Post on 10-Aug-2015
SANATÓRIO DOS FERROVIÁRIOS PENHAS DA SAUDE
COVILHÃ
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Sanatório dos Ferroviários, do Arq.º Cottinelli Telmo
Pousada da Serra Da Estrela, do Arq.º Eduardo Souto Moura
Estudo dos Projectos, pelo estudante Carlos José Vasconcelos Matias
Ano Lectivo, de 2012/13
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ÍNDICE
Introdução 3 Breve Contextualização da Época da Primeira Construção 4 Cottinelli Telmo, Arquitecto 7 Sanatório dos Ferroviários, História 9 Carnaval da Neve 13 Testemunhos 14 Desenhos técnicos 17 Fotografias - Depois do Abandono 20 Exterior Interior
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Requalificação do Espaço 33 Fotografias – Início da Construção 36 Conclusão 39 Bibliografia 40
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INTRODUÇÃO
Com este estudo, pretendo ampliar os meus conhecimentos sobre a expansão
arquitectónica em Portugal. Bem como desenvolver um espirito critico para com este
tipo de edifícios. Acho ainda importante frisar que isto é um edifício outrora imagem
de “marca”, da cidade da Covilhã.
É importante este tipo de estudos e de pesquisas para que nós, alunos,
consigamos entender que o espaço deve ser preservado, se o mesmo não precisar
de intervenções de restauro e requalificação. Mas por exemplo neste edifício o que
acontece é que ficou ao abandono por parte da população bem como da Instituição
responsável. Chegando até à humilhação de ter que ser vendido pela reles quantia
de 1 (um) escudo.
Ao longo deste estudo iram entender a minha posição quanto à solução
tardiamente iniciada pelo Arquitecto Souto Moura, bem como o impacto que isso irá
ter na zona.
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BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO, da Época da Primeira Construção
Em 1920 o povo, na sua maioria, pretendia esquecer os horrores causados e
sofridos pela 1.ª Guerra Mundial. Queriam aproveitar ao máximo o que a sociedade
lhes podia proporcionar, ou seja, sair e divertirem-se nos clubes nocturnos, bem como
em cinemas e teatros. Queriam portanto desfrutar a vida, de tal modo que a década
é por vezes apelidada de “Loucos anos 20”. Foi nesta altura que se rompeu com o
estereótipo de que a mulher só teria poder se, por sua vez, acompanhada por um
Homem e/ou marido. Mas isto porquê? Porque muitos Homens foram soldados e
como tal, muitos acabaram por perecer no campo de batalha.
As viagens, quer de avião quer de automóvel, reduziam o tempo de percurso
entre locais distantes, enquanto a produção em série baixou os preços de muitos
automóveis, desta maneira um maior número de pessoas pode dar-se ao luxo de
usufruir destas novas invenções. Os transportes públicos também melhoraram em
muitos lugares, com bons serviços de comboios e um maior número de autocarros.
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As viagens de dia para o campo ou para a praia tornaram-se populares, mesmo
para as pessoas que não tinham carro e muita gente entrou para clubes pedestres e
de ciclismo que se formavam em inúmeras cidades.
Os anos 20, em estilo art-déco, começaram por impulsionar a arte construtivista.
Esta, muito preocupada com a funcionalidade, além disto houve ainda vários
lançamentos literários inovadores.
É neste ano que os artistas surrealistas mostraram os seus trabalhos em Paris,
pela primeira vez! Entre eles, estava presente Joan Miró. Foi a era das inovações
tecnológicas, da electricidade, da indústrialização, do rádio e do início do cinema
(falado), criando assim, um clima de prosperidade sem precedentes. Aparecimento
do conceito “american way of life”.
Toda a euforia dos "felizes anos 20" acabou no dia 29 de Outubro de 1929,
quando a Bolsa de Valores, de Nova Iorque, registrou a maior baixa da história. De
um dia para o outro, os investidores perderam tudo, afectando toda a economia dos
EUA, e, consequentemente, o resto do Mundo. Os anos seguintes ficaram conhecidos
como “A Grande Depressão”, marcados por falências, desemprego, em massa, e
desespero geral, por parte da população.
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E assim a 1928, neste clima tenebroso da história mundial, inicia-se as
construções para o famoso Sanatório dos Ferroviários, na cidade da Covilhã, a
cargo do arquitecto Cottinelli Telmo, sob financiamento da CP, Portugal.
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COTTINELLI TELMO, arquitecto
Nasceu em Lisboa, em 1897; e morreu em Cascais em 1948.
«Estudou Arquitectura na Escola de Belas Artes de Lisboa, curso que completou em 1920.
Após o término do mesmo, Cottinelli ingressa na Companhia de Caminhos de Ferro de
Portugal, como Chefe de Obras e Vias.
No entanto, no decorrer do curso colaborou com a “Lusitânia-Film” na produção do
filme “Malmequer e Mal de Espanha” de Leitão de Barros. Tendo construído em 1932, com
A.P. Richard, o estúdio da “Tobis”, no bairro do Lumiar, em Lisboa, aí realizou, no ano
seguinte, o famoso filme “A Canção de Lisboa”.
Filme este, que teve a participação de Vasco Santana, António Silva, Beatriz Costa e de
Manuel de Oliveira, o conhecido realizador, foi o primeiro filme sonoro inteiramente
produzido em Portugal, e tornou-se um verdadeiro modelo do humor cinematográfico
português…
Mas foram as suas obras arquitectónicas que o tornam verdadeiramente conhecido. No
início da carreira, em 1922, realiza o Pavilhão de Honra da Exposição do Rio de Janeiro e
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mais tarde, em 1929, o “Pavilhão português da Exposição de Sevilha”. Mais tarde, a
fábrica da “Standard Eléctrica”, em Lisboa e mais tarde a “Cidade Universitária” de
Coimbra.
Em 1940 é Arquitecto-chefe da Exposição do Mundo Português, sendo dele o plano da
“Praça do Império” e da sua Fonte Monumental e o “Monumento dos Descobrimentos”, assim
como a “Porta da Fundação”.
De 1938 a 1942 foi director da revista “Arquitectos”.
Faleceu mais tarde, devido a um acidente de pesca.»
Muito mais poderia dizer sobre este grande arquitecto. Contudo mostrar o seu valor como
arquitecto do movimento modernista e da Arte Déco parece-me mais frutífero.
A Cidade Universitária de Coimbra foi pensada por
Duarte Pacheco e José Cottinelli Telmo, e
continuada por Cristino da Silva, a inacabada
Cidade Universitária de Coimbra configura um mau
exemplo de imposição da vontade do Estado sobre
um local profundamente marcado pela história e
pela antropologia.
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SANATÓRIO dos FERROVIÁRIOS, história
Foi projectado pelo arquitecto Cottinelli Telmo, como já foi referido, nos anos 20.
Mandado erguer pela Companhia de Caminhos de Ferro, de Portugal, para tratamento de
casos de tuberculose, dos seus funcionários, visto poderem beneficiar da localização. Ou
seja, um sítio calmo e com ar puro (devido à altitude em que se encontra). Demorou 8 anos a
ser construído, tendo sido iniciado a 1928 e finalizado a1936. Permaneceu fechado
durante anos posteriormente, devido a causas desconhecidas.
Mais tarde foi arrendado à “Sociedade Portuguesa de Sanatórios”, com a condição de ter
que receber todos os doentes necessitados de tratamento.
Ao longo de 40 anos, ou mais, acolheu milhares de doentes com tuberculose que
procuravam tratamento e reabilitação nos bons “ares da serra”. Frase esta, que ainda hoje se
diz entre os mais “antigos”, na zona da Beira Baixa. Apesar de acolher doentes de todas as
classes sociais, os doentes menos favorecidos não tinham acesso a todas as alas. Pois
algumas eram destinadas, apenas às classes altas, que ali encontravam todo o conforto que
o dinheiro podia comprar. Assim foi uma das maneiras de conseguir gerir e manter as
dependências da instituição, por tantos anos, aberto ao público.
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Oito anos após a cedência, o edifício passou para as mãos do Estado, tomando
conta dele o “Instituto de Assistência Nacional de Tuberculose”, passando a partir de 1953,
a ser internados doentes pobres. O recurso à quimioterapia anti-tuberculose levou ao
encerramento dos sanatórios que estavam afastados dos centros urbanos, sendo estes pouco
rentáveis. O Sanatório dos Ferroviários sofreu o mesmo destino.
Em Junho de 1969, por ordem do Ministério de Saúde e Assistência seria dada ordem
de encerramento. O seu último director, o Dr. Carlos Coelho, licenciado em Medicina e
Cirurgia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, acabou por ser o último
testemunho do encerramento do Sanatório.
Depois do encerramento do edifício como Sanatório, este continuou a ser preservado
por dois funcionários que lá permaneceram para o manter habitável. Enquanto esses dois
funcionários, o Sr. José Francisco Amorim e Sra. D. Lurdes Amorim aí se mantiveram como
funcionários do Estado, o referido espaço manteve todo o seu esplendor e todas as
condições de habitabilidade até à altura em que foi utilizado para prestar acolhimento a
cerca de 700 pessoas “retornadas”, por motivo da independência das antigas colónias
portuguesas.
Após a estadia temporária dos retornados, que entretanto procuraram refazer a vida e
foram abandonando definitivamente o Sanatório que lhes serviu de abrigo temporário, notou-
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se muita degradação. Mesmo assim, o Sanatório manteve-se funcional e preservado até ao
momento em que estes dois funcionários abandonaram definitivamente o Sanatório quando
chegou a idade da sua aposentação.
Contudo, desde os anos 80 que foi deixado a um abandono penoso. Este abandono,
levou a uma óbvia degradação da infraestrutura, que até à um ano se podia observar da
cidade da Covilhã, como um maciço cinzento triste. No final dos anos 80, quando já se
encontrava praticamente abandonado e seriamente degradado passou para as "tutela" da
“Turistrela”.
No ano de 1998, a infraestrutura, chegou a ser vendida à ENATUR pela mísera
quantia, simbólica, de 1 escudo. Em contrapartida a ENATUR comprometeu-se a instalar ali
uma Pousada de Portugal, cujo projecto chegou a ser elaborado pelo arquitecto Souto
Moura. Para este projecto previu-se um investimento na ordem dos 10 000 000 00 € (dez
milhões de euros). Entretanto, a ENATUR foi entregue ao Grupo Pestana, e o projecto foi
abandonado, tendo em 2004 abscindido o contracto. Assim a titularidade do infraestrutura
retornou às mãos da Turistrela.
No entanto, com a construção da Universidade da Beira Interior, o valor do mesmo, subiu
consideravelmente, através do interesse por parte dos estudantes do curso de Arquitectura,
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em 2003, que ali viram um volume, cheio de vontade de exprimir, o que outrora foi um
espaço vital para a sociedade.
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Carnaval da neve, história
Após a vinda dos retornados, iniciou-se uma festividade no Sanatório, que foi o
carnaval. Este evento até teve direito a uma alcunha, “Carnaval da Neve”, que se tornou não
só para os habitantes das dependências um evento magnífico, mas também para os turistas
que de longe vinham festejar o carnaval. Da beira baixa e de todo o país, milhares de
pessoas, foram atraídas pela Serra e pelo Carnaval da Neve.
Isto foi mais uma tentativa dos serranos, para que o edifício voltasse aos seus anos de
glória. No entanto, não foi o ocorrido, pois com o tempo tornou-se cada vez mais difícil
realizar o “Carnaval da Neve”, que outrora tinha atraído uma imensidão de pessoas. Isto
porquê? Ora, por causa dos motivos que até à uns anos podíamos observar. A degradação
começou a instalar-se e o Sanatório, outrora um abrigo, uma casa, um paraíso gélido, viu-se
obrigado a encerrar os seus portões.
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TESTEMUNHOS
- Eugénia Mendonça (Ex-Retornada)
Esta retornada conta o seu testemunho acerca do seu trajecto de retorno a Portugal, na
situação de desalojada. Conta que foi acolhida no Sanatório dos Ferroviários, juntamente
com a sua família.
« Quando eu e a minha família chegámos a Portugal, chegámos a Lisboa e não
conhecíamos Portugal. Disseram-nos que havia um grupo que vinha para as Penhas de
Saúde, para um Hotel.
Nós na nossa ignorância não conhecíamos que tipo de Hotel era, nas Penhas da
Saúde. Vieram três autocarros, quando reparámos que não havia Hotel nenhum nas Penhas
da Saúde. Deparámo-nos com um antigo Hospital, que embora estivesse em boas condições,
não era nenhum Hotel. Houve pessoas que se revoltaram, e quiseram ir embora, mas eu
como vinha em paz, eu e a minha família, nós queríamos era paz e só procurámos arranjar
um lugar para estar, e depois mais tarde pensar se continuaríamos a viver ali ou não.
Eu e o meu marido, e os meus filhos, ficámos bem instalados e tínhamos privacidade.
(…) Toda a gente esteve nessas condições. Eu falo por mim, eu tinha privacidade, estava
bem instalada e nada me faltou. E assim foram esses 3 anos. Foram muito difíceis, não vou
dizer que foram fáceis. E a minha preocupação, foi sempre, tentar arranjar um emprego e
sair dali. Mas foi um percurso muito longo. Porque se houve pessoas que nos receberam
bem, também houve pessoas que não.
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Fomos muito bem recebidos, na altura, pelo Presidente da Câmara, que era o Dr.
Mesquita Nunes. Foi um senhor que realmente ajudou muito os retornados, e conseguiu por
lá em cima, no Sanatório, uma televisão para aquelas crianças não andarem por ali à
deriva. Conseguiu colocar lá, três professores, para darem aulas, para os miúdos também
não andarem à deriva. Os que já andavam no secundário, havia um transporte que os trazia
para cá.
E depois com o Sanatório, as pessoas foram saindo, foram-se integrando, foram indo
cada qual para seu lado. Como eu, que fiquei na Covilhã, outros foram para Lisboa, cada
qual arranjou o seu trabalho e foram-se dispersando. Assim aquilo terminou.»
« Vandalizaram aquilo de uma maneira que é uma tristeza, hoje, passar pelo Sanatório e
ver como aquilo está. Destruído, completamente destruído. Aquilo para mim, (…) é um valor
histórico, e não está a ser correctamente aproveitado. É pena.»
- Acácio Amilcar (Ex-Funcionário)
Este ex-funcionário, revela a sua angústia por ver o sítio, onde amadureceu, no abandono
total.
« É só para dizer que, foi aqui, que conheci toda a minha vida. E é com alguma
melancolia que, de facto, eu vejo isto assim, (…) Uma lágrima no canto do olho.»
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- Carlos Coelho (Ex-Director do Sanatório)
« Para mim o Sanatório… é um pedaço de mim, mas de que vou desprender-me,
dolorosamente (…)»
« Seria doloroso e mais que isso, perder-se e caminhar para a ruína, tão bela unidade!»
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DESENHOS TÉCNICOS
O – Circulação Vertical
O – Dependências Médicas
O – Zonas 1ª Classe
O – Dependências do Edifício
O – Espaço de Culto
O – Zona de Quartos
O – Zona de Lazer
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O – Circulação Vertical
O – Dependências Médicas
O – Zonas 1ª Classe
O – Dependências do Edifício
O – Espaço de Culto
O – Zona de Quartos
O – Zona de Lazer
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O – Circulação Vertical
O – Dependências Médicas
O – Zonas 1ª Classe
O – Dependências do Edifício
O – Espaço de Culto
O – Zona de Quartos
O – Zona de Lazer
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FOTOGRAFIAS – depois do abandono
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Edificação após o abandono, exterior.
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Edificação após o abandono, interior.
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REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO
O edifício encontrava-se na ruína desde a década de 80. Assim a ENATUR lançou, um
concurso público internacional para a requalificação do edifício do ex-sanatório dos
Ferroviários, em pousada. A obra, foi aguardada desde 1998, tem um valor com base nos
13,5 milhões de euros.
« Encaro o concurso público para esta obra com ânimo, o que confesso que há alguns anos
me vinha faltando», João Patrão (Presidente da Turismo Serra da Estrela). Espera-se agora que
a empreitada possa ser inaugurada logo depois do Verão e que não aconteça o mesmo que
em 2001, em que também foi lançado concurso público para a transformação do
emblemático edifício em unidade hoteleira, num processo que viria depois a ficar parado.
Na altura, até houve empresas a candidatarem-se, mas a obra não chegou à fase da
atribuição de tutela ao arquitecto.
O prazo de execução da empreitada foi previsto para o período de 16 meses e a futura
unidade hoteleira vai chamar-se-á “Pousada da Serra da Estrela”. Isto é portanto uma das
maiores, se não a maior, obra pública na região, depois do Centro Hospitalar da Cova da
Beira. O projecto é da autoria do, galardoado, Arq. Eduardo Souto Moura, que reviu o
projecto duas vezes desde a primeira versão, a futura pousada terá cerca de 90 quartos e
um spa, sendo que a fachada do emblemático edifício será preservada e toda a zona
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envolvente será também imunizada.
O projecto inicial previa a construção de 56 quartos. Hoje, Jorge Patrão estima que a
pousada puderá vir a dar emprego a muitas pessoas, na fase de construção, e criar perto de
40 postos de trabalho aquando concluída.
De momento, está praticamente concluída a empreitada de reconstrução do Sanatório dos
Ferroviários. No espaço desenhado no início dos anos 30 do século passado, por Cottinelli
Telmo, surge agora uma pousada com aproximadamente 90 quartos, com diversas estruturas
de apoio como piscinas e estacionamentos. Neste campo, a mudança mais radical do
espaço e que agora está já bem patente é a alteração da zona de acesso ao complexo
turístico. Na reconversão de todo o imóvel, foi criada uma nova entrada principal localizada
nas traseiras do edifício. Esta solução foi discutida com Souto Moura que quis assim deixar
intacta toda a zona ajardinada que está na frente do sanatório. Tal implicou construir um
novo acesso para os veículos e um parque de estacionamento subterrâneo. Com esta
intervenção, o imóvel voltou a ganhar as suas cores originais, o pastel e o laranja. Outro dos
pormenores agora reintroduzido no edifício de largas dezenas de metros de comprimento
foram as “mansardas” a rematar o telhado. Uma solução desenhada pelo arquiteto mentor
do projeto e que acabou por não ter sido construída ao longo da primeira construção. A
preocupação com os pormenores deste tipo está presente em todo o lado, desde os quartos
às salas, passando pelas escolhas dos materiais utilizados, como é típico do trabalho do
arquitecto. Todos os quartos estão projectados de maneira a reflectir os espaços originais, o
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mesmo acontece em algumas das salas e espaços comuns. Já no que diz respeito às
novidades desta nova pousada, está já iniciada uma piscina exterior, numa das laterais (a
observar nas imagens acima). Há ainda uma outra piscina interior bem como espaços de
lazer que vão prestar apoio aos serviços oferecidos. Segundo o que consegui apurar o prazo
de execução da obra sofreu um ligeiro atraso pelo que a finalização da empreitada deve
agora prolongar-se por cerca de mais 6 meses. No entanto, com a construção da nova
pousada ganha-se mais um espaço de qualidade, que a Covilhã tanto necessita. Bem como
se conseguiu realizar a recuperação de um imóvel histórico, muito importante para os
“covilhocos”, bem como, para os que lá viveram um passado e viram o mesmo ser
destronado da sua glória de outrora.
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FOTOGRAFIAS – Início da Construção
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Construção da Pousada Serra da Estrela, de Souto Moura
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CONCLUSÃO
Em suma, sinto-me com conhecimentos para dizer que de facto a obra surpreendeu-me
pela positiva, pois descobri que houve muita pesquisa por parte do Arq. Souto Moura. Esta
pesquisa, foi feita tanto para o exterior como para o interior do projecto. Posso não entender
certas coisas no projecto mas isso deve-se ao facto de não haver muita informação acerca
da Pousada Serra da Estrela. Assim este trabalho baseia-se no que eu consegui reunir e
estudar.
A minha opinião quanto ao impacto que o edifício (de estilo modernista/arte déco) vai
provocar na Covilhã e consequentemente, Beira Interior, é o seguinte. Acho que será bom a
Covilhã puder proporcionar um espaço como o que está a ser construído. É de facto uma
obra de grande envergadura e muito promissora. Resta-me admitir que o impacto só pode vir
a ser positivo, e que estou ansioso por puder visualizar o projecto concluído.
Achei este estudo muito pertinente, especialmente nesta fase da nossa carreira. Em que
ainda estamos muito verdes. E assim conseguimos entender de melhor maneira o que
realmente os clientes aspiram. Contudo podemos ainda ter umas luzes de como um projecto
pode ser mandado pelo “cano abaixo” mesmo em concurso.
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BIBLIOGRAFIA
Via Internet
http://www.pousadas.pt/historic-hotels-portugal/pt/corporate/pages/new-projects.aspx
http://monumentosdesaparecidos.blogspot.pt/2010/11/sanatorio-dos-ferroviarios-covilha.html
http://www.arqnet.pt/portal/biografias/cottinelli.html
http://mafiadacova.blogspot.pt/2009/05/aprovado-financiamento-para-pousada-na.html
http://canais.sol.pt/paginainicial/economia/interior.aspx?content_id=134267
http://www.radiomonsanto.pt/detalhe-noticia.php?id=370
http://dotortosendoeu.blogspot.pt/2011/01/antigo-sanatorio-dos-ferroviarios-na.html
http://omelhordeportugalestaaqui.blogspot.pt/2011/01/nova-pousada-na-serra-da-estrela.html
http://www.novaguarda.pt/noticia.asp?idEdicao=763&id=29921&idSeccao=13464&Action=notici
a
http://www.alamedadigital.com.pt/n10/cottinelli_telmo.php
http://virtualandmemories.blogspot.pt/2007_11_18_archive.html
http://doportoenaoso.blogspot.pt/2010/05/exposicao-do-mundo-portugues-1.html
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http://cidadedacovilha.blogs.sapo.pt/14158.html
http://www.kaminhos.com/artigo.aspx?id=8580&seccao=2
http://doportoenaoso.blogspot.pt/2010/05/exposicao-do-mundo-portugues-1.html
http://www.imdb.com/title/tt0023871/
http://www.guarda.pt/noticias/actualidade/Paginas/pousada-est-para-breve.asp
http://www.democraciafashion.com.br/tag/moda-dos-anos-20/
http://americanwiki.pbworks.com/w/page/12595338/Prohibition%20and%20The%20Flapper
Via Livro/Manual
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, vol. 17.º
Guia da Arquitectura