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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM
Curso de Administração - CAD
Pedro Augusto Reinaldo de Lima
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO DO MARKETING NA FORMAÇÃO DO ADMINISTRADOR: Uma análise no Curso de Administração da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte em Pau
dos Ferros
PAU DOS FERROS - RN 2014
Pedro Augusto Reinaldo de Lima
CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO DO MARKETING NA FORMAÇÃO DO ADMINISTRADOR: Uma análise no Curso de Administração da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte em Pau
dos Ferros
Relatório Final de Curso apresentado ao Curso de Administração/CAMEAM/UERN, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.
Professora Orientadora: Sidnéia Maia de Oliveira Rego
Área: Administração de Marketing
PAU DOS FERROS – RN 2014
COMISSÃO DE ESTÁGIO
Membros:
Pedro Augusto Reinaldo de Lima Aluno
Sidnéia Maia de Oliveira Rego Professora Orientadora
Francisco Jean Carlos de Sousa Sampaio Supervisor de Estágio
Sidnéia Maia de Oliveira Rego Coordenadora de Estágio Supervisionado
Pedro Augusto Reinaldo de Lima
CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO DO MARKETING NA FORMAÇÃO DO ADMINISTRADOR: Uma análise no Curso de Administração da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte em Pau
dos Ferros
Este Relatório Final de Curso foi julgado e adequado para obtenção do título de
BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO e aprovado em sua forma final pela Banca Examinadora designada pelo Curso de
Administração/CAMEAM/UERN, Área: Administração de Marketing
Pau dos Ferros/RN, em 23 de Julho de 2014
BANCA EXAMINADORA
Julgamento: _______ Assinatura: _______________________________________ Sidnéia Maia de Oliveira Rego
Orientadora – UERN
Julgamento: _______ Assinatura: _______________________________________ Edivaldo Rabelo de Menezes
Examinador – UERN
Julgamento: _______ Assinatura: _______________________________________ Washington Sales do Monte
Examinador – FACEP
À minha amada Albertina, (in memoriam). Dedico também a minha mãe,
Fátima, meu porto seguro, luz dos meus olhos e razão da minha existência,
“Mãe, como retribuir
Um amor tão grande assim
Que não mede esforços;
Mãe, cada dia que passa eu vejo
em sua vida um modelo
de dedicação sem fim;
Na sua entrega eu recebi,
na sua renúncia eu construí,
na sua proteção eu me arrisquei
brinquei, sonhei, fui criança
E agora, mamãe, quero retribuir...
Mamãe, eu não teria chegado aqui,
Mamãe, sem o seu amor por mim,
Perdão pelas vezes em que não reconheci
Mamãe, quero retribuir...”
(Ana Paula Valadão)
AGRADECIMENTOS
Porque o percurso foi proveitoso, rico, desafiante e instigante! Logo, há muitas pessoas que
são dignas do meu agradecimento:
A Deus, pelo dom supremo da existência, obrigado por fortalecer a minha fé e por todas as
vezes que me levantou quando cai ou desanimei.
A meu irmão Luís e ao meu pai Sebastião pelo incentivo e amor por mim, eu sinto e acredito.
A Profª Sidnéia Rêgo, que a mim encantou desde o primeiro dia de aula na graduação,
orientadora ímpar, agradeço pelo acolhimento, maestria nas orientações e por ter confiado
prontamente, mesmo diante da minha insegurança, à Sidnéia toma minha estima e apreço.
Aos professores, sem nenhuma exceção, meu agradecimento por terem contribuído para a
minha formação, levarei todos na lembrança.
A angelical colega Gleide Maria que é a encarnação da bondade, presteza e solidariedade; sou
imensamente grato pela atenção e afeto maternal dedicado a mim e aos demais colegas.
Impossível não agradecer a minha colega Eliane Costa, anjo de candura, que nunca me negou
ajuda, serei eternamente grato pelo jeito bondoso que sempre me tratou
A Everaldo Alves, amigo conquistado ainda no curso de Geografia e a Tallison Eduardo, a
solicitude em pessoa, muito obrigado pelas boas e descontraídas risadas e pelo incentivo nessa reta
final, a Everaldo e a Tallison todo meu carinho, respeito e admiração.
A Ivone Pessoa, com quem tive a oportunidade de conviver nesse último ano da graduação,
tantas conversas, tantas angústias, mas também quantas risadas. Ivone, nós conseguimos.
A meus amigos: Marília Daniele, Rafael Matias e Henrique Macel, saibam que foi sensacional
conviver com vocês esses cinco anos e desejo que nossa amizade seja perpetuada para sempre.
A todos os meus colegas de sala, aqui representados por Erick, Hamanda, Moises, Thales,
Vanderlano, André, Jeovana, Juarez e Dulcinha; muito obrigado pelo respeito e boa convivência.
Ao professor Edivaldo Rabelo, inspiração para realização dessa pesquisa, um homem sábio,
íntegro e que carrega consigo a marca impressa da genialidade docente. Dono de uma postura
incontestável, sem dúvidas, é um mestre a ser seguido.
Agradeço ao Professor Washington Sales por compor a banca examinadora, grato pelas
valiosas contribuições. Ao meu supervisor de estágio supervisionado, Profº Jean Sampaio, por ter
aberto as portas do CAD/CAMEAM para que eu pudesse desenvolver as atividades concernentes ao
estágio. Obrigado pela confiança.
Aos egressos e alunos do Curso de Administração que tão bem me receberam; esta pesquisa
só foi possível porque vocês colaboraram. Obrigado pela prontidão!
Marketing, não é, nem significa simplesmente vender, tampouco se limita apenas à divulgação ou à
propaganda. Suas ações não começam com os produtos e os serviços, começam com o cliente. Daí a
relação inseparável de Marketing e planejamento.
(Sueli Amaral)
“Não basta ter uma visão de futuro, é preciso ter também
uma ação. Uma visão sem uma ação não passa de um
sonho”... “uma visão com ação pode mudar o mundo...”
(Joel Arthur)
RESUMO
A ascendência do Marketing como força motriz para o desenvolvimento organizacional é uma marca impressa no mercado globalizado que exige profissionais dotados de habilidades e competências. Entra em cena o profissional da Administração, um indivíduo capaz de planejar, dirigir e executar projetos no intuito de manter a organização ativa frente à concorrência acirrada no mundo corporativo. Desta feita surge a ânsia de analisar o real sentido da área mercadológica para a formação do administrador do Curso de Administração do CAMEAM/UERN, por este viés, para que fosse possível o desenvolvimento da pesquisa a mesma foi desmembrada em quatro objetivos específicos: Perquirir sobre todos os trabalhos de conclusão de curso já realizados na área de Marketing no CAD/CAMEAM no período de 2009 a 2013, identificar as motivações que levaram os egressos a elaborarem seus TCCs na área de Marketing, inquirir sobre a satisfação dos alunos do CAD sobre a área do Marketing e apresentar um observatório (benchmarking) das IES com conceito máximo no ENADE vislumbrando suas matrizes curriculares e evidenciando os componentes na área de Marketing de cada instituição. A pesquisa caracteriza-se sendo exploratória, por se buscar um maior conhecimento da área ainda pouco sistematizada e disponibilizada no âmbito nacional visto que há escassez de trabalhos deste cunho; também é descritiva pois busca levantar informações por meios de questionários a fim de conhecer e descrever o fenômeno que se propôs investigar. Delineou-se como um levantamento e de natureza mista. No tocante ao universo, o mesmo compreendeu todos os trabalhos finais de curso elaborados entre os anos de 2009 e 2013 no curso de Administração, posteriormente apartou-se todas as produções na área de Marketing totalizando vinte e quatro trabalhos, logicamente a mesma quantidade de egressos, como universo também foi contemplado na pesquisa cento e sete alunos matriculados no semestre 2014.1, da referida instituição que, por sua vez, já cursaram a disciplina Administração Mercadológica. Logo, não se utilizou cálculos amostrais sendo trabalhado como censo. Os dados foram coletados em sites e por meio de entrevistas estruturadas. A respeito do tratamento os dados foram tratados por análise de conteúdo e por meio de estatística descritiva. Sobre os resultados concluiu-se que os egressos consideram a área mercadológica como senso substancial para a formação do administrador, constatou-se que, 84% dos alunos que cursaram a disciplina de marketing, matriculados no semestre 2014.1, têm alguma pretensão na área evidenciada e das universidades com conceito máximo no ENADE, todas apresentam, no mínimo, duas disciplinas na área de Marketing. À vista disso, a concepção e satisfação dos atores envolvidos na pesquisa em relação ao marketing é bastante positiva, expressiva e imprescindível para a formação de administradores que objetivam sucesso em suas carreiras. Palavras-Chave: Formação do Administrador. Administração Mercadológica. Desenvolvimento.
ABSTRACT
The ascendancy of marketing as the driving force for organizational development is a mark on the global market that demands professionals with skills and competencies. In comes the professional Directors, one born estrategisca able to plan, manage and execute projects in order to keep the organization active against stiff competition in the corporate world. This time the urge to analyze the real sense of market area for the formation of the Course Administration CAMEAM / UERN administrator for this bias, to make possible the development of research it has been broken into four specific objectives arises: to assert on all jobs of completion already made in the area of Marketing in CAD / CAMEAM the period 2009-2013, identifying the motivations that led the graduates to develop their TCCs in marketing, inquire about the students' satisfaction on the CAD Marketing area and present an observatory (benchmarking) of HEIs with maximum concept in their curriculum ENADE gleaming arrays and showing the components in the marketing area of each institution. The research is exploratory characterized by a search for a better understanding of the area still poorly systematized and made available nationally since there is lack of studies of this nature; is also descriptive because it seeks to gather information by means of questionnaires to ascertain and describe the phenomenon that proposed to investigate. Was outlined as a survey and the mixed nature. In relation to the universe, it included all final-year drafted between the years 2009 and 2013 in the course of Directors subsequently departed from all productions in marketing totaling twenty-four work logically the same amount of graduates as the universe was also contemplated in the research one hundred and seven students enrolled in the semester 2014.1 of that institution which, in turn, already studied marketing management. Thus not used as sample calculations being worked census. Data were collected on websites and through structured interviews. Regarding treatment the data were treated by analysis of content and using descriptive statistics. On the results it was concluded that the graduates consider marketing as a substantial area for training administrator sense, it was found that 84% of students who attended the marketing discipline, 2014.1 enrolled in the semester, have some claim on the highlighted area. In view of this, the design and satisfaction of actors involved in the research in relation to marketing is quite positive, significant and indispensable for the formation of administrators who aim to succeed in their careers.
Keywords: Training Administrator. Marketing management. Development.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AMA – American Marketing Association
ANGRAD – Associação Nacional dos Cursos de Graduação
ANPAD – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração
CAD – Curso de Administração
CAMEAM – Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia
CEPA – Código de Ética Profissional
CFA – Conselho Federal de Administração
CRA – Conselho Regional de Administração
CSTGP – Curso Superior em Tecnologia em Gestão Pública
DCNS – Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso
EBAP – Escola Brasileira de Administração Pública
EMA – Encontro da Divisão de Marketing
ENADE – Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
ENANGRAD – Encontro Nacional dos Cursos de Administração
FACEP – Faculdade Evolução Alto Oeste Potiguar
FGV – Fundação Getúlio Vargas
FEI – Fundação Educacional Inaciana de São Paulo
IDORT – Instituto de Organização Racional do Trabalho
IES – Instituição de Ensino Superior
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
MEC – Ministério da Educação
NATMA – National Association of Teachers of Marketing and Advertising
NAVE – Núcleo de Apoio Vocacional para Estudantes
PGCC – Programa Geral do Componente Curricular
PKMT – Revista Brasileira de Pesquisa de Mercado, Opinião e Mídia
REMARK – Revista Brasileira de Marketing
SILEL – Simpósio Nacional de Letras e Lingüística
TCC – Trabalho Final de Curso
TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação
UERN – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
URRN – Universidade Regional do Rio Grande do Norte
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Lista de Figuras
Figura 1 – Brasão da UERN...................................................................................................................16
Figura 2 – Organograma Funcional do curso de Administração do CAMEAM – UERN .........................22
Figura 3 – Hierarquia das necessidades de Maslow ..............................................................................43
Figura 4 – Mix de marketing de Mccarthy ..............................................................................................46
Lista de Quadros
Quadro 1 – Informações pertinentes sobre os docentes do CAD/CAMEAM/UERN ..............................20
Quadro 2 – Disciplinas do Currículo mínimo de 1993 ............................................................................33
Quadro 3 – Três eras na história do marketing ......................................................................................39
Quadro 4 – Diferentes enfoques do marketing .......................................................................................41
Quadro 5 – Tipos e aplicabilidades de marketing ..................................................................................44
Quadro 6 – Categorias e atributos utilizados para compreender a satisfação de alunos .......................54
Quadro 7 – Relacionamento alunos e IES no tocante a privilégios e deveres em sua formação ..........56
Quadro 8 – Métodos de ensino mais utilizados no ensino superior .......................................................58
Quadro 9 – Eras da Evolução do Marketing para seu desenvolvimento enquanto disciplina ................60
Quadro 10 – Fases do ensino de Marketing ..........................................................................................61
Quadro 11 – Apresentação e classificação dos estudos utilizados no Estado da Arte ....................................63
Quadro 12 – Cronologia da aplicação dos instrumentos de coleta de dados .........................................72
Quadro 13 – Desdobramento das variáveis da pesquisa ....................................................................... 73
Quadro 14 – Áreas e quantidades de trabalhos finais no CAD entre 2009 e 2013 ............................... 76
Quadro 15 – Trabalhos realizados na área mercadológica entre 2009 e 2013 no CAD ........................ 78
Quadro 16 – Áreas temáticas ENANGRAD ........................................................................................... 81
Quadro 17 – Resumo apresentado no XXIII ENANGRAD por um egresso do CAD ............................. 86
Quadro 18 – Resumo do trabalho apresentado no Congresso Internacional de Administração de Ponta
Grossa PR por um egresso do CAD ....................................................................................................... 86
Quadro 19 – Universidades e cursos de Administração com nota máxima no ENADE 2012 utilizadas no
benchmarking ....................................................................................................................................... 107
Imagem
Imagem 1 – Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia .....................................18
Lista de Gráficos
Gráfico 1 – Áreas de formação utilizadas pelos egressos entre 2009 e 2013 à luz das DCN´s ............ 77
Gráfico 2 – Quantidade de trabalhos realizados entre os anos 2009 e 2013 no CAD/CAMEAM .......... 80
Gráfico 3 – Fatores contribuíram para definição da área de Marketing para realização do TCC ........... 83
Gráfico 4 – Quantidade de trabalhos do CAD, na área de Marketing, publicados em eventos ............. 85
Gráfico 5 – Desafios em escrever o TCC na área de Marketing ............................................................ 87
Gráfico 6 – Contribuição da construção do TCC para carreira/prática profissional ................................ 88
Gráfico 7 – Atuação na área de Marketing atualmente .......................................................................... 90
Gráfico 8 – Importância do Marketing para a formação do administrador na visão dos egressos ......... 92
Gráfico 9 – Alunos respondentes da pesquisa por período ................................................................... 93
Gráfico 10 – Identificação dos discentes com a área de Marketing ....................................................... 94
Gráfico 11 – Freqüência das leituras dos livros e textos indicados pelo (a) docente ............................. 95
Gráfico 12 – Satisfação dos alunos com a quantidade de aulas da disciplina ....................................... 96
Gráfico 13 – Satisfação com o acervo bibliográfico na área de Marketing no CAMEAM ....................... 97
Gráfico 14 – Alunos que tiveram visitas técnicas durante a disciplina de Marketing ............................. 98
Gráfico 15 – Se os objetivos da visita técnica fora alcançados .............................................................. 99
Gráfico 16 – Se as expectativas dos alunos foram superadas após cursar a disciplina ...................... 100
Gráfico 17 – Metodologias e recursos mais usados na disciplina de Marketing .................................. 101
Gráfico 18 – Metodologias e recursos que mais contribuíram para a aprendizagem dos alunos ........ 101
Gráfico 19 – Satisfação dos alunos para com as metodologias empregadas durante a disciplina ...... 102
Gráfico 20 – Sobre a ampliação da carga horária da disciplina Administração Mercadológica ........... 103
Gráfico 21 – Discentes que estão trabalhando atualmente.................................................................. 104
Gráfico 22 – Áreas que os alunos estão trabalhando .......................................................................... 104
Gráfico 23 – Pretensões dos discentes na área mercadológica .......................................................... 105
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................15
1.1 Caracterização da Organização .....................................................................................................16
1.1.1 Histórico do Campus Avançado Profª Maria Elisa de Albuquerque Maia- CAMEAM/UERN..........18
1.1.2 O curso de Administração na UERN ..............................................................................................19
1.1.3 Corpo Docente do Curso de Administração ...................................................................................20
1.1.4 Estrutura organizacional atual do Curso de Administração em Pau dos Ferros RN ......................22
1.2 Situação Problemática....................................................................................................................22
1.3 Objetivos .........................................................................................................................................24
1.3.1 Geral ..............................................................................................................................................24
1.3.2 Específicos.....................................................................................................................................24
1.4 Justificativa .....................................................................................................................................25
2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................................27
2.1 Formação de Administradores ......................................................................................................27
2.1.1 Breve histórico da formação de Administradores no Brasil: Do império ao milagre econômico. ....27
2.1.2 O currículo do curso de Administração no Brasil de 1966 ............................................................31
2.1.3 O Currículo de 1993 .......................................................................................................................32
2.1.4 As diretrizes Curriculares do Curso de Administração 2005. .........................................................33
2.1.5 Os desafios na formação do Administrador ...................................................................................36
2.2 Marketing .........................................................................................................................................38
2.2.1 A gênese do Marketing ..................................................................................................................38
2.2.2 As eras do Marketing .....................................................................................................................39
2.2.3 Conceitos de Marketing .................................................................................................................40
2.2.4 Tipologias do Marketing .................................................................................................................43
2.2.5 Marketing e Administração .............................................................................................................44
2.2.6 Mix Mercadológico .........................................................................................................................45
2.2.6.1 Definindo Produto .......................................................................................................................46
2.2.6.2 Conceituando Preço ...................................................................................................................48
2.2.6.3 Conceituando Praça ...................................................................................................................50
2.2.6.4 Promoção ....................................................................................................................................50
2.2.7 Satisfação de clientes ....................................................................................................................52
2.2.8 Satisfação do aluno enquanto cliente ............................................................................................53
2.3 Ensino ..............................................................................................................................................54
2.3.1 As Tecnologias da Informação e Comunicação e as Metodologias de Ensino ..............................57
2.3.2 Ensino de Marketing em Administrção ...........................................................................................59
2.4 Estado da Arte .................................................................................................................................62
2.4.1 Análise do estágio supervisionado de cursos de administração à luz da aprendizagem em ação.63
2.4.2 Análise da satisfação do aluno para melhoria de um curso de administração. ..............................64
2.4.3 A dialética ensino/prática na administração mercadológica ...........................................................64
2.4.4 As competências na formação de alunos do curso de graduação em Administração da Universidade Federal de Juiz de Fora ....................................................................................................65
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...........................................................................................66
3.1 Tipo da Pesquisa ............................................................................................................................66
3.2 Universo e Amostra ........................................................................................................................70
3.3 Coleta dos Dados ............................................................................................................................71
3.4 Tratamento dos Dados ...................................................................................................................73
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................................75
4.1 Perquirição documental dos trabalhos de conclusão do curso de Administração do CAMEAM/UERN. ....................................................................................................................................75
4.2 As motivações e percepções dos egressos que escreveram seus trabalhos de conclusão de curso na área de Marketing..................................................................................................................83
4.3. A satisfação dos alunos matriculados no semestre 2014.1 que já cursaram a disciplina Administração Mercadológica .............................................................................................................92
4.4 Benchmarking das instituições de ensino superior com conceito máximo no ENADE, ........106
5. CONCLUSÕES, SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................................116
5.1 Conclusões....................................................................................................................................117
5.2 Sugestões ......................................................................................................................................117
5.3 Recomendações ...........................................................................................................................118
5.4 Reflexões Finais ............................................................................................................................118
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................121
APÊNDICES .........................................................................................................................................128
APÊNDICE A: Instrumento de coleta de dados egressos ....................................................................129
APÊNDICE B: Instrumento de coleta discente .....................................................................................131
APÊNDICE C: Acervo bibliográfico da biblioteca setorial do CAMEAM/UERN na área de Marketing ..133
APÊNDICE D: Atividades de estágio....................................................................................................131 ANEXO .................................................................................................................................................121
ANEXO A: Resulução nº 4 de julho de 2005 ........................................................................................121
15
1. INTRODUÇÃO
.
Diferencial competitivo, a busca incessante de empresas que almejam atributos para serem
únicas e superiores aos seus concorrentes é uma marca impressa no mercado globalizado, isto tendo
como intuito dispor produtos e serviços que os clientes valorizem e desejem consumi-los. Neste
raciocínio entra em cena a ciência mercadológica aplicada a Administração como ferramenta mestra no
tangível a elaboração de estratégias eficazes para prospecção e fidelização de clientes.
Considerando a sentença acima e pela significância do profissional em administração no
tangível a elaboração e execução das estratégias mercadológicas no mundo corporativo é que surge a
ânsia de averiguar as contribuições do Marketing na Formação do Administrador tendo o Curso de
Administração do Campus Avançado Profª Maria Elisa de Albuquerque Maia da UERN em Pau dos
Ferros como palco para discussão de tão valiosa temática. A área de Marketing foi efetivamente
inserida nas grades curriculares dos cursos de Administração no currículo mínimo do ano de 1993,
porém sua relevância para os administradores sempre esteve imbricada devido à necessidade de
compreender as múltiplas facetas do mercado mutável.
Conhecer as percepções, concepções, como a satisfação dos alunos matriculados e egressos
do curso de Administração do CAMEAM/UERN em relação à mercadologia possibilita ascender os
refletores sobre essa área e a sua importância para a formação de administradores que necessitam
estar calcados e fundamentados nas principais tendências do mercado. A academia é a base da
formação culta de qualquer indivíduo, partindo dessa premissa, avaliar a pertinência do marketing para
o administrador, também no tocante a relação ensino-aprendizagem, configura-se sendo a pedra
fundamental dessa inquirição.
Na perspectiva de mergulhar mais profundamente nos mares do marketing, identificou-se por
meio de uma minuciosa análise documental, nos arquivos do departamento de administração, todos os
trabalhos finais de curso elaborados na área de Marketing entre os anos de 2009 a 2013, identificando
os egressos autores e, posteriormente, averiguando suas percepções e os valores que estes agregam
a mercadologia. Visando entender como a área de marketing é abarcada em outras instituições
objetivou-se apresentar um benchmarking de matrizes curriculares com nota máxima no Exame
Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) dando ênfase na forma que estas universidades
trabalham o marketing a partir dos seus componentes.
Estruturalmente o trabalho está dividido em cinco tópicos: no primeiro, há a situação
problemática, os objetivos geral, específicos e a justificativa. No segundo tem-se o aporte teórico que é
composto por formação do administrador, marketing, ensino de marketing e estado da arte. No terceiro
encontra-se os procedimentos metodológicos relacionados quanto ao tipo de pesquisa, universo e
16
amostra, coleta e tratamento dos dados. O quarto tópico traz as analises e discussões dos resultados
obtidos na pesquisa. E o quinto traz as conclusões, sugestões e recomendações, que servirão de
embasamento para investigações futuras no curso de Administração do CAMEAM/UERN.
1.1 Caracterização da Organização
Aportado em (Bilhim, 2006 p. 21) que conceitua organização como sendo ―uma entidade
social, conscientemente coordenada, gozando de fronteiras delimitadas que funcionam numa base
relativamente contínua, tendo em vista a realização de objetivos comuns"; a organização na qual
oportunizou o desenvolvimento deste trabalho foi Campus Avançado Professora Maria Elisa de
Albuquerque Maia (CAMEAM) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), por
intermédio do curso de Administração, no qual realizada a pesquisa.
É plausível evidenciar que as informações institucionais aqui apresentadas foram apartadas do
website http://www.uern.br.
A UERN foi criada em 28 de setembro de 1968, pela Lei Municipal nº 20/68. Nasceu com o
nome de Universidade Regional do Rio Grande do Norte - URRN-, vinculada à Fundação Universidade
Regional do Rio Grande do Norte - FURRN. Na história de sua criação aparecem duas outras
instituições, mostrando que a ideia de uma universidade em Mossoró tem origem mais remota.
Figura 1 – Brasão da UERN
Fonte: website UERN (2014)
A primeira é a Faculdade de Ciências Econômicas de Mossoró, criada em 1943 pela
Sociedade União Caixeiral, que já mantinha uma escola técnica de comércio, mas passando a
funcionar, de fato, apenas em 1960. A segunda é a FUNCITEC - Fundação para o Desenvolvimento
da Ciência e da Técnica -, fundada em 1963. Com a FUNCITEC, acelerou-se a oferta do ensino
superior na cidade. Sob sua coordenação, são criadas a Faculdade de Serviço Social de Mossoró, em
17
1965, e o Instituto de Filosofia, Ciências e Letras de Mossoró, no mesmo ano, com os cursos de
Pedagogia, Letras, História e Ciências Sociais, e, em 1968, a Escola Superior de Enfermagem de
Mossoró. Em 1968, a FUNCITEC é transformada em universidade, agregando as quatro faculdades
existentes.
Desde a criação, pelo menos duas fases compõem a história da UERN - a primeira diz respeito
à sua instituição jurídica, a segunda, à verticalização de seus cursos. Três eventos marcam essa
primeira fase: a criação, em 1968; a estadualização, em 1987; e o reconhecimento como universidade,
em 1993, pelo MEC.
Algumas características definem esses períodos: antes da estadualização, como universidade
municipal, o ensino era pago e não havia um corpo docente profissionalizado; estadualizada, ele se
tornou gratuito e pôde-se organizar uma carreira docente, com concursos e plano de carreira; antes do
reconhecimento, o registro dos diplomas expedidos pela UERN era feito pela UFRN; reconhecida, ela
ganhou autonomia didático-científica.
De 1974 a 1980, a UERN promoveu uma primeira expansão, mais geográfica, com a criação
de campi avançados, do que acadêmica. Nesse período, foram criados os campi avançados de Assu
(1974), Pau dos Ferros (1977) e Patu (1980).
A UERN hoje tem como gestor a pessoa do Magnífico Reitor professor doutor Pedro
Fernandes Ribeiro Neto e está presente, de forma direta, com seus campi avançados e núcleos de
educação superior, em 17 (dezessete) cidades do Rio Grande do Norte. São 6 (seis) campi, incluindo o
Campus Central, em Mossoró, a segunda maior cidade do estado, e 11 (onze) núcleos. Os campi
avançados localizam-se em Assú, Pau dos Ferros, Patu, Natal e Caicó. Os núcleos estão sediados nas
cidades de Areia Branca, Apodi, Caraúbas, Umarizal, São Miguel, Alexandria, João Câmara, Touros,
Macau, Nova Cruz e Santa Cruz.
Missão e Visão da UERN
Missão
Promover a formação de profissionais competentes, críticos e criativos, para o exercício da
cidadania, além de produzir e difundir conhecimentos científicos, técnicos e culturais que contribuam
para o desenvolvimento sustentável da região e do país.
18
Visão
Ser reconhecidamente uma universidade autônoma, política e financeiramente, capaz de
planejar e de se auto-avaliar continuamente, com vistas à realização de ações de ensino, de pesquisa
e de extensão, visando a excelência na formação de pessoas e buscando o desenvolvimento
sustentável da sociedade.
1.1.1 Histórico do Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia- CAMEAM/UERN.
Imagem 1 - Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia.
Fonte: Arquivo pessoal (2014)
Localizado nas margens da BR 405, KM 153, bairro Arizona, na cidade de Pau dos Ferros RN
o CAMEAM foi criado pela lei municipal nº 15/76, de 28 de setembro de 1976, sancionada pelo então
prefeito da cidade de Mossoró Jerônimo Dix-huit Rosado Maia. Através da portaria nº 1.292/95 GR-
FURRN de 22 de Setembro de 1995, sendo instalado em 19 de Dezembro 1976. Em homenagem a
primeira coordenadora do campus passou a se chamar Campus Avançado Professora Maria Elisa de
Albuquerque Maia.
Em princípio a sua inauguração ocorreu com os seguintes cursos: Ciências Econômicas, Letras
e Pedagogia. Hoje além desses cursos a instituição oferece os cursos de graduação em Administração,
Educação física, Enfermagem, Geografia e Letras (Língua Portuguesa), Letras (Língua Inglesa) e
Letras (Língua Espanhola). E de Pós-Graduação Latu Sensu: Especialização em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente (Curso de Economia); Especialização em formação do Educador
(Pedagogia); Lingüística Aplicada, Literatura e estudos Culturais e Literatura Infanto-juvenil (Letras
Inglês). Também oferta três cursos de pós-graduação strictu senso, sendo este um mestrado
academico em Letras (2009), mestrado profissional em Letras e o mestrado em Educação.
19
1.1.2 O curso de Administração na UERN
O curso geralmente tem durabilidade de quatro anos, com ressalvas o então ofertado pela
UERN que vigora em uma grade curricular de cinco anos, é ofertado na modalidade de Bacharelado da
área das ciências sociais, contudo há elementos das ciências humanas e exatas.
O ato da Autorização resolução aconteceu por meio da resolução Nº 16/70 do Conselho
Universitário - CONSUNI e teve início no dia 1º de Março de 1977. Em 22 de junho do corrente ano
pelo decreto-lei Federal de 79.836 foi dado o reconhecimento.
Objetivos Formar profissionais capazes de exercer funções de planejamento, direção e coordenação de
atividades de organizações no geral. Formar bacharéis em administração com uma sólida
plataforma de saberes das ciências humanas e sociais capazes de intervir produtivamente no
contexto organizacional, assim, como, no cenário sócio, político e econômico da região;
Formar profissionais capazes de compreender e interpretar o seu contexto social para re-solver
os problemas da prática administrativa de forma criativa;
Trabalhar os conteúdos de forma interdisciplinar e complementar propiciando ao discente a
oportunidade de alinhar o conhecimento teórico com a prática administrativa.
A Resolução nº 4, de 13 de julho de 2005, institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso
(DCNS) de Graduação em Administração:
Formação básica: Antropologia, sociologia, filosofia, psicologia, ética, economia,
contabilidade, tecnologia da comunicação, ciências jurídicas;
Formação Profissional: Teorias da Administração e organizações, recursos humanos,
marketing, materiais, produção, logística, financeira, orçamentária, planejamento;
Estudos Quantitativos: Pesquisa operacional, modelos matemático e estatístico.
O curso de Administração do CAMEAM foi criado conforme portaria nº 048/2003 em 29 de
dezembro de 2003 e iniciou suas atividades em 08 de novembro de 2004.
No tocante a projetos de pesquisa o curso de Administração desenvolveu 05 (cinco) projetos
de pesquisas, a saber: Previsão para arrecadação tributária mediante as séries temporais; Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA) no Território da Cidadania do Alto oeste Potiguar; Gestão Financeira;
20
Qualidade dos empregados dos discentes da graduação do CAMEAM e Gestão Estratégica de
Pessoas. Em vigor atualmente há três projetos: Cadeia produtiva do turismo, do pólo turístico serrano;
Um estudo da gestão dos empreendedores dos bares e restaurantes no espaço às margens da
barragem de Pau dos Ferros RN e os Dilemas na formação de administradores: Em busca de novas
perspectivas. Também o curso desenvolve 02 (dois) projetos de extensão são eles: Clube do
Administrador e Núcleo de Apoio Vocacional para Estudantes (- NAVE).
1.1.3 Corpo Docente do Curso de Administração
No tangível ao seu corpo docente do Curso de Administração do CAD/CAMEAM o quadro a
seguir apresenta o nome do docente, o vínculo, data de admissão, formação e carga horária no
semestre 2014.1
Quadro 01 – Informações pertinentes sobre os docentes do CAD/CAMEAM/UERN
PROF./ PROFª VÍNCULO ADMISSÃO FORMAÇÃO CARGA HORÁRIA
Alexandre Wallace Ramos Pereira
Efetivo 14/11/2007 Especialista 40h
Diana Maria Cavalcante de Sá
Contrato Provisório 24/04/2014 Mestre 20h
Edcarlos Costa de Oliveira
Contrato Provisório 24/04/2014 Especialista 20h
Edivaldo Rabelo de Menezes
Efetivo 23/06/2008 Especialista 40h
Francisco Jean Carlos de Souza Sampaio
Efetivo
18/10/2004
Mestre
40h
João Batista de Freitas
Efetivo 07/11/2007 Doutor 40h
Francisca Joseanny Maia de Oliveira
Contrato Provisório 24/04/2014 Doutora 20h
Laecio da Cunha Oliveira
Efetivo 24/10/2005 Mestre 40h
Michelle Yumi Felipe Okino
Efetivo 10/11/2008 Mestre 40h
Ranieri Carlos Luz de Araújo
Contrato Provisório 24/04/2014 Especialista 40h
Rinaldo Medeiros Alves de Oliveira
Contrato Provisório 24/04/2014 Especialista 40h
Sandra de Souza Paiva Holanda
Efetivo 25/05/2007 Especialista 40h
Sidnéia Maia de Oliveira Rego
Efetivo 02/05/2006 Mestre 40h
Wellington Ferreira de Melo
Contrato Provisório 24/04/2014 Mestre 40h
Fonte: Elaborado pelo autor (2014).
No ano de 2013 o curso de Administração do CAMEAM/UERN em parceria com a Escola de
Governo do Rio Grande do Norte passou a ofertar o Curso Superior em Tecnologia em Gestão Pública
21
(CSTGP). Este curso é ofertado exclusivamente para os servidores públicos estaduais, atendendo
uma demanda da região por ensino superior, os professores do CAD são os mesmos do CSTGP,
sendo o curso coordenado por uma professora do quadro efetivo do Departamento de Administração.
A respeito da Escola de Governo do Rio Grande do Norte é viável ressaltar que a mesma teve
sua estrutura organizacional definida pelo Decreto n° 19.896 de 06 de julho de 2007 e é resultado de
um processo de evolução das políticas públicas estaduais que teve origem no Decreto n° 3.836, de 30
de maio de 1961, na gestão do Governador Aluísio Alves, com a criação do 1° Curso de Administração
Pública (CAP). A oferta de do CSTGP já havia acontecido nas cidades de Natal e Mossoró, porém a
parceria com a UERN em 2013 permitiu a operacionalização deste curso para outras regiões do
estado, especificamente a região do Seridó (Caicó) e o Alto Oeste Potiguar (Pau dos Ferros)
.
Sobre as competências da Escola de Governo do RN, destacam-se:
Identificar necessidades e oportunidades para o recrutamento e seleção de pessoal que melhor
atendam às necessidades da Administração Estadual, analisando as requisições de pessoal e
as solicitações de abertura de concursos ou processos seletivos, considerando sempre a
possibilidade de reaproveitamento ou readaptação;
Coordenar, supervisionar, fiscalizar e , quando for o caso, executar diretamente ou com o apoio
de instituições especializadas, os processos de recrutamento e seleção através de concursos
públicos ou processos seletivos respeitando a legislação em vigor;
Realizar estudos visando o contínuo aperfeiçoamento dos processos de recrutamento e
seleção; ⇒ Realizar diagnósticos e identificar necessidades tendo em vista a contínua
qualificação, capacitação e aperfeiçoamento dos servidores públicos bem como a sua melhor
adequação à exigências dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual
Incentivar, orientar e acompanhar o desenvolvimento de programas e projetos de treinamento
e desenvolvimento de pessoal a serem implementados pelos órgãos e entidades da
Administração pública;
Planejar, coordenar e executar os programas e projetos de treinamento e desenvolvimento de
pessoal voltado para as áreas comuns a toda Administração Estadual ou nos casos que lhe
sejam diretamente atribuídos pelas autoridades superiores;
Realizar estudos e pesquisas voltados para o desenvolvimento e aplicação de novas
tecnologias e instrumentos de treinamento e desenvolvimento
22
1.1.4 Estrutura organizacional atual do Curso de Administração em Pau dos Ferros RN
No ano de 2014 o curso de Administração do CAMEAM/UERN completa dez anos de muitas
conquistas, vitórias e significativas contribuições para a sociedade formando profissionais capazes de
atuar no mercado de trabalho e, principalmente, na ênfase dada aos pilares que sustenta o meio
acadêmico que é a pesquisa e a extensão. Há uma preocupação notória de grande parte dos
profissionais do curso em estar tutorando os discentes direcionando-os pelos mares provocadores e
instigantes da pesquisa científica.
Na perspectiva de compreender como está estruturado o Curso de Administração do
CAMEAM/UERN, apresentamos a seguir o organograma funcional do mesmo:
Figura 2 - Organograma Funcional do curso de Administração do CAMEAM – UERN.
Fonte: Elaborado pelo autor (2014).
1.2 Situação Problemática
O mercado de trabalho tem exigido cada dia que passa profissionais mais capacitados e
dotados de competências e habilidades para atuar em diferentes segmentos com proeza e perspicácia
mediante os problemas que o volúvel mercado impõe.
Graduação
(Cursos)
Administração (CAMEAM)
Curso Superior Tecnológico em Gestão Pública
(Escola de Governo)
Pesquisa
(Grupos)
Núcleo de Estudos Organizacionais do Alto Oeste Potiguar
(NEOP)
Extensão
(Grupos, núcleos, programas e
projetos)
Plenária do CAD Coordenação /
subcoordenação
Secretaria do Curso
Laboratório de Informática
23
Apesar de já ser mais discutida, porém ainda caminhando a passos lentos, compreender o
obscuro, movediço e muitas vezes enigmático processo da Formação de Administradores pode ser
bastante emblemático, em contrapartida há um fascínio que encanta e proporciona debates
extremamente enriquecedores promovendo reflexões a cerca das bases solidificadoras da formação do
profissional em Administração.
Interessante acentuar que a discussão sobre a qualidade na Formação de Administradores é
calcada nos currículos mínimos de 1966, 1993 e a conjuntura da estrutura atual que vigora desde
2005, esta última deu às Instituições de Ensino Superior (IES) uma maior autonomia para elaborarem
suas grades curriculares de acordo com a realidade vivenciada.
O ensino de Marketing em Administração foi contemplado com maior veemência na resolução
nº 02/93, no currículo do ciclo anterior datado de 1966 existia uma disciplina optativa na área de
vendas que fazia uma pouca alusão à ciência mercadológica que emergiria nas grades curriculares dos
cursos de Administração no Brasil.
Ademais as IES têm percebido que a ênfase no tocante ao ensino da mercadologia com
qualidade é um fator determinante para que os alunos consigam desbravar o mercado agindo como
estrategistas condicionando no desenvolvimento organizacional.
Consonante a isso, entra em décor o Curso de Administração do Campus Avançado
Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia (CAMEAM) da Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte – UERN, alvo dessa pesquisa, que buscará abarcar a área de Marketing na instituição com a
profundidade jamais destacada em um trabalho final de curso.
É notório que para entender a pertinência de uma área na formação de um indivíduo, o
pesquisador deve buscar, de forma mais rígida e leal possível, diferentes universos de pesquisa que
podem compreender conhecer desde a concepção, satisfação e pretensões dos alunos matriculados
em curso até as percepções dos egressos, por sua vez, inseridos no mercado, sobre a pertinência do
marketing para sua formação enquanto profissional da Administração.
Hoje é observável que entender a dinâmica do mercado é crucial para o administrador se
posicionar eficazmente frente a seus concorrentes, fornecedores e principalmente entender as
necessidades dos seus clientes. É digno de nota que a matriz curricular do Curso de Administração da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte contempla uma disciplina intitulada ―Administração
Mercadológica‖ com carga horária de 60 horas. Considerando a significância da área de Marketing para
os futuros administradores, para os egressos e enfim, para os administradores em geral, vale
despontar a seguinte interrogação: Quais as contribuições do estudo do Marketing para a
formação do administrador?
24
1.3 Objetivos
Endende-se por objetivo a intenção, finalidade e pretensão para se chegar a algo (Duarte,
2013). Logo, toda pesquisa de cunho científico se propõe responder questionamentos da problemática
evidenciada na inquirição. Os objetivos são divididos em objetivos gerais e específicos. (GIL, 2010;
SILVA 2010).
1.3.1 Geral
O objetivo geral tem como função explicitar de forma genérica e total o que tratará a pesquisa,
Oliveira (2012, p. 8) afirma que o objetivo geral ―procura dar uma visão global e abrangente do tema,
definindo de modo amplo, o que se pretende alcançar‖. Entretanto, a pesquisa em tela tem como
objetivo geral:
Analisar a relevância do estudo do marketing para a formação do administrador do
CAD/CAMEAM.
1.3.2 Específicos
Os objetivos específicos são os desdobramentos e os meios pelos quais o objetivo geral será
alcançado. Oliveira (2013, p. 7) é feliz ao afirmar que estes objetivos ―Tem função intermediária e
instrumental, permitindo de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações
particulares‖.
Perquirir sobre todos os trabalhos de conclusão de curso já realizados na área de Marketing no
CAD/CAMEAM no período de 2009 a 2013
Identificar as motivações que levaram os egressos a elaborarem seus TCCs na área de
Marketing.
Inquirir sobre a satisfação dos alunos do CAD sobre a área do Marketing.
Apresentar um observatório (benchmarking) das IES com conceito máximo no ENADE
vislumbrando suas matrizes curriculares e evidenciando os componentes na área de Marketing
de cada instituição.
25
1.4 Justificativa
O mercado de trabalho contemporâneo tem requerido administradores com aptidões para atuar
com maestria frente os obstáculos que o próprio cenário impõe, para tanto, no tangível a formação, a
área do marketing em administração influencia de forma decisiva nos métodos de como esse
profissional compreenderá as facetas mercadológicas.
Entretanto, percebe-se que em um mercado mutável e volátil a inserção efetiva do marketing
nos cursos de Administração das Instituições de Ensino Superior (IES) se fazia substancial para a
formação de um profissional capaz de analisar, atuar e se posicionar no movediço mercado.
A formalização da profissão do Administrador se deu pela Lei 4.769 de 9 de setembro de 1965
e apesar da disciplina ter sido trazida pela Fundação Getúlio Vargas em meados do século passado, o
primeiro currículo mínimo para os Cursos de Administração de 1966 fazia uma alusão simbólica da
área de Marketing em uma disciplina optativa intitulada de ―Administração da Produção e Vendas‖.
Fez-se necessário a reestruturação de um currículo que não mais abarcava a realidade,
quando precisamente em 05 de agosto de 1993 é aprovado o novo currículo para cursos de graduação
em Administração pelo parecer número 433/93 por onde fica explicitado que as escolas teriam
liberdade de criação em relação às cadeiras de acordo com a realidade vivenciada, levando em
consideração os aspectos regionais e devendo contemplar essencialmente que,
qualquer proposta de mudança curricular não implicaria simples alteração de uma lista de matérias, disciplinas e carga horária. O currículo deve ser entendido em sua dimensão mais ampla de desempenhos esperados, de desejado relacionamento como meio a que serve, suas instituições, organizações, professores, alunos, empresas, devendo sobrepujar-se mesmo ao pragmatismo da própria escola, envolvendo-se com sua ideologia e filosofia de educação (ANDRADE; AMBONI, 2005, p. 11-12).
Emergia juntamente com o currículo de 1993 a Administração Mercadológica de forma
obrigatória nas matrizes curriculares das IES dando liberdade a estas para explaná-la factualmente
embasadas nos princípios norteadores do Marketing moderno.
Com a resolução CNE/CES nº 4, de 13 de julho de 2005 a matriz curricular do curso de
Administração abandona a idéia de currículo mínimo e passa a ser enredada por competências com
eixos focados na formação crítica do profissional em Administração; a partir disso o Marketing só se
intensifica como força motriz do desenvolvimento organizacional. Considerando que não há como
desassociar Marketing e Formação do Administrador a presente pesquisa, caracterizada como básica
estratégica, se propõe a investigar todos os trabalhos de conclusão de curso disponíveis no
departamento de Administração, com ênfase nas produções em marketing; posteriormente analisar as
26
motivações que impulsionaram os egressos do referido curso a redigirem seus trabalhos finais na área
de Marketing; em seguida, clarificar e analisar a satisfação dos alunos que cursaram a disciplina
Administração Mercadológica no curso de Administração do CAMEAM/UERN
Na pesquisa vislumbram-se aspectos relevantes ao ensino, também será feita uma observação
dos componentes curriculares em marketing em IES com nota máxima no ENADE. É importante frisar
que esta pesquisa, em nenhum momento, será analisada a qualidade do ensino da disciplina de
Marketing no CAD/CAMEAM/UERN e sim, sua parcela de contribuição para a formação do publico
envolvido.
Interessante relatar que esta pesquisa, para o curso de Administração, organização onde se
desenvolveu o estágio supervisionado, renderá informações preciosas tanto no tangível a base de
dados formada pelas análises dos TCCs contribuindo de maneira ímpar na facilitação do acesso à
pesquisa pelos interessados nas produções, como também por servir como norte para uma possível
reformulação na matriz curricular no que compete aos componentes na área de marketing.
Para a ciência, vale tecer que um trabalho com essa proposta contribui por vangloriar a área de
Marketing compreendendo a sua relevância por diferentes visões e contextos abrindo horizontes para
pesquisas futuras. Desafiador e instigante é como esse trabalho é rotulado, pois é evidenciado que
não há, na organização em tela, investigações específicas que retratem as contribuições do Marketing
na formação do administrador de maneira tão intrínseca.
27
2. REFERENCIAL TEORICO
Esta seção do trabalho compreenderá aporte teórico que dará sustentação a pesquisa haja
visto que, apresentar estudos e conceitos elaborados sobre a problemática evidenciada serve como
pilar sustentador de um estudo de cunho científico. Nesta ótica, Vergara (2007, p. 35) destaca:
Neste contexto denomina-se referencial teórico o capítulo do projeto que tem por objetivo apresentar os estudos sobre o tema, ou especificamente sobre o problema, já realizado por outros autores. Faz, portanto, uma revisão da literatura existente no que concerne não só ao acervo de teorias e suas críticas, mas também a trabalhos realizados que as tornam como referências.
2.1 Formação de Administradores
Estamos inseridos em um mundo amplamente competitivo que, analogicamente, como na lei
da selva, perpetuará a soberania de quem for mais forte. Porém, na sociedade da Gestão do
Conhecimento que se configura como pilar sustentador para sucesso organizacional, sobressairão os
indivíduos e as empresas que considerem o capital intelectual elemento viabilizador para enfrentar as
batalhas impostas.
Por este viés, considerando que Formação e conhecimento caminham lado a lado (CARBONE,
2009, p. 34) conhecimento como sendo ―um dos pilares da competência. No contexto empresarial, o
conhecimento humano pode ser visto como um recurso, uma vez que ele oferta soluções para
problemas concretos e não se desgasta com o uso, se renova e se potencializa‖.
É impossível transcorrer sobre o universo enigmático, delicado e movediço da Formação dos
profissionais da Administração sem se debruçar sobre a contextualização histórica do surgimento das
escolas que começaram a difundir a ciência pelo Brasil.
2.1.1 Breve histórico da Formação de Administradores no Brasil: Do império ao milagre econômico.
Apesar de ser, no Brasil, uma ciência bastante jovial, as primeiras escolas de Administração
surgiram nos Estados Unidos nos anos finais do século XIX, marco de criação da Wharton School, da
Universidade da Pensilvânia, onde se iniciou os primeiros cursos da área que, na época adotavam um
modelo de ensino para formação de tecnólogos, modelo este que se alastrou por países tanto da
América Latina como da Europa.
28
No Brasil, de acordo com dados do Conselho Federal de Administração, o início do ensino em
Administração é datado em 1952, nesta mesma época os EUA já formavam cinqüenta mil bacharéis
por ano. Nicolini (2002) mergulha mais profundamente e afirma que a história dos cursos superiores de
Administração, no Brasil, emerge logo no início do século XIX, concomitantemente com um longo
processo de definição sobre quais seriam as fronteiras do campo do saber administrativo.
O célebre Silva (1950 apud FISCHER, 1984, p. 280), ―a idéia de se implantar o ensino de
administração pública no Brasil surge no Império, através de pronunciamento de parlamentares como o
Barlo de Uruguaiana e o Barlo de Bom Retiro, registrados em 1854‖.
É oportuno destacar que mesmo no império existia uma preocupação com a formação do
administrador público evidenciada pelo legislativo, como realça Andrade (1995, p. 15)
A insuficiência de preparo dos servidores foi ressaltada pelo Deputado baiano Ângelo Moniz da Silva Ferraz, mais tarde Barão de Uruguaiana, que recomendou, ainda em 1854, a instrução profissional para os ramos da Indústria e da Pública Administração. A idoneidade e a instrução precisa seriam toldadas pela ausência de ensino das matérias administrativas, apreendidas apenas por esforço particular no desempenho ocasional da atividade pública. A Ciência da Administração deveria ser estimulada e não somente ser privilégio de ilustrados estudiosos que tivessem aventura de ir para o exterior.
Focando mais especificamente no surgimento da ciência no Brasil, (Nicolini, 2002, p. 5) clarifica
que:
São datados de 1902 quando duas escolas particulares passam a ministrar estudos da Administração a Escola Álvares Penteado, no Rio de Janeiro, e a Academia de Comércio, em São Paulo. Logo no ano de 1905, e através do Decreto Legislativo n.º 1.339, o Governo Federal reconhece como sendo de utilidade pública estes dois cursos e concede validade ao diploma por elas conferido.
Interessante evidenciar que até 1931 o ensino de Administração não era regulamentado,
somente na criação do Ministério da Educação, com o presidente Getúlio Vargas e a estruturação do
ensino. Coelho (2008) defende que o ensino de administração até a década de 30 era
assombrosamente assemelhado aos cursos de bacharéis em ciências jurídicas o que contribuiu
significativamente para os empecilhos para a implementação de um curso superior genuinamente
alicerçado nos pilares da Administração.
Ainda nos meados da década de 30, por meio da Reforma Constitucional Francisco Campos,
apareceu uma concepção de um curso superior em Administração e Finanças, porém foi frustrada,
surgindo assim o curso superior em Ciências Econômicas com foco proposital na capacitação intensiva
dos profissionais. Sobre essa fase Nicolini (2003, p. 45) enriquece a discussão expondo
29
Nessa época, a consolidação dos cursos superiores em Administração ainda estava a três décadas de sua regulamentação. Porém, a mudança e o desenvolvimento da formação social brasileira a partir da Revolução de 1930 demandavam a preparação de recursos humanos, na forma de técnicos e tecnólogos de várias especializações, assim como métodos de trabalho mais sofisticados. Eram necessidades criadas pelo crescimento econômico, pelo desenvolvimento de infra-estrutura social e pela infra-estrutura nascente de transportes, energia e comunicações.
Em seqüência, cronologicamente explanando, o período que conhecemos como Segunda
República (1930 – 1945) é exposto por Coelho (2008, p. 6) o ―deslocamento do centro dinâmico da
economia brasileira para um sistema industrial, trazendo à tona o processo de urbanização, impeliu o
Estado para investimentos na indústria de base, na infraestrutura de comunicações, transporte e
energia e nas políticas sociais‖. Desta feita, para que houvesse capacidade de execução dos projetos
de desenvolvimento econômico-social, são criadas as sociedades de economia mista, autarquias e
ministérios, enfatizando a Administração Pública como crucial para êxito organizacional.
Concomitantemente, é criado por empresários e intelectuais, em São Paulo, em 1931, o
Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT) tinha como um dos objetivos principais
―difundir as teorias da Administração Clássica e Científica, como seus métodos no intuito de aperfeiçoar
o desempenho gerencial para solução de problemas ligados a racionalização da Administração das
empresas em geral‖. (Nicolini, 2003)
Fischer (1984, p. 107) norteia,
[...] em janeiro de 1948 Roberto Campos propõe à Organização das Nações Unidas um projeto criando a Escola Nacional de Administração nos moldes da Escola Nacional de Administração Francesa (ENA). Porém, somente em 15 de abril de 1952, que veio a ser instalada a Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP), como resultado de duas reuniões que foram realizadas em Lake Success (EUA) e no Rio de Janeiro, e das quais participaram técnicos brasileiros da FGV e do Governo Federal, representantes da ONU e professores americanos.
A EBAP, logicamente, tinha como premissa a formação de especialistas em Administração
Pública, em contrapartida a Fundação Getúlio Vargas uma escola de Administração de Empresas,
então surge em 1954 a Escola de Administração de Empresas de São Paulo que, como acrescenta
(Coelho, 2006. p. 30) ―instituía um bacharelado destinado a formar profissionais especialistas nas
modernas técnicas de gerência empresarial e no intuito de atender as expectativas do empresariado
local‖.
Ademais, é plausível salientar que, no transcorrer da década de 1960 o bacharelado em
Administração Pública se sobressaia em alguns aspectos como número de matriculados, formandos e
quantidade de cursos, Coelho, (2006, p. 41) verbaliza que:
30
―[...] mais do que a desconsideração do técnico de administração como profissional liberal (o que mudaria com a Lei n.º 4.769 e com o Decreto n.º 61.934), talvez, uma explicação para o predomínio de ensino de AP sobre o ensino de AE no Brasil até o prelúdio do milagre econômico, era a hegemonia do ‗administrador patrimonial‘ ante o ‗administrador profissional‘ nas empresas nacionais‖.
Logo, esmiuçando o fragmento anterior o administrador patrimonial seria aquele no qual o
poder era derivado da propriedade, pois pairava na esfera empresarial brasileira nesta época a ideia de
que a atuação eficaz do administrador de grandes organizações estaria voltada ao gerenciamento
focado no patrimônio, deixando em segundo plano alguns aspectos cruciais para o desenvolvimento
organizacional abarcados pela Administração de Empresas e geral.
A migração do ―patrimonial‖ para o ―profissional‖ se deu devido às exigências impostas pelo
desenvolvimento econômico que aflorava de maneira exacerbada implicando no crescimento das
empresas, na complexidade em geri-las e na necessidade de burocratizá-las racionalizando-as com
embasamento nos primores da eficiência.
Porém, data-se que a partir de 1964 com a regularização do ensino de Administração de
Empresas foi aberto um campo vasto de oportunidades que viabilizou a expansão do profissional capaz
de mudar a realidade das empresas.
A década de 1970 é descrita na celebre obra de Fisher (1984) como o ―declínio do papel do
administrador público e pelo apogeu do tecnocrata, exacerbação máxima da racionalidade funcional e
dos princípios desenvolvimentistas‖.
Posteriormente, precisamente em 1977, a EBAP considerada pilar sustentador e pioneira no
ensino de Administração Pública no Brasil, começou a incorporar em sua grade curricular cadeiras da
Administração de empresas na perspectiva de formar profissionais aptos a atuar em diversas
ramificações da ciência, o que culminaria na transição definitiva do curso de graduação em
Administração Pública para o curso de graduação em Administração, ampliando ainda mais o leque de
oportunidades e áreas de atuação, desmistificando assim a formação do administrador público como
requisito para o desenvolvimento do país.
Em suma, o ensino de Administração no Brasil tem sua gênese na Administração Publica que
se perpetuou desde o Brasil império. (Silva 2007, p. 2) acrescenta que ―o ensino de Administração foi
fortemente influenciado pelo conhecimento produzido nos Estados Unidos‖.
31
2.1.2 O currículo do curso de Administração no Brasil de 1966
É salutar intensificar que o surgimento do profissional em Administração no Brasil aparece na
primeira metade do século XX, com entorno de 50 anos depois dos Estados Unidos, com caráter
bastante instrumentalista, tecnicista e notável influencia das práticas da formação daquele país.
O ensino de administração era direcionado na formação de um profissional capaz de
compreender a dinâmica da industrialização ascendente na época e que foi aumentando
gradativamente até a regularização da profissão na década de sessenta pela Lei 4.769 de 9 de
setembro de 1965, que como a mesma vigora, o acesso ao mercado de trabalho ―ficaria restrito aos
portadores de títulos expedidos pelo sistema universitário nacional regulamentado‖.
O currículo mínimo de 1966, no que tange a distribuição de disciplinas foi dividido em três
áreas, como frisa Bencke e Gilioli (2013), a saber:
Matérias de cultura geral
Matérias Instrumentais
Matérias de Formação Profissional
Desta feita, como aponta o parecer do Ministério da Educação e da Cultura, este currículo
deveria servir apenas como uma ―espécie de cabedal sobre o qual o vivo dinamismo das escolas
promove as mais diversas explorações, combinando livremente os seus elementos na formação de
novos pontos de enfoque ou de novas disciplinas‖
Entrevendo sobre as disciplinas do currículo mínimo da ciência administrativa, o parecer de
número 307/66 expõe que as disciplinas obrigatórias para obtenção de Técnico em Administração
seriam compostas por Matemática, Estatística, Contabilidade, Teoria Econômica, Economia Brasileira,
Psicologia Aplicada à Administração, Sociologia Aplicada à Administração, Instituições de Direito
Público e Privado (incluindo Noções de Ética Administrativa), Legislação Social, Legislação Tributária,
Teoria Geral da Administração, Administração Financeira e Orçamento, Administração de Pessoal,
Administração de Material.
Além das disciplinas acima citadas (Andrade; Ambroni, 2004) apontam que se fazia obrigatório
a escolha de uma das disciplinas optativas: Direito administrativo ou Administração de produção e
vendas. Além da obrigatoriedade da realização de um estágio supervisionado.
É imprescindível frisar que, por meio do parecer número 788, de 4 de junho de 1973, com um
leque ramificado de disciplinas, à Administração incumbiria, neste currículo, formar profissionais
capazes de atuar em diversas áreas do conhecimento criando pontes interdisciplinares com demais
32
ciências expandindo os horizontes das áreas de atuação do profissional em administração. Este fato
ocasionou bastante força e relevância tanto para ao curso como para o desenvolvimento nacional.
2.1.3 O Currículo de 1993
Entretanto, foi somente após vinte e sete anos da aprovação do primeiro currículo mínimo que
a Associação Nacional dos Cursos de Graduação (ANGRAD) e o Conselho Federal de Administração,
preocupados com a qualidade dos cursos e sentindo a necessidade de uma mudança no currículo já
ultrapassado aferiram em conjunto e precisamente em 05 de agosto de 1993 é aprovado o novo
currículo para cursos de graduação em Administração pelo parecer número 433/93 por onde fica
explicitado que as escolas teriam liberdade de criação em relação às cadeiras de acordo com a
realidade vivenciada levando em consideração os aspectos regionais e devendo contemplar
essencialmente, como frisa (Andrade; Ambroni, 2005, p. 11-12), que
qualquer proposta de mudança curricular não implicaria simples alteração de uma lista de matérias, disciplinas e carga horária. O currículo deve ser entendido em sua dimensão mais ampla de desempenhos esperados, de desejado relacionamento como meio a que serve, suas instituições, organizações, professores, alunos, empresas, devendo sobrepujar-se mesmo ao pragmatismo da própria escola, envolvendo-se com sua ideologia e filosofia de educação.
Assim, a formação do administrador graduado passou a ser enfatizada cada vez mais no intuito
de inseri-lo no mutável e dinâmico mercado de trabalho que fosse capaz de compreender as mudanças
na sociedade na economia e na mercadologia. Voga destacar que, pedagogicamente, o currículo de
1993 mudou de forma drástica e positiva o ensino de Administração no Brasil abandonando o
pragmatismo do ciclo de 1966 como arrazoa (Andrade; Ambroni, 2004, p. 17)
O problema essencial não é criar uma arquitetura curricular como uma lista de tópicos a serem atingido, em uma visão empobrecida e negativa que, usualmente, tem limitado e inibido a autonomia e a criatividade da escola na formação e implementação de sua proposta pedagógica. O fundamental é a utilização, na construção do currículo pleno, de uma metodologia que utilize o currículo mínimo como um instrumento e não como uma proposta acabada em si mesma.
O autor assevera e critica ferrenhamente a metodologia empregada no currículo antigo em que
o ensino e a formação eram robotizados e não dava margem e autonomia às instituições de ensino
para que estruturassem suas realidades em contraposição ao que designava o currículo em tela.
33
Como evidencia a Resolução n° 2/93, as matérias desse novo currículo foram reagrupadas em
formação básica e instrumental com total de 720 horas-aula e formação profissionais com 1.020 horas
aula esmiuçadas a seguir:
Quadro 2 - Disciplinas do Currículo de 1993.
FORMAÇÃO BÁSICA INSTRUMENTAL FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Economia Teoria da Administração
Direito Administração Mercadológica
Matemática Administração da Produção
Estatística Administração de Recursos Humanos
Contabilidade Administração Financeira e Orçamentária
Filosofia Administração de Recursos Mat. e Patrimoniais
Psicologia Administração de Sistemas de Informação
Sociologia Administração de Sistemas e Métodos
Informática Formação Básica
Fonte: Elaborado pelo autor (2014) embasado na Resolução n° 2/93.
Surgem disciplinas eletivas e complementares com carga horária total de 960 horas-aula. O
tempo útil do curso é fixado em 3.000 horas-aula, sendo o tempo de integralização mínimo de quatro
anos e o máximo de sete anos letivos (BRASIL, 1993).
Logo, (Andrade e Amboni, 2005. p. 13) valiosamente expõem que:
Busca-se um currículo que atenda às necessidades do meio social e eventualmente aos projetos de um ou outro segmento da sociedade significa imprimir a esse currículo não uma arquitetura monolítica, mas uma construção que, sendo organicamente articulada, também é permeável às demandas de entradas e reentradas, tanto de clientela quanto de conteúdos que venham ao encontro das necessidades de um país em processo de definição como o nosso, ainda em busca de modelos institucionais que estejam mais próximos de fatos, e por isso mesmo, mais apto a fomentar-lhes a força criadora.
2.1.4 As diretrizes Curriculares do Curso de Administração 2005.
Novas orientações e um novo olhar para a formação de administradores à luz da resolução
das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração de 2005 (Anexo A).
Aprovado pela resolução CNE/CES nº 4, de 13 de julho de 2005 a matriz curricular do curso de
Administração abandona a idéia de currículo mínimo e passa a ser enredada por competências com
eixos focados na formação crítica do profissional em Administração que englobam quatro esferas
conteudísticas a serem trabalhadas:
34
Conteúdos de Formação Básica – neste eixo temático serão desenvolvidos conteúdos para a
fundamentação do profissional que se pretende formar relacionados com estudos
antropológicos, sociológicos, filosóficos, psicológicos, ético-profissionais, políticos,
comportamentais, econômicos e contábeis, bem como os relacionados com as tecnologias da
comunicação e da informação e das ciências jurídicas, englobando como exemplo as
disciplinas: Contabilidade Geral, Análise de Demonstrativos financeiros, Estrutura e Análise de
Custos, Economia, Filosofia; Direito Público e Privado; Sociologia aplicada à Administração e
Português Instrumental.
Conteúdos de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias – neste quesito pretende-se
instrumentalizar o futuro profissional com métodos de estudos quantitativos aplicados à sua
área de formação abrangendo pesquisa operacional, teoria dos jogos, modelos matemáticos e
estatísticos e aplicação de tecnologias que contribuam para a definição e utilização de
estratégias e procedimentos inerentes à administração; Por exemplo: Fundamentos de
Matemática Elementar, Cálculo Diferencial e Integral, Estatística e Probabilidade e Matemática
Financeira.
Conteúdos de Formação Profissional – Aqui são trabalhadas disciplinas específicas da
formação da área de Administração, envolvendo teorias da administração e das organizações
e a administração de recursos humanos, mercado e marketing, materiais, produção e logística,
financeira e orçamentária, sistemas de informações, planejamento estratégico e serviços.
Conteúdos de Formação Complementar - estudos opcionais de caráter transversal e
interdisciplinar para o enriquecimento do perfil do formando. Pretende-se neste eixo temático
que o aluno possa por meio das disciplinas optativas terem uma possibilidade de enriquecer o
seu perfil. Como por exemplo: Libras, Turismo, Administração Hospitalar e Empreendedorismo
(CNE/CES, 2005)
Para Andrade e Amboni (2005), ao aprovar as diretrizes nacionais para os cursos de
graduação em Administração, a intenção era garantir flexibilidade, criatividade e responsabilidade das
IES na elaboração de suas propostas curriculares por curso, de acordo com os objetivos e as metas
contidas no Plano Nacional de Educação.
No tocante as competências e habilidades que o curso deve oferecer e contemplar para
formação dos profissionais, o artigo 4º da resolução de 2005 menciona, pois:
35
I – reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir
modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e
exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;
II – desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos
processos de negociação e nas comunicações interpessoais e intergrupais;
III – refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na
estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;
IV – desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações
matemáticas, presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos administrativos e
de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos
organizacionais e sociais.
V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender,
abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício
profissional;
VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o
ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais,
revelando-se profissional adaptável;
VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações;
VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias
administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais.
É neste ultimo ciclo que vigora a transversalidade e interdisciplinaridade do ensino, ampliando
os horizontes da aprendizagem abandonando a idéia que cada especialista deveria seguir
rigorosamente suas práticas docentes pragmáticas e entendendo que os conteúdos a serem tratados
em sala de aula devem satisfazer o alunado o que conseqüentemente resultará em bases mais sólidas
em relação à formação do administrador.
Foi atribuída uma maior liberdade às Instituições de Ensino Superior, mas em contrapartida as
responsabilidades aumentaram consideravelmente como vislumbra Rego (2013 p. 34-35)
As conquistas trazidas pelas diretrizes curriculares em 2004, representaram maior liberdade e, ao mesmo tempo, trouxeram mais responsabilidades para os cursos pensarem seus projetos pedagógicos em consonância com as demandas da sociedade na qual o curso está inserido. Entretanto, transformar essas orientações em ações concretas continua sendo um desafio para a maioria dos cursos no Brasil.
36
2.1.5 Os Desafios na Formação do Administrador
Antes de tecer comentários sobre o processo de formação de administradores é interessante
frisar sobre o órgão de regulação da profissão. No nosso país o órgão que regulamenta os
profissionais formados em Administração é o Conselho Federal de Administração (CFA), tendo como
principais finalidades propugnar por uma adequada compreensão dos problemas administrativos e sua
racional solução, orientar e disciplinar o exercício da profissão de Administrador, sanar dúvidas
suscitadas nos Conselhos Regionais, julgar, em última instância, os recursos de penalidades impostas
pelo Conselho Regional de Administração (CRA), votar e alterar o Código de Ética Profissional dos
Administradores, além de zelar pela sua fiel execução, e promover estudos e campanhas em prol da
racionalização administrativa do País. Este tem como missão promover a Ciência da Administração
valorizando as competências profissionais, a sustentabilidade das organizações e o desenvolvimento
do país.
A Resolução nº. 04 de 13 de julho de 2005 reformulou os cursos de Administração no que diz
respeito à forma, concepção filosófica, a metodologia, a definição do que fazer, e como fazer do curso,
visando que as instituições formem profissionais aptos a atuarem no atual mercado. Ou seja, o
mercado precisa de profissionais, com conhecimentos, habilidades e atitudes, capazes de enfrentar as
rápidas mudanças que ocorrem no meio ambiente, além de possuir lógica de raciocínio, boa
comunicação, habilidade para trabalhar em grupo (BRASIL, 2005).
Vale frisar que o novo Código de Ética Profissional (CEPA), aprovado Resolução Normativa
CFA nº 393, de 6 de dezembro de 2010. Esse Código tem o intuito de regulamentar... ―de forma a
regular a conduta moral e profissional e indicar normas que devem inspirar o exercício das atividades
profissionais‖, tem o objetivo de dar diretrizes para que o administrador desenvolva a sua capacidade
de pensar, visualize seu papel e torne sua ação mais eficaz diante da sociedade. (CFA, 2014)
De acordo com dados fornecidos pelo Conselho Federal de Administradores em janeiro de
2014 havia 343.647 administradores credenciados pelos CRA,s em todo o Brasil, sendo o estado de
São Paulo com 62.066 licenciados ocupando o primeiro lugar da relação, já o RN totaliza o número de
4.541 administradores. Esses dados são curiosos visto que, esses números, apesar de verídicos, não
representam a quantidade de administradores formados por IES em todo o país. Logo, estima-se que
existam mais de 1.308.476 (um milhão trezentos e oito mil e quatrocentos e setenta e seis) egressos,
de acordo com o Ministério da Educação – MEC.
De acordo com CFA (2011) o perfil dos administradores apresenta que sua maioria
É do sexo masculino, casado e com dependentes;
Tem idade média de 39,3 anos;
37
É egresso de universidades particulares;
Concluiu o curso de Administração entre 2000 e 2011;
Possui especialização em alguma área da Administração;
Trabalha em empresas de grande porte (serviços e indústria) e órgãos públicos;
Atua nas áreas de Administração Geral e Finanças;
Possui carteira profissional assinada;
Ocupa cargos de gerência;
Os debates que envolvem o processo da formação do profissional em administração são
bastante fervorosos e tem aflorado bastante atenção sendo alvo, na maioria das vezes, de críticas
fundamentadas em um pragmatismo exarcebado e uma distancia gritante entre teoria e prática.
Sabe-se que estamos inseridos em uma cultura em que se perpetua a cada dia o
individualismo e a predominância dos mais preparados para atuar no mercado. Sobre esta nova
cultura, (Comblin 2002, p. 16) é imensamente feliz ao dizer que
A nova cultura é cultura de mercado, capitalista, individualista, globalizada. Nela todos devem competir para ganhar. Quem fica esperando na retaguarda perde. É preciso lutar para vencer. É preciso mostrar capacidade, mostrar bens atrativos. É preciso convencer. Não adianta ser dono da verdade se as pessoas não reconhecem como tal.
Por intermédio da citação acima é possível constatar que a pedra fundamental para munir-se
de habilidades no intuito de ser um profissional bem preparado, está em uma construção sólida na
formação do indivíduo, pois não adianta freqüentar e cursar todas as disciplinas de um curso de
graduação oferecidas por uma Instituição de Ensino Superior (IES) sem abstrair a essência da ciência
administrativa.
É notório que os cursos de Administração têm crescido com uma agilidade assombrosa e
concomitantemente os profissionais da área se proliferam. Em sua memorável obra ―Pesquisa e Ensino
em Administração‖, Bertero (2006) destaca que esse aumento gradual dos cursos e,
conseqüentemente, do número de alunos matriculados nas IES se dá por meio da grande relevância
que a Administração tem para a sociedade. Entretanto esse crescimento vertiginoso merece de
reflexos sobre os rumos que tais cursos estão tomando.
De uma forma bastante contemporânea, mesmo considerando a dificuldade para diferir os
perfis, (Bertero, 2006. p. 45) explana que há três segmentos para separação e compreensão da
formação de administradores: o burocrata, o empreendedor e o executivo
38
Não existem em estado puro, na realidade, na medida em que todo profissional acaba mesclando em sua personalidade e seu comportamento traços dos três tipos aqui propostos. Entretanto, sem chegar a ser tipos ideais no sentido weberiano, nos auxiliam no entendimento do que se pode esperar de um profissional de administração.
Em relação à base de qualquer formação de um indivíduo, o ensino de Administração durante
muitos anos tinha como propósito o foco tecnicista voltado para a formação de administradores
capazes de suprir as demandas industriais existentes. Rapidamente o processo ascendente da
globalização e as novas concepções de empregabilidade praticamente obrigaram as IES a
reestruturarem seus projetos pedagógicos voltando-se para a formação por competências e habilidades
com foco generalista abarcando todas as áreas funcionais da Administração.
Alguns estudiosos expõem friamente que mesmo com o abandono das idéias de currículo
mínimo e a reestruturação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Administração as
instituições de ensino continuam privilegiando em suas práticas pedagógicas os mesmos objetivos
quantificáveis de formação conteudística resgatando a formação tecnicista dos anos 70.
2.2 Marketing
O marketing é uma ciência que está diretamente envolvida no dia a dia dos profissionais de
administração, haja vista que o marketing é capaz de explicar a dinâmica do mutável mercado fazendo
com que esses profissionais sejam constantemente solicitados no mundo corporativo agindo como
estrategistas. Ademais, a área mercadológica abarca um amplo leque conceitual substancial para a
formação do administrador.
Este capítulo vislumbrará conceitos pertinentes à área com aporte nos seus principais autores
com vistas ancorar cientificamente o que se pretende investigar nesta pesquisa.
2.2.1 A gênese do Marketing
O marketing tem suas raízes fincadas desde o início da história da humanidade, onde o
homem era inteiramente consumista, pois caçava, plantava e colhia para uso próprio. Posteriormente
surge o indivíduo mercantilista que trocava suas sobras de comida e insumos, de acordo com Cobra
(2009) ―na antiguidade o marketing tinha como principal objetivo a otimização das trocas e transações‖.
Ademais, Las Casas (2006, p. 3) assevera que ―o marketing é uma atividade de comercialização que
teve a sua base no conceito de troca.‖
39
Contrapondo essa ótica do Marketing Valente (2002) intensifica que ―essa forma tradicional do
marketing de apena vender produtos está cada vez mais defasada‖.
Entretanto, cientificamente falando, o marketing é um campo de estudo jovem em relação às
demais ciências, sendo que foi somente com a Revolução Industrial, através de uma drástica mudança
no mercado que migrou de vendedores para um mercado de compradores sendo que esta estimulou
notoriamente a produção de bens de consumo e, conseqüentemente, o acirramento da concorrência
em grande escala que intensificou a preocupação de atentar os anseios, necessidades e desejos dos
clientes, logo, por sua vez, segundo Costa; Talarico (1996, p.19), desejo é ―um fator psicológico que se
caracteriza pela vontade de possuir ou adquirir algo; [...]‖
2.2.2 As eras do Marketing
No que diz respeito à história do Marketing o mesmo é dividido em três grandes eras retratadas
a seguir:
Quadro 03 – Três eras na história do marketing
ERA PERÍODO ESTIMADO DESCRIÇÃO SUMÁRIA
Era da produção Meados de 1925 Não havia preocupação com as vendas; produzir e consumir era o foco.
Era das vendas De 1925 a 1950 Ênfase à força de vendas; fase em que se preocupa em convencer o consumidor a adquirir o produto.
Era do Marketing Segunda metade do século XX O consumidor é visto como elemento essencial para o sucesso; suprir suas necessidades e desejos é o que deve ser feito.
Fonte: Elaborado pelo autor com base em COBRA (2009, p. 04 – 05)
Esmiuçando o quadrângulo anterior, sobre a Era da produção, vale frisar que esta é uma das
filosofias mais primitivas das relações de comercialização. Las Casas (2006, p. 35) expõe o conceito de
produção como sendo:
Conceito de produção assume que os consumidores darão preferência aos produtos que estiverem amplamente disponíveis e forem de preço baixo. Os gerentes de organizações orientadas para a produção concentram-se em atingir eficiência de produção elevada e distribuição ampla.
Nesta ótica, Kotler (2007) afirma que gerentes de empresas orientadas para a produção
concentram-se em alcançar alta eficiência de produção, baixos custos e distribuição em massa. No
tocante a era datada antes dos anos cinqüenta e rotulada de ―Era das Vendas‖ existia uma produção
40
exageradamente mal planejada o que obrigou a venda, por meios de estratégias, de produtos em
estoque.
Nesta perspectiva Kotler (2007, p. 36) clarifica que ―o conceito de venda assume que os
consumidores, se deixados sozinhos, normalmente, não comprarão o suficiente dos produtos da
organização. Assim, a organização deve empregar um esforço agressivo de venda e de promoção.‖
O mesmo autor também acrescenta que a orientação de vendas é praticada de maneira mais
agressiva com produtos pouco procurados, que os compradores dificilmente pensam em comprar,
como seguros, enciclopédias e jazigos funerários. Kotler (2007).
A última era classificada como a ―Era do Marketing‖ é o que há de mais inovador no que se diz
respeito ao bom uso perspicaz das ferramentas mercadológicas, nesta era o consumidor é visto como
um grande parceiro. ―Esta era é caracterizada pela orientação ao consumidor, ou seja, no atendimento
de suas necessidades e desejos‖. Las Casas (2006, p. 6). Na era do Marketing destaca-se o que se
chama de ―Marketing Holístico‖ sendo esta a união das práticas visionárias que aproximam o alcance
de objetivos traçados e para sucesso organizacional, nesta tendência (Kotler, 2007, p. 15) ratifica:
O marketing holístico pode ser visto como o desenvolvimento, o projeto e a implementação de programas, processos e atividades de marketing, com o reconhecimento da amplitude e das interdependências de seus efeitos. Ele reconhece que no marketing 'tudo é importante' — o consumidor, os funcionários, outras empresas e a concorrência. assim como a sociedade como um todo — e que muitas vezes se faz necessária uma perspectiva abrangente e integral. Os profissionais de marketing devem lidar com uma variedade de questões e certificar-se de que as decisões em uma área são coerentes com as decisões em outras.
2.2.3 Conceitos de Marketing
O conceito de Marketing moderno emerge por volta do ano de 1950, onde a industrialização
mundial caminhava em passos largos em seu desenvolvimento, inicialmente, por volta de 1950 a
American Marketing Association (AMA) definiu Marketing como ―o desempenho das atividades de
negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou usuário.‖ (Las Casas,
2006, p.10). Logo em seguida, considerando que o conceito anterior já não contemplava o vasto leque
de ramificações que a área demandava surgiu outro conceito, este mais condensado, a saber,
―Marketing é o processo de planejamento e execução da concepção, preço, promoção, e distribuição
de idéias, bens e serviços, organizações e eventos para criar trocas que venham a satisfazer objetivos
individuais e organizacionais‖ (Las Casas, 2006, p.9).
Ao se tratar da conceituação do Marketing é imprescindível salutar também que este tem
sofrido aperfeiçoamentos ao longo dos anos adaptando-se às transformações do mutável e exigente
41
mercado que está cada dia mais demandando produtos e serviços sofisticadamente desenvolvidos
para suprir o que os consumidores por sua vez exigem.
O quadro 04 a seguir apresenta os enfoques tratados por diferentes autores que conceituam o
marketing de acordo com a realidade diagnosticada por cada um, a ver:
Quadro 04 – Diferentes enfoques do marketing.
AUTOR ANO CONCEITO DE MARKETING
1. American Marketing association
1960 ―O desempenho das atividades de negócio que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor e usuário.‖
2. Ohio state University 1965 ―O processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços.‖
3. Philip Kotler e Sidney Levy
1969 ―O conceito de marketing deve abranger também as instituições não lucrativas.‖
4. William Lazer 1969 ―Marketing deve reconhecer as dimensões societais, isto é, levar em conta as mudanças verificadas nas relações sociais.‖
5. David Luck 1969 ―Marketing deve limitar-se às atividades que resultam em transações de mercado.‖
6. Philip Kotler e Gerald Zaltman
1969 ―A criação, implementação e controle de programas calculados para influenciar a aceitabilidade das ideias sociais, envolvendo considerações de planejamento de produtos, preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing.‖
7. Robert Bartls 1974 ―Se marketing é para ser olhado como abrangendo as atividades econômicas, talvez o marketing como foi originalmente concebido reapareça em breve com outro nome.‖
8. Robert Haas 1978 ―É o processo de descobrir e interpretar as necessidades e os desejos dos consumidores para as especificações de produtos e serviços, criar a demanda para esses produtos e serviços e continuar a expandir essa demanda.‖
9. Philip Kotler 1997 ―É o processo de planejar e execução desde a concepção, preço, promoção e distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam aos objetivos de pessoas e organizações.‖
Fonte: COBRA, 1997 apud LAS CASAS, 2006.
O estudioso Philip Kotler, uma das maiores referências da mercadologia moderna,
complementa que ―marketing é o processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que
necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros.‖ Kotler
(1998).
De forma mais sucinta para Cobra (2009, p. 03): ―marketing é uma forma de sentir as
oportunidades de mercado e desenvolver produtos e serviços‖.
Churchill (2000) mergulha mais profundamente apontando que ―marketing é o processo de
planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias,
produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais‖
42
Os conceitos em Marketing são variáveis dependendo do enfoque e dos valores a serem
atribuídos em relação a outras áreas do conhecimento englobadas por ela, como ostenta a epígrafe
avante extraída de (Las Casas, 2006, p.10)
Marketing é a área de conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam ao bem-estar da sociedade.
Nesta perspectiva, o conceito acima já clarifica o pilar sustentador do Marketing que é buscar
satisfazer as necessidades dos consumidores, extremamente exigentes, uma vez que estes fazem
parte do processo de desenvolvimento das ações de implementação das estratégias organizacionais
mercadológicas, como vislumbra (Dias, 2003. p, 2) na proposição a seguir:
As empresas, reconhecendo que a decisão final sobre a compra estava nas mãos dos clientes, passaram a adotar práticas como pesquisa e análise de mercado, adequação dos produtos segundo as características e necessidades dos clientes, comunicação dos benefícios do produto em veículos de massa, promoção de vendas, expansão e diversificação dos canais de distribuição.
Ainda se tratando das necessidades dos consumidores, considerando a significância que esta
exerce para o Marketing e na tentativa de enriquecer a discussão em tela, Costa; Talarico (1996, p.16),
expõe que:
É uma sensação, estado ou percepção da falta de algo, ou privação. Ela pode ser classificada em: básicas (primária), secundárias e psicológicas e, conforme o efeito que exerça sobre os indivíduos e organizações, esses públicos desenvolverão maior ou menor esforço para satisfazê-la ou reduzi-la.
De acordo com Kotler (2006) um mercado consiste de todos os consumidores potenciais que
compartilham de uma necessidade ou desejo específico, dispostos e habilitados para fazer uma troca
que satisfaça essa necessidade. A partir dessa citação entra em cena a hierarquia das necessidades
do indivíduo elaboradas por Abraham Maslow.
Essa tipologia elaborada pelo psicólogo Maslow parte do princípio que o indivíduo carrega
consigo, no decorrer da vida, necessidades que ele considera primordial para viver em harmonia na
sociedade buscando a satisfação constante. A seguir, a figura 3 representa o que foi posto
anteriormente.
43
Figura 3 - Hierarquia das necessidades de Maslow
Fonte: Maximiano, 2002 (Adaptado).
Na base da pirâmide encontram-se as necessidades fisiológicas que mesmo sendo o nível
mais rasteiro das necessidades é de vital relevância, nesta fase englobam necessidades de
alimentação, desejo sexual, repouso. Em seguida está a necessidade de segurança que congloba a
proteção, a estabilidade e a fuga constante do perigo.
As necessidades sociais dizem respeito a imprescindibilidade do indivíduo em ser aceito no
meio em que vive pelas outras pessoas buscando afeto, amor e companheirismo. Com as fases
anteriores relativamente saciadas entram em cenário as necessidades de estima que envolve a
maneira de como a pessoa se enxerga, um ponto forte a ser destacado é a autoconfiança.
Por último elencam-se as necessidades de auto estima que ocupam o topo da hierarquia, nela
é evidenciado o desenvolvimento contínuo do ser.
2.2.4 Tipologias do Marketing
O Marketing é bastante segmentado no que tange a forma ideal de prospectar consumidores
ou ampliar os horizontes de mercado, como cataloga Kotler e Keller (2006) a seguir que contemplam
tanto os tipos como suas aplicações em bens, serviços, eventos, experiências, pessoas, lugares,
organizações, informações e idéias, a saber:
44
Quadro 05 – Tipos e aplicabilidades de marketing
TIPO APLICAÇÕES
Bens ―Bens tangíveis ou produtos constituem a maior parte do esforço de produção e marketing da maioria dos países‖.
Serviços ―À medida que as economias evoluem, ema proporção cada vez maior de suas atividades se concentra na produção de serviços‖.
Eventos ―Em determinados períodos, empresas promovem eventos como grandes feiras setoriais, espetáculos artísticos e comemorações de aniversários‖.
Experiências ―Orquestrando diversos serviços e mercadorias, é possível criar, apresentar e comercializar experiências‖.
Pessoas ―O marketing de celebridades tornou-se um negócio importante. Hoje, toda estrela de cinema tem um agente, um empresário e ligações com uma agência de relações públicas‖.
Lugares ―Lugares – cidades, estados, regiões e países inteiros – competem ativamente para atrair turistas, fábricas sedes de empresas e novos moradores‖.
Propriedades ―Propriedades são direitos intangíveis de posse, tanto de imóveis como de bens financeiros (ações e títulos). Direitos de propriedade são comprados e vendido, e isso leva a um esforço de marketing‖.
Organizações ―As organizações trabalham sistematicamente para construir uma imagem sólida e positiva na mente de seu público – alvo. Para tanto, investe em propaganda de identidade corporativa‖.
Informações ―Informações podem ser produzidas e comercializadas como um produto‖.
Ideias ―Toda oferta de marketing traz em sua essência uma ideia básica‖.
Fonte: Kotler e Keller, 2006.
As informações sofisticadamente trazidas por Kotler e Keller no quadro anterior podem se
dividir sobre a ótica do que conhecemos como Marketing Ambiental, Digital, Cultural, Experencial,
Olfativo dentre inúmeras nomenclaturas e vieses de estudo que a área abrange.
Logo, independente da estratégia mercadológica que se pretenda utilizar, é ponderoso
estruturar como tirar vantagem competitiva diante a concorrência por meio de objetivos viáveis e
certeiros Churchill (2000, p. 102) elucida: ―A análise da posição competitiva e da força de mercado
deve levar à criação de objetivos e estratégias para tirar vantagem de oportunidades no mercado‖.
2.2.5 Marketing e Administração
Para uma grande massa da população o Marketing subdivide-se apenas em publicidade ou
promoções, porém é perceptível que essa área abarca um leque vasto de estudos que vão desde as
analises de demanda, como também o comportamento do consumidor. Isso tem exigido um
gerenciamento consciente por parte das organizações. Kotler (1998) resume administração de
marketing como sendo o processo de planejamento e execução da concepção, preço, propaganda e
distribuição de ideia, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e
organizacionais. Entretanto algumas empresas só priorizam as atividades de marketing efetivo quando
se deparam com as situações que, com a permissão de Kotler, elencamos a seguir,
45
Declínio das Vendas: quando as empresas enfrentam quedas de vendas, entram em pânico e
passam a procurar respostas. É nesses momentos que muitas vão em busca de consultorias
em marketing, muitas vezes para a realização de um estudo ou pesquisa de mercado, ou seja,
fazem o processo inverso do ideal. Que seria fazer um estudo do mercado, para então
desenvolver suas estratégias;
Crescimento lento: o crescimento lento das vendas leva algumas empresas a procurar novos
mercados. Muitas dessas empresas percebem que necessitam de habilidades em marketing
para identificar e selecionar oportunidades;
Mudanças nos hábitos de compra: muitas empresas operam em mercados caracterizados por
rápidas mudanças nos desejos do consumidor.
Crescente concorrência: as empresas complacentes podem ser repentinamente atacadas por
concorrentes poderosos orientados para o marketing, sendo forçadas a enfrentar o desafio;
Custos de marketing crescentes: as empresas podem perder o controle sobre seus custos de
propaganda, promoção de vendas, pesquisa de mercado e serviços ao consumidor. Então a
administração decide que é o momento contratar uma auditoria para melhorar suas atividades
em marketing.
2.2.6 Mix Mercadológico
O composto de marketing é uma eficaz estratégia amplamente utilizada por administradores,
criada no intuito de propiciar às empresas a alcançarem seus objetivos focando na satisfação do
cliente. As empresas devem se ancorar nessas ferramentas pois é comprovado que atrair e fidelizar
clientes é o estopim para se obter sucesso organizacional.
Kotler (1998, p. 97) conceitua mix ou composto de marketing como ―um conjunto de
ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo divididos em
produto, preço, praça (ou ponto-de-venda), e promoção‖. Esta tipologia ficou conhecida como de 4P´s
como mostra a figura a seguir:
46
Figura 4 - Mix de marketing de Mccarthy
Fonte: Kotler (2007, p. 17).
Em um ambiente de competição global as organizações precisam se reinventar a cada dia
buscando estratégias para se manterem atuantes. Neste panorama o gestor ou gerente de marketing
deve se alicerçar partindo da proeza de que, uma vez buscando trabalhar este mix na organização, as
chances de alavancar os negócios, otimizar lucros e solidificar-se no mercado com um diferencial
competitivo, serão cada vez mais consistentes e reais.
2.2.6.1 Definindo Produto
Iniciando a discorrer sobre a discussão do primeiro ―P‖ do mix mercadológico, vale ressaltar
que produto na concepção de (Las Casas, 2006, p. 255)
... é o objeto principal de comercialização. Ele é desenvolvido para satisfazer ao desejo ou à necessidade de determinado grupo de consumidores. Por isso, a sua função principal é a de proporcionar benefícios.
Os produtos são classificados em tangíveis ou intangíveis e não podem ser medidos por suas
características físicas, mas sim pelos benefícios para o consumidor que optará pelo o que lhe for mais
conveniente, desde a embalagem, qualidade, variabilidade, durabilidade e os preços acirrados
ofertados pela concorrência.
Para Kotler (2006) os produtos também apresentam um ciclo de vida, este ciclo proporciona ao
marketing o conhecimento sobre a dinâmica competitiva de um produto. É onde as estratégias de
marketing são desenvolvidas.
47
Ademais, o ciclo de vida do produto pode ser entendido como uma estratégia de análise
mercadológica que propõe a idéia que um produto percorre quatro fases distintas, sendo que em cada
fase, o mesmo enfrenta desafios e obstáculos para se manter participativo no mercado consumidor.
É cabível convidar Dias (2006, p. 98) para confirmar a informação anterior, logo o autor expõe
que o ciclo de vida do produto,
[...] É uma ferramenta de decisões de Marketing que pressupõe que um produto percorre quatro fases ao longo de sua presença no mercado e em cada fase, vendas e lucros evoluem de modo distinto, o que amplia a adoção de estratégias de marketing distintas
Ora já relatado o conceito e a relevante importância da análise do ciclo de vida do produto
como vantagem competitiva vale citar os níveis que envolvem este ciclo, Kotler, com louvor, aponta que
são cinco níveis acoplados hierarquicamente, a saber,
1º Nível beneficia central: O serviço ou o beneficio fundamental que o cliente está realmente comprando. Um hóspede de hotel está comprando descanso e pernoite. 2º Nível produto básico: Assim um quarto de hotel inclui cama, banheiro, toalhas, escrivaninha, penteadeira e armário. 3º Nível produto esperado: Uma série de atributos e condições que os compradores normalmente esperam cama arrumada, toalhas limpas, lâmpadas que funcionem é um relativo grau de tranqüilidade. 4º Nível produto ampliado: Excede a expectativa dos clientes. Nos países desenvolvidos, o posicionamento de marca e a competição se dão nesse nível. 5º Nível Produto potencial: Abrange todas as ampliações e transformações que o produto deve ser submetido no futuro. É nessa esfera que as empresas procuram novas maneiras de satisfazer os clientes e diferenciar sua oferta. [Adaptado de] (KOTLER, 2007, p.367/368)
Ao transcorrer sobre produtos, neste viés, é indispensável explanar o conceito de marca no
mundo mercadológico sendo este composto de características que diferenciam a identificação de
produtos ou serviços, logo: (Dias, 2006, p. 109) norteia: ―Marca é uma letra, uma palavra, um símbolo
ou qualquer combinação desses elementos, adotada para identificar produtos e serviços de um
fornecedor específico.‖
Uma marca tem por objetivo crucial evitar que o produto seja imitado ou clonado, sendo uma
espécie de seguro, uma proteção do que foi investido pela empresa. Apesar de ser alvo de discussões
contemporâneas o conceito e a importância de marcas é secular, logo:
Marcas existem há séculos. Já no antigo Egito, os fabricantes de tijolos colocavam símbolos em seu produto para identificá-lo. Na Europa Medieval, as associações de comércio usavam ―marca‖ para assegurar ao consumidor uma qualidade consistente e obter proteção legal para o fabricante (TAVARES, 1998, p. 02)
48
2.2.6.2 Conceituando Preço
No mix mercadológico a ferramenta de preço é essencial pois, de acordo com Kotler (2007), é
o único dentro deste mix que produz receita, os demais produzem custo.
Sabemos que Marketing envolve relações/trocas e o objetivo é que estas tragam benefícios,
tanto para quem oferta o produto/serviço como para que os demandem. Entretanto podemos entender
preço como sendo uma designação ou expressão monetária deste. Mercadologicamente falando,
utilizando as palavras de Nickels e Wood (1999, p. 222), o segundo ―P‖ do mix de Marketing, ―é a
quantidade de dinheiro ou algo mais de valor que a empresa pede em troca de um produto".
Costa; Talarico (1996, p. 32) clarificam que: ―do ponto de vista da empresa, preço é o volume
de dinheiro cobrado por um produto‖ e ainda que, ―na ótica do público, preço é a quantia dispensada
para obter um beneficio ou satisfação, através da aquisição de um produto‖. Vale ressaltar que uma
organização com a precificação do seu produto/serviço objetivamente elaborada amplia suas chances
de ter êxito em uma possível turbulência no mercado como clarifica (Keller e kotler, 2006, p.437).
Quanto mais claros os objetivos de uma empresa, mais fácil será o estabelecimento do preço. Assim, ela pode perseguir qualquer um entre os seis grandes objetivos através da fixação de preço: sobrevivência, maximização de lucro, maximização do faturamento, maximização do crescimento de vendas, maximização da desnatação de mercado ou liderança de produto-qualidade.
O preço é algo extremamente sensível que deve ser minimamente pensado, pois como
destaca Baker (2005, p. 214) ―pequenas alterações no preço causam efeitos maiores sobre as vendas
e valor para o acionista do que mudanças na propaganda ou em outros elementos do mix de
marketing‖. Fica evidente aqui o grande cuidado que a administração de marketing deve ter com a
variável preço.
A precificação também apresenta estratégias de adaptação dos preços. De acordo com Kotler
(1998, p. 448 - 451) podem ser:
Preços promocionais: reduções de preços em curto prazo para criar um incentivo para os
consumidores comprarem;
Preço diferenciado: cobram-se preços desiguais a diferentes grupos de consumidores pelo
mesmo produto ou serviço;
Preço geográfico: dependendo da região, os preços variam devido ao transporte, impostos,
entre outros fatores;
Preços por sazonalidade: dependendo da demanda, os preços são menores em determinada
49
época do ano;
Preços personalizados: variações significativas de preços de acordo com o perfil de compra do
consumidor;
Descontos para pagamento à vista: trata-se da redução de preço aos compradores que pagam
pontualmente suas faturas;
Descontos por volume de compra: trata-se de uma redução concedida aos compradores que
adquirem grandes volumes;
Concessões para promoções de vendas: descontos que varejistas recebem por colocarem os
produtos de fabricante em locais estratégicos ou promover os seus produtos.
Um fator que exerce bastante poder no preço dos produtos é a concorrência que há no
mercado. Desta feita, (COBRA, 2009, p. 201) ressalta que
Preço é uma arma estratégica importante: quando o preço é mais alto ou mais baixo que o da concorrência, quando há excessiva pressão sobre o vendedor para gerar vendas, quando o consumidor decodifica o preço da empresa, como distorcido em relação à sua realidade.
Solidificando esta discussão, Kotler (2006) divide concorrência em quatro segmentos:
Concorrência de marcas: uma empresa vê suas concorrentes como outras empresas que
oferecem produtos e serviços semelhantes aos mesmos clientes por preços similares, como
exemplo pode-se citar uma empresa que produz carros para a população em geral, mas esta
empresa não pode concorrer com empresas de carros de luxo;
Concorrência setorial: uma empresa vê todas as empresas que fabricam o mesmo tipo de
produto ou classe de produto como suas concorrentes, um exemplo é uma empresa de
automóveis que não distingue o nível de qualificação dos produtos concorrentes;
Concorrência de forma: uma empresa vê todas as empresas fabricantes de produtos que
oferecem o mesmo serviço como suas concorrentes, como exemplo a empresa de automóveis
passa a considerar concorrentes os fabricantes de motocicletas, bicicletas e caminhões;
Concorrência genérica: uma empresa vê como suas concorrentes todas as empresas que
competem pelo dinheiro dos mesmos consumidores, assim a empresa de automóveis enxerga
a concorrência como empresas que possam vender viagens ao exterior e residências.
50
2.2.6.3 Conceituando Praça
O terceiro ―P‖ do portfólio de Marketing, praça ou distribuição, é tão importante quando os
demais, pois é a partir dele que o consumidor terá acesso ao produto/serviço. Kotller (2006) enuncia
cinco etapas para que o processo de escolha da localização e instalações,
Avaliação da localização atual e da cobertura do mercado pelas instalações existente;
Estabelecimento dos objetivos de distribuição;
Determinação dos padrões de distribuição desejados;
Locais selecionados;
Serviço entregue ou prestado;
Desta feita o processo de selecionar pontos de distribuição deve ser cuidadosamente
estudada uma vez que será lá que o consumidor final buscará o produto/serviço desejado e ansiado;
ratificando o conceito de praça (Las Casas, 2006, p, 212) diz:
É parte do pacote de utilidade ou satisfações que os consumidores receberão com a compra do produto. A colocação de produtos em estabelecimentos apropriados e em certas épocas, a preços acessíveis ao consumidor visado, é, portanto, determinante para o sucesso de uma estratégia mercadológica.
Em suma, os canais de distribuição implicam na maneira de como as organizações interligam
fabricantes com consumidores finais buscando satisfazer, ao máximo possível, as necessidades da
clientela. Kotler (2007) confirma explicando que ―um canal de marketing transfere as mercadorias dos
fabricantes para os consumidores‖.
2.2.6.4 Promoção
O último, porém não menos importante ―P‖ do mix mercadológico é a promoção ou
comunicação, conceito enunciado por (Churchill 2003, p. 449) sendo uma:
Transmissão de uma mensagem de um emissor para um receptor, de modo que ambos a entendam da mesma maneira. Dessa forma, um anúncio impresso, um cupom, um spot de rádio, um comercial de televisão ou qualquer outra comunicação de Marketing devem transmitir claramente o significado pretendido.
51
Por este viés a comunicação é entendida como a propagação do produto/serviço a fim que
chegue, atraia e motive o consumidor, por meio da informação, a comprar/usufruir o que está sendo
ofertado. Las Casas (2006, p. 377) diz que: ―promover se relaciona com a função de informar, persuadir
e influenciar a decisão de compra do consumidor.‖ Voltando-se para a comunicação aplicada ao
marketing, (Kotler 2006, p. 532) sabiamente pondera que
A comunicação de marketing é o meio pelo qual as empresas buscam informar, persuadir e lembrar os consumidores – direta ou indiretamente – sobre seus produtos e marcas que comercializam. Num certo sentido, a comunicação de marketing representa a ´voz‘ da marca e é o meio pela qual ela estabelece um dialogo e constrói relacionamentos com os consumidores.
Outro conceito bastante relevante que anda de mãos dadas com esse composto do mix de
marketing é a Comunicação Integrada de Marketing – CIM. Esta configura sendo todo um conjunto
articulado estrategicamente pelas organizações para promover uma integração maior no mercado.
De acordo com (Kotler 2007, p. 556) a Comunicação Integrada de Marketing pode ser
designada como:
Um conceito de planejamento de comunicação de Marketing que reconhece o valor agregado de um plano abrangente, capaz de avaliar os papéis estratégicos de uma série de disciplinas de comunicação – propaganda geral, resposta direta, promoção de vendas e relações públicas.
O seu objetivo de acordo com (Nickles e Woods, 1999, p. 320) é, ―manter um diálogo com os
clientes e outros grupos de interesse, permitindo que a empresa responda de forma rápida à suas
necessidades e desejos em constante mutação". Desta forma, manter relacionamentos duradouros
com clientes, colaboradores, fornecedores e interessados é o foco do CIM.
Kotler (1998, p.526) intensifica que o composto de comunicação de marketing, também
denominado composto promocional, consiste em cinco importantes plataformas de comunicação:
Propaganda. Qualquer forma paga de apresentação impessoal e de promoção de ideias ou
serviços por um patrocinador identificado.
Promoção de vendas. Incentivos em curto prazo para encorajar a experimentação ou compra
de um produto ou serviço.
Relações públicas e publicidade. Uma variedade de programas preparados para promover e/ou
proteger a imagem de uma empresa ou de seus produtos individuais.
Venda pessoal. Interação face a face com um ou mais compradores potenciais com o propósito
de fazer apresentações de vendas, responder a dúvidas e tirar pedidos.
52
Marketing direto. Uso de correio, telefone, fax, e e-mail e outras ferramentas de contato
impessoal para comunicar ou solicitar resposta direta de consumidores ativos e potenciais.
2.2.7 Satisfação de clientes
O estudo sobre a satisfação dos clientes em relação a produtos e serviços é um dos pilares
que sustentam o Marketing, haja vista que os clientes configuram base imprescindível para
subsistência de todas as organizações, logo buscar satisfazê-lo é o objetivo sempre a ser buscado.
Sobre esta premissa, Kotler (2005, p. 42) rotula que ―satisfação consiste na sensação de prazer ou
desapontamento de uma pessoa resultante da comparação entre o desempenho (ou resultado)
percebido de um produto e suas expectativas‖ No tocante ainda a conceituação de satisfação Schmitt
(2004, p.24) elucida,
É uma atitude orientada para o resultado emanada de clientes que compraram o desempenho do produto com suas respectivas expectativas a respeito dele. Se o produto ficar abaixo dessas expectativas, os clientes estão insatisfeitos; se estiver acima, estão satisfeitos. O modelo de satisfeito do cliente se preocupa muito mais com a funcionalidade do produto que com a experiência do cliente.
Precisamente, a satisfação dos clientes passou a ser um diferencial competitivo entre as
organizações globalizadas e não é uma tarefa fácil, parafraseando COBRA (2009) é relevante clarificar
que não há clientes totalmente satisfeitos, o que exige das organizações traçarem estratégias para
conhecer o que seus clientes pensam dos produtos/serviços ofertados, principalmente, tomar
conhecimento dessas questões por meio de pesquisas de mercado contínuas. Por ser um diferencial
no âmbito da competitividade, Kotler e Armstrong (2007) desponta
Os clientes formam expectativas em relação ao valor e a satisfação que várias ofertas
proporcionarão e fazem suas escolhas de acordo com essas expectativas. Os clientes
satisfeitos compram novamente e contam aos outros sobre suas boas experiências. Os
clientes insatisfeitos muitas vezes mudam para a concorrência e depreciam o produto aos
outros.
A revisão da literatura juntamente com a percepção nos permite constatar que a satisfação dos
clientes está intrinsecamente relacionada à qualidade dos serviços que pode ser definida, segundo
(CORRÊA, GIANESI) como o grau em que as expectativas do cliente são atendidas, excedidas por sua
percepção do serviço prestado ou produtos prestados, logo os estudos sobre qualidade tem se
intensificado bastante no campo do Marketing de serviços. Sobre serviços, Kotler salienta que é
―qualquer ato ou desempenho que uma parte pode oferecer a outra e que seja essencialmente
53
intangível e não resulte na propriedade de nada. Sua produção pode ou não está vinculada a um
produto físico‖ (KOTLER. 1998. p.412).
2.2.8 Satisfação do aluno enquanto cliente
O grau de satisfação dos alunos caminha de mãos dadas com a qualidade dos serviços
prestados pelas (IES) que se dá por meio da avaliação dos serviços pedagógicos, estrutura física,
postura do corpo docente e atividades concernentes ao duo universidade e discente. Em sua célebre e
clássica obra, (Mezomo, 1994, p. 45), avalia o quão relevante é a administração da qualidade que
deixa de ser uma preocupação exclusiva da indústria e passa a ser acoplada à educação
A nova filosofia de qualidade está sendo implementada e começa a produzir resultados no
contexto educacional. Podemos nos indagar, se seria a filosofia da melhoria da qualidade
instrumento válido, também para revitalizar o sistema e as instituições educacionais e se
poderia a escola adotar com vantagens e resultados uma filosofia nascida fora de seus
domínios. A administração da qualidade total na escola traz uma série de resultados que
mudam completamente seu perfil e as atitudes de todas as pessoas envolvidas.
Com a menção acima evidenciamos que o conceito de gestão de qualidade nas universidades
emergiu em meados de 1990 devido uma forte pressão de diversos públicos envolvidos, governo,
alunos, comunidade local e empresarial.
De acordo com (TARÍ, 2006), a inserção da busca constante da qualidade pauta-se no esforço
das IES para melhorar a sua eficiência e eficácia, objetivando satisfazer esse conjunto de clientes cada
vez mais exigentes.
Ainda sobre satisfação de alunos, vale convidar (Vieira, Huppes, Milach, 2008, p. 67) que
evidenciam um caminho
uma forma de viabilizar a percepção dos discentes em relação à sua satisfação com o curso, é possibilitada por intermédio do monitoramento de sua avaliação em relação ao seu próprio interesse e o dos professores, as formas de ensino praticadas, a estruturação dos currículos e a organização do curso. Deste modo, destacam-se elementos atrelados a satisfação e necessidades dos alunos, que, por conseguinte, são refletidos também na sociedade como um todo.
No quadro 06 a seguir são apresentados atributos e categorias de análise que devem ser
observadas ao se inquirir sobre a satisfação de alunos de IES.
54
Quadro 06 - Categorias e atributos utilizados para compreender a satisfação de alunos
CATEGORIAS ATRIBUTOS
Atendimento Gentileza e cortesia no atendimento da secretaria Facilidade de acesso à coordenação do curso
Capacitação dos Professores
Atualização dos professores Titulação dos professores Nível de exigência por parte dos professores
Métodos de Ensino
Experiência prática dos professores sobre o conteúdo ministrado, Diversidade de métodos de ensino, Relação entre teoria e prática nas disciplinas; Quantidade de materiais no ambiente virtual de aprendizagem
Atitude
Relacionamento com professores; Atendimento de professores em horários extraclasse;
Conteúdo
Contribuição do curso para o desempenho profissional Oferta de atividades extracurriculares Existência de empresa júnior
Infra-estrutura
Quantidade de títulos da biblioteca Modernidade dos laboratórios de informática Qualidade da estrutura física da sala de aula
Fonte: Walter, Tontini e Dominguez (2006) (Adaptado).
O atendimento dos colaboradores de um departamento é fator preponderante para se analisar
a satisfação do público geral e de alunos, uma vez que é por intermédio dos secretários que são
solicitados os serviços burocráticos e informações concernentes a operacionalidade de um curso. Em
suma, integra os pilares da excelência da qualidade na prestação de serviços no âmbito acadêmico, a
presteza, solicitude e bom relacionamento interpessoal entre professores, coordenadores e demais
colaboradores da instituição para com seus discentes, soma-se a isto uma infra-estrutura capaz de
suprir as necessidades dos alunos.
Percebe-se que uma universidade que investe em sua imagem como também aprimorar a
prestação dos seus serviços fidelizará o seu público alvo, os alunos, implicando assim em uma
formação com alto desempenho humano e técnico exigido pelo mercado de trabalho.
2.3 Ensino
Para compreender a fantástica dinâmica do processo de ensino é interessante reportarmos
rapidamente aos anos de 300 a 400 a.C onde se tem notícia dos primeiros aspectos da educação
formal tendo como precursores os sofistas ou sábios que, de acordo com Mosse (1982) eram pessoas
que iam de cidade em cidade, fazendo apresentações públicas, atraindo estudantes, dos quais
cobravam taxas em troca da educação. O foco dos ensinamentos estava no logos ou discurso,
expondo estratégias de argumentação, pregando que todo argumento pode ser contraposto. Ainda de
55
acordo com o autor, Sócrates, Aristóteles e Platão foram os pioneiros quando se trata dos primórdios
do processo ensino-aprendizagem
Após este recorte, focalizando na sociedade atual, é sabe-se que ensino é a transmissão de
conhecimentos perpassados na perspectiva de instruir indivíduos e no âmbito acadêmico, que é o foco
deste ensaio, é tipologicamente chamado de ensino formal, pois está ancorado em conteúdos,
certificações e profissionais de ensino capacitados para atuar nas instituições de ensino. Durante muito
tempo a área de ensino era campo de estudo somente dos cursos de Pedagogia, Filosofia e Letras
Vernáculas, porém, contemporaneamente, os estudos e capacitações sobre ensino formal estão
presentes em todos os ramos do saber, pois há uma necessidade intrínseca em ensinar, da melhor
forma possível cidadãos capazes de atuar dentro e fora da esfera escolar.
Logo, é inexeqüível tratar de ensino sem tratar do processo ensino-aprendizagem que é
complexo, denso e de grande amplitude. Adiante, (Gil, 1997, p. 29) destaca o papel dos principais
atores envolvidos nesse decurso, o mesmo afiança que
Ao se falar de ensino evocam-se conceitos como: instrução, orientação, comunicação e transmissão de conhecimentos, que indicam o professor como elemento principal do processo. Já, ao se tratar da aprendizagem, evidenciam-se conceitos como: descoberta, apreensão, modificação de comportamento e aquisição de conhecimentos, que se referem diretamente ao aluno.
O conceito de ensino-aprendizagem é indissociável o que impede de serem tratados de
maneira isolada sendo que ambos devem vislumbrar a organização das atividades otimizando o
processo de aprender resultando no feedback imediato que é a construção do saber. Na academia,
para que esse processo seja eficaz é preciso que docente e discente caminhem lado a lado, como
expõe (Masetto, 2003, p. 23)
Se entendermos que, no ensino superior, a ênfase deva ser dada às ações do aluno para que ele possa aprender o que se propõe; que a aprendizagem desejada engloba, além dos conhecimentos necessários, habilidades, competências e análise e desenvolvimento de valores, não há como se promover essa aprendizagem sem a participação e parceria dos próprios aprendizes. Aliás, só eles poderão ‗aprender‘. [...] Incentivar esta participação resulta em uma motivação e interesse do aluno pela matéria, e dinamização nas relações entre aluno e professor, facilitando a comunicação entre ambos.
Ou seja, não compete somente aos docentes traçar estratégias de ensino eficazes se não
houver alunos atuantes, proativos e interessados em aprender, perpetuando e enriquecendo o mutável
processo ensino-aprendizagem
56
O quadro 07 a seguir, elaborado com base em Juliatto (2007) apresenta uma curiosa analise
da relação entre privilégio em ser universitário e sua responsabilidade no tocante a formação de cada
indivíduo imbricando no relacionamento entre este e a IES
Quadro 07 - Relacionamento entre alunos e IES no tocante a privilégios e responsabilidades em sua formação
Fonte: Adaptado de Juliatto (2007, p. 77)
Percebe-se na visão do autor que a universidade transpõe a futilidade, o status e a
mediocridade sendo que o processo de ensino-aprendizagem deve ser priorizado, pois é através da
valorização deste, que as instituições lançarão profissionais capazes de atuar com perspicácia no
mercado de trabalho.
O corpo docente é essencial no processo de ensino-aprendizagem e na qualidade deste, sobre
isso, (Macedo, Verdinelli e Stuker 2004) apontam 3 dimensões para se alcançar eficácia no ensino, a
saber,
Desenvolvimento pessoal e situacional
Domínio técnico-científico
Habilidade de ensino
A partir desses pontos os mesmos autores estabelecem algumas observações sobre as
características para ser um professor capaz de enriquecer o processo de ensino-aprendizagem,
vejamos,
Conhecimento do conteúdo.
1
Deve-se minimizar a tendência de tratar o estudante como simples cliente dos serviços da IES, pois ―a universidade não é um shopping center onde se pode comprar aquilo que mais apetece. Pelo contrário, é lugar de formação para a vida, onde o que é oferecido não pode ser levianamente escolhido ou deixado de lado
2 A consciência da responsabilidade pelo lugar que o aluno ocupa na IES deve levá-lo a evitar a mediocridade acadêmica, ou seja, ao invés de buscar a via do menor esforço, o estudante deve buscar aproveitar ao máximo sua formação universitária.
3 É preciso levar os futuros profissionais a se prepararem para o serviço à comunidade e não, simplesmente, para viverem para si mesmos, uma vez que a formação profissional visa à sociedade e não apenas ao indivíduo.
57
A forma como o professor se relaciona com a própria área de conhecimento
(envolvimento, entusiasmo).
Habilidade de organizar as aulas e torná-las atraentes (competência em métodos de
ensino).
Habilidade de inovar as aulas.
Habilidade de induzir à crítica, à curiosidade, à pesquisa, à participação.
Capacidade de relacionar-se positivamente com o aluno (empatia com os alunos).
Habilidade de adaptar o ensino ao estilo de aprendizado dos alunos
Todavia, não se pode atribuir qualidade do ensino-aprendizagem no âmbito acadêmico
somente a docentes e discentes, há vários fatores que transcendem a sala de aula neste quesito; a
infraestrutura, apoio dos colaboradores da IES e o ímpeto familiar contribuem muito no
desenvolvimento do complexo mundo do ensino. Para que a qualidade seja alcançada, esses
elementos citados devem trabalhar em conjunto
Em uma comunidade academia onde todos estão empenhados em educar-se, o que importa é o desenvolvimento e o crescimento das pessoas independentemente do segmento a que pertencem, sejam estudantes, professores, colaboradores ou dirigentes. Quando isso acontece toda a organização aprende, e com o resultado cresce também a produtividade, a eficiência e a efetividade de toda a instituição e a qualidade da educação que ela oferece (JULIATTO, 2007, p. 54)
Portanto, atribui-se ao docente uma orientação vinculada a aprendizagem, sendo um facilitador
que ultrapasse os limites do conhecimento, aos alunos compete interesse e proatividade a fim de
saírem para o mercado cidadãos criativos, com alto grau de criticidade e capazes de atuar em suas
respectivas áreas de conhecimento.
2.3.1 As Tecnologias da Informação e Comunicação e as Metodologias de Ensino
As tecnologias da informação e comunicação (TIC) começaram a se difundir a partir da década
de 1970, porém só foi realmente disseminada nos anos 90 onde a necessidade de um gerenciamento
eficaz de informações foi percebido como elemento determinante no mercado competitivo. Para tanto o
conceito a seguir, de (Ramos, 2008, p. 04) enriquece e traduz exatamente o que são as TIC
58
Chamamos Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) aos procedimentos, métodos e equipamentos para processar informação e comunicar que surgiram no contexto da Revolução Informática, Revolução Telemática ou Terceira Revolução Industrial, desenvolvidos gradualmente desde na segunda metade da década de 1970 e, principalmente, nos anos 90 do mesmo século. Estas tecnologias agilizaram e tornaram menos palpável o conteúdo da comunicação, por meio da digitalização e da comunicação em redes para a captação, transmissão e distribuição das informações, que podem assumir a forma de texto, imagem, estática, vídeo ou som. Considera-se que o advento destas novas tecnologias e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e setores sociais possibilitando o surgimento da Sociedade da Informação.
A partir desse conceito esmiuçado acima que extraímos a essência deste sub tópico que são
as metodologias de ensino como ferramenta no processo de aprendizagem. Para (Gil 2007, p. 70)
estas ―são as atitudes do professor no sentido de organizar as atividades de ensino, a fim de que os
alunos possam chegar aos objetivos em relação a um conteúdo específico, tendo como resultado a
assimilação dos conhecimentos e a ampliação das capacidades cognitivas e operativas dos alunos‖.
As metodologias de ensino constituem um dos pilares mais relevantes no desenvolvimento de
uma disciplina ou de uma aula, após definir os objetivos e conteúdos o docente terá condições de
escolher por quais ferramentas usará para executar o que se planejou. Cada método de ensino
utilizado tem como foco desenvolver habilidades distintas na absorção de conhecimentos dos alunos,
uma vez que os alunos assimilam os conteúdos com maior facilidade dependendo do uso metodológico
escolhido pelo professor.
O quadro 08 a seguir trás alguns métodos de ensino mais utilizados por professores
universitários no planejamento de suas aulas tendo como base referencial alguns autores que, de
forma singular, abordam o tema com bastante
Quadro 08- Métodos de ensino mais utilizados no ensino superior
MÉTODO DE ENSINO CONCEITO
Aula Expositiva
Essa metodologia consiste numa predileção verbal utilizada pelos professores com o objetivo de transmitir informações aos seus alunos. Este estilo caracteriza-se pela autoridade do professor diante do aluno, provocando sérios problemas de comunicação. Por outro lado, as deficiências devem-se também ao fato de que nem sempre o professor tem ao seu alcance recursos audiovisuais para tornar a aula mais atrativa; Esta modalidade de aula é mais comum em alguns cursos universitários. Pode ser considerada uma quase palestra, pois nela o professor quem fala mais. Muitas vezes ele fala o tempo todo e as ocasionais perguntas feitas por alunos mais ousado são vistas, muitas vezes, como interrupções inconvenientes.
Seminário
É um procedimento didático que consiste em levar o educando a pesquisar a respeito de um tema a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente. Interessante
Continua
59
Continuação
observar que o mais importante no seminário não é a apresentação do tema, e sim, criar condições para a discussão, levar os acadêmicos ao debate, identificar e/ou reformular conceitos ou problemas e avaliar pesquisas. Esse método auxilia os estudantes no desenvolvimento de múltiplas habilidades tais como: trabalho em equipe, coleta de informações, produção de conhecimento, organização das ideias, comunicação, argumentação e elaboração de relatórios de pesquisa.
Visitas técnicas
A visita técnica tem por finalidade complementar o ensino e aprendizagem, dando ao aluno a oportunidade de visualizar os conceitos analisados em sala de aula. É um recurso didático-pedagógico que obtém ótimos resultados educacionais, pois os alunos, além de ouvirem, vêem e sentem a prática da organização, tornando o processo mais motivador e significativo para a aprendizagem.
Debates/Discussões
Discussão com a classe: este método é bastante tradicional, pois a sua aplicação sugere aos educandos a reflexão acerca de conhecimentos obtidos após uma leitura ou exposição, dando-se oportunidade aos alunos para formular princípios com suas próprias palavras, seu objetivo é ―dar oportunidade aos alunos para formular princípios com suas próprias palavras e sugerir aplicações para esses princípios. Ela incentiva os estudantes a falar em publico, expressando suas ideias, reflexões, experiências e vivencias.
Estudos de caso
O estudo de caso consiste em apresentar sucintamente a descrição de uma determinada situação real ou fictícia para sua discussão em grupo
Jogos de empresa
Permite ao aluno, em grupo, tomar decisões em empresas virtuais, negociando com outras empresas de outros grupos da sala de aula ou até mesmo de outras classes, períodos e cursos. Apesar dos métodos estabelecidos os professores devem estar sempre inovando, adaptando-se as mudanças de comportamentos dessa nova geração de alunos que influenciam na forma de ensinar, na maneira de organizar selecionar e desenvolver propostas de ensino. Eles contribuem para ativar conhecimentos anteriores, já que seu desenvolvimento requer o conhecimento dos fatos
Fonte: Elaborado com base em Gil (1997) Gil (2007) Lopes (2000)
Diante essas explanações fica compreendido que o uso de métodos de ensino distintos e com
freqüência torna a aprendizagem mais dinâmica resultando em uma maior assimilação dos conteúdos
pelo corpo discente.
2.3.2 Ensino de Marketing em Administração
No mundo, o surgimento da disciplina de Marketing, se deu nos Estados Unidos e seu foco
principal estava voltado para a distribuição de bens, logo (Dholakia, Firat e Bagozzi, 1980 apud Motta
2005 p. 15) expõe
60
com o desenvolvimento da produção em massa e o estabelecimento do capitalismo monopolístico, no início do século XX, que o marketing se consolidou como função gerencial e como disciplina no contexto americano, lidando principalmente com os sistemas distributivos.
Em uma perspectiva de compreender a evolução da disciplina ao longo do tempo o Quadro 09
a seguir elencará quatro eras do progresso histórico do Marketing.
Quadro 09 - Eras da Evolução do Marketing para seu desenvolvimento enquanto disciplina.
ESTÁGIO PERÍODO DE TEMPO CARACTERÍSTICAS RELEVANTES
Pré-Marketing
Até 1900
Inexistência de uma área de estudo; as questões eram tratadas dentro do campo da Economia
Era 1 – Fundação da Área
1900 – 1920
Desenvolvimento dos primeiros cursos com o nome ―Marketing‖; ênfase na definição do alcance das atividades de Marketing como instituição econômica; foco no Marketing como distribuição.
Era 2 – Formalização da Área
1920 – 1950
Desenvolvimento de bases genericamente aceitas ou ―princípios de Marketing‖;estabelecimento da infra-estrutura de desenvolvimento de conhecimento para a área.
Era 3 – ―Uma mudança de paradigma – Marketing, Administração e Ciências‖
1950 – 1980
Grande e rápido crescimento no mercado de consumo norte-americano e no corpo de conceitos de Marketing; duas perspectivas dominam as tendências de Marketing: (1) ponto de vista gerencial e (2) ciências comportamentais e quantitativas como chaves para o futuro desenvolvimento do conhecimento cuja infra-estrutura passa por uma grande expansão e evolução.
Era 4 – Fragmentação das Tendências
1980 – Atualidade
Surgem novos desafios no mundo dos negócios: foco financeiro de curto prazo, enxugamento de quadros nas empresas, globalização e reengenharia; perspectivas dominantes são questionadas em debates de filosofia da ciência; a pressão de ―publish or perish‖ se intensifica entre os acadêmicos; a infra-estrutura do conhecimento se expande e se diversifica em áreas de interesse especializadas.
Fonte: Bacellar, Ikeda (2011. p, 489)
Através do quadro acima é possível compreender como a área vem evoluindo gradativamente
e se institucionalizando como ciência capaz de, ancorada em bases próprias de conhecimento,
estabelecer mudanças perante a realidade vivenciada ao longo da sua história se consolidando nos
dias atuais como um processo social e gerencial.
Neste intuito e retratando o ensino do marketing as autoras Bacellar e Ikeda (2011) descrevem
que o ensino da disciplina se caracteriza em quatro fases, a primeira fase o marketing era amplamente
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ancorado na Economia e no consume e produção de bens. A segunda fase Essa fase se inicia com a
fundação da NATMA - National Association of Teachers of Marketing and Advertising, em 1926. Esta,
em 1936, em associação com a American Marketing Society, formada por empresários da área de
Marketing, originaria a American Marketing Association (AMA).
Nesta segunda fase surge o desenvolvimento efetivo da teoria e do conceito de Marketing
como também as questões éticas da área, a formação intensiva de professores. Na terceira fase é tida
como um amadurecimento notável da área que já era vista como força motriz nas empresas o que
obrigou uma expansão dos métodos e recursos dos cursos superiores. A última fase, porém a mais
importante, o marketing é disseminado como fonte da própria ciência, desprendendo-se de vez do
embasamento técnico oriundos de outros ramos do conhecimento, porém, claro, sem perder suas
facetas multidisciplinares no tangível ao seu ensino.
Quadro 10 - Fases do ensino de Marketing
FASES DESCRIÇÃO PERÍODO DE TEMPO
Fase 1 O começo da disciplina, sua construção inicial e suas primeiras dificuldades.
Fim do séc. XIX – 1925
Fase 2 Estruturação e disseminação das práticas de ensino. 1926 – 1968
Fase 3 A ampliação do conceito e do ensino de Marketing. 1969 – 1981
Fase 4 Questionamentos, fragmentação e multiplicidade de direções. 1981 – presente
Fonte: Bacellar, Ikeda (2011) (Adaptado)
A disciplina de Marketing no Brasil emerge na segunda fase, nos anos finais da década de
1940, sobre esta questão (Oliveira, 2004, p. 38.) destaca:
O nascimento da disciplina de marketing no Brasil confunde-se com a própria história da escola de Administração de empresas se São Paulo (EAESP). Essa história começa em 1954, quando a fundação Getúlio Vargas firmou convênio de cooperação com a Michigan State University, que resultou na vinda de uma equipe de professores de Marketing da escola e do próprio país.
De acordo com Richers (1994) o primeiro professor de Marketing no Brasil foi o senhor Ole
Johnson, norte-americano convidado pela FGV, instituição pioneira, como foi retratado no discurso
anterior. Na época datada de 1940 a 1960 o ensino da área era bastante restrito, inexplorado e
desconhecido, até então não havia no Brasil um currículo que norteasse o ensino da área para
formação do administrador.
Também, no Brasil perpetuava uma estagnação da ciência, economia e poucos avanços
tecnológicos. Oliveira (2004) confirma que ―o mercado consumidor era restrito e pouco desenvolvido, a
oferta de mercadorias era baixa e as empresas não possuíam estratégias bem definidas para se
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adaptar ao mercado.‖ Entretanto, inicialmente, devido essa carência acima relatada à disciplina era
bastante ancorada em outras ciências como a psicologia, estatística, antropologia.
No tocante ao ensino do Marketing em Administração na sua clássica obra, Guagliardi (1983,
p.97) explicita friamente quatro fatores que dificultam a compreensão da ciência mercadológica
enquanto disciplina, a saber:
1 - O Marketing continua a ser uma das áreas mais recentemente estruturadas e concebidas dentro do estudo de administração e, por isso, ainda desconhecida em todo seu teor e não ensinada como seria desejável 2 - Seu maior desenvolvimento ocorreu após 1960 nos EUA, em seguida, na Europa. No Brasil, verificou-se um avanço no seu estudo e entendimento a partir de 1970 e em sua importância mais ao final da década, o que veio agravar o grau de seu conhecimento no país, muito mais lento que o avanço do seu desenvolvimento no exterior 3 - Após 1969, marco da ampliação do conceito de marketing, a disciplina foi enriquecida com teorias, conceitos e aplicações multidisciplinares tiradas principalmente de psicologia, estatística, sociologia, antropologia e com o inevitável avanço de aplicações de computação eletrônica, principalmente em pesquisa. 4 - Esse desenvolvimento veio por sua vez colocar a disciplina num ponto de decisão: (1) ou a estudamos como se deve; (2) ou continuaremos a ignorá-la, aumentando a distância entre o estado da arte e o estado atual de seu ensino e da prática. (Guagliardi, 1983, p.97)
Observa-se que houve uma mudança drástica na evolução do ensino de Marketing, logo,
muitas das concepções descritas acima não correspondem mais com a realidade. Os docentes da
contemporaneidade são munidos de competências sendo capazes ensinar a mercadologia de forma
consciente, despertando a criticidade dos alunos e encorajando-os a enfrentar o mercado competitivo.
2.4 Estado da Arte
O Estado da Arte é entendido como uma revisão bibliográfica que possibilita conhecer e
discutir produções de cunho científico relacionados com a temática que se esteja pesquisando, em
suma, são produções similares e específicas evidenciando, cronologicamente, diferentes épocas e,
geograficamente, diferentes lugares no que se refere á publicação.
Ademais, este item abordará estudos que vislumbrem a formação de administradores,
satisfação de clientes e ensino de Marketing em Administração, pois estão mais impregnados nesta
pesquisa. O quadro 11 a seguir destacará sinoticamente os estudos utilizados no estado da arte.
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Quadro 11 - Apresentação e classificação dos estudos utilizados no Estado da Arte
ANO TÍTULO AUTOR CATEGORIA
2013
Análise do estágio supervisionado de cursos de administração à luz da aprendizagem em ação
(REGO)
Dissertação
2013
As competências na formação de alunos do curso de graduação em Administração da UFJF
(SERVIDEI,
SARSUR, NUNES e LIMA).
Monografia
2006
Análise da satisfação do aluno para melhoria de um curso de administração.
(WALTER)
Monografia
1995 A dialética ensino/prática na administração mercadológica
(MELLO, VIEIRA) Monografia
Fonte: Elaborado pelo autor (2014)
2.4.1 Análise do estágio supervisionado de cursos de administração à luz da aprendizagem em ação.
A dissertação de Rego (2013) propôs analisar o processo de estágio supervisionado no curso
de Administração sob a perspectiva da aprendizagem em ação. Para atender esse propósito, foi
desenvolvida uma pesquisa em duas Instituições de Ensino Superior no Nordeste brasileiro, as quais
obtiveram conceito máximo na última edição publicada do Exame Nacional de Desempenho dos
Estudantes em 2009.
A autora discute dos currículos mínimos até as diretrizes curriculares de 2005 aplicando-a na
realidade atual focalizando na formação do administrador; a pesquisa parte de uma concepção
qualitativa, como uma forma de investigação interpretativa, onde se optou pelo estudo de casos
múltiplos.
Os sujeitos da investigação foram 20 no total, selecionados de acordo com a sua
disponibilidade. Os dados foram coletados por meio de duas entrevistas semi estruturadas, com os
coordenadores dos cursos. Foram realizadas quatro sessões de focus groups, duas em cada
instituição; uma com alunos e outra com professores.
Os resultados revelaram que o processo de estágio supervisionado encontra-se
institucionalizado nos Projetos Pedagógicos dos Cursos, conforme previsto na legislação. As
instituições apresentam formas diferentes de ofertar o estágio; em comum, está a associação entre
Estágio Supervisionado e Trabalho de Conclusão de Curso.
64
2.4.2 Análise da satisfação do aluno para melhoria de um curso de administração.
O estudo de (Walter, 2006) realizado na Universidade Regional de Blumenau – SC teve como
propósito analisar métodos de identificação de oportunidades de melhoria de uma IES, para isso se
aportaram em 20 atributos condicionadores da satisfação de alunos, aqui evidenciaremos as 10 mais
pertinentes, a saber:
Atendimento da secretaria
Modernização do laboratório de informática
Quantidade de títulos da biblioteca
Relação teoria prática das disciplinas
Existência de empresa júnior
Oferta de atividades extracurriculares
Atualização dos professores
Estrutura física das salas de aula
Acesso a coordenação do curso
Relacionamento com os professores
A metodologia foi aplicada pelos próprios autores e obtiveram retorno de 428 respondentes e o
resultado da investigação apontou que para elevar a satisfação dos alunos em relação ao curso deve-
se dar ênfase às relações entre teoria e prática nas disciplinas ofertadas.
2.4.3 A dialética ensino/prática na administração mercadológica
Na pesquisa realizada por Mello e Vieira (1995) buscou analisar, de forma preliminar, como os
administradores mercadológicos de empresas que atuam em Pernambuco percebem a filosofia de
marketing e com que extensão a administração mercadológica vem sendo ensinada nas universidades
da cidade do Recife.
Discutiu-se a formação de profissionais de marketing no contexto dialético ensino/prática de
uma disciplina, trazendo uma contribuição para o aprimoramento do conteúdo programático das
disciplinas ligadas à administração mercadológica e desta forma subsidiar o esquema inicial de
formação básica dos futuros administradores mercadológicos com conhecimentos e habilidades
compatíveis com a atual exigência do mercado local.
65
Para este estudo foram selecionadas as 100 maiores empresas do Estado, por vendas,
classificadas no Cadastro Industrial do Estado de Pernambuco. Destas, 45 não foram cooperativas
assim totalizando 55 empresas consultadas. Os dados foram coletados através de um questionário
estruturado que visava medir o grau de percepção da filosofia de marketing do Diretor/Gerente de
Marketing/Comercial responsável pela administração mercadológica da organização. Foram também
utilizados dados obtidos através de documentos fornecidos pelas universidades
2.4.4 As competências na formação de alunos do curso de graduação em Administração da
Universidade Federal de Juiz de Fora
O estudo de (Servidei, Sarsur, Nunes e Lima. 2013) objetivou verificar como foram inseridas as
competências no projeto didático-pedagógico e na formação dos alunos da graduação em
Administração de uma Universidade Federal. Foram comparadas as competências propostas pelo
curso com as das DCN.
No tocante a metodologia foi realizado um estudo de caso, de no curso de Administração da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais. A pesquisa utilizou informações tanto de
fontes secundárias (projeto didático-pedagógico do curso e DCN) quanto primárias (entrevista e
questionário). O projeto didático-pedagógico foi analisado como o intuito de se levantar as
competências propostas pelo curso, buscando-se verificar a sua correspondência com aquelas
definidas pelo MEC nas DCN. Posteriormente, procedeu-se a aplicação de um questionário aos alunos.
A pesquisa chegou a conclusão que o projeto didático-pedagógico do curso de graduação em
Administração da UFJF descreve as competências e habilidades a serem desenvolvidas nos alunos,
porém não há correspondência direta entre o texto do projeto do curso e as DCN. O diretor da
faculdade de Administração justificou o resultado alegando que o Projeto Político Pedagógico da UFJF
foi elaborado antes da publicação das DCN´s.
66
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os procedimentos metodológicos na construção de um trabalho dessa estirpe têm por objetivo
aportá-lo nos métodos técnicos que a pesquisa científica exige, sendo crucial para condução dos
trabalhos vislumbrando atingir os objetivos traçados apontando os caminhos a serem seguidos para tal.
Por este viés, para Lakatos (2007) esta seção corresponde ao conjunto das atividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e autonomia, permite alcançar os objetivos e
conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões do cientista.
A seção em destaque norteou os trâmites e caminhos percorridos na pesquisa sendo
apresentado o tipo de pesquisa, o universo, a amostra e a seleção dos sujeitos, além da forma de
coleta de dados e o seu tratamento.
3.1 Tipo da Pesquisa
Na esfera cientifica a pesquisa pode ser categorizada de distintas formas sendo singularizada
quanto a seu objetivo, delineamento e quanto à sua natureza.
No tocante ao objetivo, Gil (2009, p. 41) divide-o em três grandes grupos, a saber: pesquisas
exploratórias, descritivas e explicativas. Ao se tratar das pesquisas exploratórias o mesmo autor, com
maestria, alega que:
Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis.
De maneira bastante enfática Figueiredo (2011, p. 103) define a pesquisa exploratória como
sendo ―a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses,
aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para realização de uma
pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos‖.
Pordiante, ainda sobre as pesquisas exploratórias é interessante convidar (Mattar, 2005, p. 85)
onde contribui elucidando que:
67
A pesquisa exploratória visa a prover o pesquisador de um maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva. Por isso, é apropriada para os primeiros estágios da investigação quando a familiaridade, o conhecimento e a compreensão do fenômeno por parte do pesquisador são, geralmente, insuficientes ou inexistentes.
Adiante, concernente aos objetivos que abarcam a pesquisa apresenta-se o conceito do
método descritivo, que tem como missão de acordo com Gil (2008, p.28) ―descrever as características
de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis‖. Este tipo
de pesquisa além de descrever busca analisar possíveis relações e hábitos da população estudada e
seus resultados não podem sofrer interferência no resultado. Logo, uma forte característica dessa
pesquisa é a padronização das técnicas de coleta.
A pesquisa explicativa parte do princípio da explicação fenomenológica evidenciando o porquê
que estes acontecem, Gil (2008, p. 29) ressalva que esta ―identifica os fatores que determinam ou que
contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da
realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso, é o tipo mais complexo e delicado‖
À luz das concepções acima dissertadas esta pesquisa caracteriza-se quanto a seus objetivos
como sendo exploratória pois tratou de uma problemática que não é comumente investigada que são
as satisfações e aspirações dos alunos do CAD/CAMEAM/UERN sobre a área de Marketing em
Administração e as percepções dos egressos sobre a área e seus reflexos na formação do
administrador.
A pesquisa em tela também configura-se como descritiva pois buscou levantar informações por
meio de questionários e analises correlacionando o levantamento das produções em Marketing nos
trabalhos de conclusão de curso do CAD/CAMEAM, com a percepção dos egressos sobre o marketing
aplicado à Administração. Enfim, levantou opiniões, crenças e atitudes da população estudada.
Aprofundando a discussão sobre o método descritivo (Cervo; Bervian, 2002, p. 66) aponta que
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. [...] Procura descobrir, com a precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características. [...] desenvolve-se, principalmente, nas ciências humanas e sociais, abordando aqueles dados e problemas que merecem ser estudados e cujo registro não consta de documentos.
No que diz respeito à finalidade Gil (2008, p. 49) divide a pesquisa como sendo:
1.Pesquisa básica busca o progresso da ciência, procura desenvolver os conhecimentos científicos sem a preocupação direta com suas aplicações e conseqüências práticas. Seu desenvolvimento tende a ser bastante formalizada e objetiva a generalização, com vistas na construção de teorias e leis;
2.Pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento; todavia, tem
68
como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e conseqüências práticas dos conhecimentos. Sua preocupação está menos voltada para o desenvolvimento de teorias de valor universal que para a aplicação imediata numa realidade circunstancial. De modo geral é este o tipo de pesquisa a que mais se dedicam os psicólogos, sociólogos, economistas, assistentes sociais e outros pesquisadores sociais.
Logo, Gil (2010) amplia a discussão e divide a pesquisa básica como pura e estratégica, onde
a primeira seria aquela que se destina apenas a ampliação dos conhecimentos, sem nenhuma
preocupação com os benefícios que poderão ser conseguidos. Já as pesquisas básicas estratégicas
seriam as voltadas para, além da aquisição de novos conhecimentos, à solução de problemas práticos
da organização em estudo. A partir dessas informações e ancorado em Gil (2010) essa pesquisa pode
ser considerada como básica estratégica, pois está voltada para sanar, de forma não imediatista,
problemas por ora diagnosticados no curso de Administração do CAMEAM.
No que tange aos meios da pesquisa ou delineamento desta, Gil (2010, p.43) esmiúça que
(...) podem ser definidos dois grandes grupos de delineamento: aqueles que se valem das chamadas fonte de ―papel‖ e aqueles cujos os dados são fornecidos por pessoas. No primeiro grupo, estão a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. No segundo, estão à pesquisa experimental, a pesquisa ex-post facto, o levantamento e o estudo de caso. Neste último grupo, ainda que gerando certa controvérsia, podem ser incluídas também a pesquisa-ação e a pesquisa participante
Esta pesquisa, na perspectiva de Gil (2010), compreenderá os dois grupos de delineamento,
todavia tratará em buscar informações em fontes de ―papel‖ (pesquisa documental) que se deterá as
analises dos trabalhos finais do CAD/CAMEAM/UERN para, a partir disto, identificar as produções na
área de Marketing, como também as análises das matrizes curriculares do Cursos de Administração
que obtiveram conceito 5 no último ENADE. Sobre esta fonte de pesquisa documental, (Gil, 2010, p.
31) tipifica
A modalidade mais comum de documento é a constituída por um texto escrito em papel, mas estão se tornando cada vez mais freqüentes os documentos eletrônicos, disponíveis sob os mais diversos formatos. O conceito de documento, por sua vez, é bastante amplo, já que este pode ser constituído por qualquer objeto capaz de comprovar algum fato ou acontecimento.
Sob essa ótica a pesquisa aqui evidenciada também é de cunho bibliográfica visto que se
aportou em livros, revistas, periódicos e artigos publicados na área da formação de administradores e
Marketing em Administração. Ademais, ―a técnica bibliográfica visa a encontrar as fontes primárias e
secundárias e os materiais científicos e tecnológicos necessários para a realização do trabalho
científico ou técnico-científico‖ (Oliveira, 2002).
À luz dos meios para realização da pesquisa expostos por Gil (2010), este trabalho insere-se
69
no segundo grupo como uma pesquisa de levantamento que tem como objetivo principal, de acordo
com Figueiredo (2011) descrever com exatidão algumas características de populações, tentando
minimizar ao máximo a possibilidade de erros.
Em outras palavras a pesquisa envolve uma investigação direta dos indivíduos cujos hábitos,
anseios e comportamentos se desejam conhecer, gerando consumar, por meio de analises
quantitativas, os resultados pretendidos. Ainda sobre levantamento como ferramenta de pesquisa usa
técnicas estatísticas, análise quantitativa e permite a generalização das conclusões para o total da
população e, assim, para o universo pesquisado, permitindo o cálculo da margem de erro. Os dados
são mais descritivos que explicativos (DENCKER, 2000)
A respeito da natureza da pesquisa esta é classificada em qualitativa, quantitativa e a quali-
quantitativas ou mistas. Sobre as pesquisas qualitativas (Figueiredo, 2011, p. 97) esclarece que
fundamenta-se em informações deduzidas das interações interpessoais e da coparticipação dos informantes. O pesquisador é um participante ativo, ele interage em todo o processo, compreende, interpreta e analisa os dados a partir da significação das informações coletadas.
Uma das características da pesquisa qualitativa é o apoio que ela busca em explicar os fatos
sem se aportar em dados estatísticos levando em consideração que existe uma relação entre o mundo
real e a subjetividade do sujeito impossível de expressar em números.
Os estudos quantitativos traduzem numericamente informações e opiniões para fins de
análises estatísticas. Assim, a pesquisa quantitativa é focada na mensuração de fenômenos,
envolvendo a coleta e análise de dados numéricos e aplicação de testes estatísticos. (COLLIS;
HUSSEY, 2005). De forma esclarecer ainda mais Figueiredo (2011, p. 97) incrementa e diagnostica
Caracteriza-se pelo processo de quantificação, tanto no processo de coleta de informações, como no tratamento destas por meio de técnicas estatísticas e procedimentos matemáticos. Representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão dos resultados, visto que aumenta a margem de segurança na comprovação das hipóteses ou do problema formulado.
Há também uma mescla da pesquisa qualitativa e quantitativa, nomeada como pesquisas
quali-quantitativas, mistas e são conhecidas também como, o terceiro movimento metodológico.
Creswell (2003, p. 212) diz que os métodos mistos se tratam da coleta ou analise de dados
quantitativos e qualitativos em um único estudo no qual os dados são coletados de forma concomitante
ou seqüencial, recebem prioridade e envolvem a integração de dados em uma ou mais etapas no
processo de pesquisa.
Figueiredo (2011, p. 98) aprofunda-se ao clarificar o conceito
70
Certo é que parte do problema pode ser esclarecido na perspectiva quantitativa, e outra parte na óptica qualitativa. Esse tipo de procedimento favorece o cruzamento das informações e, consequentemente, dá ao pesquisador maior confiabilidade em suas conclusões à medida que amplia o horizonte do objeto de estudo.
Logo, em relação à natureza da pesquisa, esta se classificou-se como quali-quanti uma vez
que o pesquisador tanto avaliou o campo da subjetividade e da percepção dos discentes do
CAD/CAMEAM/UERN, como dos egressos que produziram seus trabalhos finais na área de marketing,
como também será usado métodos estatísticos e matemáticos, mesclando assim a linguagem
numérica junto com a linguagem processual ou semântica (GONÇALVES, 2004).
3.2 Universo e Amostra
Não há pesquisa se não houver uma população a ser investigada, esta sentença por mais
obvia que seja, retrata significativamente esta seção da pesquisa que Gil (2008) teoriza como um
conjunto definido de elementos que possuem determinadas características.
Silva (2010, p. 73) mergulha mais profundamente e autentica que ―o universo da pesquisa ou
população é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam, pelo menos, uma
característica em comum, sendo N o número total de elementos do universo ou população‖.
Diante estas célebres definições esta pesquisa foi desenvolvida por meio de censo que, de
acordo com Lakatos e Marconi (2009, p. 112) vislumbram que a pesquisa censitária abrange a
totalidade dos componentes do universo objeto de estudo. Neste sentido foram contemplados todos os
alunos que estão matriculados no curso de Administração do CAMEAM/UERN no semestre 2014.1 que
cursaram a disciplina Administração Mercadológica englobando os discentes do sexto, oitavo e décimo
períodos da referida instituição, que totalizam de acordo com dados obtidos, mediante relação de
matriculados fornecida pelo departamento do curso, totalizando 107 alunos.
Também foram contemplados neste estudo todos os egressos do curso de Administração do
CAMEAM/UERN que escreveram seus trabalhos de conclusão de curso na área de Marketing entre
2009 a 2013 que, por meio de uma analise documental minuciosa, foi concluído que há 24 trabalhos.
Por fim, foi realizado um observatório (benchmarking) das matrizes curriculares de cursos de
Administração em universidades com conceito máximo no Exame Nacional de desempenho de
Estudantes (ENADE) no ano de 2012, os cursos foram selecionados a partir do ranking disponível pelo
INEP, onde foram destacados 10 Cursos com melhor desempenho enfatizando os componentes na
área de Marketing.
71
Dessarte, não foi cabível, na pesquisa, a utilização de cálculos amostrais para realização da
mesma.
3.3 Coleta dos Dados
É relevante salientar que Segundo Marconi e Lakatos (2008) é nesta etapa da pesquisa em
que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar
a coleta dos dados previstos.
Esta etapa é bastante delicada e merece do pesquisador toda uma atenção redobrada para
garantir a fidedignidade e autenticidade da pesquisa. Gil (2002, p. 125) reforça ―para que os dados da
pesquisa sejam livres de erros introduzidos pelos pesquisadores, ou por outras pessoas, é necessário
supervisionar rigorosamente a equipe coletora de dados‖.
A pesquisa em evidência está dividida em quatro momentos, a priori tratou-se de uma análise
documental envolvendo todos os trabalhos de conclusão do curso de Administração do
CAMEAM/UERN existentes onde foram apartadas informações como: autor, área, ano de elaboração e
objetivo geral de cada trabalho, o que condicionou na triagem das pesquisas na área mercadológica
que é o núcleo deste estudo, em seguida foi realizada a avaliação da satisfação dos alunos, por sua
vez matriculados no semestre 2014.1, que já cursaram a disciplina de Marketing.
Seguidamente entra em cena a percepção e as motivações de todos os egressos que
escreveram seus TCC´s na área mercadológica (24 trabalhos), finalizando com um benchmarking das
matrizes curriculares de cursos de Administração em IES com conceito máximo no Exame Nacional de
desempenho de Estudantes (ENADE) enfatizando os componentes na área de Marketing.
No intuito de responder os objetivos dessa pesquisa, no tangível aos instrumentos, foram
aplicados questionários semi-estruturados com os alunos em curso, como também para os egressos,
essa técnica de investigação é composta por questões abertas e fechadas apresentadas por escrito às
pessoas, tem a intenção de identificar opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas e
situações vivenciadas. (GIL, 2006). Vale aclarar também a utilização enfática de análises bibliográficas
nesta pesquisa.
Sobre os questionários, Labes, (1998. p 17) elenca seis situações que o questionário deve ser
priorizado na pesquisa científica, a ver:
Necessidade do registro de informações (comprovação/cientificidade);
Existência de dados padronizados para posterior mensuração;
72
Dispersão geográfica do público-alvo;
Amostra ou população numerosa;
Desconhecimento dos fatores quantitativos do problema (causa-efeito);
Grande número de variáveis intervenientes.
A aplicação do instrumento com os alunos matriculados se deu de forma presencial e com os
egressos aplicou-se por meio do Google Drive (Google Docs) para com os egressos. Os instrumentos
passaram por pré-teste na perspectiva de evitar falhas e possíveis questionamentos dispensáveis e de
alta complexidade, o que torna a pesquisa clara e não obsoleta. Gil (2002, p. 120) ajuíza que o pré-
teste está centrado na avaliação dos instrumentos enquanto tais, visando garantir que meçam
exatamente o que pretendem medir.
O Quadro 12 a seguir apresenta uma sequencia cronológica que foi adotada para coletar os
dados dessa pesquisa, percebe-se que a mesma foi desdobrada em quatro momentos:
Quadro 12 - Cronologia da aplicação dos instrumentos de coleta de dados.
SEQUÊNCIA DE APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS PERÍODO/TEMPO
Análise Documental dos TCC´s 10 de fevereiro a 12 de abril de 2014
Aplicação Instrumentos Egressos 10 de abril a 11 de maio de 2014
Aplicação de Instrumento com os alunos matriculados no semestre 2014.1
11 de maio a 03 de junho de 2014
Benchmarking em instituições com conceito máximo no ENADE
10 a 20 de junho de 2014
Fonte: Elaborado pelo autor (2014)
É válido expor que o instrumento de coleta dos egressos e o instrumento de coleta com os
alunos matriculados no semestre 2014.1 podem ser conferidos no apêndice A e apêndice B,
respectivamente.
O quadro 13 apresenta sinoticamente, embasado nos objetivos específicos, a forma
operacional de como as variáveis condicionaram os instrumentos de coleta de dados estando
especificado em objetivos específicos, variáveis e indicadores, a seguir.
73
Quadro 13 - Desdobramento das variáveis da pesquisa
OBJETIVOS ESPECÍFICOS VARIÁVEIS INDICADORES
Perquirir sobre todos os trabalhos de conclusão de curso já realizados na área de Marketing no CAD/CAMEAM no período de 2009 a 2013
* Trabalhos finais do CAD/CAMEAM/UERN
Áreas dos trabalhos; relação com os campos de conhecimento das DCN´s
Identificar as motivações que levaram os egressos a elaborarem seus TCCs na área de Marketing. .
Motivação do Egresso que escreveu seu TCC em Marketing
*Identificação com a área de Marketing *Aplicabilidade da área do Marketing. *Familiaridade com conceitos de Marketing *Postura e atuação do docente *Qualidade e acesso do material didático *Valorização da área
Inquirir sobre a satisfação dos alunos do CAD sobre a área do Marketing.
Satisfação dos alunos do CAD
*Aplicabilidade da área do Marketing; *Familiaridade com conceitos de Marketing; *Postura e atuação docente; *Qualidade e acesso do material didático; *Valorização da área (Retorno Financeiro).
Apresentar um observatório (benchmarking) das IES com conceito máximo no ENADE vislumbrando suas matrizes curriculares, evidenciando os componentes na área de Marketing das instituições tratadas.
Componentes curriculares dos cursos com conceito máximo no ENADE 2012
Fonte: Elaborado pelo autor (2014)
3.4 Tratamento dos Dados
Este trabalho tratou os dados obtidos de duas formas, primeiramente por meio da análise de
conteúdo, sobre esta premissa Bardin (1977 apud SOUSA, 2010, p. 26) explana que análise de
conteúdo é:
Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.
Flick (2013) destaca que é possível distinguir as análises de conteúdo qualitativo e quantitativo.
Sendo portanto, utilizado as duas formas, qualitativa para as respostas obtidas diretamente com os
74
alunos, por meio de questão aberta no questionário. Por outro lado os os TCC´s e matrizes curriculares
(disponíveis nos sites dos cursos) foram analisadas de forma qualitativa identificando quais disciplinas
na área são contempladas nas referidas instituições.
Esse tipo de tratamento de dados procura analisar materiais de texto de qualquer origem, de
produtos da mídia a dados de entrevistas (FLICK, 2013). Tal método de tratamento foi evidenciado nas
questões abertas dos questionários semi-estruturados.
A segunda forma de tratamento foi a estatística descritiva, para Gil (2010) a estatística
descritiva consiste em descrever as características de determinada população, por meio de dados
estatísticos, os resultados obtidos são apoiados e respondidos por meio de números.
75
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Esta ramificação do trabalho tem como cerne analisar os resultados da pesquisa por intermédio
dos dados coletados na perspectiva de responder concisamente os objetivos traçados na investigação.
Logo, esta seção será subdividida da seguinte maneira: 4.1 Perquirição documental dos trabalhos
de conclusão do curso realizados na área de Marketing no curso de Administração do
CAMEAM/UERN, com o propósito de seletar as pesquisas na área de Marketing entre os anos de 2009
a 2013. A subseção 4.2 Avaliar as motivações e percepções dos egressos que escreveram seus
trabalhos de conclusão de curso na área de Marketing. Posteriormente a subseção 4.3. A
satisfação dos alunos matriculados no semestre 2014.1 que já cursaram a disciplina
Administração Mercadológica focalizando a pertinência e pretensões na área. E por último, porém
não menos importante, o item 4.4 Benchmarking dos cursos de Administração de instituições de
ensino superior com conceito máximo no ENADE, intensificando seus componentes curriculares
obrigatórios na área de Marketing.
4.1 Perquirição documental dos trabalhos de conclusão do curso de Administração do
CAMEAM/UERN.
Como fontes primárias os estudos documentais são datados de séculos atrás e são
responsáveis por manter viva a história remontando o passado, porém o princípio que rege as
pesquisas de cunho documental é que a leitura do passado deve ser sempre direcionada pela leitura
do presente. Estas fontes podem ser detectadas em bibliotecas, departamentos atrelados a órgãos
públicos e arquivos em geral.
Desta feita, surge a ânsia de se aprofundar, analisar e mergulhar profundamente em mares,
até então não navegados, que são as valiosas produções finais de todos os egressos do curso de
Administração do CAMEAM/UERN disponíveis na própria instituição. Sabe-se que o TCC, também
podendo ser desenvolvido, de acordo com as (DCN), na modalidade de monografia ou atividade
teórico-prática, é o resultado de um trabalho minucioso, prazeroso e montado conscientemente no
intuito de adquirir, com louvor, um título acadêmico sendo, por sua vez, ancorado nos pilares da
ciência.
O curso de Administração do CAMEAM/UERN começou suas atividades no último trimestre do
ano de 2004, tendo sua primeira turma de administradores sendo concluída no ano de 2009 o que,
logicamente, implicou nas primeiras produções científicas do curso. Logo, após as análises foi
76
diagnosticado que há 114 trabalhos nos arquivos do departamento divididos em um diversificado leque
de áreas que contemplam os diferentes enfoques da ciência administrativa.
É salutar que esta pesquisa, buscando ser o mais fidedigna possível, considerou exatamente
como área o entendimento dos autores dos trabalhos e seus orientadores no ano de sua elaboração,
não cabendo ao pesquisador adequar ou modificar, correlatamente, possíveis áreas similares. O
quadro 14 apresenta nitidamente as áreas e as quantidades dos trabalhos finais do curso de
Administração entre os anos de 2009 e 2013, primeira e última turma, respectivamente, formada até o
momento da construção dessa investigação
Quadro 14 – Áreas e quantidades de trabalhos finais de curso elaborados entre 2009 e 2013
ÁREA DE ESTUDO QUANTIDADE
Marketing 24
Gestão de Pessoas 21
Finanças e Contabilidade 11
Administração Pública 10
Qualidade 7
Administração da Produção 7
Administração de Processos 6
Empreendedorismo 6
Terceiro Setor 5
Turismo 4
Gestão Ambiental 3
Comunicação Administrativa 3
Recursos Materiais e Patrimoniais 3
Administração Geral 1
Sistemas de Informação 1
Agronegócio 1
Direito 1
TOTAL 114
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
Diante este fato, observa-se que até o ano de 2013 os alunos desenvolveram seus trabalhos
em 17 áreas distintas e isso se da pela pluralidade e transversalidade propiciada pelo curso de
Administração em sua amplitude, dando margens para o desenvolvimento da pesquisa científica se
utilizando de saberes de diversos outros ramos do conhecimento. Logicamente o fator que
desencadeia a construção de um trabalho final de curso é a compatibilidade do aluno, durante a sua
formação, com determinada especificidade.
Observa-se que as áreas de maior produtividade no curso de Administração do
CAMEAM/UERN foram, decrescentemente, na área de Marketing (24), Gestão de Pessoas (21),
77
Finanças de Contabilidade (11) e Administração Pública aparece com 10 produções. Logo este dado
vem a exprimir a grande identificação, satisfação e encantamento dos alunos, hoje egressos, com
essas áreas.
Porém, é imprescindível destacar, à luz das (DCN) para o Curso de Administração os campos
da formação do administrador. Logo, de acordo com artigo 5 da resolução n.04 de 13 de julho de 2005
―os cursos de graduação em Administração deverão contemplar, em seus projetos pedagógicos e em
sua organização curricular, conteúdos que revelem inter-relações com a realidade nacional e
internacional, segundo uma perspectiva histórica e contextualizada de sua aplicabilidade no âmbito das
organizações e do meio através da utilização de tecnologias inovadoras e que atendam aos seguintes
campos interligados de formação:
I - Conteúdos de Formação Básica: relacionados com estudos antropológicos, sociológicos, filosóficos, psicológicos, ético-profissionais, políticos, comportamentais, econômicos e contábeis, bem como os relacionados com as tecnologias da comunicação e da informação e das ciências jurídicas; II - Conteúdos de Formação Profissional: relacionados com as áreas específicas, envolvendo teorias da administração e das organizações e a administração de recursos humanos, mercado e marketing, materiais, produção e logística, financeira e orçamentária, sistemas de informações, planejamento estratégico e serviços; III - Conteúdos de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias: abrangendo pesquisa operacional, teoria dos jogos, modelos matemáticos e estatísticos e aplicação de tecnologias que contribuam para a definição e utilização de estratégias e procedimentos inerentes à administração IV - Conteúdos de Formação Complementar: estudos opcionais de caráter transversal e interdisciplinar para o enriquecimento do perfil do formando.
Mediante estas informações o gráfico 01 a seguir, embasado nas áreas do quadro 13
evidencia o enquadramento destas com o campo de formação do administrador trazidas pelas DCNs. É
digno ratificar que estes dados compreendem os trabalhos elaborados pelos discentes, hoje egressos,
do curso de Administração do CAMEAM/UERN entre os anos de 2009 e 2013.
Gráfico 1 - Áreas de formação utilizadas pelos egressos à luz das DCN´s entre 2009 a 2013
Fonte: Pesquisa de campo (2014).
2%
71%
27%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%Básica
Profissional
Métodos Quantitivos e Tecnologias
Complementar
78
Percebe-se notoriamente que as áreas de formação profissional se sobressaem até agora,
nesta esfera contempla-se Administração de Marketing, Gestão de Pessoas, Finanças, Qualidade,
Administração da Produção, Administração de Processos, Comunicação Administrativa, Recursos
Materiais e Patrimoniais e Administração Geral. Um fato que chama bastante atenção é o de não ter
sido ainda realizado nenhum trabalho no campo dos métodos quantitativos.
Após, se trás a tona o epicentro da investigação deste objetivo específico que são as
pesquisas na área mercadológica no curso de Administração do CAMEAM/UERN que, como
anteriormente citado, totalizam 24 produções entre os anos de 2009 e 2013 de acordo com o estudo
documental realizado nos arquivos da organização em tela como demonstra o quadro 15 adiante.
Na esfera acadêmica a pesquisa que resulta no TCC é o resultado de um estágio
supervisionado realizado em uma organização que abre suas portas para que os alunos desenvolvam
sua investigação. O quadro a seguir trás um esboço de todos os trabalhos realizados na área de
Marketing no curso de Administração durante seus anos de atividades funcionais, no quadro está
contido o autor da pesquisa e o ano, o tema do trabalho e o objetivo geral, acreditamos que esse último
possibilitará ao leitor ter um entendimento maior sobre cada problemática pesquisada. Eis a seguir:
Quadro 15 - Trabalhos realizados na área mercadológica entre 2009 e 2013 no CAD/CAMEAM
AUTOR TEMA OBJETIVO GERAL
Silva (2009)
Estratégias de Marketing: Um estudo de caso na Designer presentes
Analisar as estratégias de Marketing utilizadas pela empresa Designer presentes.
Ferreira (2009)
Marketing Social na Educação: um estudo de caso na Escola Educandário Raízes do Saber em Luiz Gomes – RN
Diagnosticar através da gestora e dos pais dos alunos da Escola Raízes do saber o entendimento dos mesmos a respeito da importância do marketing para a educação.
Sá (2009)
Otimização das Estratégias de vendas de motocicleta: Um estudo de caso na Motoeste de São Miguel RN.
Deliniar estratégias de vendas e de pós-vendas que otimizem os resultados da Motoeste São Miguel.
Silva (2009)
Planejamento Estratégico de Marketing: Um estudo de caso na Empresa Delca Construção de José da Penha RN
Analisar o planejamento estratégico de Marketing na empresa Delca em José da Penha RN
Araújo (2010)
Comportamento do consumidor de motocicletas da região de alto peças potiguar: Uma Análise dos fatores importantes na decisão de compra.
Analisar as principais variáveis que influenciam na decisão de compra de motocicletas na região do Alto Oeste.
Freire (2010)
A influência do ambiente de serviços na captação e fidelização de clientes no hotel hertz center em Pau dos Ferros-rn
Analisar as dimensões tangíveis e intangíveis do marketing de serviços no Hotel Hertz Center em Pau dos Ferros e seu impacto na fidelização de clientes
Continua
79
Continuação
Freire (2011) A percepção das marcas no segmento de automóveis: Um estudo netnográgico
Compreender o posicionamento das principais marcas de automóveis no Brasil a partir de levantamento etnográfico.
Nascimento
(2011)
Mix de marketing e matriz estratégica: uma análise na empresa Silveic
Analisar o mix de marketing e a matriz estratégica na empresa.
Lima (2011)
A utilização do marketing como estratégia de posicionamento no mercado: Um estudo na empresa Lili Ótica.
Identificar os meios de propaganda mais apropriados para divulgação da empresa no mercado local
Neto (2011)
Planejamento estratégico de marketing: um estudo de caso na empresa Vídeo Mania.com
Propor um planejamento estratégico de Marketing para a empresa Vídeo Mania.com
Aquino (2011)
Gestão da qualidade co foco no atendimento: Uma expectativa de sucesso na empresa Ponto Fashion
Avaliar a satisfação do cliente e o nível de qualidade do atendimento da Ponto Fashion
Almeida (2011)
O mix mercadológico na atração e fidelização de clientes no segmento varejo: O caso da Rede Oeste em Alexandria RN
Apresentar as estratégias do mix mercadológico que influenciam na atração e fidelização dos clientes da Rede Oeste de Alexandria RN.
Dias (2011)
O marketing como propulsor do crescimento e inovação nas microempresas: O caso do Mercadinho Alves
Analisar as estratégias de marketing como agente de inovação e crescimento do mercadinho Alves
Nunes (2012)
A tecnologia a serviço da comunicação: Um estudo sobre marketing digital na Total Sociedade de Consultores
Otimizar o Marketing Digital como estratégia de comunicação na Total Sociedade de Consultores
Silva (2012)
Endomarketing como ferramenta estratégica: O caso do Armazém Paraíba de Pau dos Ferros RN
Investigar como as ações referentes ao endomarketing podem contribuir para o sucesso organizacional do Armazém Paraíba na perspectiva do colaborador e do gestor
Carneiro (2012)
Competitividade mercadológica no segmento de serviços: Um estudo de caso na Auto Escola CECAP em Pau dos Ferros RN
Analisar as estratégias de Marketing na auto escola CECAP
Santana (2012)
Consultoria empresarial na cidade de Pau dos Ferros RN: Abordagem exploratória sobre a demanda.
Conhecer as potencialidades do mercado de consultoria empresarial no âmbito de Pau dos Ferros RN
Queiroz (2012)
Endomarketing e satisfação dos associados: Um estudo de caso na ASSEC de Apu dos Ferros RN
Diagnosticar a importância do Endomarketing como ferramenta de análise de nível de satisfação dos sócios com a qualidade dos serviços prestados pela CAERN Pau dos Ferros
Silva (2012)
Marketing de relacionamento como diferencial competitivo: O caso da academia Asseiken Firtness em Pau dos Ferros RN
Verificar como o Marketing de relacionamento pode contribuir como diferencial competitivo para o cultivo de clientes na academia Asseiken Fitness
Silvestre (2013)
Marketing de relacionamento na vidraçaria e Marmoraria Souza
Analisar como o marketing de relacionamento está sendo desenvolvido pela vidraçaria e
Continua
80
Continuação
marmoraria Souza, considerando a opinião dos clientes sobre as estratégias percebidas.
Santos (2013)
Consultoria em Administração Pública Municipal: Um levantamento sobre a demanda potencial no Alto Oeste Potiguar.
Identificar o potencial de demanda por serviços de consultoria no segmento público municipal
Almeida (2013)
As contribuições do Marketing de relacionamento para fidelização dos clientes da empresa D´pele Moda Íntima
Analisar como o Marketing de relacionamento pode contribuir para fidelização dos clientes na D´pele Moda Íntima.
Silva (2013)
Gestão de Relacionamento com clientes: O caso da Leila Sabino Estética e Beleza em Pau dos Ferros RN
Analisar como a gestão de relacionamento pode contribuir para o fortalecimento da relação empresa-cliente na Leila Sabino Estética Beleza.
Sousa (2013)
Influência do marketing promocional na decisão de compras dos cabeleleiros: Um estudo em Pau dos Ferros.
Compreender como o Marketing promocional atua na decisão de compra dos cabeleleiros da cidade de Pau dos Ferros RN
Fonte: Pesquisa de Campo (2014).
Na intenção de esmiuçar a quantidade de pesquisas realizadas na área de Marketing, o
gráfico 02 a seguir expõe as produções por ano que foram, ratificando, apartadas dos documentos
físicos dos arquivos do departamento. Ademais é pertinente acentuar que os dados que condicionaram
estes resultados foram colhidos entre os dias 10 de fevereiro a 12 de abril de 2014. Vejamos os dados
e, posteriormente, atentemos para análises destes.
Gráfico 2 - Quantidades de Trabalhos realizados entre os anos de 2009 e 2013 no CAD/CAMEAM
Fonte: Pesquisa de campo (2014)
Observa-se, pois, que as produções nos dois primeiros anos se apresentam de forma bastante
tímida; em 2009 o curso formou sua primeira turma de graduados em administração e estes produziram
4 pesquisas em Marketing; no ano posterior, em 2010, houve um decréscimo marcando este ano com a
menor produção que se data até o momento com apenas 2 trabalhos investigados na área discutida.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
2009 2010 2011 2012 2013
81
No ano de 2011 houve um aumento bastante pertinente nas pesquisas o que, inclusive,
representa o maior pico de produções na área mercadológica dentre os anos que compõe este
universo pesquisado, resultando assim em 7 trabalhos finais na especialidade de Marketing. No ano de
2012, a produção decai para 6 pesquisas e, em 2013, que corresponde a última turma graduada até a
execução desta análise, apresenta 5 explorações em marketing.
Isto posto, evidencia-se que, apesar das pesquisas em Marketing no curso de Administração
do CAD/CAMEAM se apresentarem de maneira volátil no decorrer dos últimos anos, há sim uma
ascendência percebida entre 2011 e 2013 em relação às produções de 2009 e 2010, mesmo que nesta
primeira tríade anual, as produções tenham diminuído apenas 1 trabalho de um ano para outro,
ratificando 2011 (7 pesquisas), 2012 (6 pesquisas) e 2013 (5 pesquisas).
Em parecença, sobre as pesquisas científicas em Administração e suas áreas de estudo, há
inúmeros eventos específicos que trabalham com áreas do conhecimento administrativo, porém é
notorizado que o Encontro Nacional dos Cursos de Administração (ENANGRAD), anualmente
realizado, é um dos mais pertinentes no que se refere à pesquisa, ocupando um lugar de destaque no
cenário educacional no Brasil sendo, de acordo com o site da organização, o maior evento de ensino e
pesquisa da graduação na América Latina. O ENANGRAD designa 11 áreas temáticas para publicação
de trabalhos acadêmicos exibidos a seguir no quadro 16:
Quadro 16 - Áreas Temáticas Encontro Nacional dos Cursos de Administração (ENANGRAD)
SIGLA CORRESPONDENTE ÁREA TEMÁTICA
ADP Administração Pública
EGC
Empreendedorismo e Gorvenanças Corporativas.
EPD Ensino, Pesquisa e Capacitação Docente
FIN Finanças
GDS Gestão de Sustentabilidade
GIT
Gestão de Informações e Tecnologia
GOL
Gestão de Operações de Logística
GPQ
Gestão de Processos e Qualidade
GPT
Gestão de Pessoas e Relação de Trabalho
TGA
Teoria Geral da Administração
MKT Marketing
Fonte: Encontro Nacional dos Cursos de Administração (2014).
No ano de 2013, no qual ocorreu o XXIV ENANGRAD, na cidade de Florianópolis – SC, na
82
área destinada ao Marketing foram aprovados e apresentados 20 trabalhos na temática, vale frisar que
tal evento recebe centenas de trabalhos o que resulta em uma minuciosa triagem onde serão
aprovados somente aqueles que se adéqüem às normas reguladoras do evento.
A pesquisa científica na área de Marketing é uma exigência imposta pelo mercado de trabalho
que é bastante volúvel e amplamente dotado de alta concorrência, sobre essa premissa os acadêmicos
tem se aportado e realizado cada vez mais pesquisas na mercadologia havendo a necessidade de
publicação das suas investigações, parafraseando Kotler (2006) as pesquisas em marketing
correspondem à elaboração, coleta, análise e descobertas importantes sobre uma situação específica
de Marketing enfrentada por uma empresa. Logo, é sabido que o ato de pesquisar em Marketing é
crucial para se compreender os fluxos de mercado como também entender o quão mutável ele se
caracteriza.
Nesta perspectiva a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração
(ANPAD), criada em 1976, desenvolve um consistente trabalho na promoção do ensino, da pesquisa e
na produção de conhecimento dentro do campo das ciências administrativas, contábeis e afins no
Brasil, com a ascendência das pesquisas na área mercadológica, percebeu que seria de bom tom criar
um evento específico da pesquisa em Marketing.
O Encontro da Divisão de Marketing (EMA) e a sua criação que, de acordo com a coordenação
do evento, atesta a consolidação, o avanço e a fecundidade dos estudos em Marketing sendo um
espaço de discussão de temas relevantes no âmbito da Divisão tendo por objetivo geral fomentar o
desenvolvimento da área de Marketing no Brasil, por meio de estudos teóricos e/ou teórico empíricos
considerando os diferentes subsistemas e dimensões de análise.
O EMA teve início em 2004 e acontece a cada 2 anos; no ano de 2014 o evento aconteceu na
cidade de Gramado – RS e teve como membros colaboradores representantes da ReMark (Revista
Brasileira de Marketing) e com a PKMT (Revista Brasileira de Pesquisa de Mercado, Opinião e Mídia).
Em pesquisa no site do evento constou-se que, no primeiro ano do EMA, ou seja, 2004, foram
publicados 60 trabalhos e no ano de 2014 o total foi de 100 no segmento de Marketing, estes dados
solidificam o crescente interesse de acadêmicos em pesquisar sobre esta importante ferramenta de
análise e tomada de decisão mediante as inúmeras facetas do mercado de trabalho atual.
Para submeter trabalhos junto ao EMA é necessário que os autores enquadrem a pesquisa em
10 temas, a saber: Comportamento do consumidor I, comportamento do consumidor II, cultura e
consumo, métodos de pesquisa e Teoria em Marketing, Estratégias de Marketing e Marketing
internacional, marketing de serviços e relacionamento, marketing e sociedade, gestão do varejo e da
distribuição, gestão do composto de marketing, inovação, tecnologia e interatividade. (Portal EMA,
2014).
83
Portanto, após essas observações constata-se que a área de Marketing foi a mais explorada
nas pesquisas finais de curso dos alunos graduados em Administração no CAMEAM/UERN entre 2009
e 2013, evidentemente a isso se atribui a familiaridade e satisfação com a disciplina no decorrer da
formação acadêmica.
4.2 As motivações e percepções dos egressos que escreveram seus trabalhos de conclusão de
curso na área de Marketing
Após quantificar os Trabalhos Finais de Curso (TCC) do departamento de Administração do
CAMEAM/UERN e, em seguida, apartar as 24 pesquisas em Marketing, surge a ânsia de averiguar as
percepções desses egressos para com a área assim como entender as motivações, desafios e
limitações para construir o trabalho final e, por fim, a contribuição deste para a prática profissional de
cada um. É válido notificar que 2 egressos, por motivos não clarificados, recusaram-se a participar
desta pesquisa, sendo suas decisões respeitadas de acordo com os princípios éticos da pesquisa
científica. Logo, o fato resultou assim em 22 participantes.
Inicialmente os egressos foram indagados sobre fatores contribuíram para definição da área de
Marketing para realização do TCC, evidentemente este questionamento está atrelado a satisfação dos
egressos no decorrer da formação acadêmica. Vejamos o Gráfico 03 que trás as respostas dos
egressos a respeito desse quesito.
Gráfico – 03 - fatores contribuíram para definição da área de Marketing para realização do TCC
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Identificação com a área de Marketing
Aplicabilidade da área de Marketing
Familiaridade com os conceitos de Marketing
Acesso ao material didático
Valorização da área
Outros
84
A leitura do gráfico possibilita verificar que 55% dos egressos escreveram seus trabalhos pela
identificação com a área de Marketing que está em plena ascendência, percebe-se que, após cursar a
disciplina, aflora no aluno a vontade de pesquisar sobre a área que mais se afeiçoou e o Trabalho Final
de Curso é uma das inúmeras formas e oportunidades para desenvolver tal pesquisa. Adiante, 20%
dos respondentes optaram dissertar em Marketing pela aplicabilidade da área haja visto que seu leque
de ramificações é diverso e pode ser aplicado em qualquer tipo de empresa independente do seu porte.
São exemplos de aplicação o marketing direto, de relacionamento, de fidelização, marketing verde e o
marketing digital que é resultado da evolução da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)
amplamente difundida entre as décadas de 1990 e 2000.
Em terceiro lugar dentre os motivos que impulsionaram os egressos a escreverem na área de
Marketing aparece à facilidade de acesso ao material didático com 10% das respostas, tanto na
biblioteca da UERN como no rico material disponível na internet, mesmo sendo de fácil acesso é
salutar que o aluno deve ficar bastante atento na escolha da bibliografia buscando a originalidade e
confiabilidade das fontes, depois disso é viável que busque se aprofundar mais no tema proposto a
investigar fazendo levantamento dos autores, lendo suas teorias e, posteriormente, redigindo seu
próprio texto.
A familiaridade com os conceitos de mercadologia obteve 6%, entende-se por familiaridade a
intimidade que se tem com alguma coisa que, por sua vez, se deu pela satisfação e deleite com o
conteúdo programático da disciplina Administração Mercadológica. Empatado com a familiaridade o
eixo tratado como ―outros‖ obteve 6% das respostas e é importante destacar que os respondentes
responsáveis pela resposta deste dado não expuseram em que se enquadrariam esses ―outros‖
motivos, deixando a lacuna em aberto. Com 3% surge a valorização da área de marketing como motor
impulsionador para construção do TCC, esta valorização aqui trazida está abraçada com a
prosperidade e estimativas salariais positivas da área no mercado de trabalho.
Porém, em uma recente pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Robert Half, líder
mundial em recrutamento de pessoas, fundada em 1948, com 12.000 colaboradores e 345 escritórios
pelo mundo, sendo 4 no Brasil, divulgou uma projeção salarial para os profissionais que atuam na área
de Marketing no ano de 2014. A pesquisa apontou que houve uma falta de investimentos em expansão
por parte das empresas nos departamentos de marketing em 2013, o que impactou nos salários desses
profissionais. No ano de 2014 a expectativa é de estabilidade e os profissionais mais procurados na
área mercadológica são os generalistas com formação em Administração como também no próprio
curso de Marketing (www.roberthalf.com.br).
Prosseguindo com as análises considerando o primor e a riqueza dos 24 trabalhos finais do
curso de Administração do CAMEAM/UERN na área de marketing, aos egressos foi perguntado se
85
suas produções haviam sido publicadas em algum evento, periódico ou revistas, haja vista que as
publicações em eventos é o combustível da ciência que abre discussões bastante proveitosas com
vistas aprimorar as distintas áreas contribuindo para o desenvolvimento das mesmas, além disso é um
passo importante para publicação nos eventos e periódicos.
O gráfico 4 apresenta percentualmente a quantidade dos alunos que publicaram seus
trabalhos em eventos, vejamos.
Lamentavelmente, percebe-se que 91%, que corresponde a 20 produções, não foram
publicadas sendo apenas arquivadas e, conseqüentemente, ―esquecidas‖ para a ciência. Em
contrapartida, 9%, ou seja, 2 trabalhos foram publicados, uma única vez, em grandes eventos da
Administração.
Gráfico 4 - Discentes que publicaram seus trabalhos na área de Marketing entre 2009 e 2013
Fonte: Pesquisa de Campo (2014).
Os dois TCC´s publicados em anais e eventos foram ―Consultoria Empresarial na cidade de
Pau dos Ferros RN: Abordagem exploratória sobre a demanda‖. (SANTANA, 2012) e ―Endomarketing e
satisfação dos associados: Um estudo de caso na ASSEC de Pau dos Ferros RN‖ (QUEIROZ, 2012)
ambos supervisionados e com colaboração do docente Edivaldo Rabelo de Menezes, professor titular
lotado no Curso de Administração do CAMEAM/UERN.
O trabalho de Santana (2012) foi apresentado no XXIII Encontro Nacional dos Cursos de
Graduação em Administração, realizado na cidade de Bento Gonçalves – RS, entre os dias 29 de
outubro a 01 de novembro de 2012. Almejando um melhor entendimento por parte do leitor o quadro a
seguir apresenta o resumo do trabalho em tela.
9%
91%
Sim
Não
0% 20% 40% 60% 80% 100%
86
Quadro 17 - Resumo apresentado no XXIII ENANGRAD por um egresso do CAD/CAMEAM/UERN
O artigo sintetiza uma análise de um levantamento onde se busca analisar as potencialidades para prestação de serviços de consultoria do município de Pau dos Ferros - RN. A pesquisa é do tipo exploratória. A coleta de dados deu-se por meio de entrevista com 40 gestores das empresas selecionadas com base em critérios pré-determinados. Os dados foram tratados qualitativamente através da análise de conteúdo e quantitativamente por meio de técnicas estatísticas. O referencial teórico abrange os principais autores das áreas de consultoria e mensuração de demanda. A pesquisa identificou a existência de demanda latente no município de Pau dos Ferros, principalmente no que se refere às seguintes atividades gerenciais: planejamento financeiro, publicidade e propaganda, atendimento, melhoria de processos, capacitação de pessoas, inovação e criatividade. Desse modo evidenciou-se que a referida localidade apresenta-se como um promissor mercado para prestação de serviços de consultoria.
Fonte: Santana (2012)
O segundo trabalho realizado na área de Marketing entre os anos de 2009 e 2013,
―Endomarketing e satisfação dos associados: Um estudo de caso na ASSEC de Pau dos Ferros RN‖ foi
publicado por Queiroz (2012) no Congresso Internacional de Administração de Ponta Grossa – PR,
realizado entre os dias 23 a 27 de setembro de 2013. O quadro trás o resumo dessa produção:
Quadro 18 - Resumo do trabalho apresentado no Congresso Internacional de Administração de Ponta Grossa PR por um egresso do CAD/CAMEAM/UERN
As últimas décadas foram marcadas por grandes mudanças, globalização econômica e um amplo avanço tecnológico que tiveram reflexos no ambiente econômico, social e político. Tais mudanças, por sua vez, afetam as organizações nas relações entre trabalhadores e empresa. O marketing possui várias formas de aplicabilidade dentre elas o endomarketing, que surge como uma ferramenta de comunicação e integração entre os colaboradores da organização e fortalece a responsabilidade destes sobre o resultado final, que foi diagnosticar a importância do Endomarketing como ferramenta de análise da satisfação dos sócios com a qualidade dos serviços prestados pela Associação dos servidores da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (ASSEC) de Pau dos Ferros-RN . Identificou-se nesse estudo a estrutura do serviço realizado as necessidades e analisando de que forma o endomarketing contribui para motivar os sócios da ASSEC. Como estratégia metodológica adotou-se a pesquisa descritiva-exploratória, de vertente quantitativa, tendo como método o estudo de caso ASSEC. O universo utilizado foi a ASSEC. A amostra obtida através de um cálculo estatístico e o questionário aplicado pelo critério de acessibilidade. Os dados foram coletados e analisados por meio de análise estatística- descritiva. Constatou-se a necessidade de melhorias na qualidade dos serviços prestados e nas atividades de lazer oferecidas pela associação. A caracterização do perfil do sócio é extremamente importante para que possa elaborar estratégias para melhoria da relação da associação com os associados. Este estudo aponta a presença de contrastes de opiniões devido às diferentes funções e níveis hierárquicos dos entrevistados.
Fonte: Queiroz (2012)
Com convicção é possível afirmar que os 2 trabalhos contribuíram de forma ímpar para o
desenvolvimento da ciência administrativa levando o nome do curso de Administração do
CAMEAM/UERN a ser conhecido em eventos de alto porte agregando valor e credibilidade a nossa
instituição. Prosseguindo, os egressos foram indagados sobre os desafios e limitações para construção
do TCC na área de Marketing e o Gráfico 05 revela informações bastante pertinentes:
87
Gráfico 5 - Desafios em escrever o TCC na área de Marketing.
Fonte: Pesquisa de Campo (2014).
A construção efetiva do trabalho final de curso, de acordo com a matriz curricular vigente até o
momento, se inicia no 9º período juntamente com a disciplina obrigatória Estágio Supervisionado I e
termina com a disciplina Estágio Supervisionado II que vislumbram orientar os discentes para atuação
no estágio de 180 horas, no total, realizado em uma organização, o que implicará no relatório final para
obtenção do título de Bacharel em Administração. O gráfico anterior revela que, para 46% dos
entrevistados, o maior desafio na construção do TCC é o tempo hábil para a sua realização, é possível
justificar essa informação pelo fato do aluno além de realizar o estágio em uma empresa tem a
obrigação de cursar as cinco disciplinas do 10º período, com carga horária de 60 horas cada e, por fim,
gerar o produto final que é o TCC. Em contrapartida, apesar desses pontos citados, o aluno tem um
ano para produzir o trabalho.
A ausência de conhecimento prático, decrescentemente, ocupa o segundo lugar, com 32% das
respostas, a isso vincula-se o fato da disciplina ofertar grande aporte teórico e pouco prático e também
a escassez de empresas na região do alto oeste que vislumbrem de maneira enfática o conhecimento
prático das funções profissionais mercadológicas impedem o aluno de experienciar, no decorrer da
formação acadêmica, o marketing enfaticamente prático. Em contrapartida esse dado desperta
curiosidade e convida à reflexão, pois o aluno alega falta de conhecimento prático, quando na verdade,
é obrigado a estar durante 180 horas, no estágio supervisionado, em uma organização para, em tese
adquirir esta prática, porém presume-se que para um aproveitamento eficaz desse estágio depende
tanto das condições fornecidas pelas empresas como pelo interesse dos discentes.
Ademais, 14% dos egressos apontaram que a disponibilidade do (a) docente no tocante a
orientação foi o maior empecilho na construção do TCC, porém convém anotar que essa suposta
indisponibilidade acontece devido à carga excessiva de trabalho atribuída aos professores que
desempenham várias funções dentro do departamento transpondo as tarefas em sala da aula.
4%
14%
46%
32%
4%
Acesso ao material didático
Disponibilidade do professor no tocante a orientação
Tempo hábil para realização do TCC
Falta de conhecimento prático
Outros
88
Também é preciso acentuar que há apenas um docente na área de Marketing no curso de
Administração da UERN em Pau dos Ferros o que pode vir a limitar, devido excesso de atribuições, as
orientações.
Empatados com 4% cada, o acesso ao material didático e a variável ―outros‖ (fatores externos)
foram citadas como limitações maiores na construção do texto monográfico.
Em seguida questionamos se o desenvolvimento do TCC em marketing contribuiu para a
prática/carreira profissional dos egressos o que resultou no Gráfico 06.
Visualiza-se que para 55% dos egressos a construção do TCC contribuiu bastante para a
carreira profissional e 45% seguiram e firmaram-se em outras áreas da Administração.
Gráfico 6 - Contribuição da construção do TCC para carreira/prática profissional
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
O objetivo do trabalho final de curso é conectar o formando em Administração às teorias
estudadas no curso aplicando-as com a realidade vivenciada na organização, por viés de uma
problemática diagnosticada, a fim de prepará-los para os desafios que estão por vir em suas carreiras.
Portanto, confeccionar um TCC de alto nível e aplicabilidade pode render viçosos frutos na carreira de
um administrador inserindo-o no mundo coorporativo clarificando os rumos a serem seguidos por este.
Ancorado na representação gráfica anterior questionou-se aos 55% dos egressos qual a real
contribuição da construção do TCC para a carreira/prática profissional, os mesmos responderam da
seguinte forma:
O TCC me ajudou a conhecer melhor o mercado no qual eu estava inserido e o nicho de
mercado que o segrega para melhor conhecê-lo, dividindo-o e aplicando o conhecimento de
marketing para melhor definir estratégias de vendas e ações de mercado na empresa que
atuo (Egresso 3)
55%
45%
Sim
Não
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
89
Todo trabalho acadêmico é importante para a nossa carreira, é claro que o primeiro TCC da
nossa vida é o que nos dá um maior estresse pelo fato da pouca experiência, tanto com
relação a construção em si do trabalho, bem como a falta de experiência prática. Mas de
uma maneira geral o meu TCC na graduação me fez crescer muito, com ele aprendi bem
mais sobre a área pesquisada (Marketing Social), bem como ele fortaleceu mais ainda
algumas ideias que eu já tinha acerca da minha profissão. Infelizmente enfrentei muitas
dificuldades ao construí-lo, mas no final deu tudo certo. É uma excelente área para pesquisa
e para trabalhar também (Egresso 5)
É possível frisar que em ambas as respostas os egressos intensificam o quão pertinente
escrever na área mercadológica representou para o enriquecimento profissional e pessoal de cada um.
O egresso 3 destacou que dissertar na área de marketing ampliou sua visão mercadológica dentro da
empresa que já era colaborador possibilitando a criação de estratégias implicando na tomada de
decisões, principalmente, na área de vendas, sobre estratégia Kotler (2010, p. 139) afirma ―é o que
determina a estrutura da atividade empresarial de uma empresa e fornece diretrizes para coordenar as
atividades de modo que ela possa lidar com mudanças do ambiente e influenciá-las. A estratégia
articula o ambiente preferido da empresa e o tipo de organização que ela está buscando tornar-se‖.
Nesta mesma tendência o Egresso 05 destacou que escrever na área de marketing aflorou
ideias a serem desenvolvidas em sua profissão contribuindo para seu crescimento intelectual
destacando na fala as dificuldades de elaboração do TCC. O egresso 6 se destaca em sua fala
quando diz:
Com certeza, tudo que você estuda, pesquisa e desenvolve contribui de forma direta na sua formação tanto pessoal quanto profissional. Depois do meu TCC em Administração, por exemplo, várias portas se abriram em questão de oportunidades de emprego, uma maior valorização profissional econômico e financeiramente; a questão de conhecer e entrevistar os gestores das principais cidades do Alto Oeste Potiguar foi uma experiência incrível e única, que proporcionou novas experiências e etc (Egresso 6)
Percebe-se nesse fragmento que após a aplicação da pesquisa e construção do TCC ao
egresso 6 foram ofertadas várias oportunidades de emprego devido a credibilidade, confiabilidade e
seriedade da sua pesquisa
Contribuiu pois através dele pude ter maior capacidade de perceber a ação
do marketing na prática bem como as enumeras contribuições dele para o
desenvolvimento de um empreendimento (Egresso 7)
Foi com ele que pela primeira vez verifiquei a aplicação de parte do
conhecimento da graduação, assumi uma postura diagnóstica e propositiva
como administrador. (Egresso 10)
90
O Gráfico 07 evidencia a resposta dos egressos em relação a indagação sobre quais deles
estão trabalhando atualmente na área de Marketing:
Nota-se que 64% dos pesquisados que escreveram seus TCC´s na área de Marketing não
estão atuando atualmente nessa área, 27% trabalham em outras áreas dentro da organização, a saber:
área contábil, logística, Administração Pública e Recursos Humanos; porém colaboram de forma parcial
quando solicitados.
Gráfico 7 - Atuação na área de Marketing atualmente
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
. Por último, 9% trabalham efetivamente na área de marketing. O leque de ramificações para se
trabalhar na área de Marketing é bastante diverso, o administrador pode atuar como estrategista
estudando o mercado, levando em consideração os fornecedores, concorrentes e clientes. Em relação
aos clientes e ao comportamento destes, em artigo recentemente publicado no portal
(www.administradores.com.br), por Daniela Khauaja, especialista em marketing pela Western
International University de Londres e coordenadora da área de marketing de pós-graduação da ESPM,
diz que o profissional deve conhecer os fatores que influenciam o processo de compra do consumidor.
Após definir o segmento-alvo e o posicionamento, o gestor de marketing deve tomar decisões
em relação às variáveis controláveis de marketing, ou seja, aquilo sobre o que ele pode interferir: os 4
―Ps‖ – produto, preço, promoção e praça.
Em seguida foi questionado se caso os egressos fossem realizar outro TCC se escolheriam
novamente a área mercadológica. Significativa maioria dos egressos (15 pessoas) disseram que
mudariam de temática, não por terem se decepcionado ou não terem se identificado com a área, mas
sim, porque hoje atuam dentro das organizações em segmentos distintos. Vejamos as respostas a
seguir:
9%
64%
27%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Sim Não Indiretamente
91
―Acredito que sim, não por não ter gostado, mas pelo motivo de variar. Pesquisar em áreas diferentes, ser dinâmica, diversificada e ampliar os conhecimentos diversas áreas‖ (Egresso 3) ―Sim, escolheria gestão de pessoas, atuo nesta área, e gostaria de me aperfeiçoar aprendendo e pesquisando um pouco mais‖ (Egresso 8) ―Sim, faria em de TI (Tecnologia da Informação), que estou trabalhando hoje, mas não porque não gostei da área de marketing e sim porque teria a oportunidade de estudar sobre outro segmento que também estou gostando muito‖ (Egresso 11) ―Sim, trabalho na área de logística, pois se mostra uma área desafiadora e de muitas possibilidades de estudo‖ (Egresso 14)
Constata-se com isso que ao terminarem o curso de Administração e ingressarem
definitivamente no mercado de trabalho, os egressos foram absorvidos por outras áreas do
conhecimento, porém dentro da Administração. A vivência e as novas descobertas em outras áreas
têm despertado interesse em pesquisar sobre problemáticas diferentes diagnosticadas nas
organizações.
Porém, há também aqueles que voltariam a escrever em Marketing se assim tivesse
oportunidade:
―Não mudaria, pois o marketing além de ser um conteúdo extremamente importante para desenvolver em uma empresa seja ela de qualquer porte está sempre em evolução sendo indispensável seu estudo e aperfeiçoamento‖ (Egresso 13). ―Produziria na mesma área, pois gosto de Marketing pela facilidade de material didático, aplicabilidade nas empresas e habilidade em desenvolver essa tão pertinente temática‖ (Egresso 16) ―Faria novamente em marketing, pois é muito interessante no contexto atual e por ser importante conhecer as diferentes tendências de mercado‖ (Egresso 18) ―Não mudaria, pois gosto muito da área e por isso sempre busco me aprofundar ainda mais no assunto, inclusive estou fazendo uma especialização na área‖ (Egresso 19) ―Não. Seria MKT mesmo, só que dessa vez iria mais a fundo nos estudos e na pesquisa, apesar do pouco tempo‖ (Egresso 21)
Na fala dos egressos, nota-se que, em comum, os mesmos dão ênfase à grande pertinência da
Administração Mercadológica no mundo coorporativo, confirmando que desenvolveriam sim outros
trabalhos na área devido a constante evolução, mutabilidade teórica e facilidade de acesso a materiais
didáticos. Nas sentenças expressas pelos egressos 19 e 21 nota-se que estes apontam o anseio de se
aprofundar mais na área seja por especialização ou por pesquisas neste segmento clarificando assim a
imprescindibilidade dos estudos em mercadologia.
Posteriormente, os egressos foram indagados sobre a importância do marketing para a
formação do administrador:
92
É nítida, na concepção dos egressos a grande valia do marketing na formação do
administrador seja na criação de eficientes programas que condicionem vantagens competitivas por
meio de planejamento, implementação, controle tático ou na identificação de novos negócios.
Gráfico 8: Importância do Marketing para a formação do administrador segundo egressos
Fonte: Pesquisa de campo (2014)
O gráfico a cima aponta que 82% dos entrevistados consideram muito importante a área de
Marketing para a formação do administrador e 18% disseram que é importante.
Prontamente, nenhum dos egressos respondeu à variante ―pouco importante‖ e ―indiferente‖ o
que possibilita afirmar a consciência desses administradores no que diz respeito a significância da área
de marketing que está em plena ascensão
4.3. A satisfação dos alunos matriculados no semestre 2014.1 que já cursaram a disciplina
Administração Mercadológica
A satisfação dos alunos caminha de mãos dadas com a qualidade dos serviços prestados
pelas IES que se dá por meio da avaliação dos serviços pedagógicos, estrutura física, postura do corpo
docente e atividades concernentes. À luz dessa premissa, para conseguir respostas a fim de auferir o
que foi proposto neste objetivo específico foi aplicado um questionário com 15 questões para 106
alunos que já cursaram a disciplina Administração Mercadológica, objetivando conhecer a visão dos
discentes em relação a disciplina de Marketing. O gráfico 9 apresenta a porcentagem dos alunos por
período que responderam o questionário; observa-se que o 6º período é o que há mais alunos
matriculados com 37% (39 alunos), seguido do 8º período com 36% (38 alunos) e o 10º período com
27% (29 alunos). Percebe-se a queda do alunado em 10% entre o 6º e o 10º período.
82%
18%
0% 0%
Muito Importante
Importante Pouco Importante
Indiferente
93
Gráfico 9: Respondentes da pesquisa por período
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
Esse gráfico chama a atenção à queda significante de alunos matriculados no décimo período
e isso se dá devido à evasão acadêmica. No ano de 2012 foi publicado um artigo no XXIII Enangrad
sob título ―A evasão no Curso de Administração: Diagnóstico e possibilidades IES pública no sul do
Brasil‖. (MELLO, 2012)
Tal pesquisa elencou pontos relevantes que contribuem para a evasão de alunos durante a
graduação em Administração, que pode se dar por meio de troca de trabalho e/ou emprego, aqui situa-
se situações de trabalho formal ou não, assim como situações que caracterizam estágio remunerado;
mudança no trabalho, como sair de uma filial e ir para outra em outra cidade ou local; transferência ou
mudança para outra cidade, exceto o motivo trabalho/emprego; a necessidade de sustentar a família,
que se dá por um trabalho informal ou expectativas de novo trabalho; carga horária de trabalho
excessiva o que infere atrasos e/ou faltas freqüentes; reprovação em disciplina(s) do curso; reprovação
mais de uma vez na mesma disciplina do curso, solicitando que informasse qual; prática de ensino
adotada pelo professor que o evadido não aprova, informando características da didática desse
professor(a); transferência ou mudança para outra cidade/estado; dificuldade(s) de aprendizagem de
conteúdos em disciplina(s); dificuldade na realização das atividades fora da sala-de-aula; problemas de
saúde com o evadido; expectativas diferentes com relação ao curso, ou seja, esperava mais do curso;
ingresso em outro curso na mesma IES; ingresso em outra IES; não se vê como futuro administrador,
falta de identificação com o perfil de administrador; exigência demasiada de professor(a) das
disciplinas. Essa pesquisa concluiu que carga horária de trabalho excessiva, ou seja, carga horária
acima de oito horas diárias, é a que mais dificultou a permanência dos alunos no curso, com percentual
de 36,6%. Porém, é viável esclarecer que esta pesquisa não se estende a analisar os fatores que
ocasionam a evasão do CAD/CAMEAM/UERN
37% 36%
27%
6 º Período 8 º Período 10 º Período
94
Neste momento, os discentes do curso de Administração do CAMEAM/UERN foram indagados
sobre a identificação com a disciplina de Marketing, a freqüência com que estudavam para a disciplina,
aulas práticas e de campo, acervo bibliográfico disposto pela IES, metodologias de ensino utilizadas
pelo docente na cadeira e as pretensões na área mercadológica. Iniciando as análises o gráfico 10
representa as respostas dos alunos sobre a identificação com a área de Marketing, observemos,
Gráfico 10: Identificação dos discentes com a área de Marketing
Fonte: Pesquisa de campo (2014)
O gráfico retrata que 62% dos alunos pesquisados, que corresponde a 67 indivíduos
pesquisados, se identificaram muito com a área mercadológica após cursar a disciplina, 36% pouco se
identificaram e apenas 2% não se identificaram. Entende-se por identificação o ato de ser atraído por
algo ou alguma coisa despertando interesse, afinidade e ânsia de conhecer mais sobre tal, logo o
gráfico acima traduz que os alunos se identificam com a área mercadológica, uns mais que outros,
porém a identificação está numericamente visível e exposta.
Esta identificação está interligada a diversas variáveis que vão dos mecanismos utilizados
pelos docentes lecionadores da disciplina no tangível a qualidade do processo ensino-aprendizagem
até o diagnóstico crítico compreensivo dos discentes no tocante significância do Marketing para a
Administração.
É sabido por todos que para se obter êxito em uma disciplina escolar é indispensável
dedicação, seriedade, postura em sala de aula e muitas leituras, sobre isto, estudiosos da Educação
como Piaget e Paulo Freire enfatizam que o ato de ler é essencial para o exercício pleno da cidadania
sendo de enorme valia para a vida cultural, educativa e social do indivíduo. Neste viés o gráfico 11
demonstra as respostas dos alunos sobre a freqüência com que estes liam os livros, apostilas e demais
62%
36%
2%
Me Identifiquei muito Me Identifiquei pouco Não me identifiquei
95
materiais didático-pedagógicos recomendados pelos docentes da área de Marketing no decorrer da
disciplina.
Gráfico 11 - Freqüência das leituras dos livros e textos indicados pelo (a) docente.
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
Os estudos e informações disponíveis sobre os hábitos e as competências de leitura dos
alunos do ensino fundamental e médio são bastante amplos, porém sabe-se ainda muito pouco sobre o
comportamento leitor dos universitários. Os resultados extraídos desse gráfico são preocupantes e
comprova, apesar da identificação com a área vista no gráfico 10, o descomprometimento dos alunos
para com a disciplina. Logo, apenas 21% dos alunos estudavam assiduamente os textos orientados,
52% dos respondentes afirmaram que liam o material com pouca freqüência, 25% só atribuía atenção
aos textos em épocas de avaliações e provas e 2% não liam de maneira alguma.
Sobre isto em uma pesquisa publicada nos anais do SILEL (Simpósio Nacional de Letras e
Lingüística) no ano de 2013, intitulada: ―Comportamento leitor de universitários: Um estudo com alunos
de Administração e Computação‖, (FERNANDES, MAIA 2013), procurou investigar sobre hábitos de
leitura de 787 alunos da Fundação Educacional Inaciana de São Paulo - SP (FEI), a pesquisa revelou
que o hábito de ler, dentre as atividades realizadas em tempo livre, pelos alunos, ocupou o 9º lugar. As
primeiras cinco prioridades foram: navegar na internet, sair com amigos, ir ao cinema, descansar e
assistir TV. A pouca freqüência de leitura dos discentes do curso de Administração do CAMEAM/UERN
têm relações perceptíveis com esta pesquisa aqui trazida, uma vez que estamos inseridos na era da
informação e o fenômeno ascendente da internet, quando mal usada, interfere além da aprendizagem
na vida social do indivíduo.
Na matriz curricular obrigatória do curso de Administração da UERN há uma disciplina na área
de Marketing, de 60 horas, nomeada Administração Mercadológica o que condiciona ao docente
21%
52%
25%
2%
Muita frequência Pouca freqüência Somente em época de
avaliações e trabalhos
Nunca
96
abarcar todos os conteúdos inerentes à área fazendo com que o aluno termine a disciplina com todo o
embasamento teórico-prático capaz de assimilar a dinâmica da mercadologia. Todavia, foi questionado
aos discentes sobre se a quantidade de aulas foi suficiente para compreender os conteúdos
programáticos da cadeira tratados no decorrer desta. A seguir a representação do gráfico 12:
Gráfico 12 - Satisfação com a quantidade de aulas utilizadas na disciplina no tocante à assimilação dos conteúdos programáticos.
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
Sobre estes dados o que chama atenção é que 56% do alunado investigado consideram que a
quantidade de aulas em relação à assimilação do programa conteudístico foi satisfatória. É digno de
nota clarificar que o item satisfatório indica que a necessidade foi saciada e o objetivo, atingido. Depois
26% responderam que a quantidade de aulas foi regular, ou seja, supriu em partes deixando algo a
desejar, em seguida 8% responderam que a quantidade de aulas não foi satisfatória para abarcar todos
os conteúdos, em contrapartida 10% acreditam que essas aulas foram satisfatórias, ou seja,
compreenderam toda a parte dos conteúdos dentro da carga horária existente.
Em seguida os alunos foram indagados sobre a variabilidade dos livros na área mercadológica
no acervo da biblioteca da universidade. Sabemos que há um leque diversificado de estudiosos e
referenciais na área de Marketing que são cruciais para o desenvolvimento e formação do indivíduo
que se identifique na área. No universo acadêmico uma das portas mais viáveis de acesso a
bibliográfica específica em uma área é o acervo disposto pelas IES.
Esta pesquisa diagnosticou que na Biblioteca setorial ―Pe. Sátiro Cavalcante Dantas‖, do
Campus Avançado Maria Elisa de Albuquerque Maia, em Pau dos Ferros RN, há 34 referencias
disponibilizadas na área mercadológica, resultado obtido ao se fazer uma busca livre com a palavra-
chave ―Marketing‖ expostas no apêndice C que é composto por título da obra e seu respectivo autor.
10%
56%
8%
26%
Excelente
Satisfatório
Insatisfatório
Regular
97
Cada obra literária tem entre 1 e 6 exemplares e na tentativa de suprir a necessidade dos
alunos evitando assim longas filas de espera para consultar os livros, observa-se que os livros de
Kotler, Cobra e Churchill são os que apresentam maior número de exemplares e fisicamente são os
mais depreciados, logo isso pode significar que são bastante utilizados entre os alunos.
O curso de Administração da UERN é ofertado, além do CAMEAM em Pau dos Ferros,
Campus Central e nos Núcleos Avançados de Educação Superior de Macau e Caraúbas. Em uma
investigação nas bibliotecas desses 4 cursos foi diagnosticado que no Campus central de Mossoró há
125 obras literárias na área de Marketing, o campus de Pau dos Ferros, ratificando, existem 34; em
Macau existem 12 referencias e no núcleo de Caraúbas há apenas 4 livros de marketing. Logo,
percebemos que em relação ao campus central prevalece uma disparidade de 101 livros a mais que a
biblioteca Pe. Sátiro no CAMEAM.
Diante essas sucintas informações o gráfico 13 expressa a opinião dos discentes sobre se a
quantidade e variabilidade dos livros supriram suas necessidades de pesquisa na área de Marketing
Gráfico 13: Satisfação do acervo bibliográfico na área de Marketing
Fonte: Pesquisa de campo (2014)
Neste gráfico 44% dos discentes disseram que o acervo é regular, ou seja, satisfez
minimamente os anseios, logo fica entendido que o acervo foi capaz de colaborar de maneira limitada,
necessitando assim aumentar a bibliografia especializada na área. Interessante destacar que 29% dos
pesquisados acreditam que é satisfatório, pois existem os principais autores de renome que foram
capazes de dar todo o aporte teórico no transcorrer disciplina, por fim 27% não estão satisfeitos com o
acervo que a biblioteca disponibiliza.
Entretanto, com o advento da internet é perceptível que as visitas às bibliotecas universitárias
têm diminuído bastante, a facilidade de comprar livros é bastante ampla além dos e-books (livro digital),
29%27%
44%
Satisfatório Insatisfatório Regular
98
isso pode diminuir as visitas, porém, em momento algum, o mérito do serviço bibliotecário é retirado,
pois uma biblioteca sempre será um dos pilares sustentadores de uma IES contribuindo eficazmente na
formação dos que a freqüentam.
No intuito de compreender a satisfação dos alunos em relação a área de Marketing e,
considerando que muitas são as práticas didático-pedagógicas dispostas, foi indagado aos alunos
sobre se os mesmos tiveram alguma atividade prática extra classe no tanger da disciplina. Sabe-se que
as atividades também rotuladas de ―Aulas de campo‖ ou ―visitas técnicas‖ buscam fazer com que os
discentes vejam, na prática, as teorias lecionadas em sala de aula, este é um método, apesar de
demandar mais tempo para sua execução, que condiciona resultados enriquecedoramente
esplendorosos haja visto que o aluno se sente instigado a conhecer rotinas de trabalho associando-as
aos conhecimentos perpassados pelo docente durante as aulas. O gráfico 14 demonstra a
porcentagem dos alunos que tiveram ou não visitas técnicas
Gráfico 14: Alunos que tiveram visita técnica durante a disciplina Administração Mercadológica
Fonte: Pesquisa de campo (2014)
Do universo pesquisado 84% responderam que tiveram visitas técnica durante a disciplina
Administração Mercadológica 6% não tiveram e 10% não lembram se tiveram, vale frisar que essa
última porcentagem foi percebida entre os alunos do décimo período, ou seja, os que cursaram a
disciplina há mais tempo que os demais períodos.
Ainda sobre a visita técnica como ferramenta de aprendizagem, um artigo publicado por Carlos
Monezi, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, no Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia,
no ano de 2005, intitulado de ―A visita técnica como recurso metodológico‖ evidencia alguns objetivos
que uma visita técnica deve buscar, a saber,
Levar os acadêmicos a estabelecer relações entre o conteúdo teórico e a prática;
Exercitar as habilidades de análise, observação e crítica;
84%
6%10% Sim
Não
Não lembro
99
Interagir criativamente em face dos diferentes contextos técnicos e produtivos;
Aliar o conhecimento sistematizado com a ação profissional;
Buscar o desenvolvimento da visão sistêmica;
Interagir com os diferentes profissionais da área, com vistas a ampliar e aprofundar o
conhecimento profissional.
O autor enfatiza que a importância da visita técnica está em rever conceitos teórico-
metodológicos e expressar o diálogo produzido em sala de aula, através da descrição do que é
realizado nas operações das empresas, com a construção de conceitos a partir de observações feitas
no desenvolvimento técnico-científico e reforçadas pelo método da visita técnica. Por este viés
condutor os alunos que responderam a questão do gráfico anterior também foram sondados no intuito
de saber se a visita técnica que eles realizaram na disciplina de Marketing atingiu os objetivos traçados
para a mesma. O gráfico 15 vislumbra a opinião dos discentes sobre isso
Gráfico 15 - Se os objetivos da visita técnica fora alcançados
Fonte: Pesquisa de campo (2014)
A tabulação possibilita analisar que 67% dos alunos consideraram que as visitas técnicas
foram de grande êxito e valia visto que puderam ter uma experiência interessantíssima entre teoria e
prática. Nesta questão 26% disseram que os objetivos foram atingidos em partes, isso devido o fato da
aula não ter suprido as expectativas destes em algum momento. Todavia os objetivos das aulas
técnicas cumpriram, de acordo com os dados, com maestria o propósito e a finalidade que se destinou
a atingir na disciplina.
A disciplina Administração Mercadológica é ofertada no 5º período como componente
obrigatório na matriz curricular da UERN e até que o aluno curse-a, ele fica envolto de expectativas,
67%
7%
26%
Sim Não Em partes
100
curiosidades e incertezas sobre o que de fato é o Marketing e a sua contribuição para a Administração,
partindo dessa observação os alunos foram perguntados se as expectativas geradas antes de cursar a
disciplina foram superadas após cursá-la.
Inicialmente a concepção de Marketing é bastante deturpada e obscura entre estudantes, no
início da graduação, e de grande massa da população; o marketing é visto somente como ato de
vender por intermédio da propaganda. Porém, é cursando a disciplina que o graduando conhecerá a
Administração mercadológica como importante ferramenta estratégica e como esta quando utilizada de
forma consciente, pode agregar valor às empresas destacando-as no mercado competitivo.
No gráfico 16 fica evidenciado a resposta dos alunos a respeito se as expectativas criadas
antes de cursarem a disciplina foram supridas após cursá-la, vejamos.
Gráfico 16 - Se as expectativas dos alunos foram superadas após cursar a disciplina
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
Logo, 56% dos que responderam expressaram que as expectativas foram superadas o que
implica diretamente com a identificação com a área de Marketing, 41% disseram que superou em
partes, ou seja, a disciplina correspondeu parcialmente às expectativas destes e, por fim, apenas 3%
definitivamente disseram que não tiveram suas expectativas superadas.
Por diante, é sabido que para que uma disciplina alcance os objetivos propostos no Programa
Político Pedagógico é necessário que o docente se ancore em ferramentas, métodos e técnicas que
facilitem o entendimento do aluno no intuito de dinamizar o processo de ensino-aprendizagem. Por este
caminho os alunos foram questionados sobre quais métodos e recursos metodológicos foram mais
usados pelos professores de Marketing no decorrer da cadeira.
56%
3%
41%
Sim Não Em partes
101
Gráfico 17 - Metodologias e recursos mais usados na disciplina de Marketing
Fonte: Pesquisa de campo (2014)
De acordo com o gráfico a exposição oral ou aula expositiva (37%), o data-show (30%) e as
visitas técnicas (19%) foram às metodologias mais utilizadas pelos docentes na disciplina
Administração Mercadológica, essas estratégias de ensino foram as mais utilizadas pelos professores
podendo ser devido que a infra estrutura e as condições adequadas disponibilizada pela UERN são
bastante limitadas, o que impulsiona os docentes a adequarem seus planos de aula e suas práticas
pedagógicas a realidade vivenciada.
No gráfico 18 os alunos foram indagados sobre quais métodos e recursos mais utilizados
pelos professores de Marketing, logo quais foram aquelas que mais agregaram valor no processo de
aprendizagem.
Gráfico 18 - Metodologias e recursos que mais contribuíram para a aprendizagem na disciplina de Marketing
Fonte: Pesquisa de campo (2014)
37%
9%
30%
5%
19%
0%
Exposição Oral
Dinâmicas
Data show
Retroprojetor
Visitas técnicas
Outros
39%
12%
13%
1%
35%
0%
Exposição Oral
Dinâmicas
Data show
Retroprojetor
Visitas técnicas
Outros
102
A pesquisa constatou que 39% dos alunos acreditam que a exposição oral ou aula expositiva
são as que mais contribuíram na absorção dos conteúdos, essa informação é bastante interessante e,
confronta diretamente a idéia de alguns autores que defendem a tese de que esse recurso didático, por
ser o mais antigo que se data no que se refere a ensino é, por sua vez, o que menos, hoje em dia, os
alunos aprendem. Porém é digno de nota que há uma grande relatividade em relação a aulas
expositivas, visto que depende muito da postura, dinamismo e domínio do conteúdo pelo professor ao
verbalizar.
Em seguida, ocupando o segundo lugar, 35% disseram que a visita técnica é a que mais tem
valia no tangível a fixação do conhecimento, como Gil (2007) enfatiza, a visita técnica tem por
finalidade complementar o ensino e aprendizagem, dando ao aluno a oportunidade de visualizar os
conceitos analisados em sala de aula. É um recurso didático-pedagógico que obtém ótimos resultados
educacionais, pois os alunos, além de ouvirem, vêem e sentem a prática da organização, tornando o
processo mais motivador e significativo para a aprendizagem.
Posteriormente 13% disseram que o recurso data-show é o que mais facilita o entendimento
dos conteúdos e vale ressaltar que hoje em dia é um recurso imprescindível nas instituições de ensino,
pois na Era da Informação onde a tecnologia aflora a cada dia o antigo quadro branco está entrando
cada vez mais em desuso. Com 12% as dinâmicas educativas em sala de aula foram citadas; esta
prática possibilita de forma interativa os alunos a se exporem de alguma forma na execução da
atividade, familiarizando-se tanto com os colegas como com a proposta conteúdo-pedagógica
trabalhada.
Ainda se tratando das metodologias de ensino os discentes foram indagados se essas práticas
usadas foram suficientes durante as aula.
Gráfico 19 - Satisfação dos alunos para com as metodologias empregadas em sala de aula
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
4%
57%
7%
32%
Excelentes Satisfatórias Insatisfatórias Regulares
103
Como já foi frisado nesta pesquisa, o Marketing foi inserido efetivamente na Administração no
currículo mínimo de 1993, a partir disso as IES começaram a dar ênfase à área e, concomitantemente,
com a notória e ascendente disseminação dos seus princípios no mercado de trabalho, a cadeira foi
ganhando cada vez mais espaço nas universidades. A disciplina Administração Mercadológica da
UERN tem uma carga horária de 60 horas e considerando a matriz de conteúdos que há no Programa
Geral de Componentes Curriculares (PGCC) da disciplina foi perguntado se os alunos eram de acordo
ampliar a carga horária da disciplina como, por exemplo, Marketing I e Marketing II a fim de dar
condições de assimilar com mais profundidade os conteúdos programáticos. O gráfico 20 evidencia a
opinião dos alunos a respeito dessas informações acima, vejamos
Gráfico 20 - Ampliação da carga horária da disciplina Administração Mercadológica
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
A ânsia de reformulação da grade curricular vigente na UERN, no que se refere a disciplina
Administração Mercadológica é maciçamente representada por 76% do universo pesquisado que são a
favor da sua ampliação. Vale expor que ao comparar componentes curriculares de IES com nota
máxima no ENADE, todas apresentam, no mínimo, 2 disciplinas na área mercadológica. Isso promove
a reflexão a cerca da mudança na grade curricular da UERN. Porém é crucial frisar que a nova matriz
curricular do CAD/CAMEAM está em fase de aprovação e contemplará três disciplinas na área de
marketing.
Na perspectiva de conhecer se alguns discentes já trabalham na área de Marketing, foi
questionado se os mesmos já estão trabalhando e em quais áreas desenvolvem suas atividades.
Inicialmente o gráfico 21 trás a porcentagem dos alunos que, no momento da pesquisa, disseram estar
trabalhando
76%
14%10%
Sim Não Não sei
104
Gráfico 21 - Discentes que estão trabalhando atualmente
Fonte: Pesquisa de Campo
Percebe-se que, significativa fatia dos estudantes, estão trabalhando, logo compreendem 68%
do universo pesquisado correspondendo assim a 72 pessoas; já os 32% dos entrevistados, 34 pessoas
não trabalham atualmente. Observa-se que o fato do curso de Administração do CAMEAM/UERN ser
noturno amplifica as possibilidades dos alunos estarem empregados durante o dia.
O gráfico 22, representado em quantidades, apresenta as áreas que os 72 alunos afirmaram
estar trabalhando,
Gráfico 22 - Áreas que os alunos estão trabalhando
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
O curso de Administração do CAMEAM/UERN, localizado em Pau dos Ferros tem seu alunado
formado por estudantes de diversas cidades circunvizinhas, logo as prefeituras são grandes
prospectoras de pessoas para atuar nos mais diversos fragmentos dentro dela.
68%
32%Sim
Não
15
6
8
29
6
8
Gestão de Pessoas
Marketing
Financeira ou Contábil
Administração Pública
Administração Material e Patrimonial
Outros
105
Nesta área de atuação, clarificada no gráfico, 29 alunos trabalham na Administração Pública
Municipal, seguidas de 15 que desenvolvem atividades em Gestão de Pessoas desempenhando uma
gestão estratégica nas organizações. Ademais, 8 alunos trabalham na área financeira ou contábil
estando atuando em escritórios de contabilidade da região do Alto Oeste Potiguar.
O gráfico 23 apresenta as pretensões dos alunos pesquisados em relação à área de Marketing
e para obter estas respostas foram elencados 8 possíveis caminhos a serem percorridos. É relevante
explanar que ter pretensões significa ter vontade, almejar ou desejar alguma coisa, vejamos o gráfico e
posteriormente as análises extraídas dele.
Observando o gráfico 23, entre discentes pesquisados, 26% disseram que o objetivo em
relação a área de Marketing é ampliar os conhecimentos, se aprofundando com mais vastidão em
disciplinas optativas, de acordo com a matriz curricular do curso de Administração da UERN, há três
disciplinas de caráter optativo na área mercadológica, Marketing Ambiental, Marketing de serviços
turísticos, Marketing para publicidade e propaganda, ambas com 60 horas.
Gráfico 23 - Pretensões dos discentes na área mercadológica
Fonte: Pesquisa de campo (2014)
Já no tocante aos cursos de curta duração que são oficinas temáticas, mini-cursos,
capacitações, palestras e outros aparecem esporadicamente em eventos tanto promovidos pela UERN
como por IES da região como é o caso da conceituada Faculdade Evolução Alto Oeste Potiguar
(FACEP) e o Centro Universitário Anhanguera Educacional, ambas situadas na cidade de Pau dos
19%
7%
6%
26%
21%
5%
16%
0%
Realizar outros estudos na área, como por exemplo o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Estagiar na área de marketing.
Participar de projetos de pesquisa e/ou extensão na área de marketing.
Ampliar os conhecimentos em Marketing por meio de disciplinas optativas ou cursos de curta duração.
Cursar uma pós- graduação (lato sensu) em Marketing
Fazer mestrado na área de Marketing (stricto sensu)
Não tenho pretensões nessa área
Outros
106
Ferros RN. A pertinência deste dado permite analisar que existe um considerável número de alunos
dispostos a se inteirar ainda mais na ciência mercadológica aplicada à Administração sob a perspectiva
de compreender o quão importante é para sua formação profissional.
Em seguida, 21% dos respondentes disseram que têm como pretensão cursar uma pós-
graduação (lato sensu) em Marketing o que intensifica o desejo destes em se especializarem
mergulhando mais profundamente na área. É crucial expor que no alto oeste potiguar existe uma pós-
graduação presencial em Marketing e Vendas recentemente instituída pela Faculdade Evolução Alto
Oeste Potiguar (FACEP) com duração de 15 meses, a mesma se apresenta como um horizonte para
alunos que se graduam em Administração e se identificam com o Marketing visto a carência de ofertas
do segmento na região.
Posteriormente, em terceiro lugar com 19%, os alunos disseram que tem como pretensões
realizar o Trabalho Final de Curso (TCC) em Marketing e como já foi evidenciado nesta pesquisa é a
área na qual mais se produziu no curso de Administração do CAMEAM/UERN entre os anos de 2009 e
2013, totalizando 24 trabalhos.
Adiante, 16% afirmaram que, apesar de se identificarem, não tem nenhuma pretensão na área
buscando assim outras áreas de formação da ciência administrativa, 7% desejam realizar estágio em
empresas na área de Marketing, posteriormente 6% pretendem participar de projetos de pesquisa e
extensão e 5% almejam cursar um mestrado. Logo, conclui-se que 84% dos alunos apresentam
alguma pretensão na área mercadológica
4.4 Benchmarking das instituições de ensino superior com conceito máximo no ENADE,
Amplamente utilizada no Japão e difundida pelo mundo o Benchmarking pode ser definido
como um processo contínuo que avalia a diferença de performance com relação a melhores práticas e
identifica meios de introduzir criativamente essas práticas no processo da empresa (SANTOS, 1997).
Neste sentido Hilsdorf (2010) esmiúça que Benchmarking é uma ferramenta de gestão que
consiste na mensuração do desempenho de uma organização, permitindo que ela compare sua
eficiência com a de outras empresas. Essa prática possibilita realizar um observatório tomando como
base empresas ou segmentos que obtiveram êxito em suas atividades destacando-se dentre as
demais. O Benchmarking é, por alguns autores, ferrenhamente criticado, pois defendem que essa
prática estimula somente a cópia e não a criação de estratégias inovadoras, desvalorizando assim o
capital intelectual que há nas empresas.
107
Porém, contrapondo o argumento acima, percebe-se que essa prática é uma estratégia
bastante eficaz no que tange a conhecer e jamais plagiar ou copiar as estratégias de outras
organizações, mundo corporativo o Benchmarking é adotado como ferramenta de competitividade, no
intuito de conhecer como outras empresas atuam no mercado.
Assim sendo, esta pesquisa trás a proposta de fazer Benchmarking de cursos de
Administração de instituições com conceito máximo no Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes (ENADE) que teve sua última realização datada do ano de 2012, voltando-se a identificar,
em cada matriz curricular, os componentes disciplinares na área mercadológica.
O ENADE tem por objetivo, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP) do Ministério da Educação (MEC), avaliar o desempenho dos
estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos
de graduação, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da
formação geral e profissional, e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade
brasileira e mundial, juntamente com a avaliação institucional e a avaliação dos cursos de graduação
(PORTAL INEP, 2014)
Para a realização deste Benchmarking foi realizada uma investigação no web site do Inep
(http://portal.inep.gov.br/ ) no campo ―Educação Superior‖ item ENADE, campo resultados e por fim o
link resultados do Enade 2012.
Após download do arquivo buscou-se filtrar as universidades com maiores notas no exame,
atribuídas ao curso de Administração; após identificar esses cursos, foi realizado acesso aos portais
institucionais de cada universidade focando analisar as matrizes curriculares de cada, apartando os
componentes obrigatórios vislumbrados na área de Marketing.
O quadro 19 a seguir resume informações sobre os dados que foram coletados a fim de
possibilitar ao leitor melhor entendimento e logo em seguida, em ordem decrescente, informações dos
cursos e os componentes norteados na área mercadológica.
Quadro 19 - Universidades e cursos de Administração com nota máxima no ENADE 2012
Nome da IES
Categoria Administrativa
Município do Curso
UF do Curso
Conceito Enade
(Contínuo)
Conceito Enade (Faixa)
Universidade Federal de são
Carlos
Pública Sorocaba SP 5,00 5
Universidade Federal de Itajubá –
UNIFEI
Pública Itajubá MG 4,98 5
Continua
108
Continuação
Universidade Paulista
Privada Jundiaí SP 4,88 5
Escola Brasileira de Administração Pública e de
Empresas EBAPE
Privada Rio de Janeiro RJ 4,86 5
Universidade Federal de Juiz de
Fora
Pública Juiz de Fora MG 4,82 5
Faculdade de Inf. e
Administração Paulista
Privada
São Paulo
SP
4,77
5
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pública Porto Alegre RS 4,76 5
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho
Pública Tupã SP 4,63 5
Centro Universitário do Rio Grande do
Norte
Privada Natal RN 4,06 5
Centro Universitário FACEX
Privada Natal RN 4,04 5
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
UNIVERSIDADE 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)
Fonte: www.ufscar.br/
Fundada em 1968, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), única instituição federal
de ensino superior localizada no interior do Estado de São Paulo, destaca-se pelo alto nível de
qualificação de seu corpo docente: 98,92% são doutores ou mestres. Em sua maioria, os professores
desenvolvem atividades de ensino, pesquisa e extensão em regime de dedicação exclusiva.
Na área mercadológica a universidade contempla na sua grade curricular Introdução ao
Marketing; Marketing; Vendas, canais e comunicação de Marketing; Pesquisa de Marketing.
A UFSCar está localizada na cidade de Sorocaba – SP e no ENADE obteve nota 5,00
contemplando, em primazia, a efetivação dos componentes curriculares rigidamente cumpridos. Logo a
UFSCar pode ser considerada uma das melhores faculdades de Administração do país. O endereço
eletrônico da faculdade é o http://www2.ufscar.br/
109
UNIVERSIDADE 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ (UNIFEI)
Fonte: www.unifei.edu.br
A UNIFEI está localizada na cidade de Itajubá – MG e foi fundada em 1913 O curso de
Administração da UNIFEI foi criado no ano de 1997 com uma proposta inovadora. Seu diferencial seria
a habilitação em Empreendedorismo e pequenos negócios. Com essa habilitação, a proposta
pedagógica do curso foi construída, com padrões ainda não existentes no país. No curso o aluno é
exposto a diversas atividades extraclasse que visam o desenvolvimento de características
empreendedoras e comportamento criativo e inovador.
Além do Empreendedorismo, o curso de Administração da UNIFEI possui outras áreas de
significativo foco. Uma delas é a Administração Financeira, que na UNIFEI possui uma das maiores
cargas horárias do país. Outro foco interessante é a Administração de Marketing, que se tornou um
marco do curso, compondo o diferencial de nossos graduados.
Parte da proposta do curso, o que chama muita atenção, é que uma ênfase à língua inglesa
seja dada em todos os anos da graduação em Administração. Conseqüentemente, além de disciplinas
específicas como Inglês de Negócios e Seminários em Inglês, todos os livros-texto do curso são em
inglês. Mas, disciplinas como Administração Financeira, Marketing vêm sendo ministradas nesse
idioma. O curso tem como coordenador: Prof. Dr. Luiz Guilherme Azevedo Mauad e tem uma carga
horária de 3.160 horas e na área mercadológica oferta Marketing I, Marketing II e Gestão de
Marketing. No ENADE a UNIFEI obteve nota 4,98 no curso de Administração e seu endereço
eletrônico é http://www.unifei.edu.br.
UNIVERSIDADE 3: UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP)
Fonte: www.unip.br
110
A Universidade Paulista - UNIP, instituição privada, tem como missão constituir-se num centro
de geração e difusão do saber, articulando as atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, em
consonância com as demandas da sociedade contemporânea e do mundo do trabalho, respeitando a
diversidade e cultivando a solidariedade, a inclusão, os valores humanos e a ética, visando à formação
de cidadãos qualificados e potencialmente aptos a contribuírem para o desenvolvimento sócio-
econômico da sua região de influência.
O curso para habilitação em Administração da UNIP, em Jundiaí – SP, tem duração de 4 anos
e forma profissionais dotados de uma visão sistêmica dos principais enfoques necessários para a
gestão das organizações. Tem por meta buscar o sucesso das empresas, oferecendo ao egresso o
conhecimento dos principais métodos e instrumentos que possibilitem os melhores resultados na
gestão financeira, de mercado, de pessoas e clientes, entre outros. Dentre os objetivos, destaca-se
Definir diretrizes e valores organizacionais;
Desenvolver estratégias e planos organizacionais;
Definir indicadores de desempenho e acompanhar resultados;
Otimizar o desempenho das pessoas e sua satisfação;
Comandar processos organizacionais principais ou de apoio;
Promover avaliação e melhoria contínuas.
Na área de Marketing, em sua matriz curricular, de 3.000 horas, a UNIP oferta as disciplinas
Gestão mercadológica e Formação de preços de venda. O curso de Administração tem como
coordenador o professor Fábio Gomes da Silva. O curso obteve nota 4, 88 no ENADE.
UNIVERSIDADE 4: ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE
EMPRESAS (EBAPE)
Fonte: www.ebape.fgv.br
A história da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio
Vargas (FGV/EBAPE) e do seu curso de administração confunde-se com a história do próprio curso
111
de administração no Brasil, pois seu pioneirismo data de 15 de abril de 1952, quando foi criado o
primeiro curso de graduação em administração da América Latina, dentro da Escola.
O curso de Administração da EBAPE é mundialmente conhecido pela disciplina e rigor, a
faculdade contempla 7 cadeiras por período letivo e tem uma carga horária de 3.660 horas com 4 anos
de duração sendo um curso diurno e tem como coordenador o professor Henrique Guilherme C.
Heidtmann Neto. O objetivo é formar profissionais capazes de atuar em instituições públicas e privadas
nas áreas de Finanças, Marketing, Gestão da Tecnologia e Gestão de Pessoa
No tocante a área da mercadologia a EBAPE oferta Marketing I, Marketing II, Marketing
Internacional e Marcas e Patentes. A EBAPE é uma instituição privada e está situada na cidade do
Rio de Janeiro RJ. A mesma obteve nota 4,86 no ENADE tendo como endereço eletrônico é
http://ebape.fgv.br/
UNIVERSIDADE 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF)
Fonte: www.ufjf.br
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), universidade pública fundada há 53 nos,
estando situada na Zona da Mata de Minas Gerais em Juiz de Fora. Ao final do curso de Administração
o aluno está apto a assumir cargos que exijam tomadas de decisões e desenvolvimento de estratégias
para negócios bem sucedidos. O aluno ao longo do curso acumula sólida formação técnica, humana e
conceitual. O curso de Administração oferece aos seus alunos as ferramentas necessárias para no
futuro se tornarem profissionais bem sucedidos.
Um fator que bastante chamou atenção é que o curso de Administração da UFJF é a única que
estão na lista com as maiores notas no ENADE, que tem uma grade curricular distribuída em dez
períodos letivos, porém muito atualizada. Na área de Marketing há três disciplinas obrigatórias em sua
matriz: Administração Mercadológica I, Administração Mercadológica II e Administração
Mercadológica III. No último ENADE o curso obteve nota 4,82 e tem como coordenadora a Dra.
Cássia Viviani Silva Santiago. Seu endereço eletrônico é http://www.ufjf.br/administracao/.
112
UNIVERSIDADE 6: FACULDADE DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO PAULISTA (FIAP)
Fonte: www.fiap.com.br
A Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP), instituição privada, começou suas
atividades no ano de 1993 e o projeto educacional da faculdade é um de seus pontos fortes: novos
laboratórios de informática, áreas de convivência, avaliação de desempenho do corpo docente,
atualização constante do conteúdo programático, atendimento adequado aos aluno A partir de 2002, os
cursos de pós-graduação da FIAP passaram a figurar entre os ―Melhores MBAs do Brasil‖ da
revista Você S/A, nas categorias TI e Gestão. O curso tem duração de 4 anos e os alunos, em cada
ano, desenvolvem projetos que unem Gestão e Tecnologia. No tocante a sua estrutura curricular a
FIAP apresenta duas disciplinas Conceitos e práticas de Marketing: conceitos e práticas de
Marketing; marketing estratégico, ambas focadas, principalmente em negócios na internet.
O curso tem como coordenador o Dr. Cláudio. J. Carvajal Júnior estando localizado em São
Paulo – SP, sendo o único curso da capital paulista com nota 4,77 no ENADE. O endereço eletrônico
da faculdade é o WWW.fiap.com.br
UNIVERSIDADE 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)
Fonte: www.ufrgs.br
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com sede em Porto Alegre, capital do Estado do
Rio Grande do Sul, é uma instituição centenária, reconhecida nacional e internacionalmente. Ministra
cursos em todas as áreas do conhecimento e em todos os níveis, desde o Ensino Fundamental até a
Pós-Graduação. A qualificação do seu corpo docente, composto em sua maioria por mestres e
doutores, a atualização permanente da infra-estrutura dos laboratórios e bibliotecas, o incremento à
113
assistência estudantil, bem como a priorização de sua inserção nacional e internacional são políticas
em constante desenvolvimento.
O curso de Administração da UFRGS tem uma carga horária de 3.060 horas e na área
mercadológica contempla na grade obrigatória: Introdução ao Marketing e Administração de
Marketing. Como disciplinas eletivas, o que chama a atenção é a quantidade de disciplinas altamente
demandadas à instituição, a saber: Administração da equipe de vendas; Administração de Preços;
Administração de produtos, Administração do composto de comunicação; comportamento do
consumidor.
O curso é ofertado diurnamente e noturno; está localizado no bairro Farroupilha em Porto
Alegre RS e obteve nota 4,76 no ENADE. Seu endereço eletrônico é o http://www.ufrgs.br/
UNIVERSIDADE 8: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO
(UNESP)
Fonte: www.unesp.br
A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, campus Tupã – SP, instituição
pública foi fundada há 38 anos, com atuação no ensino, na pesquisa e na extensão de serviços à
comunidade. A instituição é uma das três universidades mantidas pelo governo do estado de São
Paulo, ao lado da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp).
No cursos de Administração oferecido pela Unesp, o estudante tem a oportunidade de
fazer intercâmbio com instituições estrangeiras. Essa experiência permite conhecer a cultura de outros
países e como são suas práticas de gestão.
Em Tupã, a graduação é oferecida tanto no período diurno como no noturno. O curso busca
a formação de profissionais capazes de conceber, gerir e desenvolver atividades vinculadas,
sobretudo, ao agronegócio, sem negligenciar os aspectos dos demais setores da economia.
O curso tem uma matriz curricular de 3.030 horas e na área de Marketing há Gestão de
Marketing I e Gestão de Marketing II obteve nota 4,63 no ENADE.
114
UNIVERSIDADE 9: CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE (UNI – RN)
Fonte: www.unirn.edu.br
O Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN), privada, tem como mantenedora a
Liga de Ensino do Rio Grande do Norte. Entidade sem fins lucrativos, voltada, exclusivamente, para
fins educacionais, a Liga de Ensino foi criada em 23 de julho de 1911, tendo como fundador o poeta
Henrique Castriciano de Souza.
O objetivo do curso é oferecer uma sólida base de formação geral, apoiada em conhecimento
disciplinar e multidisciplinar, que proporcione uma visão ampla e dinâmica das atividades
administrativas, prevendo o domínio sobre a teoria, a técnica, os instrumentos, as estratégias e as
práticas de mercado, aliadas aos valores éticos e sociais. Dentre as competências e habilidades do
curso de Administração da UNI-RN, destaca-se
Reconhecer e definir problemas, introduzir modificações no processo produtivo, atuar
preventivamente;
Desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos
processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais;
Refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função
na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;
Desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico;
Ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de
aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu
exercício profissional;
O curso tem duração de 4 anos e tem como coordenadora a Drª Catarina da Silva Souza, sua
matriz curricular totaliza 3.000 horas e na área de Marketing, as disciplinas ofertadas são
Administração Mercadológica I e Administração Mercadológica II. No último ENADE o curso
obteve nota 4,06 e sua sede está localizada no bairro Tirol na cidade de Natal RN
115
UNIVERSIDADE 10: CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX (UNIFACEX)
Fonte: www.facex.com.br/superior
A faculdade está localizada no bairro Capim Macio na cidade de Natal – RN e é amplamente
conhecida pela excelência no ensino superior. O curso de Administração do UNIFACEX tem por
missão formar profissionais capazes de gerir as organizações à luz das mudanças e transformações
inerentes à contemporaneidade e promover resultados positivos dentro dos paradigmas
organizacionais, internalizando sempre valores como: valorização humana, ética profissional, justiça,
responsabilidade social e ambiental.
O objetivo do curso de Administração do UNIFACEX, que obteve nota 4,04 no ENADE, é
formar bacharéis capazes de se apropriar, continuamente, de fundamentos técnicos, sociais,
econômicos, políticos, tecnológicos e culturais para exercer sua profissão, através de estratégias
inovadoras que se adéqüem às peculiaridades regionais, nacionais e internacionais das organizações.
A grade curricular do curso de Administração totaliza 3.000 horas e na área de marketing contempla
Administração Mercadológica I, Administração Mercadológica II e Atividade Prática em
Marketing.
Realizar este benchmarking foi imensamente enriquecedor e possibilitou conhecer as
realidades, por mais que sumárias, das IES com conceito máximo no ENADE. Inicialmente diagnostica-
se que em todas as IES com conceito máximo no ENADE apresentadas acima contemplam, no
mínimo, duas disciplinas na área de marketing em suas matrizes curriculares.
Também foi percebido durante as analises do benchmarking que para se obter nota máxima no
ENADE não é preciso a adequação de técnicas mais sofisticadas de ensino, é preciso que a execução
dos componentes tenha começo, meio e fim; sendo os conteúdos programáticos cumpridos
rigorosamente respeitando as limitações dos alunos no tocante a assimilação destes.
É valido apontar que a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) chamou a atenção pela forma
de como o Marketing é tratado; a última disciplina da área é ministrada totalmente em inglês o que faz
que tantos os alunos como os egressos sejam inseridos no mercado de trabalho na área
mercadológica em grandes empresas nacionais e fora do país. Outra universidade que merece
destaque é a UNI-RN que apresenta uma terceira disciplina obrigatória intitulada de atividade prática
em marketing, que como o nome já diz, os discentes desenvolvem um projeto na área e apresentá-lo.
116
5. CONCLUSÕES, SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
Neste item serão norteadas as concepções e compreensões diagnosticadas ao longo da
pesquisa, logo sobre conclusões, segundo Marconi e Lakatos (2009, p. 138);
A maneira de redigir as conclusões deve ser precisa e categórica, sendo as mesmas pertinentes e ligadas ás diferentes partes do trabalho. Dessa forma não podem perder-se em argumentações, mas, ao contrário, têm de refletir a relação entre os dados obtidos e as hipóteses enunciadas.
É válido acrescentar que nesta seção também serão contempladas as sugestões como forma
de contribuir com a organização onde foram desenvolvidas as atividades do estágio supervisionado na
perspectiva de apontar melhorias no funcionamento da mesma e, posteriormente serão apresentadas
as recomendações, estas tem como intuito mostrar novos horizontes, possíveis desdobramentos da
temática em tela a fim de aprimorar pesquisas científicas sobre a formação de administradores, ensino
de marketing, satisfação dos alunos e percepções dos egressos em relação a distintas áreas do
conhecimento administrativo.
Em seguida há um subitem que trata das reflexões finais do autor sobre as contribuições e a
valia da pesquisa contemplando e ponderando sobre a agregação de valor que a investigação trouxe
para si próprio e para a organização.
5.1 Conclusões
Esta pesquisa teve como epicentro analisar as contribuições do Marketing para a Formação do
Administrador sob a ótica dos egressos e discentes do curso de Administração da UERN em Pau dos
Ferros, a pesquisa despertou a reflexão da comunidade acadêmica a respeito da pertinência e
crucialidade da mercadologia para o administrador moderno.
Na perspectiva de fragmentar o estudo foram elaborados quatro objetivos específicos, o
primeiro deles foi perquirir sobre todos os trabalhos de conclusão de curso já realizados na área de
Marketing no CAD/CAMEAM no período de 2009 a 2013, sobre este ponto verificou-se por meio de
minuciosa análise documental nos arquivos do curso de administração que há 114 trabalhos
realizados, em seguida, após triagem, apurou-se que as áreas em que os alunos mais desenvolveram
pesquisas foram na área de Marketing (24 trabalhos) seguida por Gestão de Pessoas (20 trabalhos). À
luz das DCN´s para o curso de Administração, verificou-se que 71% de todos os trabalhos integram o
campo de Formação Profissional que, por sua vez, abarca a área mercadológica.
117
O segundo objetivo específico do trabalho foi identificar as motivações que levaram os
egressos (24) a elaborarem seus TCCs na área de Marketing. Concluiu-se que 55% dos egressos
escreveram na área mercadológica por terem se identificado bastante com o campo de estudo, como
pela aplicabilidade, apenas 9% destes trabalhos foram publicados em anais e eventos, 46% dos
egressos afirmaram que a maior dificuldade para realizar o TCC na área de marketing foi o tempo que,
segundo eles, é escasso. Para 82% dos alunos egressos a área mercadológica é de extrema
importância para sua formação.
Adiante, o terceiro objetivo específico se dispôs a Inquirir sobre a satisfação dos alunos do
CAD sobre a área do Marketing, apurou-se que 98% do alunado investigado teveram alguma
identificação com a disciplina Administração Mercadológica. Logo, 76% dos alunos se disseram a favor
da ampliação da carga horária da disciplina de Marketing na matriz curricular do curso de
Administração. A pesquisa também diagnosticou que 84% dos alunos têm alguma pretensão na área
mercadológica sendo que, ampliar os conhecimentos na área por meio de disciplinas optativas ou
cursos de curta duração e realizar o Trabalho Final de Curso (TCC) obtiveram as porcentagens mais
altas.
O último objetivo implicou na apresentação de um observatório (benchmarking) das IES com
conceito máximo no ENADE vislumbrando suas matrizes curriculares e evidenciando os componentes
na área de Marketing. Sobre isso foi percebido que todas as IES com nota máxima no ENADE
apresentam, no mínimo, duas disciplinas obrigatórias em suas grades curriculares.
Portanto, ficou clarificado que a área de Marketing, na visão dos indivíduos formados pelo
curso de Administração do CAMEAM/UERN é incontestavelmente crucial para a formação profissional.
5.2 Sugestões
Desenvolver o Estágio Supervisionado I e II no Curso de Administração do Campus Avançado
Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
possibilitou conhecer a fundo a vivencia organizacional do departamento contribuindo de maneira
bastante positiva. A proposta dessa pesquisa foi apontar as contribuições do Marketing para a
formação do administrador tendo o curso de Administração do CAMEAM/UERN como ponto de partida.
Por meio de uma analise mais generalista a organização sugere-se plausivelmente a
Aquisição de novos arquivos para acomodar melhor os TCCs, expondo-os com mais
segurança e conforto à comunidade acadêmica, visto a riqueza de conhecimento e a
grandiosa contribuição de cada produção para a ciência.
118
Digitalização de todos os TCCs no intuito de manter viva e presente a memória, como
também, a contribuição dos que tiveram a honra de passar pelo curso, facilitando a
pesquisa e resguardando os trabalhos físicos evitando a depreciação exagerada e seu
desgaste obsolescente.
Criação e manutenção do web site do CAD onde haveria a seção destinada
inteiramente aos egressos do curso com informações pertinentes a carreira do
administrador e amplo acesso aos TCCs, por sua vez já digitalizados.
Aderir mais fluentemente à metodologia de visitas técnicas.
Implantação de projetos de extensão na área mercadológica.
Publicação dos TCCs em eventos e periódicos.
5.3 Recomendações
É notória a escassez de produções acadêmicas que se proponham a analisar as contribuições
de uma área específica contemplando as satisfações, pretensões, concepções, percepções e
contribuições para a formação tanto de discentes como egressos. Esta pesquisa trouxe à tona a
gênese processual da formação do administrador entrelaçando com a pertinência da Administração
Mercadológica com ênfase a sua contribuição para a sólida formação do profissional.
Para tanto se recomenda para trabalhos futuros:
Pesquisar mais sobre a Formação do Administrador abordando discussões sobre esta
temática pouco explorada em TCCs na graduação.
Analisar a satisfação dos alunos para com outras áreas da Administração buscando
contribuir para o desenvolvimento das práticas metodológicas enriquecendo o
processo ensino-aprendizagem.
Desenvolver pesquisa de satisfação, com todos os alunos matriculados, sobre o Curso
de Administração de maneira geral.
Levantar pesquisa bibliométrica sobre as produções em Marketing publicadas em
eventos e periódicos da Administração com a finalidade de conhecer sobre as
temáticas e os autores mais contemplados.
Investigar sobre práticas de ensino em marketing com professores que lecionam em
universidades com conceito máximo no ENADE
Estudar sobre os projetos de extensão na área de marketing em universidades do Rio
Grande do Norte, com maiores notas no ENADE, buscando fomentar discussões sobre
119
a importância destes projetos para o desenvolvimento da área e para a formação do
administrador.
Analisar as concepções de professores de Marketing à luz das contribuições do estudo
da área para a formação do administrador.
5.4 Reflexões Finais
Este trabalho de conclusão de curso proporcionou uma conexão entre as bases da formação
do administrador, partindo dos currículos mínimos de 1966, 1993 e das DCNs de 2004 com a área de
Marketing aplicada à Administração destacando as contribuições do seu estudo na formação de
profissionais da ciência administrativa. É imensamente palpável que observando o dinamismo e
mutabilidade do mercado se torna indissociável o estudo do marketing na formação do administrador,
tanto para os indivíduos que estão na graduação como para os egressos que buscam compreender as
facetas do mercado focando desenvolver estratégias primorosas para manter as organizações ativas
no meio corporativista.
Esta pesquisa teve a pretensão de evidenciar a pertinência do estudo do marketing na
formação do administrador partindo da epistemologia e inserção da área mercadológica na
Administração. Também teve o intuito de abrir portas para novos estudos, haja visto analisar a
concepção e a satisfação de indivíduos, seja em qual segmento seja, sempre desembocará em
resultados distintos devido que, é característica normal do ser humano, enxergar de diferentes formas
os serviços que o são prestados pois estão imbricadas questões de ordem psicológica dos
consumidores.
É digno de nota que, o fato da satisfação dos alunos e dos egressos para com a área de
marketing, se apresentarem de maneira positiva, como comprovou os resultados da pesquisa, é
essencial que se busque incessantemente a melhoria contínua a fim de cada vez mais solidificar esses
resultados ocasionando em uma maior estima e apreço do público envolvido para com a área
trabalhada.
Adiante, é chegado o momento de expor as contribuições deste estudo, que foi concebido por
meio de um minucioso trabalho realizado durante meses, para o pesquisador. Inicialmente a vivencia
real no estágio supervisionado propiciou uma visão clínica bastante positiva das relações entre os
colaboradores do CAD/CAMEAM/UERN. Ter o privilégio de realizar um trabalho de conclusão de curso
em uma área que se tenha familiaridade é um verdadeiro deleite para qualquer autor e não foi diferente
para o que produziu este longo e significante ensaio.
120
Todas as fases da pesquisa foram de extrema importância para o pesquisador pois trabalhar
com os egressos do curso e com os alunos matriculados propiciou um impagável enriquecimento
pessoal aflorando a ânsia pela pesquisa visto a relevância desta para conhecer realidades e mergulhar
em mares nunca antes navegados.
Sobre os desafios em realizar um trabalho desta estirpe são os problemas externos que são
extremamente naturais ao longo do processo, apesar das exigências acadêmicas constatou-se que,
apesar de ser uma tarefa densa, atuando dentro dos prazos estabelecidos e traçando metas para
desenvolvê-las, todos são capazes de, com proeza e maestria, extrair o que há de melhor desta
caminhada árdua, espinhosa, tortuosa, mas extremamente preciosa, de valia inestimável que causa um
prazer inenarrável após concluí-la. Talvez a palavra concluir não se adéqüe ao momento, pois esta
pesquisa é o início, a renascença e a preparação para encarar os desafios vindouros na carreira de
administrador, um verdadeiro ápice.
121
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128
APÊNDICES
129
APÊNDICE A: Instrumento de coleta de dados egressos
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
CAMPUS AVANÇADO PROFA. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA – CAMEAM
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - CAD
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II – ES II
QUESTIONÁRIO
Permita-me uma breve apresentação: Me chamo Pedro Augusto, aluno do 10º período do
curso de Administração do CAMEAM/UERN e esta pesquisa tem por objetivo analisar as contribuições
da área do Marketing para a formação do administrador sendo que, este questionário, buscará
compreender as motivações que levaram os egressos a escreverem seus TCC,s na área de
Marketing.Todas as informações prestadas serão sigilosas sendo utilizadas apenas para fins
acadêmicos. Sua colaboração é extremamente importante.
1 - Quais fatores contribuíram para a definição da área de Marketing para o seu TCC ?
( ) Identificação com a área de Marketing
( ) Aplicabilidade da área de Marketing
( ) Familiaridade com os conceitos de Marketing
( ) Qualidade do acesso ao material didático
( ) Valorização da área
( ) Outro _______________________
2 - Seu TCC foi publicado em algum evento e/ou periódico?
( ) Sim ( ) Não
3 - Quantas vezes foi publicado? Caso a resposta 2 tenha sido "Sim"
( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 ou mais vezes
4 - Quais eventos e/ou periódicos seu trabalho foi publicado? Caso a resposta 2 tenha sido "Sim"
________________________
5 - Qual o maior desafio para a realização do seu TCC na área de Marketing?
( ) Acesso ao material didático
130
( ) Disponibilidade do professor no tocante a orientação
( ) Tempo hábil para elaboração do TCC
( ) Falta de Conhecimento Prático
( ) Outro _______________________
6 - A construção do seu TCC contribuiu para sua carreira profissional?
( ) Sim ( ) Não
7 - Caso a pergunta anterior tenha sido "Sim", justifique sua resposta.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
8 - Hoje em dia, você atua na área de Marketing?
( ) Sim ( ) Não ( ) Indiretamente
9 - Hoje, caso você fosse realizar outro TCC, escolheria outra área para desenvolvê-lo que não
fosse a área de Marketing?
Responder "Sim" ou "Não" e clarificar o porquê.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10 - Após realizar sua pesquisa e escrever o seu TCC que avaliação você faz de todo esse
processo acadêmico vivenciado por você até o dia em que o trabalho foi defendido diante a
banca e o público?
__________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
11 - Na sua concepção, qual a relevância da área de Marketing para a formação do administrador
moderno?
( ) Muito importante ( )Importante ( ) Pouco Importante ( )Indiferente
Grato por sua valiosa colaboração
________________________________________________ Pedro Augusto Reinaldo de Lima
Aluno Pesquisador
131
APÊNDICE B: Instrumento de coleta discente
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
CAMPUS AVANÇADO PROFA. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA – CAMEAM
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - CAD
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II – ES II
QUESTIONÁRIO
Prezado (a) Discente.
Permita-me uma breve apresentação: Me chamo Pedro Augusto, aluno do 10º período do
curso de Administração do CAMEAM/UERN e esta pesquisa tem por objetivo, analisar as contribuições
da área do Marketing para a formação do administrador sendo que, este questionário, buscará
compreender o nível de satisfação dos alunos em curso em relação a disciplina Administração
Mercadológica .Todas as informações prestadas serão sigilosas sendo utilizadas apenas para fins
acadêmicos. Sua colaboração é extremamente importante.
1 - Você se identificou com a disciplina Administração Mercadológica?
( ) Me identifiquei muito ( ) Me identifiquei pouco ( ) Não me identifiquei
2 - Em relação aos textos e livros indicados pelo (a) docente, você os lia com qual freqüência?
( ) Muita frequência ( ) Pouca freqüência ( ) Somente em época de avaliações e trabalhos ( )
Nunca
3 - Em relação a quantidade de aulas utilizadas na disciplina no tocante a assimilação dos
conteúdos programáticos, você considera que foi:Satisfatório
( ) Satisfatório ( ) Insatisfatório ( ) Bom ( ) Regular ( ) Excelente
4 - Sobre os livros da área disponibilizados pela biblioteca do campus, você considera que é:
( ) Satisfatório ( ) Insatisfatório ( ) Bom ( ) Regular ( ) Excelente
5 - Durante a disciplina Administração Mercadológica você teve alguma aula prática ou visita
técnica?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não Lembro
6 - A aula ou visita atingiu o objetivo pretendido?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em Partes
7 - Antes de cursar a disciplina de Marketing e hoje, após cursá-la, suas expectativas
corresponderam ao que foi trabalhado na disciplina? ( ) Sim ( ) Não (
) Em partes
8 - Quais as metodologias de ensino mais utilizadas em sala de aula durante a disciplina?
132
( ) Exposição Oral ( ) Dinâmicas ( ) Data show ( ) Retroprojetor ( ) Visitas técnicas ( )
Outro _______________
9 - Das metodologias de ensino citadas, quais você acredita que mais contribuíram para o seu
próprio aprendizado?
( ) Exposição Oral ( ) Dinâmicas ( ) Data show ( ) Retroprojetor ( ) Visitas técnicas ( )
Outro____________________
10 - Sobre as metodologias de ensino empregadas nas aulas, você considera que foram:
( ) Satisfatórias ( ) Insatisfatórias ( ) Boas ( ) Regulares ( ) Excelentes
11 - Você é de acordo que a disciplina Administração Mercadológica do Curso da UERN tenha,
assim como em outras instituições, sua carga horária ampliada?
Exemplo: Marketing I, Marketing II e Marketing III
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
12 - Qual período você está cursando atualmente?
( ) 6º Período ( ) 8º Período ( ) 10º Período
13 - Você está trabalhando atualmente?
( ) Sim ( ) Não
14 - Caso a resposta anterior tenha sido "sim". Em qual área está trabalhando?
( ) Gestão de Pessoas ( ) Marketing ( ) Financeira ou Contábil ( ) Administração Pública (
) Administração Material e Patrimonial ( ) Outro___________________
15 - Considerando os conhecimentos obtidos na área de marketing, quais suas pretensões
futuras?
( ) Realizar outros estudos na área, como por exemplo o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
( ) Estagiar na área de marketing.
( ) Participar de projetos de pesquisa e/ou extensão na área de marketing.
( ) Ampliar os conhecimentos em Marketing por meio de disciplinas optativas ou cursos de curta
duração.
( ) Cursar uma pós- graduação (lato sensu) em Marketing
( ) Fazer mestrado na área de Marketing (stricto sensu)
( ) Não tenho pretensões nessa área
( ) Outro ____________________________
________________________________________________
Pedro Augusto Reinaldo de Lima Aluno Pesquisador
133
APÊNDICE C: Acervo bibliográfico da biblioteca setorial do CAMEAM/UERN na área de Marketing
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
CAMPUS AVANÇADO PROFA. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA – CAMEAM
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - CAD
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II – ES II
Acervo bibliográfico da biblioteca setorial do CAMEAM/UERN na área de Marketing
OBRA BIBLIOGRÁFICA AUTOR
A Estética do Marketing: Como Criar e Administrar Sua Marca, Imagem e Identidade Schmitt, Bernd H.
Administração de Marketing Kotler, Philip
Administração de Marketing no Brasil Cobra, Marcos
Administração de Marketing no Mundo Contemporâneo
Madruga, Roberto Pessoa
Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação e Controle Kotler, Philip
Administração de marketing: conceitos, planejamento e aplicações à realidade brasileira
Casas, Alexandre Luzzi Las
As Chaves da Expansão Empresarial; Marketing e Produção Podem Coexistir? Young, Robert B.
As Novas Regras do Marketing e de Relações Públicas Scott, David Meerman
Economia & Mercados: Introdução à Economia e Ao Marketing Guimarães, Sérgio
Estratégias de Marketing Para Varejo: Inovações e Diferenciações de estratégicas Que Fazem a Diferença.
-
Fundamentos de Marketing Turístico Dias, Reinaldo
Gerentes e Líderes São Diferentes?; Motivação Pelo Trabalho Significativo Zaleznik, Abraham
Gestão de Marketing Gestão de Marketing,
Gestão de Vendas
Teixeira, Elson Adalberto
Gestão do Relacionamento com o Cliente
Silva, Fábio Gomes (Org)
Gestão estratégica da comunicação mercadológica Lupetti, Marcélia
Gestão Estratégica Para a Liderança em Empresas de Serviços Privadas e Públicas Kuazaqui, Edmir
Marketing & Formação de Executivos: o Novo Executivo na Cultura da Aprendizagem Gasalla, José María
Marketing de Serviços Profissionais: Estratégias Inovadoras Para Impulsionar Sua Atividade
Kotler, Philip
134
Fonte: Pesquisa de Campo (2014)
Marketing de Tecnologia: Textos e Casos -
Marketing de Varejo: Como Incrementar Resultados com a Prestação de Serviços Daud, Miguel
Marketing e Divulgação da Pequena Empresa: Como o Pequeno e o Microempresário Podem Chegar à Mídia
Chinem, Rivaldo
Marketing Eletrônico: Integrando Recursos Eletrônicos no Processo de Marketing Reedy, Joel
Marketing Experimental: Sua Empresa e Suas Marcas Conquistando o Sentir e o Pensar o Agir e o Identi
Schmitt, Bernd H.
Marketing Para o Século Xxi: Como Criar, Conquistar e Dominar Mercados Kotler, Philip
Marketing político: como ganhar um campanha eleitoral, seguindo os ensinamentos de Sun Tzu, Maquiave Clausewitz
Dias, Renato Costa
Marketing: Conceitos, Exercícios, Casos
Las Casas, Alexandre Luzzi
Marketing: Criando Valor Para os Clientes Churchill Jr, Gilbert A.
Marketing: Uma Ferramenta Para o Desenvolvimento
Manzo, José Maria Campos
Marketing: uma visão brasileira Richers, Raimar
O Novo Papel da Administração; Miopia em Marketing; Drucker, Peter
Ferdinand
Obtendo Resultados com Relações Públicas -
Supervisão: Conteúdo e Estilo; Ponha Força de Marketing em Sua Venda Industrial Gellerman, Saul W.
Tratado de Comunicação: Organizacional e Política Torquato, Gaudêncio
135
APÊNDICE D: Acompanhamento das atividades de Estágio Supervisionado
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
CAMPUS AVANÇADO PROFA. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA – CAMEAM
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - CAD
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II – ES II
136
137
ANEXOS
138
ANEXO A: Resolução n.04 de 13 de julho de 2005
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
CAMPUS AVANÇADO PROFA. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA – CAMEAM
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - CAD
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II – ES II
RESOLUÇÃO N.04 DE 13 DE JULHO DE 2005
Art. 1. A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Administração, bacharelado, a serem observadas pelas Instituições de Ensino Superior em sua
organização curricular.
Art. 2. A organização do curso de que trata esta Resolução se expressa através do seu projeto
pedagógico, abrangendo o perfil do formando, as competências e habilidades, os componentes
curriculares, o estágio curricular supervisionado, as atividades complementares, o sistema de
avaliação, o projeto de iniciação científica ou o projeto de atividade, como Trabalho de Curso,
componente opcional da instituição, além do regime acadêmico de oferta e de outros aspectos que
tornem consistente o referido projeto pedagógico.
§ 1º O Projeto Pedagógico do curso, além da clara concepção do curso de graduação em
Administração, com suas peculiaridades, seu currículo pleno e sua operacionalização, abrangerá, sem
prejuízo de outros, os seguintes elementos estruturais:
I - objetivos gerais do curso, contextualizados em relação às suas inserções institucionais, política,
geográfica e social;
II - condições objetivas de oferta e a vocação do curso;
III - cargas horárias das atividades didáticas e da integralização do curso;
IV - formas de realização da interdisciplinaridade;
V - modos de integração entre teoria e prática;
VI - formas de avaliação do ensino e da aprendizagem;
VII - modos de integração entre graduação e pós-graduação, quando houver;
VIII - incentivo à pesquisa, como necessário prolongamento da atividade de ensino e como instrumento
para a iniciação científica;
IX - concepção e composição das atividades de estágio curricular supervisionado, suas diferentes
formas e condições de realização, observado o respectivo regulamento;
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X - concepção e composição das atividades complementares; e,
XI - inclusão opcional de trabalho de curso sob as modalidades monografia, projeto de iniciação
científica ou projetos de atividades, centrados em área teórico-prática ou de formação profissional, na
forma como estabelecer o regulamento próprio.
§ 2º Com base no princípio de educação continuada, as IES poderão incluir no Projeto Pedagógico do
curso, o oferecimento de cursos de pós-graduação lato sensu, nas respectivas modalidades, de acordo
com as efetivas demandas do desempenho profissional.
(*) Resolução CNE/CES 4/2005. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de julho de 2005, Seção 1, p. 26§
3º As Linhas de Formação Específicas nas diversas áreas da Administração não constituem uma
extensão ao nome do curso, como também não se caracterizam como uma habilitação, devendo as
mesmas constar apenas no Projeto Pedagógico.
Art. 3. O Curso de Graduação em Administração deve ensejar, como perfil desejado do formando,
capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e econômicas da
produção e de seu gerenciamento, observados níveis graduais do processo de tomada de decisão,
bem como para desenvolver gerenciamento qualitativo e adequado, revelando a assimilação de novas
informações e apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de
situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do
administrador.
Art. 4. O Curso de Graduação em Administração deve possibilitar a formação profissional que revele,
pelo menos, as seguintes competências e habilidades:
I - reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir
modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e
exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;
II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos
processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais;
III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na
estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;
IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações
matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e
de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos
organizacionais e sociais;
V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender,
abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício
profissional;
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VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o
ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais,
revelando-se profissional adaptável;
VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações;
VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias
administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais.
Art. 5. Os cursos de graduação em Administração deverão contemplar, em seus projetos pedagógicos
e em sua organização curricular, conteúdos que revelem inter-relações com a realidade nacional e
internacional, segundo uma perspectiva histórica e contextualizada de sua aplicabilidade no âmbito das
organizações e do meio através da utilização de tecnologias inovadoras e que atendam aos seguintes
campos interligados de formação:
I - Conteúdos de Formação Básica: relacionados com estudos antropológicos, sociológicos, filosóficos,
psicológicos, ético-profissionais, políticos, comportamentais, econômicos e contábeis, bem como os
relacionados com as tecnologias da comunicação e da informação e das ciências jurídicas;
II - Conteúdos de Formação Profissional: relacionados com as áreas específicas, envolvendo teorias da
administração e das organizações e a administração de recursos humanos, mercado e marketing,
materiais, produção e logística, financeira e orçamentária, sistemas de informações, planejamento
estratégico e serviços; III - Conteúdos de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias: abrangendo
pesquisa operacional, teoria dos jogos, modelos matemáticos e estatísticos e aplicação de tecnologias
que contribuam para a definição e utilização de estratégias e procedimentos inerentes à administração;
e
IV - Conteúdos de Formação Complementar: estudos opcionais de caráter transversal e interdisciplinar
para o enriquecimento do perfil do formando.
Art. 6º A organização curricular do curso de graduação em Administração estabelecerá expressamente
as condições para a sua efetiva conclusão e integralização curricular, de acordo com os seguintes
regimes acadêmicos que as Instituições de Ensino Superior adotarem: regime seriado anual, regime
seriado semestral, sistema de créditos com matrícula por disciplina ou por módulos acadêmicos, com a
adoção de pré-requisitos, atendido o disposto nesta Resolução.
Art. 7º O Estágio Curricular Supervisionado é um componente curricular direcionado à consolidação
dos desempenhos profissionais desejados inerentes ao perfil do formando, devendo cada instituição,
por seus Colegiados Superiores Acadêmicos, aprovar o correspondente regulamento, com suas
diferentes modalidades de operacionalização.
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§ 1º O estágio de que trata este artigo poderá ser realizado na própria instituição de ensino, mediante
laboratórios que congreguem as diversas ordens práticas correspondentes aos diferentes pensamentos
das Ciências da Administração.
§ 2º As atividades de estágio poderão ser reprogramadas e reorientadas de acordo com os resultados
teórico-práticos, gradualmente revelados pelo aluno, até que os responsáveis pelo acompanhamento,
supervisão e avaliação do estágio curricular possam considerá-lo concluído, resguardando, como
padrão de qualidade, os domínios indispensáveis ao exercício da profissão.
§ 3º Optando a instituição por incluir no currículo do Curso de Graduação em
Administração o Estágio Supervisionado de que trata este artigo deverá emitir regulamentação
própria,aprovada pelo seu Conselho Superior Acadêmico, contendo, obrigatoriamente, critérios,
procedimentos e mecanismos de avaliação, observado o disposto no parágrafo precedente.
Art. 8. As Atividades Complementares são componentes curriculares que possibilitam o
reconhecimento, por avaliação, de habilidades, conhecimentos e competências do aluno, inclusive
adquiridas fora do ambiente escolar, incluindo a prática de estudos e atividades independentes,
transversais, opcionais, de interdisciplinaridade, especialmente nas relações com o mundo do trabalho
e com as ações de extensão junto à comunidade.
Parágrafo único. As Atividades Complementares se constituem componentes curriculares
enriquecedores e implementadores do próprio perfil do formando, sem que se confundam com estágio
curricular supervisionado.
Art. 9. O Trabalho de Curso é um componente curricular opcional da Instituição que, se o adotar,
poderá ser desenvolvido nas modalidades de monografia, projeto de iniciação científica ou projetos de
atividades centrados em áreas teórico-práticas e de formação profissional relacionadas com o curso, na
forma disposta em regulamento próprio.
Parágrafo único. Optando a Instituição por incluir no currículo do curso de graduação em
Administração o Trabalho de Curso, nas modalidades referidas no caput deste artigo, deverá emitir
regulamentação própria, aprovada pelo seu conselho superior acadêmico, contendo, obrigatoriamente,
critérios, procedimentos e mecanismos de avaliação, além das diretrizes técnicas relacionadas com a
sua elaboração.
Art. 10. A carga horária mínima dos cursos de graduação será estabelecida em Resolução da Câmara
de Educação Superior.
Art. 11. As Diretrizes Curriculares Nacionais desta Resolução deverão ser implantadas pelas
Instituições de Educação Superior, obrigatoriamente, no prazo máximo de dois anos, aos alunos
ingressantes, a partir da publicação desta.
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Parágrafo único. As IES poderão optar pela aplicação das DCN aos demais alunos do período ou ano
subsequente à publicação desta.
Art. 12. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Resolução
CFE nº 2, de 4 de outubro de 1993, e a Resolução CNE/CES nº 1, de 2 de fevereiro de 2004.
EDSON DE OLIVEIRA NUNES
Presidente da Câmara de Educação Superior.