Post on 25-Mar-2016
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“Troca as voltas ao
Mundo!”
Manual para Programa de
Desenvolvimento de
Competências de
Empreendedorismo Social
-Um Recurso Escolhas –
Elaborado por Projecto +XL LX-009 em 2010/2012
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Índice:
Enquadramento teórico e conceptual 3
Um Manual para quem? 6
Quem pode aplicar? 9
1ª Sessão “Começa!” 10
2ª Sessão: “Partilha!” 12
3ª Sessão: “Afina-te!” 15
4ª Sessão - Muralha-te! 18
5ª Sessão - “Sente!” 21
6ª Sessão – “Comunica!” 23
7ª Sessão – “Publicita!” 25
8ª Sessão – Colabora! 27
9ª Sessão – “Oferece!” 29
10ª Sessão “Lidera!” 31
11ª Sessão Descobre! 33
12ª Sessão “Arregaça as Mangas!” 35
Avaliação do Programa 37
Contactos 45
Bibliografia 46
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“Troca as voltas ao Mundo”
Enquadramento Teórico e Conceptual
Se «o Homem sonha e a obra nasce», então se um jovem sonha quantas
obras poderão nascer? Não é preciso ser-se adulto para ter uma visão e
trabalhar para que essa miragem se torne real. Quando falamos de mudança,
falamos também de capacidade para se poder mudar, de ser capaz de ter
força para começar um projecto, para começar um empreendimento, seja ele
qual for. E quem poderá ter mais força e criatividade que uma criança ou um
jovem? Muitas vezes, essa força, essa vontade de mudar existe nos nossos
jovens porém, o não saber como canalizar esse impulso, esse desejo, poderá
fazê-los desistir a meio.
Este Programa de Desenvolvimento de Competências de
Empreendedorismo Social é a ferramenta para que essa energia não se
dissipe. A construção de um espírito empreendedor pode ser começada logo
desde a mais tenra idade. Ser empreendedor é, na realidade, uma forma de
viver, para a qual muitos jovens até, sem saberem, foram preparados pela
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própria vida, e para a qual muitos outros poderão ser treinados. Ser
empreendedor é ser capaz de acreditar em cada um de nós, confiar em quem
trabalha na nossa equipa e resistir ao medo do fracasso, sempre consciente
das nossas limitações. Começamos a ser empreendedores, mesmo quando
ainda não sabemos ler nem escrever. No entanto, quem sonha também já
sentiu o amargo e frio sabor de um sonho não tornado realidade. O ponto de
partida da formação empreendedora para crianças consiste em estimular a
produção de ideias ou projectos empreendedores ainda em fase embrionária.
Nesta área, os(as) educadores(as) são dotados de competências que lhes
permitirão intervir com os jovens no processo de criação de ideias. Pretende-
se que os jovens aprendam a produzir e a visualizar uma ideia ou um projecto
que poderão concretizar no seio da sua comunidade. Os (as) educadores(as)
devem, ainda, reflectir com os jovens sobre a produção de ideias e o
desenvolvimento de determinadas acções para que estas se materializem.
Quando falamos de ideias, referimo-nos a domínios que são do
interesse dos jovens, ideias que se ajustam à sua idade e correspondem aos
seus desejos e sonhos. Este processo formativo pretende estimular a
criatividade e a acção: mediante um treino empreendedor podem-se definir
futuros que queremos realizar e trabalhar empenhadamente para que se
tornem realidade. Segundo a metodologia de Formação em Capacidades
Empreendedoras, um projecto realiza-se quando duas ou mais pessoas
conversam entre si e assumem compromissos verbais em torno de algo que
lhes interessa.
Esta declaração inicial permitirá que se definam grupos de interesse à
volta de ideias partilhadas pelos jovens; as comunidades de interesses são a
base para começar a construir projectos partilhados; projectos a partir dos
quais os jovens irão desenvolver competências empreendedoras.
Ao contrário de um jovem que queira apenas ser empreendedor
comercial, um jovem que queira ser empreendedor social procura maximizar
a criação de valor para a sociedade. Este manual tem esse objetivo: cada
jovem que com ele trabalhe, possa, no final, poder ter mais valor, capturando
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esse valor não só para si como para o seu grupo de pares, para o seu projecto,
para o seu bairro social, para a sua comunidade. Um projecto que não seja
fugaz e do momento, mas que seja uma ideia e um projecto construído e a
longo prazo.
Qualquer pessoa, criança, jovem ou adulto para poder criar obra e
mudar, para empreender, tem de começar. Por isso vamos começar!
Pela Equipa Técnica do Espaço Jovem
Projecto +XL
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“Troca as voltas ao Mundo!” – Um manual para quem?
A - O presente manual visa ser uma ferramenta destinada a jovens
entre os 14 e os 18 anos de idade, centrando-se sobretudo no
desenvolvimento das competências de empreendedorismo social,
inovação cívica e sustentabilidade de projectos locais dos jovens.
Pressupõe a aplicação a um grupo/turma de 10 a 15 jovens.
B- O manual pressupõe a realização de 12 sessões, 2 de avaliação
inicial e final e 10 sessões de desenvolvimento de competências de
empreendedorismo social.
C- O manual pressupõe a realização de sessões de 90 minutos cada com
possível intervalo.
D- O manual pressupõe a realização de sessões que podem ser
espaçadas semanalmente ou ser aplicadas em datas específicas e
concentradas em mais que uma sessão semanal, como por exemplo em
altura de férias escolares.
E- O manual pressupõe um espaço de trabalho amplo para 15 jovens
puderem trabalhar quer individualmente quer em grupo e pode ser
aplicado em escolas, sedes de projecto, salas de reuniões.
F- No caso de se aplicarem as sessões concentradas no tempo, não se
deverá exceder a realização de duas sessões diárias.
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G- Muitas vezes associado à inovação económica e
das empresas, o que se pretende trabalhar através deste manual é sim
a introdução de princípios e ferramentas que visem um fim social e
cujos “lucros” assentem na sustentabilidade de um projecto iniciado e
implementado pelos jovens.
H - Cada grupo de jovens tem as suas próprias idiossincrasias. Trabalhar
com um grupo que esteja já consolidado e com dinâmicas de trabalho
entre si e com técnicos de referência, não é o mesmo que trabalhar
com um grupo cuja coesão é inexistente à partida. Deste modo,
trabalhar com um grupo já existente e resultado de sinergias já
estabelecidas implicará resultados finais que visam a preparação de um
projecto de empreendedorismo social sustentado, enquanto que a
intervenção com um grupo completamente novo exigirá maiores
estratégias de motivação e os objectivos abarcarão sobretudo e no
mínimo, o desenvolvimento de competências e apetências sociais de
comunicação positiva, trabalho de equipa, gestão de conflitos e
desenvolvimento pessoal.
I - As equipas formadoras terão de ter sempre presentes o carácter
heterogéneo destes grupos de jovens, as suas diferenças, as
comunidades diversificadas em que estão inseridos, os diferentes
estados de desenvolvimento, os aspectos motivacionais de cada um dos
jovens e os constrangimentos e potencialidades de cada um.
J- Um grupo mais maduro em termos de práticas de trabalho em
conjunto e também do ponto de vista etário poderá resultar num
completo usufruto de todas as sessões deste manual, alicerçando a
implementação de um projecto consequente às sessões aplicadas. Por
outro lado, um grupo menos maduro obterá destas sessões
fundamentalmente o que cada temática poderá ensinar, retirando daí
cada jovem os seus objectivos próprios.
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K- Se os jovens que participem nestas sessões tiverem competências de
comunicação, de escrita, de cálculo e competências digitais os
resultados obtidos poderão ser mais amplos, embora não se aconselhe a
limitar qualquer jovem desde que o diagnóstico dos formadores assim o
não justifique. Este manual foi construído de forma a ser
suficientemente abrangente a todas as características de cada jovem.
L- O sucesso da aplicação deste manual está no desenvolvimento das
competências de capacitação de cada jovem e não tanto no
desenvolvimento da sua autonomia completa e dos seus projectos
implementados à posteriori pelo grupo ou individualmente.
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“Troca as voltas ao Mundo!”- Quem pode aplicar?
A- Este manual pode ser utilizado por técnicos e animadores que
deverão aplicar as sessões a um grupo de participantes.
B- Preferencialmente deverá ser implementado por 2
técnicos/animadores uma vez que facilitará a dinamização das sessões,
a observação externa do grupo, e a posterior avaliação mais sustentada
de cada sessão.
C- Os técnicos/animadores facilitadores das sessões devem estar
familiarizados com as temáticas de empreendedorismo e
empreendedorismo social; inovação; autonomia; comunicação,
liderança, marketing social, etc.
D- Os técnicos/animadores facilitadores devem possuir competências
de dinamização e motivação de grupos juvenis, bem como de exposição
de informação e comunicação. Espera-se igualmente que desenvolvam
as competências de empreendedorismo social implementadas através
deste manual.
E- Cada sessão do manual está elaborada com um formato de aplicação
para técnicos/animadores, sendo os passos a dar, objectivos, resumos,
reflexões e possíveis constrangimentos, aí explicitados.
F- O desenvolvimento de cada sessão não carece de uma cópia exacta
do que é proposto por este manual. Cada técnico/animador poderá
alterar pressupostos práticos de cada sessão utilizando métodos que
julguem adequar-se mais eficazmente ao grupo que está a usufruir
destas sessões. Devem utilizar para isso as estratégias de comunicação
e motivação que achem mais eficazes.
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1ª Sessão: “Começa!”
Objectivos principais: Esta sessão é uma apresentação inicial de toda a
dinâmica do Programa de Desenvolvimento de Competências de
Empreendedorismo Social. Apresentação sobre as regras de
funcionamento, número de sessões, avaliação inicial e avaliação final.
Não se pretende introduzir já conceitos específicos mas sim fazer uma
abordagem global ao que vai ser trabalhado e como vai ser trabalhado.
Guião (máximo 90’):
A) Apresentação do Programa de Desenvolvimento de Competências
de Empreendedorismo Social (15’) – Explicar o porquê de 12 sessões
em que uma é inicial de avaliação e introdução e a última de avaliação final.
B) Apresentação das Regras das Sessões (15’):
- Regras básicas de comportamento nas sessões,
- Como participar e intervir corretamente nas sessões,
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- Como intervir com respeito pelo trabalho dos colegas,
- A importância de ter que existir espaço e tempo para criticar cada sessão no seu
final de modo a poder melhorar o Programa.
C) Ficha de Avaliação Inicial (60´): Apresentação da Ficha de Avaliação
(Anexo Ia) com a indicação que não haverá uma nota ou uma análise de quem
sabe mais ou menos sobre empreendedorismo. O objectivo é recolher
informação sobre o que os jovens sabem sobre o tema, para que, depois de
aplicado o programa, se avaliem os conteúdos aprendidos.
Materiais necessários: Fichas de Avaliação Inicial, canetas.
Aspectos a prever: Dificuldade de resposta a muitas das perguntas.
Desmotivação para a parte escrita das sessões. (ter atenção em frisar
que as próximas sessões não exigirão muito trabalho escrito, mas sim
um trabalho mais prático).
Experiência de Implementação: As 10 sessões que não incluem os
momentos de avaliação foram todas realizadas num campo de trabalho
de 5 dias, com 2 sessões por dia. A primeira sessão inicial de avaliação
realizou-se na sexta-feira imediatamente anterior. Isto facilitou o
isolamento em relação às demais sessões que se realizaram a partir da
segunda-feira seguinte. É possível ver em anexo o tipo de respostas que
foram dadas. Foi necessária alguma facilitação do envolvimento dos
jovens nas repostas a estas perguntas, tendo sido dadas clarificações
em relação a algumas perguntas e à importância de responderem com a
maior honestidade possível. Os jovens responderam em separado,
sendo que para tal é necessário que exista o espaço adequado.
Posteriormente à aplicação do Programa, fez-se uma adaptação da
Ficha de Avaliação, com melhor clarificação de questões, tal como se
pode ver comparando o novo modelo de aplicação e aquele realizado
pelos jovens, ambos em anexo.
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2ª Sessão: “Partilha!”
Objectivos principais: Esta é a primeira sessão que se desenhará partindo de
uma “chuva de ideias” individual. O objectivo é começar a criar um ambiente
de confiança entre os jovens para que possam exprimir as suas ideias,
projectos, interesses e aspirações junto do que pode ser feito para mudar a
sua comunidade local.
A- Apresentação da Narrativa relacionada com a temática do local/
imaginário na aplicação deste manual (5’). No caso de se fazer
durante uma colónia de trabalho com o intuito específico de aplicar
este programa, relacionar com aspectos socioculturais a ver com o
empreendedorismo social: Uma personalidade, um movimento, uma
associação desse local que possa ser visto como modelo de
empreendedorismo em função da comunidade. Se não existir o
local externo e o programa for implementado na sede de projecto
ou numa escola, é necessário encontrar da mesma forma uma
narrativa que esteja associada ao contexto desse grupo de jovens e
ao local onde se está a aplicar o programa. Exemplos: Em
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Guimarães, D.Afonso Henriques o primeiro
empreendedor português.
B- Relacionar com os jovens essa narrativa e fazer as perguntas: se
têm alguma área em que gostassem mais de trabalhar para a
comunidade? Com que tipo de pessoas gostariam de trabalhar? Que
tipo de objectivos gostariam de alcançar com os vossos projectos?
Seriam projectos ambientais? Desportivos? Pretende-se espicaçar as
ideias, projectos pessoais de vida sobretudo centrados na
comunidade local. (15’)
C- Introdução de Actividade (30’’): Pede-se que cada jovem pense
individualmente, durante 30 minutos numa ideia que poderá mudar
o bairro ou/e a comunidade onde vive, a rua, a comunidade
escolar. Deverá definir essa ideia respondendo a “O quê?”, “Como”
e “Para quem?”. (Anexo IIa)
D- Mímica (15´): Deverá, individualmente, através da mímica e
durante 2 minutos sem ser interrompido, apresentar o seu projecto,
para os restantes que terão de adivinhar que ideia é, pondo o braço
no ar e arriscando a solução.
E- Depois de todas as mímicas apresentadas (25´): Discussão sobre
os diferentes temas - partilha sobre aquilo que os jovens vão
fazendo nas suas vidas, se têm preocupações com o que os rodeia,
chuva de ideias sobre os projectos de cada um, o que devia mudar
no bairro, na sua comunidade. Comparação entre os projectos
individuais, semelhanças e diferenças.
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Materiais necessários: 2 folhas brancas para cada participante; lápis e
borracha. Se possível material para adereços que enriqueçam a mímica
apresentada.
Aspectos a prever: Poderão existir jovens que se sentirão menos à
vontade para se exprimirem através de mímica. Como alternativa
propomos que o façam através de desenhos tipo Pictionary, ou através
de descrição onde não podem ser usadas certas palavras tabu
relacionadas com a sua ideia. Ter cuidado também com a sugestão
inicial por parte dos técnicos de ideias para projectos o que pode
condicionar a criatividade de cada jovem.
Experiência de Implementação: Escolheu-se Guimarães para a
realização deste Programa por ser o berço do projecto empreendedor
de se construir o nosso país, Portugal. Neste caso fez-se uma
introdução sobre D. Afonso Henriques e o projecto que este tinha para
o país. Tinha o sonho de ser Independente. Partiu-se daí para uma
introdução ao tipo de trabalho que uma pessoa individualmente pode
fazer pela sua comunidade nos mais variados aspectos. Os jovens
aderiram muito bem e foram respondendo individualmente nas folhas
dadas para o efeito, havendo ao longo do tempo um acompanhamento
pelos técnicos presentes, quer na motivação, quer no desenvolvimento
das ideias.
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3ª Sessão: “Afina-te!”
Objectivos: Esta é a sessão em que os jovens, depois de terem trocado ideias
entre si, se vão juntar a outros com projectos semelhantes e realizarem uma
ideia em comum. O objectivo primordial é o de identificar as afinidades que
os projectos apresentam entre si. Agrupar os projectos de cada jovem em
Grupos de Projectos e através da partilha, encontrarem campos de interesse
semelhantes.
A- Identificação da existência de afinidades entre os diferentes
projectos individuais (30´). Identificação de projectos individuais
que são semelhantes entre si através de uma conversa aberta a todo
o grupo. Implica ter as diferentes ideias retiradas da 1ª sessão dos
jovens apontadas em flipchart ou quadro branco de forma aos
participantes poderem visualizá-las facilmente.
B- Agrupar jovens segundo temas semelhantes (20’). De vários temas
semelhantes chegar a uma ideia em comum em cada grupo, ou seja,
da conversa entre dois ou mais jovens que queiram realizar a
mesma ideia ou projecto, os técnicos vão sendo mediadores
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também nessa identificação de jovens que se poderão sentir
motivados a participar no desenvolvimento de um projecto
partilhado, porque descobrem que têm os mesmo interesses. Os
grupos devem ser no mínimo de 2 e no máximo de 4 elementos.
C – Apresentação da ideia em comum do grupo:
C1- Pede-se que os jovens discutam as ideias comuns, melhorem as ideias de
cada um e cheguem a uma ideia final melhorada (10’).
C2- É dada uma cartolina para que os jovens desenhem a junção das duas ou
mais ideias numa só final. Podem recorrer à dramatização, à música, à improvisação para
apresentar a sua ideia. (15’).
F- Discussão sobre os trabalhos apresentados: Quais foram as
características de uma boa e má apresentação. Vantagens de uma clara
apresentação de ideias e explicação de que estes serão os grupos a trabalharem
em conjunto nas próximas sessões. (15’)
Materiais necessários: cartolinas, marcadores.
Aspectos a prever: A definição de grupos de projecto deverá ser encarada
com a suficiente flexibilidade. Ter em atenção em explicar dicas para uma
cartolina bem apresentada e facilmente entendida. Ajudar nas dificuldades de
apresentação das ideias para todos (timidez, má dicção), estar atento às
potencialidades de cada jovem no grupo e dividir tarefas de apresentação,
consoante essas competências.
Experiência de Implementação:
Exemplos de Grupos e temas que saíram da aplicação do Programa com 12 participantes:
Grupo 1 – 2 jovens– “Reciclar e Reutilizar”
Grupo 2 – 2 jovens – “Tempos livres saudáveis em vez de conflitos e droga”
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Grupo 3 –3 jovens. “Solidariedade para “países necessitados ou com alguma
catástrofe actual”.
Grupo 4 – 2 jovens- “Grupo contra a Poluição, Laranjeiro Limpo”
Grupo 5 – 2 jovens- “Informática para Sem abrigo”.
A criação dos grupos foi, à partida bem mais pacífica e ordeira do que o que se
estava à espera. Os jovens não tiveram qualquer problema em juntar-se em
diferentes grupos e encontraram facilmente pontes entre as diferentes ideias
individuais.
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4ª Sessão - Muralha-te!
Objectivos: Sessão em que o conceito de empreendedor começa a ser
definido quer pelo facilitador inicialmente, quer construído pelos
jovens, com base também no seu conhecimento de pessoas com
características empreendedoras. Interiorizam assim os conceitos na
prática através da dinâmica “Muralha do Empreendedor”.
A) Explicação inicial do que é ser empreendedor; características de
um empreendedor (20´) - fazer a ponte com a sessão anterior com
as ideias e os projectos comuns e que características são necessárias
para se atingirem esses objectivos.
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B) Entrega de uma ficha (Anexo IIIa) a cada jovem com as seguintes
perguntas (15’) :
1- Uma pessoa que tentou/tenta melhorar a sua vida e de outras
pessoas (ou no Bairro, ou na tua terra ou no teu país, ou no
Mundo).
2- Indica 2 características positivas dessa pessoa.
C) – Papel de Cenário para o efeito, “Muralha do Empreendedor”
(Anexo IIIb).
1 - Anotar na secção “Valores” todas as características diferentes
apresentadas pelos jovens. (15’)
2 – Anotar na secção Portugal e no Mundo, onde actuam esses
empreendedores. (10´)
3 – Dá-se dois autocolantes a cada jovem para votarem nos dois
valores que consideram mais importantes. Faz-se o TopTen dos
valores e discute-se o perfil de um empreendedor, que este
tem vários valores que são possíveis encontrar em várias
pessoas, mesmo perto de nós.(30´)
Materiais necessários: papel de cenário para a realização da
“muralha”, ver em anexo, marcadores, autocolantes coloridos.
Aspectos a prever: O nome “Muralha do Empreendedor” pode ser
substituído por outro nome que tenha a ver com a narrativa do
programa de desenvolvimento proposto. È necessário dar toda a
liberdade aos jovens para as respostas. Uma vez que ainda não sabem
quais as características de um empreendedor e de um empreendedor
social, é necessário que esta chuva de ideias sobre pessoas em
particular seja fluída, não se censurando personalidades que à partida
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possam não ter nada de “empreendedores”, é importante que os jovens
a vejam como alguém que traz algo de positivo para a comunidade
onde está inserido.
Experiência de Implementação: Como estávamos em Guimarães, foi
esta a proposta apresentada, da construção de uma Muralha. No fundo
é nela que estão “defendidos” os valores do empreendedorismo. Os
jovens propuseram desde técnicos do espaço, passando por ONG’s
portuguesas até ao Bill Gates e ao fundador do facebook, sendo que
resultou numa grande diferenciação de personalidades quer do ponto
de vista da sua nacionalidade, quer da área de intervenção, quer do
número de pessoas a que chegam os seus projectos.
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5ª Sessão - “Sente!”
Objectivos: Sessão em que se debatem os estados de espírito,
positivos e negativos e em como estes podem influenciar a
concretização de ideias e projectos dos jovens.
A) Actividade de Identificação de Emoções (Anexo IVa) – Várias imagens
de diferentes emoções em que os jovens têm de indicar qual a emoção. Possível
recorrer à mímica (20’)
B) Actividade de Identificação de situações positivas e negativas
através do visionamento de imagens”. Possível também o visionamento de
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filmes do youtube com situações positivas por exemplo de “equipas a vencer”,
“pais contentes pela criança que está a nascer”, “comemorações de aniversários,
festas; ou de vídeos com situações negativas como fome, luto, tristeza na guerra,
etc. (40´)
C) Discussão sobre os temas vistos e que tipos de estados de espírito são
característicos de um bom empreendedor social (30´). Relacionar com
a actividade anterior das características de um Empreendedor.
Materiais necessários: Pesquisa de “emoticons”, imagens com as
emoções e estados de espírito, recortadas em cartões; possível data show, pc
para visionamento de vídeos
Aspectos a prever: Poderão ser tocados alguns assuntos que os jovens
poderão ter mais dificuldade em relatar. Tentar preservar sempre a
não exposição demasiada em aspectos mais sensíveis que estejam a ser
debatidos.
Experiência de Implementação: Os jovens propuseram-se a trabalhar
nesta actividade, participando activamente e gostando do que fizeram.
Utilizámos várias imagens que ajudaram na discussão de episódios
particulares onde vários sentimentos e emoções podem ser vividos ao
mesmo tempo, o que facilitou também a discussão e o paralelismo para
a discussão posterior de se encontrar vários sentimentos e emoções
vividas no dia a-dia de um projecto que se quer implementado e como
o empreendedor social pode mudar positivamente esses sentimentos e
emoções.
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6ª Sessão – “Comunica!”
Objectivos: Sessão onde se sublinha a importância da comunicação nas
relações entre as pessoas. A importância da comunicação verbal, não
verbal e ligação aos conceitos de empreendedorismo social.
A) Dinâmicas sobre os conceitos de comunicação verbal, e não verbal –
(Anexo Va) (60´)
A1-Tribo dos Mentirosos e Verdadeiros (20’)
A2-Jogo do Psicólogo (20’)
A3- Jogo da Delicadeza (20’)
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B) Debate e Discussão sobre as dinâmicas (30 minutos) – A
importância de saber escutar os outros quando temos os mesmos
objectivos, a importância de saber comunicar bem o que estamos a
sentir, a percepção de que existem linguagens diferentes entre as
pessoas e que devemos conseguir “lê-las”.
Materiais necessários: Racionais das dinâmicas a serem apresentadas.
Aspectos a prever: É necessário ter algum cuidado para que nas
dinâmicas sejam cumpridas todas as regras de respeito, silêncio, não
existência de batota e de jovens que já saibam as dinâmicas e possam
sabotar as mesmas eliminando o efeito surpresa. Possivelmente anular
a dinâmica do Jogo do Psicólogo para crianças de idades menos
avançadas.
Experiência de Implementação: Esta foi uma das sessões de maior
sucesso e em que os jovens perceberam melhor na prática os conceitos
de comunicação verbal e de comunicação não verbal e da sua
importância na realização de um projecto para a comunidade e de
como um bom empreendedor social deve estar consciente destes
conceitos e saber percebê-los também no trabalho de equipa.
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7ª Sessão – “Publicita!”
Objectivos: Sessão em que os jovens aprendem o que é o marketing e
publicidade e como uma ideia de um projecto comunitário depois de
bem apresentada pode seduzir melhor um público, ou alguém que a
queira financiar ou aderir.
A) Apresentação de vários vídeos publicitários (Anexo VIa) de marcas
conhecidas pelos jovens: Em cada vídeo faz-se uma discussão sobre se
os jovens conseguem identificar as respostas às perguntas: “Porquê?”,
“Para quem?”, “Como?”, “Com quem?”, “Quando?” e “Onde?”
Explicação de que uma ideia bem contada é uma ideia ainda melhor.
(20’)
B) Divisão nos mesmos grupos da sessão 3 e elaboração de um quadro
publicitário por cada grupo, relativo ao seu projecto e usando um
slogan final. (45’)
C) Grupos votam na “publicidade” mais eficaz e atractiva. (25’)
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Materiais necessários: Computador portátil com ligação à internet e
se possível data show. Adereços para os quadros publicitários e/ou
materiais plásticos que os jovens possam construir como endereços.
Aspectos a prever: Cuidado para que a apresentação dos diferentes
quadros publicitários não se arraste, prejudicando o cumprimento da
sessão.
Experiência de Implementação: Os grupos conseguiram de forma
muito criativa realizar desde pequenos sketches publicitários, passando
por jingles em hip hop para darem a conhecer o seu produto. Esta
sessão foi realizada numa sala ampla, o que possibilitou que os grupos
trabalhassem separadamente.
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8ª Sessão – “Colabora!”
Objectivos: Sessão em que se explica o que são
colaboradores de um projecto e em que o empreendedorismo
social depende também de uma rede que funcione.
A) Divisão em 4 FlipCharts – Colaboradores Compradores|
Colaboradores Financeiros| Colaboradores Concorrentes
|Colaboradores Fornecedores| Colaboradores Prescritores –
Explicitação do que são estes diferentes tipos de colaboradores
(Anexo VIIa) e em como cada projecto de cada grupo podem ser
encontrados. Poderá servir para futura entrevista a
empreendedores.
Materiais necessários: FlipCharts, Marcadores
Aspectos a Prever: Conceitos que exigem alguma capacidade de
percepção elaborada e em que é necessário perceber se não há jovens
que estejam a afastar-se dos conceitos aprendidos.
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Experiência de Implementação: Esta actividade teve como
complemento uma entrevista prévia numa das actividades de lazer
do Campo de Trabalho onde aplicámos e experimentámos este
programa. Jovens de cada grupo entrevistaram o dono da empresa
de desportos radicais e a quem fizeram perguntas sobre os seus
diferentes tipos de colaboradores. A experiência foi divulgada nesta
8ª Sessão, em que os jovens ficaram a perceber na prática que tipo
de colaboradores existem num projecto existem.
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9ª Sessão – “Oferece!”
Objectivos: Sessão em que se esclarece que um empreendedor social também
é quem está atento às necessidades, cria oportunidades e inventa soluções
para essas necessidades.
A) Leitura de uma notícia e identificação de quais são os
problemas e como podem ser solucionados . (Anexo VIIIa) – 45’.
B) Após a leitura e identificação de necessidades d a Notícia
perguntar:
“Que necessidades (problemas) descobres na tua comunidade?”
Iguais às da notícia? Diferentes?
“Que podes oferecer para o melhor funcionamento da tua
comunidade?”
“Consegues narrar uma Notícia positiva sobre o teu
bairro/comunidade se cumprisses com as tuas ofertas e relação a esses
problemas?”
C) Transportar a problemática das oportunidades/nec essidades
para o projecto de cada grupo:
“Que problemas tenta cada projecto social responder, será que esse
projecto é realmente preciso?”
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“De que forma o projecto de cada grupo pode demonstrar bons
resultados para o alcançar dessa solução dos problemas”. (25’)
Materiais necessários : FlipCharts, Marcadores
Aspectos a prever : Conceitos que exigem alguma capacidade de
percepção elaborada. Ter cuidado com que o debate não se centre nos
problemas da escola mas que se centre na discussão em torno do que
são necessidades. Poderá ser feito o visionamento do vídeo: “O mundo
é o teu negócio” onde jovens europeus souberam observar aspectos do
dia a dia que deviam ser melhorados e se tornaram empreendedores
sociais.
Experiência de Implementação : Os jovens conseguiram perceber a
notícia e apontar dados que permitiram ultrapassar as necessidades
sentidas, fazendo uma boa ponte para a forma de solucionar os
problemas relacionados com o seu projecto pessoal. Por exemplo o
grupo que defendia a utilização de internet para sem abrigo conseguiu
fazer uma boa argumentação da necessidade deste uso quando à
partida muitos dos jovens dos outros grupos criticaram a sua utilidade.
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10ª Sessão “Lidera!”
Objectivos: Sessão em que se aborda os estilos de Liderança
Autoritária, Democrática e “Laissez Faire” e como eles
influenciam o trabalho dentro de uma equipa que tem um
projecto social empreendedor.
A) Os “Três Líderes” (Anexo IXa)– Atividade em que é pedido a três
grupos diferentes, sem ligação aos grupos estabelecidos
anteriormente, que sejam liderados por três tipos de líder. Os
grupos não sabem que liderança vão ter nem os tipos de liderança
são explicados no inicio. Cada um dos três líderes recebe,
individualmente e afastado do grupo, a indicação quanto ao seu
estilo de liderança – autoritário, laissez-faire e democrático. O líder
deve assumir esse papel destinado até ao fim. Ao grupo são dadas
10 palhinhas que servirão para construir um objecto artístico. Terão
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que desempenhar essa função e ser dirigidos
pelo líder indicado. (45’)
B) Debate e Reflexão relativa aos estilos de Liderança; diferenças
entre os diferentes grupos, como se sentiram os líderes e o grupo
comandado pelo líder e da sua importância na concretização de um
Projecto Social que esteja a iniciar e onde exista uma equipa a
trabalhar e uma coordenação. – 45’.
Materiais necessários: 30 palhinhas, bostik
Aspectos a prever: Tentar definir o Líder de acordo com as
características de cada jovem. Por exemplo, um jovem que possa
reunir as características de um líder mais autoritário, ter em vez deste,
um papel mais democrático. Também por exemplo alguém que tenha
tido um papel mais à margem das sessões poder assumir um papel de
líder.
Experiência de Implementação: Foi possível encontrar três tipos
diferentes de liderança sendo que o grupo do Líder Autoritário não
conseguiu realizar a tarefa, existindo várias discussões entre os
diferentes membros. Esta foi uma actividade que exigiu alguma
reflexão e em que quem participou como líder teve de ser orientado
para a representação do seu papel. O jovem que teve um papel como
líder democrático, esteve muito parecido com o jovem que teve um
papel como líder “laissez faire”, pelo que isso pode ter dificultado a
aprendizagem destes conceitos.
33
11ª Sessão “Descobre!”
Objectivos: Sessão em que o grupo de jovens entrevista uma pessoa,
uma entidade, uma associação ou uma pequena empresa relacionada
com empreendedorismo social e aborda os temas aprendidos durante as
sessões já realizadas
A) – Elaboração de guião para Entrevista (Anexo X a) (20´);
B) – Entrevista junto de uma individualidade, grupo, associação que
tenha algum projecto com a comunidade local (50’)
C) – Discussão sobre as repostas obtidas e ponte com o já abordado em
sessões anteriores. (20’).
Materiais necessários : Guião, folhas, canetas.
34
Aspectos a prever : O facilitador deve ter em conta antes de serem feitas as
entrevistas, se os jovens perceberam o que é pretendido. O objectivo é que
eles, no final, através das respostas possam contar a história do/s
empreendedor/es com quem tiveram contacto, como se tivessem feito uma
viagem pelo seu percurso. Alguns jovens poderão não querer assumir o papel
de encetar as perguntas pelo que deve ser feito um trabalho prévio de como
isto pode ser ultrapassado.
Experiência de Implementação : A entrevista não decorreu de forma formal
mas sim num contexto de visita a outro Projecto Escolhas que tem um grupo de
jovens que também desenvolve algumas actividades empreendedoras.
Contudo de experiências anteriores já tidas é importante que sejam os Jovens
a Escolher o Local e eles mesmos a terem influência na escolhas de perguntas.
35
12ª Sessão “Arregaça as Mangas!”
Objectivos: Esta é sessão de avaliação final de toda a dinâmica do
Campo de Trabalho sobre Competências Empreendedoras.
A) “Arregaçar as mangas”- Expor aos jovens que o trabalho ali
feito não está terminado e que eles terão oportunidade de
mostrar os seus trabalhos numa posterior mostra de
empreendedorismo social a realizar na sede do projecto, na
escola, ou por exemplo numa feira de empreendedorismo. Os
jovens serão convidados a expor os seus portfolios desde a ideia
até à forma como foi apresentada e está a ser projectada para a
prática, chamando a si outros jovens e outros agentes para a
possibilidade de implementarem esses projectos no bairro, na
comunidade local. Por exemplo, calendarizando as
36
implementações dessas diferentes ações ou aglomerando os
diferentes projectos num projecto de intervenção comunitária
que seja de desejo transversal ao grupo.
B) Ficha de Avaliação Final – Apresentação da Ficha de Avaliação
(Anexo XI a) com a indicação que não haverá uma nota ou uma
análise de quem aprendeu mais sobre empreendedorismo. O
objectivo é recolher informação sobre o que os jovens nesta fase
final já sabem sobre o tema, para que, comparada com a
avaliação inicial se possam retirar conclusões quanto às
aprendizagens. (30´)
C) Questionário Sobre as Sessões – Questionário anónimo (Anexo
XI b) sobre o que os jovens gostaram mais, sobre o que gostaram
menos, sobre o interesse e utilidade das sessões e sobre
sugestões para melhorar este Programa. (5`)
D) Entrega dos Diplomas de Participação
Materiais necessários. Fichas de Avaliação e Questionários
Aspectos a Prever: Separar os jovens aquando a realização da Ficha de
Avaliação. Fazer esta sessão com todos os jovens que participaram e logo
imediatamente a seguir à semana de campo de trabalho. Envolver os jovens
na progressão dos trabalhos que iniciaram.
Experiência de Implementação: Uma vez que as 10 sessões se realizam todas
num campo de trabalho de 5 dias, com 2 sessões por dia, a sessão final de
avaliação, realizou-se na segunda-feira imediatamente posterior. Isto facilitou
o isolamento em relação às demais sessões que se realizaram a partir da
segunda-feira seguinte. Ver em anexo o tipo de respostas que foram dadas.
37
Avaliação do Programa de
Desenvolvimento de Competências de
Empreendedorismo Social “Troca as
Voltas ao Mundo”.
A experiência de implementação foi sendo reportada ao longo deste
manual, cingindo-se esta a cada sessão, pelo que as avaliações finais da
implementação deste recurso passam agora pela verificação de uma
consolidação dos conceitos aprendidos e de uma avaliação da construção, no
terreno, de projetos pessoais e grupais que estão a ser implementados de
facto na comunidade. O trabalho foi intenso mas também facilitado pela
predisposição e abertura dos jovens num esforço comum em se atingirem os
objetivos inicialmente propostos. Os jovens, desde a aplicação deste
programa, têm tentado desenvolver as metodologias aí apreendidas e
trabalhado em projectos que daí nasceram. Para implementadores futuros,
resta a nossa crença de que é possível atingir estes objetivos e até ir mais
além, existindo um grupo de trabalho coeso e com vontade de arregaçar as
mangas e “de trocar as voltas ao mundo”.
38
Resultados da 1ª Sessão de Avaliação: De acordo com as respostas à primeira ficha de avaliação, podemos
concluir que grande parte dos nossos jovens já tinha alguns conhecimentos de
empreendedorismo pelo que se pode observar em algumas respostas.
Contudo, a grande maioria das respostas refletiu a falta de conhecimento de
conceitos, antes de iniciarmos o programa, repetindo-se sobretudo a
expressão “não sei”. Eis aqui o conteúdo observável, destacando-se algumas
expressões:
1- Ser empreendedor é: «Ser empreendedor é uma pessoa que constrói e elabora projectos, tem de ser uma pessoa muito criativa. » «Pessoa criativa, toca a realizar projectos divulgar projectos. » «Saber sei mas neste preciso momento não me lembro. «Não sei.» «Ter uma ideia, realizar essa ideia num sítio onde não há aquele produto».
«Não sei nada sobre este tema.» «È um sistema que faz evoluir as ideias, realizando os problemas.» «Pessoa que trabalha com contabilismo. Que dirige empresas». «Original.» 2- O que é realizar um projecto?
«È formar actividades em que se envolvem grupos».
«Organizar bem as ideias, ser criativo a realizá-lo, dar a conhecer o
projecto a outras pessoas».
«Realizar um grupo onde podemos discutir ideias sobre o que fazer.
«Realizar uma ideia».
«Ter ideias, reunir e fazer um projecto».
«É formar ideias e um plano do que se quer fazer».
39
« Fazer um plano de todos os pormenores para
qualquer cena.»
«Ter conhecimento de uma coisa e trabalhar nela».
«Criar uma coisa e desenvolvê-la».
3- Qualidades de um bom empreendedor?
«Criativo e observador».
«Criatividade, organização, divulgação, comunicação».
«Ter objectivos, pontos de vista, boas ideias.
«Não sei nada».
«Assíduo nas reuniões, bom comportamento, empenhado, organizado,
ter boa apresentação».
«Saber empreender».
«Original».
4- Porque é que é importante saber comunicar com os outros?
« Para compreender os outros. Ao comunicar evitamos conflitos, tais
como guerras, lutas e agressões».
«Para os outros saberem o que se passa na nossa cabeça».
«Para ter mais rendimentos.»
«Para demonstrar o que sabemos».
«Expressar as suas ideias uns com os outros».
«Discutir vários problemas».
«Para que os outros nos possam compreender».
«Comunicando podemos chegar a uma conclusão e os outros podem
perceber-nos.»
«Para se fazer alguma coisa e não haver discussão ou luta».
5 - Melhor forma de dar a conhecer ao outro uma ideia?
«Falando, conversando e explicando ao outro a mesma ideia.»
«Explicando devagar de forma a que todos nos compreendam.»
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«Não sei explicar».
«Publicidade.»
«Mostrar o projecto dessa ideia».
«Conversando com os outros».
«Saber comunicar».
«Falando. Comunicando a ideia.»
«Falando, desenhando, calculando ou mostrando».
6- Como deve ser um bom líder?
«Trabalhador em Equipa.»
«Respeitar o resto da equipa, trabalhar com a equipa em conjunto e se houver
confusão entre a equipa o líder tem de estar disposto a resolver esse
conflito.»
«Saber ouvir as ideias, dar ideias.»
«Ajudar os companheiros de equipa. Estar sempre pronto para o que der e
vier».
«Espirito de Liderança, ter auto-estima.»
«Compreensível, firme, engraçado.»
«Responsável, pontual no trabalho ou no projecto, boa postura, assíduo».
«Responsável, competente.»
«Tem de motivar os outros da equipa para que esta trabalhe.»
«Um chefe tem de ser uma pessoa capaz de enfrentar as boas e más notícias
sobre esse projecto.»
«Trabalhador, responsável e com carácter.»
«Sabe transmitir a ideia, responsável, respeitado.»
7- O que esperas aprender?
«Mais sobre essa profissão».
«Que sejam muito interessantes e que me ajudem a perceber o que
é realmente».
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«Boa Aprendizagem.»
«Mais conhecimento sobre esse assunto. E ter mais ideias para ser
empreendedor.»
«Não sei.»
«Saber empreender, ajudar os jovens a ter um bom futuro».
«Cansativo».
«Aprender mais , coisas que desconheço.
Que seja fixe.
«Uma boa coisa».
Fazendo uma análise de conteúdo é possível verificar que a expressão mais
repetida nesta avaliação inicial é “não sei”, seguida de “ideias” e
“outros”.
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Analisando o conteúdo das respostas a avaliação final é possível
observar que a expressão mais repetida deixa de ser “não sei”, passando a
ser “ideias”. Outras palavras como “projeto” “sempre”, “publicidade”,
“empreendedor”, são apontadas na avaliação final:
Assim, respotas da 12ª Sessão. Sessão de Avaliação Final:
1- Ser empreendedor é: «É uma pessoa que faz ou inventa coisas que nunca tiveram sido inventadas e tem que saber ouvir críticas para depois melhorar.» «Ser criativo, inovador, não ter medo de nada.» «Inovador, inteligente, tem sempre novas ideias.»
2- O que é realizar um projeto? «É formar um grupo em que todos tenham várias ideias e dessas ideias formar um projeto.» «Organizar as ideias, comunicação com os outros, trabalhar em equipa, fazer publicidade e depois por tudo em prática.»
3- Quais são as qualidades de um bom empreendedor? «Criativo, inovador, observador.» «Inovador, criativo.»
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«Educado, inteligente.» 4- Porque é que é importante saber comunicar com os outros? «Para poder transmitir ideias ou projectos.» «Transmitir ideias.» «Para que a outra pessoa nos perceba da melhor maneira.» 5- Qual a melhor forma de dar a conhecer ao outro uma ideia?
«Através de uma publicidade»
6- Como deve ser um bom líder/chefe de equipa? «Deve ajudar a colaborar no projecto, deve ser organizado e atencioso.» «Ouve sempre os companheiros e é paciente com os outros.»
7- O que aprendeste de mais importante nestas sessões de empreendedorismo?
«Ser mais atencioso, ajudar mais nos projectos, fazer publicidade.» «Aprendi muito» «Aprendi a organizar uma ideia, segui-la sempre em frente e nunca desistir até o projecto estar feito, quer dizer bem feito”. «Aprendi tudo e mais alguma coisa» «Ser empreendedor é fixe» «Qualquer um pode ser empreendedor» «Um bom empreendedor nunca desiste de fazer um trabalho, ou seja quando mete algo na cabeça vai até ao fim, para alcançar o seu objectivo» «Ser mais atencioso, ajudar mais nos projectos, ir até ao fim»
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Tendo também em conta o questionário final anónimo, os jovens deram em
média as seguintes notas:
Interesse das sessões de 1 a 5 : 4,1
Utilidade das sessões de 1 a 5: 4,2
Importância das sessões para perceber o conceito de empreendedorismo, de 1
a 5: 4,1
Classificaram as sessões como: “magníficas”, “ fixes” “normais”,
“interessantes”, “divertidas” e “engraçadas”.
Entre as sessões que os jovens gostaram mais, foram as em que “tiveram
que trabalhar em equipa” e na grande maioria “as sessões de comunicação”.
As sessões que os jovens gostaram menos foram as mais expositivas onde se
“falou bué” e a sessão dos “estados de espírito e emoções”.
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Bibliografia
Angeli, F. Trad de Serra, J.(2009) 83 jogos psicológicos para a dinâmica de grupos. Lisboa: Paulus Editora
Anheier, H. e Ben-Ner, A. (Eds) (2003): The Study of the Nonprofit Enterprie: Theories and Approaches.New York/USA: Kluwer Academic/Plenum Publishers.
Brock, Debbi D.; Ashoka S. (2008) Social Entrepreneurship -Teaching Resources Handbook For Faculty Engaged in Teaching and Research. Editora: Ashoka's Global Academy for Social Entrepreneurship. Arlington/USA: Ashoka's Global Academy for Social Entrepreneurship
Centro Educativo Alice Nabeiro. (2009) Ter ideias para mudar o Mundo - Manual para treinar o Empreendedorismo de Crianças dos 3 aos 12 anos. Campo Maior: CEAN
Dees, J. Gregory.(2001) O Significado do Empreendorismo Social, tradução de The Meaning of "Social Entrepreneurship", 2001, Center for the Advancement of Social Entrepreneurship,The Fuqua School of Business, Duke University. http://www4.fe.uc.pt/cec/significadoempreendedor.pdf
Pereira, S., O que tem de especial o empreendedor social? O perfil do empresário social em Portugal, Working Paper da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Centro de Estudos Sociais.
Redford, D.T., Osswald, P., Negrão M., Verissímo L. (2011) Uma Escolha de Futuro- Empreendedorismo e Capacitação de Jovens. Lisboa: Programa Escolhas
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Sites explorados e recomendados:
Do Something:
http://www.dosomething.pt/
Ashoka:
http://www.ashoka.org/
http://www.genv.net/
Schwab Foundation for Social Entrepreneurship:
http://www.schwabfound.org/sf/index.htm
EchoinGreen:
http://www.echoinggreen.org/
Disciplina de Educação Para o Empreendedorismo do Agrupamento de
Escolas de Alhandra, Sobralinho e São João dos Montes
http://agasjm-m.ccems.pt/course/view.php?id=459
The World Challenge:
http://www.theworldchallenge.co.uk/