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REFERENCIAL CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE TUPI PAULISTA
Dezembro 2012
Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura, Turismo e Lazer
Rua Princesa Izabel, 385 – CEP 17.930-000 TUPI PAULISTA – SP
Fones (18) 3851-1159 / 3851-2286 e-mail: pmtupipta.educacao@abcrede.com.br
Dezembro de 2012, Tupi Paulista - SP
FICHA CATALOGRÁFICA
R257 Referencial Curricular dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Município de Tupi Paulista /
Organização de Vanda Moreira Machado Lima. Pauta Editora Educacional Ltda. Araçatuba-SP,
2012
183 p
1. Currículo. 2. Ensino Fundamental (ciclo I). 3. Escola Municipal. I. Lima, Vanda Moreira Machado.
II. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia. III. Título.
COORDENAÇÃO GERAL
Profa Dra Vanda Moreira Machado Lima
ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO
Adelmo Merighi Filho Alessandra Rodrigues Cezário Gomes
Aline Aparecida Cardoso Alarcon Fernandes Amanda de Oliveira Fatinansi
Ana Elisa Pontes Rocha Marques Ana Lúcia Vieira Costa Vello da Silva
Ana Paula Basso Aniele Balestra
Arcília Molina Trindade Ferreira Christiane Patuto Kovaleski
Cláudia Regina Cardin Segato Cleide Inácio Teixeira Beloni
Eliana Cenedes Jane Aparecida Loyola Calazans Barbosa
Karen Gabriela Fruck da Silva Cação Karina Zanetti Marques Pontes
Maria Angela de Souza Maria José Schimini dos Santos Maria Vaiz da Silva Rodrigues
Osmarina Peres Ferro Regina Miranda de Almeida Cavalari
Renata Ferregutti Rosa Maria Fernandes Campos
Sandra Valéria Dias Gonçalves Zerbetto Valdir Ariones Pimpinati Vanessa Cristina Piato
Vera Lúcia Pernas Pontes
Wania Bernaque Alegrette PARTICIPAÇÃO NA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO
Ana Lúcia dos Santos Donato Ariadne Aparecida Cardoso Fernandes da Rocha
Carmen Lúcia Vallezi Marin Denílson Alves de Souza Eudeny Campos Souza
Lourdes Alves da Cruz Grassi Maria Lúcia Pereira de Souza Urdiales Fonseca
Maria Neuza de Luna Baldoni Marilene Flumian Marques
Marisa Laura Berto Kuester Nilo Rosa Alice Terezinha Greco Feracini
Rosangela Camacho de Almeida Rosângela Olímpia Perpétuo Casotti
Vera Lúcia Bataglia Cenedese Willian Domingos Batista
PARECERISTAS NA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA/UNESP CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE, SP
Profa Dra. Eliane Maria Vani Ortega (Matemática) Doutorando Fábio Perboni (História)
Profa Dra. Fátima Aparecida Dias Gomes Marin (Geografia) Profa Dra. Katia Maria Roberto de Oliveira Kodama (Arte) Doutorando Marcos Vinícius Francisco (Educação Física)
Prof. Dr.Paulo César de Almeida Raboni (Ciências) Profa Dra. Renata Junqueira de Souza (Língua Portuguesa)
Prof. Dr. Silvio Nunes Militão Profa Dra. Vanda Moreira Machado Lima
ALUNOS DE GRADUAÇÃO
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA/ UNESP Jaqueline Santos Silveira
Larissa Bicho Janegitz Lucas Scarini Ferrari
Marli Rodrigues Cavalheiro Sabrina Goncalves do Prado Sá
REVISÃO
Maria Avelina Ramos Lima
DIAGRAMAÇÃO E PRODUÇÃO DA CAPA
Eliane de Matos Cândido
PREFEITURA MUNICIPAL DE TUPI PAULISTA
PREFEITO MUNICIPAL João Carlos Ferracini
VICE PREFEITO
Aparecida Maria de Souza Alonso
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, ESPORTE,
CULTURA, TURISMO E LAZER
SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO Rosa Maria Fernandes Campos
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA GERAL
Valdir Ariones Pimpinati
PSICOPEDAGOGA Christiane Patuto Kovaleski
PSICOLOGA
Aniele Balestra
EQUIPE DAS ESCOLAS MUNICIPAIS Escola ANA THEREZA COPETTI FERREIRA
Eliana Cenedes (diretora) Aline Aparecida Cardoso Alarcon Fernandes (coordenadora)
Escola EMÍLIA DIOGO DO AMARAL
Arcília Molina Trindade Ferreira (diretora) Alessandra Rodrigues Cezário Gomes (coordenadora)
Escola GENY BARBOSA GENOVEZ
Sandra Valéria Dias Gonçalves Zerbetto(diretora) Osmarina Peres Ferro (coordenadora)
APRESENTAÇÃO
Caros professores
É com muita satisfação que concluímos, após três
anos de estudo coletivo com a participação ativa e dedicada
dos docentes, coordenadores, diretores, psicóloga, psicope-
dagoga e a secretária de educação, o “Referencial Curricular
dos anos iniciais do Ensino Fundamental”. Orgulhamo-nos do
investimento em parceria com a Faculdade de Ciências e
Tecnologia (FCT/UNESP), tendo a Profa Dra Vanda M. M.
Lima como coordenadora geral dessa atividade, que resultou
na construção do mesmo, visando melhorias no processo en-
sino-aprendizagem de nossas Escolas Municipais.
Agradecemos o Prefeito João Ferracini que confi-
ou e apoiou nosso trabalho na Secretaria de Educação.
Esperamos que a partir deste documento, o trabalho edu-
cativo em nossas Escolas Municipais possa ser melhor
desenvolvido, propiciando às nossas crianças um ensino
público de qualidade.
Rosa Maria Fernandes Campos
Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura,
Turismo, Lazer
Secretária de Educação
Valdir Ariones Pimpinati
Coordenação Pedagógica Geral
O “Referencial Curricular dos anos iniciais do ensino
fundamental” resultou de um árduo trabalho de reflexões e
embasamento teórico de três anos (2010 a 2012), envolvendo
toda a equipe da Secretaria Municipal de Educação de Tupi
Paulista em parceria com professores do Departamento de
Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia
(FCT/UNESP), Campus de Presidente Prudente, SP num
Programa de Formação Contínua em Serviço.
Denominamos essa formação como SEMINÁRIO RE-
FLEXIVO, que consistiu em encontros mensais (2010 a 2012),
que promoveu a aprendizagem ativa, o debate, a estruturação
de conceitos, enfim, proporcionou a todos os participantes
uma reflexão aprofundada de determinado problema, a partir
de textos e em equipe, num clima de colaboração recíproca e
trabalho coletivo.
Os Seminários Reflexivos priorizaram as discussões e
escrita dos objetivos, conteúdos e das orientações didáticas
envolvendo as disciplinas de Arte, Ciências Naturais, Educa-
ção Física, Geografia, História, Matemática e Língua Portu-
guesa.
Parabenizo a Secretaria Municipal de Educação de
Tupi Paulista, SP, por ter propiciado aos profissionais dos a-
nos iniciais do Ensino Fundamental um espaço de formação
contínua em serviço para que eles se encontrassem, estudas-
sem, trocassem experiências, discutissem suas atividades e
ações. Espaço para que eles refletissem juntos sobre suas
práticas, suas dúvidas, suas certezas, seus conhecimentos.
Ações como essa contribuem muito para que a Escola Pública
possa garantir qualidade aos seus alunos.
Espero que o documento oriente um trabalho de qua-
lidade a todos os profissionais da educação do município. Foi
um grande prazer participar da elaboração do currículo dos
anos iniciais do Ensino Fundamental.
Profa. Dra. Vanda Moreira Machado Lima
Departamento de Educação
Faculdade de Ciências e Tecnologia
UNESP/ Presidente Prudente, SP
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................... 10
CAPÍTULO I
HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO COLETIVA DO
REFERENCIAL CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA ..................... 11
NECESSIDADES FORMATIVAS DOS DOCENTES 2009 .... 11
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO: SEMINÁRIO
REFLEXIVO 2010 A 2012 ......................................................... 12
ESCLARECENDO ALGUNS CONCEITOS ............................. 13
Currículo ............................................................................... 13
Matriz Curricular dos Anos Iniciais de Tupi Paulista ....... 15
Projeto Político-pedagógico e Plano de Ensino ............... 16
CAPÍTULO II
SUBSÍDIOS PARA O PROJETO PEDAGÓGICO DAS
ESCOLAS MUNICIPAIS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA ..................................... 18
OBJETIVOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS ............................ 19
Objetivos das Escolas da Rede Municipal de Educação de
Tupi Paulista: ....................................................................... 19
Objetivos da Escola Municipal Professora Ana Thereza
Copetti Ferreira .................................................................... 19
Objetivos da Escola Municipal Professora Emília Diogo
do Amaral ............................................................................. 20
Objetivos da Escola Municipal Professora Geny Barbosa
Genovez ............................................................................... 21
PAPEL DO PROFESSOR DA ESCOLA PÚBLICA DOS
ANOS INICIAIS .......................................................................... 21
Papel do Professor dos anos Iniciais da Rede Municipal
de Educação de Tupi Paulista ........................................... 21
9
Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal
Professora Ana Thereza Copetti Ferreira ......................... 22
Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal
Professora Emília Diogo do Amaral .................................. 22
Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal
Professora Geny Barbosa Genovez .................................. 22
PAPEL DO DIRETOR ................................................................ 23
PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO ....................... 24
PAPEL DA PSICÓLOGA ESCOLAR ....................................... 24
PAPEL DA PSICOPEDAGOGA ............................................... 25
PAPEL DA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO...... 26
CAPÍTULO III
SUBSÍDIOS PARA O PLANO DE ENSINO DOS PROFESSORES
DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA .......................................... 27
ARTE NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL . 27
CIÊNCIAS NATURAIS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL......................................................................... 41
EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL......................................................................... 57
GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL......................................................................... 71
HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL......................................................................... 89
MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL....................................................................... 105
LÍNGUA PORTUGUESA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL....................................................................... 138
REFERÊNCIAS ........................................................................ 182
10
INTRODUÇÃO
Este documento “Referencial Curricular dos anos ini-
ciais do Ensino Fundamental do Município de Tupi Paulista,
SP” foi resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal
de Educação de Tupi Paulista e a Faculdade de Ciências e
Tecnologia – UNESP, Campus de Presidente Prudente, De-
partamento de Educação, sob a coordenação geral da Profa
Dra Vanda Moreira Machado Lima com o objetivo de construir
ações de formação contínua de professores em serviço.
O trabalho teve início em 2009, com o objetivo de di-
agnosticar as necessidades formativas dos professores muni-
cipais, como subsídios para construir ações de formação con-
tínua em serviço. Em 2010, nos seminários reflexivos discuti-
mos o objetivo da escola pública, o papel do professor, do
diretor, do coordenador pedagógico e de outros profissionais
que atuam nas escolas municipais e refletimos sobre o con-
ceito de currículo. Em 2011, iniciamos a reflexão coletiva para
a construção do Currículo Municipal de Educação dos anos
iniciais do Ensino Fundamental nas áreas de Língua Portu-
guesa, Ciências, História e Geografia. Em 2012 retomamos o
que já havia sido elaborado e finalizamos o trabalho com re-
flexões nas áreas de Arte, Matemática e Educação Física.
Organizamos este documento em três capítulos. Inici-
almente com o histórico da construção do Referencial Curricu-
lar dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Município de
Tupi Paulista, com dados da pesquisa de 2009 e a descrição
das atividades do seminário reflexivo de 2010 a 2012. O Capí-
tulo II é constituído das bases norteadoras para o trabalho
pedagógico, visto que apresenta os objetivos das Escolas
Municipais e os papéis que cada profissional da educação
deve cumprir para assegurar um ensino de qualidade aos
nossos alunos. Este capítulo orientará a revisão dos projetos
político-pedagógicos das escolas. O Capítulo III consiste nu-
ma introdução, objetivos e conteúdos referentes às disciplinas
que compõem o currículo dos anos iniciais, sendo: Arte, Ciên-
cias, Educação Física, Geografia, História, Matemática e Lín-
gua Portuguesa. Este capítulo subsidiará a elaboração dos
Planos de Ensino dos professores das Escolas Municipais.
´
11
CAPÍTULO I
HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO COLETIVA DO REFEREN-
CIAL CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA
NECESSIDADES FORMATIVAS DOS DOCENTES 2009
Os dados pesquisados em 2009 demonstraram que a
maioria (94,4%) dos professores dos anos iniciais do Ensino
Fundamental manifestou interesse em participar de cursos de
formação continuada em serviço, o que pode demonstrar um
compromisso dos mesmo com o seu desenvolvimento profis-
sional.
Ao apontar o que um curso de formação contínua de-
veria contemplar, os professores indicaram o conteúdo a ser
trabalhado e, também, modalidades de formação. Quanto ao
conteúdo destacaram-se a “prática pedagógica na sala de
aula, articulação teórica e prática, debates, reflexões” (69,4%)
e as “necessidades do professor e da escola” (11,1%). Quan-
to às modalidades identificaram a necessidade dos cursos
serem “dinâmicos” (2,8%) e “propiciarem troca de experiên-
cias” (2,8%).
Constatamos que 73,7% das respostas dos professo-
res enfatizaram que um curso de formação contínua não de-
veria contemplar apenas teoria ou pouca prática. Essa ideia é
reforçada pelo fato de que 7,9% dos apontamentos docentes
revelam o descontentamento com cursos que tratam de as-
suntos descontextualizados de sua realidade.
Em relação às maiores necessidades formativas os
docentes registraram: a ausência de tempo para estudo
(15,1%), a necessidade de valorização profissional (15,1%),
a orientação da equipe pedagógica (15,1%) e a necessidade
de cursos para novos conhecimentos (11,3%). Tivemos 17%
dos professores que deixaram essa questão em branco.
Ao indagar os professores sobre os conteúdos consi-
derados mais difíceis e fáceis várias categorias foram men-
cionadas, mas observamos a necessidade de aprofundamen-
to e reflexão sobre o que ensinar nos anos iniciais do Ensino
Fundamental para assegurar uma formação de qualidade aos
alunos da Escola Pública.
Para atuar na docência, o professor precisa ter muitos
saberes, porém, o domínio do conhecimento da área específi-
ca de atuação é o primeiro e essencial saber. Ser professor
nos anos iniciais é uma tarefa complexa e desafiante. Exige-
12
se, dentre tantos saberes, o domínio do conhecimento de dife-
rentes áreas, como: Arte, Ciências, Educação Física, Geogra-
fia, História, Língua Portuguesa e Matemática.
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO: SEMINÁRIO RE-
FLEXIVO 2010 A 2012
Em função dos dados apresentados acima, sobre as
necessidades formativas dos professores, iniciamos a forma-
ção contínua em serviço cujo objetivo foi (re) construir coleti-
vamente o Currículo Municipal para os anos iniciais (2010 a
2012).
Nessa ação de reelaboração curricular da Secretaria
Municipal de Educação tornou-se imprescindível detectar
[...] o essencial, a “espinha dorsal” de cada área do conhe-cimento, é, mais que uma tarefa, um desafio, a ser enfren-tado pelos educadores em seu conjunto, pela equipe esco-lar como um todo. Impossível vencê-lo sem essa visão de totalidade, em que parte e todo, geral e específico se inter-relacionam, se interdependem e se determinam mutua-mente. Isto exige um trabalho articulado, integrado, coor-denado, unitário, em que professores das diferentes moda-lidades, graus, níveis, séries, termos, disciplinas, planejam, avaliam constantemente e reflitam em conjunto sobre o ge-ral e os específicos de seu trabalho, a partir de orientações básicas comuns (SAVIANI, 2009, p. 10).
A formação contínua em serviço tornou-se o que de-
nominamos de seminários reflexivos, que se constituíram de
encontros mensais, com início em 2010. Seminário, prioriza o
estudo de temas identificados como necessidades formativas
dos docentes cuja ideia central é promover a aprendizagem
ativa, o debate, a estruturação de conceitos, proporcionar a
“todos os participantes uma reflexão aprofundada de determi-
nado problema, a partir de textos e em equipe” (SEVERINO,
2002, p. 63), num clima de colaboração recíproca e trabalho
coletivo. Os seminários reflexivos enfatizaram a reflexão cole-
tiva sobre a reelaboração curricular, procurando entender e
definir “o quando, o como, o onde e também o quê e o para
que as crianças e jovens aprendem nas escolas” (COLL,
2006, p. 1).
Nos seminários reflexivos desenvolvemos a socializa-
ção do material da pesquisa, discussões com embasamento
teórico, reflexões coletivas da realidade municipal, articula-
ções com os demais profissionais que não participam da e-
quipe, decisões que constroem os novos rumos da pesquisa e
alteram o cotidiano das Escolas Municipais.
Com a parceria da Secretaria Municipal de Educação
e a Universidade formamos uma equipe que mudou a cada
13
ano letivo, ficando composta por uma diversidade de profis-
sionais: além dos professores dos anos iniciais participaram
também professores dos anos finais, membros da Secretária
Municipal, diretores, coordenadores pedagógicos, psicóloga,
psicopedagoga, pesquisadora, alunos de graduação e profes-
sores universitários convidados. A diversidade de profissio-
nais assegurou uma experiência inovadora na formação de
professores, pois acreditamos que todos são responsáveis
pela melhoria da qualidade da educação do município. A par-
ticipação da equipe priorizou os profissionais efetivos e foi
assegurada pela Secretaria Municipal de Educação, visto que
eles eram dispensados das atribuições regulares e tinham
como tarefa socializar as atividades com seus colegas de tra-
balho.
Os sistemas de ensino devem proporcionar as suas
escolas momentos coletivos de reflexão sobre a proposta cur-
ricular, que discutam o que é próprio de cada série, de cada
idade, de cada nível de ensino e permita a construção de uma
proposta curricular centrada no interior da escola, responsável
por pensar e produzir seu currículo, “onde o profissional se
forma e forma, ensinando e aprendendo a conviver e a apren-
der” (MOREIRA, 2004).
Constatamos que a Rede Municipal de Tupi Paulista
garantiu espaço para que os professores “se encontrem, es-
tudem, troquem experiências, discutam sobre suas atividades
e ações, reflitam juntos sobre suas práticas, sobre as ques-
tões que os afligem [...] (RIBAS e CARVALHO, 1999, p.39), é
um modo de contribuir para um ensino de qualidade. A refle-
xão coletiva favorece um nível cada vez mais elevado de
consciência da prática e uma compreensão crítica da ativida-
de docente baseada na teoria.
ESCLARECENDO ALGUNS CONCEITOS
Nas discussões sobre a elaboração do currículo dos
anos iniciais percebemos a necessidade de esclarecer alguns
conceitos.
Currículo
Em nossas discussões verificamos que a palavra cur-
rículo, ao longo da história da educação e de acordo com ca-
da época, teve vários significados. Entendida, às vezes, prati-
camente como sinônimo de uma lista de conteúdos, foi consi-
derada também como experiência de aprendizagem e, final-
14
mente, referiu-se aos Planos de Ensino. Nesta pesquisa,
compreendemos Currículo como o conjunto de experiências
de aprendizagem, organizado sob responsabilidade da esco-
la, girando em torno do conhecimento escolar, que representa
sua matéria-prima e contribui para a formação cidadã de nos-
sos alunos. O “Currículo define o que ensinar, o para quê en-
sinar, o como ensinar e as formas de avaliação, em estreita
colaboração com a didática” (LIBÂNEO, 2001, p. 141), confi-
gurando assim a projeção, o desdobramento do projeto peda-
gógico. SACRISTÁN (1998), por sua vez, define o Currículo
como a concretização da posição da escola face à cultura
produzida pela sociedade. Desse modo, o Currículo comunica
princípios essenciais de uma proposta educativa, aberta ao
exame crítico para que possa ser traduzida em prática. Assim
concebido, o Currículo é elemento crucial na escola que en-
volve vários aspectos, e não apenas os conteúdos. No entan-
to, acreditamos que
[...] os conteúdos não são mágicos: eles dependem de todo um arranjo que envolve metodologia, relação professor-aluno, utilização do espaço, condições materiais, enfim, os vários fatores que fazem a mágica funcionar. No entanto, eles também têm poder. Poder de motivar, poder de atrair. Poder de criar o prazer da descoberta, bem como de
suscitar o tédio que acompanha o inútil ou o incompreensível. Poder de chacoalhar corações e mentes, de gerar crítica, compreensão, revolta, admiração. O que eu conheço, como eu penso e o que eu sinto me dizem muito sobre o mundo. Esse poder dos conteúdos nos ajuda na busca de atingir nossos objetivos na educação. Não faz muito sentido pensar em conteúdo sem pensar em objetivo, são duas coisas que devem andar juntas (FERNANDES, 2010, p. 11).
Torna-se essencial que os professores dos anos inici-
ais possam discutir e debater coletivamente a construção do
Currículo. Esse processo de selecionar, organizar e sistemati-
zar os conhecimentos a serem ensinados e aprendidos na
escola exige uma reflexão coletiva que considere a realidade
municipal.
Vale ressaltar que o Currículo pode ser caracterizado
como:
- Oculto: tudo que os alunos aprendem no espaço
escolar a partir de exemplos e atitudes de todos os profissio-
nais que atuam na escola.
- Formal: o que é escrito em documentos (Projeto Po-
lítico-pedagógico, Plano de Ensino, outros) para ser ensinado
aos alunos.
15
- Real: os conhecimentos que são ensinados de fato
no dia-a-dia da sala de aula.
Matriz Curricular dos Anos Iniciais de Tupi Paulista
A Matriz Curricular refere-se à divisão das disciplinas
e suas respectivas cargas horárias para cada grupo de alu-
nos, seja ano ou série de acordo com a nomenclatura utiliza-
da na escola. No caso da Secretaria Municipal de Educação
de Tupi Paulista, conforme a Lei (Resolução SME nº 4/2011,
de 15 de dezembro de 2011) a matriz curricular está descrita
abaixo:
MATRIZ CURRICULAR DO MUNICÍPIO DE TUPI PAULISTA:
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Disciplinas/ nº de aulas
1º ano
2º ano
3º Ana
4º ano
5º ano
Língua Por-tuguesa
12 12 10 7 6
História 1 1 1 2 2
Geografia 1 1 1 2 2
Ciências 1 1 1 2 2
Matemática 5 5 7 7 8
Arte 1 1 1 1 1
Educação Física
1 1 1 1 1
Informática 1 1 1 1 1
Música 1 1 1 1 1
Inglês 1 1 1 1 1
Total Geral por Semana
25 25 25 25 25
16
Projeto Político-pedagógico e Plano de Ensino
Fazer planos é, provavelmente, do conhecimento do
homem desde que ele se descobriu com capacidade de
PENSAR, ANTES DE AGIR.
Planejar é o contrário da improvisação, é organizar
adequadamente um conjunto de ações interdependentes.
Uma ação improvisada é uma ação não planejada.
O plano é um documento escrito que materializa um
determinado momento do planejamento, é a apresentação de
forma organizada de um conjunto de decisões.
[...] atividade e previsão da ação a ser realizada, implicando definição de necessidades a atender, objetivos a atingir den-tro das possibilidades, procedimentos e recursos a serem empregados, tempo de execução e formas de avaliação (LI-BÂNEO, 2001, p. 12).
O Projeto Político-pedagógico é um documento da
Escola, elaborado coletivamente por todos os sujeitos envol-
vidos em ações educativas no espaço escolar. Ele apresenta
a proposta educativa da escola, como os objetivos da escola,
sua articulação com a comunidade. A direção da escola é
responsável por operacionalizar sua elaboração e discussão.
O Projeto Político-pedagógico deve estar articulado com a
Matriz Curricular e o Referencial Curricular do Município que
pode ser reelaborado de quatro em quatro anos.
A Resolução nº 4, de 13/7/2010, que fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação Básica, apresenta uma
proposta de estrutura para o Projeto Político-pedagógico, con-
tendo os seguintes itens:
I – Diagnóstico da realidade dos sujeitos do processo edu-
cativo;
II – Concepção: educação, conhecimento, avaliação da a-
prendizagem e mobilidade escolar;
III – Perfil real dos sujeitos: crianças, jovens e adultos nos
aspectos: intelectual, cultural, emocional, afetivo, socioeco-
nômico, refletindo as relações vida-conhecimento-cultura pro-
fessor-estudante e instituição escolar;
IV – Bases norteadoras da organização do trabalho pedagó-
gico;
V – Definição de qualidade das aprendizagens;
VI – Fundamentos da gestão democrática (órgãos colegia-
dos e de representação estudantil);
VII – Programa de acompanhamento, acesso e permanên-
cia dos estudantes e de superação da retenção escolar;
17
VIII - Programa de formação inicial e continuada dos pro-
fissionais da educação, regentes e não regentes;
IX – Ações de acompanhamento sistemático dos resulta-
dos do processo de avaliação interna e externa (Sistema de
Avaliação da Educação Básica – SAEB, Prova Brasil, dados
estatísticos, pesquisas sobre os sujeitos da Educação Bási-
ca), incluindo dados do IDEB;
X – Concepção da organização do espaço físico da institu-
ição escolar que seja compatível com as características de
seus sujeitos, as normas de acessibilidade, a natureza e as
finalidades da educação, deliberadas e assumidas pela co-
munidade educacional (Resolução nº 4/2010, art. 44).
O PLANO DE ENSINO é um documento elaborado
pelos professores, contendo sua proposta de trabalho para
cada disciplina e série/ano. Ele deve estar articulado com a
Matriz Curricular e o Referencial Curricular do Município, além
do Projeto Político-pedagógico da Escola.
O Plano de Ensino segundo Fusari (1990) deve conter
alguns itens, como:
- Objetivos (para que ensinar e aprender?);
- Conteúdos (o que ensinar e aprender?);
- Metodologia (como e com o que ensinar e aprender?);
- Tempo e espaço (quando e onde ensinar e aprender?);
- Avaliação (como e o que foi efetivamente ensinado e a-
prendido?).
Observa-se que o foco é ENSINAR, mas também
APRENDER.
Vale ressaltar que o Projeto Político-pedagógico da
Escola, o Referencial Curricular e os Planos de Ensino “se
complementam, se interpenetram e compõem o corpo do pla-
no de currículo da escola” (FUSARI, 1990, p. 48).
18
CAPÍTULO II
SUBSÍDIOS PARA O PROJETO PEDAGÓGICO DAS ES-
COLAS MUNICIPAIS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA
A partir de discussões teóricas e revisão dos Projetos
Pedagógicos das Escolas Municipais dos anos iniciais de Tupi
Paulista elaboramos, coletivamente, os objetivos abaixo que
subsidiarão a revisão das ações educativas nas escolas.
Apresentamos, também, alguns trechos da legislação
educacional atual sobre o currículo das escolas brasileiras:
O objetivo do Ensino Fundamental segundo a LDB
9.394/96, art. 32, é a formação básica do cidadão, median-
te:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do siste-ma político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
As escolas, segundo a LDB 9.394/96, art. 12, respei-
tadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, te-
rão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e fi-nanceiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus fi-lhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a fre-quência e rendimento dos alunos, bem como sobre a exe-cução da proposta pedagógica da escola; VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do per-centual permitido em lei.
Os docentes, segundo a LDB 9.394/96, art. 13, deve:
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do es-tabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a pro-posta pedagógica do estabelecimento de ensino;
19
III - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, a-lém de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissio-nal; VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
O grupo decidiu elaborar um objetivo para cada esco-
la e, posteriormente, elaboramos um geral para todas as Es-
colas dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Secretaria
Municipal de Educação de Tupi Paulista, SP.
OBJETIVOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS
Objetivos das Escolas da Rede Municipal de Educação de Tupi Paulista:
1. Garantir acesso, permanência e aprendizagem de todos os
alunos;
2. Proporcionar um ensino de qualidade, favorecendo o de-
senvolvimento integral dos alunos, garantindo a estes o aces-
so à cultura, aos conhecimentos historicamente acumulados,
formação de valores, solidariedade e tolerância na vida social;
3. Considerar em suas Propostas Pedagógicas princípios éti-
cos (autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito ao
bem comum); estéticos (sensibilidade, criatividade, ludicidade,
diversidade de manifestações artísticas e culturais) e políticos
(direitos e deveres de cidadania, criticidade, respeito à ordem
democrática) conforme prevê as DCNs;
4. Acompanhar os resultados de avaliações externas e inter-
nas, visando progressão no desenvolvimento contínuo dos
envolvidos no processo de ensino/aprendizagem;
5. Elaborar, discutir e implementar o Regimento Escolar e ou-
tras normas que se fizerem necessárias, através da reflexão
coletiva com vias ao consenso e bem comum;
6. Estabelecer maior articulação entre escola e família.
Objetivos da Escola Municipal Professora Ana Thereza Copetti Ferreira
Objetivo geral
Proporcionar um ensino de qualidade, favorecendo o
desenvolvimento integral, contribuindo e garantindo a forma-
ção do sujeito/cidadão democrático, partindo dos interesses e
características da comunidade escolar.
20
Objetivos específicos
1. Assegurar a todos acesso e compreensão do conhecimen-
to historicamente acumulado, reconhecendo a importância de
se contemplar todas as áreas do conhecimento (linguagens,
ciências e matemática, conforme DCN);
2. Proporcionar um ensino respeitando as fases de desenvol-
vimento e ritmo individual de aprendizagem dos alunos, le-
vando em consideração os seus interesses e os aspectos lú-
dicos;
3. Valorizar e fortalecer os vínculos de família, laços de soli-
dariedade e tolerância recíprocas, respeitando as diferenças;
4. Compreender a dinâmica social, tendo em vista a constru-
ção de valores, construção de respeito mútuo, valorização do
coletivo e do diálogo, permeados pela afetividade;
5. Fortalecer os Conselhos Escolares e entidade estudantil,
desenvolvendo uma gestão participativa;
6. Assegurar construção da autonomia intelectual, moral e
social, desenvolvendo a capacidade de aprender pela vida
toda.
Objetivos da Escola Municipal Professora Emília Diogo do Amaral
1. ENSINAR, valorizando os conhecimentos prévios e preo-
cupando-se com a realidade de cada aluno.
2. RESPEITAR o ritmo de cada aluno, baseado no diálogo e
na compreensão entre os pares.
3. PROMOVER o desenvolvimento cognitivo dos alunos, o-
portunizando desafios, através das possibilidades de cada
um.
4. UTILIZAR bons métodos de ensino, baseados na proposta
pedagógica da escola.
5. VALORIZAR a equipe escolar (direção, funcionários, pro-
fessores e alunos), enfocando os aspectos positivos de cada
um, tendo em vista a consciência plena de seus direitos e de-
veres.
6. QUALIFICAR a equipe escolar.
7. PARTICIPAR e envolver toda a equipe escolar na busca da
formação dos alunos.
8. RESPEITAR a diversidade em uma convivência integrada,
afetividade com o outro, solidariedade e companheirismo.
21
9. FORMAR para atuar em sociedade, tendo em vista a aqui-
sição de conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes
e valores.
Objetivos da Escola Municipal Professora Geny Barbosa Genovez
Proporcionar aos educandos situações de aprendiza-
gem que contribuam para o seu desenvolvimento integral,
privilegiando a função social dos conteúdos, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de
atitudes e valores.
PAPEL DO PROFESSOR DA ESCOLA PÚBLICA DOS
ANOS INICIAIS
O grupo decidiu definir o papel do professor de cada
escola e, posteriormente um para a Secretaria Municipal de
Educação.
Papel do Professor dos anos Iniciais da Rede Municipal de Educação de Tupi Paulista
1. Garantir aprendizagem significativa de todos os alunos,
considerando a gestão do espaço da sala de aula, proporcio-
nando também possibilidade para que os alunos progridam
em atividades futuras (trabalho e estudos posteriores);
2. Utilizar métodos e estratégias eficazes de acordo com a
natureza do conteúdo, o perfil de aprendizagem do aluno e o
contexto educacional e social;
3. Estabelecer atitudes que sejam condizentes com relações
éticas, cooperativas e afetivas, pautadas no respeito a seus
pares, alunos e a hierarquia;
4. Participar efetivamente das atividades relativas à escola:
planejamento, reuniões pais e mestres, cursos de formação
continuada e em serviço, conselhos escolares;
5. Ser sensível a reflexões sobre sua própria prática, auto
avaliando-se constantemente para retomada dos objetivos
propostos pela escola;
6. Dominar o conteúdo e buscar aperfeiçoamento.
22
Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal Professora Ana Thereza Copetti Ferreira
1. Direcionar a ação docente, utilizando-se de métodos efica-
zes e afetividade, por meio da mediação competente e crítica
entre os alunos, os conteúdos do ensino e o contexto educa-
cional e social;
2. Participar efetivamente das atividades de planejamento,
estudos e articulação da comunidade escolar, valorizando o
diálogo e o trabalho coletivo em busca de consenso;
3. Proporcionar um ensino de qualidade considerando o pro-
cesso e a aprendizagem significativa;
4. Organizar o espaço da aula, considerando os objetivos
propostos em cada conteúdo;
5. Ser coerente com a teoria adotada pela escola e seus obje-
tivos, articulando teoria e prática de maneira ética.
Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal Professora Emília Diogo do Amaral
1. Construir aprendizagem significativa;
2. Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos;
3. Estabelecer a afetividade com o outro;
4. Ser pesquisador;
5. Atualizar- se;
6. Dominar o conteúdo;
7. Ser um bom exemplo;
8. Preparar o aluno;
9. Promover reflexão;
10. Estimular o lado positivo do aluno;
11. Utilizar o erro como aprendizagem;
12. Buscar a autoavaliação;
13. Promover desafios;
14. Ser criativo, dinâmico e inovador.
Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal Professora Geny Barbosa Genovez
1. Garantir que todos os alunos aprendam de acordo com
seus limites e suas potencialidades, utilizando boas metodo-
logias de ensino.
2. O professor deve ensinar o aluno a pensar, questionar e a
ler a realidade de forma democrática para que possa construir
opiniões próprias.
23
PAPEL DO DIRETOR
1. Desenvolver uma Gestão Participativa e Democrática (dis-
cussão dos problemas e dificuldades em conjunto, busca do
consenso sobre os problemas e as soluções, realizar reuniões
para reflexão, análise, troca de experiência e tomada de deci-
sões).
2. Integrar diferentes sujeitos envolvidos no espaço escolar:
professores, funcionários, alunos, pais e Secretaria Municipal
de Educação e comunidade em geral.
3. Articular os diversos setores: pedagógico, administrativo e
financeiro.
Pedagógico: em parceria com o coordenador pedagógi-
co: planejamento, avaliação, PPP, promover formação
continuada desenvolvimento profissional (professor e alu-
no).
Administrativo: conferir e assinar documentos, fortalecer
a gestão de pessoal e material, supervisionar e orientar os
trabalhos dos funcionários.
Financeiro: zelar pelo patrimônio, solicitar materiais para
Secretaria.
4. Comunicar, socializar e disponibilizar informações das
decisões da escola.
5. Supervisionar a avaliação da produtividade da escola (in-
terna e externa).
6. Planejar e Coordenar Conselhos de Classe junto com a
coordenação.
7. Ter conhecimento da legislação educacional.
8. Ter atitudes: compromisso com a qualidade do ensino,
liderança, gerir práticas de cooperação; equilíbrio entre com-
petência e pessoal; articulação entre teoria/discussão e práti-
ca/ações; saber se comunicar e ouvir.
9. Algumas ações:
a) Construir objetivos e metas coletivas para escola;
b) Realizar reuniões para reflexão, análise, troca de ex-
periências e tomada de decisões;
c) Tornar a instituição um espaço de aprendizagem para
todos;
d) Incluir o envolvimento dos alunos na organização da
escola;
e) Compartilhar a responsabilidade pedagógica com os
pais.
24
PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
1. Coordenar, articular, integrar o trabalho do professor para
um ensino de qualidade.
2. Proporcionar um espaço de formação contínua aos profes-
sores (HTPCs, orientações, leituras, reuniões para reflexões,
análise, troca de experiência e tomada de decisões, etc).
3. Acompanhar, supervisionar e orientar o planejamento pe-
dagógico da sala de aula (plano de ensino, adequação de
conteúdos e metodologias, alcance dos objetivos, práticas
avaliativas que contemplam conjuntamente aspectos do pro-
cesso e dos resultados com foco na aprendizagem dos alu-
nos, gestão da classe, orientação para uma melhor aprendi-
zagem dos alunos, diagnóstico dos alunos com dificuldades,
escolha de livros; etc.).
4. Coordenar a construção e avaliação do PPP da escola
(construir objetivos e metas coletivas para a escola).
5. Planejar e coordenar Conselhos de Classe junto com a di-
reção.
6. Ter atitudes: compromisso com a qualidade do ensino, lide-
rança, gerir práticas de cooperação; equilíbrio entre compe-
tência e pessoal; articulação entre teoria/discussão e práti-
ca/ações; saber se comunicar e ouvir.
7. Algumas ações:
a) Construir objetivos e metas coletivas para escola.
b) Realizar reuniões para reflexão, análise, troca de ex-
periências e tomada de decisões.
c) Tornar a instituição um espaço de aprendizagem para
todos.
d) Incluir o envolvimento dos alunos na organização da
escola.
e) Compartilhar a responsabilidade pedagógica com os
pais.
PAPEL DA PSICÓLOGA ESCOLAR
A Psicologia Escolar é o ramo da Psicologia que es-
tuda o processo de ensino/aprendizagem, desenvolvendo
seu trabalho em conjunto com os educadores, buscando tor-
nar o processo de aprendizagem mais efetivo e significativo
para o educando, principalmente no que diz respeito à moti-
vação e às dificuldades de aprendizagem.
Enquanto campo de atuação tem como objetivo anali-
sar intervir nos processos que constituem a nossa subjetivi-
25
dade, visando que os objetivos educacionais sejam alcança-
dos e contribuindo para a recuperação dos alunos.
O psicólogo na escola trabalha para auxiliar no pro-
cesso de ensino-aprendizagem, no aspecto cognitivo e emo-
cional de cada indivíduo. Seu papel é definido pelas caracte-
rísticas da instituição na qual está atuando, considerando os
costumes, o nível sócioeconômico e cultural do seu público
alvo.
Papel do Psicólogo Escolar na Escola Pública de Tupi
Paulista
1. Remeter encaminhamentos necessários para outros profis-
sionais.
2. Realizar diagnóstico dos alunos com dificuldades afetivas,
comportamentais e emocionais, relacionadas à psicologia.
3. Planejar ações de intervenção junto a esses alunos.
4. Orientar os gestores, os professores e os pais dos alunos
em questão.
5. Fazer a devolutiva aos gestores/professores do trabalho
desenvolvido com alunos com dificuldades afetivas, compor-
tamentais e emocionais.
PAPEL DA PSICOPEDAGOGA
A Psicopedagogia estuda o processo de aprendiza-
gem e suas dificuldades, englobando vários campos do co-
nhecimento.
Para alcançar seus objetivos, busca na Psicologia, na
Lingüística, na Psicanálise, na Fonoaudiologia, na Medicina e
na Pedagogia, subsídios teóricos que sustentem a prática psi-
copedagógica, que é entendida como o conhecimento dos
processos de aprendizagem nos seus aspectos cognitivos,
emocionais e corporais.
Historicamente, a Psicopedagogia nasceu para aten-
der a patologia da aprendizagem, mas tem se voltado cada
vez mais para uma ação preventiva, acreditando que muitas
dificuldades de aprendizagem se devem à inadequada Peda-
gogia Institucional e Familiar.
O papel do Psicopedagogo exige um profundo conhe-
cimento dos grupos com os quais ele trabalha, bem como um
equilíbrio emocional e um código de ética profissional muito
bem elaborado e digerido, pois trabalhar com grupos é estar
permanentemente em conflitos.
26
Papel da Psicopedagoga da Escola Pública de Tupi Pau-
lista
1. Desenvolver a triagem dos alunos e realizar encaminha-
mentos necessários para outros profissionais.
2. Realizar diagnóstico dos alunos com dificuldades de a-
prendizagem.
3. Planejar ações de intervenção junto aos alunos com dificul-
dades de aprendizagem (projetos de prevenção).
4. Orientar gestores, professores e pais com alunos que apre-
sentam dificuldades de aprendizagem.
5. Fazer a devolutiva aos gestores/professores do trabalho
desenvolvido com alunos com dificuldades de aprendizagem.
PAPEL DA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
1. Buscar uma educação pública de qualidade para a rede
municipal.
2. Organizar, viabilizar, supervisionar, avaliar, colocar em prá-
tica as políticas públicas educacionais.
3. Ter a visão do todo (Rede Municipal) e das partes (Unida-
des Escolares).
4. Proporcionar formação e valorização a todos os profissio-
nais da educação (professores, direção, funcionários, psico-
pedagoga e psicóloga).
5. Desenvolver a integração entre as unidades escolares.
6. Ter atitudes: compromisso com a qualidade do ensino, lide-
rança, responsabilidade, gerir práticas de cooperação; equilí-
brio entre competência profissional e pessoal; articulação en-
tre teoria/discurso e prática/ações; saber se comunicar e ou-
vir.
7. Algumas Ações:
a) Elaborar propostas de avaliação do trabalho das es-
colas;
b) Realizar reuniões para reflexão, análise, troca de ex-
periências e tomada de decisões.
27
CAPÍTULO III
SUBSÍDIOS PARA O PLANO DE ENSINO DOS PROFES-
SORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DOS ANOS INICIAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA
ARTE NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
A nomenclatura Arte para a disciplina passa a ser
considerada obrigatória no Currículo da Educação Básica com
a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional 9.394/96 (LDB/96). “O ensino de arte
constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos
níveis da educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos” (LDB/96, art. 26, 2º).
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte
(PCNs) para os anos iniciais do Ensino Fundamental a
proposta foca como conteúdos as quatro linguagens da Arte:
artes visuais, dança, música e teatro que devem ser
trabalhadas, envolvendo três eixos norteadores: a produção, a
fruição e a reflexão.
A produção refere-se ao fazer artístico e ao conjunto de questões a ele relacionadas, no âmbito do fazer do aluno e dos produtores sociais de arte. A fruição refere-se à apreciação significativa de arte e do universo a ele relacionado, onde esta ação contempla a fruição dos alunos e da produção histórico-social em sua diversidade. A reflexão refere-se a construção de conhecimento sobre o trabalho artístico pessoal, dos colegas e sobre a arte como produto de história e da multiplicidade das culturas huma-nas, com foco na formação cultivada do cidadão (BRASIL, 1997, p. 56).
Neste sentido, faz-se essencial que o professor traba-
lhe com a fruição, reflexão e produção.
Fruição: Promover vivências para que o aluno possa
apreciar a arte, compreender e utilizar as linguagens artísti-
cas, mantendo uma atitude de busca pessoal ou coletiva, arti-
culando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação
e a sensibilidade.
Reflexão: Promover vivências para que o aluno pos-
sa identificar, relacionar e compreender as linguagens artísti-
cas como fato histórico nas diversas culturas, conhecendo e
respeitando as produções do patrimônio cultural e universal,
identificando a existência de diversidade cultural.
28
Produção: Promover vivências para que o aluno pos-
sa conhecer, selecionar e utilizar materiais, suportes, instru-
mentos, procedimentos e técnicas nos trabalhos pessoais e
coletivos, explorando e pesquisando suas qualidades expres-
sivas e construtivas nas linguagens artísticas.
A arte tem como objetivo “desenvolver a percepção e
a imaginação, aprender a realidade do meio ambiente, desen-
volver a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo analisar a
realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a
mudar a realidade que foi analisada” (BARBOSA, 2003, p.
18).
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pen-samento artístico, que caracteriza um modo particular de
dar sentido às experiências das pessoas: por meio dele, o aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. Aprender arte envolve, basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. En-volve, também, conhecer, apreciar e refletir sobre as
formas da natureza e sobre as produções artísticas indivi-duais e coletivas de distintas culturas e épocas (BRASIL, 1997, p.15).
Após as discussões, leituras, trabalhos em grupo
subsidiados pela Profa. Dra. Kátia Kodama da FCT/UNESP,
especialista na área, elaboramos algumas diretrizes para o
ensino da Arte na Rede Municipal:
- planejar o trabalho a partir de projetos, elaborar um por se-
mestre, buscando articular as quatro linguagens da ARTE:
artes visuais, dança, música e teatro;
- envolver os três objetivos gerais da ARTE no projeto: conhe-
cer e refletir sobre a arte; fazer/produzir formas artísticas e
apreciar a arte;
- contemplar no projeto o global e o local, utilizando, sempre
que possível, artistas internacionais, nacionais e locais;
- trabalhar os projetos com “temas geradores” subsidiados por
Paulo Freire. Para pensar o projeto: “Delimita-se um tema ou
um problema [...]. Inicia-se um processo de pesquisa. Busca-
se e seleciona-se fontes de pesquisa. São estabelecidos crité-
rios de organização e interpretação das fontes. São recolhidas
novas dúvidas e perguntas. São estabelecidas relações com
outros problemas. [...] Recapitula-se (avalia-se) o que se a-
prendeu. [...]” (HERNÁNDEZ, 2000).
Considerando a proposta do PCN de Arte para os a-
nos iniciais do Ensino Fundamental e as diretrizes citadas a-
cima a Rede Municipal de Educação de Tupi Paulista tem
como objetivos no ensino de Arte:
29
- trabalhar de forma integrada com todas as linguagens artís-
ticas artes visuais, dança, música e teatro – a partir da elabo-
ração de projetos, envolvendo os temas geradores;
- promover vivências aos alunos que integrem momentos de
apreciação, reflexão e produção;
- conhecer e saber identificar arte como fato histórico contex-
tualizado, conhecendo, respeitando e podendo observar pro-
duções locais, regionais, nacionais e internacionais a fim de
contribuir para a construção da identidade pessoal e social
dos alunos.
Para alcançar estes objetivos os temas geradores que
nortearão a elaboração de projetos são:
Temas geradores
Turma 1º semestre 2º semestre
1º ano Natureza:
bichinhos de jardim Jardim de Monet
2º ano Crianças e seus
retratos
Brinquedos e
Brincadeiras
3º ano Animais Grécia Antiga
4º ano Ser Humano Paisagens
5º ano Cultura Indígena Cultura Africana
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A didática do ensino de Arte deve garantir aos alunos
momentos de atividades interessantes que estimulem a ima-
ginação, a criação, o fazer e pensar sobre a arte, exercitando
seus modos de expressão e comunicação.
O conhecimento da linguagem da arte, por meio de
projetos, favorece a aprendizagem significativa do aluno, cri-
ando motivação e oportunidade de trabalho com autonomia.
“Trabalhar com projetos exige uma reflexão constan-
te, e é por meio dela que podemos avaliar todos os passos
planejados e já realizados, para dar sequencia às ações”
(MARTINS, PICOSQUE, GUERRA, 2009, p. 155).
As sugestões de procedimentos metodológicos en-
contram-se descritas nos quadros abaixo. Vale ressaltar que
cada professor deverá a partir dos subsídios apresentados
elaborar seu Projeto e Plano de Ensino, articulando as quatro
linguagens da Arte: artes visuais, dança, música e teatro.
Vale ressaltar que os conteúdos estão em negrito nos
quadros abaixo.
A pesquisa na internet é uma ótima aliada para a ela-
boração de projetos interessantes na área de Arte, visto que
há uma diversidade de imagens (desenho didático, fotografi-
30
as, obras de arte, outras) e vídeos relacionados aos temas
geradores. O importante é diversificar as aulas e ampliar o
conhecimento das crianças.
A avaliação será processual, tendo como foco a ela-
boração de um portfólio e a realização de atividades de auto-
avaliação e avaliação coletiva.
31
1º ano Disciplina: ARTE Tema Gerador: BICHINHOS DE JARDIM e O JARDIM DE MONET
Objetivo geral: Trabalhar, de forma integrada, com todas as linguagens artísticas - artes visuais, teatro, música e dança – enfatizan-
do os bichinhos do jardim e o jardim de Monet.
Objetivos específicos Conteúdos/ Procedimentos
1. Conhecer, apreciar e pro-
duzir arte, enfatizando o te-
ma gerador.
2. Oportunizar o conheci-
mento da vida e obra dos
artistas que retratam o tema
gerador.
3. Dramatizar os sons e mo-
vimentos presentes na natu-
reza.
ARTES VISUAIS
História da Arte: Vida e obra dos artistas que retratam o tema estudado. Artistas indicados: Mau-
rits Cornelis ESCHER (1º semestre /escolher os desenhos de bichos que são encontrados em jar-
dins) e Claude MONET (2º semestre). Leitura de imagens dos artistas.
Pintura: Releitura de obras de arte dos artistas estudados (releitura não é copiar as imagens,
mas oferecer oportunidade para que os alunos se expressem após conhecer as obras dos artistas
estudados). Pintura de desenhos feitos pelos colegas. Pintura em superfícies diversas como madeira,
plástico e tecido. Pintura com tinta a dedo, guache, anilina sobre superfície já desenhada pelos alu-
nos. Cores primárias (vermelho, azul e amarelo). Figura/fundo.
Desenho: de memória, de observação, de imaginação (a partir das obras que a criança já viu em sala
de aula). Linhas, superfícies e texturas. Desenhos com giz em superfícies como calçadas e muros.
Lápis de cera grossos e curtos. Papéis claros e amplos.
Cinema: vídeos/filmes para crianças sobre o tema estudado. Fotografia: Observação direta da natu-
reza e de fotografias retratando o tema. Xerox das fotografias para serem coloridas com anilina. A-
presentar fotografias da natureza.
Escultura: criação tridimensional de elementos da natureza (conhecidas ou da imaginação). Mode-
lagem com a inserção de objetos como flores, sementes, pedrinhas, pequenos galhos e folhas, entre
32
4. Apreciar músicas, vídeos
e danças abordando o tema
gerador.
outros. Confeccionar com as crianças em sala a massa de farinha e sal para modelagem.
DANÇA: Movimentos improvisados e Brincadeiras de roda. Movimentos elaborados pelas crian-
ças representando elementos da natureza e passos improvisados. Sugestão: “O cravo brigou com a
Rosa”.
MÚSICA: Escuta do silêncio e dos sons da natureza. Criação de sons com a boca, com as mãos,
com o corpo. Apreciação e canto de músicas envolvendo o tema abordado.
TEATRO: Jogos dramáticos de imitação de elementos da natureza, de personagens de histórias e
de desenhos animados. Pequenas cenas com representações “de faz de conta” envolvendo estes
personagens. Máscaras de papel, bonecos manipulados com as mãos, criados com pedaços de pa-
no. Sugestão: “O cravo brigou com a Rosa”.
Sugestões de artistas Maurits Cornelis ESCHER e Claude MONET
33
2º ano Disciplina: ARTE Tema gerador: CRIANÇAS E SEUS RETRATOS/BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
Objetivo Geral: Trabalhar, de forma integrada, com todas as linguagens artísticas - artes visuais, teatro, música e dança, enfati-
zando o tema gerador.
Objetivos específicos Conteúdos /Procedimentos
1. Conhecer, apreciar e produzir arte, enfati-
zando o tema gerador.
2. Oportunizar o conhecimento da vida e obra
dos artistas estudados que retratam o tema
gerador.
3. Valorizar as produções dos alunos mediante
a organização de exposições.
4. Conhecer atores/atrizes e músicos do muni-
cípio ou região.
5. Valorizar a música e a dança através de vi-
vências de algumas brincadeiras e cantigas in-
fantis.
ARTES VISUAIS
História da Arte: Vida e obra de artistas que retratam o tema gerador.
Pintura: Releitura de obras de arte de artistas que retrataram o tema gerador,
destacando os elementos pertencentes e constituintes de uma pintura, como
figura, fundo e cores. Utilização de tinta guache sobre superfícies diferenciadas.
Cores secundárias (alaranjado, verde e violeta). Componentes do desenho
(linhas, texturas).
Desenho: ponto, linhas e texturas com direção, extensão e modulação. De-
senho de memória, de imaginação e de observação. Desenhos continuados
partindo de imagens já iniciadas. Desenhos de brinquedos e brincadeiras co-
nhecidos e imaginários. Pesquisa de superfícies feitas sobre texturas diversas:
cimento, crochês, moedas, folhas, etc.(frotagem ver exemplos na internet )
Fotografia: observação de fotografias de crianças de diferentes nacionalida-
des. Pesquisa e observação de fotografias de brinquedos e brincadeiras atuais
e antigas. Vídeos feitos pela família ou pela escola. Observação de suas foto-
grafias.
34
6. Apreciar músicas, vídeos e danças, abordan-
do o tema gerador estudado.
7. Conhecer diferentes brincadeiras infantis (lo-
cais, nacionais e internacionais) ao longo do
tempo.
Cinema: vídeos/filmes para crianças sobre o tema estudado
Escultura: Construção de brinquedos com sucata e exposição (Objeto tridi-
mensional).
DANÇA: Dança espontânea. Danças que envolvam as brincadeiras infantis.
MÚSICA: Escuta de rádio e introdução de música instrumental. Visitas de mú-
sicos da comunidade em sala de aula para demonstração de instrumentos e
repertório. Canto de músicas que envolvam as brincadeiras infantis e de prefe-
rência das crianças. Sugestão: escutar Barbatuques
TEATRO: Jogos teatrais (faz de conta), improvisações sobre a vida de crian-
ças. Bonecos e máscaras feitos com materiais alternativos como tecidos, gesso
e adereços diversos para expressar sentimentos. Visita de atores e atrizes de
Tupi ou região em sala de aula.
Sugestões de artistas Artes visuais: Portinari (brinquedos), Monet, Murilo (espanhol), Picasso
Teatro: Artistas locais e regionais
Música: Barbatuques e Palavra Cantada (grupos brasileiros)
35
3º ano Disciplina: ARTE Tema gerador: ANIMAIS e GRÉCIA ANTIGA
Objetivo Geral: Trabalhar, de forma integrada, com todas as linguagens artísticas - artes visuais, teatro, música e dança, enfati-
zando o tema gerador.
Objetivos específicos Conteúdos /Procedimentos
1. Conhecer, apreciar e produzir
arte, enfatizando o tema gerador.
2. Oportunizar o conhecimento da
vida e obra dos artistas estudados
que retratam o tema gerado.
3. Valorizar as produções dos alu-
nos mediante a organização de
exposições.
4. Conhecer músicos, destacando
os do município ou região.
5. Conhecer diferentes ritmos mu-
sicais.
ARTES VISUAIS
História da Arte: Vida e obra de artistas que retratam o tema gerador.
Pintura: Releitura de obras de arte de artistas que retrataram o tema gerador. Pintura em
diversos papéis e cores com diferentes objetos (pente, esponja, escova). Pintura escorrida,
lavada e de impressões digitais. Cores terciárias, cores quentes e frias cores comple-
mentares.
Desenho: Desenho cego, desenho só com a mão esquerda e com as duas mãos, simulta-
neamente. Desenho continuado partindo de uma imagem ou fotografia.
Fotografia: Entrevista com fotógrafos locais. Orientação com fotógrafo do município sobre
técnicas para fotografar. Fotografar animais, observar as fotografias e selecionar algumas
para uma exposição. Observar fotografias em preto e branco e colorida. Pesquisar os princi-
pais fotógrafos brasileiros. Visita a um estúdio fotográfico. Linguagem fotográfica. Como
surgiu e como eram feitas as fotografias. Análise de fotografias de estúdio, de moda, de re-
gistros e de vendas de produtos. Revolução da fotografia digital.
Cinema: vídeos/filmes para crianças sobre o tema estudado
Escultura: o alto e o baixo-relevo na modelagem, em argila (figuras de animais diversos).
Diferenciação entre o tridimensional e bidimensional. Visita a um zoológico.
36
6. Compreender alguns aspectos
da linguagem fotográfica.
DANÇA: Entrevista com pessoas que gostam de dançar. Vivenciar algumas coreografias de
dança (balé ou outras). Assistir espetáculos de dança (ao vivo ou em vídeo). Dançar de im-
proviso ao som de diferentes ritmos musicais. Dança folclórica.
MÚSICA: Ouvir diferentes ritmos musicais. Entrevista com músicos da comunidade e de-
monstração de diferentes instrumentos musicais. Ouvir música regional da Grécia atual e da
Grécia antiga.
TEATRO: Dramatização de pequenas cenas relacionada ao tema gerador com enredo,
roteiro e cenário, enfatizando a entonação de voz e expressão facial. Encenar uma fábula –
estudar as Fábulas de Esopo.
Sugestões de artistas Artes visuais: Pinturas da Pré-história, Egito Antigo que retratam animais e Aldemir Martins.
Pinturas dos vasos Gregos.
Música: músicas que falam de animais e que imitam animais como os pios de passarinhos.
Música do nordeste “Asa Branca”
Sugestões: Animais: dinossauros.
Grécia Antiga: mitologia, centauro, minotauro, outros.
37
4º ano Disciplina: ARTE Tema gerador: SER HUMANO e PAISAGENS
OBJETIVO GERAL: Trabalhar, de forma integrada, com todas as linguagens artísticas - artes visuais, teatro, música e dança, en-
fatizando o tema gerador.
Objetivos específicos Conteúdos / Procedimentos
1. Conhecer, apreciar e
produzir arte, enfatizando o
tema gerador.
2. Oportunizar o conheci-
mento da vida e obra dos
artistas estudados que re-
tratam o tema gerador.
3. Refletir sobre as diferen-
tes formas de retratar o ser
humano nas artes visuais.
4. Valorizar as produções
dos alunos mediante a or-
ganização de exposições.
ARTES VISUAIS
História da Arte: Vida e obra de artistas que retratam o tema gerador. Reflexão sobre a situação
do ser humano retratada nas obras de arte e a intenção dos pintores. Estudar o fotógrafo Sebastião
Salgado, Leonardo da Vinci e Picasso (foco no ser humano). Pesquisa de pintores que retratam pai-
sagens.
Pintura: estilo (figurativa, abstrata, tatuagem, mural, grafite, pichação). Formas de pintar (tintas
naturais, guache, acrílica, a óleo). Figura-fundo.
Desenho: Tipos de desenho (representativo e abstrato). Desenho com lápis preto, carvão, som-
bra, só com cores. Desenho de traços finos e grossos. Análise de desenhos feitos por artistas, como
“estudos”, antes de realizar uma pintura. Desenho do corpo dos colegas observando as diferenças.
Desenho de sentimentos humanos (medo, alegria, susto, tristeza). Desenho partindo de impressões
digitais.
Escultura: origem da argila. Modelagem com diferentes materiais (jornal, plástico, tecido, massa de
modelar, papel machê) e texturas (pedras, tecidos, jornal, plástico, flores, folhas). Montagens de
figuras representando o ser humano e paisagens a partir de materiais alternativos (apresentação
das esculturas gregas antigas).
38
5. Conhecer pintores, músi-
cos e dançarinos, desta-
cando os do município e
região.
6. Vivenciar através da
dança algumas coreografi-
as.
Fotografia: Observação de fotografias de Sebastião Salgado.
DANÇA: Elementos: tempo, espaço, movimento, pontos de apoio (convidar dançarinos). Assis-
tir espetáculos de dança (ao vivo ou em vídeo). Vivenciar algumas coreografias de dança (balé ou
outras). Dançar de improviso ao som de diferentes ritmos musicais. Elaboração de uma coreografia.
Diferenciação entre o dançarino e coreógrafo.
MÚSICA: Escuta de diferentes ritmos musicais. Propriedades dos sons (timbre, intensidade,
altura e duração), convidar músicos. Canto de músicas que falem da realidade dos jovens no
Brasil. Comparecimento em apresentações musicais. Entrevista com músicos da comunidade e de-
monstração de diferentes ritmos musicais. Diferenciação entre cantor e compositor.
TEATRO: Improvisações de cenas familiares, extrafamiliares e escolares. Jogos de improvisação
com regras. Improvisações com cena em que hajam conflitos para ser solucionados. História e con-
fecção de fantoches e de bonecos de diferentes culturas, utilizando dedo, papel, jornal enrolado,
meias e luvas.
Sugestões de artistas Artes visuais: Sebastião Salgado e Leonardo da Vinci e Picasso.
Dança: artistas locais e regionais, strike dance, rap, jazz
Música: artistas locais e regionais
39
5º ano Disciplina: ARTE Tema gerador: CULTURAS INDÍGENA e AFRICANA
Objetivos gerais: Trabalhar, de forma integrada, com todas as linguagens artísticas - artes visuais, teatro, música e dança, enfati-
zando o tema gerador “Culturas indígena e africana”.
Conhecer e saber identificar arte como fato histórico contextualizado, conhecendo, respeitando e podendo observar produções
locais, regionais, nacionais e mundiais, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos.
Objetivos específicos Conteúdos/Procedimentos
1. Conhecer, apreciar e produzir arte,
enfatizando o tema gerador.
2. Oportunizar o conhecimento da vida
e obra dos artistas estudados que re-
tratam o tema gerador.
3. Valorizar a cultura indígena e a cultu-
ra africana como matrizes da cultura
brasileira.
ARTES VISUAIS
História da arte: arte indígena (plumária, pinturas corporais, cestaria, cerâmica), arte
africana (máscaras e bonecos).
Pintura: releituras de obras de arte indígena e africana. Tintas naturais (referência à
obra de Maria Lucina Busato Bueno). Pintura em diversos papéis e cores com diferentes
objetos (pente, esponja, escova). Pintura escorrida, lavada e de impressões digitais.
Desenho: de memória, de observação, de imaginação observando proporção, figura e
fundo. Introdução do desenho em quadrinhos, de charges e do cartum.
Escultura: o alto e o baixo-relevo na modelagem, em argila (potes indígenas e másca-
ras). Máscaras africanas (conchas, contas e pedaços de corda).
Fotografia: Observação de fotografias dos povos indígena e africano.
DANÇA: Danças indígenas e africanas. Danças criadas pelas crianças. Assistir ví-
deos sobre essas danças e depois elaborar uma coreografia. Assistir espetáculos de
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4. Conhecer a arte indígena e a arte
africana expressas por meio das dife-
rentes linguagens: artes visuais, dança,
música e teatro.
5. Valorizar as produções dos alunos
mediante a organização de exposições.
6. Conhecer músicos e pintores, desta-
cando os do município e região.
7. Compreender alguns elementos do
teatro.
dança (ao vivo ou em vídeo).
MÚSICA: Músicas indígenas, africanas e populares. Conhecer músicos brasileiros
de origem indígena ou africana. Visitar tribos indígenas.
TEATRO: Função das máscaras e pinturas corporais dos índios e dos povos africanos.
Confecção de máscaras dos índios brasileiros e de tribos africanas. Criação de perso-
nagens com expressões corporais, vocais, gestuais e faciais utilizando maquiagem,
figurino e adereços. Pequenas cenas com enredo, roteiro, cenário. Assistir peças de
teatro. Visita a um prédio de teatro. Elaboração de uma pequena peça teatral: envol-
vendo roteiro, cenário, personagens, ensaios e apresentação, abordando o tema
gerador.
Sugestões de artistas Artes visuais: Artes Africana e Indígena
Dança: Africana e Indígena
Música: artistas locais e regionais/ Gilberto Gil, Milton Nascimento. Ritmos e músicas
indígena e africana
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CIÊNCIAS NATURAIS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Nas Ciências Naturais o processo de construção do
conhecimento científico pelo aluno deve ser enfatizado, no
entanto, essa construção se faz gradualmente. Nos primeiros
ciclos o aluno constrói repertórios de imagens, fatos e noções,
sendo que o estabelecimento dos conceitos científicos se con-
figura nos ciclos finais do ensino fundamental (BRASIL,
1997a).
O professor é responsável pela conduta da aula, por-
que ele é referência na sala para o aluno. Ele deve orientar o
caminhar do aluno, criando situações interessantes e signifi-
cativas, fornecendo informações que permitam a reelaboração
e a ampliação dos conhecimentos prévios, propondo articula-
ção entre os conceitos construídos, para organizá-los em um
corpo de conhecimentos sistematizados. Sua tarefa é selecio-
nar, organizar e problematizar corretamente as atividades,
como texto, desenhos, escrita, solução de problemas, respei-
tando a vivência da criança e, quando for preciso intervir, cor-
rigindo-a, mas de forma que não venha a causar traumas e
com isso promover um avanço no desenvolvimento intelectual
do aluno, na sua construção como ser social (BRASIL,
1997a).
Em Ciências Naturais são procedimentos fundamen-
tais aqueles que permitem a investigação, a comunicação e o
debate de fatos e idéias. Faz-se essencial utilizar nas aulas
diferentes procedimentos que possibilitam a aprendizagem,
como: observação, experimentação, comparação, estabele-
cimento de relações entre fatos ou fenômenos e idéias, leitura
e escrita de textos informativos, organização de informações
por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos,
proposição de suposições, confronto entre suposições e entre
elas e os dados obtidos por investigação, proposição e solu-
ção de problemas.
No processo ensino-aprendizagem deve-se incentivar
as atitudes de curiosidade, de respeito à diversidade de opini-
ões, a persistência na busca e compreensão das informações,
as provas obtidas por meio de investigações, de valorização
da vida em sua diversidade, de preservação ambiental, de
apreço e respeito à individualidade e à coletividade.
Em relação aos objetivos do Ensino das Ciências Na-
turais, Libâneo (1994) afirma que deve-se priorizar “o conhe-
cimento e a reflexão sobre o uso social das tecnologias tendo
42
em vista o aproveitamento racional dos recursos ambientais;
formação dos alunos para a preservação da vida e do ambi-
ente; aquisição de conhecimentos, habilidades e hábitos rela-
cionados com a saúde e com a qualidade de vida; a supera-
ção de crendices, superstições e preconceitos”.
Conforme o PCN o ensino das Ciências Naturais deve
reconstruir a relação homem-natureza, ou seja, conscientizar
o aluno desde cedo a cuidar da natureza, respeitando-a, para
se tornar um adulto com responsabilidade (BRASIL, 1997a).
Os objetivos do PCN para o 1º ciclo que correspon-
dem aos 1º, 2º e 3º anos no Município de Tupi Paulista são
- Observar, registrar e comunicar algumas semelhanças e diferenças entre diversos ambientes, identificando a pre-sença comum de água, seres vivos, ar, luz, calor e solo e características específicas dos ambientes diferentes. - Estabelecer relações entre características e comporta-mentos do seres vivos e condições do ambiente em que vivem, valorizando a diversidade da vida. - Observar e identificar características do corpo humano e alguns comportamentos nas diferentes fases da vida ho-mem e mulher, aproximando-se a noção de ciclo vital do ser humano e respeitando as diferenças individuais. - Reconhecer processos e etapas de transformação de ma-teriais em objetos; - Realizar experimentos simples sobre materiais e objetos do ambiente para investigar características e propriedades dos materiais e de alguma forma de energia;
- Utilizar características e propriedades de materiais, obje-tos, seres vivos para elaborar classificações; - Formular perguntas e suposições sobre o assunto em es-tudo; - Organizar e registrar informações por meio de desenhos, quadros, esquemas, listas e pequenos textos, sob orienta-ção do professor; - Comunicar de modo oral, escrito e por meio de desenhos, perguntas, suposições, dados e conclusões, respeitando as diferentes opiniões e utilizando as informações obtidas para justificar suas idéias; - Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à alimentação e à higiene pessoal, desenvol-vendo a responsabilidade no cuidado com o próprio corpo e com os espaços que habita (BRASIL, 1997a, p. 63-65).
Os objetivos do PCN para o 2º ciclo que correspon-
dem aos 4º e 5º anos no Município de Tupi Paulista são
- Identificar e compreender as relações entre solo, água e seres vivos nos fenômenos escoamento da água, erosão e fertilidade do solo, nos ambientes ur-bano e rural; - Caracterizar causas e consequências da poluição da água, do ar e do solo; - Caracterizar espaços do planeta possíveis de serem ocupados pelo homem, considerando as condições de qualidade de vida; - Compreender o corpo humano como um todo inte-grado e a saúde como bem- estar físico, social e psí-quico do indivíduo;
43
- Compreender o alimento como fonte de matéria e energia para o crescimento e manutenção do corpo, e a nutrição como conjunto de transformações sofridas pelos alimentos no corpo humano: a digestão, absor-ção e o transporte de substâncias e eliminação de re-síduos, - Estabelecer relação entre a falta de asseio corporal, a higiene ambiental e a ocorrência de doenças no homem, - Identificar as defesas naturais e estimuladas (vaci-nas) do corpo; - Caracterizar o aparelho reprodutor masculino e feminino, e as mudanças no corpo durante a puberdade, respeitando as diferenças individuais do corpo e do comportamento nas várias fases da vida; - Identificar diferentes manifestações de energia, luz, calor, eletricidade e som - e conhecer alguns processos de trans-formação de energia na natureza e por meio de recursos tecnológicos; - Identificar os processos de captação, distribuição e arma-zenamento de água e os modos domésticos de tratamento da água - fervura e adição de cloro - relacionado-os com as condições necessárias à preservação da saúde; - Compreender a importância dos modos adequados de destinação das águas servidas para a promoção e manu-tenção da saúde; - Caracterizar materiais recicláveis e processos de tratamento de alguns materiais do lixo-matéria orgânica, papel, plástico, etc; - Formular perguntas e suposições sobre o assunto estu-dado; -Buscar e coletar informações por meio da observação di-reta e indireta, da experimentação, de entrevistas e visitas,
conforme requer o assunto em estudo e sob orientação do professor; - Confrontar suposições individuais e coletivas com infor-mações obtidas, respeitando as diferentes opiniões, e ree-laborando suas ideias diante das evidências apresentadas; - Organizar e registrar as informações por intermédio de desenhos, quadros, tabelas, esquemas, gráficos, listas, textos e maquetes de acordo com as exigências do assun-to em estudo, sob orientação do professor; - Interpretar as informações por meio do estabelecimento de relações de dependência, de causa e efeito, de se-quências e de forma e função; - Responsabilizar-se no cuidado com os espaços que habi-ta e com o próprio corpo, incorporando hábitos possíveis e necessários de alimentação e higiene no preparo dos ali-mentos, de repouso e lazer adequados, - Valorizar a vida em sua diversidade e a preservação dos ambientes (BRASIL, 1997a, p. 84-86).
A partir dos estudos e análises da área elaboramos os
objetivos do ensino de Ciências Naturais para os anos iniciais
do Ensino Fundamental de Tupi Paulista:
Objetivo Geral – 1º ano: Proporcionar momentos de investi-
gação de temas ou problemas de interesse científico e cultural
acerca do corpo humano, da saúde e do meio ambiente.
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Objetivos Gerais – 2º ano:
- Compreender o meio ambiente como um todo dinâmico,
sendo o ser humano agente de transformação;
- Investigar temas acerca do corpo humano e da saúde, dis-
tinguindo hábitos saudáveis de alimentação e higiene;
- Introduzir noções de conhecimento científico e recursos tec-
nológicos como meio para melhorar a qualidade da vida hu-
mana.
Objetivo Geral – 3º ano: Compreender o mundo e atuar co-
mo indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de
natureza científica e tecnológica.
Objetivo Geral – 4º Ano: Desenvolver competências para
compreender as relações do homem com o meio físico e am-
biental e atuar como indivíduo e cidadão, utilizando conheci-
mentos de natureza científica e tecnológica.
Objetivos Gerais – 5º Ano:
- Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o
ser humano parte integrante e agente das transformações do
mundo em que vive.
- Identificar relações entre conhecimento científico, produção
de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em
sua evolução histórica;
- Compreender a saúde como bem individual e comum
que deve ser promovida pela ação coletiva.
A proposta do PCN de Ciências Naturais para os anos
iniciais do Ensino Fundamental aborda três blocos de conteú-
dos. Abaixo, apresentamos alguns exemplos de conteúdos
para cada bloco:
a) AMBIENTE: Ecossistemas (As unidades de vida do
planeta; Ambientes naturais; Ambientes construídos: o ser
humano e o meio; A destruição do meio ambiente: a polui-
ção). Estudo da natureza e do ambiente (as relações do ho-
mem com o meio físico e ambiental; natural e construído);
Seres vivos: alimentação, sustentação, locomoção e reprodu-
ção; Reprodução de diferentes seres vivos; Água; Solo; Ca-
deia Alimentar; dentre outros.
b) SER HUMANO E SAÚDE: Apresentamos alguns
exemplos de conteúdos: Corpo e comportamento dos sexos e
animais em diferentes fases da vida: nascimento, infância,
juventude, idade adulta e velhice; Preservação da saúde; Ati-
tudes e comportamentos (alimentação, higiene ambiental e
corporal; Aparelhos e sistemas: digestão e respiração; Apare-
lho reprodutor masculino e feminino; Sexualidade e as dife-
rentes fases da vida, etc.); dentre outros.
45
c) RECURSOS TECNOLÓGICOS: Recursos naturais
e tecnologia (os recursos naturais, a energia, as matérias-
primas e os materiais elaborados); Água; Lixo; Solo; Sanea-
mento básico (focando a tecnologia);dentre outros.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Em relação à metodologia, alguns autores criticam a
utilização exclusiva de questionário no ensino de Ciências
Naturais. Segundo Spinozza (2007) o questionário é um pro-
cedimento que está enraizado na escola que não auxilia na
aprendizagem. Eles “não ajudam a interpretar nem favorecem
a construção de um leitor crítico e autônomo. Outras interven-
ções didáticas, principalmente as que envolvem problematiza-
ções, são mais adequadas” (SPINOZZA, 2007, p. 21).
De acordo com o PCN a proposta metodológica para
o ensino de Ciências Naturais deve envolver:
a) PROBLEMATIZAÇÃO: É preciso que os conteúdos
a serem trabalhados se apresentem como um problema a ser
resolvido. No entanto, o professor deve distinguir quais ques-
tões são problemas para si próprio e quais terão sentido para
os alunos, estando, portanto adequadas às suas possibilida-
des cognitivas. Além de observar entre as questões quais de
fato mobilizam para a aprendizagem – problemas – e outras
que não suscitam nenhuma mobilização. A problematização
busca promover mudança conceitual.
b) BUSCA DE INFORMAÇÕES EM FONTES VARIA-
DAS: É um procedimento importante para o ensino e aprendi-
zagem de Ciências, pois permite ao aluno obter informações
para a elaboração de suas idéias e atitudes, contribui para o
desenvolvimento de autonomia com relação à obtenção do
conhecimento. O PCN sugere:
Observação: O professor deve propor desafios que
motivem os alunos na observação, na busca por detalhes de
determinados objetos, para que o mesmo objeto seja percebi-
do de modo cada vez mais completo e diferente do modo ha-
bitual. A observação pode ocorrer no contato direto com os
objetos de estudo: ambientes, animais, plantas, máquinas
industriais e outros objetos que estão disponíveis no meio, ou
mediante recursos técnicos por meio de microscópio, telescó-
pio, fotos, filmes ou gravuras.
Experimentação: Na experimentação a ideia é que o
professor desenvolva uma atividade que proceda à demons-
tração de um fenômeno. Para tanto, é preciso que os alunos
com auxilio de professor elaborem um guia de experimento.
46
Assim os alunos realizarão por si mesmos as ações sobre os
materiais, discutirão os resultados e organizarão as anotações
sobre o experimento.
Leituras de textos informativos: É necessário investir
no ensino e aprendizagem da leitura e escrita de diversos tex-
tos informativos. Além do livro didático, outras fontes ofere-
cem textos informativos: enciclopédias, livros paradidáticos,
artigos de jornais e revistas, folhetos de campanhas de saúde,
de museus, textos da mídia informatizada, etc. Cada texto
informativo tem estrutura e finalidade próprias, além de trazer
informações diferentes e, muitas vezes, divergentes sobre um
mesmo assunto.
c) SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS: O pro-
fessor deve organizar sistematizações de conhecimentos,
parciais e gerais, para cada tema estudado por sua classe. Ao
final das investigações/estudos sobre o tema, recuperam-se
os aspectos fundamentais das sistematizações parciais e ge-
rais, produzindo-se, então, a síntese final.
d) PROJETOS: Todo projeto é desenhado com uma
sequência de etapas que conduzem o aluno ao produto dese-
jado. São elas: definição do tema, escolha do problema, con-
teúdos e atividades necessários ao tratamento do problema,
objetivos que nortearam a investigação, fechamento do proje-
to que busca reunir e organizar os dados, interpretá-los, res-
ponder ao problema inicial proposto e também organizar a-
presentações ao público interno e externo à classe. A avalia-
ção é uma etapa fundamental no projeto e deve ocorrer du-
rante toda a investigação.
A avaliação não deve ser apenas através de questio-
nário, mas de diversas maneiras como a de interpretar situa-
ções determinadas (interpretar uma história, uma figura um
texto ou trecho de texto, um problema ou um experimento),
além de realizar comparações, estabelecer relações e fazer
registros.
O erro precisa ser tratado como elemento que sinaliza
ao professor a compreensão efetiva do aluno, servindo para
reorientar a prática pedagógica e avançar na construção de
seu conhecimento. Permite ao aluno entrar em contato com
seu próprio processo de aprendizagem, perceber que há dife-
renças entre o senso comum e os conceitos científicos, sendo
necessário aplicar diferentes domínios de ideias em diferentes
situações (BRASIL, 1997a).
47
1º ano Disciplina: CIÊNCIAS NATURAIS
Objetivo geral: Proporcionar momentos de investigação de temas ou problemas de interesse científico e cultural acerca do corpo huma-
no, da saúde e do meio ambiente.
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Reconhecer a importância da preservação do meio ambiente
Compreender a importância da água como recurso natural e fonte de vida para
os seres vivos
Meio ambiente: água
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Estabelecer relações entre o meio ambiente e as formas de vida, valorizando
sua importância para a preservação das espécies e para a qualidade da vida
humana
Identificar as características dos seres vivos estudados
Meio ambiente: preservação da fauna e flora
Seres vivos: ser humano, animal e vegetal
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Conhecer e valorizar o próprio corpo
Desenvolver hábitos saudáveis de alimentação;
Corpo humano
Alimentação saudável
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Valorizar hábitos de higiene pessoal
Entender a higiene pessoal como forma de prevenção de doenças Higiene pessoal
48
2º ano Disciplina: CIÊNCIAS NATURAIS
Objetivos gerais: Compreender o meio ambiente como um todo dinâmico, sendo o ser humano agente de transformação;
Investigar temas acerca do corpo humano e da saúde, distinguindo hábitos saudáveis de alimentação e higiene;
Introduzir noções de conhecimento científico e recursos tecnológicos como meio para melhorar a qualidade da vida humana.
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Reconhecer e diferenciar os seres vivos e os não vivos
Reconhecer o solo, a água, o ar e o sol como elementos necessários à existência e pre-
servação da vida
Compreender o ciclo de vida dos seres vivos: nascer, crescer, reproduzir e morrer
Meio ambiente e seus recursos naturais
Seres vivos e não vivos
Água tratada
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2 bimestre
Identificar tipos de vegetais presentes no nosso dia-a-dia
Reconhecer as partes dos vegetais: raiz, caule, folhas, flores e frutos
Vegetais e suas partes
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Relacionar os animais e os ambientes em que vivem
Caracterizar os tipos de animais: mamíferos e ovíparos
Reconhecer alguns animais como fonte de alimento
Animais
Vacinação dos animais
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4 bimestre
Reconhecer e identificar algumas partes do corpo humano
Reconhecer os cinco órgãos dos sentidos
Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, desenvolvendo a responsabilida-
de e o cuidado com o próprio corpo e com os espaços em que habita
Corpo humano
Órgãos do sentido
Higiene do corpo e do ambiente
Saúde: vacina
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3º ano Disciplina: CIÊNCIAS NATURAIS
Objetivo Geral: Compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecno-
lógica.
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Reconhecer o ar como recurso indispensável à vida e o oxigênio como ele-
mento necessário para a respiração da grande maioria dos seres vivos
Conhecer as formas de poluição do ar e propor atitudes para diminuição pro-
gressiva dos efeitos da mesma
Entender que o ar em movimento produz energia
Valorizar a água como um recurso indispensável à vida e a prática de atitu-
des contrárias à poluição
Reconhecer e compreender a formação do ciclo da água
Compreender a necessidade das estações de abastecimento e tratamento de
água
Entender o conhecimento científico e a tecnologia moderna como um recur-
so favorável ao ser humano
Ar
Presença do Ar
Percepção do Ar na respiração
Poluição do Ar
Energia Eólica
Água
Poluição e Preservação da Água
Água e Saúde
Ciclo da Água
Estações de abastecimento e tratamento de água
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Reconhecer a importância dos solos para os seres vivos e para o desenvol-
vimento das plantas
Valorizar a importância do solo e promover atitudes de conservação
Solo
Formação do Solo
Poluição e preservação do solo
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Compreender a possibilidade de dividir os seres vivos em grupos
Proteger a vida em toda sua diversidade, reconhecendo a importância de ati-
tudes favoráveis à preservação
Tipos de solo
Seres Vivos
Classificação dos seres vivos
Preservação dos seres vivos
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Caracterizar e compreender os movimentos da terra e que a inclinação de seu
eixo determina as estações do ano
Promover a disseminação do conhecimento adquirido na escola e entre a co-
munidade
Terra e Universo
Movimento de Rotação e Translação
Estações do Ano
Preservação
Coleta e destino adequado do lixo
Direitos e Deveres de cada um.
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à alimen-
tação e à higiene pessoal, desenvolvendo a responsabilidade no cuidado com o
próprio corpo e com os espaços que habita.
Corpo Humano
Partes do corpo humano
Fases da vida do ser humano
Preservação da saúde (alimentação, higiene, ambien-
tal e asseio corporal)
Prevenção de doenças
51
4º ano Disciplina: CIÊNCIAS NATURAIS
Objetivo Geral: Desenvolver competências para compreender as relações do homem com o meio físico e ambiental e atuar como indiví-
duo e cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica.
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Compreender o universo e seus astros: estrelas, planetas e satélites Universo
Reconhecer os estados físicos da água, compreendendo sua relação com a variação na
temperatura e relacionando à formação do ciclo da água
Valorizar a água como um recurso indispensável à vida
Água
Perceber a atmosfera como a camada gasosa que envolve a Terra
Conhecer algumas formas de poluição atmosférica e propor atitudes para diminuir os efeitos
da poluição
A atmosfera
Recursos tecnológicos para a preven-
ção da poluição atmosférica
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Compreender que diferentemente das plantas os animais precisam se alimentar de outros
seres vivos
Identificar animais por diferentes hábitos alimentares: herbívoros, carnívoros e onívoros
Alimentação animal
Cadeia Alimentar
Compreender os ecossistemas como um conjunto de seres vivos e não vivos e suas relações
Identificar ações humanas (poluição, desmatamento, caça e pesca sem controle) prejudiciais
aos ecossistemas
Identificar e reconhecer alguns exemplos de predação, parasitismo, inquilinismo, protocoope-
ração e mutualismo, respeitando as formas de vida e as relações ecológicas entre seres vivos
Ecossistemas: relações entre seres
vivos e ambiente e relações ecológicas
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Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Identificar os tipos de nutrientes e suas funções elementares e os alimentos ricos em determina-
dos nutrientes
Compreender que uma dieta equilibrada deve conter todos os tipos de nutrientes em quantidades
adequadas a cada consumidor
Valorizar os alimentos e atitudes que evitem o seu desperdício
Perceber o desenvolvimento das técnicas para a conservação dos alimentos e que eles estra-
gam porque sofrem a ação de outros organismos, principalmente fungos e bactérias
Identificar a importância do uso de embalagens e conservantes nos alimentos industrializados e
o prazo de validade e de consumo
Valorizar a higiene na manipulação e no preparo dos alimentos
Alimentação Humana
A tecnologia e os alimentos
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Entender a necessidade da digestão para que os alimentos possam ser aproveitados pelo orga-
nismo na obtenção de energia.
Identificar os principais órgãos do sistema digestório.
Compreender a importância da ação da saliva e da mastigação para a boa digestão.
Valorizar a boa higiene bucal e as visitas ao dentista para a prevenção das cáries.
Conhecer os principais processos digestivos e suas etapas.
Entender a necessidade da respiração pulmonar para as trocas gasosas entre o organismo e o
ambiente.
Sistema Digestório
Sistema Respiratório
Sistema Circulatório
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Diferenciar os movimentos de inspiração e expiração.
Reconhecer a importância do diafragma nos movimentos respiratórios.
Identificar os principais órgãos do sistema respiratório e o caminho percorrido pelo ar
Entender a necessidade da circulação do sangue para o transporte de substâncias nocivas ao
corpo.
Adquirir noções da relação entre os sistemas do corpo humano.
54
5º ano Disciplina: CIÊNCIAS NATURAIS
Objetivos Gerais Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente das transforma-
ções do mundo em que vive.
Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolu-
ção histórica;
Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovida pela ação coletiva.
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Identificar o Sol como centro do Sistema Solar, ao redor do qual giram os planetas
Diferenciar por suas características básicas, as estrelas, os planetas e os satélites naturais
Relacionar os movimentos de rotação e translação da Terra aos fenômenos de formação dos dias e
das noites e da sucessão de estações do ano, respectivamente
Identificar os elementos que compõem a atmosfera
Reconhecer a importância do oxigênio e do gás carbônico para a vida dos seres vivos
Reconhecer que o ar é indispensável à vida
Compreender como ocorre a poluição do ar
Identificar as causas e conseqüências da destruição da camada de ozônio
Reconhecer algumas ações para a diminuição do aquecimento global
Compreender a relação entre o aquecimento global e as mudanças no clima e a depredação da natu-
reza
Compreender de que forma ocorre o efeito estufa
Reconhecer os benefícios e riscos do efeito estufa para o nosso planeta
Sistema Solar
Ar e atmosfera
Aquecimento global
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Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Conhecer alguns tipos de solo, com composição e características específicas
Valorizar a importância do solo e promover atitudes que favoreçam sua preservação
Conhecer os recursos tecnológicos disponíveis para a utilização e preservação do solo
Reconhecer a importância da ação humana na diminuição da produção do lixo
Reconhecer que a produção de resíduos é inerente à condição humana
Compreender que o conceito de produção de resíduos relaciona-se com o contexto sócio-cultural em
que se vive
Reconhecer a importância da coleta seletiva e da reciclagem do lixo
Identificar ações positivas relacionadas ao consumo da água
Compreender a água como um recurso natural essencial ao equilíbrio do planeta e manutenção de
todas as formas de vida existentes
Reconhecer as formas de captação, armazenamento e tratamento da água em nosso município
Reconhecer a água como recurso finito
Lixo
Água
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Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Identificar os elementos necessários para a realização da fotossíntese
Reconhecer que a fotossíntese ocorre quando há luz e que seu objetivo é produzir alimento para a
planta
Identificar e compreender as cadeias alimentares
Identificar e compreender as diferentes manifestações de energia, luz, calor, eletricidade e som e co-
nhecer alguns processos de transformação de energia na natureza por meio de recursos tecnológicos
Fotossíntese
Luz, calor, eletricidade e
som
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Identificar as várias formas de cuidar do corpo e a importância que isso tem na conservação da vida
Reconhecer a importância da higiene pessoal para a saúde
Conhecer algumas formas de reprodução das plantas
Respeitar as diferenças entre as pessoas em suas diversas etapas de vida
Comparar os aparelhos reprodutores masculinos e femininos do corpo humano, relacionando-os às
mudanças ocorridas na puberdade
Reconhecer a importância da ciência para os avanços tecnológicos na área de reprodução humana
Ser humano e saúde
Reprodução dos animais e
das plantas
Reprodução humana
57
EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
A Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 20 de de-
zembro de 1996, busca transformar o caráter que a Educação
Física assumiu nos últimos anos ao explicitar no art.26, 3º,
que “a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da
escola, é componente curricular da Educação Básica, ajus-
tando-se às faixas etárias e às condições da população esco-
lar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. Dessa forma, a
Educação Física deve ser exercida em toda a escolaridade de
primeira a oitava séries (1º ao 9º anos do Ensino Fundamen-
tal), não somente de quinta a oitava séries (6º ao 9º anos do
Ensino Fundamental), como antigamente.
A proposta do ensino de Educação Física, no PCN,
para o Ensino Fundamental é “democratizar, humanizar e di-
versificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar o
trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e
socioculturais dos alunos” (BRASIL, 2001, p. 15).
Buscando uma compreensão que melhor contemple a
complexidade da questão, a proposta dos Parâmetros Curri-
culares Nacionais adotou a distinção entre o organismo – um
sistema estritamente fisiológico – e corpo – que se relaciona
dentro de um contexto sociocultural – e abordam os conteú-
dos da Educação Física como expressão de produções cultu-
rais, como conhecimentos historicamente acumulados e soci-
almente transmitidos. A presente proposta entende a Educa-
ção Física com uma disciplina que trabalhará pedagogica-
mente com as diferentes manifestações da cultura corporal de
movimento e propor vivências e reflexões histórico-culturais
sobre tais manifestações junto daqueles que dela beneficia-
rem-se.
Cabe à Educação Física compreender e explicar o
corpo, buscando uma consciência corporal que lhes permita
perceberem-se no mundo e com essa consciência interferir
criticamente no processo de construção da sociedade brasilei-
ra
58
Conforme Libâneo (1994, p. 47)
A Educação Física contribui para fortificar o corpo e o espí-rito, para o desenvolvimento de formas de expressão atra-vés do corpo, para formar o caráter, a autodisciplina e o espírito de cooperação, lealdade e solidariedade. Além disso, organiza a recreação e o lazer das crianças. Através dela as crianças aprendem jogos e brincadeiras, usam su-as energias físicas, desenvolvem a capacidade de lideran-ça e iniciativa etc.
De acordo com o PCN, espera-se que ao final do pri-
meiro ciclo, os alunos sejam capazes de:
Participar de diferentes atividades corporais, procurando adotar uma atitude cooperativa e solidária, sem discriminar os colegas pelo desempenho ou por razões sociais físicas, sexuais ou culturais;
Conhecer algumas de suas possibilidades e limitações corporais de forma a poder estabelecer algumas metas pessoais (qualitativas e quantitativas);
Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifestações de cultura corporal de movi-mento presentes no cotidiano;
Organizar autonomamente alguns jogos, brincadeiras ou outras atividades corporais simples (BRASIL, 2001, p.63).
De acordo com o PCN, espera-se que ao final do se-
gundo ciclo, os alunos sejam capazes de:
Participar de atividades corporais, reconhecendo e res-peitando algumas de suas características físicas e de de-sempenho motor, bem como a de seus colegas, sem dis-criminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;
Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidari-edade em situações lúdicas e esportivas, buscando solu-cionar os conflitos de forma não-violenta;
Conhecer os limites e as possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas atividades corporais com autonomia e a valorizá-las como recurso pa-ra manutenção de sua própria saúde (BRASIL, 2001, p.71-72).
A partir de nossas discussões no seminário reflexivo
elaboramos os seguintes objetivos para Educação Física para
os anos iniciais das Escolas Municipais de Tupi Paulista
Objetivo geral 1º e 2º anos:Proporcionar diferentes ativida-
des, favorecendo o desenvolvimento físico corporal, adotando
atitudes de solidariedade e respeito, bem como o conheci-
mento e cuidados com o corpo.
Objetivos gerais 3º ano:Conhecer e participar de diferentes
manifestações ligadas à cultura corporal presentes em seu
dia-a-dia ou que façam parte de sua comunidade, a partir do
conhecimento das possibilidades e das limitações corporais.
Ser capaz de estabelecer algumas metas para si pró-
prio.
59
Participar de atividades em grupo (jogos e brincadei-
ras), discutindo valores e atitudes relacionados às competên-
cias individuais e às diferenças entre meninos e meninas.
Objetivos gerais 4º ano: Ampliar e aperfeiçoar as habilida-
des motoras desenvolvidas nos anos anteriores.
Desenvolver a capacidade de organização técnica,
conhecendo e diversificando as formas de realização das ati-
vidades, dos jogos e das brincadeiras.
Conhecer e desenvolver as atividades que fazem par-
te da cultura corporal nacional.
Objetivo geral 5º ano: Participar de atividades corporais, es-
tabelecendo relações equilibradas e construtivas com os ou-
tros, reconhecendo e respeitando características pessoais,
físicas, sociais ou sexuais; adotando postura de lealdade, so-
lidariedade, respeito mútuo e dignidade em situações lúdicas,
esportivas e de lutas; e repudiando a violência e reconhecen-
do-se como elemento integrante da sociedade de forma críti-
ca, criativa e participativa.
O trabalho na área da Educação Física tem seus fun-
damentos nas concepções de corpo, cultura e movimento.
Dentre as produções da cultura corporal de movimen-
to, algumas foram incorporadas pela Educação Física em
seus conteúdos, tais como: o jogo, o esporte, a dança, a gi-
nástica e a luta. Todos estes conteúdos possuem em comum
a representação corporal, com características lúdicas de di-
versas culturas humanas.
A área de Educação Física contempla múltiplos co-
nhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a res-
peito do corpo, da cultura e do movimento, enfatizando ativi-
dades culturais de movimento com finalidades de lazer, ex-
pressão de sentimentos, afeto e emoções, com possibilidades
de promoção, recuperação e manutenção da saúde.
Desta forma, é necessário mudar a ênfase na aptidão
física e no rendimento padronizado para uma concepção mais
abrangente, contemplando todas as dimensões envolvidas em
cada prática corporal, bem como no processo de historicidade
presente em todas essas manifestações, a fim de que não
tenhamos apenas a prática pela prática, e sim que tais vivên-
cias possam ser problematizadas e estabelecidas relações
com o todo social.
Também é necessário que se faça uma distinção en-
tre objetivos da Educação Física escolar e objetivos do espor-
60
te, da ginástica e da luta profissional. É necessário dar opor-
tunidade para que todos os alunos desenvolvam suas poten-
cialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu
aprimoramento como seres humanos. O processo ensino-
aprendizagem deve considerar as características dos alunos
em todas as suas dimensões: cognitiva, corporal, afetiva, éti-
ca, estética, de relação interpessoal e inserção social.
Desta forma, “É tarefa da Educação Física escolar,
garantir o acesso dos alunos às práticas da cultura corporal,
contribuir para a construção de um estilo pessoal de exercê-
las criticamente” (BRASIL, 2001, p. 28)
Os conteúdos, segundo os PCNs estão organizados
em três blocos, que deverão ser desenvolvidos ao longo de
todo o ensino fundamental. São eles:
Esportes, jogos, lutas e ginásticas
Atividades rítmicas e expressivas
Conhecimento sobre o corpo
Os três blocos articulam-se entre si, têm vários conte-
údos em comum, mas guardam especificidades.
O Bloco “Conhecimentos sobre o corpo” “diz respeito
aos conhecimentos e conquistas individuais que subsidiam as
práticas corporais expressas nos outros dois blocos e dão
recursos para o indivíduo gerenciar sua atividade corporal de
forma autônoma”. (BRASIL, 2001, p. 46)
Para se conhecer o corpo abordam-se os conheci-
mentos anatômicos, fisiológicos, biomecânicos e bioquímicos
de maneira simplificada, abordando apenas conhecimentos
básicos a partir da percepção do próprio corpo. Também fa-
zem parte deste bloco os conhecimentos sobre os hábitos
posturais e atitudes corporais.
No bloco “Esportes, jogos, lutas e ginásticas” apre-
senta-se uma parcela de possibilidades que podem ser ampli-
adas ou reduzidas, dadas a gama de esportes, jogos e ginás-
ticas existentes no Brasil.
O bloco “Atividades Rítmicas e Expressivas” inclui as
manifestações da cultura corporal que têm como característi-
cas comuns a intenção de expressão e comunicação median-
te gestos e a presença de estímulos sonoros como referência
para o movimento corporal. Trata-se das danças e brincadei-
ras cantadas (BRASIL, 2001, p. 51).
De acordo com Soares (1992, p. 38), a cultura corpo-
ral do movimento humano configura-se como um acervo:
61
Acervo de formas de representação do mundo que o ho-mem tem produzido no decorrer da história, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esportes (...) que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente de-senvolvidas.
Vale ressaltar que serão desenvolvidas atividades de
alongamento, relaxamento e higiene corporal em todas as
aulas. Assim como em todos os anos e bimestres, será traba-
lhada a cultura corporal de movimento, que é o objeto de es-
tudo da educação física.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Na metodologia o PCN propõe apresenta algumas o-
rientações gerais:
1. Organização social das atividades e atenção à diversi-
dade: enfatiza aulas que favoreçam situações de diálogo, em
que um aprenda a ouvir o outro, a pedir ajuda, trocar idéias e
experiências, aproveitar críticas e sugestões. Além de ativida-
des de cooperação, de trabalhos em grupos ou em duplas,
enfim tudo o que considera as diferentes habilidades pode
contribuir para a construção de um estilo pessoal de exercer
as práticas da cultura corporal.
2. Diferenças entre meninos e meninas: ao lidar com as
diferenças entre as competências de meninos e meninas têm
que ter um cuidado especial, já que tais diferenças são de-
terminadas cultural e socialmente, dependendo das vivências
anteriores de cada sujeito, de preconceitos e comportamentos
estereotipados. Porém, cabe ao professor realizar interven-
ções que promovam experiências de respeito e intercâmbio
às diferenças, ao invés de gerar conflitos devido à existência
de estilos diferenciados entre meninos e meninas.
3. Competência e competições: a intervenção didática do
professor de democratizar as oportunidades de aprendiza-
gem, deve estar presente durante as atividades competitivas,
nas quais as competências individuais se evidenciam. Promo-
ver formas de rodízio, trocar de posições são algumas alterna-
tivas que o docente pode utilizar para localizar as competên-
cias corporais individuais, analisar quais os alunos com mais
dificuldade para então organizar atividades como, por exem-
plo, as competitivas em que os alunos exercitam vários pa-
péis, estilos pessoais, além de terem a oportunidade de res-
peito de si mesmo e do outro.
4. Problematização das regras: as aulas de Educação Físi-
ca podem possibilitar a abordagem de diferentes jogos e ativi-
62
dades, assim como a discussão em conjunto das regras, que
levem os alunos a encontrarem razões que as originaram,
propondo modificações, testando-as e (re) adaptando-as para
diferentes contextos e situações.
5. Uso do espaço: normalmente o professor depara-se com
espaços não adequados e sem a qualidade necessária, po-
rém há a possibilidade de potencializar o uso destes espaços
e/ou adaptá-los para as aulas de Educação Física.
6. Conhecimentos prévios: ao entrar no Ensino Fundamen-
tal, as crianças trazem em sua experiência pessoal uma gama
de conhecimentos sobre o corpo, o movimento e a cultura
corporal. Nesse sentido, o docente deve permitir a ampliação
de tais conhecimentos, permitindo sua utilização em outras
situações. Criar situações que solicite da criança a resolução
de um problema motor, ou referente à organização do tempo
e do espaço, ou até mesmo na utilização de uma estratégia
ou numa elaboração de uma regra, são algumas possibilida-
des que o professor pode fazer uso em sua prática.
7. Apreciação/crítica: o fato de apreciar, assistir, comentar
as diferentes manifestações da cultura corporal (jogos de fu-
tebol, olimpíadas, apresentação de dança, etc.) ou prestar
atenção nos próprios colegas em ação, são situações em que
o aluno poderá aprender mais sobre corpo e movimento de
uma determinada cultura, além de valorizar essas manifesta-
ções e incluí-las em seus momentos de lazer e diversão.
Tal apreciação envolve também a crítica direcionada à
questão da mídia, isto é, o docente pode criar situações que
instiguem os alunos a questionar o modo como os meios de
comunicação mostram padrões de beleza, saúde, estética, e
aspectos éticos.
63
1º ano Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA
Objetivo Geral: Proporcionar diferentes atividades, favorecendo o desenvolvimento físico-corporal adotando atitudes de solidarie-
dade e respeito, bem como o conhecimento e cuidados com o corpo
Objetivos Específicos – 1º bimestre Conteúdos – 1º bimestre
Conhecer o próprio corpo, por meio de atividades corporais, reconhe-
cendo e respeitando suas características físicas
Conhecimento do Corpo
Esquema Corporal/Sensibilização
Percepção Corporal
Orientação Espaço Temporal
Objetivos Específicos – 2º bimestre Conteúdos – 2º bimestre
Conhecer algumas das diferentes manifestações culturais presentes no
cotidiano, por meio de brincadeiras e jogos
Brincadeiras de roda
Jogos Cantados
Objetivos Específicos – 3º bimestre Conteúdos – 3º bimestre
Oportunizar integração social, oferecendo noções de regras e de aceita-
ção, bem como a importância de meninos e meninas realizarem as ativi-
dades de forma mista nas aulas de Educação Física
Jogos Cooperativos
Jogos Populares
Jogos Lúdicos
Objetivos Específicos – 4º bimestre Conteúdos – 4º bimestre
Participar e conhecer brincadeiras simples ou de rua, resgatando a cultu-
ra local
Perceber-se como sujeito histórico dentro de um determinado contexto
Brincadeiras simples
Brincadeiras de rua ou populares
Obs. Serão desenvolvidas atividades de alongamento/relaxamento e higiene corporal em todas as aulas.
64
2º ano Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA
Objetivo Geral: Proporcionar diferentes atividades, favorecendo o desenvolvimento físico-corporal, adotando atitudes de soli-
dariedade e respeito, bem como o conhecimento e cuidados com o corpo.
Objetivos Específicos – 1º bimestre Conteúdos – 1º bimestre
Reconhecer o corpo, por meio de atividades corporais, respeitando as
características físicas e desempenho de si próprio e dos outros
Enfatizar a importância de meninos e meninas realizarem as ativida-
des de forma mista nas aulas de Educação Física
Conhecimento do Corpo
Esquema Corporal/Sensibilização
Percepção Corporal
Orientação Espaço Temporal
Objetivos Específicos – 2º bimestre Conteúdos – 2º bimestre
Apreciar e valorizar diversas manifestações culturais por meio de jo-
gos e brincadeiras populares
Brincadeiras de roda
Jogos Cantados
Objetivos Específicos – 3º bimestre Conteúdos – 3º bimestre
Favorecer a integração social, respeitando as regras e as diferenças
individuais.
Jogos Cooperativos
Jogos Populares
Jogos Lúdicos
Objetivos Específicos – 4º bimestre Conteúdos – 4º bimestre
Reconhecer as brincadeiras populares, estimulando a criatividade, res-
gatando e respeitando a cultura local.
Brincadeiras simples
Brincadeiras de rua ou populares
Obs. Serão desenvolvidas atividades de alongamento/relaxamento e higiene corporal em todas as aulas.
65
3º ano Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA
Objetivos Gerais: Conhecer e participar de diferentes manifestações ligadas à cultura corporal, presentes em seu dia-a-dia ou
que façam parte de sua comunidade, a partir do conhecimento das possibilidades e das limitações corporais.
Ser capaz de estabelecer algumas metas para si próprio. Participar de atividades em grupo (jogos e brincadeiras), discu-
tindo valores e atitudes relacionados às competências individuais e às diferenças entre meninos e meninas.
Objetivos Específicos – 1º bimestre Conteúdos – 1º bimestre
Reconhecer o desenvolvimento do próprio corpo, observando IMC (índice
de massa corporal) e altura.
Valorizar a cultura popular através das brincadeiras de rua e populares.
Exame Biométrico
Brincadeiras e jogos de rua ou populares
Objetivos Específicos – 2º bimestre Conteúdos – 2º bimestre
Localizar-se e perceber-se dentro de um espaço determinado para o jogo.
Reconhecer que o jogo tem uma meta a ser cumprida dentro de um de-
terminado tempo.
Valorizar a coletividade;
Desenvolver as habilidades motoras exigidas por cada jogo.
Cumprir e respeitar as regras dos jogos propostos.
Respeitar as diferenças entre os gêneros e entre equipes (ganhar ou per-
der).
Orientação espaço temporal.
Jogos Competitivos
66
Objetivos Específicos – 3º bimestre Conteúdos – 3º bimestre
Construir e valorizar brinquedos confeccionados com materiais recicláveis.
Conhecer a cultura de uma região através de sua dança.
Jogos com sucatas e materiais recicláveis.
Danças Populares
Objetivos Específicos – 4º bimestre Conteúdos – 4º bimestre
Reconhecer o desenvolvimento do próprio corpo, observando IMC e
altura, comparando com os dados do início do ano
Conhecer e valorizar a cultura afro-brasileira através de sua origem,
instrumentos utilizados, alguns passos e ritmos
Utilizar movimentos próprios da ginástica artística para desenvolvi-
mento de habilidades motoras e capacidades físicas (equilíbrio, força e resis-
tência)
Exame Biométrico
Capoeira
Ginástica artística
Obs. Serão desenvolvidas atividades de alongamento/relaxamento e higiene corporal em todas as aulas.
67
4º ano Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA
Objetivo Geral: Ampliar e aperfeiçoar as habilidades motoras desenvolvidas nos anos anteriores; desenvolver a capacidade de
organização técnica conhecendo e diversificando as formas de realização das atividades, dos jogos e das brincadeiras; conhecer
e desenvolver as atividades que fazem parte da cultura corporal nacional.
Objetivos Específicos – 1º bimestre Conteúdos – 1º bimestre
Reconhecer o desenvolvimento do próprio corpo, observando
IMC e altura
Desenvolver a coordenação motora e lateralidade
Trabalhar a concentração
Exame Biométrico
Esportes com raquete
Objetivos Específicos – 2º bimestre Conteúdos – 2º bimestre
Valorizar o trabalho em equipe
Desenvolver e reconhecer as capacidades físicas e habilida-
des motoras envolvidas em cada jogo
Cumprir, respeitar e, quando necessário, propor modificações
nas regras dos jogos trabalhados
Respeitar as diferenças entre os gêneros e entre equipes
(ganhar ou perder)
Capacidades físicas
Jogos Competitivos
68
Objetivos Específicos – 3º bimestre Conteúdos – 3º bimestre
Reconhecer a importância de movimentos coordenados den-
tro da equipe para o desenvolvimento da atividade
Desenvolver habilidades motoras no manuseio dos instru-
mentos utilizados
Conhecer e valorizar a cultura de uma região através de dan-
ças típicas
Ginástica rítmica
Danças folclóricas
Objetivos Específicos – 4º bimestre Conteúdos – 4º bimestre
Reconhecer o desenvolvimento do próprio corpo, observando
IMC e altura, comparando com os dados do início do ano
Trabalhar com as capacidades físicas de velocidade, agilida-
de, força, resistência e flexibilidade
Conhecer a modalidade de esporte – atletismo, bem como
seus elementos histórico-culturais
Exame Biométrico
Esporte individual - Atletismo
Obs. Serão desenvolvidas atividades de alongamento/relaxamento e higiene corporal em todas as aulas.
69
5º ano Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA
Objetivo Geral: Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecen-
do e respeitando características pessoais, físicas, sociais ou sexuais; adotando postura de lealdade, solidariedade, respeito mútuo
e dignidade em situações lúdicas, esportivas e de lutas, repudiando a violência, reconhecendo-se como elemento integrante da so-
ciedade de forma crítica, criativa e participativa.
Objetivos Específicos – 1º bimestre Conteúdos – 1º bimestre
Participar de atividades corporais, reconhecendo e respeitando suas característi-
cas físicas e de desempenho motor, bem como a de seus colegas, sem discriminar
por características pessoais, físicas, de gênero ou sociais
Adotar atitudes de respeito mútuo, respeito às regras e solidariedade em situações
lúdicas e cooperativas, buscando solucionar os conflitos de forma não violenta
Desenvolver atividades que retratam a luta como domínio do corpo e do espaço e
não como ato de violência
Jogos cooperativos
Jogos lúdicos
Lutas de deslocamento em espaços simples
(cabo de guerra, braço de ferro...)
Esportes Individuais: Atletismo: corridas, circui-
tos, saltos
Objetivos Específicos – 2º bimestre Conteúdos – 2º bimestre
Participar de jogos, aprimorando suas habilidades motoras e capacidades físicas,
ampliando a intensidade e a complexidade dos jogos e reconhecendo suas possibili-
dades de ação
Estimular o raciocínio, a criatividade por meio da participação em jogos de salão
Melhorar a coordenação, a flexibilidade e o ritmo por meio de movimentos combi-
nados e diversificados
Jogos competitivos
Jogos de salão (dama, xadrez...)
Danças folclóricas
70
Objetivos Específicos – 3º bimestre Conteúdos – 3º bimestre
Melhorar o controle corporal em diferentes situações de jogos, vivências e com-
preensão de regras;
Combinar e ampliar as atividades, desenvolvendo lateralidade, espaço e tempo;
Propiciar jogos de descontração, alegria e prazer, observando as atitudes dos alu-
nos em relação às atividades propostas;
Demonstrar atitudes de equipe como a lealdade e perseverança nos diferentes
jogos;
Desenvolver a ginástica artística, estabelecendo sua relação com o dia-a-dia.
Jogos pré-desportivos
Ginástica artística (cambalhota, rolamento, sal-
tos)
Objetivos Específicos – 4º bimestre Conteúdos – 4º bimestre
Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar as diferentes manifestações da cultura
corporal, buscando compreender sua inserção no contexto social por meio de músi-
cas, danças e atividades rítmicas;
Ter domínio do próprio corpo em situações diversas: atividades combinadas, jo-
gos, habilidades motoras, capacidades físicas, vivências em todas as atividades;
Despertar a auto-estima por meio de atividades expressivas, rítmicas e artísticas;
Modificar regras, respondendo de forma autônoma junto ao jogo, contribuindo para
o desenvolvimento da autonomia e capacidade de resolver conflitos.
Atividades rítmicas;
Variações dos esportes:
- Câmbio, vôlei de toalha ( voleibol)
- Estafetas de futsal
- Passe 10 (handebol);
- “Mata”; 21; Bola ao cesto (basquetebol)
Obs. Serão desenvolvidas atividades de alongamento/relaxamento e higiene corporal em todas as aulas.
Em todos os anos e bimestres será trabalhada a cultura corporal de movimento, que é o objeto de estudo da Educação Física.
71
GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL
Para compreendermos o que é importante ensinar
aos nossos alunos hoje, necessitamos entender como acon-
teceu o ensino de Geografia nas últimas décadas.
Historicamente todas as disciplinas ensinadas no En-
sino Fundamental foram ligadas a uma tendência Tradicional
de Ensino, não foi diferente com a Geografia. De acordo com
o PCN (BRASIL, 1998) a Geografia Tradicional propunha ex-
plicações objetivas e quantitativas da realidade, valorizava o
papel do homem como sujeito histórico, propondo uma análi-
se do espaço geográfico, tendo como foco a relação homem-
natureza, sem priorizar as relações sociais.
Uma nova perspectiva sob a influência marxista, fez
surgir uma tendência crítica à Geografia Tradicional, onde as
preocupações passaram a ser as relações entre a sociedade,
o trabalho e a natureza na produção do espaço geográfico
(BRASIL, 1998). Nessa tendência, não bastava explicar o
mundo, era preciso transformá-lo.
A Geografia Tradicional e a Geografia Crítica trouxe-
ram aspectos positivos e negativos ao ensino da Geografia no
Ensino Fundamental. Os positivos foram o estímulo para ino-
vação e produção de novos modelos didáticos, mas que não
se desenvolveram muito bem por falta de apoio técnico ge-
rando, assim, os aspectos negativos que trouxeram alguns
problemas, tais como:
- Abandono de conteúdos fundamentais, como as categorias
de nação, território, lugar, paisagem e até mesmo de espaço
geográfico;
- Modismos comuns que buscam sensibilizar os alunos, sem
uma preocupação real de promover uma compreensão dos
múltiplos fatores;
- Preocupação maior com os conteúdos conceituais do que
com conteúdos procedimentais;
- As propostas pedagógicas separam a Geografia humana da
Geografia física, em relação àquilo que deve ser aprendido
como conteúdo específico: ou a abordagem é social e a natu-
reza é um apêndice; ou então se trabalha os fenômenos natu-
rais de forma pura, em detrimento da possibilidade de inter-
pretar os fenômenos numa abordagem socioambiental;
72
- A memorização tem sido o exercício fundamental praticado
no ensino de Geografia;
- A noção de escala espaço-temporal muitas vezes não é cla-
ra, não se explicita como os temas de âmbito local estão pre-
sentes nos temas de âmbito universal e vice-versa, e como o
espaço geográfico materializa diferentes tempos (da socieda-
de e da natureza) ( BRASIL, 1998).
Diante dos problemas citados começa uma reflexão
sobre a área de conhecimento em questão. De acordo com o
PCN de Geografia (BRASIL, 1998, p. 108):
O ensino de Geografia pode levar os alunos a compreen-derem de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfira de maneira mais consciente e propositiva. Pa-ra tanto, porém, é preciso que eles adquiram conhecimen-tos, dominem categorias, conceitos e procedimentos bási-cos com os quais este campo do conhecimento opera e constitui suas teorias e explicações, de modo a poder não apenas compreender as relações socioculturais e o funcio-namento da natureza às quais historicamente pertencem, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a realidade: o conhecimento geográfico.
O objetivo, então, da Geografia é explicitar e compre-
ender as relações entre a sociedade e a natureza, para tanto,
tem que trabalhar noções espaciais e temporais, os fenôme-
nos sociais, culturais e naturais de cada paisagem permitindo
uma compreensão processual e dinâmica da sua constituição.
E, também, identificar e relacionar o que na paisagem repre-
senta as heranças das sucessivas relações no tempo entre
sociedade e natureza.
Assim a “a geografia dedica-se a descrever as rela-
ções entre os grupos humanos e o espaço que ocupam. Para
isso, a geografia desenvolveu noções como território, paisa-
gem e lugar geográfico” (COLL e TEBEROSKY, 2000, p.10).
Sendo assim, no ensino fundamental é importante considerar
as categorias mais adequadas para os alunos em relação à
sua faixa-etária, escolaridade e capacidades a desenvolver.
Segundo o PCN de Geografia nos ciclos iniciais além do es-
paço geográfico é importante abordar as categorias paisa-
gem, território e lugar.
Paisagem: É tudo o que o nosso campo de visão a-
brange.
Território: Espaço construído pelo homem, pela soci-
edade.
Lugar: Onde encontramos referências pessoais e o
sistema de valores que direcionam as diferentes formas de
perceber e constituir a paisagem e o espaço geográfico.
73
A categoria paisagem, por sua vez, está relacionada à
categoria de lugar. Pertencer a um território e sua paisagem
significa fazer deles o seu lugar de vida e estabelecer uma
identidade com ele. (BRASIL, 1998, p.112).
O foco dos Objetivos Gerais para o Ensino Funda-
mental é:
Organização do espaço geográfico e o funciona-mento da natureza compreendendo o papel da socie-dade na construção e produção do território, da pai-sagem e do lugar;
Ações do homem em sociedade e suas conse-qüências nos diferentes espaços e tempos;
Relação entre as conquistas decorrentes dos confli-tos e acordos com os direitos políticos, avanços técni-cos e tecnológicos e transformações socioculturais;
Valorização do patrimônio cultural, respeitando a sociodiversidade (BRASIL, 1998, p.121-122).
Os critérios de seleção e organização dos conteúdos
são relacionados com os objetivos gerais para o Ensino Fun-
damental. Para as séries iniciais os objetivos e os conteúdos
organizam-se em dois ciclos, sendo o Primeiro Ciclo compos-
to pelos 1º, 2º e 3º anos e o Segundo Ciclo pelos 4º e 5º anos,
proposta também aderida pelo Município de Tupi Paulista/SP.
PRIMEIRO CICLO (1º, 2º E 3º ANOS)
A referência dos estudos no Primeiro Ciclo é o espaço
vivido para, a partir daí, compará-lo com outras paisagens e
lugares distantes.
Para tanto, os objetivos de Geografia para o Primeiro
Ciclo são:
Reconhecer, na paisagem local e lugar onde estão inseridos, as manifestações da natureza e apropria-ção e transformação dela pelo seu grupo social;
Conhecer e comparar a presença da natureza na paisagem local e em outras paisagens;
Reconhecer semelhanças e diferenças na apropri-ação e transformação da natureza pelos diferentes grupos sociais, identificando suas determinações nas relações de trabalho, nos hábitos cotidianos, nas for-mas de se expressar e no lazer;
Conhecer e utilizar fontes de informações escritas e imagéticas utilizando alguns procedimentos básicos;
Saber utilizar a observação e a descrição na leitura direta ou indireta da paisagem, sobretudo por meio de ilustrações e da linguagem oral;
Reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais es-paciais de localização, orientação e distância para se locomover e representar lugares onde vivem;
Reconhecer a importância do cuidado com o meio em que vivem, evitando desperdício, para preservar e manter a natureza (BRASIL, 1998, p.130-131).
74
As palavras-chave são: paisagem local; manifesta-
ções da natureza e cuidados com ela; ações do homem na
natureza; localização, orientação e distância para ter noção
ao se locomover; observação e leitura da paisagem; fontes de
informações.
Os blocos de conteúdos devem tratar da presença
e do papel da natureza e sua relação com a vida das pessoas
(em sociedade, coletiva ou individualmente) na construção do
espaço geográfico. Os blocos temáticos são descritos a se-
guir:
TUDO É NATUREZA: O foco neste bloco é a presen-
ça da natureza em tudo que está visível ou não na paisagem
local. Essa percepção da natureza pode ser ampliada compa-
rando-se a presença dela em outros bairros, em diferentes
regiões do Brasil e em outros lugares do mundo. É possível,
ainda, aproximar os alunos do papel do trabalho na transfor-
mação da natureza. Essa dimensão utilitária da natureza pode
ser ampliada ao se estudarem também suas características
biofísicas e as relações afetivas e singulares que as pessoas
estabelecem com ela (através da arte e lazer, por exemplo).
CONSERVANDO O AMBIENTE: O foco desse bloco
são as relações (dos indivíduos, grupos sociais e sociedade)
estabelecidas com a natureza no dia-a-dia. Estudando o mo-
do de produzir e fazer tecnologias e as possibilidades de no-
vas formas de se relacionar com a natureza; introduzindo os
modos de produzir considerados alternativos e a política de
conservação territorial.
TRANSFORMANDO A NATUREZA: DIFERENTES
PAISAGENS: O foco aqui é o estudo sobre os motivos, as
técnicas e as conseqüências da transformação e do uso da
natureza, conhecendo a trajetória da constituição da paisa-
gem local, comparando-a com a trajetória de diferentes paisa-
gens e lugares. O tema evoca também pesquisas sobre como
diferentes grupos sociais (índios, negros, imigrantes, caiçaras,
etc.) relacionaram-se ao longo de suas trajetórias com a natu-
reza na construção do lugar e da paisagem onde vivem.
O LUGAR E A PAISAGEM: O foco desse bloco são
as relações dos alunos com o lugar em que vivem, as razões
que os fizeram morar ali (vínculos familiares, proximidade do
trabalho, condições econômicas, etc.) e quais as condições
do lugar em que vivem (moradia, asfalto, saneamento básico,
postos de saúde, escolas, lugares de lazer, tratamento do li-
xo). Estabelecer relações sobre como cada aluno vê seu lugar
e como cada lugar compõe a paisagem. Também, nesse blo-
75
co, são discutidas as normas (regras) de como agir na rua, na
escola, na casa e como as crianças percebem e lidam com as
regras dos diferentes lugares.
Em relação aos conteúdos (procedimentais, conceitu-
ais e atitudinais1) enfatizamos alguns aspectos relevantes ao
ensino de Geografia nos anos iniciais em Tupi Paulista:
Diferentes formas pelas quais a natureza se apresenta na
paisagem local (construções e moradias, distribuição da popu-
lação, organização dos bairros, modos de vida, formas de la-
zer, artes plásticas);
Motivos e técnicas pelos quais sua coletividade e socieda-
de transformam a natureza: por meio do trabalho, da tecnolo-
gia, da cultura e da política, no passado e no presente.
Caracterização da paisagem local: origens e organização,
manifestações da natureza (aspectos biofísicos e transforma-
ções sofridas ao longo do tempo).
Relações entre as pessoas e o lugar: condições de vida,
histórias, relações afetivas e de identidade com o lugar onde
vivem.
1 Para o Currículo de Tupi Paulista fez-se a opção de não diferenci-
ar os conteúdos em procedimentais, conceituais e atitudinais.
Situação ambiental da sua localidade: proteção e preserva-
ção do ambiente e sua relação com a qualidade de vida e sa-
úde.
Produção de mapas ou roteiros simples (relações de dis-
tâncias, e direção e o sistema de cores e legendas).
Leitura inicial de mapas políticos, atlas e globo terrestre.
Formas não predatórias de exploração, transformação e
uso dos recursos naturais.
Organização (c/ ajuda do professor) de suas pesquisas e
conquistas de seus conhecimentos em obras individuais ou
coletivas (textos, exposições, desenhos, dramatizações, etc.).
SEGUNDO CICLO (4º E 5º ANOS)
A referência dos estudos no Segundo Ciclo são as di-
ferentes relações e interdependência entre as cidades e o
campo em suas dimensões sociais, culturais e ambientais,
considerando os avanços tecnológicos.
Sendo assim, os objetivos de Geografia para o se-
gundo ciclo são:
Reconhecer e comparar o papel da sociedade e da na-tureza nas diferentes paisagens urbanas e rurais.
76
Relacionar as diferenças e semelhanças dos modos de vida na cidade e no campo (trabalho, construções e mora-dias, hábitos cotidianos, lazer e cultura);
Estabelecer a relação da coletividade de outros lugares e regiões focando tanto o presente como o passado.
Reconhecer as transformações da natureza causadas pela ação do homem, tanto na paisagem local como nas paisagens rurais e urbanas.
Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da comunicação e dos transportes na configuração das paisa-gens e estruturação da sociedade;
Saber utilizar procedimentos como observação, descri-ção, registro, comparação, análise e síntese.
Utilizar a linguagem cartográfica.
Valorizar os avanços tecnológicos para a preservação do meio ambiente.
Adotar uma atitude responsável em relação ao meio ambiente, reivindicando, quando possível, o direito de to-dos a uma vida plena num ambiente preservado e saudá-vel.
Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes grupos sociais (BRASIL, 1998, p.143-145).
As palavras-chave são: paisagens rurais e urbanas e
seus modos de vida; ação do homem; avanços tecnológicos;
coletividade e sociedade; presente e passado.
Os blocos de conteúdos devem tratar o estudo de
paisagens urbanas e rurais, suas características e relações,
abordando as dimensões sociais, culturais e ambientais, bem
como o papel do trabalho, das tecnologias, da informação, da
comunicação e do transporte. Os blocos temáticos são descri-
tos a seguir:
O PAPEL DAS TECNOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO
DE PAISAGENS URBANAS E RURAIS: Este bloco enfoca o
papel das tecnologias na configuração das paisagens urbanas
e rurais, pelo estudo comparativo de como os grupos sociais
utilizam e elaboram técnicas e tecnologias para resolver pro-
blemas do cotidiano e garantir sua sobrevivência.
INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO: O
bloco aborda as alterações que o fluxo de informações fez e
faz na vida em sociedade.
DISTÂNCIAS E VELOCIDADES NO MUNDO URBA-
NO E NO MUNDO RURAL: Este bloco irá tratar do transporte
e sua influência na vida em sociedade e alterações que im-
primem nas paisagens.
URBANO E RURAL: MODOS DE VIDA: O foco deste
bloco são as paisagens urbanas e rurais e os diferentes mo-
dos de vida, abordando os grupos sociais que nelas se encon-
tram presentes.
Estes blocos temáticos contemplam os conteúdos:
Identificação de processos de organização e construção
de paisagens urbanas e rurais ao longo do tempo.
77
Caracterização e comparação entre as paisagens urbanas
e rurais de diferentes regiões do Brasil.
Comparação de técnicas e tecnologias envolvendo o mo-
do de vida de diferentes grupos sociais, considerando o mo-
derno e o tradicional.
Reconhecimento do papel das tecnologias na transforma-
ção e construção de paisagens distintas.
Reconhecimento do papel da informação da comunicação
nas dinâmicas existentes entre a cidade e o campo.
Reconhecer a interdependência das funções que o trans-
porte tem entre cidade e campo (Meios de transporte).
Comparação entre os meios de transporte na região onde
se vive, suas implicações na organização da vida em socie-
dade e nas transformações da natureza.
Levantamento, seleção e organização de fontes variadas:
fotografias, mapas, notícias de jornal, filmes, entrevistas, o-
bras literárias e música.
Representação da linguagem cartográfica das característi-
cas das paisagens estudadas por meio da confecção de dife-
rentes tipos de mapas.
Leitura e compreensão das informações expressas em
linguagem cartográfica.
Organização de pesquisas e a representação dos conhe-
cimentos adquiridos em obras individuais ou coletivas.
Valorização da técnica e da tecnologia em prol da conser-
vação do meio ambiente e da manutenção da qualidade de
vida.
Respeito e tolerância por modos de vida e valores de ou-
tras coletividades distantes no tempo e no espaço.
A partir das discussões nos seminários reflexivos e
tendo como subsídios o PCN de Geografia, Libâneo (1994),
Coll e Teberosky (2000), os livros didáticos usados nos anos
de 2010 a 2012 e os Planos de Ensino, elaboramos os objeti-
vos do Ensino de Geografia para a Rede Municipal de Educa-
ção de Tupi Paulista.
Objetivo geral 1º e 2º anos:
Reconhecer-se como sujeito do processo de constru-
ção e reconstrução do espaço geográfico, desenvolvendo ati-
tudes de participação e colaboração para a vida em socieda-
de.
78
Objetivo Geral 3º ano:
Reconhecer-se como sujeito do processo de constru-
ção e reconstrução do espaço geográfico, percebendo as dife-
rentes manifestações da natureza e transformando-as em seu
benefício e da comunidade humana.
Objetivos Gerais 4º Ano:
Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes gru-
pos sociais, como se relacionam e constituem o espaço e a
paisagem no qual se encontram inseridos;
Reconhecer e comparar o papel do ser humano na cons-
trução de diferentes paisagens urbanas e rurais;
Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da
comunicação e dos transportes na configuração de paisagens
urbanas e rurais;
Utilizar a linguagem cartográfica para representar e inter-
pretar informações.
Objetivos Gerais 5º Ano
Reconhecer e comparar os elementos sociais e naturais
que compõem paisagens urbanas e rurais brasileiras, expli-
cando alguns dos processos de interação existentes entre
elas.
Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da
comunicação e dos transportes na configuração de paisagens
urbanas e rurais e na estruturação da vida em sociedade.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Para ir além da exposição oral e uso do livro didático,
propõe-se desenvolver práticas de ensino que introduzam no
aluno uma visão dos diferentes aspectos de um mesmo fe-
nômeno, ampliando a complexidade de análise conforme o
ano de escolaridade, fazendo uso de diversas fontes de in-
formação. De forma dinâmica e instigante a metodologia de-
verá problematizar os diferentes espaços geográficos, paisa-
gens, lugares e territórios considerando o presente e o passa-
do, o específico e o geral, as ações individuais e coletivas,
permitindo ao aluno a leitura da paisagem local com outra
paisagem presente em outro tempo e espaço.
Destacamos algumas sugestões:
Leitura de imagens (fotografia, mapa, maquete e a ilustra-
ção);
Leitura de textos diversificados;
Atividades individuais, em duplas ou em grupos;
79
Pesquisas, coletas, análises e registros de dados;
Debates sobre informações e opiniões obtidas a partir de
uma pesquisa;
Resoluções de situações problemas;
Passeios e atividades extraclasse.
Na sala de aula, o professor pode planejar essas situ-
ações considerando a própria leitura de paisagem, a observa-
ção e a descrição, a explicação e a interação, a territorialidade
e a extensão, a análise e o trabalho com a representação do
espaço (BRASIL,1998,p.153) . O “como” e o “porquê” são as-
pectos fundamentais no planejamento do trabalho do profes-
sor.
80
1º ano Disciplina: GEOGRAFIA
Objetivo geral: Reconhecer-se como sujeito do processo de construção e reconstrução do espaço geográfico, desenvolvendo atitu-
des de participação e colaboração para a vida em sociedade.
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Identificar os papéis sociais dos seus familiares
Valorizar das atitudes de manutenção e preservação dos costumes
Explorar relações espaciais
Casa – como espaço de convivência
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Identificar semelhanças e diferenças na forma como os diferentes grupos sociais
transmitem sua cultura
Ter atitudes de socialização e integração no espaço de convivência
Identificação dos papéis sociais dentro da instituição
Estabelecer relações espaciais
Escola
81
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Identificar e interpretar os lugares de vivência
Reconhecer o trajeto casa/escola
Reconhecer a rua como espaço de circulação de pessoas
Rua – o caminho da escola
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Reconhecer os elementos naturais ou não de uma paisagem;
Perceber a modificação da paisagem a sua volta e suas transformações em função
das necessidades diversas.
Paisagem Local
82
2º ano Disciplina: GEOGRAFIA
Objetivo geral: Reconhecer-se como sujeito do processo de construção e reconstrução do espaço geográfico, desenvolvendo atitu-
des de participação e colaboração para a vida em sociedade.
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Reconhecer os diferentes tipos de moradia
Identificar diferentes modos de vida, analisando as semelhanças e diferenças
entre eles
Explorar relações espaciais
Moradia
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Identificar semelhanças e diferenças na forma como os diferentes grupos sociais
transmitem sua cultura
Compreender a educação como direito fundamental do cidadão
Valorizar as diversas profissões, reconhecendo a importância de cada uma delas
para a sociedade
Ter atitudes de socialização e integração no espaço de convivência
Reconhecer o espaço e os profissionais da escola, identificando suas funções
Saber utilizar elementos da linguagem cartográfica para representação de luga-
res
Escola
83
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Reconhecer a rua como espaço de circulação de pessoas, lazer, trabalho e con-
vivência
Identificar e interpretar os lugares de vivência
Reconhecer a importância dos serviços públicos executados nas ruas e dos pro-
fissionais que os executam
Rua
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Reconhecer os elementos da paisagem e distinguir os componentes naturais e
humanizados
Perceber a influência da ação humana como fator de transformação do lugar on-
de vive
Componentes naturais e humanizados da paisa-
gem
84
3º ano Disciplina: GEOGRAFIA
Objetivo geral: Reconhecer-se como sujeito do processo de construção e reconstrução do espaço geográfico, percebendo as dife-
rentes manifestações da natureza e transformando-as em seu benefício e da comunidade humana.
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Conhecer e comparar a presença da natureza expressa na paisagem local e sua a-
propriação e transformação pela ação do homem
Paisagens rurais e paisagens urbanas (seme-
lhanças e diferenças)
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Identificar e representar os referenciais espaciais de localização
Interpretar os lugares de vivência
Trajeto: casa/escola
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Reconhecer a localização do município
Reconhecer que os municípios são divididos em bairros
Municípios (bairros e ruas)
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Caracterizar a vida no município a partir da comparação entre as atividades econô-
micas exercidas pela população
Identificar os principais serviços públicos e reconhecer sua importância para garantir
a qualidade de vida
Perceber a relação entre indústria e agricultura/ campo e cidade
Município: administração, serviços públicos,
comércio e atividades agrícolas
85
4º ano Disciplina: GEOGRAFIA
Objetivos gerais:
Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes grupos sociais, como se relacionam e constituem o espaço e a paisagem no qual
se encontram inseridos
Reconhecer e comparar o papel do ser humano na construção de diferentes paisagens urbanas e rurais
Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da comunicação e dos transportes na configuração de paisagens urbanas e ru-
rais
Utilizar a linguagem cartográfica para representar e interpretar informações
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Identificar os elementos que caracterizam a paisagem urbana e rural
Reconhecer na paisagem urbana e rural os problemas sociais e ambientais
Analisar os problemas ambientais urbanos de maneira integrada, conside-
rando aqueles que ocorrem nos lugares de vivência do aluno, como a casa, a
escola, a rua, etc
Cultivar valores e atitudes relacionados ao respeito e à preservação dos
recursos naturais
Identificar e reconhecer as principais características dos transportes terres-
tre, aéreo e hidroviário
Identificar as formas de utilização, semelhanças e diferenças dos transpor-
tes no espaço urbano e rural
Urbano e Rural – modos de vida.
Caracterização das paisagens urbanas e rurais e
seus grupos sociais.
Distâncias e velocidades no mundo urbano e no
mundo rural:
Meios de Transporte: evolução e influência na vida
em sociedade
Meios de Transporte: semelhanças e diferenças en-
tre o urbano e o rural, mediante as configurações de
seu uso em cada espaço
Transportes coletivos no passado e no presente
86
Analisar o acesso aos meios de transporte, assim como os problemas do
transporte coletivo e sua evolução.
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Perceber a existência de diferentes formas de comunicação
Perceber que a evolução dos meios de comunicação resulta do conheci-
mento produzido pelo homem, acumulado ao longo do tempo
Reconhecer a importância da comunicação na vida em sociedade
Informação, comunicação e interação.
História dos meios de comunicação e seu significado
social
Meios de comunicação no campo e na cidade: Influ-
ência e modernização
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Ler e compreender informações expressas em linguagem Linguagem Cartográfica:
Município e bairro
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Comparar as tecnologias da cidade e do campo e seus benefícios e malefí-
cios
Urbano e Rural – Tecnologias.
Tecnologias antigas e modernas no campo e na ci-
dade: benefícios e malefícios
87
5º ano Disciplina: GEOGRAFIA
Objetivos gerais:
Reconhecer e comparar os elementos sociais e naturais que compõem paisagens urbanas e rurais brasileiras, explicando alguns dos
processos de interação existentes entre elas
Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da comunicação e dos transportes na configuração de paisagens urbanas e
rurais e na estruturação da vida em sociedade
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Conhecer a tecnologia como um facilitador do trabalho no campo e
na cidade
Reconhecer as influências das tecnologias no trabalho do campo e
da cidade
Valorizar o uso refletido da técnica e da tecnologia em prol da reabi-
litação e conservação do meio ambiente e da manutenção da qualidade
de vida
Comparar o trabalho realizado no campo e na cidade, sua interde-
pendência e a influência na configuração dos diferentes modos de vida
Urbano e Rural – Tecnologias.
Trabalho e tecnologia: urbano e rural (como as tecnologias
facilitam o trabalho na zona rural e urbana)
Tecnologia em prol da qualidade de vida e do meio ambien-
te
Urbano e Rural – Modos de vida
Diferentes modos de vida e interdependência entre a cidade
e o campo
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Ler e compreender informações expressas em linguagem cartográ-
fica
Linguagem Cartográfica:
Brasil (Estados e Regiões)
88
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Compreender o trânsito como variável que intervém em questões
ambientais e na qualidade de vida de todas as pessoas, em todos os
lugares
Reconhecer os benefícios e malefícios ligados à produção de etanol
na nossa região
Discutir e comparar as permanências e transformações dos meios de
transportes em diferentes regiões do Brasil
Distâncias e velocidades no mundo urbano e no mundo
rural:
Meios de Transporte:
Problemas sociais ligados aos meios de transporte: trânsi-
to, acidentes, saúde e problemas ambientais
O uso dos combustíveis e os benefícios e malefícios de sua
produção
Os meios de transporte nas Regiões do Brasil
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Perceber a influência da mídia nos comportamentos, na formação de
opinião e no estímulo ao consumo
Informação, comunicação e interação.
Influência da mídia: informação, comunicação e formação
de opinião
89
HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMEN-
TAL
A História no Ensino Fundamental faz parte do currí-
culo escolar e tem sua importância na formação do indivíduo,
pois é através dela que estudamos e refletimos sobre quem
somos, onde vivemos, de onde viemos, como nos tornamos
um povo e um país. Compartilhamos as memórias do que os
nossos antepassados fizeram, assim como aquilo que vemos
e vivemos.
Aprender a história do nosso povo nos permite conhecer nossa origem e, dessa forma compreender nosso presente e nosso futuro, o que influi na formação da nossa identida-de como indivíduos e como grupo social (COLL, TEBE-ROSKY, 2000, p. 7).
Para Coll e Teberosky (2000, p.7) “A História analisa
e relata as ações humanas que tiveram um significado impor-
tante para outros seres humanos descrevendo como e quan-
do ocorreram essas ações e quais foram seus personagens
mais importantes”. O saber histórico escolar compreende, de
modo amplo, a delimitação de três “conceitos fundamentais: o
de fato histórico, de sujeito histórico e de tempo histórico”
(BRASIL, 1997b, p. 35).
Fatos históricos: podem ser traduzidos como aque-
les relacionados aos eventos políticos, às festas cívicas e às
ações de heróis nacionais (fatos esses apresentados de modo
isolado do contexto histórico em que viveram os personagens
e dos movimentos de que participaram), podem ser ações
humanas significativas escolhidas pelo professor e aluno; e-
ventos do passado que destacam mudanças ou permanên-
cias na vida coletiva; pode ser ações realizadas pelos homens
e pela coletividade, como criações artísticas, ritos religiosos,
técnicas de produção, formas de desenho, atos dos governan-
tes, etc...
Sujeitos da História: podem ser os personagens que
desempenham ações individuais ou consideradas como he-
róicas, de poder de decisão política de autoridades, como
reis, rainhas e rebeldes; agentes de ação social, indivíduos,
classes ou grupos sociais, líderes de lutas para transforma-
ções, trabalhadores, patrões, escravos, reis, camponeses,
políticos, prisioneiros, crianças, mulheres, religiosos, velhos,
partidos políticos, etc.
90
Tempo histórico: pode estar limitado ao estudo do
tempo cronológico (calendários e datas), repercutindo em
uma compreensão dos acontecimentos, como sendo pontu-
ais, como uma data ou organizados em uma longa linha nu-
mérica.
O tempo pode ser apresentado a partir de vivências
pessoais, pela intuição, como no caso do tempo biológico
(crescimento, envelhecimento) e o tempo psicológico (ideia de
sucessão de mudanças), tempo cronológico e astronômico
(sucessão de dias e noites, de meses e séculos).
Vale ressaltar que:
O conhecimento histórico não se confunde com a realidade passada, pois é construído em uma determinada época, comprometido com questões de seu próprio tempo. É um conhecimento que envolve escolha de abordagem, refle-xão e organização de informações, problematização, inter-pretação, análise, localização espacial e ordenação tempo-ral de uma série de acontecimentos da vida coletiva, que ficaram registrados, de algum modo, por meio de escritas, desenhos, memórias individuais e coletivas, fotografias, instrumentos de trabalho, fragmentos de utensílios cotidia-nos e estilos arquitetônicos, entre outras possibilidades (BRASIL, 1997b, p. 78 e 79).
OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DE HISTÓRIA NOS A-
NOS INICIAIS
A proposta do Ensino de História no PCN para o En-
sino Fundamental é “estimular e incentivar o desejo dos alu-
nos pelo conhecimento, possibilitando a realização de leituras
críticas dos espaços, das culturas e das histórias do seu coti-
diano (BRASIL, 1997b, p. 15).
“É primordial que o ensino de história estabeleça rela-
ções entre identidades individuais, sociais e coletivas, entre
as quais as que se constituem como nacionais.” (BRASIL,
1997b, p.32)
Conforme Libâneo (1994, p.46)
A História estuda o homem nos diferentes tempos da sua existência e nos lugares onde ele vive; como ele vai esta-belecendo relações com os seus semelhantes através do trabalho, como vão sendo criadas as instituições sociais, como o homem vai resolvendo os conflitos entre os inte-resses das classes sociais.
Ainda de acordo com Libâneo (1994, p.46), o objetivo
máximo desta disciplina, juntamente com a disciplina de Geo-
grafia, é
91
Auxiliar os alunos no conhecimento da realidade física e social, a partir da realidade mais imediata, de modo a sus-citar a compreensão do papel dos indivíduos e grupos na transformação da sociedade, tendo em vista um mundo de convivência humana que assegure a plena satisfação das necessidades materiais e espirituais de todos.
OBJETIVOS DO 1º CICLO (1º, 2º e 3º ANOS)
Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referên-cia anterioridade, posteridade e simultaneidade; Reconhecer algumas semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais, de dimensão cotidiana, existente no seu grupo de convívio escolar e na sua localidade; Reconhecer algumas permanências e transformações so-ciais, econômica e culturais nas vivências cotidianas das famílias, da escola e da coletividade, no tempo, no mesmo espaço de convivência; Caracterizar o modo de vida de uma coletividade indígena, que vive ou viveu na região, distinguindo suas dimensões econômicas, sociais, culturais, artísticas e religiosas; Identificar diferenças culturais entre o modo de vida de sua localidade e o da comunidade indígena estudada Estabelecer relações entre o presente e o passado; Identificar alguns documentos históricos e fontes de infor-mação discernindo algumas de suas funções (BRASIL, 1997b, p. 50-51).
OBJETIVOS DO 2º CICLO (4º e 5º ANOS)
Reconhecer algumas relações sociais, econômicas, políti-cas e culturais que a sua coletividade estabelece ou esta-beleceu com outras localidades, no presente e no passado;
Identificar as ascendência e descendência das pessoas que pertencem à sua localidade, quanto à nacionalidade, etnia, língua, religião, e costumes contextualizando seus deslocamentos e confrontos culturais e étnicos, em diver-sos momentos históricos nacionais; Identificar as relações de poder estabelecidas entre a sua localidade e os demais centros políticos, econômicos e cul-turais, em diferentes tempos; Utilizar diferentes fontes de informação para leituras críti-cas; Valorizar as ações coletivas que repercutem na melhoria das condições de vida das localidades. (BRASIL, 1997b, p. 62).
Após discussões, compreendemos que o objetivo ge-
ral para a disciplina de História é estudar o homem como su-
jeito histórico, conhecendo sua origem (passado) para que
possa compreender nosso presente e auxiliar a construir nos-
so futuro.
Elaboramos também os objetivos para o Ensino de
História para os anos iniciais do Ensino Fundamental em Tupi
Paulista:
1º ano: estabelecer relações entre o modo de vida ca-
racterístico de seu grupo social e de outros grupos;
2º ano: Identificar as principais características de seu
grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros
tempos e espaços; Conhecer e respeitar o modo de vida de
92
diferentes grupos sociais, atuando como cidadão consciente
de seus direitos e deveres;
3º ano: Identificar o grupo de convívio estabelecendo
relações nas suas manifestações econômicas, políticas e so-
ciais; Questionar sua realidade, refletir sobre seus problemas
e buscar possíveis soluções; Organizar repertório-cultural a-
través de métodos de diferentes registros, valorizar e respeitar
a diversidade, o patrimônio sócio econômico-cultural e fortale-
cer e democracia;
4º ano: Reconhecer mudanças e permanências nas
vivências humanas, presentes na realidade e em outras co-
munidades, próximas ou distantes no tempo e espaço; Valori-
zar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reco-
nhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como
um elemento de fortalecimento da democracia;
5º ano: Conhecer e respeitar o modo de vida de dife-
rentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em
suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,
reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles.
BLOCO DE CONTEÚDOS DE HISTÓRIA NOS ANOS INICI-
AIS
A seleção do conteúdo deve partir das “problemáticas
locais em que são inseridas as crianças e as escolas, não
perdendo de vista que as questões que dimensionam essas
realidades estão envolvidas em problemáticas regionais, na-
cionais e mundiais” (BRASIL, 1997b, p. 43).
Os conteúdos propostos pelo PCN para o 1º ciclo (1º,
2º e 3º anos) têm como eixo temático: HISTÓRIA LOCAL E
DO COTIDIANO, que se divide em dois blocos, sendo o pri-
meiro referente à localidade e o segundo à comunidade in-
dígena. A partir do PCN destacamos alguns pontos principais
a serem trabalhados na Rede Municipal de Tupi Paulista.
Em relação à Localidade podemos realizar
diversos levantamentos:
- Diferenças e semelhanças individuais, sociais, econômicas e
culturais entre os alunos da classe
- Diferenças e semelhanças entre os alunos da classe e as
demais pessoas que convivem e/ou trabalham na escola:
idade, sexo, origem, costumes, trabalho, religião, organização
familiar, higiene, etc
93
- Transformações e permanência dos costumes das famílias
das crianças (pais, avós, bisavós): número de filhos, divisão
de trabalhos entre sexo e idade, tipos de moradia, brincadei-
ras de infância, etc
- Diferenças e semelhanças entre as pessoas e os grupos
sociais que convivem na coletividade: diferentes profissões,
origem, religiões, alimentação, locais e atividades de lazer, etc
- Transformações e permanências nas vivências culturais da
coletividade no tempo: diferentes tipos de habitações antigas
que ainda existem, observações de mudanças no espaço,
mecanização da agricultura, mudanças nas vestimentas, mú-
sicas e danças de antigamente, etc
Quanto à Comunidade Indígena pode-se identificar:
- Grupo indígena da região e estudo do seu meio de vida so-
cial, econômico, cultural, político, religioso e artístico: o territó-
rio que habitam e já habitaram, as moradias e organização do
espaço, lendas e mitos de origem, etc
- Semelhanças e diferenças entre o modo de vida da localida-
de dos alunos e da cultura indígena: no relacionamento com a
natureza (produção de alimentos, uso da água, do solo e da
vegetação, mitos, medicina, preservação) etc
Os conteúdos propostos para o 2º ciclo (4º e 5º anos)
têm como eixo temático HISTÓRIA DAS ORGANIZAÇÕES
POPULACIONAIS, que se divide em quatro blocos:
1) Deslocamentos populacionais:
- Levantamento de diferenças e semelhanças das ascendên-
cias e descendências entre os indivíduos que pertencem à
localidade quanto a nacionalidade, etnia, língua, religião e
costumes: estudo das famílias dos alunos (origem geográfica
das famílias, época de chegada na localidade, costumes man-
tidos como tradição) e estudo dos costumes de diferentes re-
giões: (identificação de populações locais que possuem des-
cendência diferenciada, suas descendências e costumes es-
pecíficos).
- Contextualização dos processos de deslocamento de popu-
lações para o território nacional: dominação dos portugueses
no território nacional, identificação das populações nativas
locais (indígenas); deslocamentos de populações africanas e
as condições de vida estabelecidas para os africanos no Bra-
sil; deslocamentos de outros grupos de imigrantes.
- Identificação de deslocamentos populacionais locais, no
passado e no presente; e as migrações regionais e nacionais:
94
estudo dos contextos históricos de fixação no local e suas
motivações; razões de deslocamentos populacionais para ou-
tras regiões do País ou para exterior.
2) Organizações e lutas de grupos sociais e étnicos
- Levantamento de diferenças e semelhanças entre grupos
étnicos e sociais, que lutam e lutaram no passado e o movi-
mento de âmbito local: lutas travadas, conquistas e perdas,
ideais de luta (movimentos ambientalistas, feministas, dos
negros, sem terras e outros).
3) Organizações Políticas e Administrações Urbanas
- Identificação de diferentes tipos de organizações urbanas,
destacando suas funções e origens: as cidades que nasceram
com função administrativa, religiosa, comercial ou de para-
gem, de diferentes lugares do mundo e de épocas históricas
diferentes; e os estudos de organizações e distribuições dos
espaços urbanos e rurais, as relações comerciais, medições
do tempo, etc
- Caracterização do espaço urbano local e suas relações com
outras localidades urbanas e rurais: crescimento urbano, rela-
ções comerciais praticadas com outras localidades, organiza-
ção administrativa, etc
4) Organização histórica e temporal
- Construção de sínteses históricas, tomando-se as relações
entre os momentos significativos da história local e os da his-
tória regional e nacional:
Estudos de calendários e medições de tempo que possibi-
litem localizar acontecimentos de curta, média e longa dura-
ção (anos, décadas, séculos)
Construção de sínteses cronológicas, incluindo e relacio-
nando acontecimentos da história local, regional, nacional e
mundial
Construção de linhas do tempo, relacionando a história
local com a história regional e a história nacional
Construções de diferentes periodizações históricas, que
dêem conta de caracterizar predomínios e mudanças nos mo-
delos econômicos, nos costumes, nas organizações, políticas,
etc
95
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Os conhecimentos históricos tornam-se significativos para os alunos quando contribuem para que eles reflitam sobre as vivências e as produções humanas, materializadas no seu espaço de convívio direto e nas organizações das so-ciedades de tempos e espaços diferentes, reconhecendo-as como decorrentes de contradições e de regularidades históricas (BRASIL, 1997b).
Desta forma, propõe-se para o Ensino de História,
conteúdos e situações de aprendizagem que possibilitem aos
alunos refletirem criticamente sobre as convivências e as o-
bras humanas, conhecendo e debatendo as contradições, os
conflitos, as mudanças, as permanências, as diferenças exis-
tentes no interior das coletividades e entre elas, dimensionan-
do sua realidade historicamente.
Para tanto, é importante que o professor crie situa-
ções de aprendizagem escolares para instigá-los a estabele-
cer relações entre o presente e o passado. Cabe ao profes-
sor, por meio de rotinas, atividades e práticas, orientar os alu-
nos como dominar procedimentos que envolvam questiona-
mentos, reflexões, análises, pesquisas, interpretações, com-
parações, confrontamentos e organização de conteúdos histó-
ricos.
O PCN (BRASIL, 1997b) propõe alguns procedimen-
tos de pesquisa que devem ser ensinados pelo professor de
maneira que favoreça a ampliação dos conhecimentos e das
capacidades da criança. São eles:
PROBLEMATIZAÇÃO: O professor deve inserir o con-
teúdo por questionamentos da realidade no presente até con-
teúdos históricos, que auxiliem a compreender a situação atu-
al. Afinal são os atos do passado que resultam na realidade
atual.
TRABALHO COM DOCUMENTOS: Os documentos
são fundamentais como fonte de informações para serem in-
terpretados, analisados e comparados. Eles são entendidos
como obras que registram pequenas parcelas das relações
coletivas. Os documentos são: cartas, livros, relatórios, diá-
rios, pinturas, esculturas, fotografias, entre outras.
TRABALHO COM LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE
FONTES BIBLIOGRÁFICAS: É de extrema importância para
os alunos entenderem e identificarem as obras de conteúdo
histórico como sendo construções que completam escolhas
feitas por seus autores; criando também situações em que o
aluno aprenda a questionar e dialogar com o texto. A partir daí
são realizados trabalhos de pesquisa pelos alunos e seleção
96
de materiais complementares pelo professor. Cabe ao mes-
mo, ensinar como questionar uma obra, como promover mo-
mentos em que os alunos possam ler criticamente, mediante
as outras obras diferentes.
O TEMPO NO ESTUDO DA HISTÓRIA: É um dos
conceitos mais complexos de entendimento. Dependendo do
ponto de vista o tempo pode abarcar concepções múltiplas.
Assim, o professor não deve ter uma preocupação especial
em ensinar nos dois primeiros ciclos uma conceituação sobre
o tempo, mas sim trabalhar atividades didáticas que envolvam
diferentes perspectivas de tempo, tratando-o como um ele-
mento que possibilita organizar os acontecimentos históricos
no presente e no passado.
RECURSOS DIDÁTICOS: envolvem ATIVIDADES
COM O TEMPO e ESTUDOS DO MEIO.
Algumas atividades com o tempo envolvendo calen-
dários: criação de rotinas diárias e semanais; registro com os
alunos dos dias da semana, mês e ano, aniversários, festas,
feriados, dias de descanso, acontecimentos do passado e
presente que estão estudando; confecção de relógios de sol;
observação, registro, levantamento de hipóteses sobre repeti-
ção dos fenômenos naturais, como dia e noite, mudanças das
fases da lua, posição do sol, vegetação, climas;/ conhecimen-
to do funcionamento e das histórias que envolvem os calendá-
rios utilizados por alguns povos, como os egípcios, astecas e
os cristãos.
O estudo do meio é um recurso pedagógico privilegi-
ado que possibilita aos estudantes obterem progressivamente
o olhar sobre o mundo em que vivem, e que não se restringe
somente à obtenção de informações fora da sala de aula, ou
de conhecimentos já elaborados, e sim envolve uma metodo-
logia de pesquisa e de organização de novos saberes, reque-
rendo atividades anteriores à visita ou aos passeios, para que
depois possam ser levantadas hipóteses, questões, seleção e
investigação de informações coletadas, observações em
campo, comparações de dados levantados, interpretação,
organização de dados e conclusões. O professor precisa pedir
aos alunos, após as atividades desenvolvidas na escola, que
façam um relatório dos acontecimentos, suas reflexões sobre
os procedimentos pedagógicos escolhidos, processo de traba-
lho e o que os alunos produziram. Assim, estes relatórios te-
rão a finalidade de serem socializados com os outros profes-
sores, a fim de aprofundarem propostas educacionais e con-
solidando práticas bem sucedidas.
97
Além dessas propostas do PCN, para o Ensino de
História, vale ressaltar outras sugestões, como:
Introdução dos temas, perguntando às crianças o que elas
entendem pelo conteúdo abordado
Valorização e anotações do conhecimento prévio das cri-
anças sobre os temas trabalhados
Realização de passeios pelos arredores da escola, solici-
tando a observação
Utilização de filmes abordando os conteúdos programáticos
Utilização de diversos materiais impressos como: jornais,
revistas, livros, fotografias entre outros.
Pesquisa, experimentação e registros e observação
Atividades lúdicas, como brincadeiras, jogos, música e de-
senho.
Rodas de conversa
Atividades individuais, em duplas ou em grupos.
Observação e interpretação de calendários.
Identificação e reflexão de situação problema atual utili-
zando informações do passado.
Leitura e análise de certidões de nascimento.
Entrevistas com familiares e membros da comunidade. O
professor deve trabalhar com a criança as diversas fases da
entrevista: elaboração do roteiro, orientações para sua reali-
zação, análise dos dados coletados e formas de divulgação
do resultado.
98
1º Ano Disciplina: HISTÓRIA
Objetivo Geral: Estabelecer relações entre o modo de vida característico de seu grupo social e de outros grupos.
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Identificar-se como ser social e construir sua identidade pessoal História pessoal
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Caracterizar o modo de vida de algumas comunidades indígenas
brasileiras
Comunidades indígenas brasileiras
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Valorizar o patrimônio cultural do seu grupo social e interessar-se
por conhecer diferentes formas de expressão cultural
Tradições culturais (Folclore, Município e suas festivida-
des)
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Conhecer algumas características da cultura Afro-Brasileira Cultura Afro-Brasileira
99
2º Ano Disciplina: HISTÓRIA
Objetivos Gerais:
Identificar as principais características de seu grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros grupos em dife-
rentes tempos e espaços
Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, atuando como cidadão consciente de seus direitos e deve-
res
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Reconhecer que cada pessoa é única e especial em sua individualidade
Perceber-se como indivíduo e como membro de um grupo
Identificar diferentes estruturas familiares, valorizando-as
Reconhecer o papel da família como transmissora de valores, costumes,
padrões e cultura
Identidade
Família
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Perceber-se como integrante da comunidade escolar
Desenvolver uma atitude de respeito pelos diferentes profissionais que atu-
am na escola
Identificar diferenças culturais entre o seu modo de vida e o de comunida-
des indígenas brasileiras
Escola
Comunidade Indígena Brasileira
100
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Reconhecer a diversidade étnica da formação do povo brasileiro, valorizan-
do a contribuição do povo negro nas dimensões artísticas.
Identificar e valorizar diferentes formas de convívio social compartilhadas
nas manifestações culturais em diferentes tempos históricos.
Cultura Afro-Brasileira
Tradições culturais (Folclore, Município e suas
festividades)
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Perceber o Estatuto da Criança e do Adolescente como documento, desta-
cando alguns artigos
Noções sobre Estatuto da Criança e do Adoles-
cente (ECA): artigo 1º até 18
Apresentação do documento (Lei nº 8.069, de
13/07/90)
101
3º Ano Disciplina: HISTÓRIA
Objetivos Gerais:
Identificar o grupo de convívio, estabelecendo relações nas suas manifestações econômicas, políticas e sociais
Questionar sua realidade, refletir sobre seus problemas e buscar possíveis soluções
Organizar repertório-cultural através de métodos de diferentes registros, valorizar e respeitar a diversidade, o patrimônio só-
cioeconômico-cultural e fortalecer a democracia
Objetivos Específicos 1º Bimestre Conteúdos 1º Bimestre
Reconhecer a inserção familiar numa comunidade
Identificar e respeitar as diferentes estruturas familiares
Reconhecer as permanências e transformações nos hábitos
familiares ao longo do tempo
Vida em família (Nº de filhos, Relação de trabalho, Brincadeiras)
Relações de parentesco e estruturas familiares
Objetivos Específicos 2º Bimestre Conteúdos 2º Bimestre
Reconhecer e valorizar a escola como espaço de convivên-
cia
Escola:
Funções e normas de convivência na escola;
Objetivos Específicos 3º Bimestre Conteúdos 3º Bimestre
Perceber as transformações no Município ao longo do tem-
po (passado e presente).
Município:
Atividades na zona rural (agricultura e pecuária)
Atividades na zona urbana (indústria e comércio)
102
Objetivos Específicos 4º Bimestre Conteúdos 4º Bimestre
Identificar as diferentes atividades existentes no Município,
valorizando o modo de vida de uma coletividade rural e urbana
Identificar as diferenças culturais entre o modo de vida de
sua localidade e de uma comunidade indígena e afro-brasileira
Comunidade indígena e comunidade afro-brasileira: problemas
sociais, preconceito, racismo e discriminação
103
4º Ano Disciplina: HISTÓRIA
Objetivos Gerais:
Reconhecer mudanças e permanência nas vivências humanas, presentes na realidade e em outras comunidades, próximas
ou distantes no tempo e espaço
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como
um elemento de fortalecimento da democracia
Objetivos específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Levantar as diferenças e semelhanças das descendências
dos familiares dos alunos quanto à nacionalidade, etnia, lín-
gua, religião e costumes
Levantamento da origem histórica e geográfica das famílias:
imigração e migração
Objetivos específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Compreender as razões e as trajetórias de deslocamento
das famílias dos alunos
Origem histórica e geográfica das famílias: migração e migração
Objetivos específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Construir sínteses históricas relacionando momentos signifi-
cativos da história do Município e da história da nossa região
Relações entre a história local e a história regional: formação do
Município
Objetivos específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Conhecer as organizações administrativas do município e
suas funções.
Organização administrativa do Município: os três poderes
Lembrar de contemplar na metodologia: Linha do Tempo: história das famílias
104
5º Ano Disciplina: HISTÓRIA
Objetivo Geral: Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em suas
manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferença entre eles
Objetivos específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Conhecer as atividades econômicas do Município em dife-
rentes épocas, destacando suas contribuições para o seu de-
senvolvimento
Atividades econômicas do Município.
Objetivos específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Conhecer as relações comerciais realizadas entre o nosso
Município e os demais Municípios do Estado de São Paulo
Atividades comerciais praticadas com outras localidades
Objetivos específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Conhecer as lutas indígenas do passado e do presente
travadas por motivos políticos, sociais, culturais, étnicos e e-
conômicos
Refletir sobre a condição atual dos indígenas em compa-
ração com a sua situação na época da chegada dos europeus
Comunidade indígena brasileira
Objetivos específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Refletir sobre a condição atual dos negros em comparação
com a sua situação na época da escravidão.
Comunidade afro-brasileira
105
MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL
É importante destacar que a Matemática deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imagi-nação (BRASIL, 1997c,p.29)
A Matemática desempenha importante papel no de-
senvolvimento cultural da criança e na sua inserção no siste-
ma de referências do grupo ao qual pertence. Porém, a ma-
neira como tem sido ensinada, através de treinos artificiais e
mecânicos, tem provocado grandes danos em relação ao seu
aprendizado no dia-a-dia da criança. Essa maneira mecaniza-
da de se trabalhar com a Matemática pode ser um dos fatores
que contribuem para as visões que hoje se têm a respeito
dessa disciplina. Essa abordagem deixa a impressão de que o
objetivo do professor ao ensinar Matemática é apenas o de
transmitir os conteúdos, acreditando que, com esses conteú-
dos, os alunos sejam capazes de compreender a linguagem
matemática e, consequentemente, desenvolver o raciocínio
lógico, tornando-se aptos a abstrair, analisar, sintetizar e ge-
neralizar.
Na maioria das vezes, faz-se uso de todas as ferra-
mentas matemáticas sem que se questione seu processo de
construção, sem que se demonstre a lógica dessas constru-
ções. O conhecimento do processo histórico e, consequente-
mente, das razões que levaram o homem a formalização da
Matemática, talvez seja a chave para redefinir o papel da es-
cola na operacionalização dos conceitos matemáticos.
Nesse sentido os livros didáticos foram aos poucos se
adequando ao novo modelo matemático, abordando textos de
forma contextualizada e interdisciplinarizada, criando cone-
xões com inúmeras situações cotidianas. Assim, o aluno ob-
teve o privilégio de perceber a amplitude do saber matemáti-
co, aumentando seu campo de conhecimento. Cabe ao pro-
fessor elaborar tarefas no intuito de envolver o aluno em um
processo de construção de resultados e não meros executo-
res e reprodutores de situações mecânicas.
É importante lembrar que a Matemática que hoje é uti-
lizada não foi construída da noite para o dia: ela é produto de
um processo histórico que, como bem sabemos, levou muitos
séculos para sistematizá-la e transformá-la em fórmulas, algo-
ritmos, gráficos, tabelas, modelos, que hoje são utilizados no
contexto escolar.
106
A ressignificação do currículo em matemática pelos
professores dos anos iniciais foi elaborado em virtude da ne-
cessidade de que se ofereça um ensino pautado em metodo-
logias diversificadas na vivência dos conteúdos conceituais
de forma dinâmica e interativa. Diante de tal propósito, discutir
o currículo de matemática com os professores dos anos inici-
ais colocou-se como necessidade e também como possibili-
dade de acompanhar cientificamente como se dá o processo
de ressignificação desse currículo.
Para discussão e ressignificação do currículo de ma-
temática um caminho viável foi à organização de um grupo de
estudo que auxiliou na reflexão da disciplina, nesta área, na
qual tivemos como convidada a Professora Doutora Eliane
Maria Vani Ortega, que desenvolveu um trabalho no sentido
de possibilitar a reflexão da prática docente.
Segundo a professora Doutora Eliane Maria Vani Or-
tega o ensino de Matemática tem sido considerado um pro-
cesso de transmissão de símbolos matemáticos, propriedades
e técnicas, fórmulas e demonstrações de teoremas de forma
mecânica, sem compreensão em que o estudante acaba sen-
do um depósito de informações. Partindo desse aspecto ne-
gativo, no final do século XIX, matemáticos interessados pelo
ensino de Matemática nas escolas iniciaram um movimento
em defesa de um ensino voltado para compreensão dos con-
ceitos matemáticos.
O objetivo desse movimento era explicitar que o ensi-
no da Matemática não está somente ligado à memorização de
fórmulas, sentenças, propriedades e definições, e sim à capa-
cidade de leitura e compreensão, os quais são uma mistura
da língua falada com os símbolos e as relações matemáticas.
Essa nova maneira de ensino- aprendizado valoriza a experi-
ência sociocultural do aluno, enfatizando os conhecimentos
adquiridos durante o decorrer de seu amadurecimento.
Até o século XVIII as Ciências eram reservadas aos fi-
lósofos. A Revolução Industrial, a administração e os sistemas
bancários e de produção passaram a exigir mais do cidadão.
A matemática chega às escolas, mas o currículo e os livros
didáticos são criados com base na formalização e no raciocí-
nio dedutivo do grego Euclides (séc. III a.C). No século XX,
durante as guerras mundiais, a Matemática evolui e adquire
importância na escola, mas continua distante da vida do aluno
e a disciplina passa a ser principal motivo de reprovação.
Com a guerra fria e a corrida espacial, os norte-americanos
reformulam o currículo a fim de formar cientistas e superar os
107
avanços soviéticos. Surge, assim, a Matemática Moderna,
uma boa ideia, porém mal encaminhada. Ela se apoia na teo-
ria dos conjuntos, mantém o foco nos procedimentos e isola a
geometria. Nos anos 70 começa o Movimento de Educação
Matemática, com a participação de professores do mundo
todo, organizados em grupos de estudo e pesquisa. Ocorre a
aproximação com a Psicopedagogia, descobrindo, assim, co-
mo se constrói o conhecimento da criança, estudando então
formas alternativas de avaliação. Matemáticos não ligados à
educação se dividem entre os que apóiam e os que resistem
à mudança.
Entre 1997 e 1998 são lançados no Brasil os Parâme-
tros Curriculares Nacionais para as antigas oito séries do En-
sino Fundamental, atualmente nove anos. O capítulo dedica-
do à disciplina foi elaborado por integrantes brasileiros do Mo-
vimento de Educação Matemática. Segundo os especialistas,
os PCNs são considerados um documento norteador para
orientação dos professores.
Segundo a professora, doutora Eliane, os PCNs são
importantes para que o professor tenha um documento norte-
ador, entretanto, a continuidade da aprendizagem matemática
não dispensa a intencionalidade e o planejamento, pois reco-
nhecer a potencionalidade e adequação de um dada situação
para aprendizagem, tecer comentários, formular perguntas,
suscitar desafios, incentivar a verbalização pela criança, de-
vem ser atitudes indispensáveis do professor.
Concebido o papel da Matemática como instrumento
de ação e de reflexão do homem sobre o meio em que vive, é
preciso que se pense no ensino da Matemática considerando-
se dois aspectos de naturezas distintas: o formativo e o ins-
trumental.
No contexto formativo, é preciso que o ensino da Ma-
temática favoreça a estruturação do pensamento, visando o
desenvolvimento do raciocínio lógico apurado e crítico e das
capacidades de abstração, generalização, previsão e proje-
ção. Já o aspecto instrumental deve desenvolver no aluno a
possibilidade do uso dos conceitos matemáticos na resolução
dos mais diversos problemas e na construção de novos con-
ceitos, sejam eles de natureza puramente matemática, sejam
relacionados a outras áreas do conhecimento ou, ainda, às
práticas comuns em seu cotidiano. Pretende-se, dessa forma,
que o ensino da Matemática garanta ao aluno o equilíbrio en-
tre o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e a
108
aplicação do conhecimento matemático na realidade que o
cerca, bem como em outras áreas do conhecimento.
Os PCNs apontam, como objetivos do Ensino de Ma-
temática no Ensino Fundamental, os seguintes:
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Ma-temática, como aspecto que estimula o interesse, a curio-sidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas.
Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitati-vos e qualitativos do ponto de vista do conhecimento e es-tabelecer o maior número possível de relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento matemático (aritméti-co, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinató-rio, probabilístico), selecionar, organizar e produzir infor-mações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las critica-mente.
Resolver situações-problema, sabendo validar estraté-gias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos como dedução, intuição, analogia, estimativa utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis.
Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argu-mentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes repre-sentações matemáticas.
Estabelecer conexões entre temas matemáticos de dife-rentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares.
Sentir-se seguro da própria capacidade de construir co-nhecimentos matemáticos, desenvolvendo autoestima e a preservação na busca de soluções.
Interagir com seus pares de forma cooperativa, traba-lhando coletivamente na busca de soluções para proble-mas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pen-sar dos colegas e aprendendo com eles.
Após discussões e a formação contínua elaboramos
os seguintes objetivos para o Ensino de Matemática para os
anos iniciais de Tupi Paulista:
1º ANO
Identificar os conhecimentos matemáticos como ferramen-
tas necessárias no seu cotidiano, usando-as em seu meio,
questionando, explorando e vivenciando os usos da Matemá-
tica no contexto social.
Fazer observações sobre aspectos matemáticos no cotidi-
ano escolar e saber comunicar esses aspectos e ideias ma-
temáticas observadas, utilizando tanto a linguagem oral como
a linguagem matemática.
109
2º ANO
Estabelecer relações, formular hipóteses e resolver pro-
blemas diversos para compreensão dos conceitos.
Identificar os conhecimentos matemáticos estimulando o
interesse, a curiosidade, a investigação e a capacidade de
resolver situações-problema do cotidiano.
3º ANO
Compreender que os conhecimentos matemáticos são
meios para entender a realidade.
Utilizar os conhecimentos matemáticos para investigar e
responder a questões elaboradas a partir de sua própria
curiosidade.
Observar aspectos quantitativos e qualitativos presentes
em diferentes situações e estabelecer relações entre eles,
utilizando conhecimentos relacionados aos Números e
Operações, às Grandezas e Medidas, ao Espaço e Formas,
ao Tratamento das Informações.
Resolver situações-problema, a partir da interpretação de
enunciados orais e escritos, desenvolvendo procedimentos
para planejar, executar e checar soluções (formular hipóteses,
fazer tentativas ou simulações), para comunicar resultados e
compará-los com outros, validando ou não os procedimentos
e as soluções encontradas.
Comunicar-se, matematicamente, apresentando resultados
precisos e argumentar sobre suas hipóteses, fazendo uso da
linguagem oral e de representações matemáticas e
estabelecendo relações entre elas.
Sentir-se seguro para construir conhecimentos
matemáticos, incentivando sempre os alunos na busca de
soluções.
Interagir com seus pares de forma cooperativa na busca de
soluções para situações-problema, respeitando seus modos
de pensar e aprendendo com ele.
4º ANO
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para
compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o
caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, co-
mo aspecto que estimula a curiosidade, o espírito de investi-
gação e o desenvolvimento da capacidade para resolver pro-
blemas.
110
Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos,
do ponto de vista do conhecimento, e estabelecer o maior
número possível de relações entre eles, utilizando para isso o
conhecimento aritmético, geométrico, métrico, estatístico,
combinatório e probabilístico
Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e
resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos,
como dedução, indução, intuição, analogia e estimativa, utili-
zando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como
instrumentos tecnológicos disponíveis.
5º ANO
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para
compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o
caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, co-
mo aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito
de investigação e o desenvolvimento da capacidade para re-
solver problemas.
Resolver situações - problema, sabendo validar estratégias
e resultado, desenvolvendo formas de raciocínio e processos,
como dedução, indução, intuição, analogia, estimativa e utili-
zando conceitos e procedimentos matemáticos.
Vale ressaltar que dividimos os objetivos gerais por ano,
mas compreendemos que todos são essenciais no traba-
lho dos professores com as crianças. Assim os objetivos
do 1º ano valem para que o professor do 2º ano retome, e
assim sucessivamente.
Os PCNs propõem como bloco de conteúdos:
NÚMEROS E SISTEMA DE NUMERAÇÃO: Foca nú-
meros naturais, racionais e sistema de numeração decimal
(número, contagem, agrupamentos, classificação, seriação,
valor posicional, porcentagem, etc.). Também envolve as O-
PERAÇÕES COM NÚMEROS: adição, subtração, multiplica-
ção, divisão, sinais convencionais, decomposição, cálculo
mental, estimativas, uso da calculadora, etc.
ESPAÇO E FORMA: Faz com que o aluno desenvol-
va um tipo especial de pensamento que permite compreender,
descrever e representar de forma organizada o espaço em
que vive. Dentro do bloco destacamos alguns conteúdos, co-
mo: localização de um ponto no espaço e sua representação;
pontos e sistemas de referências; planos, mapas e maquetes;
formas planas e espaciais; posição, itinerários, direção/ redu-
ção e ampliação de figuras/ tamanho e formas/ figuras bidi-
111
mensional e tridimensional/ simetria/ ângulos, formas geomé-
tricas, etc.
GRANDEZAS E MEDIDAS: Caracterizam-se por sua
forte relevância social, com evidente caráter prático e utilitário.
Contexto muito rico para o trabalho com os significados de
números e das operações e da ideia de proporcionalidade e
escala, é um campo fértil para uma abordagem histórica. Al-
guns exemplos de conteúdos trabalhados: instrumentos de
medida (fita, balança); unidades de tempo (dia, semana, mês,
bimestre, ano) sistema monetário do Brasil, leitura de horas
(minutos, horas, segundos), comprimento, massa e superfície,
temperatura.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: Tem como finali-
dade destacar e evidenciar a importância em seu uso atual na
sociedade. É fazer com que o aluno venha a construir proce-
dimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar da-
dos, utilizando tabelas, gráficos e representações que apare-
cem freqüentemente em seu dia-a-dia. Alguns conteúdos:
função do número (telefones, placas carros, roupas, calça-
dos), gráficos, tabelas e probabilidade.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O RECURSO À RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: Ao
colocar o foco na Resolução de Problemas, o que se defende
é uma proposta que poderia ser resumida nos seguintes prin-
cípios:
- O ponto de partida da atividade matemática não é a defini-
ção, mas sim o problema
- O problema certamente não é um exercício em que o aluno
aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula ou um proces-
so operário
- O aluno não constrói um conceito em resposta a um proble-
ma, mas constrói num campo de problemas
- A resolução de problemas não é uma atividade para ser de-
senvolvida em paralelo ou como aplicação da aprendizagem,
mas uma orientação para a aprendizagem, pois proporciona o
contexto em que se podem aprender conceitos, procedimen-
tos e atitudes matemáticas.
Um problema matemático é uma situação que de-
manda a realização de uma seqüência de ações ou opera-
ções para obter um resultado. O que é problema para um alu-
no pode não ser para outro, em função do seu nível de de-
senvolvimento intelectual e dos conhecimentos de que dispõe.
112
Resolver um problema, pressupõe que o aluno elabore um ou
vários procedimentos de resolução; compare seus resultados
com os de outros alunos e valide seus procedimentos. Além
disso, é necessário desenvolver habilidades que permitam pôr
à prova os resultados, testar seus efeitos, comparar diferentes
caminhos, para obter a solução.
O RECURSO À HISTÓRIA DA MATEMÁTICA: Jun-
tamente com outros recursos didáticos e metodológicos, ao
estabelecer comparações entre os conceitos e processos ma-
temáticos do passado e do presente, o professor tem a possi-
bilidade de desenvolver atitudes e valores mais favoráveis do
aluno diante do conhecimento matemático. A História da Ma-
temática é, nesse sentido, um instrumento de resgate da pró-
pria identidade cultural.
O RECURSO ÀS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO:
O uso de calculadoras, computadores e outros elementos
tecnológicos é uma possibilidade para o Ensino da Matemáti-
ca.
A calculadora é um recurso para verificação de re-
sultados, correção de erros, podendo ser um valioso instru-
mento de auto-avaliação. O fato de, neste final de século,
estar emergindo um conhecimento por simulação, típico da
cultura informática, faz com que o computador seja também
visto como um recurso didático cada dia mais indispensável.
Quanto aos softwares educacionais é fundamental que o
professor aprenda a escolhê-los em função dos objetivos
que pretende atingir e de sua própria concepção de conhe-
cimento e de aprendizagem. O trabalho com o computador
pode ensinar o aluno a aprender com seus erros e a apren-
der junto com seus colegas, trocando suas produções e
comparando-as.
O RECURSO AOS JOGOS: Por meio dos jogos as
crianças não apenas vivenciam situações que se repetem,
mas aprendem a lidar com símbolos e pensar por analogia: os
significados das coisas passam a ser imaginadas por elas;
além disso, passam a compreender e a utilizar convenções e
regras que serão empregadas no processo de ensino e a-
prendizagem.
Finalmente, um aspecto relevante nos jogos é o desa-
fio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e
prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da
cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a po-
tencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curri-
cular que se deseja desenvolver.
113
1º ano Disciplina: MATEMÁTICA
Objetivos Gerais:
Identificar os conhecimentos matemáticos como ferramentas necessárias no seu cotidiano, usando-as em seu meio, questio-
nando, explorando e vivenciando os usos da Matemática no contexto social
Fazer observações sobre aspectos matemáticos no dia-a-dia e no cotidiano escolar e saber comunicar esses aspectos e ideias
matemáticas observadas, utilizando tanto a linguagem oral como a linguagem matemática
Objetivos Específicos 1º Bimestre Conteúdos
Números e Operações
Identificar escritas numéricas relativas a números familiares e frequentes
Reconhecer e formular hipóteses sobre a leitura e escrita dos números
Escrita numérica
Números do cotidiano
Espaço e Forma
Identificar pontos de referência para indicar sua localização na sala de
aula.
Estabelecer pontos de referência para indicar a localização da sala de au-
la na escola.
Localização
Grandezas e Medidas
Identificar dias da semana e do mês, explorando o calendário. Unidades de tempo
Tratamento da Informação
Interpretar fichas de identificação pessoal.
Ler tabelas simples com números do cotidiano.
Tabelas Simples
114
Objetivos Específicos 2º Bimestre Conteúdos
Números e Operações
Utilizar diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção:
contagem, pareamento, estimativa e correspondência de agrupamento
Contagens
Espaço e Forma
Identificar sua movimentação no espaço escolar oralmente e por meio de
desenhos
Localização
Grandezas e Medidas
Relacionar elementos presentes na escrita de uma data
Relatar sequência de acontecimentos referentes ao período de um dia
Unidades de tempo
Sequência de acontecimento diário
Tratamento da Informação
Observar e registrar as condições do tempo em tabela simples
Organizar coletivamente um cronograma semanal de atividades em sala
de aula
Tabelas Simples
Objetivos Específicos 3º Bimestre Conteúdos
Números e Operações
Construir procedimentos para comparar a quantidade de objetos de duas
coleções
Utilizar de diferentes estratégias para quantificar elementos de duas cole-
ções de objetos quando reunidos e acrescentados
Comparação de quantidade
115
Espaço e Forma
Compreender a posição e a movimentação de pessoas ou objetos a partir
da análise de croquis
Identificar semelhanças e diferenças entre as formas dos objetos tridimen-
sionais do seu cotidiano
Posição e movimentação de objeto ou pessoa.
Introdução aos sólidos geométricos
Grandezas e Medidas
Identificar comprimentos, utilizando estratégias próprias por meio de esti-
mativas
Comparar capacidades por meio de estratégias pessoais e uso de instru-
mento de medidas conhecidas
Unidades de medidas não convencionais
Medidas de capacidade - Litro
Tratamento da Informação
Organizar em tabelas simples os resultados obtidos na medição de com-
primento
Organizar tabelas para apresentar o resultado de observações entre as
formas dos objetos
Tabelas Simples
Objetivos Específicos 4º Bimestre Conteúdos
Números e Operações
Utilizar de diferentes estratégias para quantificar elementos de uma cole-
ção de objetos quando retirados
Identificar um número de objetos que compõem uma coleção que tenha o
dobro ou triplo de objetos de outra coleção
Comparação de quantidades
Dobro e Triplo (Coleções)
Divisão (Partes iguais)
116
Indicar o número de objetos que será obtido quando uma coleção for re-
partida em partes iguais.
Espaço e Forma
Reconhecer as superfícies planas nos objetos de seu cotidiano
Nomear algumas formas tridimensionais, representando os objetos por
meio de desenhos
Superfícies planas
Sólidos geométricos (esfera, pirâmide, cubo e co-
ne)
Grandezas e Medidas
Comparar massas por meio de instrumentos de medidas conhecidas
Medidas de massa (Quilograma)
Tratamento da Informação
Preencher tabelas simples com alguns fatos básicos das quatro operações Tabelas Simples
117
2º ano Disciplina: MATEMÁTICA
Objetivos Gerais:
Estabelecer relações, formular hipóteses e resolver problemas diversos para compreensão dos conceitos.
Identificar os conhecimentos matemáticos, estimulando o interesse, a curiosidade, a investigação e a capacidade de resolver
situações-problema do cotidiano
Objetivos Específicos 1º Bimestre Conteúdos
Números e Operações
Utilizar números como códigos na organização de informações
Fazer uso de números para expressar a ordem numa sequência e identificar
regularidades numéricas
Quantificar elementos de uma coleção por meio de diferentes estratégias
Nomear, ler e produzir escritas numéricas de números frequentes e em se-
quência
Contar em escalas ascendentes e descendentes a partir de um número
Códigos numéricos do cotidiano
Sequência numérica
Contagens
Escritas numéricas
Espaço e Formas
Localizar pessoas ou objetos no espaço com base em diferentes pontos de
referência e indicações de posição
Localização espacial
Grandezas e Medidas
Explorar o calendário, identificando a unidade de tempo
Comparar e conhecer medida de comprimento por meio de estratégias pesso-
ais e instrumentos de medidas conhecidas
Unidade de tempo (Dia, semana e mês)
Medidas de comprimento
118
Tratamento da Informação
Ler e interpretar informações apresentadas em tabelas simples Tabelas simples
Objetivos Específicos 2º Bimestre Conteúdos
Números e Operações
Ler, escrever, comparar e ordenar números
Analisar, interpretar, resolver e formular situações-problema, compreendendo
alguns dos significados da adição e da subtração (composição e transformação)
Construir fatos básicos da adição e da subtração a partir de situação-
problema, para constituição de um repertório a ser utilizado no cálculo
Utilizar sinais convencionais (+, -, =) na escrita de operações de adição e sub-
tração
Escrita numérica
Sequência numérica
Adição - subtração
Espaço e Forma
Observar e reconhecer figuras geométricas tridimensionais e identificar algu-
mas de suas características, fazendo uso de sua nomenclatura
Sólidos geométricos
Grandezas e Medidas
Comparar e conhecer medidas de massa e capacidade por meio de estraté-
gias pessoais e instrumentos de medida
Medidas de massa
Medidas de capacidade
Tratamento da informação
Ler e interpretar informações representadas por gráficos de colunas
Gráficos de colunas
119
Objetivos Específicos 3º Bimestre Conteúdos
Números e Operações
Ler, escrever, comparar e ordenar números.
Analisar, interpretar, resolver e formular situações-problema, compreendendo
alguns dos significados da adição e da subtração (comparação).
Analisar, interpretar, resolver e formular situações-problema compreendendo
alguns dos significados da multiplicação (razão).
Construir fatos básicos da multiplicação a partir de situações-problema, para
constituição de um repertório a ser utilizado no cálculo.
Utilizar sinais convencionais (x,=) na escrita de operações de multiplicação.
Escrita numérica
Sequência numérica
Adição - Subtração - Multiplicação
Espaço e Forma
Identificar características de: esferas, cones, cilindros, cubos, paralelepípedos
e pirâmides
Diferenciar figuras tridimensionais das figuras bidimensionais
Sólidos geométricos
Figuras planas
Grandezas e Medidas
Reconhecer períodos de tempo por meio de calendário
Unidades de tempo (bimestre, trimestre e se-
mestre)
Tratamento da Informação
Organizar e transformar dados apresentados numa tabela simples em gráfico
de colunas
Organizar e transformar dados apresentados num gráfico de colunas em tabe-
la simples
Tabelas Simples
Gráficos de colunas
120
Objetivos Específicos 4º Bimestre Conteúdos
Números e Operações
Ler, escrever, comparar e ordenar números.
Analisar, interpretar, resolver e formular situações-problema, compreendendo
alguns dos significados da multiplicação e divisão (configuração retangular)
Utilizar sinais convencionais na escrita de operações da divisão (: , =)
Escrita numérica
Sequência numérica
Multiplicação
Divisão
Espaço e Forma
Identificar características de: círculos, polígonos, triângulos e quadriláteros
Compor e reproduzir figuras planas
Sólidos geométricos (ao fazer a planificação
aparecem de forma intuitiva as figuras planas)
Grandezas e Medidas
Reconhecer horas e minutos, comparando relógios digitais e de ponteiros.
Medidas de Tempo ( horas e minutos)
Tratamento da Informação
Ler e interpretar informações contidas em imagens que contenham dados nu-
méricos
Imagens numéricas
121
3º ano Disciplina: MATEMÁTICA
Objetivos Gerais:
Compreender que os conhecimentos matemáticos são meios para entender a realidade
Utilizar os conhecimentos matemáticos para investigar e responder a questões elaboradas a partir de sua própria curiosidade
Observar aspectos quantitativos e qualitativos presentes em diferentes situações e estabelecer relações entre eles, utilizando
conhecimentos relacionados Números e Operações, às Grandezas e Medidas, ao Espaço e Formas, ao Tratamento das
Informações
Resolver situações-problema, a partir da interpretação de enunciados orais e escritos, desenvolvendo procedimentos para
planejar, executar e checar soluções (formular hipóteses, fazer tentativas ou simulações), para comunicar resultados e compará-los
com outros, validando ou não os procedimentos e as soluções encontradas
Comunicar-se matematicamente apresentando resultados precisos e argumentar sobre suas hipóteses, fazendo uso da
linguagem oral e de representações matemáticas e estabelecendo relações entre elas
Sentir-se seguro para construir conhecimentos matemáticos, incentivando sempre os alunos na busca de soluções
Interagir com seus pares de forma cooperativa na busca de soluções para situações-problema, respeitando seus modos de
pensar e aprendendo com eles
Objetivos Específicos 1º Bimestre Conteúdos
Ler, escrever, comparar e ordenar números pela compreen-
são das características do sistema de Numeração Decimal
Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipó-
teses sobre elas (utilizando a linguagem oral, registros infor-
mais e de linguagem matemática)
Números (Números Naturais e Sistema de Numeração Deci-
mal)
Reconhecimento de números no contexto diário
Leitura, escrita, comparação e ordenação de números familiares e
frequentes
122
Leitura, escrita, comparação e ordenação de notações numéricas
pela compreensão do sistema de numeração decimal (base, valor
posicional).
Resolver situações-problema (reconhecer que uma mesma
operação está relacionada a problemas diferentes e um mes-
mo problema pode ser resolvido pelo uso de diferentes opera-
ções)
Desenvolver procedimentos de cálculo mental, escrito, exa-
to e aproximado (pela observação de regularidades e de pro-
priedades das operações e pela antecipação e verificação de
resultados)
Operações com Números Naturais
Análise, interpretação e resolução de situações-problema, com-
preendendo alguns dos significados das operações, em especial
da adição e da subtração (utilizando a teoria dos Campos Concei-
tuais de VERGNAUD)
Utilização de sinais convencionais (+, -, x, =) na escrita das opera-
ções
Utilização da composição e da decomposição das escritas numéri-
cas para a realização do cálculo mental, exato e aproximado
Cálculos de adição e subtração por meio de estratégias pessoais e
algumas técnicas convencionais
Estabelecer pontos de referência para situar-se, posicionar-
se e deslocar-se no espaço, bem como para identificar rela-
ções de posição entre objetos no espaço
Espaço e Forma
Descrição da localização e movimentação de pessoas e objetos no
espaço, usando sua própria terminologia
Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço
Estabelecer relação entre unidades de medida de tempo:
dia, semana, mês e ano. E temperatura (dias quentes, frios,
chuvosos, nublados, ensolarados)
Grandezas e Medidas
Identificação e relação entre unidades de tempo: dia, semana mês
e ano
123
Utilização de calendários (de mesa, de parede, de geladeira, com
apresentações mensais e anuais).
Identificar o uso de tabelas e gráficos para facilitar a leitura
e interpretação de informações e construir formas pessoais de
registro para comunicar informações coletadas
Tratamento da informação
Leitura e interpretação de informações contidas em tabelas sim-
ples e gráficos de colunas
Objetivos Específicos 2º Bimestre Conteúdos
Ler, escrever, comparar e ordenar números pela compreen-
são das características do sistema de Numeração Decimal
Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipó-
teses sobre elas (utilizando a linguagem oral, registros infor-
mais e de linguagem matemática)
Números (Números Naturais e Sistema de Numeração Deci-
mal)
Identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada
por eles na escrita numérica
Identificação de regularidades na série numérica para nomear, ler ,
escrever e comparar números
Leitura, escrita, comparação e ordenação de notações numéricas
pela compreensão do sistema de numeração decimal (base, valor
posicional, até a 3ª ordem)
Contagem de escala ascendente e descendente a partir de qual-
quer número dado
Resolver situações-problema (reconhecer que uma mesma
operação está relacionada a problemas diferentes e um mes-
mo problema pode ser resolvido pelo uso de diferentes opera-
ções)
Operações com Números Naturais
Análise, interpretação e resolução de situações-problema, com-
preendendo alguns dos significados das operações, em especial
da adição, da subtração
124
Idéias de multiplicação (relacionar fatos básicos da adição pela
identificação de regularidades e propriedades “tabuada”)
Identificar semelhanças e diferenças entre cubos e quadra-
dos, paralelepípedos e retângulos, pirâmides e triângulos, es-
feras e círculos. E algumas formas arredondados como: Cone
e Cilindro.
Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espa-
ço, identificando formas tridimensionais ou bidimensionais, em
situações que envolvam descrições orais, construções e re-
presentações
Espaço e Forma
Dimensionamento de espaço, percebendo relações de tamanho e
forma (sólidos geométricos)
Identificação e construção dos sólidos geométricos
Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, estimar re-
sultados não necessariamente convencionais
Grandezas e Medidas
Identificação e relação entre unidades de tempo: dia, semana,
mês, bimestre, trimestre, semestre e ano
Ler horas e minutos estabelecendo relações entre o relógio digital
e o de ponteiro
Identificar o uso de tabelas e gráficos para facilitar a leitura
e interpretação de informações e construir formas pessoais de
registro para comunicar informações coletadas
Tratamento da informação
Interpretação e elaboração de listas, tabelas simples gráficos de
barras e colunas para comunicar a informação obtida
125
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos
Construir o significado do número natural que envolva con-
tagens, medidas e códigos numéricos
Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipó-
teses sobre elas (utilizando a linguagem oral, registros infor-
mais e de linguagem matemática)
Números (Números Naturais e Sistema de Numeração Deci-
mal)
Identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada
por eles na escrita numérica
Utilização de diferentes estratégias para identificar números em
situações que envolvam contagens
Observação de critérios que definem uma classificação de núme-
ros (maior que, menor que, estar entre) e de regras usadas em
seriações (mais 1, mais 2, dobro, triplo, metade, dúzia, meia dúzia)
e compreender o processo da tabuada
Resolver situações-problema (reconhecer que uma mesma
operação está relacionada a problemas diferentes e um mes-
mo problema pode ser resolvido pelo uso de diferentes opera-
ções)
Operações com Números Naturais
Reconhecimento de que diferentes situações-problema podem ser
resolvidas por uma única operação e de que diferentes operações
podem resolver um mesmo problema
Utilização de sinais convencionais (+, -, x, =) na escrita das opera-
ções
Cálculos de adição, subtração, multiplicação, por meio de estraté-
gias pessoais e algumas técnicas convencionais
Identificar figuras geométricas e as planificações de alguns
sólidos geométricos
Espaço e Forma
Planificações dos sólidos geométricos
126
Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, estimar re-
sultados não necessariamente convencionais
Grandezas e Medidas
Reconhecimento de cédulas e moedas que circulam no Brasil e de
possíveis trocas entre cédulas em função de seus valores
Medidas de comprimento não-convencional: palmo, pés, etc. Con-
vencionais: Km, m, cm
Identificar o uso de tabelas e gráficos para facilitar a leitura
e interpretação de informações e construir formas pessoais de
registro para comunicar informações coletadas
Tratamento da informação
Interpretação e elaboração de listas, tabelas simples e gráficos de
colunas para comunicar a informação obtida
Objetivos Específicos 4º Bimestre Conteúdos
Construir o significado do número natural que quantidade,
ordem e código
Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipó-
teses sobre elas (utilizando a linguagem oral, registros infor-
mais e de linguagem matemática)
Números (Números Naturais e Sistema de Numeração Deci-
mal)
Identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada
por eles na escrita numérica (a expectativa é que os alunos reco-
nheçam números até o 1.000)
Utilização de diferentes estratégias para identificar números em
situações que envolvam contagens
Leitura, escrita, comparação e ordenação de números
Observação de critérios que definem uma classificação de núme-
ros (maior que, menor que, estar entre) e de regras usadas em
seriações (mais 1, mais 2, dobro, triplo, dúzia, meia dúzia, metade
e terço) e compreender o processo da tabuada
127
Resolver situações-problema (reconhecer que uma mesma
operação está relacionada a problemas diferentes e um mes-
mo problema pode ser resolvido pelo uso de diferentes opera-
ções)
Operações com Números Naturais
Análise, interpretação, resolução e formulação de situações-
problema, compreendendo alguns dos significados das operações,
em especial da multiplicação e divisão
Utilização de sinais convencionais (+, -, x, :, =) na escrita das ope-
rações
Cálculos de adição, subtração, multiplicação e divisão, por meio de
estratégias pessoais e algumas técnicas convencionais
Identificar características de figuras poligonais e figuras
quadrangulares
Espaço e Forma
Polígonos (relacionando o trabalho com linhas): triângulo, quadra-
do, retângulo e losango
Reconhecer grandezas mensuráveis, como massa e capa-
cidade e elaborar estratégias pessoais de medida
Grandezas e Medidas
Medidas de massa: Kg, g e mg
Medidas de capacidade: l e ml
Identificar o uso de tabelas e gráficos para facilitar a leitura
e interpretação de informações e construir formas pessoais de
registro para comunicar informações coletadas
Tratamento da informação
Interpretação e elaboração de listas, tabelas simples, gráficos de
barras e colunas para comunicar a informação obtida
128
4º ano Disciplina: MATEMÁTICA
Objetivos Gerais:
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o cará-
ter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula a curiosidade, o espírito de investigação e o de-
senvolvimento da capacidade para resolver problemas
Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos, do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número
possível de relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento aritmético, geométrico, métrico, estatístico, combinatório e
probabilístico
Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como
dedução, indução, intuição, analogia e estimativa, utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos
tecnológicos disponíveis
Objetivos específicos Conteúdos – 1º bimestre
Compreender e utilizar as regras do sistema de numeração decimal,
para ler, escrever, comparar e ordenar números naturais (por exemplo,
números pares e ímpares, dobro e metade, dezena e dúzia, levando em
consideração as regularidades do nosso sistema de numeração)
Analisar, interpretar e resolver situações-problema, compreendendo
seus diferentes significados
Conhecer os números romanos do contexto diário, comparando com
o nosso sistema de numeração, compreendendo que a matemática é
construção humana
Números e Operações - Números Naturais:
Números no contexto diário
Sistema de numeração decimal
Situações-problema envolvendo os significados do
campo aditivo (composição, transformação, compara-
ção)
Situações-problema envolvendo os significados do
campo multiplicativo (comparação/proporcionalidade,
configuração retangular, combinatória)
129
Revisar as tabuadas da multiplicação. Números romanos no contexto diário
Tabuada da multiplicação
Reconhecer semelhanças e diferenças entre corpos redondos e iden-
tificar suas planificações;
Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros e identificar
suas planificações;
Espaço e Forma:
Corpos redondos (esfera, cone e cilindro)
Poliedros (prismas, pirâmides e outros poliedros)
Reconhecer e utilizar unidades usuais de tempo e temperatura em
situações-problema.
Realizar conversões simples (dias e semanas, horas e dias, sema-
nas e meses, meses e anos).
Utilizar medidas usuais de comprimento em situações-problema.
Fazer uso de instrumentos de medidas de comprimento.
Realizar estimativas sobre medições de comprimento.
Grandezas e Medidas:
Unidades usuais de tempo e temperatura
Unidades usuais de medidas de comprimento
Fazer leituras de informações de tempo e temperatura divulgadas na
mídia.
Coletar e organizar dados sobre medidas de comprimento, usando
tabelas simples e de dupla entrada.
Tratamento da informação
Informações de tempo e temperatura
Tabelas simples e de dupla entrada
Objetivos específicos Conteúdos – 2º bimestre
Desenvolver estratégias de verificação como o cálculo mental e o
uso da calculadora.
Números e Operações - Números Naturais:
Adição e subtração
130
Analisar, interpretar e resolver situações-problema compreendendo
seus diferentes significados
Revisar as tabuadas da multiplicação
Reconhecer a posição que ocupa o numeral ordinal
Situações-problema envolvendo os significados do
campo aditivo (composição, transformação, compara-
ção)
Situações-problema envolvendo os significados do
campo multiplicativo (comparação/proporcionalidade,
configuração retangular, combinatória)
Tabuada da multiplicação
Números ordinais
Reconhecer números racionais no contexto diário (metades e terças
partes)
Compreender alguns dos significados dos números racionais: quoci-
ente e parte-todo
Ler números racionais de uso freqüente, na representação fracioná-
ria e decima
Números e Operações – Números Racionais.
Números racionais
Identificar nos poliedros as faces, vértices e arestas
Identificar regularidades nas contagens das faces, vértices e arestas
nas pirâmides e primas
Espaço e Forma:
Poliedros (prisma e pirâmide)
Utilizar em situações-problema unidades usuais de medidas de mas-
sa e medidas de capacidade
Fazer uso de instrumentos para medir massas e capacidades
Grandezas e Medidas:
Unidades usuais de medidas de massa
Unidades usuais de medidas de capacidade
131
Realizar estimativas sobre o resultado de uma dada medida de mas-
sa e capacidade
Objetivos específicos Conteúdos – 3º bimestre
Calcular o resultado de multiplicações e divisões por meio de estra-
tégias pessoais.
Desenvolver estratégias de verificação como o cálculo mental e o
uso da calculadora.
Contar a partir de qualquer número natural dado
Completar sequência numérica pela observação de uma dada regra
de formação dessa sequência.
Revisar as tabuadas da multiplicação.
Compor e decompor números compreendendo o seu valor posicional
levando em consideração suas ordens e classes.
Números e Operações - Números Naturais:
Multiplicação e divisão
Situações-problema envolvendo os significados do
campo aditivo (composição, transformação, compara-
ção).
Situações-problema envolvendo os significados do
campo multiplicativo (comparação/ proporcionalidade,
configuração retangular, combinatória).
Escalas ascendentes e descendentes.
Tabuada da multiplicação.
Sistema de numeração decimal: ordens e classes (uni-
dade, dezena, centena, unidade de milhar, dezena de
milhar, centena de milhar).
Resolver situações-problemas que envolvam alguns dos significados
dos números racionais: quociente e parte-todo
Ler números racionais de uso freqüente, na representação fracioná-
ria e decimal
Estabelecer relações entre representação decimal e representação
Números e Operações – Números Racionais.
Números racionais
132
decimal de um número racional
Identificar figuras poligonais e circulares nas superfícies planas e fi-
guras tridimensionais, observando semelhanças e diferenças como o
número de lados
Espaço e Forma
Figuras poligonais e figuras circulares
Utilizar o sistema monetário em situações-problema
Calcular perímetro de figuras poligonais
Grandezas e Medidas:
Sistema monetário brasileiro
Perímetro
Ler e interpretar gráficos simples de setores Tratamento de Informação
Gráficos simples de setores
Objetivos específicos Conteúdos – 4º bimestre
Analisar, interpretar e formular situações-problema, compreendendo
diferentes significados das operações
Revisar as tabuadas da multiplicação
Números e Operações - Números Naturais:
Situações-problema envolvendo os significados do
campo aditivo (composição, transformação, compara-
ção)
Situações-problema envolvendo os significados do
campo multiplicativo (comparação/proporcionalidade,
configuração retangular, combinatória)
Tabuada da multiplicação
Analisar, interpretar e resolver situações-problema e operações de Números e Operações – Números Racionais.
133
adição e subtração, envolvendo números racionais na forma decimal,
por meio de estratégias pessoais e técnicas operatórias
Adição e subtração com números racionais na forma
decimal
Utilizar malhas quadriculadas para representar, no plano a posição e
movimentação de uma pessoa ou objeto
Explorar simetria em figuras planas
Espaço e Forma:
Posição e movimentação de pessoa ou objeto
Simetria
Calcular área de figuras poligonais retangulares.
Reproduzir figuras poligonais em malhas quadriculadas.
Grandezas e Medidas:
Área de figuras poligonais retangulares
Identificar possíveis maneiras de combinar elementos de uma cole-
ção e de contabilizá-las, usando estratégias pessoais
Explorar situações-problema que envolvam noções de combinatória
e probabilidade
Tratamento de Informação:
Combinatória e Probabilidade
Obs.: Campo aditivo: adição e subtração. Campo multiplicativo: multiplicação e divisão
134
5º ano Disciplina: MATEMÁTICA
Objetivos Gerais:
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o ca-
ráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investi-
gação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas
Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultado, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como
dedução, indução, intuição, analogia e estimativa, utilizando conceitos e procedimentos matemáticos
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos
Compreender e utilizar as regras do sistema decimal para leitura e
escrita, comparação, ordenação de números naturais de qualquer
ordem até a classe do milhão;
Identificar classes e ordens (até a classe do milhão)
Analisar, interpretar e resolver situações-problema, compreenden-
do os diferentes significados das operações na adição, subtração,
multiplicação;
Utilizar unidades usuais de tempo em situações-problema (relação
entre dia, semana, quinzena, mês, ano, década, séculos, milênio,
bimestre, trimestre e semestre).
NÚMEROS E OPERAÇÕES
Sistema de numeração decimal (SND)
Números naturais:
- Campo aditivo: adição e subtração (composição, trans-
formação e comparação)
- Campo multiplicativo: multiplicação por um algarismo
(comparação/proporcionalidade, configuração retangular,
combinatória); e divisão por um algarismo (dividir em partes
iguais, medida)
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medida de tempo
135
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos
Interpretar e elaborar tabelas simples de dupla entrada e gráficos
de barra para comunicar a informação obtida
Ler e interpretar informações contidas em imagens na coleta e
organização de informações
Analisar, interpretar e resolver situações-problema, compreenden-
do os diferentes significados das operações na adição, subtração,
multiplicação e divisão
Identificar as possíveis maneiras de combinar elementos de uma
coleção e de contabilizá-las usando estratégias pessoais
Explorar as idéias de probabilidade em situações problema sim-
ples
Explorar as planificações de algumas figuras tridimensionais
Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros
Identificar elementos como faces, vértices e arestas de poliedros
Estabelecer semelhanças e diferenças entre objetos do mundo
físico e formas tridimensionais (prismas, cones, cilindros, esferas)
Reconhecer polígonos, identificando o número de lados
NÚMEROS E OPERAÇÕES
Números naturais
- Campo aditivo: adição e subtração (composição, trans-
formação e comparação)
- Campo multiplicativo: multiplicação com fator maior que
10 (comparação/proporcionalidade, configuração retangu-
lar, combinatória); e divisão com divisor menor que 10 (di-
vidir em partes iguais, medida)
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Gráficos e tabelas
Probabilidade e combinatória
ESPAÇO E FORMA
Figuras tridimensionais: poliedros, pirâmides e corpos re-
dondos
Figuras poligonais
136
Reconhecer a unidade de medida mais apropriada para cada me-
dição
Utilizar unidades de medida de comprimento em situações pro-
blema
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento (Milímetro, centímetro, metro e
quilômetro)
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos
Analisar, interpretar e resolver situações problemas, compreen-
dendo os diferentes significados das operações na adição, subtra-
ção, multiplicação e divisão
Escrever, ler, comparar e ordenar números racionais de uso fre-
qüente nas representações fracionária e decimal
Identificar frações equivalentes pela observação de representa-
ções e regularidades nas escritas numéricas
Utilizar diferentes estratégias para resolução de problemas que
envolvam números e operações (adição, subtração, multiplicação e
noções de divisão) nas formas decimal e fracionária
Calcular o perímetro e a área (quadrado/retângulo) em situações-
problema
NÚMEROS E OPERAÇÕES
Números naturais
Adição
Subtração
Multiplicação (Com fator maior que 10)
Divisão (divisor maior que 10)
Números racionais
Fração
Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Perímetro e área
137
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos
Analisar, interpretar e resolver situações-problema, compreenden-
do os diferentes significados das operações na adição, subtração,
multiplicação e divisão
Identificar porcentagem como uma fração de denominador 100
Representar e calcular a porcentagem de um número
Resolver problemas que envolvam o uso da porcentagem no con-
texto diário (desconto, prejuízo e lucro)
Construir o significado das medidas, a partir de situações proble-
ma que expressem seu uso no contexto social;
Reconhecer e utilizar unidades usuais de medida, capacidade,
massa e volume
Ampliar e reduzir figuras.
NÚMEROS E OPERAÇÕES
Números naturais
Adição
Subtração
Multiplicação (Com fator maior que 10)
Divisão (divisor maior que 10)
Números racionais
Porcentagem
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medida de massa
Medida de capacidade
Volume
ESPAÇO E FORMA:
Ampliação e redução de figura
138
LÍNGUA PORTUGUESA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
[...] uma compreensão crítica do ato de ler não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura das pala-vras… (PAULO FREIRE)
O Ensino da Língua Portuguesa, segundo os Parâme-
tros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2000) deve voltar-se
para a função social da leitura como requisito básico para que
o indivíduo ingresse no mundo letrado e possa construir seu
processo de cidadania.
O primeiro ponto a considerar é o texto, que deve ser
ponto de saída (leitura) e de chegada (escrita). O texto deve
ser entendido como unidade comunicativa e significativa.
A leitura tem um lugar particular no Ensino da Língua
Portuguesa, visto que requer a competência de apreender o
texto como construção de conhecimento em diferentes níveis
de compreensão, análise e interpretação.
Os objetos de conhecimento ou conteúdos, por sua
vez, constituem instrumentos de acesso às competências lin-
güísticas que o aluno/leitor demonstra por meio de um conjun-
to de habilidades específicas reunidas no foco Leitura.
Considerando-se que a Leitura é condição essencial
para que o aluno possa compreender o mundo, os outros,
suas próprias experiências e a necessidade de inserir-se no
mundo da escrita, torna-se necessário promover situações de
aprendizagem a fim de desenvolver no aluno a capacidade da
leitura e fazê-lo ir além da simples decodificação de palavras.
Diante da diversidade de textos (anúncios, cartas, ar-
tigos, placas etc), cabe à escola levar o aluno a captar por
que o escritor está dizendo o que o texto está dizendo, ou se-
ja, ler as entrelinhas. Podemos ir mais além da decodificação,
isto é, da leitura inicial: o aluno deve ser levado não só a as-
similar o que o texto diz, mas também como e para que diz.
A linguagem oral e escrita não é um simples conteúdo
escolar, mas uma atividade humana, histórica e social funda-
mental para a participação na sociedade. É por meio dela que
os indivíduos interagem, têm acesso às informações veicula-
das pelo mundo que os cerca, se comunicam e produzem co-
nhecimento.
139
Em função desta importância, a Escola deve garantir
a todos o acesso ao domínio da língua, necessário para o e-
xercício da cidadania.
A criança, quando chega à Escola, já fala a Língua
Portuguesa. Em vista disso, o professor deveria ensinar-lhe
duas modalidades que ela ainda não conhece: ler e escrever.
Paralelamente, oportunizar a aquisição de estruturas mais
elaboradas e complexas com o desenvolvimento da oralidade.
Todavia, não perder de vista o saber lingüístico prévio, isto é,
o conhecimento da língua que a criança traz para a escola,
porque esse depende da condição socioeconômica.
De acordo com a palestra “Leitura, interpretação e
produção de textos” ministrada no dia 09 de junho de 2011
pela Profa Dra Renata Junqueira de Souza, da Faculdade de
Ciências e Tecnologia FCT/UNESP, de Presidente Prudente,
o ensino da leitura na escola deve ter “uma perspectiva de
ordem cognitivo-sociológica, pela qual se concebe a leitura
como um processo de compreensão abrangente. Sua dinâmi-
ca envolve componentes sensoriais, emocionais, intelectuais,
fisiológicos, neurológicos, bem como culturais, econômicos e
políticos. O ato de ler é considerado ‘um processo de com-
preensão de expressões formais e simbólicas, por meio de
qualquer linguagem’. A leitura é um processo riquíssimo que
não cabe em conceituações restritivas. Considerá-la simples
decodificação de sinais providos de sentido próprio não basta.
Há que se encarar o leitor como atribuidor de significados; e,
nessa atribuição, leva-se em conta a interferência da baga-
gem cultural do receptor sobre o processo de decodificação e
interpretação da mensagem”.
Souza (2011) apresenta sete estratégias de leitura
com base na metacognição, compreendida como o conheci-
mento sobre o processo de pensar, que leva à compreensão
do texto. É especificamente o conhecimento sobre leitura e
como a leitura é executada. Leitores habilidosos sabem como
chegar ao significado do texto e leitores estratégicos utilizam
seus pensamentos em uma conversa interior que os ajudam a
criar sentido para o que leem, eles monitoram a aprendiza-
gem.
As estratégias de leitura são:
a) ATIVAR O CONHECIMENTO PRÉVIO: possibilitar ao alu-
no relacionar a leitura com os conhecimentos que já possui.
b) CONEXÃO: eu uso o que eu sei para entender o que eu
leio. São possíveis três tipos de conexão:
140
Texto – Texto (T-T): relacionando eventos, ideias
ou informações do texto com outros textos lidos;
Texto – Leitor (T-L): relacionando eventos, ideias
ou informações do texto com as experiências pessoais do lei-
tor;
Texto – Mundo (T-M): relacionando eventos, ideias
ou informações do texto para estas coisas do mundo.
c) VISUALIZAÇÃO: visualizar é, sobretudo, inferir significados
através de imagens mentais.
d) INFERÊNCIA: questionar o que eu leio para me ajudar a
tirar conclusões, fazer previsões e refletir sobre minha leitura.
e) QUESTIONAMENTO: consiste em fazer questões ao texto
ou sobre os aspectos deste. O questionamento possibilita a
busca e a descoberta de informações que estão presentes
dentro ou (e) fora do texto. O questionamento permite que os
alunos entendam que quando fazem perguntas ao texto po-
dem obter respostas e que esse processo facilita a compre-
ensão do texto escrito. Ao utilizar as estratégias de perguntas
ao texto, professores melhoram gradativamente a qualidade
das questões das crianças e não apenas para que elas sai-
bam a resposta correta para as perguntas, e sim que apren-
dam a fazer as questões e gradativamente aprofundá-las
(HARVEY E GOUDVIS, 2007).
Souza (2011) afirmou ser possível elaborar dois tipos
de questões: QUESTÕES MAGRAS (Respostas que estão
presentes no texto) e QUESTÕES GORDAS (Respostas que
não são encontradas no texto e são abertas). O importante é
a qualidade da pergunta, não apenas oferecer ao aluno res-
postas prontas e certas.
f) SUMARIZAÇÃO: sumarizar é aprender a determinar a im-
portância, é buscar a essência do texto. Os alunos devem
saber dividir o que é importante daquilo que é interessante
num texto.
g) SÍNTESE: sintetizar é mais do que resumir. Resumir é re-
contar a informação e parafraseá-la. Sintetizar acontece
quando relacionam a informação com o próprio pensar e “mo-
delam” isso para o próprio pensamento. Quando sintetizam a
informação, enxergam uma “figura maior”.
A partir da palestra de Souza (2011), fundamentada
em Ana Maria Kalfman e em Souza e Santos (2011) elabora-
mos os quadros abaixo que subsidiam o trabalho com a Lín-
gua Portuguesa.
141
Quadro 1. Gêneros textuais e seus respectivos tipos
Gêneros Tipos
1. Textos literários Conto Novela Romance
Obra teatral Poema
Poesia Obra Teatral
Crônica literária
2. Textos jornalísticos Notícia Artigo de opinião
Reportagem Entrevista
Crônica Jornalística
3. Textos de informação
científica
Definição Biografia
Monografia Relato histórico
Relato de experiência científico
Nota de enciclopédia
4. Textos instrucionais Receita
Instrutivo (Regras de Jogos)
5. Textos epistolares Carta Solicitação
Bilhete Convite E-mail
6. Textos humorísticos Charge Anedota
História em quadrinhos
7. Textos publicitários Aviso Folheto Cartaz
Folder Propagandas
Souza e Santos (2011, p. 132) evidenciam a relevante
contribuição do uso do texto literário na formação do aluno
leitor autônomo, visto que a literatura “tem o dom de fazer
com que o leitor experimente situações novas, coloca em xe-
que as convicções, a visão de mundo, além de possibilitar ao
leitor o contato direto com outras realidades, com culturas ex-
tintas, com adversidades vividas por outras pessoas, como
por exemplo, fazendo com que um inglês tenha contato com a
realidade da seca nordestina”. As autoras enfatizam os cuida-
dos ao trabalhar o texto literário em sala de aula, evitando
usar o texto apenas como pretexto ou mesmo a inadequada
escolarização da literatura.
Entende-se que a leitura do texto literário, associada às ações didáticas diversificadas, pode proporcionar um ensi-no de leitura significativo, por sugerir o uso de diversos ti-pos de textos literários e modos de estimular o ato de ler (SOUZA, SANTOS, 2011, p. 121).
Formar o aluno leitor autônomo é o foco da escola e
para tanto exige-se corpo docente minimamente fundamenta-
do e realimentado e com estudos sobre leitura e literatura;
uma biblioteca escolar com um acervo mínimo e principalmen-
te a elaboração de projeto de promoção da leitura. Enfim, “pa-
ra que mudanças substanciais ocorram no contexto escolar
142
acerca do problema da leitura, é necessário que as escolas e
as bibliotecas busquem agregar pessoas comprometidas com
a leitura e tenham como objetivo principal levar a criança sem
distinção ou preconceito ao universo da leitura” (SOUZA,
SANTOS, 2011, p. 139).
Para o de Ensino de Língua Portuguesa as atividades
deverão ser norteadas considerando o conhecimento prévio
do aluno, sobre a habilidade oral de leitura e escrita, produção
e revisão de texto, de forma a proporcionar a ação–reflexão-
ação, favorecendo uma aprendizagem efetiva.
Partindo desse princípio, o professor deverá planejar a
estratégia mais adequada para o tratamento da informação
oferecida, considerando-se como modelo para os alunos.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Para Libâneo (1994) os objetivos do Ensino da Língua
Portuguesa nos anos iniciais do Ensino Fundamental são:
1. Adquirir conhecimentos e habilidade de leitura e escrita.
2. Desenvolver habilidades e capacidade de produção e re-
cepção de mensagens verbais, em diferentes situações da
vida cotidiana.
3. Desenvolver a compreensão e valorização das variedades
dialetais da língua.
Segundo os PCNs, os objetivos do Ensino da Língua
Portuguesa para o Primeiro Ciclo do Ensino Fundamental,
que corresponde aos 1º, 2º e 3º anos no município de Tupi
Paulista são:
Compreender o sentido de mensagens orais e escritas, começando a identificar elementos relevantes segundo os propósitos e intenções do autor; Ler textos de diversos gêneros combinando estratégias de decifração, seleção, antecipação, inferência e verificação; Utilizar a linguagem oral com eficácia (intenções e situa-ções comunicativas: conversar no grupo, expressar senti-mentos e opiniões, defender pontos de vista, relatar acon-tecimentos, expor sobre temas estudados); Participar de diferentes situações de comunicação oral (a-colher opinião alheia e diversos modos de falar); Produzir textos escritos coesos e coerentes (considerando o leitor e o objeto da mensagem, começando a identificar o gênero e a intenção comunicativa); Escrever textos dos gêneros previstos para o ciclo, utili-zando a escrita alfabética e preocupando-se com a forma ortográfica; Considerar a necessidade das várias versões que a produ-ção do texto escrito requer, empenhando-se em produzi-la com ajuda do professor (BRASIL, 2000, p. 103-104).
143
Os objetivos do Ensino da Língua Portuguesa para o
Segundo Ciclo do Ensino Fundamental são:
Compreender e conhecer conteúdos discriminatórios e persuasivos vinculados pelos meios de comunicação; Ler autonomamente diferentes textos dos diversos gêne-ros, previstos para o ciclo (identificar as suas necessidades e selecionar as estratégias); Utilizar a linguagem para expressar sentimentos, experiên-cias, idéias, acolher, interpretar, considerar e respeitar os diferentes modos de falar; Utilizar a linguagem oral com eficácia enfatizando o domí-nio de registros formais (planejamento prévio do discurso, coerência na defesa de pontos de vista e na apresentação de argumentos e uso de procedimentos de negociação); Produzir textos escritos, coesos e coerentes, dentro dos gêneros previstos para o ciclo, ajustados aos objetivos e leitores; Escrever textos com domínio da separação em palavras, estabilidade de palavras de ortografia regular e de irregula-res mais freqüentes na escrita e utilização de recurso do sistema de pontuação para dividir o texto em frases; Revisar seus próprios textos a partir de uma primeira ver-são e, com ajuda do professor, redigir as versões necessá-rias até considerá-lo suficientemente bem escrito para o momento (BRASIL, 2000, p. 124-125).
Os objetivos gerais de Língua Portuguesa para os a-
nos iniciais do município de Tupi Paulista.
Objetivos gerais 1º ano:
1. Participar de situações de intercâmbio oral, aprendendo a
comunicar-se no cotidiano
2. Apresentar hipótese de escrita silábica com valor sonoro
3. Desenvolver interesse pela leitura e escrita
Objetivos gerais 2º ano:
1. Participar de intercâmbio oral, ouvindo, perguntando e pla-
nejando a fala para diferentes interlocutores
2. Apresentar uma escrita alfabética
3. Desenvolver interesse pela leitura e escrita
Objetivos Gerais 3º ano:
1. Desenvolver comportamentos leitores, compreendendo as
informações contidas nos textos, adequando à modalidade de
leitura, seus propósitos e características
2. Produzir textos utilizando os recursos da linguagem escrita,
adequando a diferentes situações comunicativas
3. Participar de situações de intercâmbio oral, comunicando-
se sentimentos, ideias, opiniões, formulando e respondendo
perguntas e ouvindo com atenção
Objetivos Gerais 4º Ano:
1. Integrar uma comunidade de leitores, compartilhando
diferentes práticas culturais de leitura e escrita
2. Adequar seu discurso às diferentes situações de
comunicação oral, considerando o contexto e os interlocutores
3. Ler diferentes textos, adequando a modalidade de leitura a
144
diferentes propósitos e às características dos diversos
gêneros
4. Escrever diferentes textos, selecionando os gêneros ade-
quados a diferentes situações comunicativas, intenções e in-
terlocutores
Objetivos Gerais 5º Ano:
1. Integrar uma comunidade de leitores, compartilhando
diferentes práticas culturais de leitura e escrita
2. Adequar seu discurso às diferentes situações de
comunicação oral, considerando o contexto e os interlocutores
3. Ler diferentes textos, adequando a modalidade de leitura a
diferentes propósitos e às características dos diversos
gêneros
4. Escrever diferentes, textos selecionando os gêneros ade-
quados a diferentes situações comunicativas, intenções e in-
terlocutores
Nos PCN (BRASIL, 2000) a Língua Portuguesa é divi-
dida em três blocos de conteúdo:
a) LÍNGUA ORAL- USOS E FORMAS: Leitura, oralidade, ela-
boração de questões, entonação, expressão facial, situações
de uso oral formal e sua preparação prévia, narração de fatos
e histórias, descrição de personagens e cenários.
b) LÍNGUA ESCRITA- USOS E FORMAS: Prática de leitura
(antecipação e inferências, manuseio de livros, atribuição de
sentido) e Prática de produção de texto (conhecimentos de
destinatários, finalidade do texto e gênero, sistema de escrita
em português, planejamento do texto).
c) ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA: Tem como
objetivo principal melhorar a capacidade de compreensão e
expressão dos alunos, em situações tanto escrita como oral.
Envolve a revisão de texto, aprendendo com textos, alfabeti-
zação, ortografia, pontuação, aspectos gramaticais, relação
oral e escrito, pontuação, coerência e coesão.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
No bloco LÍNGUA ORAL: USOS E FORMAS as su-
gestões de Gêneros para o trabalho com a linguagem oral
são:
1. Contos (de fadas , assombração...) mitos e lendas popula-
res
2. Poemas, canções, quadrinhas, parlendas, adivinhas, trava-
línguas, piadas; provérbios
145
3. Saudações, instruções, relatos
4. Entrevistas, debates, notícias, anúncios (via rádio e televi-
são)
5. Seminários e palestras
No bloco LÍNGUA ESCRITA: USOS E FORMAS que
envolve a Prática de leitura e a Prática de produção de texto
(aspectos discursivos e notacionais) as sugestões de Gêneros
para o trabalho com a linguagem escrita são:
1. Receita, instrução de uso , listas
2. Textos impressos em embalagens, rótulos, calendários
3. Cartas (formais e informais), bilhetes, postais, cartões (ani-
versário, Natal, etc), convites, diários (pessoais, classe, via-
gem)
4. Quadrinhos, textos de jornais, revistas e suplementos infan-
tis: título, lides, notícias, resenhas, classificados, etc
5. anúncios, slogans, cartazes, folhetos
6. Parlendas, canções, poemas, quadrinhas, adivinhas, trava-
línguas, piadas
7. Contos (de fadas, assombração...) mitos e lendas popula-
res, folhetos de cordel, fábulas
8. Textos teatrais
9. Relatos históricos, textos de enciclopédias, verbetes de
dicionários, textos expositivos de diferentes fontes (fascículos,
revistas, livros de consulta, didáticos, etc), textos expositivos
de outras áreas e textos normativos, tais como estatutos, de-
clarações de direitos, etc
No bloco ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA
cujo objetivo é melhorar a capacidade de compreensão e ex-
pressão dos alunos, em situações de comunicação tanto es-
crita como oral, as orientações didáticas são:
1. Revisão de texto: supõe rascunhos, identificar problemas
do texto, torná-lo mais compreensível e agradável de ler, situ-
ações coletivas ou parcerias/ pequenos grupos. Escolher os
aspectos: coerência, pontuação, ortografia. Tarefa complexa.
Pode-se analisar textos alheios, pois a criança pode ter difi-
culdades em analisar o seu próprio texto
2. Aprendendo com o texto: ter acesso a textos bem escri-
tos de autores para observar como usou a pontuação, pro-
blemas de repetição. Ampliar repertório do aluno e avançar na
coesão
3. Aspectos gramaticais: “Saber o que é substantivo, verbo,
artigo, preposição, sujeito, predicado não significa ser capaz
146
de construir bons textos” (BRASIL, 2000, p. 90). É possível
ensinar concordância sem falar de sujeito e verbo. Uso no
contexto com objetivos claros
4. Alfabetização: é importante o aluno ler e escrever, mesmo
sem ainda saber. Focar a leitura em quadrinhas, parlendas e
canções que sabe de cor; depois embalagens, anúncios, fo-
lhetos de propaganda e outros que possibilitem ao aluno ima-
ginar o que está escrito. Escrita de listas ou quadrinha que se
sabe de cor. Reflexão sobre o sistema alfabético da escrita e
a correspondência fonográfica
5. Ortografia: Casos de regras que auxiliam na escrita ou a
memorização de palavras que não seguem as regras. Como
se escreve a palavra “tal”, refletir sobre alternativas de escri-
ta... Decidir o que precisa ser foco de atenção da criança e o
que pode ser resolvido com a busca pelo dicionário, que pre-
cisa ser orientado. A normatização ortográfica deve estar con-
textualizada
6. Pontuação: é diferente o ensino da pontuação e dos sinais
de pontuação. “Aprender a pontuar é aprender a partir e a
reagrupar o fluxo do texto de forma a indicar ao leitor os sen-
tidos propostos pelo autor [...] o escritor indica as separações
(pontuando) e sua natureza (escolhendo o sinal) e com isso
estabelece formas de articulação entre as partes que afetam
diretamente as possibilidades de sentido” (BRASIL, 2000, p.
88). A única regra obrigatória é não pontuar entre sujeito e
verbo ou complemento. A fronteira entre o certo e o errado
nem sempre é bem definida. Aprender a pontuar é um proce-
dimento que só é possível aprender sob tutoria, fazendo jun-
tamente com quem sabe.
Após nossas discussões sobre a área de Língua Por-
tuguesa, apresentaremos a seguir o currículo que subsidiará o
trabalho dos professores dos anos inicias do Ensino Funda-
mental da Rede Municipal de Educação de Tupi Paulista. Op-
tamos por utilizar um divisão na área fundamentada pelo PCN
(BRASIL 2000) e o Projeto Ler e Escrever do Governo do Es-
tado de São Paulo que será:
Leitura
Escrita (Produção Textual e Análise e Reflexão sobre a
Língua - ortografia e gramática)
Oralidade
Vale ressaltar a importância de elaborar projetos que
envolvam o uso da literatura infantil e a valorização de autores
brasileiros. A interpretação de texto deve perpassar todo o
trabalho com a Língua Portuguesa..
147
1º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- LEITURA
Objetivos gerais:
Participar de situações de intercâmbio oral, aprendendo a comunicar-se no cotidiano
Apresentar hipótese de escrita silábica com valor sonoro
Desenvolver interesse pela leitura e escrita
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Estabelecer um sentido para o uso do alfabeto em situações de leitura
Apreciar a leitura e comentar as suas preferências
Localizar um nome específico numa lista de palavras, no mesmo campo se-
mântico
Alfabeto
Leitura de diferentes gêneros textuais
Listas
Parlendas
Quadrinhas
Cantigas
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Reconhecer as letras do alfabeto maiúsculo de imprensa
Escutar atentamente narrativas e contos, compartilhar seus pontos de vista
Localizar palavras num texto que sabe de memória
Tentar ler textos que conhece de memória, ainda que não convencionalmente
Alfabeto
Textos literários
Bilhetes
Receitas
148
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Reconhecer e nomear as letras do alfabeto maiúsculo de imprensa
Escutar atentamente textos literários e fazer comentários sobre a trama, os
personagens e cenários
Relembrar trechos e relacionar as ilustrações com trechos da história
Tentar ajustar o falado ao escrito a partir de textos já memorizados
Alfabeto
Leitura de diferentes gêneros textuais
Lendas
Adivinhas
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º BIMESTRE
Reconhecer e nomear as letras do alfabeto maiúsculo de imprensa
Antecipar significados de um texto escrito a partir das imagens que o
acompanham
Tentar ajustar o falado ao escrito a partir de textos já memorizados
Alfabeto
Leitura de diferentes gêneros textuais
Convites
Poemas
Leitura de imagens
149
1º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Produção textual
Produzir listas com função social real, ainda que não o façam convencionalmente
Desenvolver comportamentos escritores, mesmo sem saber escrever convencionalmen-
te
Escrever e reconhecer o próprio nome e utilizá-lo como referência
Produção textual
Listas, parlendas, quadrinhas, canti-
gas
Nome próprio
Alfabeto
Análise e reflexão sobre a língua
Reconhecer as convenções da escrita como: direção e segmentação
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Produção textual
Usar conhecimentos sobre as características estruturais dos bilhetes e receitas para
produzir textos, tendo o professor como escriba
Antecipar significados de um texto escrito e observar suas características
Associar as letras do próprio nome e os nomes dos colegas
Análise e reflexão sobre a língua
Reconhecer o nome e a representação gráfica das letras do alfabeto mesmo que ainda
não seja de forma convencional
Produção textual
Bilhetes, receitas
Nome próprio
Alfabeto
150
1º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Produção textual
Arriscar-se a escrever segundo suas hipóteses
Reescrever histórias conhecidas, tendo o professor como escriba
Produzir textos coletivamente, com ajuda do professor
Escrever o próprio nome e o de seus colegas, recorrendo ao alfabeto, em situações de
prática social
Análise e reflexão sobre a língua
Conhecer o nome e a representação gráfica de todas as letras do alfabeto
Produção textual
Lendas, adivinhas
Nome próprio
Alfabeto
Objetivos Específicos 4º BIMESTRE Conteúdos 4º BIMESTRE
Usar conhecimentos sobre as características estruturais dos poemas e convites para
produzir um texto, tendo o professor como escriba
Escrever o próprio nome de maneira autônoma
Análise e reflexão sobre a língua
Conhecer o nome e a representação gráfica de todas as letras do alfabeto, utilizando
esse conhecimento para escrever, mesmo que de forma não-convencional
Produção textual
Poemas e convites
Nome próprio
Alfabeto
151
1º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ORALIDADE
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Produzir textos oralmente, percebendo as características do gênero e da
linguagem
Planejar situações em que as crianças possam expressar-se oralmente.
Comentar sobre as histórias lidas e seus personagens
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-
do-se dos seguintes procedimentos
Roda de conversa
Recitação
Contar histórias
Relatos de experiência vivida
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Utilizar a linguagem para expressar a compreensão sobre os textos traba-
lhados e as características próprias de cada um
Planejar situações em que as crianças possam expressar-se oralmente
Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-
do-se dos seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Recitação
Contar histórias
Relatos de experiência vivida
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Recontar as histórias trabalhadas, observando as características textuais
Expressar opiniões atentando para os comportamentos necessários a inter-
locução
Propiciar situações em que as crianças possam expressar-se oralmente
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-
do-se dos seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Recitação
152
Comentar sobre as histórias lidas e seus personagens Contar histórias
Relatos de experiência vivida
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Produzir textos oralmente, percebendo as características do gênero e da
linguagem
Expressar opiniões atentando para os comportamentos necessários a in-
terlocução
Propiciar situações em que as crianças possam expressar-se oralmente
Comentar sobre as histórias lidas e seus personagens
Tornar observável para as crianças as rimas e repetições
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-
do-se dos seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Recitação
Contar histórias
Relatos de experiência vivida
153
2º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- LEITURA
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Apreciar as histórias lidas pelo professor, com atenção crescente
Apreciar as ilustrações dos livros lidos
Reconhecer a escrita do próprio nome, dos nomes de alguns colegas, utilizando
informações como as letras iniciais e finais dos nomes, nome simples ou composto,
entre outras
Reconhecer a escrita de outras palavras do contexto de estudo (das listas produ-
zidas coletivamente, das atividades de rotina diária, título de histórias lidas, cantigas
trabalhadas, personagens preferidos, etc.)
Fazer uso das estratégias de leitura
Leitura de diferentes gêneros textuais
Textos: Listas, Cantigas, Adivinhas, Parlen-
das
Alfabeto
Leitura de imagens
Leitura c/ ajuste (procedimento)
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Apreciar as histórias lidas pelo professor
Apreciar as ilustrações dos livros lidos
Ler com ajuda do professor, diferentes gêneros, apoiando-se em conhecimentos
sobre o tema do texto, as características de seu portador, do gênero e do sistema
de escrita
Demonstrar interesse para ler, com ou sem ajuda, de forma convencional ou não,
os textos que conhece de memória
Fazer uso das estratégias de leitura
Leitura de diferentes gêneros textuais
Textos: quadrinhas, cantigas, bilhetes e tiri-
nhas (HQ)
Texto: receita
Leitura de textos conhecidos
Alfabeto (ordem alfabética)
Leitura c/ ajuste (procedimento)
154
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º BIMESTRE
Apreciar as histórias lidas pelo professor
Demonstrar interesse para ler, com ou sem ajuda, de forma convencional ou não,
os textos que conhece de memória
Utilizar a escrita de outras palavras que tenham adquirido relevância no contexto
do trabalho desenvolvido como fonte de referência para a escrita de outras palavras
Tentar, nas situações de textos memorizados, ajustar o falado ao escrito, apoian-
do-se nos conhecimentos que tem sobre as letras – estratégias de leitura (antecipa-
ção e inferência)
Ler por si mesmo, textos trabalhados
Ler para aprender
Ler para compreender
Leitura de diferentes gêneros textuais
Textos: lendas, trava-língua, legendas, par-
lenda, cantigas, listas, poema
Leitura de textos conhecidos
Leitura c/ ajuste (procedimento)
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Apreciar as histórias lidas pelo professor
Ler por si mesmo textos tais como: narrativos, literários, informativos e instrucio-
nais
Ler para aprender
Ler para estudar
Ler para compreender
Leitura de diferentes gêneros textuais
Fragmentos dos textos trabalhados
Leitura compartilhada (procedimento)
Leitura silenciosa (procedimento)
155
2º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Produção textual
Produzir textos escritos, ainda que não saiba escrever convencionalmente
Usar textos fontes para escrever de próprio punho
Reescrever – ditando para o professor ou colegas e, quando possível, de próprio
punho - textos conhecidos, considerando as ideias principais do texto fonte e algu-
mas características de linguagem escrita
Escrita do nome
Produção textual (texto que sabe de memó-
ria): listas, cantigas, adivinhas, parlendas e
convite
Reescrita de textos
Análise e reflexão sobre a língua
Reconhecer a função social da escrita: registro e organização, informação, entre-
tenimento e prazer
Sistema alfabético.
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Produção textual
Produzir textos escritos, ainda que não saiba escrever convencionalmente
Usar textos fontes para escrever de próprio punho
Estabelecer correspondência entre as partes do falado e do escrito (entendimento
do texto)
Produzir inferências para chegar à compreensão global do texto
Produção textual: quadrinhas, cantigas,
receitas, bilhetes e tirinhas (Histórias em
quadrinhos)
Produção de textos coletivos
Análise e reflexão sobre a língua
Escrever silabicamente (valor sonoro)
Sistema alfabético
156
Conhecer o nome e a representação gráfica de todas as letras do alfabeto, utili-
zando esse conhecimento para escrever, mesmo que de forma não-convencionaL;
Colocar-se no papel de escritor, dispondo-se a escrever textos
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Produção textual
Produzir textos escritos, ainda que não saiba escrever convencionalmente
Usar textos fontes para escrever de próprio punho
Reescrever – ditando para o professor ou colegas e, quando possível, de próprio
punho - histórias conhecidas, considerando as idéias principais do texto fonte e al-
gumas características de linguagem escrita
Estabelecer correspondência entre as partes do falado e do escrito (entendimento
do texto)
Produzir inferências para chegar à compreensão global do texto
Escrever alfabeticamente textos que conhecem de memória
Produção textual: lendas, travalínguas, le-
gendas, parlendas, cantigas, listas, poe-
mas
Reescrita de textos trabalhados
Análise e reflexão sobre a língua
Escrever textos dos gêneros previstos para o ano, utilizando a escrita alfabética
Compreender o funcionamento alfabético do sistema de escrita, ainda que escre-
va com erros ortográficos (ausência de marcas de nasalização, hipo e hiper-
segmentação, entre outros)
Sistema Alfabético
157
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Produção textual
Reescrever – ditando para o professor ou colegas e, quando possível, de próprio
punho - histórias conhecidas, considerando as ideias principais do texto fonte e al-
gumas características de linguagem escrita
Produzir inferências para chegar à compreensão global do texto
Escrever alfabeticamente textos que conhecem de memória
Produzir textos simples de autoria
Produção textual: manchetes de jornal,
anúncio, entrevista, história em quadri-
nhos, fábulas e contos de fadas
Reescrita de histórias
Análise e reflexão sobre a língua
Escrever textos dos gêneros previstos para o ano, utilizando a escrita alfabética
Compreender o funcionamento alfabético do sistema de escrita, ainda que escreva
com erros ortográficos (ausência de marcas de nasalização, hipo e hiper-
segmentação, entre outros)
Revisar textos coletivamente com a ajuda do professor
Sistema alfabético
Revisão coletiva de textos
158
2º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA - ORALIDADE
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção e formulando
perguntas sobre o tema tratado
Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da linguagem
do texto lido pelo professor
Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), percebendo as
características do gênero e da linguagem escrita
Planejar a fala para diferentes interlocutores
Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas
Esperar a vez para falar e comentar trechos das histórias e seus personagens
(com ajuda)
Gêneros textuais trabalhados no bimestre,
utilizando-se dos seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Recitação
Contar histórias
Relatos de experiência vivida
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção e formulando
perguntas sobre o tema tratado
Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da linguagem
do texto lido pelo professor
Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), percebendo as
características do gênero e da linguagem escrita
Planejar a fala para diferentes interlocutores
Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas
Gêneros textuais trabalhados no bimestre,
utilizando-se dos seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Recitação
Contar histórias
Relatos de experiência vivida
Interpretação oral dos textos lidos
159
Esperar a vez para falar e comentar trechos das histórias e seus personagens.
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º BIMESTRE
Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo som atenção e formulando
perguntas sobre o tema tratado
Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da linguagem
do texto lido pelo professor
Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), percebendo as
características do gênero e da linguagem escrita
Planejar a fala para diferentes interlocutores
Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas
Esperar a vez para falar e comentar trechos das histórias e seus personagens
Gêneros textuais trabalhados no bimestre,
utilizando-se dos seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Recitação
Contar histórias
Relatos de experiência vivida
Interpretação oral dos textos lidos
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º BIMESTRE
Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo som atenção e formulando
perguntas sobre o tema tratado
Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da linguagem
do texto lido pelo professor
Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), percebendo as
características do gênero e da linguagem escrita
Planejar a fala para diferentes interlocutores
Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas
Esperar a vez para falar e comentar trechos das histórias e seus personagens
Gêneros textuais trabalhados no bimestre,
utilizando-se dos seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Recitação
Contar histórias
Relatos de experiência vivida
Interpretação oral dos textos lidos
160
3º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- LEITURA
Objetivos 1º Específicos Bimestre Conteúdos 1º Bimestre
Apreciar textos literários, mediante a leitura (antecipação e inferência)
Ler com ajuda do professor textos literários
Fazer uso das estratégias de leitura para compreensão do texto
Leitura de diversos gêneros textuais
Leitura: Poemas, cantigas, parlendas e
fragmentos de textos
Objetivos Específicos 2º Bimestre Conteúdos 2º Bimestre
Apreciar textos literários, mediante a leitura pelo professor (antecipação e inferên-
cia)
Ler por si mesmo textos literários, narrativos, humorístico e instrucional
Leitura de diversos gêneros textuais Recei-
tas, fábulas, histórias em quadrinhos e bi-
lhetes
Objetivos Específicos 3º Bimestre Conteúdos 3º Bimestre
Apreciar textos literários, mediante a leitura (antecipação e inferência) Leitura de diversos gêneros textuais
Identificar com ajuda do professor nos textos, informações explícitas
Interpretar textos no nível gramatical e semântico
Lendas, contos e cartas
Objetivos Específicos 4º Bimestre Conteúdos 4º Bimestre
Apreciar textos literários, mediante a leitura pelo professor (antecipação e inferên-
cia)
Identificar por si mesmo, nos textos, informações explicitas
Ler por si mesmo textos informativos e publicitários
Interpretar textos no nível gramatical e semântico
Leitura de diversos gêneros textuais
Contos e textos de divulgação científica
Jornal (títulos, manchetes, notícias, repor-
tagens, propagandas)
161
3º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA
Objetivos Específicos 1º Bimestre Conteúdos 1º Bimestre
Reescrever textos considerando características da lin-
guagem escrita
Análise e reflexão sobre a língua
Compreender o funcionamento alfabético do sistema de
escrita
Revisar textos coletivamente com ajuda do professor
Parlendas, cantigas e poemas
Análise e reflexão sobre a língua: Ortografia
Ordem alfabética
Organização e estruturação dos textos estudados.
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão trabalhadas me-
diante as necessidades apresentadas pelos alunos em suas produ-
ções orais e escritas
Objetivos Específicos 2° Bimestre Conteúdos 2° Bimestre
Produção textual
Reescrever textos utilizando a escrita alfabética
Análise e reflexão sobre a língua
Revisar textos coletivamente com ajuda do professor
Fábulas, histórias em quadrinhos e bilhete;
Análise e reflexão sobre a língua: Ortografia
Transcrição de histórias em quadrinhos (diálogo/balões)
Letras maiúsculas e minúsculas
Pontuação
Paragrafação
Segmentação
162
Análise e reflexão sobre a língua: Gramática
Noções de grau do substantivo
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão trabalhadas me-
diante as necessidades apresentadas pelos alunos em suas produ-
ções orais e escritas
Objetivos Específicos 3° Bimestre Conteúdos 3° Bimestre
Produção textual
Escrever textos narrativos
Reescrever textos trabalhados utilizando recursos de
linguagem escrita (planejar, redigir, revisar e passar a limpo)
Análise e reflexão sobre a língua
Escrever e pronunciar corretamente as palavras
Revisar textos com ajuda do professor
Cartas
Reescrita de contos e lendas
Descrição (de atividades observadas ou trabalhadas)
Análise e reflexão sobre a língua:Ortografia
Dicionário (ordem alfabética, estrutura do verbete, ortografia das
palavras, significados da palavra)
Pontuação
Paragrafação
Segmentação
Análise e reflexão sobre a língua:Gramática
Noções de adjetivo
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão trabalhadas me-
diante as necessidades apresentadas pelos alunos em suas produ-
ções orais e escritas
163
Objetivos Específicos 4° Bimestre Conteúdo 4° Bimestre
Reescrever textos utilizando recursos de linguagem es-
crita (preocupando-se com a ortografia e gramática)
Produzir textos de autoria, utilizando as informações e
considerando as características do gênero
Revisar seus próprios textos individualmente e em dupla.
Revisar textos considerando questões de coerência e
coesão, adequando o tempo e o modo verbal na escrita
Contos
Textos de divulgação científica
Ficha técnica
Indicação literária
Análise e reflexão sobre a língua:Ortografia
Pontuação; Paragrafação; Segmentação
Análise e reflexão sobre a língua:Gramática
Noções de tempo verbal; Obs.: As questões gramaticais e ortográfi-
cas serão trabalhadas mediante as necessidades apresentadas pe-
los alunos em suas produções orais e escritas
164
3º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ORALIDADE
Objetivos Específicos 1° Bimestre Conteúdos do 1° Bimestre
Participar de situações de intercâmbio oral;
Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas;
Utilizar a linguagem para expressar a compreensão de textos;
Expressar-se com desenvoltura e criatividade;
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizando-se dos
seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Relato de experiência vivida
Interpretação oral de textos
Recitação
Objetivos Específicos 2° Bimestre Conteúdos do 2° Bimestre
Participar de situações de intercâmbio oral
Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas
Utilizar a linguagem para expressar a compreensão de textos
Expressar-se com desenvoltura e criatividade
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizando-se dos
seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Relato de experiência vivida
Interpretação oral de textos
Dramatização
Objetivos Específicos 3° Bimestre Conteúdos 3° Bimestre
Participar de situações de intercâmbio oral
Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas
Utilizar a linguagem para expressar a compreensão de textos
Expressar-se com desenvoltura e criatividade
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizando-se dos
seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Relato de experiência vivida
Interpretação oral de textos, indicação literária
165
Objetivos Específicos 4° Bimestre Conteúdos 4° Bimestre
Participar de situações de intercâmbio oral
Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas
Utilizar a linguagem para expressar a compreensão de textos
Expressar-se com desenvoltura e criatividade
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizando-se dos
seguintes procedimentos:
Roda de conversa
Relato de experiência vivida
Interpretação oral de textos
Indicação literária
166
3º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- LEITURA
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Apreciar textos literários;
Localizar em parceria, informações nos textos;
Ler para buscar informações, compreender e estudar;
Utilizar a leitura como meio de informação, revisão, prazer, etc.
Texto Narrativo: Contos, fábulas, histórias em qua-
drinhos
Texto Informativo e publicitário: texto de divulgação
científica, folheto
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Apreciar textos literários
Ler e compreender diferentes gêneros textuais
Adquirir competências de leitor para compreender a função social do tex-
to
Texto humorístico: Piada
Texto informativo: Biografia, reportagem, notícia
Texto publicitário: Propaganda, Manchetes
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Apreciar textos literários
Ler para buscar informações, compreender e estudar
Identificar por si mesmo, nos textos, informações explícitas
Ler de maneira autônoma, dando ênfase ao sinal de pontuação
Texto Narrativo: Lenda, Mito, Descrição
Texto Literário: Poemas, Canções
167
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º BIMESTRE
Apreciar textos literários
Ler os diferentes gêneros textuais estudados a partir do conhecimento da
estrutura de cada gênero
Interpretar os textos lidos, fazendo inferências e compreendendo as
mensagens do texto
Identificar e reconhecer os elementos estruturais dos gêneros estudados
Texto Narrativo: Contos
Texto Epistolar: Carta e E-mail.
Verbetes de Dicionário.
168
4º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Revisar textos (próprios e de outros)
Reescrever e /ou produzir textos de autoria com apoio do pro-
fessor
Formular e responder perguntas justificando suas respostas
Estabelecer relações entre os textos
Produção textual
Reescrita de textos narrativos: Contos, fábulas
Produção de texto narrativo: Contos, fábulas
Produção de texto epistolar: bilhete
Análise e reflexão sobre a língua: ORTOGRAFIA
Revisão dos textos escritos
Divisão silábica, letra maiúscula e minúscula, encontro vocá-
lico e consonantal
Análise e reflexão sobre a língua: GRAMÁTICA
Revisão dos textos escritos
Pontuação e paragrafação
Sinônimo e antônimo
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão traba-
lhadas mediante as necessidades apresentadas pelos alu-
nos em suas produções orais e escritas
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Escrever textos com o domínio de separação em palavras de
ortografia regular e irregular mais frequentes na escrita
Utilizar recursos do sistema de pontuação para dividir o texto
Produção textual
Reescrita de textos narrativos: contos
Produção de texto epistolar: carta
169
em frases
Revisar textos (próprios e de outros)
Reescrever e/ ou produzir textos de autoria, com apoio do pro-
fessor
Produzir textos escritos dentro dos gêneros previstos para o
ciclo, compreendendo a necessidade de coerência e coesão
Completar história em quadrinhos, criando o diálogo dos perso-
nagens
Análise e reflexão sobre a língua: ORTOGRAFIA
Revisão dos textos escritos
Pontuação e paragrafação
Análise e reflexão sobre a língua: GRAMÁTICA
Revisão dos textos escritos
Noções de substantivo
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão traba-
lhadas mediante as necessidades apresentadas pelos alu-
nos em suas produções orais e escritas
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Familiarizar-se com textos de diferentes gêneros e selecionar
textos em diferentes fontes, observando o seu propósito enquanto
leitor
Identificar a finalidade dos textos
Localizar informações explícitas e implícitas
Produção textual
Reescrita de texto narrativo: lenda, descrição
Produção de textos publicitários: anúncio e folheto
Análise e reflexão sobre a língua: ORTOGRAFIA
Revisão de textos escritos
Pontuação e paragrafação
Análise e reflexão sobre a língua: GRAMÁTICA
Revisão de textos escritos
Noções de adjetivo
170
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão traba-
lhadas mediante as necessidades apresentadas pelos alu-
nos em suas produções orais e escritas.
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Comparar e identificar a presença de opinião nos diversos tipos
de textos
Utilizar os principais elementos que compõe as cartas,
produzindo textos claros e adequados a situações comunicativas.
Redigir carta e sobrescritar envelope
Usar os verbos adequadamente nas frases e produções de
textos
Produção textual
Reescrita de texto narrativo: conto
Produção de texto narrativo: conto.
Produção textos informativos: Biografia, notícia
Análise e reflexão sobre a língua: ORTOGRAFIA
Pontuação e paragrafação
Análise e reflexão sobre a língua: GRAMÁTICA
Noções de verbo
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão traba-
lhadas mediante as necessidades apresentadas pelos alu-
nos em suas produções orais e escritas.
171
4º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ORALIDADE
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
1. Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram:
Ouvir com atenção
Intervir sem sair do assunto tratado
Formular e responder perguntas justificando suas respostas
Manifestar e acolher opiniões
Fazer colocações considerando as falas anteriores
2. Proporcionar oportunidades de exploração da fala desenvolvendo a ex-
pressividade e tonalidade da voz:
3. Compreender os textos orais apresentados em situações escolares com
algum grau de formalidade
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-
do-se dos seguintes procedimentos:
Relatos de experiências vividas
Rodas de conversa
Exposição oral de um tema: - roteiro para apoiar
sua fala, cartazes, transparências ou slides;
Participação de debate
Conversas em torno de textos que ajudem a com-
preender e distinguir características da linguagem
oral da linguagem escrita
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
1. Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram:
Ouvir com atenção
Intervir sem sair do assunto tratado
Formular e responder perguntas justificando suas respostas
Manifestar e acolher opiniões
Fazer colocações considerando as falas anteriores
2. Proporcionar oportunidades de exploração da fala desenvolvendo a ex-
pressividade e tonalidade da voz
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-
do-se dos seguintes procedimentos:
Relatos de experiências vividas
Rodas de conversa
Exposição oral de um tema: - roteiro para apoiar
sua fala, cartazes, transparências ou slides
Participação de debate
Conversas em torno de textos que ajudem a com-
172
3. Compreender os textos orais apresentados em situações escolares com
algum grau de formalidade
preender e distinguir características da linguagem
oral da linguagem escrita
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
1. Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram:
Ouvir com atenção;
Intervir sem sair do assunto tratado;
Formular e responder perguntas justificando suas respostas;
Manifestar e acolher opiniões;
Fazer colocações considerando as falas anteriores;
2. Proporcionar oportunidades de exploração da fala desenvolvendo a ex-
pressividade e tonalidade da voz:
3. Compreender os textos orais apresentados em situações escolares com
algum grau de formalidade
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-
do-se dos seguintes procedimentos:
Relatos de experiências vividas;
Rodas de conversa;
Exposição oral de um tema: - roteiro para apoiar
sua fala, cartazes, transparências ou slides;
Participação de debate;
Conversas em torno de textos que ajudem a
compreender e distinguir características da lingua-
gem oral da linguagem escrita.
Objetivos Específicos 4º BIMESTRE Conteúdos 4º BIMESTRE
1. Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram:
Ouvir com atenção
Intervir sem sair do assunto tratado
Formular e responder perguntas justificando suas respostas
Manifestar e acolher opiniões
Fazer colocações considerando as falas anteriores
Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-
do-se dos seguintes procedimentos:
Relatos de experiências vividas
Rodas de conversa
Exposição oral de um tema: - roteiro para apoiar
sua fala, cartazes, transparências ou slides;
173
2. Proporcionar oportunidades de exploração da fala desenvolvendo a ex-
pressividade e tonalidade da voz
3. Compreender os textos orais apresentados em situações escolares com
algum grau de formalidade
Participação de debate
Conversas em torno de textos que ajudem a com-
preender e distinguir características da linguagem
oral da linguagem escrita
174
5º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- LEITURA
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Ler e compreender diferentes gêneros textuais
Ler de maneira autônoma dando ênfase aos sinais de pontuação
Adquirir competências de leitor para compreender a função social do tex-
to
Utilizar a leitura como meio de informação revisão, prazer, etc
Identificar e reconhecer os elementos estruturais dos gêneros estudados
Leitura de diferentes gêneros textuais:
Texto Informativo: Divulgação cientifica
Textos Literários e Narrativos: Conto, Poema, Fábu-
la, Relato de experiência
Textos Humorísticos: História em quadrinhos, Char-
ge
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Ler com autonomia e fluência as diversas modalidades textuais desen-
volvendo gosto e prazer pela leitura
Interpretar os textos lidos fazendo inferências e compreendendo as men-
sagens do texto
Apreciar os diversos gêneros textuais mediante a leitura do professor
Leitura de diversos gêneros textuais
Texto Informativo: Biografia, divulgação científica
Texto literário e narrativo: Conto, Poema
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Ler os diferentes gêneros textuais estudados proporcionando o conheci-
mento da estrutura de cada gênero
Selecionar, com ajuda do professor, textos em diferentes fontes para
busca de informações
Ler para apreciar diferentes gêneros textuais
Leitura de diferentes gêneros textuais
Texto informativos: Divulgação cientifica, notícia,
reportagem
Texto literários e narrativos: Contos, Mitos e lendas
folclóricas
175
Ler para buscar informações, compreender e estudar Textos Publicitários: Anúncio, Classificado
Texto Epistolar: Carta
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º BIMESTRE
Apreciar e ler diferentes gêneros textuais, com leitura autônoma e leitura
do professor
Selecionar os textos de acordo com os propósitos de sua leitura
Localizar, com ajuda do professor, informações no texto, selecionando as
que são relevantes (copiar informações que interessam grifar, fazer anota-
ções)
Leitura de diferentes gêneros textuais
Textos literários e narrativos: Conto
Texto Publicitário: Folheto
Textos Informativo: Divulgação científica
Texto Instrucional: Regras de jogo, Receita
176
5º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Expressar-se de modo coerente com a escrita em diferentes contex-
tos situacionais
Escrever com coerência utilizando os recursos gramaticais e estilís-
ticos
Utilizar adequadamente o artigo correspondente ao substantivo
Determinar dentro de um texto as palavras que designam os seres
Reconhecer e usar os adjetivos nas organizações das frases
Fazer a concordância nominal adequada entre artigo, substantivo e
adjetivo
Empregar corretamente a ortografia oficial nos textos produzidos
Redigir os diferentes gêneros textuais, considerando suas caracte-
rísticas, utilizando os procedimentos de produção: planejamento, ras-
cunho e revisão
Interpretação, produção, reescrita e revisão de di-
versos gêneros textuais:
Narrativo: (conto, fábula, poema e relato de experiência)
Informativo: (Divulgação científica)
Produção de texto narrativo.
Gramática:
Noções de artigo
Substantivo: gênero (masculino e feminino); número
(singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo)
Noções de adjetivo
Ortografia:
Pontuação e paragrafação
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão tra-
balhadas mediante as necessidades apresentadas pe-
los alunos em suas produções orais e escritas
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º BIMESTRE
Reescrever e/ou produzir textos de autoria utilizando procedimentos
de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalida-
Interpretação, produção, reescrita e revisão dos seguin-
tes gêneros textuais:
177
de, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer ras-
cunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progres-
são temática quanto para melhorar outros aspectos, discursivos ou
notacionais do texto
Revisar textos (próprios e de outros), assumindo o ponto de vista do
leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de
substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambigüidades e
articular partes do texto
Revisar textos considerando questões de coerência e coesão
Utilizar o pronome como procedimento de substituição do substanti-
vo e como elemento de coesão e coerência textual
Epistolar: (carta)
Informativo: (biografia e texto de divulgação científica )
Narrativo: ( conto)
Humorístico: (história em quadrinho e charge)
Gramática: Pronome pessoal
Ortografia
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão tra-
balhadas mediante as necessidades apresentadas pe-
los alunos em suas produções orais e escritas
Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Reescrever e/ou produzir textos de autoria utilizando procedimentos
de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalida-
de, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer ras-
cunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progres-
são temática quanto para melhorar outros aspectos, discursivos ou
notacionais do texto
Revisar textos (próprios e de outros), assumindo o ponto de vista do
leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de
substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambigüidades e
Interpretação, produção, reescrita e revisão de diver-
sos gêneros textuais:
Jornalístico: (Notícia, reportagem e anúncio);
Publicitário: (Classificado, propaganda e folheto)
Narrativo: (mitos e lendas folclóricas)
Gramática:
Numeral
Noções de discurso direto e indireto
Ortografia
178
articular partes do texto
Revisar textos considerando questões de coerência e coesão
Produzir e escrever, revisar e interpretar textos jornalísticos e publi-
citários
Reconhecer no contexto, as palavras que exprimem ideias de quan-
tidade e ordem , multiplicação e fração, flexionando-as quando possí-
vel
Identificar e utilizar os elementos estruturais do discurso direto e
indireto nas produções textuais
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão tra-
balhadas mediante as necessidades apresentadas pelos
alunos em suas produções orais e escritas.
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Reescrever e/ou produzir textos de autoria utilizando procedimentos
de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalida-
de, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer ras-
cunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progres-
são temática quanto para melhorar outros aspectos, discursivos ou
notacionais do texto
Revisar textos (próprios e de outros), assumindo o ponto de vista do
leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de
substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambigüidades e
articular partes do texto
Revisar textos considerando questões de coerência e coesão.
Interpretação, produção, reescrita e revisão de diver-
sos gêneros textuais:
Narrativo: (Conto e relato de experiência)
Informativo: (Entrevista)
Instrucional ( Receita e Regras de Jogo)
Gramática:
Noções de verbo
Noções de concordância verbal
Ortografia
Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão tra-
balhadas mediante as necessidades apresentadas pelos
179
Diferenciar o tempo e modo verbal na escrita e na fala
Utilizar a concordância verbal na escrita
alunos em suas produções orais e escritas
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5º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ORALIDADE
Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre
Relatar fatos, acontecimentos com encadeamento de idéias
Fazer comentários e emitir opiniões a respeito de um fato real, de um filme, de
um texto lido
Narrar histórias com sequência lógica
Apresentar uma notícia, uma curiosidade enfatizando os pontos principais
Participar de debates considerando e respeitando as opiniões alheias e as dife-
rentes formas de expressão
Recorrer à oralidade na abordagem da leitura e da produção de texto
Gêneros textuais trabalhados no bimestre,
utilizando-se dos seguintes procedimentos:
Relatos de fatos e acontecimentos
Comentários a partir de diferentes fontes
Narração de histórias
Debates
Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre
Relatar fatos, acontecimentos com encadeamento de idéias
Fazer comentários e emitir opiniões a respeito de um fato real, de um filme, de
um texto lido
Narrar histórias com sequência lógica
Apresentar uma notícia, uma curiosidade enfatizando os pontos principais
Participar de debates considerando e respeitando as opiniões alheias e as dife-
rentes formas de expressão
Recorrer à oralidade na abordagem da leitura e da produção de texto
Gêneros textuais trabalhados no bimestre,
utilizando-se dos seguintes procedimentos:
Relatos de fatos e acontecimentos
Comentários a partir de diferentes fontes
Narração de histórias
Debates
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Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre
Relatar fatos, acontecimentos com encadeamento de idéias
Fazer comentários e emitir opiniões a respeito de um fato real, de um filme, de
um texto lido
Narrar histórias com sequência lógica
Apresentar uma notícia, uma curiosidade enfatizando os pontos principais
Participar de debates considerando e respeitando as opiniões alheias e as dife-
rentes formas de expressão
Recorrer à oralidade na abordagem da leitura e da produção de texto
Gêneros textuais trabalhados no bimestre,
utilizando-se dos seguintes procedimentos:
Relatos de fatos e acontecimentos
Comentários a partir de diferentes fontes
Narração de histórias
Debates
Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre
Relatar fatos, acontecimentos com encadeamento de idéias
Fazer comentários e emitir opiniões a respeito de um fato real, filme e um texto
lido.
Narrar histórias com sequência lógica.
Apresentar uma notícia, uma curiosidade, enfatizando os pontos principais.
Participar de debates, considerando e respeitando as opiniões alheias e as dife-
rentes formas de expressão.
Recorrer à oralidade na abordagem da leitura e da produção de texto.
Gêneros textuais trabalhados no bimestre,
utilizando-se dos seguintes procedimentos:
Relatos de fatos e acontecimentos
Comentários a partir de diferentes fontes
Narração de histórias
Debates
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SEF, 1997a. 136p.
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