Post on 12-Jan-2017
Sistemas de Informação
Universidade e Conhecimento
LISBOA, ISCTE, 2 a 3 de Outubro de 2015 CAPSI 2015 – 15ª Conferência da APSI
2. QUE CONHECIMENTO ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
4. QUE CONCLUSÕES ?
2. QUE CONHECIMENTO ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
4. QUE CONCLUSÕES ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
universidades
do futuro
universidades
do passado
visão estratégia
navegação à vista
liderança gestão de trabalhadores
do conhecimento
gestão dos recursos
quem não persegue um destino não chega a lado nenhum sem liderança e um destino, não
se sai do mesmo lugar
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
universidades
do futuro
universidades
do passado
diferenciação imagem de marca
uniformização
desconstrução + construção
construção
quando não se tem qualidades, faz-se o que calha – é indiferente
sem debater as ideias dominantes, o futuro será igual ao passado
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
universidades
do futuro
universidades
do passado
disrupção + evolução
evolução
globalização
localização
pedagogias emergentes, educação híbrida, educação invertida, educação
a distância, big data, modelos de negócio, imagem de marca
universidades para o mundo
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
universidades
do futuro
universidades
do passado
coletivo
indivíduo
remoto + presencial
presencial
muito para lá dos MOOCs universidade como espaço
social e transformativo
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
universidades
do futuro
FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL fim do modelo pedagógico medieval
fim da “apresentação” e avaliação artesanal
escalabilidade da pedagogias e das avaliações
orgânicas de coevolução e coavaliação
pedagogias emancipatórias
UNIVERSIDADE PROFISSIONAL profissionalmente instrumentada
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
Do ponto de vista estritamente técnico,
O modelo do negócio é uma rede de valor simples
se o negócio seguir o modelo clássico,
a arquitetura organizacional é relativamente regular
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
cursos disciplinas
projetos de I&D qualidade
visão estratégia objetivos
concorrentes parceiros
agregação/desagregação fluxos
extensibilidade encaminhamento
REDE DE VALOR
AECV ATIVIDADE ESTRATÉGICA DE CRIAÇÃO DE VALOR
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
Do ponto de vista sociológico,
o nível de complexidade é elevado
se ignorarmos as recentes derivas mecanicistas das universidades e
consideramos a descentralização e autonomia científica e pedagógica
que lhes são próprias,
mas o recurso a redes de atores permite traduções sólidas e acionáveis
2. QUE CONHECIMENTO ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
4. QUE CONCLUSÕES ?
2. QUE CONHECIMENTO ?
A designação “Gestão do Conhecimento” não é feliz
Não se pretende “gerir conhecimento” como se de fluídos ou objetos
materiais se tratasse mas sim gerir processos de
construção social de conhecimento
2. QUE CONHECIMENTO ?
A Gestão do Conhecimento assenta em quatro fatores interligados:
1. domínios do conhecimento 2. atores (funções, papéis, profissões)
3. formas de ação/intervenção 4. modelos organizacionais
Estes fatores estão hoje em desequilíbrio face aos desafios das
economias de inovação intensiva
2. QUE CONHECIMENTO ?
Não se pretende “gerir” de forma maciça todos os conhecimentos
que a organização mobiliza Pretende-se, sim, manter os fluxos
de renovação do conhecimento e assegurar a sua plena utilização
O grande desafio não está no volume, mas sim na renovação,
consolidação e aplicação permanente
2. QUE CONHECIMENTO ?
os grandes repositórios de informação ou “capital intelectual”
que várias organizações têm procurado construir
pouco mais serão do que sepulturas de informação
se não se destinarem a servir estes desígnios
2. QUE CONHECIMENTO ?
Os recentes movimentos no sentido das “teorias da prática”
oferecem inspirações interessantes para a gestão de
conhecimento nas universidades
Hoje, as universidades, sendo instituições onde se aprende,
não são instituições que aprendam
2. QUE CONHECIMENTO ?
Não têm nem estratégias nem políticas nem práticas
para aprender coletivamente nem instrumentos
ou para gerir conhecimento, seja ele próprio ou alheio
DESAFIO PARA OS SI/TI DAS UNIVERSIDADES
2. QUE CONHECIMENTO ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
4. QUE CONCLUSÕES ?
Que dimensões em falta nos SI/TI da Educação Superior?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
3.1. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
AS PESSOAS
Que dimensões em falta nos SI/TI da Educação Superior?
3.1. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
As instituições de Educação Superior têm vindo a adoptar referenciais e práticas
da gestão do mundo empresarial:
• Gestão da Qualidade • Sistemas de Informação
• Governança de TI
• Gestão & Estratégia
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
No entanto tem vindo a fazê-lo com: • muito atraso
• abordagens ultrapassadas
50s 60s 80s 70s 90s 00s 10s
MUNDO EMPRESARIAL
50s 60s 80s 70s 90s 00s 10s
ENSINO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
Educação Superior Empresas Modelo
Gestão
Estratégia
A Educação Superior transitou diretamente da gestão ad hoc
para a gestão burocrática Está a enfatizar cada vez mais o controlo e a ignorar as pessoas
Uma faixa significativa do mundo empresarial está a transitar da gestão
burocrática e mecanicista para a gestão orgânica e ecológica e vê as pessoas
como o seu recurso mais valioso
gestão clássica: controlo, repetibilidade, pessoas
intermutáveis e descartáveis
gestão moderna: cultura, projeto partilhado,
pessoas como trabalhadores do conhecimento
analítica, centralizada e reativa
projetiva, coletiva, e transformativa
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
Educação Superior Empresas Modelo
Qualidade
Sistemas de Informação
Governança de TI
controlo da qualidade, garantia da qualidade, prestação de
contas (processos mecanicistas)
gestão da qualidade, qualidade como transformação
(processos sociais)
Qualidade by design, fortemente ligada à estratégia
Qualidade como reação a auditorias, essencialmente sumativa
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
THE QUALITY MOVEMENT IN INDUSTRY
Before 1900 Quality as an integral element of the cra7
1900-‐1920 Quality control by foreman
1920-‐1940 Inspec>on-‐based quality-‐control
1940-‐1960 Sta>s>cal process control
1960-‐1980 Quality assurance (quality department)
1980-‐1990 Total quality management (TQM)
1990-‐Present Culture of con>nuous improvement, organiza>on-‐wide TQM
(Adapted from Sallis, E. (1996). Total Quality Management in Education, 2nd Ed. London: Kogan Page) Envolvimento de todas
as pessoas
Educação Superior 2015
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
liderança (10%)
gestão das pessoas
(9%)
políticas e estratégia
(8%)
recursos (9%)
processos (14%)
satisfação dos colaboradores
(9%)
satisfação dos estudantes
(20%)
impacto na sociedade
(6%)
resultados de toda a atividade
(15%)
ISO 9000 - European Quality Award (EQA), 1992 European Foundation for Quality Management
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
liderança (10%)
gestão das pessoas
(9%)
políticas e estratégia
(8%)
recursos (9%)
processos (14%)
satisfação dos colaboradores
(9%)
satisfação dos estudantes
(20%)
impacto na sociedade
(6%)
ISO 9000 - European Quality Award (EQA), 1992 European Foundation for Quality Management
resultados de toda a atividade
(15%)
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
BALDRIGE CRITERIA (USA)
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
Educação Superior Empresas Modelo
Qualidade
Sistemas de Informação
Governança de TI
controlo da qualidade, garantia da qualidade, prestação de
contas (processos mecanicistas)
gestão da qualidade, qualidade como transformação
(processos sociais)
sistemas de informação como máquinas burocráticas
sistemas de informação como ecossistemas sociais
baixa maturidade, ignora a natureza social
elevada maturidade, sensibilidade crescente à dimensão social
Qualidade by design, fortemente ligada à estratégia
Qualidade como reação a auditorias, essencialmente sumativa
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
Max Weber introduziu o conceito sociológico de ‘gaiola de ferro’ para descrever
a racionalização das sociedades industriais do fim do século XIX e início do século XX
que aprisionou as pessoas em burocracias de eficiência técnica,
racionalidade económica, comando e controlo
3.3. A GAIOLA DE WEBER NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
A promoção da qualidade e comparabilidade entre universidades
conjugada com orçamentos apertados e maior concorrência levou a idêntica burocratização
da educação superior:
• maior coordenação • mais poder da administração central
3.3. A GAIOLA DE WEBER NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
Este fenómeno tem vindo a ser descrito como:
• ideologia do mercado na educação superior
• substituição da inovação pela contabilidade
• visão neoliberal da educação superior
• interpretação de vistas curtas das comparações entre universidades
3.3. A GAIOLA DE WEBER NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
A análise estratégica subjacente à especificação dos sistemas de informação
está a ser conduzida com base numa visão burocrática da educação superior
conduzida por visões de curto prazo e fatores de custo e eficiência
ignorando sistematicamente as pessoas
3.4. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
Isto conduz a: • modelos e processos burocráticos que
são impostos aos utilizadores • workflows mal estruturados para a coleta
de dados de e para os utilizadores • desprezo pela experiência do utilizador
• usabilidade medíocre
3.4. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
Os sistemas de informação tornam-se numa larga
parte do problema
3.4. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
SIM desde que sejam concebidos
com as PESSOAS em mente
Poderão os sistemas de informação ser parte da solução?
3.4. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
A natureza social dos SI/TI na Educação Superior tem de ser
tomada em consideração desde o primeiro momento e ao longo de
todo o ciclo de vida de SI/TI
É um requisito decisivo, que tem de ser considerado prioritário
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
A concepção, gestão e evolução da solução de SI/TI deve ser vista
como uma parceria entre:
• stakeholders
A CONCEPÇÃO COMO PARCERIA
• negócio/gestão • tecnologia
As visões tradicionais da Governança de TI prestam particular atenção ao alinhamento
das TI com o negócio, mas ignoram a existência de stakeholders humanos
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
Se uma das partes sente que está a perder, a parceria colapsa
Para uma parceria ser sustentável tem de satisfazer em permanência os interesses
e motivações de todas as partes
Cada parte deve assegurar que todas as outras partes ficam satisfeitas com a parceria
PRINCÍPIO DA PARCERIA SUSTENTÁVEL 3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
Acordo que contempla os interesses de todas as partes é denominado
a proposição de valor
A clarificação da proposição de valor exige que sejam identificadas todas as partes e seus relacionamentos e que o valor para cada parte seja plenamente reconhecido
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
A sustentabilidade da proposição de valor pode ser estabelecida e gerida em
todas etapas do ciclo de vida do sistema de informação recorrendo a teorias
sociais hoje disponíveis, como as TEORIAS DA TRADUÇÃO (Callon)
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
Algumas das dimensões chave dos SI/TI, como:
GOVERNANÇA DE TI CIÊNCIAS DOS SERVIÇOS
que eram técnicas nas suas origens estão agora a tornar-se cada vez mais
sensíveis à natureza social dos SI/TI
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
Mas há nuvens negras que se acumulam no horizonte
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
que podem ter um valor imenso na educação superior
mas podem ter implicações catastróficas se usadas contra os valores sociais das
pessoas
as TÉCNICAS ANALÍTICAS
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
2. QUE CONHECIMENTO ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
4. QUE CONCLUSÕES ?
As universidades vão mudar mais nos próximos 30 anos do que mudaram nos últimos 300
4. QUE CONCLUSÕES ?
Estarão as universidades portuguesas a preparar-se
para essa mudança?
Qual o papel das soluções de SI/TI nessa mudança?
As universidades são instituições onde se aprende
4. QUE CONCLUSÕES ?
mas não são instituições que aprendem
Que papel poderão ter os SI/TI na na superação dessa limitação?
Os sistemas de Informação da Educação Superior
podem e devem ser:
4. QUE CONCLUSÕES ?
• sociávies • socialmente sustentáveis
Deverão permitir que as pessoas vivam melhor, e não pior!
devem ser concebidos tendo em conta a natureza social da Educação Superior
Para isso acontecer
4. QUE CONCLUSÕES ?
e tornar invisíveis para os utentes as necessidades burocráticas da gestão
Deverão ser auditadas à luz dos princípios da Qualidade na Educação Superior:
6. CONCLUSIONS
liderança (10%)
gestão das pessoas
(9%)
políticas e estratégia
(8%)
recursos (9%)
processos (14%)
satisfação dos colaboradores
(9%)
satisfação dos estudantes
(20%)
impacto na sociedade
(6%)
resultados de toda a atividade
(15%)
6. CONCLUSIONS
Não deverão os sistemas de informação ter pelo menos tanta qualidade
como os sistemas sociais a quem se destinam?
Sistemas de Informação
Universidade Conhecimento
LISBOA, ISCTE, 2 a 3 de Outubro de 2015 CAPSI 2015 – 15ª Conferência da APSI
FIM Slides em: www.slideshare.net/adfigueiredoPT