Post on 14-Mar-2016
description
Tecnologia e Medicina
a favor da vida
RIO SÃO FRANCISCO: água para 12 milhões de habitantes
SELOS VERDES: um passo à frente a favor do planeta
RODOANEL: melhorando o trânsito de São Paulo
nº 012 | março-abril/2009
conexao
TÜV Rheinland do Brasil Holding Ltda http://www.tuvbrasil.com.br
Tel.: 11 3638-5700 • Fax: 11 3638-5844 • End.: Avenida Paulista, 302 - 4º andar • 01310-000 • São Paulo • SP
Projeto gráfi co e editorial : Art On Line Comunicação Jornalista responsável: Milena Prado Neves - Mtb 54273
Sugestões e comentários: tuvnoticias@artonline.com.br
Esta é uma publicação de:
Antonio Carlos Caio da SilvaPresidente da TÜV Rheinland do Brasil
Palavra do Presidente
A Copa do Mundo é nossa!
Falando de:
Com 136 anos de história, o
Grupo TÜV Rheinland se man-
teve no mercado por todos estes
anos graças à sua fl exibilidade,
visão de futuro e capacidade de
alinhar-se às novas tendências
mundiais. Neste ano, através de
pesquisas desenvolvidas, inicia-
remos trabalhos baseados nas
novas possibilidades e necessi-
dades de nossos clientes. Plane-
jamos três conjuntos de ações
para 2009:
Desenvolvimento territorial:
nesta primeira frente de traba-
lho, a TÜV Rheinland do Brasil
estende seus serviços a clientes
de todo Brasil. O atendimento irá
além de auditorias, possibilitan-
do um contato mais próximo com
nossos clientes, abrindo novas
unidades regionais, principal-
mente nas regiões Sul, Central e
Nordeste. Com isto, nosso con-
tato será estreitado, os custos
com auditorias barateados e po-
deremos atender mais de perto
as necessidades de cada região.
Novos laboratórios e certifi ca-
ções: iniciamos análises para in-
vestimentos em novas áreas,
provendo soluções às necessi-
dades do mer-
cado, seja em
certifi cações já existentes, seja
no auxílio às entidades na cria-
ção de novas normas. Iniciamos
um trabalho junto à ABNT e fa-
bricantes de ferramentas manu-
ais, na criação de normas com-
pulsórias para este mercado.
Recentemente, fomos recomen-
dados pelo Inmetro ao Governo
do Equador, para certifi carmos
os calçados brasileiros exporta-
dos para este país, cuja certifi -
cação se tornou compulsória. Es-
ta é mais uma frente de negócios
em que estamos presentes.
Desenvolvimento de serviços,
soluções e facilidades: busca de
novos selos e certifi cações des-
vinculadas a órgãos governa-
mentais, oferecendo assim ser-
viços exclusivos com a marca
TÜV Rheinland, como o Eco-
Hotel, selo para a área de turis-
mo, lançado no fi nal do ano pas-
sado. Além disso, desde o
começo do ano, a TÜV Rheinland
do Brasil já aceita pagamentos
com cartões BNDES, tornando
seus serviços e produtos mais
facilmente acessíveis.
Através destas ações, espera-
mos superar as expectativas do
mercado, com produtos cada
vez mais adequados às neces-
sidades de cada área, promo-
vendo assim grande interativi-
dade entre a TÜV Rheinland do
Brasil e seus clientes
Alexandre Soares KozikSuperintendente de Desenvolvimento Comercial e Novos Produtos da TÜV Rheinland do Brasil
Antevemos grandes oportunidades de negócios para os próximos anos, com a perspectiva de sediarmos a Copa do
Mundo em 2014 e a Copa das Confederações, já em 2013.
A TÜV Rheinland do Brasil vem atuando em diversos projetos visando a Copa do Mundo e está intimamente ligada aos refl exos positivos destes eventos em nossa economia. Serão ne-cessárias várias ações de planejamento, geren-ciamento, certifi cações de um sem-número de produtos e serviços, fortes investimentos em infraestrutura urbana, transportes e turismo. Estamos prontos a colaborar em todas as fren-tes. E este é o momento para começarmos a pla-nejar este conjunto de ações.
Além de nossa participação em grandes em-preendimentos no Brasil, especialmente na in-tegração das mais diversas áreas do conheci-mento humano, o Grupo TÜV Rheinland tem larga experiência no exterior com eventos dessa magnitude.
A hora é de mostrarmos ao mercado nossas capacidades como integrantes de um grupo multidisciplinar focado em qualidade, para jun-tos, marcarmos muitos gols!
Perspectivas e novidades para 2009
Página • 2 conexao TÜV Rheinland | nº 12 • março-abril/2009
Roberto Pedro Loyola
roberto.loyola@br.tuv.com
maior reserva petrolífera da Pla-
taforma Continental Brasileira.
Ela é responsável por aproxima-
damente 84% da produção nacio-
nal de petróleo, abrigando cerca
de 80% das reservas já descober-
tas no Brasil.
Técnicos são enviados para re-
alizar a inspeção dos produtos
comprados pela Petrobras direta-
mente no local de produção. “O
produto é inspecionado também
por meio de ensaios e o fabrican-
te fará a adequação dentro das
especifi cações, se necessário”, des-
creve o gerente técnico.
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIAOutro cliente do departamento
de Inspeção, o Grupo Abengoa,
tem forte atuação em linhas de
transmissão de energia elétrica
no Brasil. A TÜV Rheinland do
Brasil inspeciona os materiais uti-
lizados nas linhas de transmis-
são de energia de Londrina, Cam-
pos Novos, Foz do Iguaçu e São
Matheus, levando energia com
qualidade e segurança a milhões
de pessoas.
Todos os dias executamos ta-
refas sem nos dar conta do lon-
go caminho percorrido para que
várias formas de energia che-
guem ao nosso alcance: desper-
tamos com o rádio relógio, acen-
demos a luz e utilizamos outros
aparelhos elétricos muitas vezes
antes de sair de casa, de carro
ou metrô. Por trás de nossa roti-
na diária, especialistas em ins-
peção atuam não somente para
que tudo se torne realidade mas,
mais do que isso, para que as
ações possam se realizar de ma-
neira segura.
Este trabalho requer muita aten-
ção, dedicação e competência dos
profi ssionais. A busca é por qua-
lidade e pontualidade. E, para que
um bom resultado deixe de ser
um desafi o, a divisão de Inspeção
da TÜV Rheinland do Brasil resol-
ve esta equação.
Atuamos desde a avaliação do
fornecedor até a entrega do pro-
duto em seu destino fi nal, com
o objetivo de garantir a confor-
midade das compras com as es-
pecifi cações técnicas, acompa-
nhando os prazos de fabricação,
além de recomendar medidas
preventivas ou corretivas quan-
do necessário. “Trabalhamos
com inspeção nas seguintes áre-
as: ferroviária, petrolífera, gás
e distribuição de energia”, infor-
ma Alberto Furriel, gerente téc-
nico da divisão de Inspeção da
TÜV Rheinland do Brasil.
PETROLÍFERAUm importante cliente da
TÜV Rheinland do Brasil é a
Petrobras, onde é realizada inspe-
ção de materiais e equipamentos
da unidade da Bacia de Campos -
TRANSPORTESCom 23 estações e 32,8km de
extensão, o sistema metroviá-
rio de Recife (Metrorec) trans-
porta aproximadamente 190 mil
usuários/dia. E, desde 1999, a
TÜV Rheinland do Brasil realiza as
inspeções das constantes reformas
e reparos dos trens do Metrorec.
“Temos uma equipe alocada na ofi -
cina do metrô, onde as reformas
são realizadas”, comenta Furriel.
UM POUCO SOBRE INSPEÇÃOPara muitos, essa palavra reme-
te a testes e ensaios, mas, muito
mais do que isso, inspecionar é
a atividade que garante a confor-
midade às normas dos produtos
ou serviços realizados em gran-
des companhias de engenharia
industrial.
Inspeção é uma das principais
técnicas de avaliação da qualidade
de materiais, equipamentos e pro-
ces sos, trazendo mais seguran ça
ao usuário fi nal, ou seja, você!
dia a diaFacilitando o
março-abril/2009 • nº 12 | conexao TÜV Rheinland Página • 3
Saiba mais
Uma onda verde vem crescen-
do em todo o mundo devido à
preocupação com o meio ambien-
te. Nunca conceitos como reci-
clagem, consumo consciente, uso
responsável da água e diminui-
ção de resíduos tiveram tanto
destaque. Consumidores atuais
exigem mais qualidade e cuida-
dos ambientais das empresas.
A conscientização da impor-
tância de ações a favor do meio
ambiente cresce e, mais que ati-
tudes ecologicamente corretas,
empresas modernas buscam
certifi cações “verdes”, como a
ISO 14001 e RoHS, ganhando
mercado para seus produtos
junto às novas gerações.
Certifi cada recentemente na
ISO 14001, a Musashi do Brasil,
empresa do grupo japonês fa-
bricante de componentes para
motocicletas, buscou a certifi -
cação para se alinhar à fi losofi a
da companhia. “O nosso compro-
misso e respeito pela natureza
são da cultura da empresa”,
explica Dagno Brito, supervisor
do Sistema de Gestão Integrada
da Musashi do Brasil, que já per-
cebe as primeiras mudanças.
“Iniciamos a coleta seletiva, ins-
tituímos ações de proteção con-
tra vazamento de óleos nos ma-
nanciais e já sentimos uma
melhor organização”, enumera
o supervisor.
a favor do PLANETAum passo à frente
Selos verdes:
Página • 4 conexao TÜV Rheinland | nº 12 • março-abril/2009
ISO 14001A ISO 14001 é uma norma de
aceitação internacional que
define os requisitos para esta-
belecimento e operação de um
Sistema de Gestão Ambiental
(SGA) na empresa, baseado em
política ambiental, planeja-
mento, implementação e ope-
ração, verificação e ação cor-
retiva, e análise crítica pela
administração.
A norma visa integrar em uma
organização a Gestão de Impac-
tos Ambientais com a lucrati-
vidade, através da redução de
custos, controle de riscos e me-
lhoria do desempenho. “A em-
presa que busca esta certifi cação
está alinhada com uma tendên-
cia mundial de preservação do
meio ambiente. Ela se desta-
ca no mer cado, atestando aos
consumidores que é uma com-
panhia ambientalmente respon-
sável”, afi rma Alexandre Kozik,
superintendente comercial da
TÜV Rheinland do Brasil.
Por um mundo mais verde
Perfi l Condutores Elétricos reali-
zou mudanças para que se ade-
quassem à norma. “Tivemos que
conscientizar nossos fornecedo-
res de matéria-prima, modifi -
camos e aprimoramos nossos
processos de fabricação, vi-
sando melhorar seu controle.
Mas a grande mudança foi a
conscientização de nossos co-
laboradores, realizada atra-
vés de cursos, palestras e no
dia a dia da empresa”, sa-
lienta Elvira Ros Pegini, di-
retora geral da Perfi l Con-
dutores Elétricos. Os frutos
da cer tifi cação já começam
a ser colhidos, através de
contratos com clientes ex-
portadores. “A certifi cação
RoHS já é uma realidade
lá fora, esperamos que um
dia essa norma também seja exi-
gida no Brasil e, quando isso acon-
tecer, já estaremos à frente da
concorrência”, diz Elvira.
Alexandre Soares Kozik
Alexandre.Kozik@br.tuv.com
ROHS - CERTIF ICAÇÃO AMBIENTAL PARA EXPORTAÇÕES
A RoHS é uma diretiva euro-
peia exigida para todos os pro-
dutos eletroeletrônicos exporta-
dos para a União Europeia, que
passam por um controle das subs-
tâncias nocivas ao meio ambien-
te e à saúde humana. “A certifi -
cação dá mais segurança ao
fornecedor e consumidor, por is-
so a TÜV Rheinland do Brasil criou
um selo verde RoHS, que leva em
conta as diretrizes da diretiva eu-
ropeia, onde é feito um processo
sistêmico que testa e garante a
conformidade de uma pequena
amostra de todos os lotes do pro-
duto”, explica Kozik.
Certifi cada na diretiva RoHS, a
Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) fornece estrutura
para o gerenciamento das responsabilidades ambientais,
tornando as operações das corporações mais efi cientes e
integradas, além de serem ecologicamente corretas.Os SGAs são baseados em normas que especifi cam
todos os processos, visando melhoria do desempenho
ambiental e conformidade com a legislação vigente.
O que é um SGA?
março-abril/2009 • nº 12 | conexao TÜV Rheinland Página • 5
Tecnologiae a favor
da vidamedicina
A cura das doenças sempre
foi um dos grandes desafi os da
humanidade. Antes do advento
da tecnologia e dos conheci-
mentos científi cos, curandeiros,
poções e cerimônias místicas
tentavam diminuir o sofrimen-
to do homem. Hoje, a cura para
muitos males, antes apenas uto-
pia, tornou-se realidade. E, dia
após dia, trabalhamos na des-
coberta de novos tratamentos
para novas doenças.
Mais do que isso, a ideia do
século XXI é de prevenção, ou,
como diz o ditado popular “me-
lhor prevenir do que remediar”.
No instante em que uma vida co-
meça, no ventre da mãe, é inicia-
da também a busca pela saúde.
E será assim a vida toda: exames
preventivos e procedimentos
curativos de alta tecnologia fa-
zem parte de nossa realidade,
do nascimento à terceira idade.
Em todo este caminho,
nos deparamos com os apare-
lhos eletromédicos, que tratam
do nosso bem mais precioso:
nossa saúde. Por este motivo
os exames e tratamentos devem
funcionar de maneira perfeita-
mente segura, pois confi amos a
nossa vida a diversos equipa-
mentos. São fi os, componentes
eletroeletrônicos e robôs, a per-
sonifi cação da tecnologia traba-
lhando a nosso favor. E para que
Certifi cação de Produtos Eletromédicos
Página • 6 conexao TÜV Rheinland | nº 12 • março-abril/2009
Matéria de Capa
Pacientes e médicos ganham com tantas tecnologias novas trazendo
mais qualidade, precisão e segurança nos diagnósticos e tratamentos.
Dr. Alfredo Tranjan Neto, chefe do serviço de oftalmologia do Hospital 9 de Julho
e diretor clínico do Centro Oftalmológico Tranjan, vê as novidades com bons
olhos. Ele destaca o grande salto de qualidade nos procedimentos de sua área
nos últimos 30 anos. “Através das novas tecnologias conseguimos hoje detectar
várias defi ciências visuais como retinopatia diabética, ceratocone, glaucoma em
fase inicial, dentre outros. E, a partir de um bom diagnóstico, podemos realizar
o melhor tratamento”, explica o doutor.
E os procedimentos hoje tornaram-se mais seguros. O que antes era realizado
através de incisões manuais, hoje é feito a laser ou com cortes minúsculos,
reduzindo quase a zero o índice de infecções. “No laser para cirurgia de miopia,
o computador calcula o grau do paciente e sabe com exatidão quanto deve
ser corrigido e como efetuar o trabalho com a máxima segurança. A cirurgia
de catarata, por exemplo, era muito diferente e complicada, pois fazia-se uma
grande incisão no globo ocular e, atualmente, apenas um pequeno corte de 2mm,
por onde o aparelho ajuda na retirada do cristalino, causador da doença. Tudo
isso nos dá uma precisão e controle maior nas cirurgias”, salienta Dr. Alfredo.
Os aparelhos eletromédicos para os profissionais de saúde
tudo funcione perfeitamente,
os aparelhos eletromédicos de-
vem ser checados e inspeciona-
dos, certifi cando sua qualidade
e segurança. Por este motivo, a
certifi cação dos aparelhos ele-
tromédicos no Brasil é compul-
sória. “Adequamos produtos
para proteger todos os usuários
envolvidos: paciente, médico e
enfermeiro, pois qualidade é
sempre fundamental, principal-
mente quando falamos de vi-
das”, afi rma Marisol Dias Pan-
nellini, auditora de produto da
TÜV Rheinland do Brasil.
CUIDANDO DE VIDASLançado recentemente no
Brasil, o Sistema de Radiocirur-
gia Robótica CyberKnife é o
mais novo equipamento para
tratamento do câncer, que con-
centra altas doses de radiação
com altíssima precisão no local
exato do tumor. O equipamento,
trazido ao Brasil pela empresa
REM, acaba de receber os certi-
fi cados pela TÜV Rheinland do
Brasil nas normas NBR IEC
60601-1, NBR IEC 60601-1-2,
NBR 60601-1-1 e NBR IEC 60601-
1-3, exigidas pela Anvisa para
sua comercialização no País. “Es-
tas certifi cações atestam a segu-
rança elétrica, a proteção contra
radiação, a compatibilidade ele-
tromagnética e a comunicação
entre computador e equipamento,
já que, no caso deste produto, é
um robô que realiza a cirurgia”,
explica Marisol.
O CyberKnife foi desen-
volvido para tratar tumores e
lesões em qualquer região do
corpo, com precisão submili-
métrica. Rastreia continua-
damente o alvo, detectando a
sua movimentação e a do pa-
ciente, com correção auto-
mática durante todo o procedi-
mento. Trata-se de um sistema
de radio cirurgia guiada por
ima gens obtidas em tempo
real antes da liberação de cada
feixe de radiação emitido, sem
a necessidade de fi xação por
frames, que prendem o pa-
ciente através de incisões, cau-
sando demasiada dor e in-
cômodo. “O sistema pode tratar
qualquer local do corpo: pân-
creas, fígado, próstata, lesões
na medula, e cânceres de
cabeça e pescoço, tumores be-
nignos, más formações arte rio-
venosas e distúrbios funcionais
neurológicos estão entre as
principais indicações”, explica
Dalila Luzia Toreti, super-
visora de sistemas em radiote-
rapia da REM.
Atualmente, mais de 50
mil pacientes ao redor do mun-
do já foram tratados com esse
Sistema Robótico. Mais de 155
destes equipamentos estão ins-
talados em 16 países, salvando
vidas ao toque de um botão.
março-abril/2009 • nº 12 | conexao TÜV Rheinland Página • 7
Marcos Zevzikovas
marcos.zevzikovas@br.tuv.com
Sergio Fellauer
Sergio.Fellauer@br.tuv.com
Os novos valores da sociedade
moderna baseiam-se cada vez
mais no crescimento humano.
Ainda mais importante que má-
quinas e demais bens materiais
de uma empresa, são os seus co-
laboradores. Eles devem ter con-
dições adequadas de trabalho e
um ambiente corporativo sau-
dável, para que consigam exe-
cutar suas tarefas da melhor ma-
neira. Atitudes que visam um
melhor ambiente de trabalho re-
sultam na qualidade dos pro-
dutos e serviços oferecidos pelas
corporações.
O Grupo TÜV Rheinland acre-
dita nas pessoas e na interação
entre homem, tecnologia e am-
biente, oferecendo aos seus
clientes a certifi cação SA 8000,
norma de responsabili dade so-
cial baseada em diretrizes da
Organização das Nações Unidas
(ONU). A norma foi desenvol-
vida pela Agência de Acredita-
ção do Conselho de Prioridades
Econômicas (CEPAA), entida de
ligada à ONU, reunindo orga-
nizações não-governamen tais,
empresas e sindicatos.
POR UM AMBIENTE DE TRABALHO SAUDÁVEL
A SA 8000 é uma norma inter-
nacional de avaliação da res-
ponsabilidade social, aplicável
a empresas das áreas de ser-
viços e produtos. “Temos um
am biente de trabalho muito sau-
dável e gostoso, quem nos visita
pode perceber esta diferença”,
afi rma Denise Domiciano, ana-
lista de Gestão da Qualidade da
Dräger Safety, empresa certi-
fi cada na norma SA 8000 pela
TÜV Rheinland do Brasil.
A norma se relaciona em muitos
aspectos às normas ISO 9001 e
ISO 14001, principalmente no
que se refere a ações preventivas
e corretivas, revisão gerencial,
planejamento e efi cácia na im-
plementação e avaliação, con-
trole de fornecedores, registros,
além da necessidade de provas
objetivas e constatáveis. “As em-
presas devem se certifi car, afi nal
os colaboradores representam o
bem mais valioso de uma com-
panhia, muito mais do que má-
quinas e equipamentos. Por isso,
devemos manter um ambiente
de trabalho saudável”, aconselha
a analista.
A certifi cação SA 8000 de-
monstra o comprometimento
da empresa com seus colabo-
radores, reforçando a motiva-
ção e o comprometimento dos
trabalhadores, o que causa um
impacto positivo na qualidade
de seus serviços e produtos.
“Achamos toda essa questão
social muito interessante para
as companhias. Ter certifi cado
nos sa empresa nesta norma faz
com que tenhamos um grande
diferencial no mercado em que
atuamos, junto a órgãos gover-
namentais e importantes empre-
sas”, salienta Denise.
SA 8000
A certifi cação SA 8000 traz todos os requisitos e metodologias
de auditoria para avaliação das condições do local de traba-
lho, que incluem:
a erradicação do trabalho infantil e do trabalho forçado;
boas condições de saúde e segurança no trabalho;
liberdade de associação;
ausência de discriminação;
práticas disciplinares;
adequação da carga horária e benefícios.
Dentre os benefícios das empresas certifi cadas nesta
norma estão a maior disposição dos colaboradores para o
trabalho e a melhoria da imagem da companhia.
QUALIDADE de vida CORPORATIVA
Página • 8 conexao TÜV Rheinland | nº 12 • março-abril/2009
Notas & Mercado
Trecho de obras do Rodoanel: ponte sobre a represa Billings.
O tempo livre das pessoas nas
grandes cidades brasileiras tem
sido cada vez menor, com precio-
sas horas perdidas em congestio-
namentos. Reduzir o tempo que
perdemos no trânsito signifi caria
mais qualidade de vida, já que as
longas fi las de veículos causam
estresse, mais gastos com gaso-
lina e manutenção com o carro,
mais emissão de gases nocivos à
nossa saúde e enormes prejuízos
à economia.
Somente a cidade de São Paulo
possui uma frota de aproximada-
mente 6,5 milhões de veículos.
Desses, calcula-se que 3,5 milhões
saiam às ruas diariamente. Por is-
so, medidas preventivas e solu-
cionadoras têm sido tomadas pe-
lo Estado, dentre elas a construção
do Rodoanel Mario Covas, proje-
to que visa reduzir o tráfego de
caminhões nas duas vias margi-
nais da cidade, Pinheiros e Tietê.
A ideia de uma via de contorno
da cidade de São Paulo tem mais
de 50 anos e, na última década,
esta necessidade foi crescendo.
“O objetivo do Rodoanel é tirar da
malha urbana os caminhões que
passam por São Paulo a caminho
de outras cidades, fazendo com
que eles circulem em volta da me-
trópole”, explica Alvaro Rossetto,
diretor executivo da Ductor.
CONTORNANDO A CIDADEUma vez concluído, o Rodoanel
Mario Covas, obra do Governo do
Estado de São Paulo, interligará
dez rodovias que chegam à cida-
de de São Paulo: Régis Bittencourt,
Raposo Tavares, Castello Branco,
Bandeirantes, Anhanguera, Fer-
não Dias, Dutra, Ayrton Senna,
Imigrantes e Anchieta. “O primei-
ro trecho da obra, o Oeste, come-
çou a ser construído em 1998, e
foi fi nalizado em 2002. A Ductor
foi responsável, em consórcio com
outras duas empresas, pela super-
visão de implantação de um lote
deste trecho”, comenta Rossetto.
A construção do segundo tre-
cho, o Sul, com 61,4km de ex-
tensão, foi iniciada em 2006,
com investimentos da ordem de
R$ 3,5 bilhões, entre construção,
desapropriações, reassentamen-
tos e compensações ambientais.
“Neste novo trecho, a Ductor par-
ticipou da elaboração do projeto
executivo de um dos lotes, estu-
dando inclusive as alternativas
de implantação de um Ferroanel
paralelo ao Rodoanel. Atualmen-
te, fazemos o gerenciamento ge-
ral da obra, atividade que envol-
ve o planejamento e controle de
todas as ações necessárias para
sua consecução”, explica o dire-
tor executivo.
Com a conclusão do trecho Sul,
prevista para abril de 2010, es-
tima-se uma redução de cerca de
43% no movimento de caminhões
na Marginal Pinheiros e de 37%
na Avenida dos Bandeirantes. “Pa-
ra antever possíveis atrasos nos
cumprimentos de prazos, intro-
duzimos nessa obra um trabalho
pioneiro da Ductor: Análise de
Riscos de Prazos para cada tre-
cho do Rodoanel. Através de si-
mulações baseadas em estimati-
vas de durações futuras prováveis
de cada atividade, analisamos as
probabilidades de prazos de con-
clusão das obras, identifi cando
as atividades críticas e, funda-
mentalmente, fornecendo subsí-
dios para as tomadas de decisões”,
explica Alvaro.
Com estas ações, somadas ao
uso racional de veículos, melho-
ria no transporte público e imple-
mentação de ciclovias, o paulis-
tano terá mais qualidade de vida,
mais horas livres e menos polui-
ção no ar que respira!
Alvaro Rossetto
alvaro.rossetto@ductor.tuv.com
TRÂNSITOAliviando o
de SÃO PAULO
março-abril/2009 • nº 12 | conexao TÜV Rheinland Página • 9
Vox Ductor
Clássico da literatura brasileira,
o livro Vidas Secas, de Graciliano
Ramos, conta a história de uma
família fi ctícia, que vive os pro-
blemas do nosso interior nordes-
tino. Outro clássico, obra-prima
de Euclides da Cunha, Os Sertões,
trata da mesma temática, mas do-
cumentando fatos reais, como a
Guerra dos Canudos. Ambos nar-
ram um problema que faz o povo
nordestino sofrer: a seca. Os per-
sonagens dos livros sobrevivem
e vivem no ciclo da seca da região
árida e semiárida, onde a caatin-
ga é o único sinal de vida.
O sertão nordestino é um local
de gente forte e guerreira, que
ainda vive os mesmos confl itos
dos personagens de Graciliano
Ramos e Euclides da Cunha: su-
peram a seca e sobrevivem ano a
ano. A frase proferida por Anto-
nio Conselheiro, líder da Guerra
de Canudos, parece ecoar pelo
sertão: o sertão vai virar mar e o
mar vai virar sertão. Mas, há um
ano e meio, homens trabalham
para que o sertão vire rio, através
da transposição do Rio São Fran-
cisco, para levar água para cerca
de 12 milhões de habitantes de
pequenas, médias e grandes ci-
dades da região semiárida dos
estados de Pernambuco, Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte.
A GRANDE OBRA O Projeto de Integração do Rio
São Francisco com as Bacias Hi-
drográfi cas do Nordeste Seten-
trional é uma das obras prioritá-
rias do Governo Federal. O prazo
máximo para conclusão dos 620km
de canais , obras de captações e
estações elevatórias é de 40 me-
ses, iniciados há um ano e meio,
com recursos do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC)
estimados em R$ 5 bilhões.
A integração dessas bacias se-
rá possível com a retirada contí-
nua de 26,4m3/s de água do Rio
São Francisco e que, nos anos em
que o reservatório de Sobradinho
O sertão vai virar
Página • 10 conexao TÜV Rheinland | nº 12 • março-abril/2009
Vox Ductor
TÜV Rheinland Notícias | nºXI • janeiro-fevereiro/2009 Página • 9
O Velho Chico
O rio São Francisco liga o Sudeste e Centro-Oeste do
Brasil com o Nordeste. Percorre cinco estados brasileiros
em 2.700km, desde a nascente, na Serra da Canastra
- MG, até a foz, na divisa de Sergipe e Alagoas. O rio se
divide em quatro trechos: o Alto São Francisco, que vai
da cabeceira até Pirapora - MG; o Médio, de Pirapora
até Remanso - BA; o Submédio, de Remanso até Paulo
Afonso - BA; e o Baixo, de Paulo Afonso até a foz.
Possui pluviometria média de 1.900 milímetros na
área da Serra da Canastra e de 350 milímetros no semi-
árido nordestino. A represa de Sobradinho garante a
regularidade de vazão do São Francisco, mesmo durante
a estação seca, de maio a outubro. Essa barragem,
conhecida como o pulmão do rio, foi planejada para
garantir o fl uxo de água regular e contínuo à geração
de energia elétrica da sequência de usinas operadas pela
Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf): Paulo
Afonso, Itaparica, Moxotó, Xingó e Sobradinho.
O Velho Chicoestiver vertendo, poderá ser am-
pliado para 127m3/s. “Esta obra
tem o objetivo de minimizar os
problemas de seca, abastecendo
açudes nas regiões áridas e pere-
nizando rios que cortam o sertão,
para que o povo da região tenha
água para consumo e irrigação
de plantações o ano todo”, expli-
ca Alvaro Rossetto, diretor exe-
cutivo da Ductor.
RUMO AO NORTE E LESTE O projeto prevê a construção
de dois canais: o Eixo Norte, que
levará água para os sertões de
Pernambuco, Ceará, Paraíba e
Rio Grande do Norte, e o Eixo
Leste, que benefi ciará parte do
sertão e o agreste de Pernambu-
co e da Paraíba.
O Eixo Norte, a partir da cap-
tação no rio São Francisco pró-
ximo à cidade de Cabrobó – PE,
percorrerá cerca de 400km. O Ei-
xo Leste terá sua captação no la-
go da represa de Itaparica/PE, e
se desenvolverá por 220km.
SUPERANDO DESAFIOS Para vencer os desníveis ao
longo dos percursos desses dois
canais, estão sendo implantadas
nove estações elevatórias (de bom-
beamento), com obras supervisio-
nadas pela Ductor. “O nosso tra-
balho compreende não só a
supervisão da obra, mas também
de todos os equipamentos utiliza-
dos nas estações, como as bombas,
por exemplo, que são inspeciona-
das desde sua fabricação até a sua
montagem, testes e funcionamento
nas estações”, afi rma Álvaro.Tudo
é inspecionado pela Ductor, para
que tenha um funcionamento ade-
quado. “Fazemos também o pla-
nejamento da obra, o controle geo-
métrico, o controle da qualidade
dos materiais empregados e, espe-
cialmente, o controle ambiental”,
complementa Rossetto.
Alvaro Rossetto
alvaro.rossetto@ductor.tuv.com
rio
março-abril/2009 • nº 12 | conexao TÜV Rheinland Página • 11
Por isso, a partir de agora, sua empresa pode obter certifi cações com pagamento facilitado através dos cartões BNDES Visa ou Mastercard. (*)
Se sua empresa tem faturamento bruto anual de até R$ 60 milhões, fale com a gente. Você vai ver que investir em qualidade é mais fácil do que você imagina!
Para mais informações, acesse www.tuvbrasil.com.br.
* Válido para certifi cações homologadas pelo Inmetro e Anatel
documentoTA
MA
NH
O não é
A TÜV Rheinland do Brasil acredita no potencial das pequenas e médias empresas.