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Trabalho Realizado por:Carlos Castanheira, n.º7
Centro de Formação Profissional do SeixalEFA NS - Curso de Instalador de Painéis Solares
Área de Competência:Cultura, Língua e Comunicação
UFCD: CLC 7Fundamentos de Cultura, Língua e Comunicação
Formadora: Carmen Pimentel
Tema:
Trabalho Realizado por:Carlos Castanheira, n.º7
15/05/2014
Introdução ………………………………………………………….……..………………..………..... 3
Revolução Industrial ….……………………………………..……………..………….……........ 4
Revolução Industrial em Portugal ……………………………..……………..………........ 8
As Três Fases da Revolução Industrial ………………….……………..……………...... 13
Conclusão ..………………………………………………………….……………..……………...... 16
Webgrafia ..………………………………………………………….……………..……………...... 17
No âmbito do módulo de CLC 7 (Cultura, Língua e Comunicação), mais
concretamente no que diz respeito à área de Fundamentos de Cultura,
Língua e Comunicação, ministrado pela Formadora Carmen Pimentel,
coube‐me a tarefa de realizar um trabalho cujo tema é: “Revolução
Industrial”
Neste trabalho, irei tentar elaborar uma breve abordagem, dividido emtrês subtemas, sobre a Revolução Industrial nas suas três fases.
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A Revolução Industrial foi um conjunto demudanças tecnológicas que se iniciaram naEuropa no século XVIII e se expandiu pelomundo a partir do século XIX. Teve grandeimpacto na economia e nas relações detrabalho e produção, e implantoudefinitivamente o sistema capitalista. Comesta revolução deu‐se a substituição dotrabalho artesanal pelo assalariado com ouso de máquinas, a fabricação de novosprodutos químicos, maior aproveitamentoda energia da água, o uso crescente da
Até então, a maioria da populaçãoeuropeia vivia no campo e produzia o queconsumia. A produção era artesanal e oprodutor dominava todo o processoprodutivo. Países como a França e aInglaterra possuíam manufaturas, queeram grandes oficinas onde diversosartesãos realizavam tarefas manualmentee estavam subordinados ao proprietário damanufatura. O século XVIII foi marcado
energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas e ferramentas, foi tambémsubstituída a madeira e outros biocombustíveis pelo carvão.
pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor,principalmente os gigantes teares, revolucionaram o modo de produzir.
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A Inglaterra foi precursora na RevoluçãoIndustrial devido a diversos fatores,nomeadamente, possuir grandes reservasde carvão mineral no seu subsolo, aprincipal fonte de energia paramovimentar as máquinas e as locomotivasa vapor, ser detentora da mais importantezona de livre comércio da Europa, e a sualocalização geográfica ser privilegiada porse encontrar junto ao mar, o que facilitavaa exploração dos mercados ultramarinos. Asociedade da época era dominada por umaburguesia industrial, ansiosa por obtermaiores lucros, menores custos e produçãoacelerada, procurando alternativas paramelhorar a produção de mercadorias. Oêxodo rural e o crescimento populacionalsão também apontados como fatoresimpulsionadores à Revolução IndustrialInglesa.
Na Inglaterra do século XVIII, coexistiam diversas formas de trabalho industrial,tais como:
‐ As corporações, que realizavam um trabalho artesanal, já em fase de extinção.
‐ A indústria rural ou doméstica, que funcionava na zona rural, onde as famíliascamponesas fiavam, teciam e tingiam, inicialmente para as necessidades dafamília, produzindo tecidos de lã com rocas e teares de madeira. Com ocrescimento do comércio, passaram a produzir para o mercado. Surgindo ofornecedor que recebia o produto acabado para ser comercializado.
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O primeiro ramo da indústria a sermecanizado foi o da fiação e tecelagem dealgodão, com o tear hidráulico em 1769.Nesse mesmo ano, James Watt cria amáquina a vapor, que passou a ser a energiautilizada nas máquinas de fiar e tecer querevolucionou o modo de produzir. Foi nafabricação de tecidos que ocorreram os maisimportantes avanços técnicos no início daindustrialização. Se por um lado a máquinasubstituiu o homem, gerando milhares dedesempregados, por outro baixou o preçode mercadorias e acelerou o ritmo deprodução.
Na área de transportes, podemos destacar ainvenção das locomotivas a vapor (mariafumaça). Com estes meios de transportes,foi possível transportar mais mercadorias epessoas, num tempo mais curto e commenores custos.
A Revolução Industrial Inglesa provocou ocrescimento das cidades, que foraminvadidas por uma enorme massa operáriaque se concentrou a norte do país, Londres,que chegou a ter 1 milhão de habitantes.
‐ As manufaturas de fiação e tecelagem de algodão, que embora não possuíssemmáquinas, assemelhavam‐se às fábricas, reunindo operários em um só local,produzindo com certa divisão de trabalho.
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A precariedade das condições de trabalho nosector fabril instigou que os trabalhadores seorganizassem na luta por melhores condiçõeslaborais. As fábricas da época, eram locais commá iluminação, abafados e sujos. Os saláriosrecebidos pelos trabalhadores eram muitobaixos, trabalhava‐se até 18 horas por dia eestavam sujeitos a castigos físicos por parte dospatrões. Não havia direitos trabalhistas como,por exemplo, férias, auxílio por doença,descanso semanal remunerado ou qualqueroutro benefício. Quando desempregados,ficavam sem nenhum tipo de auxílio epassavam por situações de precariedade. Odescontentamento geral da classe trabalhadoralevou à existência de movimentos maisviolentos como o ludismo, também conhecidoscomo "quebradores de máquinas". Os ludistasinvadiam fábricas e destruíam os seusequipamentos numa forma de protesto erevolta relativamente à vida dos empregados eda mecanização do trabalho proporcionadopelo aparecimento da Revolução Industrial. Ocartismo, outro movimento surgido na época,era mais moderado na forma de atuação,optava pela via política, conquistando direitospolíticos para os trabalhadores. Formaram‐se as“trade unions” (espécie de sindicatos) com oobjetivo de melhorar as condições de trabalhoe direitos dos empregados.
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Enquanto no decorrer do Século XIX, naçõescomo a Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos eo Japão tiveram um grande progresso naagricultura, indústria e nos transportes, emPortugal as inovações chegaram mais tarde.
A agricultura constituía a principal atividadeeconómica do país, após 1851 o alargamentodas áreas cultivadas, a introdução dos adubosquímicos, a mecanização do sector e afundação de instituições de crédito agrícola,entre outros fatores, contribuíram para umcerto desenvolvimento da agricultura.
Mas vários eram os fatores que impediam queo desenvolvimento do país chegasse ao níveldos países da Europa ocidental.
•Instabilidade política e económica causadapelas invasões Francesas pela RevoluçãoLiberal e pela independência do Brasil;
•O regime de propriedade não favorecia odesenvolvimento da agricultura — no Suldominavam os proprietários absentistas e noNorte a propriedade era parcelada e dispersa;
•Atraso das técnicas agrícolas — ausência demecanização, de sistemas de irrigação e deregulação dos cursos dos rios, adubaçãodeficiente, falta de orientações e de apoiosoficiais na seleção de sementes e de culturas;
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•Mercado interno pouco desenvolvido;
•População ativa escassa e com falta de instrução;
•Distribuição desigual da população, mais concentrada no Norte e no litoral;
•Dificuldades nas deslocações e transportes.
Em 1851, iniciou‐se um período de desenvolvimento e modernização do reino, aque se deu o nome de Regeneração ou Fontismo. Na agricultura dividiu‐se a terra,tirando‐a à nobreza e ao clero, vendendo‐a à burguesia. Foi eliminado o direito de"morgadio" (o filho mais velho herdava toda a propriedade). Foram introduzidasnovas técnicas de cultivo (alternância de culturas, seleção de animais e desementes, uso de adubos químicos). Introduziram‐se novas alfaias e máquinasagrícolas. Foi divulgado o cultivo de novos produtos como a batata, o arroz e abeterraba, etc.
Em 1852, foi criado o Ministério das Obras Públicas,Comércio e Indústria, chefiado por António Maria FontesPereira de Melo, ministro de D. Maria II, D. Pedro V e D. Luís Ique deu grande impulso aos transportes e às comunicações:
•Melhorou a rede viária e ferroviária, construindo centenasde quilómetros de estradas, dezenas de pontes e o primeirotroço do caminho‐de‐ferro.
•Introduziu o telégrafo elétrico;
•Modernizou os correios com a introdução dos selos postais.
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A introdução da máquina a vapor nos
transportes foi uma das principais inovações.
A primeira viagem de comboio, em Portugal
teve lugar a 28 de Outubro de 1856
(Lisboa/Carregado). O comboio dinamizou a
economia, pois, levava mais pessoas, mais
mercadorias, demorava menos tempo e por
menos dinheiro, O comboio foi responsável
pela alteração de paisagens, pelo surgimento
Relativamente ao sector industrial, em meados do século XIX, o atraso era
igualmente significativo, para o qual contribuíram os seguintes fatores:
•Mercado interno pouco estimulante, devido ao baixo poder de consumo da
população;
•Necessidade de importação de matérias‐primas e maquinaria;
•Falta de interesse da burguesia em relação ao investimento na indústria;
•Falta de técnicos especializados, devido ao elevado nível de analfabetismo
existente no nosso país.
Só em 1875 se verificam progressos significativos, com a intensificação da
mecanização e com o crescimento do número de registo de patentes, o que levou
ao aumento da produtividade. Apesar do domínio dos têxteis, novos sectores se
afirmaram até finais do século XIX: vidro, tabaco. Cerâmica, moagem, indústria
química de tintas e vernizes, fósforos, cimento, conservas e sabão.
de novas localidades (Entroncamento) e novas profissões.
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A construção de obras públicas e o investimento na modernização, trouxe
problemas financeiros ao país, que não tendo capacidade de financeira, teve de
recorrer ao empréstimo estrangeiro. Apesar disso, as medidas tomadas
possibilitaram o emprego a um maior número de pessoas e a circulação de
pessoas e mercadorias, quebrando‐se o isolamento de muitas regiões do interior.
Portugal passou a estar em contacto mais direto com a Europa e o Mundo.
A dependência económica de Portugal, sobretudo em relação a Inglaterra,
aumentou com a revolução dos transportes e com a industrialização, pois
tínhamos de importar os materiais a empregar nesses sectores. O Estado
endividado foi obrigado a conceder privilégios e exclusividade de exploração de
importantes sectores da economia nacional, tais como: transportes,
comunicações, tabacos, fósforos, água, gás, eletricidade, exploração colonial.
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Apesar da evidente melhoria em todos os sectores, Portugal, não conseguiu a tão
desejada modernização que colocasse o país a par das grandes potências
industrializadas do mundo. Até ao início do seculo XX, as indústrias nacionais
mantiveram‐se pequenas, familiares e artesanais.
A população portuguesa aumentou rapidamente, devido a uma melhor
alimentação, ao desenvolvimento da medicina, à melhoria da higiene quer
individual quer das cidades e à não ocorrência de guerras. Porém, o povo
continuava dependente da agricultura e estava desigualmente distribuído pelo
país.
O litoral norte era a zona mais
povoada, devido aos solos mais
férteis á existência de portos
marítimos, de um maior
número de indústrias instaladas
e uma maior facilidade de
comunicações. Contudo, a
população do campo
continuava a viver mal, o que
levou muitas pessoas a
abandonem os campos para
irem à procura de emprego nas
nossas grandes cidades ou no
estrangeiro.
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A Primeira Revolução Industrial esplanada
neste trabalho (1760 a 1860) evoluiu para a
Segunda Revolução industrial, no período de
1860 a 1900. Esta segunda fase é caracterizada
por desenvolvimentos dentro da indústria
química, elétrica, de petróleo e de aço. São
construídos os primeiros navios de aço
movidos a vapor, é desenvolvido o avião e a
produção de bens de consumo, o enlatamento
de comidas, refrigeração mecânica e outras
técnicas de preservação, é também inventado o telefone. A segunda revolução
industrial é essencialmente o aprimoramento e melhoramento das tecnologias
introduzidas na primeira fase da revolução. É também marcada pelo desemprego
e pela migração de trabalhadores rurais para as cidades em busca de trabalho e
melhores condições de vida. A abundância da oferta de mão‐de‐obra, incluindo
mulheres e crianças, está intimamente ligada ao rebaixamento dos salários e à
degradação das condições de trabalho.
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Podemos distinguir a Terceira Revolução Industrial pela utilização de várias
fontes de energia, como o petróleo, hidroeléctrica, nuclear, eólica, solar, etc. e
pela crescente preocupação com a diminuição do uso das fontes de energia
poluidoras e aumento da energia limpa. São, agora, usadas tecnologias no
processo de produção, visando diminuir os custos e o tempo de produção. As
novas tecnologias trouxeram‐nos a diminuição crescente da necessidade de mão‐
de‐obra humana em prol das máquinas, sistemas automatizados, computadores
e robôs industriais. Desenvolve‐se a biotecnologia, ampliando a produção da
indústria de medicamentos e melhorando a sua qualidade e eficiência. Atingimos,
assim, a Globalização pela massificação dos produtos tecnológicos, ligados aos
meios de comunicação e Internet.
Vivemos atualmente em plena Terceira Revolução Industrial, que teve o seu
início em 1940, após o término da Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos
da América tomaram a liderança neste processo, tornando‐se a grande potência
económica desta fase. Caracteriza‐se esta etapa pelo uso de tecnologias
avançadas no sistema de produção industrial e por invenções tecnológicas, tais
como: robôs industriais, satélites de telecomunicações, computador pessoal (PC),
telefone celular, tablet, softwares, sistema de GPS, etc..
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A Globalização é um processo de integração económica, cultural, social e política
a nível mundial. Este fenómeno é originado pela necessidade crescente de
conquistar novos mercados, dando seguimento à doutrina originária da Primeira
Revolução Industrial. A ânsia na obtenção de maiores lucros, menores custos e
produção acelerada, investiga alternativas para melhorar a produção de
mercadorias. Assim, é frequente encontrarmos produtos com peças fabricadas
em várias partes do mundo, assim como, comprarmos um artigo fabricado do
outro lado do mundo, como por exemplo na China, mas onde foi utilizada a
matéria‐prima portuguesa.
A Terceira Revolução Industrial, é “O mundo num click”.
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Face ao trabalho que me foi proposto, realizei todas as pesquisas de informaçãopossível no sentido de apresentar um trabalho merecedor de uma leituraagradável e elucidativa.
Com a elaboração deste trabalho, fiquei a conhecer melhor e maisdetalhadamente as mudanças tecnológicas ocorridas ao longo dos seculos XVIII,XIX, XX e XXI. Assim como o impacto económico, social e produtivo do conjuntode transformações implantadas definitivamente pela Revolução Industrial nonosso país e no mundo.
Resta‐me dizer que este trabalho, para além de ter estimulado a minha vontadede pesquisar e ler, ajudou‐me na aprendizagem e aguçou a vontade de conhecercada vez mais, enriquecendo o meu saber cultural.
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http://www.suapesquisa.com/industrial/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial
http://www.historiadomundo.com.br/idade‐moderna/revolucao‐industrial.htm
http://revolucao‐industrial.info/
http://www.infoescola.com/historia/revolucao‐industrial/
https://repositorioaberto.uab.pt/handle/10400.2/446
http://mcquintas.paginas.sapo.pt/index46.html
http://luzdequeijas.blogs.sapo.pt/2131356.html
http://www.slideshare.net/batistarato/revoluao‐industrial
https://noseahistoria.wordpress.com/2011/05/19/a‐regeneracao‐1851‐1910‐2/
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