Post on 29-Aug-2021
UNIVERSIDADE PARANAENSE
CURSO DE ENFERMAGEM
TAUANNA DAMASIO AULER
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COM
PACIENTE ONCOLÓGICO
GUAÍRA, PR, BRASIL
2019
U
N
I
P
A
R
TAUANNA DAMASIO AULER
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COM PACIENTE
ONCOLÓGICO.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
banca examinadora do Curso de Enfermagem da
Universidade Paranaense - UNIPAR, como
exigência parcial para obtenção do título de
Enfermeiro.
Orientador: Prof.ª Simone de Freitas Mickos.
GUAÍRA, PR
2019
TAUANNA DAMASIO AULER
Atuação do enfermeiro com paciente oncológico
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em ___/___/___, como requisito parcial para
obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem da Universidade Paranaense – UNIPAR, pela
seguinte banca examinadora:
________________________________________
Prof./ Enfermeiro
Universidade Paranaense - UNIPAR
________________________________________
Prof./ Enfermeiro
Universidade Paranaense - UNIPAR
_________________________________________
Prof./ Enfermeiro
Universidade Paranaense - UNIPAR
Guaíra, ___de dezembro de 2019.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, que esteve
presente nesta jornada e foi meu maior incentivo
para não desistir dessa caminhada ao longo desses
cinco anos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por permitir que eu tenha ingressado nessa universidade;
Agradeço a minha família por nunca desistir de lutar junto comigo, pois sabemos que não foi
fácil;
Agradeço a Universidade por abrir as portas do conhecimento e acolher-me;
Agradeço todos os professores que fizeram parte desta caminhada;
Agradeço a coordenação do curso de enfermagem por seu apoio;
Agradeço a minha orientadora pela colaboração em cada orientação;
Agradeço aos amigos que fiz nessa caminhada e espero levar na vida profissional;
Para finalizar agradeço a cada pessoa que durante estes cinco anos se fez presente de alguma
forma para que eu conseguisse alcançar o objetivo.
APRESENTAÇÃO
Este Trabalho de Conclusão de Curso está sendo apresentado ao Colegiado do Curso de
Enfermagem do Campus de Guaíra da Universidade Paranaense – UNIPAR na forma de
Artigo Científico conforme regulamento específico. Este artigo está adequado às instruções
para autores da revista Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar (ISSN– 1415–076X) e
baseado nas Normas ABNT–NBR-6023 as quais se encontram anexo.
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COM PACIENTE ONCOLÓGICO
Tauanna Damasio Auler ¹ Simone de Freitas Mickos²
RESUMO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2019) o câncer é a segunda causa de morte
no mundo, sua alta taxa de mortalidade virou uma preocupação a nível global. Por isso se faz
necessário informar o trabalho do enfermeiro, na prevenção, promoção, diagnóstico ou
tratamento. Afinal é o profissional da saúde que tem a responsabilidade com as pessoas no dia
a dia, seja em uma unidade básica de saúde, pronto socorro ou área hospitalar. Cabe à equipe
de enfermagem estar preparada para lidar com pacientes oncológicos e sua família no êxito de
apoio. Então este trabalho tem como objetivo ressaltar a importância da atuação do
Enfermeiro frente ao paciente oncológico e relacionar a importância da família. Para realizar
o presente estudo, foi utilizada pesquisa bibliográfica, sua metodologia foi através de vários
artigos em bibliotecas virtuais, artigos do scielo, Google acadêmico, revistas e sites de buscas
no sentindo de melhor entender o trabalho dos profissionais de saúde.
Palavras Chaves: enfermagem, câncer, família, apoio.
¹Acadêmico – Orientando do Curso de Graduação em Enfermagem – Unipar
²Docente – Orientador do Curso de Garduação em Enfermagem – Unipar
Tauanna Damasio Auler¹ Simone de Freitas Mickos²
ABSTRACT
According to the World Health Organization (2019) cancer is the second leading cause of
death in the world, its high mortality rate has become a global concern. Therefore it is
necessary to inform the work of nurses in prevention, promotion, diagnosis or treatment. After
all, it is the health professional who has the responsibility to people on a daily basis, whether
in a basic health unit, emergency room or hospital area. It is up to the nursing staff to be
prepared to deal with cancer patients and their families in successful support. So, this paper
aims to highlight the importance of the role of nurses in relation to cancer patients and relate
the importance of family. To carry out the present study, we used bibliographic research, its
methodology was through several articles in virtual libraries, scielo articles, academic Google,
magazines and search sites in order to better understand the work of health professionals.
Keywords: nursing, cancer, family, support.
¹Acadêmico – Orientando do Curso de Graduação em Enfermagem – Unipar
²Docente – Orientadora do Curso de Graduação em Enfermagem – Unipar
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9
2. DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 11
2.1 O CÂNCER E SEUS FATORES DETERMINANTES..................................................... 11
2.2 TRATAMENTOS .............................................................................................................. 13
2.3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COM PACIENTE ONCOLÓGICO ............................. 15
2.4 ENFERMAGEM E A FAMÍLIA DO PACIENTE ONCOLÓGICO ................................. 18
3. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 21
ANEXOS ............................................................................................................................. 23
9
1. INTRODUÇÃO
De acordo com o Ministério da Saúde (2019), o Câncer é o crescimento desordenado
de células que invadem órgãos e tecidos. Essas células doentes podem espalhar-se para
outras regiões, o que conhecemos como metástase. Atualmente, existem mais de 100 tipos
de câncer na literatura médica mundial.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de 2018 publicou uma nota
informativa que relata que o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo e é
responsável por 9,6 milhões de mortes em 2018. A OMS estima, ainda, para o ano de 2030,
21,4 milhões de casos incidentes, 13,2 milhões de mortes.
A descoberta do câncer ocasiona um grande impacto na vida do paciente, isso porque,
historicamente, os índices de mortalidade relacionados a essa patologia são consideravelmente
elevados, apesar de todos os avanços (BATISTA, MATTOS, SILVA, 2015, p. 505).
Apesar dos avanços obtidos no que diz respeito ao diagnóstico e ao tratamento do
câncer, esse envolve características diferenciadas de outras doenças crônicas. Além dos
aspectos físicos alterados, como dor, efeito adverso da terapia e mutilações (VICENZI et al,
2013, p. 410). É muito importante a especialização dos enfermeiros que atuam na área de oncologia,
sendo essencial, pois o profissional necessita estar capacitado para assistencial, técnica
cientifica, liderança, gerencialmente e coordenação de equipe, afim de preparar todos para
lidar com situações que podem exigir o máximo de esforços, se tratando de algo tão complexo
(HERCOS et al, 2014, p. 55).
Sendo o enfermeiro o elemento da equipe de saúde que mais tempo contacta com o
utente, o seu papel é fundamental na promoção da saúde e na prevenção das doenças.
A sua função de acompanhamento próximo e frequente junto das pessoas (doentes ou
não) deve privilegiar a educação em saúde, a aquisição de hábitos saudáveis, a
descoberta de novas motivações e de outros fatores determinantes do comportamento
(BRANCO, 2005, p. 248).
De acordo com o Ministério da Saúde (2008, p. 71) a elaboração do plano de cuidados
da enfermagem, deve-se considerar o dispositivo do “acolhimento” como uma postura ética,
que integre o paciente como protagonista em seu processo terapêutico, a arte de cuidar e o
planejamento dos cuidados em cada paciente é vital para o tratamento e recuperação dos
pacientes, com finalidade de uma qualidade de vida melhor.
10
Para os autores Batista, Mattos, Silva (2015, p. 501) é essencial aprofundar os
conhecimentos que abarcam o adoecimento oncológico, a fim de identificar as dificuldades
vivenciadas pelos pacientes e familiares nesse processo.
O câncer pode apresentar um longo período de tratamento, riscos de complicações,
sequelas e incapacidades funcionais significativas, necessitando de rigoroso
controle e cuidados permanentes, características estas que requerem o envolvimento
da família frente à responsabilidade pelo cuidado do membro acometido pela
neoplasia (VISONÁ, PREVEDELLO, SOUZA, 2012, p. 146).
Esse autor relata que para manter o bem-estar das pessoas e fortalecer a família do
paciente, os familiares necessitam ser informados sobre a doença e o tratamento, além de
receber instrução sobre habilidades técnicas para cuidar no domicílio. A rede e o apoio social
são recursos que a equipe de Enfermagem pode oferecer para melhoria da qualidade de vida
das famílias e inclusive do paciente (SANCHEZ et al, 2010, p. 291).
Devido ao aumento dos casos de câncer e casos de óbitos a nível global o profissional
de saúde se tornou ferramenta fundamental para levar informação, prevenção, promoção e
assistência à população. Este trabalho tem como objetivo ressaltar a importância da atuação
do Enfermeiro frente ao paciente oncológico e relacionar a importância da família e apoio no
cuidado prestado. Será utilizada como metodologia a pesquisa através de revisão
bibliográfica.
11
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 O CÂNCER E SEUS FATORES DETERMINANTES
Segundo INCA (2019) A neoplasias benignas tem seu crescimento de forma
organizada, em geral lento, e apresenta limites bem nítidos. Ministério da Saúde (2019)
ressalta sobre o câncer maligno, quando o crescimento desordenado dessas células é
incontrolável, em grande quantidade e agressivo, o que deixa a pessoa debilitada e, em
grande parte dos casos, traz risco de morte a curto, médio ou longo prazo.
O diagnóstico de câncer se dá a partir do estádio e do grau em que o tumor se
encontra. A identificação da doença é realizada em etapa anterior ao início do
tratamento, visando à obtenção de parâmetros de avaliação e à proposição da
modalidade de intervenção mais adequada. Dessa forma, o diagnóstico baseia se na
análise das alterações fisiológicas e funcionais e nos resultados da investigação
realizada (STUMM, LEITE, MASCHIO, 2008, p. 76).
O crescimento celular responde às necessidades específicas do corpo e é um processo
cuidadosamente regulado. Esse crescimento envolve o aumento da massa celular, duplicação
do ácido desoxirribonucléico (ADN) e divisão física da célula em duas células filhas idêntica
(mitose) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008, p. 31).
As células normais que formam os tecidos do corpo humano são capazes de se
multiplicar por meio de um processo contínuo que é natural. O crescimento
controlado de células tem um aumento localizado e autolimitado do número de
células de tecidos normais que formam o organismo, causado por estímulos
fisiológicos ou patológicos. Nele, as células são normais ou com pequenas
alterações na sua forma e função. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são
exemplos desse tipo de crescimento celular (ABC DO CÂNCER, 2011, p. 17).
A neoplasia é determinada por como uma proliferação anormal do tecido, que foge
parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com
efeitos agressivos sob os hospedeiros (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011 apud TAMAYO
1987, ROBBINS 1984, p. 8).
Neoplasias podem ser benignas ou malignas. As neoplasias benignas ou tumores
benignos têm seu crescimento de forma organizada, apesar de não invadirem os
tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e tecidos adjacentes. As neoplasias
malignas ou tumores malignos são capazes de invadir tecidos vizinhos e provocar
metástases, podendo ser resistentes ao tratamento e causar a morte do hospedeiro
(ABC DO CÂNCER, 2012, p. 19).
Os primeiros sinais e sintomas de neoplasias podem variar de acordo com a região
afetada, a pressão que o tumor provoca sobre estruturas adjacentes, a atividade funcional do
organismo mediante a patologia e a presença de sangramentos e infecções secundárias à
doença (BATISTA, MATTOS, SILVA, 2015, p. 502).
O Ministério da saúde ressalta sobre duas disseminações: as metástases por via
hematogênica têm seu início quando células tumorais invadem os vasos sangüíneos.
As veias e vênulas, por possuírem paredes mais frágeis, são mais facilmente
12
penetradas do que artérias e arteríolas. As metástases linfáticas são geralmente o
padrão inicial de disseminação das neoplasias de origem epitelial, podendo ser
utilizada por outros tipos de tumor. Elas seguem a drenagem linfática normal da área
do tumor primário, ocupando os linfonodos mais próximos e que recebem maior
número de vasos linfáticos aferentes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008, p. 44).
O câncer não invasivo ou carcinoma in situ é o primeiro estágio em que o câncer pode
ser classificado. Nesse estágio (in situ), as células cancerosas estão somente na camada de
tecido na qual se desenvolveram e ainda não se espalharam para outras camadas do órgão de
origem. (ABC DO CÂNCER, 2011, p. 20).
Os cânceres se desenvolvem com múltiplas etapas ao longo dos anos. Dessa forma,
alguns tipos de câncer podem ser evitados pela eliminação da exposição aos fatores
determinantes. Se o potencial de malignidade for detectado antes de as células
tornarem-se malignas, o tratamento pode ser muito mais eficaz e com grandes
chances de cura. Daí a importância da prevenção e do controle do câncer, evitando
mortes (FACINA, 2014, p. 63).
Considerando que o cuidar é uma ação fundamental para a promoção e recuperação da
saúde, a atuação da equipe de enfermagem torna-se essencial, especialmente com o paciente
oncológico, inclusive quando não há perspectivas de cura e nem de sobrevida (STUMM,
LEITE, MASCHIO, 2008, p. 76).
A atuação profissional ideal frente aos pacientes oncológicos é uma preocupação
nacional, evidenciada pela criação da Política Nacional de Atenção Oncológica pelo
Ministério da Saúde Brasileiro, que contempla ações de promoção, prevenção, diagnóstico,
tratamento, reabilitação e cuidados paliativos (Portaria nº 2.439/GM de 8 de dezembro 2005).
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), é o
responsável pela Política Nacional Integrada para o Controle e a Prevenção do Câncer.
O Ministério da Saúde (MS), visando a uma assistência integral ao paciente
oncológico, publicou a Portaria nº 874/GM, instituindo a Política Nacional para a Prevenção e
Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O MS definiu como objetivo a redução da
mortalidade e da incapacidade causadas por esta doença, bem como a possibilidade de
diminuir a incidência de alguns tipos de câncer e contribuir para a melhoria da qualidade
(BATISTA, MATTOS, SILVA, 2015, p. 500, 501).
Para o Ministério da Saúde (2019) os fatores de risco podem ser encontrados no
ambiente físico, herdados ou resultado de hábitos ou costumes próprios de um determinado
ambiente social e cultural. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem,
os ‘hábitos’ e o ‘estilo de vida’ adotada pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de
câncer.
13
O risco de câncer, em uma determinada população, depende das condições sociais,
ambientais, políticas e econômicas que a rodeiam, bem como das características biológicas
dos indivíduos que a compõem (ABC DO CÂNCER, 2011, p. 49).
Segundo Filho et al, (2010, p. 176) o tabaco é um grande fator determinante para os
cânceres, principalmente para o câncer de pulmão. Os mesmos ressaltam que o tabaco é
responsável por mais de 20 tipos de tumores. A primeira relação estabelecida entre consumo
de cigarros e a população vem início da década de 50 do século XX.
Guerra, Galo, Mendonça (2005, p. 232) relatam a importância de práticas de
prevenção primária contra o câncer, como alimentação saudável, prática de exercícios físicos,
cessar o tabagismo e redução de bebida alcoólica, com objetivo também de prevenir outras
doenças não transmissíveis, resultando assim em uma melhora na qualidade de vida e
prolongando os anos.
2.2 TRATAMENTOS
A sobrevida depende muito do estágio do tumor no momento do diagnóstico e da
possibilidade de ressecção cirúrgica curativa, no qual a sobrevida em 5 anos pode ser
superior a 70%. Aproximadamente 40% dos doentes tem indicação de radioterapia e
quimioterapia, como principal terapêutica ao diagnóstico, com índices de cura
menores que 10%. O estado clínico do paciente, suas condições funcionais
cardiorrespiratórias, o tipo histológico e a extensão do tumor são os fatores mais
importantes para a decisão terapêutica (GIACOMELLI et al, 2017, p. 131).
Quimioterapia é a forma de tratamento sistêmico do câncer que usa medicamentos
denominados “quimioterápicos” (ou antineoplásicos) administrados em intervalos regulares,
que variam de acordo com os esquemas terapêuticos (ABC DO CÂNCER 2011, p. 67).
A quimioterapia consiste no emprego de substâncias químicas, isoladas ou em
combinação, com o objetivo de tratar as neoplasias malignas atuando em nível celular,
interferindo no processo de crescimento e divisão (RIUL, AGUILLlAR, 1999 apud
BONASSA 1992, p. 61)
Os autores Riul e Aguillar (1999, p. 61) ainda ressaltam os quimioterápicos
classificam-se em agentes alquilantes, antimetabólitos, antibióticos antitumorais, nitrosuréiais,
alcaloides da vinca, miscelânia, podendo-se incluir os medicamentos hormonais.
Os quimioterápicos de um esquema terapêutico podem ser aplicados por dia, semana,
quinzena, de 3/3 semanas, de 4/4 semanas, 5/5 semanas ou de 6/6 semanas. Quando se
completa a administração do(s) quimioterápico(s) de um esquema terapêutico, diz-se que se
aplicou um ciclo. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2011, p. 27).
14
Quimioterapia curativa tem a finalidade de curar pacientes com neoplasias malignas
para os quais representa o principal tratamento podendo ou não estar associada à cirurgia e à
radioterapia. (ABC DO CÂNCER 2011, p. 67).
A quimioterapia é dita “adjuvante” quando indicada após a retirada cirúrgica completa
do tumor ou após radioterapia curativa e na ausência de metástases detectáveis.
“Neoadjuvante”, prévia ou citorredutora é a quimioterapia indicada antes da cirurgia
ou radioterapia, com a finalidade de reduzir o risco de metástases ou promover a
redução de tumores possíveis de tratamento locorregional (RIUL, AGUILLAR, 1999,
p. 62).
De acordo com InstitutoOncoGuia atualizado em (2018) a quimioterapia para controle
da doença só quando a cura não for possível, o objetivo é o controle da doença. Nesses casos,
a quimioterapia é usada para diminuir e/ou impedir que o tumor cancerígeno cresça ou se
espalhe. Isso pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida do paciente.
Segundo Benedetti, Wakiuchi, Sales (2018, p. 2) os pacientes que realizam terapia
paliativa relatam melhoria na qualidade de vida, proporcionando controle da doença e dos
sintomas. Contudo, no que se refere à quimioterapia paliativa, para que seja de fato benéfico,
o tratamento farmacológico deve ser associado ao acompanhamento e controle não
medicamentoso dos sintomas.
A radioterapia (RT) é uma modalidade utilizada no tratamento de tumores malignos
cujo agente terapêutico é a radiação ionizante, ou seja, aquela que promove ionização no meio
onde incide, tornando-o eletricamente instável. (BRAGANTE, NASCIMENTO, MOTA,
2011, p. 2).
Existem alguns tipos de radioterapia: Curativa é principal modalidade de tratamento
radioterápico; visa à cura do paciente. Radioterapia pré-operatória (RT prévia ou
citorredutora), procedimento que antecede a principal modalidade de tratamento, a
cirurgia, para reduzir o tumor e facilitar o procedimento operatório. Radioterapia
pós-operatória ou pós-quimioterapia (radioterapia profilática): segue-se à principal
modalidade de tratamento, com a finalidade de esterilizar possíveis focos
microscópicos do tumor. Ainda ressaltam a radioterapia paliativa, objetiva o
tratamento local do tumor primário ou de metástase(s), sem influenciar a taxa da
sobrevida global do paciente. É usada principalmente nas seguintes circunstâncias:
Radioterapia antiálgica: modalidade de radioterapia paliativa com a finalidade
específica de reduzir a dor. Radioterapia anti-hemorrágica: modalidade de
radioterapia paliativa com a finalidade específica de controlar os sangramentos
(ABC DO CÂNCER, 2011, p. 69).
Radioterapia externa ou teleterapia é a radiação é emitida por um aparelho, que fica
afastado do paciente, direcionado ao local a ser tratado, com o paciente deitado. As aplicações
são, geralmente, diárias. Braquiterapia: aplicadores são colocados pelo médico, em contato ao
local a ser tratado, e a radiação é emitida do aparelho para os aplicadores (INCA 2019).
15
Quanto mais precoce for à aplicação de quimioterapia ou radioterapia após o
tratamento cirúrgico do tumor, mais eficazes elas serão, pois maior será o número
de células em fase proliferativa. Os tecidos normais que apresentam alta fração de
crescimento são os que sofrem a ação da quimioterapia e radioterapia, neles se
concentrado os efeitos colaterais agudos desses tratamentos (náusea e vômitos,
diarreia, leucopenia, alopecia etc) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008, p. 39).
As reações adversas decorrentes do tratamento radioterápico dependem do volume e
da área que será irradiada, se a exposição será uni ou bilateral, dose total, fracionamento da
dose, idade, condições clínicas do paciente, hábitos sociais, como alcoolismo e tabagismo
(BRAGANTE, NASCIMENTO, MOTA, 2011, p. 2).
Avaliou-se o cuidado de enfermagem junto ao paciente em tratamento
quimioterápico e evidenciou as ações reconhecidas quanto à intervenção de efeitos
tóxicos como falta de ar, dor e fadiga mediante orientação referente ao uso de
medicamentos já pré-estabelecidos, a identificação e enfrentamento de sintomas
como ansiedade, depressão e outros de saúde mental. A partir disso, utilizou-se de
estratégias de apoio psicossocial maximizando a disposição física e aumentando o
potencial do paciente ao tratamento (CORDEIRO, BERARDINELLI, SANTOS, p.
2859).
Os autores Batista, Mattos, Silva (2015, p. 506) ressaltam que por essa razão, entende-
se que os profissionais de saúde que trabalham com pacientes oncológicos devem orientá-los
quanto às possibilidades de escolha em relação ao tratamento, pois se faz necessário que seja
a melhor escolha para o paciente.
2.3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COM PACIENTE ONCOLÓGICO
Para Santos et al, (2017, p. 50) O Processo de Enfermagem é considerado uma
metodologia que estabelece e facilita a relação enfermeiro-cliente, a qual fortalece e dá
segurança à tomada de decisão na assistência de enfermagem respaldada cientificamente.
O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da
saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais (Resolução COFEN
311/2007).
Com o desenvolvimento da ciência, muitos conhecimentos foram produzidos pela
Enfermagem, como o Processo de Enfermagem, que pode ser descrito como um
instrumento utilizado para as ações do cuidado. É através dele que o enfermeiro
percebe os problemas de saúde, planeja, implementam as ações e avalia os
resultados (SOUZA, SANTOS, MONTEIRO, 2013, p. 168).
Os enfermeiros são importantes multiplicadores das ações de prevenção nos locais de
trabalho. Nenhum profissional de saúde tem um contato tão prolongado com o paciente como
o enfermeiro (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008, p. 158- 159).
16
A Prevenção primária é impedir que o câncer se desenvolvesse. Isso inclui evitar a
exposição aos fatores de risco de câncer e a adoção de um modo de vida saudável. A
prevenção secundária é detectar e tratar doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada
pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes do intestino) ou cânceres assintomáticos iniciais
(INCA, 2019).
De acordo com Carvalho, Barbosa (2005, p. 302) A ideia sobre o câncer da população
e a ideia de mudanças no comportamento é de fundamental importância para sua prevenção, e
neste processo o papel educativo dos profissionais de saúde merece destaque, principalmente
do enfermeiro, que fica na frente na tentativa de favorecer a prevenção e diagnóstico.
Stum, Leite, Maschio (2008, p. 77) ressaltam que a equipe de enfermagem oncológica,
tem um papel fundamental na prevenção, diagnóstico, educação, cuidados e reabilitação dos
pacientes, envolvendo também a família nesse processo. Além dos cuidados assistências.
Essas ações, uma vez concretizadas, contribuem na melhoria da qualidade de vida ou
sobrevida dos pacientes oncológicos.
Nesse artigo o autor destaca o olhar holístico do enfermeiro como uma terceira
característica, pois não vê só a doença ou só o paciente, mas sim todo o contexto em que ele
está inserido. E por último, a tomada de decisões e o uso de sua autonomia profissional de
modo que possibilita tratamento a pacientes de modo seguro (CORDEIRO et al, 2018, p.
2859).
O câncer ainda é entendido pelas pessoas, em geral, como sinônimo de dor, morte e
sofrimento. Nesta perspectiva, cabe à enfermagem identificar suas próprias concepções
relativas ao câncer e estabelecer estratégias de enfrentamento, visando uma assistência
adequada e eficaz que possibilite minimizar o sofrimento de todos os envolvidos no processo
de cuidar (STUMM, LEITE, MASCHIO, 2008, p. 76).
A atuação em oncologia requer da equipe de enfermagem mais que conhecimentos
teóricos e práticos; exige o desenvolvimento de habilidades que possam nortear a sua atuação
profissional, considerando as dimensões físicas, emocionais, sociais e espirituais dos
pacientes sob sua responsabilidade, com uma doença crônica, (SILVA, CRUZ, 2011, p. 185).
Baseado em Alciolli et al, (2014, p. 638) A arte de cuidar é a essência da
enfermagem, sendo de toda responsabilidade desses profissionais o cuidado. Sabendo que o
processo de cuidar relaciona- se com atos diferenciados, as intervenções realizadas pelo
enfermeiro se caracterizam como cuidado no momento em que comportamentos de cuidar
sejam exibidos, tais como o respeito, a gentileza, a atenção, a solidariedade e o interesse em
cada paciente diferentemente (ALCIOLI et al, 2014, p. 638).
17
O cuidado, por si só, é um fator que leva a humanização, e consequentemente a uma
melhor qualidade de vida, pois permite que todos os indivíduos envolvidos, mas
principalmente os profissionais, entendam seu papel e também tenham consciência
do seu dever para com aquilo que esta sob sua responsabilidade. Porém ainda assim
existe uma dificuldade em prestar um cuidado integral, contemplando todas as
necessidades do paciente (FRANCO et al, 2017, p. 54).
A Organização Mundial de Saúde atualizado em setembro de (2018) destaca que os
Cuidados Paliativos são tratamentos para aliviar, em vez de curar, os sintomas causados pelo
câncer principalmente se tratando da dor que a doença causa. Melhorar a qualidade de vida
dos pacientes e de suas famílias é o objetivo, assim os profissionais de saúde podem ajudar as
pessoas a viver mais confortavelmente.
O enfermeiro que atua em cuidados paliativos do paciente com câncer, precisa saber
orientar tanto o paciente quanto a família nos cuidados a serem realizados,
esclarecendo a medicação, e os procedimentos a serem realizados. Portanto, o
enfermeiro deve saber educar em saúde de maneira clara e objetiva, sendo prático
em suas ações, visando sempre o bem estar dos seus pacientes (HERMES,
LAMARCA, 2013, p. 2583).
É de muita importância às atividades educativas no âmbito profissional com o objetivo
da educação permanente e aprimoramento do cuidado em enfermagem em relação ao cuidado
paliativo e controle da dor dos pacientes, de acordo com (FREITAS, PEREIRA, 2013 p. 456).
O autor acima ainda destaca que o profissional de enfermagem é fundamental para equipe de
cuidados paliativos, pela essência de sua formação que se baseia na arte do cuidar e no olhar
humanizado com o próximo (HERMES, LAMARCA, 2013, p. 2583).
A enfermagem é também responsável pela vida, promoção de bem-estar e saúde.
Desse modo, espera-se o desenvolvimento de medidas de prevenção e de autocuidado
junto aos pacientes na intenção de envolvê-los no processo do cuidado, ajudá-los a se
reconhecerem enquanto pessoas responsáveis pelas mudanças em suas próprias vidas,
participando ativamente do processo, reelaborando seus modos de viver e os hábitos
de vida visando se mantiver saudáveis com autonomia para gerenciarem a sua saúde
(CORDEIRO, BERARDINELLI, SANTOS, 2018, p. 2859 - 2860).
Pensando nesse trabalho que a equipe de enfermagem tem com o paciente oncológico,
foi desenvolvido o Programa de Integração Docente Assistencial na Área do Câncer
(PIDAAC) visa, por meio de um trabalho conjunto entre o INCA/MS e escolas Médicas e de
Enfermagem do Brasil, ele serve para avaliar e acompanhar a implantação do ensino da
cancerologia nos cursos de graduação em Medicina e Enfermagem. O PIDAAC de
Enfermagem é parte integrante de um Programa Nacional de expansão da prevenção,
diagnóstico precoce, assistência e controle do câncer. Faz-se necessário a importância dessa
matéria nos cursos, assim preparando os acadêmicos para lidar com situações que irá exigir
um grande profissionalismo, principalmente se tratando do câncer (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2008, p. 106).
18
2.4 ENFERMAGEM E A FAMÍLIA DO PACIENTE ONCOLÓGICO
Destaca-se que a descoberta do câncer não acontece sem a partilha principalmente da
família e da rede de suporte social mais próxima, pois o mesmo desencadeia mudanças em
todo o contexto familiar, de forma que todos os integrantes, em maior ou menor grau, são
afetados pela nova situação (SALCI, MARCON, 2011, p. 179).
O apoio familiar constituiu-se, então, em uma sensação de segurança e força no
decorrer do tratamento, o que pode levar a uma consolidação dos laços familiares e de
amizade, minimizando o estado de sofrimento do paciente oncológico (BATISTA, MATTOS,
SILVA, 2015, p. 507).
Visoná, Prevedello, Souza (2012, p. 150) destacam que quando a família descobre o
diagnóstico de câncer de algum familiar, a família fica abalada, sofre mudanças e muitas
vezes ficam desestruturada, ressalta a importância a parte psicossocial numa tentativa de
cuidar do ciclo familiar.
Vivenciar o processo de adoecer por câncer remete no imaginário das pessoas como
sendo uma doença traumatizante, a qual origina sentimentos de angústia, medo e sofrimento
para os pacientes e os familiares. Nesse pensar, o vínculo com os profissionais da saúde é de
grande relevância no enfrentamento das adversidades impostas por esta patologia (VICENZI
et al, 2013, p. 410).
A inserção da equipe de enfermagem no cuidado ao paciente oncológico requer
conhecimentos, habilidades e responsabilidades. Nesse sentido, as metas devem ser claras e
direcionadas ao paciente, sua família e demais pessoas significativas, contemplando os
aspectos físico, emocional, social e espiritual (STUMM, LEITE, MASCHIO, 2008, p.76).
A doença oncológica mobiliza muitos sentimentos na família, que muitas vezes quer
esconder do paciente o seu diagnóstico, o que pode comprometer o processo de
comunicação com o paciente e com a equipe e limitar a autonomia do paciente. A
Enfermagem precisa, contudo, considerar os preceitos legais exigidos à sua
categoria, onde devem ser respeitados os valores éticos e seus princípios
fundamentais, pois, embora os avanços tecnológicos propiciem um poder de
intervenção sobre a vida das pessoas, requer observar as repercussões destas para os
indivíduos e para a sociedade (SILVA, CRUZ, 2011, p. 82).
O quadro da doença também deve ser considerado na questão do grau de sofrimento,
ou seja, quanto mais avançada maior é o sofrimento do paciente e dos demais membros da
família (CARVALHO, 2008, p. 98). É importante reconhecer que a família nem sempre
suporta tamanho desafio e passa a necessitar também de ser cuidada, especialmente para
evitar a claudicação familiar (SILVA et al, 2016, p. 6).
19
Em virtude de os pacientes oncológicos necessitarem de uma ajuda contínua em sua
vida diária, geralmente um dos familiares se encarrega dessas atividades,
dedicando-se por um longo período a esses cuidados. Em muitos casos, ao receber o
diagnóstico de câncer de um ente querido, toda a estrutura familiar sofre alterações,
principalmente o membro que se dedicará aos cuidados do paciente. Importante
mencionar que nem sempre os familiares apresentam uma estrutura adequada para
absorver todas as demandas que a situação de doença requer, visto que esse
processo contribui para a instalação de uma crise no núcleo familiar (VISONÁ,
PREVEDELLO, SOUZA, 2012, p. 146).
Sales et al (2012, p. 737) publicaram que muitas vezes a equipe de enfermagem não
interage com a família, não deixando eles a par de toda a situação. Essa falta de
relacionamento entre os enfermeiros e a família gera situações estresse, e situações
desagradáveis.
Para Barreto e Amorim (2009, p. 464) a família pode manifestar raiva em relação à
equipe de saúde, devido à demora do tratamento e, também, desenvolver sentimentos de
impotência e autopunição. A equipe de saúde, em especial, a de enfermagem é a que está mais
próxima e por um período maior, do paciente e seus familiares, portanto, tem a obrigação de
prestar atendimento humanizado, compreendendo-os e apoiando-os em todas suas
necessidades, no decorrer do processo do adoecimento, sempre deixando a familiar a par da
situação, ressaltando a comunicação. (STUMM, LEITE, MASCHIO, 2008, p. 76).
Em um artigo publicado, foi descrito que os familiares ressaltaram a importância da
escuta ativa e das orientações prestadas pela enfermeira, especialmente nos
momentos de tristeza diante da evolução da doença e o curso do tratamento. É
notável a relação de confiança e segurança que os familiares têm para com a equipe
de enfermagem, o que gera nesses cuidadores um sentimento de conforto e amparo,
especialmente no direcionamento de uma escuta ativa, conforme evidenciado nos
relatos (SILVA et al, 2016, p. 5).
A aproximação entre os pacientes e seus familiares em situações de adoecimento como
no câncer exige, necessariamente, uma atenção especial dos profissionais da área de saúde,
bem como uma assistência específica e adequada de apoio às necessidades desse grupo de
pessoas (BATISTA, MATTOS, SILVA, 2015, p. 507).
Uma família presente e orientada para o cuidado poderá atuar resolutivamente na
recuperação da saúde e na prevenção dos possíveis agravos relacionados à doença
oncológica ou ao tratamento. A participação na promoção da saúde se torna
essencial, uma vez que a família passa a ser co-responsável pela vida e pelo bem-
estar do paciente (VICENZI et al, 2013, p. 412).
O paciente e sua família sofrem um grande impacto em suas vidas, não raro, dando
lugar a sentimentos e a condições objetivas de desamparo. As reações frente à
doença devem ser compreendidas considerando-se a história de vida de cada
paciente e seus familiares, bem como os contextos socioeconômico e cultural em que
vivem, face às demandas de assistência que se colocam em função da doença e
tratamento (CARVALHO, 2008, p. 100).
20
Portanto, o cuidado com a família torna-se indispensável, as consequências
biopsicossociais que a presença dessa patologia promove no sistema familiar não são fáceis de
enfrentar, (BARRETO, AMORIM, 2009, p. 463).
O cuidado de enfermagem é efetivo, eficaz e satisfatório no momento em que alivia a
dor, conforta o paciente e família, enfim quando ajuda o ser cuidado (STUMM, LEITE,
MASCHIO, 2008, p. 80).
3. CONCLUSÃO
Após realizar detalhadamente uma pesquisa bibliográfica para realizar o presente
estudo, é espantoso o quanto o câncer se espalhou a nível global, sendo a segunda causa de
morte no mundo. É extremamente importante focar nos requisitos de prevenção do câncer,
como, uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos e programas para cessar o
tabagismo, sendo o tabaco o maior fator dos cânceres e responsável por mais de 20 diferentes
tipos de tumores de acordo com as pesquisas, resultando assim na melhoria da qualidade de
vida.
Vale destacar o quanto importante é o trabalho da equipe de enfermagem,
principalmente do enfermeiro, no êxito promoção, prevenção, orientação, diagnóstico
precoce, planejamento, execução, avaliação e comprometimento com os pacientes e seus
familiares. Sabe-se que o enfermeiro vai além das suas habilidades técnicas cientificas,
voltando para um cuidado humanizado com o próximo, um afeto que faz a diferença na vida
do paciente cuja tenha uma doença que os níveis de óbitos são altos. O profissional tem a
capacidade para realizar toda a assistência de enfermagem voltada para cada paciente,
realizando um plano de cuidado que possa minimizar a dor, sofrimento, angustia e outros
fatores que estão relacionamentos com a doença.
No momento que o paciente descobre que tem câncer, a família é à base de apoio para
o tratamento, mas a mesma precisa de um apoio também e cuidado voltado pelos profissionais
de saúde, por isso ressalta-se a importância do trabalho de enfermagem com a família, pois
são eles que ficam ao lado do paciente durante a internação, tratamento ou cuidados
domiciliares. Durante as pesquisas, foi observado também que alguns profissionais da saúde
têm dificuldades em comunicação com a família, resultando em situações desagradáveis.
Fica evidenciado a importância de mais profissionais serem capacitados para trabalhar
com oncologia, seja na graduação, na instituição privada ou através dos órgãos públicos.
Finalizado ressaltando através dos autores Silva, Cruz (2011, p. 183) que é preciso reconhecer
que cada profissional é único, elabora um conhecimento prático, com significações próprias,
21
ao mesmo tempo em que vive em grupo, partilha com ele um pensamento comum sobre sua
prática.
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25
ANEXOS
ANEXO A - REVISTA ARQUIVOS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIPAR
26
ANEXO B - FICHA CATALOGRÁFICA
27
ANEXO C - INSTRUÇÕES PARA AUTORES
28
ANEXO D - FICHA CATALOGRÁFICA