Post on 01-Feb-2018
Testes Bioquímicos
São usados:Despiste
Diagnóstico
Prognóstico
Monitorização
Na selecção, há que atender:Tipo de informações pedidas
Informações que esse teste pode fornecer
Objectivos da investigação bioquímica
• O diagnóstico é baseado nos dados clínicos (história
e exame) e investigações.
•Ocasionalmente, os testes bioquímicos são utilizados
no diagnóstico de doenças particulares
(p.ex o teste de tolerância à glicose na Diabetes
Mellitus)
•A maior parte das vezes os testes bioquímicos
confirmam o diagnóstico ou indicam que um síndrome
metabólico particular está presente (p.ex hipoglicemia)
Diagnóstico
Objectivos da investigação bioquímica
•Informação sobre o curso da doença
(p.e. o tratamento da hipercolesterolemia em doentes com
doença coronária mostrou melhorar o prognóstico. Assim,
a determinação do colesterol em doentes com doença
isquémica cardíaca permite avaliar os possíveis benefícios
de um determinado tratamento)
Prognóstico
Objectivos da investigação bioquímica
•Para acompanhar a resposta à terapia em disfunções
agudas
(p.ex na cetoacidose diabética é importante monitorizar os
niveis de glicose sanguínea após administração de insulina)
•Para avaliar o tratamento em doenças crónicas(p.ex a concentração de hemoglobina glicosilada é um
importante indicador dos niveis de glicose ao longo de
diversas semanas na diabetes e é usado para avaliar se o
tratamento é adequado)
Monotorização
Objectivos da investigação bioquímica
•Para avaliar a terapia com drogas•Para testar se foram conseguidas as gamas
terapêuticas
•Para investigar sobredosagens
Monotorização
Testes urgentes resultados necessários para
alteração de tratamento imediato
Objectivos da investigação bioquímica
•Detecção de doença que não é aparente
(p.e doenças metabólicas hereditárias –fenilcetonúria,
hipotiroidismo neonatal)
Screening
Variação dos resultados
• Precisão e exactidão
•Sensibilidade e especificidade
Termos que descrevem os resultados :
Precisão – define a proximidade dos valores ao valor médio
Repetibilidade – precisão intrateste
Reprodutibilidade – precisão interteste
Exactidão – medida da aproximação do resultado do verdadeiro
valor
Sensibilidade - quantidade mínima de substância que o método
pode detectar
Especificidade - a capacidade do método em discriminar entre a
substância pretendida e possíveis substâncias
interferentes
Variação dos resultados
Resultados fiáveis dependem:
Colheita apropriada da amostra
Adequado manuseamento e processamento daamostra
Boa manipulação do equipamento
Uso de reagentes de qualidade
Controlo
Amostras:
•Sangue venoso, soro ou plasma
•Sangue arterial
•Sangue capilar
Amostras usadas para análise
•Urina
•Fezes
•Fluido cerebroespinal
•Saliva
•Tecidos e células
•Aspirados p.e.
•Fluido pleural
•Ascites
•Fluido sinovial
•Intestinal (duodenal)
•Cálculos (pedras)
Mecanismos de investigação bioquímica
Amostras
Sangue
Punção venosa
Punção capilar
Punção arterial
Punção arterial (executar pelo Clínico)
Tensão de O2
Tensão de CO2
pH
Sangue
Mecanismos de investigação bioquímica
Pode ser:
Arterial
utilizado apenas em estudos muito específicos
ex: doseamento de gases sanguíneos
Capilar
geralmente como alternativa à punção venosa quando esta é difícil
Ex: Crianças (ex: picada no pezinho – DP) e Obesos
Venoso
mais utilizado
Após a colheita o sangue deve ser rapidamente processado em
função do que se quiser obter:
Soro
SANGUE Sangue total (raramente)
Plasma
Mecanismos de investigação bioquímica
Soro vs. Plasma
Sangue total
Tubo seco tubo com anticoagulante
20-30 min/37ºC homogeneização por inversão
Fibrinogénio fibrina
separação das células por
centrifugação
Coágulo
Mecanismos de investigação bioquímica
Punção Capilar
Técnica de colheita:
Escolher a área a puncionar: Polpa do dedo polegar do dedo médio ou do dedo indicador da
mão
Superfície plantar do calcanhar
Polpa do dedo grande do pé
Lóbulo da orelha
Friccionar o local de colheita
Desinfectar a área a puncionar; deixar secar
Puncionar com lanceta estéril e descartável
Desprezar a 1ª gota
Recolher a amostra
Pressionar, sem massajar, a área puncionada
Punção Capilar
Vantagem
Fácil
Inconveniente
Volume exíguo
Caso necessário repetição, necessária nova
punção
Não apresenta tão boa reprodutibilidade
Aplicações
Crianças
Obesos
Serviços de urgência
Controlo rápido de algumas doenças
Punção Venosa
Permite obterSangue completo tornado incoagulável
Plasma
Soro
VantagemPermite obter volume de amostra pretendido
Com a mesma amostra pode fazer-se umasérie de determinações e repeti-las, senecessário
Não há variação de valores para amostrasobtidas de veias diferentes
Punção Venosa Identificação do doente
Verificar se foram cumpridas indicações
Preparar a mesa de colheita
Seleccionar a veia a puncionar Flexura do braço
Pulso
Dorso da mão
Dorso do pé
Colocar o garrote acima do local a puncionar
Pedir ao indivíduo para fechar a mão
Desinfectar o local e deixar secar
Praticar a punção/recolher a amostra
Retirar a agulha e colocar compressa de algodão
Anticoagulantes
Sólidos
Líquidos
Selecção em função do analito a avaliar
Escolha em função da determinaçãoRespeitar relação sangue/anticoagulante
Promover a mistura
Conhecer acções adversas
Conhecer tempo e condições de preservação
AnticoagulantesEDTA
Sólido; 1 mg/mL (20%)
Actua por remoção do ião cálcio, quelatação
EDTA GV;GB;PLT VGM; CHGM; nº PLT
Oxalato duplo
2 Ox amónio 3 Ox potássio
Sólido; 2 mg/mL (20%)
Actua removendo o ião cálcio
Não usar em esfregaços de sangue (rápida alteração da morfologia celular; não previne a agregação plaquetária)
Anticoagulantes
Heparina
Líquido; 152,2 UI/mL (0,2 mg/mL sg)
Actua neutralizando a trombina
Curta duração
De escolha para estudos de fragilidade
osmótica (preserva o tamanho celular)
Não usar: esfregaços de sangue,
numeração de GB, fórmula leucocitária
AnticoagulantesCitrato Trissódico
Líquido; 0,11 M Provas de coagulação 1/9
VS (Westergreen) 1/4
Actua por remoção do cálcio
ACD e CPD
Preservação de amostra por período longo
Processos de transfusão
Ordem de colheita
Tubos sem anticoagulante
Tubos com anticoagulante Citrato
Heparina
EDTA
Oxalato
Urina
Avaliação
Química
Bacteriologica
Exame microscópico
Colheita
Urina tipo II
Urina de 24 horas, ou outro intervalo de tempo
Exame Bacteriológico
Urina de 24 horas Colheita
Eliminar 1ª urina da manhã
Recolher toda a urina durante 24 H
Recolha para recipiente limpo
Manuseamento
Medir o volume final
Misturar todo o volume recolhido
Recolher aliquota (cerca de 40 mL)
Preservação
Impede decomposição microbiológica e alterações químicas
Refrigeração
Adição de preservativos químicos
Processamento de amostras
Importância
Transporte
Processamento Tipo de amostra
Ex: evitar contacto prolongado do soro com o coágulo, pois pode afectar:
Glucose
Potássio
Fósforo
Creatinina
AST/ALT
.......
A qualidade dos produtos biológicos
depende também, da:
recepção das amostras no laboratório e dos
critérios a adoptar, quer de rejeição, quer de
aceitação.
Ao chegarem ao laboratório, as amostras devem ser
rejeitadas nos seguintes casos:
-Identificação incorrecta
-Volume inadequado da amostra
-Uso incorrecto do tubo para a análise a que se destina
-Tubo com sangue hemolisado
-Transporte inadequado (gasimetrias, PTH,hormonas)
-Temperatura
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ORIENTAÇÃO DOS TUBOS
Recomenda-se que os tubos com sangue se
mantenham rolhados em posição vertical até
á chegada do laboratório.
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TRANSPORTE
O Transporte divide-se em dois tipos , interno e
externo.
* Transporte Interno:
Precauções a tomar com os tubos das amostras
após colheita
Alterações provocadas pela agitação das
amostras
Alterações com a temperatura
Transporte Externo
Análises que sofrem alteração com a
temperatura ambiente em soros não
separados
Amostras refrigeradas
Interferências analíticas
Hemólise
Causas Agulha de calibre demasiado gde ou pqno
Aspiração forçada do sangue
Ejecção forçada do sangue para o tubo
Agitação demasiado vigorosa
Colheita de sg em área de hematoma
Álcool deixado na pele que se mistura com o sangue
Transporte pouco cuidadoso da amostra
Alterações Potássio
LDH
Glucose
Ferro
Magnésio
Cálcio
.......
Análises que sofrem alterações com a
hemólise
- MUITO AFECTADAS (aumento de valor)
A..S.T.
Potássio
L.D.H.
Hemoglobina
- MODERADAMENTE AFECTADAS
Ferro (aumenta)
A..L.T. (aumenta)
T4 (diminui)
- LEVEMENTE AFECTADAS (aumento de valor)
Proteínas Totais
Albumina
Magnésio
Cálcio
Fosfatase Ácida
Fósforo
Interferências analíticas
Hiperbilirrubinemia Proteínas
Ácido úrico
Colesterol
Creatinina
..........
Lipemia Tratamento da amostra
Alterações
Fósforo
Albumina
Proteínas totais
Ureia
Ácido úrico
........
Análises que sofrem alteração com Exposição à Luz
Deve evitar-se a exposição à luz solar e
artificial das amostras das seguintes análises:
-Vitamina A e B
-Betacarotenos
-Porfirinas
-Bilirrubinas
Nota: estas amostras devem ser protegidas
com papel de alumínio.
Interferências analíticas
Anticoagulantes
Os que actuam por remoção do cálcio podem inibir
várias enzimas
Actividade da amilase é inibida pelo oxalato e citrato
Sais de sódio e potássio de fluoreto, heparina ou
EDTA interferem com a análise destes electrólitos
Fluoreto inibe a acção da glucose-oxidase (método
enzimático para a determinação da glucose)
Interferência de drogas ou metabolitos endógenos
Outros factores
Aplicação incorrecta/prolongada do garrote
Critérios de rejeição de amostras
Ausência de identificação
Letra ilegível
Volume de amostra insuficiente
Tubo ou recipiente de colheita impróprio
Conservação ou transporte inadequado
Presença de interferentes
Amostras contaminadas ou conspurcadasexternamente
Outras Interferências
Exercício físicoDepende da intensidade e duração
Mudanças transitóriasLactato
Efeitos a longo prazoAldolase
CK
AST/ALT
LDH
Catecolaminas
Creatinina
CT
TG
Variação diurna
Factores que contribuem
Postura
Proteínas
Compostos que circulam ligados às proteínas: Ca, Fe, Bil,...
Actividade
“stress”
Ingestão de alimentos
Repouso/levantar
Conhecer hora da colheita
Catecolaminas, cortisol, ......
Jejum inexistente ou prolongado
Ex: glicose
Dieta
Ex: rica em proteínas :
UR
AU
Restrições da dieta dependem do teste ou prova bioquímica a realizar
Ingestão de bebidas alcoólicas
Dependente do tipo de consumo
Pode interferir
AU
TG
GGT,....
TabacoDepende do nº de cigarros fumados e fumo inalado
Ex: catecolaminas, cortisol,...
Aumenta os níveis de carboxiHb
Efeito fisiológico das drogas
IdadeCriança/ Idoso
Declínio da função de órgãos com o avançar da idade
Alteração de parâmetros com o avançar da idade: CT, Glu, AU, PT, Albumina,....
Outros “Stress”
Estado de doença
Gravidez
Alteração Causa
ureia TFG; volume plasmático
albumina volume plasmático
PT volume plasmático
T4 total TBG
cortisol transcortina
cobre ceruloplasmina
glicosúria “threshold” renal
tolerância à gluc
Trig (VLDL) estrogénios
LDL estrogénios
HDL estrogénios
ALP isoenzima placentária
Efeitos da temperatura e pH na
estabilidade da amostra
Controlo preciso da temperatura necessário em
algumas determinações
A actividade enzimática dependente da temperatura
Temperatura dos banhos
Efeito de evaporação, refrigeração, congelação
de CO2 de pH
Temperatura de armazenamento pode interferir com
alguns parâmetros
Cuidados Especiais para Colheitas de:
COLHEITA PARA RENINA ACTIVA
COLHEITA PARA ACTH
COLHEITA PARA PTH
COLHEITA PARA PSA LIVRE
COLHEITA PARA PAP
COLHEITA PARA ÁCIDO FÓLICO
COLHEITA PARA VITAMINA B12
COLHEITA PARA CORTISOL soro
COLHEITA PARA CORTISOL urina de 24 horas
COLHEITA PARA GASTRINA
COLHEITA PARA CA 125, CA 19.9, CA 15.3, CA 72.4,
CYFRA 21.1
COLHEITA PARA NSE
PROCESSAMENTO DE AMOSTRAS PARA
DETERMINAÇÃO DO GLUCAGON, VIP E
RENINA ACTIVA
VIP – Peptídeo intestinal vasoactivo
Glucagon
Renina Activa
D - FACTORES INTERVENIENTES NA PRÉ-ANALÍTICA –
SEU IMPACTO NA QUALIDADE DOS RESULTADOS
FACTORES INEVITÁVEIS
- Idade
- Raça
- Gravidez
MUDANÇA DE HÁBITOS
Factores variáveis:
-Dieta
-Fome/Miséria
-Exercício
-Altitude
-Cafeína
-Efeitos do Tabaco
-Álcool
-Drogas
Métodos de desproteinização
Físicos
Calor (55 ºC/ 30`)
Radiações UV ou ionisantes
Químicos
Ácido tricloroacético
Ácido nítrico
Ácido perclórico
Soluções de metais pesados
Sulfato de zinco
Ácido túngstico