeiropasso para estreitar asrelações é informar sobreo que acontece nocolégio. Para isso, éimportante que a escolacrie meios decomunicaçãodirecionados às famílias,como recados na agenda
do aluno, circulares, jornais,
revistas e internet. O segundo é
estimular a presença física dos
pais, criando eventos dos quais
eles participem e sintam-se
valorizados, como reuniões
pedagógicas, apresentações
artísticas e de projetos, festas e
eventos esportivos.
“A participação na vida escolar
dos filhos não se restringe a
[ 8 ] impressão Pedagógica
Parceria que deu certo
Percebendo a importância de manter os pais sempre por perto da
escola, a direção do colégio Ruy Barbosa Neto, em Linhares, São
Paulo, transformou a reunião de pais num momento agradável e
informativo. Além de ter acesso aos boletins dos filhos e poder tirar as
dúvidas em sala com os professores, os responsáveis assistem,
divididos em grupos de interesse (Educação Infantil à 4a. série;
Fundamental de 5a. a 8 a. e Ensino Médio), a palestras com
informações sobre a escola e também sobre temas que estejam em
evidência, como inclusão e segurança.
“A reunião tornou-se um momento agradável, no qual
apresentamos tudo o que temos no colégio e ainda tentamos orientar
os pais para lidarem com temas polêmicos e importantes”, explica o
diretor Ruy Barbosa Neto.
Além da aproximação por meio das reuniões, a escola
também incentiva a participação dos pais em casa, com a realização
do projeto Crescendo. No início do ano, os alunos da Educação
Infantil à 4a. série recebem uma apostila com inúmeras atividades para
serem feitas na companhia dos responsáveis ao longo do ano. As
questões são variadas, com temas como substâncias nocivas à
saúde e sexualidade, tudo tratado de acordo com cada faixa etária.
“Isso é muito interessante, pois é um motivo para que a família esteja
reunida à noite. Assim, pais e filhos aproveitam para trocar idéias e se
aproximarem ainda mais”, conta o diretor.
Com essas medidas, ele garante que a relação dos pais com
a escola melhorou muito e que as famílias sentem-se à vontade para
procurar os professores e a direção. “Estamos em contato freqüente
com a família e notamos que os pais ficam mais comprometidos com
a educação dos filhos”, conclui.
reuniões com a escola, já que oobjetivo delas é conversar sobreaspectos pontuais e significativospara o sucesso dos alunos. Ospais devem ir além e acompanharo que o filho realiza, devemenvolver-se em casa. O trabalhocom projetos, por exemplo, reúneentrevistas, busca de informaçõese visitas a espaços culturais. Tudoisso promove a participação dospais”, exemplifica a coordenadorada Educação Infantil à 4a. série doEnsino Fundamental.
Nesse processo, o papel dosprofessores é de extremaimportância, pois são eles o eloentre pais e escola. “Eles devemvalorizar as informações que ascrianças trazem de seu ambientefamiliar, promovendo aparticipação dos pais nas açõessolidárias, trocando informaçõescom base em conhecimentoscientíficos, sobre as necessidadesou potencialidades das crianças”,diz Maria Luiza.
À medida que os alunoscrescem, a presença dos pais naescola é cada vez mais rara, noentanto, o interesse pela rotinaescolar do filho não deve serdeixado de lado. “Mesmo naadolescência, os responsáveisdevem observar o aluno eperceber o quanto ele caminhasozinho. Quanto mais responsávelele for, mais liberdade terá.Também é importante analisar ascompanhias do jovem, o quantoelas o beneficiam e que valoreselas determinam. Cobrar,acompanhar e cuidar não écontrolar, mas é umademonstração de zelo em relaçãoà formação de um jovem maisresponsável e feliz”, analisa Sônia.
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A participação dos pais naescola, no entanto, precisa terlimites claros. As regras devem serdadas pela instituição e osfamiliares precisam ter isso emmente no momento em queescolhem o colégio. “Os familiares
não devem interferir na açãopedagógica ou nos limites que aescola impõe. O receio de perderaquele aluno nunca deve falarmais alto do que o ato deeducar”, resume a coordenadorade 5a. a 8a. série.
O tema sempre esteve napauta do dia-a-dia doseducadores. Porém, para amídia, a indisciplina temdespertado muito interesse edesencadeado reflexões nasociedade. Identificar aindisciplina na escola é oprimeiro passo para contornar asituação e, por que não, tirarproveito dela no planejamentopedagógico da instituição deensino, visando à convivênciaenriquecedora. O professorMário Sérgio Vasconcelos, pós-doutor em Psicologia Cognitivapela Universidade de Barcelona,estudou a fundo o assunto e
Indisciplina Especialistas vêm encarando-a de uma
maneira diferenteconduziu uma pesquisa arespeito. Segundo essa análise,realizada com 756 professoresde cinco estados brasileiros,para a maioria dos entrevistadosas causas da indisciplina sãofatores externos à escola. “Elesdizem que o comportamentoindisciplinado vem da família quenão soube educar, éconseqüência da violênciadivulgada pelos meios decomunicação, vem da condiçãode pobreza de alguns alunos edo uso de drogas”, relata oprofessor.
A indisciplina pode ser vistade distintas maneiras e chegar a
um consenso para defini-la é oprimeiro passo. “Se entendermosa indisciplina como rebeldia,afrontamento e falta de respeito,aí sim ela não trará benefícios.Mas a movimentação natural doaluno, a vibração e a superaçãode limites não podem serconsideradas como traços deindisciplina. Essascaracterísticas são importantespara ele, pois ajudam-no asuperar limites”, explica RenaldoFranque, diretor da unidadeComenador Araújo do Expoenteem Curitiba. As relaçõeshumanas, desde a Pré-História,sempre foram permeadas poratos de indisciplina, que não setraduzem apenas emdesobediência ou rebeldia. “Doponto de vista da psicologia dodesenvolvimento, a indisciplinaé, também, necessária para asuperação de limites. Imagine senão tivéssemos sidoindisciplinados com as ditadurasinstauradas no Brasil no século
passado. Provavelmente ainda
estaríamos vivenciando umregime extremamente
autoritário”, argumenta o
professor Vasconcelos. Ele
apresenta algumas sugestões
pertinentes para se promover o
[ 10 ] impressão Pedagógica
Visão inclusiva daindisciplina busca a
convivênciaenriquecedora
que chama de visão inclusiva da
indisciplina, ou seja, aceitar que
a indisciplina existe e sempreexistiu no contexto escolar. Uma
delas é administrar os conflitos
resultantes da indisciplina. “Não
é papel do professor camuflar
um conflito, mas sim possibilitar
estratégias que possam propiciaraos alunos o debate e o
levantamento de hipóteses para
a resolução dele”, detalha.
É comum uma turma ser
considerada indisciplinada por
um professor e maravilhosa poroutro. A explicação pode estar
no perfil do educador e na
conduta que ele mantém. O
planejamento das aulas é,
portanto, uma peça-chave.
Inserir atividades construtivistase interacionistas envolve e
motiva os alunos. Exercícios
como teatro, trabalhos em
grupo, pesquisas em bibliotecas,
laboratórios de informática,jogos pedagógicos, olimpíadas e
exposições são algumas idéias
para motivar a aprendizagem.
“Na proposta construtivista–
interacionista (filosofia
pedagógica adotada peloExpoente), a postura do
professor passa a ser a de
orientador de estudo, pesquisa,
debates, discussões, que
conduzem à reflexão e à
participação total do alunodurante as aulas”, afirma
Franque.
“O princípio básico de nossa
proposta pedagógica, além do
encaminhamento da
aprendizagem, é odesenvolvimento da autonomia
com responsabilidade.
Orientamos os alunos
para que tenham
comprometimento comas aulas, com seus
pontos de vista e
opiniões, assumindo e
defendendo suas idéias
com argumentações.
Partindo dessaorientação, o
cumprimento de
qualquer acordo torna-
se natural”, diz Franque
que, assim como os
demais diretores dasunidades de ensino
Expoente, incentiva os
professores a terem
uma conversa com os
alunos do Ensino Fundamental e
Médio, para estabelecer umaforma de “contrato de
socialização” e discutir quais são
os direitos e deveres de cada
parte (aluno e professor). “A
quebra de qualquer um dessesacordos firmados no início do ano
letivo é questionada pelos alunos
e professores”, conta o diretor.
A apresentação e o
estabelecimento de regras de
convivência social são tambémapontados pelo professor
Vasconcelos como meios de se
promover a visão inclusiva da
indisciplina. “Sabemos que os
limites estabelecidos pelos
adultos são fundamentais para aorganização do mundo da
criança. As regras provocam a
reflexão para a tomada de
consciência e promovem a
prospecção do pensamento e
dos desejos. As crianças sereorganizam cognitiva e
afetivamente ao compreender,
negar ou tentar superar as
regras”, sustenta Vasconcelos.
Talvez no Ensino Médio a
vontade de superar limites esteja
mais pulsante e, por isso,imaginam alguns professores,
definir e manter regras de
socialização seja uma tarefa
mais difícil. “Nessa fase de
ensino, o aluno está vivendo a
adolescência, caracterizada porquestionamentos, imediatismo,
exibicionismo e incerteza. Cabe
ao educador conduzir tal ‘crise’
com sabedoria, levando o aluno
à reflexão”, sugere Franque, que
convive com alunos do EnsinoMédio diariamente. Tanto o
professor Vasconcelos como o
diretor Renaldo Franque
concordam que a visão inclusiva
da indisciplina na instituição de
ensino é a melhor forma de nãolimitar o aluno com a imposição
de condutas e permite à escola
conduzir o ensino visando à
reflexão.
impressão Pedagógica [ 11 ]
Aluno visto comoindisciplinado nem
sempre é o pior da turma
Incompreensãoé obstáculo
A falta de identificação da superdotaçãoexclui o aluno do processo educacional
Pessoas que mostram desempenho extraordinárioem uma ou mais atividades humanas relevantes,produzindo contribuições de grande valor para a
sociedade. Pode até parecer, mas a frase acima nãodiz respeito aos indivíduos superdotados, e sim
àqueles considerados gênios. A confusão entre osdois conceitos é freqüente no senso comum, mas
misturá-los na escola pode trazer sériasconseqüências para o aluno.
“Superdotado é o indivíduo que apresenta uma oumais áreas de habilidades ou talento com traços
consistentemente superiores em relação a uma médiaem qualquer campo do saber ou do fazer. Pode-seconcluir então que nem todo superdotado é gênio,
mas todo gênio é superdotado”, explica Maria LúciaSabatella, fundadora do Conselho Brasileiro para
Superdotação e presidente do Instituto paraOtimização da Aprendizagem, especializado na
educação de superdotados, com sede em Curitiba.Ser superdotado, no entanto, não significa tirar
nota dez em todas as disciplinas. É justamente o perfildiferenciado que torna ainda mais difícil a identificaçãodesses alunos. “A maioria dos professores acha que o
superdotado é aquele que alcança os melhoresresultados. Então, as características dos estudantessuperdotados acabam sendo vistas pelo aspecto de
dificuldades, seja de relacionamento, de socializaçãoou falta de interesse e dispersão”, analisa.
O maior problema hoje é a falta de preparo dasescolas para lidar com os estudantes superdotados.
[ 12 ] impressão Pedagógica
Ser superdotado nãosignifica tirar nota dez nostrabalhos escolares
“Infelizmente a maior preocupação da escola tem sidocom os alunos de rendimento baixo. Os superdotados
sempre estiveram na escola, nem incluídos nemexcluídos, mas muitas vezes esquecidos. Nos relatosde adolescentes e adultos o colégio não é o local de
que se lembram com satisfação”, analisa Maria Lúcia.Para a professora Mirian Castellain Guebert, do
curso de Pedagogia da UniExp – Unidade de EnsinoSuperior Expoente –, com vontade e o auxílio de
profissionais de outras áreas, é possível fazer um bomtrabalho com os alunos especiais. “A formação
docente é uma questão complexa. Na verdade, nãoestamos nunca preparados, pois nossa atividade
profissional exige constante capacitação. Estepensamento nos obriga a encontrar alternativas e, em
caso de dúvidas, temos de buscar informação.Existem hoje instituições especializadas na área da
superdotação”, explica.Maria Lúcia concorda e lembra que o professor
não está apto a fazer sozinho o acompanhamento deum aluno superdotado. “A participação de um
psicólogo é fundamental. Ele é responsável peloprocesso de identificação e avaliação da
superdotação, que inclui vários procedimentos comoentrevistas, observação sócioeducacional,
levantamento de interesses, análise da produção etestes específicos formais e informais”, diz.
A falta de identificação da superdotação ou umtrabalho mal feito pode acarretar sérias conseqüências
para o estudante. “Atraso no rendimento acadêmico,problemas emocionais e sentimento de exclusão são
alguns dos sintomas que o aluno pode apresentar”,comenta a professora da UniExp. “Pode gerar ainda
desinteresse pela escola, baixos resultados,ansiedade e depressão”, completa Maria Lúcia.
Normalmente as dificuldades acadêmicascomeçam porque o aluno acha que todos podem
aprender como ele e não entende por que deveesperar até que toda a turma entenda o conteúdo queele já domina desde a primeira explicação. Depois, ao
perceber que é diferente, começa a tentar alcançarmais conhecimento perguntando, buscando ajudar oscolegas a terminar rapidamente as tarefas, mas acaba
sem estímulo em razão da lentidão do processo. “Asatividades em grupo são as piores para os
superdotados pela discrepância de entendimento equalidade que percebe nos colegas. Esse
desconhecimento contribui para aumentar suainadequação aos contextos sociais, seu sofrimento,
erros de diagnóstico e as barreiras para seu plenodesenvolvimento”, explica a especialista.
Para evitar que a escola seja sinônimo de tédio, omais indicado é que os professores enriqueçam os
conteúdos, façam adaptações e tenham maisflexibilidade nas cobranças e na quantidade de
atividades. “A lógica do indivíduo superdotado épeculiar e ele não consegue realizar tarefas
repetitivas. Pode relatar oralmente muito melhor doque ficar escrevendo e preenchendo lacunas, pois avelocidade com que processa o pensamento não écompatível com sua capacidade motora na escrita”,
diz. “Como a educação formal procura fazer a fixaçãode conhecimentos pela repetição de tarefas, o
superdotado não vê coerência e resiste a completarlições cujo conteúdo, às vezes, já chegou à escola
dominando. Poder realizar atividades em seu ritmo evelocidade próprios é do que precisam”, completa.
Criar um vínculo afetivo com essas crianças eadolescentes é fundamental para que eles sintam
prazer em estar na escola. “Eles são alunosextremamente sensíveis, intensos, com
desenvolvimento moral precoce e um grande sensode justiça e igualdade”, encerra a especialista Maria
Lúcia Sabatella.
impressão Pedagógica [ 13 ]
A lógica do superdotado édiferente. Ele não aprendepor repetição
Os educadores vêm buscandomanter a atenção dos alunos emclasse de diversas formas. Umamaneira de incrementar as aulas e,melhor, contribuir para odesenvolvimento do aluno, é aimplantação da robóticapedagógica no currículo. Tambémconhecida como robóticaeducacional, ela utiliza motores esensores, controlados por
Parece mas não éRobótica pedagógica ainda
tem imagem distorcida
computador, que acionamcomponentes eletrônicos(lâmpadas, por exemplo), dandovida às maquetes produzidas comsucata pelos alunos. Complicado?Nem um pouco. “As pessoas seassustam porque o termo robóticaremete a um conceito técnico. Masa aplicação da robótica é muitosimples. No fundo, a essência étrabalhar com equipamentos
simples para dar vida àsmaquetes”, explica MaurícioGebran, professor da UniExp –Unidade de Ensino SuperiorExpoente –, que conheceu aatividade em 1994 e, logo emseguida, em 1995, implantou-a nasunidades de ensino do Expoenteem Curitiba.
As vantagens da robótica parao estudante são significativas eincluem habilidades motoras e deraciocínio lógico. “Além da uniãode vários recursos tecnológicos emsituações de ensino–aprendizagemde uma forma lúdica einteressante, a robótica tambémestimula a curiosidade pelapesquisa e investigação, o pré-design, a engenharia e habilidadesde computação, desenvolvendo,assim, atividades altamenterelevantes para o currículoescolar”, define Edgar Silva,professor de Física e de robóticado Expoente. Com a robótica, oaluno também adquire umapostura dificilmente conquistadaem sala de aula. “O aluno fica nopapel de cientista. Para que osrecursos de sua maquete
[ inovação ]
[ 14 ] impressão Pedagógica
Robótica desenvolvehabilidades importantes
para o futuro do aluno
funcionem, ele tem de criar uma hipótese etrabalhar em cima dela. Ele vai encontrar váriasrespostas para um mesmo problema”, comentaSilvana Zilli, professora da UniExp quedesenvolveu sua tese de mestrado sobre como arobótica é utilizada nas escolas. A realidade quepesquisou indica que as escolas só não aplicama robótica pedagógica ainda por falta deconhecimento e capacitação dos professores. E,naquelas que a utilizam, a maioria dosprofessores são homens, e da área de exatas.“Mas qualquer professor pode usar a robóticaem suas aulas. Não há restrição”, defendeSilvana. Um exemplo disso é o professor Edgar,que é da área de exatas e um dos poucos atrabalhar com a robótica pedagógica emCuritiba. “Na cidade praticamente não existemprofessores de robótica pedagógica”, lamenta. Onúmero de educadores interessados em utilizar arobótica no currículo de sua disciplina édesproporcional à quantidade de alunos quefreqüentam as atividades extraclasse do ColégioExpoente. “A receptividade é muito boa, asturmas ficam praticamente lotadas. Já na 3a. sériedo Ensino Fundamental os alunos vivenciamuma aula divertida sobre engrenagens, roldanas,
alavancas, elevadores e rampas. Depois, eles
utilizam os conhecimentos aprendidos na
resolução de problemas, contornando as
possíveis dificuldades encontradas,
redesenhando pontos do projeto original”,
detalha o professor Edgar.
Meninas
Em uma aula de robótica elas não são a
maioria mas marcam presença e se envolvem,
principalmente, com a estética das maquetes.
“As turmas de robótica são praticamente
heterogêneas. Como os alunos lidam com
tecnologia e habilidades manuais, é natural esse
interesse maior das meninas pela estética dos
protótipos”, explica Gebran.
Vantagens para a escola
Com a robótica, não é só o aluno que ganha;
a escola pode abrir um novo horizonte e até
Uma sala de robótica
Um laboratório convencional de informática podeser facilmente adaptado para o ensino da robóticapedagógica. A professora Silvana Zilli elaborou umprojeto que pode ser adotado pelas escolasinteressadas em incluir a robótica em seus currículos.
• A sala deve ser ampla e com mesasespaçosas para que o trabalho em equipe seja feitocom maior liberdade de espaço.
• O laboratório precisa abrigar os recursosmateriais para a construção das maquetes: cola,tesoura, régua, lápis, tinta, fitas adesivas e outrosmateriais.
• Para a criação e montagem das maquetes, épreciso uma bancada extensa ao lado doscomputadores.
• Deve haver um armário para armazenar todotipo de sucata. Assim, os alunos poderão soltar aimaginação.
• No canto da sala, é importante instalar uma piae torneira para que os alunos lavem as mãos depoisde usar as tintas.
mesmo conquistar novas matrículas. “Hoje, a instituiçãocom um laboratório básico de informática não é maisnovidade. Essa tecnologia não desperta mais o interessedos alunos e pais. A robótica é uma forma pela qual aescola pode resgatar a tecnologia como um diferencial.Afinal, na robótica, a tecnologia sai do aspecto virtual e étrabalhada de uma maneira mais concreta, por meio dasmaquetes de sucata”, diz Gebran.
Manter a robótica pedagógica é um investimento quevale a pena. O kit Cyberbox é composto por uma interface(um hardware que faz a comunicação entre o computador ea maquete), uma fonte de conexão à rede elétrica ecomponentes eletrônicos (lâmpadas e outros itens). Cada kit
pode ser usado por equipes de até cinco alunos e o custode manutenção é inexistente por se tratar de equipamentosque não se tornam obsoletos. As sucatas para estética damaquete podem ser angariadas na própria escola e osprojetos, trabalhados interdisciplinarmente. Alunos daEducação Infantil ao Ensino Médio podem trabalhar com elae os laboratórios de informática podem ser adaptadosconforme o estudo que a professora Silvana fez em sua tese(veja box).
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Uma triste realidade entroupara a rotina escolar no final dadécada de 1970: o aumento daviolência. Os anos se passaram,muita coisa mudou nas salas deaula, mas o problema só temaumentado. Em pesquisasrealizadas a partir do ano 2000,constatou-se que boa parte dosestudantes já viram pelo menosuma cena violenta na escola, sejaela uma briga no recreio oumesmo a presença de armas.
Existem hoje três tipos deviolência consideradas as maisprejudiciais para a educaçãobrasileira. A primeira delas é apraticada contra os recursosmateriais da escola, como adepredação, a pichação e até adestruição de automóveis daequipe pedagógica. O segundotipo de violência, que é moral,ocorre contra os docentes. Emalgumas escolas, principalmentenas particulares, os estudantes se
Ambiente violento
Diálogo e afeto são fundamentais para criarambiente pacífico na escola
dificulta o aprendizado
vêem como clientes e sentem-seno direito de humilhar osprofessores, muitas vezes com o“aval” da direção, que faz vistagrossa com medo de perder osalunos.
“Quando os pais fazem amatrícula de seus filhos, comprama veiculação do conhecimentoproduzido ao longo da história dahumanidade e o respeito por umconjunto de regras. Não compramuma carta autorizando a prática decondutas violentas, como tratar oprofessor de maneiradesrespeitosa e a escola comotemplo de diversão”, analisaNelson Pedro Silva, professor daUniversidade do Estado de SãoPaulo (Unesp) e autor do livroÉtica, indisciplina & violência nas
escolas (editora Vozes).A terceira forma de violência,
difundida pela mídia como bullying,
é aquela praticada contra osestudantes considerados
diferentes, ou seja, aquelesrotulados de efeminados ou nerds,por exemplo. Mas por que asituação chegou a esse ponto?
Segundo Nelson Pedro Silva, aprincipal causa da violência é afalta dos valores morais e éticos.“Hoje são as crianças eadolescentes que mandam ecomandam sem ter condições paraisso, pois ainda não internalizarama idéia do certo e do errado”,comenta. “A situação político-econômica do Brasil, que noscoloca entre os três piores paísesdo mundo quando o assunto édistribuição de renda, a corrupçãodesenfreada e os meios decomunicação de massa, quevendem a idéia de que apenas serrico e belo é importante, tambémcontribuem para o quadro atual”,completa o autor.
Além de todos os fatoresexternos, que infelizmente nãopodem ser controlados pelos
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educadores, há ainda situaçõesinternas que agravam a violência.“A impressão que se tem é que aescola ainda continua a se colocarnum pedestal, no cume de umamontanha, como se ela estivessecompletamente distante e alheia àrealidade circundante. Asinstituições de ensino devem levaro aluno à produção de umpensamento utópico. Todavia, nãodeve deixar de partir da realidadedo aluno e da sociedade. Esseaspecto é fundamental sequeremos formar cidadãos”, dizNelson Pedro.
Outro problema é a falta dedemocracia em algumas escolas.“As pessoas confundem seusignificado com o deixar fazer tudoque os alunos querem ouconcebê-los como reis e rainhas,ou seja, senhores dotados detodos os direitos e sem deveres.Não é isso. Democratizar a escolasignifica que todos têm direitos edeveres. Caso estes últimos nãosejam cumpridos os faltosossofrerão as punições previstaspelas regras construídascoletivamente”, comenta o autor.
É na adolescência que a
situação se agrava. Hormônios em
ebulição, necessidade de auto-
afirmação no grupo e a indecisão
entre manter-se criança ou tornar-
se adulto são ingredientes de uma
mistura explosiva. “Eles não
querem crescer porque o
crescimento implica dor. Eles
querem tudo, sem oferecer nada
em troca, como se isso fosse
possível. Eles são as maiores
vítimas da sociedade que
construímos: consumista,
individualista, hedonista e
[ 18 ] impressão Pedagógica
Recreio sem brigasAté o início de 2005, o recreio era o momento mais preocupante
do dia para Sali Mussi Jacob Guslen, diretora da Escola MunicipalDonatilla Caron dos Anjos, em Curitiba, Paraná. As brigas entre os
alunos eram freqüentes e ela não conseguia ver uma saída paramostrar aos estudantes a importância de se manter um ambiente
pacífico. Com o projeto Expoentes do Futuro, que presta assessoriapedagógica e tecnológica a escolas municipais e estaduais, surgiu a
solução. Estimulados pela assessora de tecnologias educacionaisAlessandra Selva e Silva, os estudantes assistiram à palestra da ONGSoka Gakkai, ou Sociedade Para a Criação de Valores Humanos, que
tem como principal objetivo a criação da Cultura de Não-Violência.Em seguida, no laboratório, participaram de trabalhos como a
criação de um jornal e um panfleto sobre o tema amizade. “A escolasempre se preocupou com a questão da violência. Sentimos falta dos
valores que hoje muitas vezes estão deixando de ser passados dospais para os filhos. As crianças ficam muito livres e acabam sem
limites”, comenta a diretora.Com todos já dispostos a participar, foi criada uma campanha
para instituir a paz no recreio. As turmas que não se envolvem embrigas no recreio recebem estrelas adesivas que são diariamente
coladas numa planilha. No fim do mês, aquelas que têm pelo menos80% das estrelas coladas ganham uma sessão de vídeo com direito à
pipoca para todos os integrantes. “Foi interessante porque diminuiumuito o número de brigas e uns alunos passaram a estimular os
outros. Aproveitamos para passar filmes com valores de amizade erespeito”, explica Sali.
Com um resultado tão bom, a direção da escola incrementouo recreio com música, cordas e peteca, e em breve vai ampliar o
projeto para garantir mais ordem na hora de entrada.
Dicas de leitura• Ética, Indisciplina & Violência nas Escolas
(editora Vozes), do professorNelson Pedro Silva, traz umaanálise sobre a ética e suarelação com a violência e aindisciplina escolar. A obrareúne idéias de pensadorescomo Aristóteles e Piaget.No livro são apontados fatosantropológicos, culturais,históricos, psicológicos,políticos, econômicos esociais, que auxiliam noentendimento do debate.
• Violências nas Escolas é o maior e maiscompleto estudo já feito sobre o assunto na AméricaLatina. A publicação surgiu a partir da pesquisa daOrganização das Nações Unidas para a Educação, aCiência e a Cultura(Unesco) realizada em2002 com alunos, pais emembros do corpotécnico-pedagógico deescolas públicas eprivadas de 14 capitaisbrasileiras.
O trabalho,coordenado pelaspesquisadoras MiriamAbramovay e Maria dasGraças Rua, foi desenvolvido nas áreas urbanas dascapitais de 13 estados e do Distrito Federal.
impressão Pedagógica [ 19 ]
permanentemente insatisfeita”,defende o autor.
Resolver os conflitos noespaço escolar não é tarefa fácil ea lista de medidas é grande. “Asolução está no diálogo e nareflexão. A base de todo o trabalhoé o contínuo enfoque em valoreshumanos nas atividades diárias. Asescolas devem ter regras de boaconvivência esclarecidas edivulgadas para os funcionários,
pais e alunos”, explica José LuizAmálio de Souza, diretor daunidade Boa Vista do ColégioExpoente. “Sempre que ocorreuma situação de conflito, ela écolocada para os próprios alunosresolverem. Quando a soluçãoparte do grupo, eles sentem-seresponsáveis e comprometidos”,completa.
Solucionar os episódios deviolência, seja ela verbal ou física,
é fundamental para seguir adianteem paz. “Essas situaçõesinviabilizam ou atrapalhamsignificativamente o aprendizadoescolar. O aluno violento temdificuldade de construirconhecimento e dificilmenteconseguirá pensar em outro meiopara a resolução dos seusproblemas. Isso acaba gerandoinsegurança no professor e noscolegas”, comenta Nelson Pedro.
Para a realização do trabalho adotou-se umaconcepção abrangente de violência, incorporando nãoapenas a idéia de maus-tratos, uso de força ouintimidação, mas também as dimensões socioculturaise simbólicas do fenômeno.
Confira alguns dados levantados na pesquisa:
• A principal manifestação da violência nas escolas éde natureza física. Nela ocorrem ameaças e brigas, àsvezes com conseqüências fatais; além de roubos,assaltos, depredações, tiroteios, etc. As brigas sãoconsideradas acontecimentos corriqueiros, sugerindoa banalização da violência e sua legitimação, comomecanismo de solução de conflitos.
• Embora nas situações de violência no ambienteescolar as armas de fogo não sejam predominantes,os percentuais de alunos que apontam seu uso sãobastante elevados. Segundo a consulta a alunos emembros do corpo técnico-pedagógico, é em SãoPaulo e no Distrito Federal que são mais freqüentes asindicações do uso de armas de fogo nas ocorrências,enquanto que em Florianópolis estão os menorespercentuais de alunos que apontam seu uso.
• Ao cruzar os dados, verificou-se que os impactosmais significativos da violência são, pela ordem: alteraro ambiente da escola (tornando-o mais pesado), faltaràs aulas e piorar a qualidade delas. Em seguida,aparece a perda de motivação para comparecer àsaulas, que apresentou associação com as ocorrênciasde violência nas escolas em metade dos casos.
Ensino alémda sala de aula
Portal Escola Interativa éreconhecido como Top3
Com a proliferação de websites
sobre todos os assuntos, osportais educativos tambémtomaram conta da rede. Porém,poucos têm o reconhecimento dopúblico e da crítica especializada,como o Portal Escola Interativa(www.escolainterativa.com.br), queconquistou recentemente o prêmioTop3 do iBest, a maior premiaçãodo gênero no Brasil. Eleito entrecentenas de sites da área deeducação, o Escola Interativadestacou-se nas categorias design
e conteúdo.Usar a internet no
planejamento das aulas nemsempre foi bem visto pelosprofessores. Para alguns, a rededivulga os temas superficialmentee, por isso, não tem muitacredibilidade. Na Escola Betta, deFoz do Iguaçu, Paraná, osprofessores mudaram de opiniãodepois que a coordenação osincentivou. “O conteúdo da internetera tido como superficial e eles aevitavam. Passamos adisponibilizar um professor deinformática para ensiná-los atrabalhar com a internet e, em
especial, com o Portal”, explicaAna Cristina Rodrigues,coordenadora pedagógica dainstituição.
Os alunos de 1a. a 4a. série doEnsino Fundamental são os quemais utilizam o Portal no ColégioCriativo, de Natal, Rio Grande doNorte. Para Maria Zildete Aires,coordenadora pedagógica, o Portalé também um diferencialcompetitivo na conquista de novosalunos. Os pais notamrapidamente o desenvolvimentodos filhos, mesmo daquelesrecém-matriculados. “Há umadiferença depois que elespassaram a usar o Portal. Elestiveram uma evolução naslinguagens oral e escrita”,explica.
Como nasceuO Portal Escola Interativa
foi lançado em 2000 enasceu da idéia decompartilhar a experiênciatecnológica dos professoresExpoente com osprofessores das escolasconveniadas. “A simples
indicação de sites não traduzia oknow-how do Expoente. A idéia édivulgar canais temáticos quepossam subsidiar as açõespedagógicas dos professores,partindo-se do material didáticoExpoente, da Educação Infantil aoPré-Vestibular”, define DanielleLourenço, supervisora do Portal.
As notícias e as atividades on-
line são baseadas no conteúdoproposto pelo material didático.“As atividades subsidiam osprofessores com atualidades quedinamizam os conteúdospropostos e trazem “vida” ao dia-a-dia de sala de aula”, diz asupervisora.
[ tecnologia ]
[ 20 ] impressão Pedagógica
Desânimo é o primeirosintoma do estresse
Atividade física e boa alimentação ajudam areverter o quadro
[ qualidade de vida ]
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Há 18 anos, quando iniciou a
carreira, a professora de Língua
Portuguesa Anna Beatriz da
Silveira Paula lecionava nos
períodos da manhã, da tarde e da
noite, e assim que pôde começou
um mestrado. Pouco tempo
depois, em vez de realizada
profissionalmente, ela estava
estressada e precisou repensar
sua vida.
O exemplo de Anna não é
um caso isolado. Estudos
mostram que no Brasil, de 60 a
80% dos professores
apresentam sintomas de
estresse e 40% estão com a
chamada síndrome de Burn Out,
termo utilizado para os
casos crônicos de
estresse. “Os
professores são
vítimas de um
processo pedagógico
desumano, que brutaliza a vivência
dentro das escolas, onde o
burocrático, o econômico e o
político se sobrepõem ao
humano”, analisa Eugenio Pereira
de Paula Júnior, neuropsicólogo
especialista na formação de
educadores e membro do
Conselho Regional de Psicologia
do Paraná.
Os primeiros sintomas do
estresse são a pressa e o
desânimo. “Se o
professor está
correndo mesmo
quando não tem
compromissos,
ou na segunda-feira de manhã diz
‘ih, mais uma semana’, eis alguém
estressado. Devemos ‘frear’ o
trabalho intelectual fazendo coisas
que distraiam, como atividades
físicas e lazer”, analisa oespecialista.
Foi seguindo essa cartilha quea professora Anna Beatrizreencontrou o equilíbrio, há 16anos. Hoje mesmo dividida entre otrabalho com as turmas do EnsinoMédio do Expoente pela manhã e àtarde, a atenção à filha Beatriz, de3 anos, e a tese de Doutorado, ela
encontra tempo parafazer ioga, meditação e
cuidar da alimentação.“Durmo de 1h às 6h e
mesmo assim fico bemdisposta, não sinto dores nocorpo. Precisamos nos cuidarpara que a rotina não nosenlouqueça”, diz.
Segundo o neuropsicólogoEugenio, atitudes simplespodem fazer toda a diferença eevitar que a pessoa perca ocontrole e a saúde. “A primeiradelas é mudar o estilo de vida,incluindo exercícios, mesmo que
sejam caminhadas curtas” conclui.
Você está estressado? Confira,no site Escola Interativa(www.escolainterativa.com.br), um
teste preparado por especialistas.
Anna Beatriz faz ioga para manter o ritmo
[ 22 ] impressão Pedagógica
Todo mundo já ouviu frases como “marketing émuito caro” ou “uma escola que oferece bom ensinonão precisa de marketing”. Esses mitos podematrapalhar o seu negócio. Assim como as outrasempresas, as instituições de ensino precisam serlucrativas e é justamente para garantir a lucratividadeque as inúmeras ferramentas de marketing sãoutilizadas. “Marketing deve ser mais do que um setorde uma empresa. Deve ser uma atitude”, explicaKarina Lafraia, diretora de marketing da OrganizaçãoEducacional Expoente. Para isso, todas as ações dosfuncionários de uma escola, do porteiro ao diretor,devem ter um objetivo muito claro: conquistar emanter alunos.
“Manter os alunos satisfeitos é o principal objetivo,mas isso não significa que as crianças devem ditar asregras e fazer apenas o que querem. Acima de tudo, aescola deve se preocupar com a qualidade do ensinoe com a formação dos seus estudantes”, diz Karina.
Para auxiliá-lo a aplicar as ferramentas demarketing na rotina escolar, Karina Lafraia dá algumasdicas práticas que podem ser utilizadas por todas asescolas, independentemente de porte ou localização.
Analise o cenárioÉ importante entender a sua instituição em relação
ao ambiente em que está inserida: quantidade deconcorrentes, crescimento demográfico da cidade edo bairro e poder aquisitivo da população, porexemplo. “Há alguns anos, essas estatísticas eram osonho do profissional de marketing na educação.
Marketing: umanecessidade
Dicas práticas ajudam sua instituição atornar-se mais competitiva
[ administração ]
Hoje, no site do Inep e nas prefeituras municipais,temos várias informações que, cruzadas, nos dão umavisão clara da posição que ocupamos e aondepodemos chegar”, diz Karina.
Deve-se fazer uma análise dos pontos positivos enegativos da escola e de seus concorrentes.
Pesquisas detectam problemasAs pesquisas são a forma mais precisa de
compreender a percepção que o mercado tem de suaescola. Contratar uma empresa para realizá-las é caroe muitas instituições acabam deixando o assunto delado. Mas é possível garantir bons resultados fazendoalgumas lições dentro de casa. “Podemos traçar operfil sócio-econômico de nossos clientes e devemosmensurar semestralmente a sua satisfação. O primeirosemestre é muito importante porque ganhamos tempopara tomar medidas corretivas. No Expoente,fazemos as duas pesquisas anuais com pais dealunos da Educação Infantil à 4a. série e com ospróprios alunos da 5a. série ao Ensino Médio”, concluiKarina.
“Temos de tomar cuidado com a forma comovemos a nós mesmos, pois essa imagem pode sermuito diferente daquela pela qual somos percebidospor nossos clientes”, ressalta a diretora.
Comunicação o ano todoQuando a escola utiliza a comunicação apenas no
período de matrículas, obtém um resultado ineficiente.“Nesse momento, você e todos os concorrentes
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estarão juntos e aí nem sempre o melhor argumento decampanha vence. O ideal é que tenhamos algumacomunicação institucional durante o ano todo efaçamos uma comunicação de “venda” durante operíodo de matrículas”, explica Karina.
A primeira ação de comunicação é definir o público-alvo. Para isso, devem ser feitas algumas perguntasbásicas: para quem iremos comunicar? Quem é onosso cliente e a quem queremos atingir com a nossacomunicação? Quem decide sobre o processoeducacional, o pai, a mãe ou o próprio aluno?
Em seguida, deve-se estabelecer o argumento dacampanha, a promessa básica a ser comunicada. Épreciso definir qual o diferencial que a instituição desejacomunicar, como por exemplo o preço, a localização, ométodo ou a infra-estrutura. “É fundamental que aescola seja coerente com o objetivo do negócio e quepossa cumprir aquilo que promete”, justifica Karina.
A mídia que se iráutilizar estádiretamenterelacionada com opúblico que se desejaatingir. Podemos usarferramentas decomunicação demassa (outdoor, rádio,TV, jornal e revista) ouferramentas decomunicação direta (mala direta, eventos promocionaise panfletagem). “Não adianta, por exemplo, veicularuma campanha de pré-vestibular em uma rádio deperfil adulto, pois nessa faixa etária é o filho que decideonde quer estudar”, completa.
“O Expoente disponibiliza um completo kit decomunicação, com peças que podem serpersonalizadas com a marca da escola: outdoor, spot
de rádio, anúncio, cartaz, banner, fôlder e flyer. Comisso, nossos clientes conveniados não arcam com aprodução do material e ainda têm em mãos umaferramenta útil para complementar sua campanha”,afirma Karina.
Atendimento é a base de sustentaçãoEm qualquer empresa de serviços, o
atendimento é o começo, o meio e o fim, por isso étão importante. “O papel da publicidade se resume a
atrair potenciais alunos e fazer com que o telefonetoque, que a instituição receba visitas. A partir daí, oatendimento é que deve ser encantador a ponto defazer com que a pessoa vá conhecer a escola e efetivea sua matrícula”, explica Karina.
O professor tem papel fundamental nesseprocesso. “Comparando com outros negócios, eleseria o equivalente a um gerente de relacionamento. Aqualidade de seu trabalho no desenvolvimentointelectual e emocional dos alunos contribui para oobjetivo de manter clientes satisfeitos”, diz a diretorade marketing.
Estratégias de retenção e captação de alunosO ideal é que a escola tenha funcionários
responsáveis pela retenção dos estudantes einvestigue os motivos que fazem com que crianças eadolescentes deixem o colégio.
A captação de
novos alunos pode ser
feita de diversas
maneiras. Uma
sugestão é fazer
acordos com escolas
que não sejam
concorrentes, como,
por exemplo,
instituições
especializadas em Educação Infantil, caso a sua
escola atenda ao Ensino Fundamental. Uma boa
referência de professores e diretores da antiga escola
pode gerar um excelente resultado e não tem custos.
A captação de alunos também pode ser realizada
de forma indireta, por meio do relacionamento da
escola com as áreas de recreação infantil de
shoppings, parques indoor e buffets de festas, por
exemplo. Nesses locais, é possível fazer divulgação
ou mesmo colocar uma equipe da escola para dar
informações. “É fundamental que seja promovida
alguma ação para conseguir o cadastro dos pais
nesses ambientes. Com isso, sua escola começa a
formar um banco de dados para um futuro
relacionamento com clientes potenciais”, reforça
Karina.
Para mais informações acesse o site www.escolainterativa.com.br
“Qual fornecedor não gostaria queseu cliente estivesse junto dele pormais de 200 dias no ano? Se temosesse diferencial, precisamos tirar
proveito disso.”Armindo Angerer,
diretor geral da Organização Educacional Expoente
tema de 2006Ecossistemas é o
O tema abordado nas capas domaterial didático 2006 éecossistemas. A proposta é tratarda relação do homem com osecossistemas, não apenas doponto de vista biológico, maspriorizando o entendimentointegral e contextualizado do serhumano e de suas relações com omundo. Sandra Angerer, diretorado Centro de Excelência emEducação Expoente (CEEE),explica que o objetivo maior éabordar o tema de forma integrada,valorizando sobretudo o equilíbrioentre o homem, ser social, político,biológico e emocional, com o meioque o cerca. “Tudo em umecossistema está interligado, cadaente é parte de um todo
absolutamente integrado. Nossaproposta é refletir sobre o que nós,individual e coletivamente,podemos fazer para preservar oequilíbrio”, afirma Sandra, quedestaca ainda a contribuição socialda iniciativa de se trabalhar comcapas temáticas. “Por meio daeducação, podemos construir umarealidade melhor para as geraçõesfuturas”.
“Os temas das capas sãodefinidos com base em critériospedagógicos, entre os quais o deabrangência, que permite quepossam ser explorados de acordocom a realidade de cada escola eda região onde se situa. Dessaforma, pretendemos favorecer odesenvolvimento do pensamento
crítico de cidadãos que saibamdistinguir a ficção da realidade, opseudocientífico do científico. Noprocesso de construção do seuconhecimento, o aluno tem de ver,analisar, comparar, questionar,argumentar, contra-argumentar,criticar e sugerir”, completaSandra.
O Expoente vem trabalhandocom capas temáticas em seumaterial didático há vários anos. Jáforam abordados temas diversos,sempre observando o critério daspossibilidades de discussão quepossam levar à tomada deconsciência sobre valoreshumanos como ética, cidadania,responsabilidade social e respeitoao próximo.
[ 24 ] impressão Pedagógica
Equilíbrio e conscientização serão focadosno material didático do Expoente
O conto de fadastransformou-se em realidade no
Colégio Iemar, em Contagem,Minas Gerais. A nova sede da
instituição, concluída em 2000,parece um castelo e ficou
conhecida em toda a cidade. Masao contrário do que acontece nos
filmes e livros, o resultado nãoapareceu como num passe de
mágica. A construção, que hoje éo orgulho de toda a comunidade,foi resultado de muito trabalho da
direção, dos pais e dos alunos.Com o objetivo de fazer os
alunos se sentirem bem na “novacasa”, foi feita uma pesquisa com
os estudantes da EducaçãoInfantil à 4.a série. As crianças
desenharam como gostariam quefosse o novo colégio. A maioriadelas deu asas à imaginação ecriou belos castelos. “Foi muitointeressante porque as crianças
querem um lugar especial emágico e conseguimos adequar
isso à realidade. Hoje tanto ospais quanto os alunos sentem-se
muito bem aqui e cuidam do
A escola dos sonhosProjeto do castelo foi criado pelos alunos
[ conveniadas ]
ambiente. Não temos nenhumtipo de depredação”, conta a
diretora Maria Radispiel.A arquiteta contratada para a
obra analisou “os projetos” dospequenos clientes e adequou os
sonhos às leis que regem aconstrução de instituições de
ensino. “Antes das obras, o paide um aluno montou umamaquete e os estudantes
puderam ter uma idéia real de
como ficaria o novo ambiente”,explicou Maria. “Acreditamos nafilosofia de que a criança tem de
participar e ajudar em todos osprojetos. Nossa função como
educadores é ordenar e tornarisso possível”, sintetiza.
Ainda assim, faltava algumacoisa. Para tornar o ambientemais especial e desgastá-lo o
mínimo possível, os tijolosutilizados na obra foram todos
feitos com a terra do próprioterreno, que é muito acidentado.
“Essa tecnologia foi desenvolvidana França e hoje é muito aplicada
no Brasil. A vantagem é que
reduz o custo final da obra ematé 40%”, comenta Maria.Apesar de a fachada ser o
principal diferencial da escola, aparte interna também foi pensada
e contou, dessa vez, com aparticipação dos pais. “Os
painéis das salas foram criadospelo pai de um aluno e são todos
de azulejo colado sobre amadeira. A solução facilita a
limpeza e evita as marcas criadaspelo freqüente cola e descola de
papéis”, explica a diretora.Além de tornar o ambiente
mais agradável, o novo prédioajudou a impulsionar o sucesso
do Iemar. De lá para cá, o númerode matrículas triplicou e a escola
hoje oferece turmas da EducaçãoInfantil ao Ensino Médio. “Até os
mais velhos orgulham-se docastelo. Os tijolos à vista deixamo ambiente menos infantilizado e
agrada também osadolescentes”, justifica a diretora.
O resultado foi tão bom que, embreve, a escola será ampliada
novamente.
impressão Pedagógica [ 25 ]
Globalização em todos os detalhes
Madrugada para estudar
[ conveniadas ]
Motivados pelo tema domaterial didático do Expoente em2005, diretores e professores doColégio Aliado, da cidade de SãoPaulo, idealizaram uma série deprojetos sobre Globalização. Asquatro unidades da instituiçãodesenvolveram projetos quefavorecem o debate sobre o tema.O colégio sempre buscou trabalharcom temas anuais que funcionamcomo linha mestra e, segundoMaria Célia Marques Barcelos,diretora da unidadeJP II, o material didático doExpoente contribuiu para melhorarainda mais essa proposta. “Comoé super-rico e contextualizado, o
material didático nos ajudou aconcretizar a idéia que já tínhamosde trabalhar com temas anuais.Facilitou para a gente”, conta.
Cada unidade definiu comotrabalhar a globalização no dia-a-dia. Na JP II, os alunos da 1a. sériedo Ensino Fundamental à 3a. sériedo Ensino Médio desenvolvematividades que enfocam assuntoscomo Conhecendo a África; Europa
– Berço da Cultura; Ásia e sua
Cultura Milenar e Oceania – Terra
dos Aborígenes.
Para complementar os estudos,as crianças pesquisam filmes eveículos de comunicação,organizam seminários, visitam
Os alunos do Colégio CristoDomini, de Parnaíba, Piauí,recebem uma motivação extra paraencarar o vestibular. Os estudantesparticipam do Café com Aula, umainiciativa que surgiu em 2004 ehoje é um dos momentos maisaguardados pelos alunos. A idéia épassar a madrugada na escola, nacompanhia dos professores quesolucionam as dúvidas dasdisciplinas. Para manter o pessoalacordado, a escola oferece cafédurante os intervalos e osprofessores dão uma aula-show,
prendendo, assim, a atenção dosvestibulandos. Das 22h às 6h, os
jovens estudam entusiasmados ese divertem. No final do evento –início da manhã – o esforço dosalunos é premiado com um fartocafé da manhã.
Quem dorme ou não prestaatenção durante as aulas, leva um“castigo”. “Fico com um spray deespuma de barbear na mão.Naquele aluno que não secomporta, eu passo a espuma norosto”, explica a animada diretoraOsiely de Araújo Santos, uma dasidealizadoras do projeto. O objetivodo evento é motivar os alunos paraque não percam o foco dovestibular, mas que também
possam ter momentos dedescontração. O sucesso do Café
com Aula foi tanto que aquantidade de alunos participantesdobrou de 2004 para a últimaedição, em maio deste ano,quando cem vestibulandos –inclusive alunos de outras escolas– participaram.
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museus e decoram a escola comcartazes informativos feitos porelas. Nem a tradicional FestaJunina escapou da globalização.As músicas das quadrilhas, asbarracas e as brincadeiras doevento valorizaram as culturas dosdiferentes povos.
Defesa da Amazônia Volta aomundo
[ conveniadas ]
A preservação da natureza e a polêmica da internacionalização da
Floresta Amazônica motivaram professores e alunos da Escola Geórgia, de
Itabuna, Bahia, a realizar uma série de atividades educativas sobre o
assunto. O projeto A Amazônia é Nossa! nasceu da indignação da escola
com a divulgação da notícia de que, em livros didáticos norte-americanos,
constava que a Amazônia estaria supostamente sendo apresentada aos
alunos como uma área que deve ser administrada pelos Estados Unidos.
Como a escola desenvolve anualmente projetos relacionados ao meio
ambiente, a diretora Geórgia Minervino viu nesse fato um tema oportuno
para se trabalhar em sala de aula. Interdisciplinarmente, alunos da
Educação Infantil ao Ensino Médio pesquisaram sobre a Amazônia e sua
preservação e utilizaram para isso ferramentas como a internet, livros,
jornais, revistas, visitas de campo, atividades de colagem, construção de
maquetes e outras. “Criamos maquetes que retratavam a Floresta
Amazônica e o desmatamento criminoso, o desenvolvimento
populacional; mapas retratando a desvinculação da Amazônia do
território brasileiro e os alunos leram textos orientados pelos
professores”, explica a coordenadora Ana Cláudia Almeida que, ao lado
dos demais coordenadores do colégio, conduziu o projeto A Amazônia é
Nossa!
Tudo o que foi produzido pelos estudantes foi exposto em um
estande no shopping Jequitibá Plaza. A exposição contou também com
apresentações artísticas, jogral e um abaixo-assinado. “O evento teve
uma ótima repercussão. As assinaturas que colhemos foram enviadas ao
Congresso Nacional”, conta a diretora.
O material didático do Expoente, que em 2004 abordou a
biodiversidade, também ajudou na
elaboração do projeto. “Os
módulos do Expoente serviram de
base para um estudo mais
aprofundado e com certeza todos
nós temos muito mais a contribuir
para a preservação e defesa do
nosso meio ambiente”, afirma a
coordenadora Ana Cláudia
Almeida.
O Centro Educacional Dente deLeite, de Jaraguá do Sul, SantaCatarina, criou uma maneira diferentede apresentar as culturas dediferentes países aos alunos daEducação Infantil. Os professores,alunos e familiares organizaram noprimeiro semestre de 2005 quatrofestas temáticas: Asiática, Africana,Árabe e Européia. O objetivo foitrabalhar a globalização de umaforma prazerosa e de fácilcompreensão para a faixa etária dascrianças. “Na festa Européia, porexemplo, o país escolhido para seestudar foi a Itália. Montamoscartazes e trajes típicos paraexposição e preparamos polenta,pão caseiro, pizza e suco de uva paradegustação. Tudo foi apresentado aosom da tarantella, tradicional músicaitaliana, num espaço decorado comas cores da bandeira da Itália”, contaViviane Aparecida da Paixão Manaia,coordenadora da Educação Infantil.
O envolvimento dos pais nospreparativos foi importante, pois elesencaminharam à escola diversosprodutos que compraram em viagensao exterior, tudo para incrementar oestudo dos costumes e tradições decada país.
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Estimular a oralidade e odesenvolvimento da escrita deforma lúdica é o principal objetivodo projeto Janela de Idéias, criadopelas professoras do Jardim III doColégio Ciman, em Brasília, DistritoFederal.
No início do ano, os alunoslevam para a escola uma caixa desapatos e fazem nela umapequena abertura, ou uma janela,como é chamada dali em diante.Primeiro criam uma história e, apartir desse momento, orientadospela professora, desenham aospoucos o que imaginam e vão
Moradia desperta curiosidade
Janela de idéias
[ conveniadas ]
No início do ano, quandotrabalharam o tema moradia nomaterial didático Expoente, as profes-soras Márcia Luiza Bevilácqua e AnaClaudia Moreira, da 1.a série do EnsinoFundamental do Colégio Atenas, emChapadão do Sul, Mato Grosso do Sul,observaram que o assunto passou aser freqüente nas conversas dos alunose não deixaram a oportunidade passar.Os alunos foram incentivados apesquisar sobre os tipos de casas emlivros e na internet e, em seguida,percorreram parte da cidade paraobservar na prática o que aprenderamem sala. Em seguida, assistiram apalestras com arquitetos, engenheirose pedreiros e compreenderam como é
o processo de construção de umamoradia. “Eles ficaram maisinteressados e, então, decidimosincentivá-los a ‘construir’ sua própriacasa”, recorda Márcia.
Com o auxílio dos pais, as criançasmontaram maquetes e organizaramno final do bimestre uma exposição.“Tivemos casas muito variadas, atépalafitas e iglus estavam representadosna mostra. Foi muito interessanteporque os pais resistiram um pouco noinício mas depois se envolveram eelogiaram o trabalho”, conta aprofessora.
Além de estimular os alunos, otrabalho sobre as moradias ajudou nacompreensão de conteúdos das
disciplinas de Língua Portuguesa,História, Geografia e Ciências.Com ofim das atividades, o trabalho ficou namemória dos alunos e deixousaudades. “Eles ficaram muito felizese sentiram-se valorizados por mostrarum trabalho para toda a escola”,orgulha-se Márcia.
guardando as folhas dentro dacaixa. “No início a atividade é comouma aula de Arte e as criançasadoram, mas ainda não conseguemperceber a verdadeira importânciado trabalho”, conta Valéria RamosMartins, coordenadora daEducação Infantil.
No final do primeiro semestre,quando a seqüência de desenhosestá completa, as crianças levam omaterial para casa e contam ahistória para os pais. Depois,começam a formar as palavras esão estimulados a escrever suahistória. “Eles iniciam com a
formação das palavras, depoisconseguem montar frases e nofinal entendem na prática o que éuma produção de texto, com início,meio e fim.”, explica Valéria. “Ascrianças percebem que sãocapazes de escrever e entendem aimportância da escrita para tudo oque fizerem na vida”, conclui.
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EJA de 1a. a 4a. série
[ lançamento ] [ livros ]
Ansiedade de InformaçãoAutor: Richard SaulWurmanEditora: CulturaEditores AssociadosComentário: RosanaRomanó,coordenadora docurso de Sistemas deInformação/TecnologiaEducacional, da
UniExp
Segundo especialistas, o maiordesafio do homem moderno éconseguir lidar com a avalanche debits, números, frases, gráficos e afinspresentes na vida. Com medo de ficardesatualizadas, muitas pessoascomeçam a desenvolver sentimentosde ansiedade e frustração. Informaçãodemais exige que se aprenda aselecionar dados relevantes e a jogarfora o supérfluo. Exige também que sesaiba comunicar em texto e imagem.Tudo isso está neste livro decomunicação, ideal para o dia-a-dia dequem vive na era do conhecimento.
Os Desafios da Educação noBrasilAutor: Simon Schwartzman e Colin BrockEditora: NovaFronteiraComentário:Alcina BrasileiroHall, professorade Comunicaçãoe Expressão eComunicaçãoEmpresarial naUniExp, commestrado emEstudos Literários pela UniversidadeFederal do Paraná (UFPR).
A obra surgiu a partir de uma sériede seminários realizados naUniversidade de Oxford, em 2003, ereúne artigos de educadores,consultores, analistas, mestres edoutores, todos “feras” em suas áreas.Os temas abordados vão desde aformação de professores, passandopelo Ensino Fundamental, Médio,Graduação e até Pós-graduação. São320 páginas que instigam e alimentama reflexão.
impressão Pedagógica [ 29 ]
A Organização Educacional Expoente criou no final da década de 1990o EJA Expoente, material didático dedicado à Educação de Jovens eAdultos. Depois de levar informação para mais de 400 mil alunos comconteúdos relativos ao Ensino Médio, Segundo Segmento do EnsinoFundamental (5 .a a 8.a série) e Alfabetização, a instituição lança o materialpara o Primeiro Segmento do Ensino Fundamental (1.a a 4.a série).
Trata-se de um material completo e único no mercado, comfuncionalidade didática para atender às necessidades de diversas gradescurriculares. O EJA de 5a. a 8a. série pode ser vendido por módulos, porsérie, por segmento, por disciplina ou por fase de ensino.
A principal característica do EJA Expoente é o trabalho com acontextualização histórica e social fundamentada na construção einteração dos conhecimentos. “O material traz atividades e proposiçõesque contemplam todas as dimensões de estudo e que estimulam osjovens e adultos a desenvolver ao máximo suas possibilidades de formaintegrada”, resume Walny Vianna, gerente de desenvolvimento deprodutos pedagógicos e formação continuada do Expoente.
Conheça os materiais:
• Alfabetização Funcional – Dedicado àqueles que precisam adquirir os
fundamentos básicos de apropriação de leitura, escrita e cálculo.
• Primeiro Segmento do Ensino Fundamental (1.a a 4.a série) – Oferece
subsídios para que o
aluno não apenas
adquira a capacidade de
ler, escrever e calcular,
como também utilize-a
como meio de inserção na
sociedade letrada.
• Segundo Segmento de
Ensino Fundamental (5.a a 8.a
série) – Trabalha os conteúdos
essenciais para a ampliação das
potencialidades humanas, para
que cada aluno se autodesenvolva. Os conteúdos curriculares são
apresentados e orientados para a prática social.
• Ensino Médio – Aprofunda os conhecimentos científicos e a formação
ética do aluno. O raciocínio e a capacidade de aprender são mais
importantes do que a memorização.
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O sistema é simples: a instituição se cadastrae, a cada compra que realiza com o Expoente ouempresas parceiras, passa a acumular pontosque lhe dão direito a prêmios como softwares
desenvolvidos pela Expoente SoluçõesPedagógicas e Tecnológicas, retroprojetor,impressora, scanner, televisão, vídeo cassete,computador e outras ferramentas de ensino.
A Cooperativa Educacional de Campo Verde– Coopercamp – de Campo Verde, Mato Grosso,trocou seus pontos pelo software educativo Betsyvai à Escola, um produto direcionado à Educação
Prêmio FidelidadeEscola que acumula pontos ganha prêmios
Infantil. “Tudo o que compramos vira pontos e isso se reverteem benefícios para nós”, afirma a Maria do Socorro JesusRicardo, diretora da Coopercamp. A idéia da instituição éutilizar o Prêmio Fidelidade como uma forma de incrementara coleção de softwares educativos.
De acordo com Marcos Franco, diretor comercial doExpoente, o Prêmio Fidelidade é uma oportunidade que asescolas conveniadas têm para adquirir os produtoseducativos e incrementar suas atividades pedagógicas masos benefícios não param por aí. “A instituição adquire osprodutos de que precisa e ainda acumula pontos que setraduzem em prêmios que ela mesma pode escolher. Aescola conveniada estará sempre ganhando”, destaca.
Os detalhes sobre como funciona o Prêmio Fidelidade eas opções de prêmios estão no site www.expoente.com.br/fidelidade.
Os Encontros Temáticos Regionalizados que o Expoenterealizou durante o ano de 2005 atingiram mais de 2000educadores. Professores, coordenadores e diretores deinstituições de ensino foram o foco desse evento itinerante, quepercorreu diversas cidades, incluindo as capitais São Paulo,Curitiba, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, Cuiabá, Goiânia eVitória.
O objetivo foi promover a troca de experiências e aatualização profissional dos educadores de escolas eprefeituras conveniadas ao Expoente. Para isso, os encontrosforam organizados de uma forma dinâmica: pela manhãpalestras e, à tarde, oficinas temáticas, de acordo com o nívelde ensino em que o educador leciona.
EncontrosTemáticos
Dois mil educadoresparticiparamdos eventos,
realizados emdiversas cidades
Censo escolarO Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais (Inep)deve divulgar no início de 2006 osresultados do Censo Escolar 2005,realizado com cerca de 215 milescolas públicas e particulares deeducação básica de todo o país.
A pesquisa coleta informaçõessobre matrículas, professores, infra-estrutura e uma série de outrosdados do sistema educacionalbrasileiro, que servem, também, desuporte para a formulação depolíticas públicas e repasse derecursos.
O último censo, realizado em2004, contabilizouaproximadamente 56 milhões deestudantes em todos os níveis daeducação básica no País. Dessetotal, 88% estavam em escolaspúblicas. Em todos os níveis daeducação básica – EducaçãoInfantil, Ensino Fundamental eEnsino Médio – atuavam 2 543 576professores.
[ notas ]