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11INAG/DSRH
Rede Meteorológica
A rede meteorológica é o conjunto dos pontos onde se medem as variáveis de estado da fase
atmosférica do ciclo hidrológico. Compreende estações udométricas, onde se mede apenas o
hidrometeoro precipitação, e estações mais equipadas onde se medem também outras variáveis
meteorológicas como a temperatura e a humidade do ar, a velocidade e direcção do vento, a
radiação solar, a insolação e a evaporação, grandezas físicas importantes para a elaboração de
balanços hídricos.
O QUE É?
A rede de medição de precipitação, assim, é uma particularização da rede meteorológica onde
as estações de medição mais completas, as estações meteorológicas, são consideradas apenas
ao nível pluviométrico.
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Rede Meteorológica
Esta
ção
Met
eoro
lógi
ca
COMO SE MEDEM AS VARIÁVEIS DA FASEATMOSFÉRICA DO CICLO HIDROLÓGICO ?
tina evaporimétrica
termómetrospsicrómetro
udómetro
udógrafo
heliógrafo
heliógrafoAbrigo:
termómetrospsicrómetro
INSOLAÇÃO EVAPORAÇÃOTEMPERATURAHUMIDADE RELATIVA
tina evaporimétrica
anemómetro
O equipamento convencional
radiómetro
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Rede Meteorológica
Esta
ção
Udo
mét
rica
udómetro
catavento
vedação
udómetro
receptor
recipiente
tamborregistador
udógrafo
PRECIPITAÇÃO
receptor
recipiente
A dependência da actual rede
meteorológica da proximidade humana é
um dos factores mais condicionantes da
disponibilização e verificação da
informação proveniente desta rede. A
autonomia das medições é por isso um
objectivo prioritário na modernização da
rede meteorológica.
A utilização do moderno equipamento
com funcionamento automático permite
espaçar as visitas às estações
meteorológicas, com a vantagem de
fornecer a informação em intervalos de
tempo que podem ir até ao minuto.
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Rede Meteorológica
Painel solar
Registador de dadosSistema de alimentação
Colector de precipitaçãoSensor de precipitação
Sensor de direcção do vento
Sensor de velocidadedo vento
Sensor de temperatura do arSensor de humidade do ar
Sensor de radiação solar
Sensor de nível
Tina evaporimétrica
Esquema da estação meteorológica com equipamento automático
COMO SE MEDEM AS VARIÁVEIS DA FASEATMOSFÉRICA DO CICLO HIDROLÓGICO ?
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Rede Meteorológica
A rede meteorológica de referência tem
como função a recolha de informação de
base fidedigna para:
o estabelecimento de relações
entre os diferentes dados
hidrometeorológicos;
a caracterização da distribuição
dos fenómenos meteorológicos
no tempo e no espaço;
a avaliação das disponibilidades
hídricas nacionais através de
balanços hídricos;
a modelação dos fenómenos
hidrológicos.
Distribuição espacialda precipitação média
PARA QUE SERVE?
tempo
precipitação
caudal medido
caudal simuladoprecipitação
caudal
Precipitação
Evaporação
Evapotranpiração Precipitação
InfiltraçãoArmazenamento
superficial
Escoamento subterrâneo
PrecipitaçãoEvapotranspiração
Escoamento
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Rede Meteorológica
PRINCÍPIOS DA RESTRUTURAÇÃO
Automatização das estações da rede meteorológica com o
objectivo se obter maior autonomia nas medições, pela
dispensa de deslocações ao local de medição e leituras diárias,
efectuadas actualmente por observadores das cercanias,
permitindo o armazenamento da informação em formato digital
e em intervalos de tempo adaptados aos objectivos das
medições. Esta autonomia facilita a utilização da informação,
obviando trabalhos intermédios morosos como a digitalização
dos inúmeros udogramas, anemogramas, higrogramas e
demais registos gráficos.
Incorporação da medição da velocidade e direcção do
vento em todas as estações de precipitação e não apenas
nas estações meteorológicas, variáveis que servem de factor
correctivo da captura da precipitação.
Implementação de estações em zonas não abrangidas
pela rede actual em que a análise espacial do conteúdo
informativo da rede revelou a necessidade de quantificação da
precipitação para a caracterização climática das bacias
hidrográficas ou o desenvolvimento e a propagação de
fenómenos convectivos.
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Rede Meteorológica
3956
m
Desactivação de estações com dados de fraca
qualidade ou com informação supérflua face
àquela recolhida noutras estações muito próximas
por vezes com número de registos alargado.
Implementação de estações meteorológicas em
corpos de água considerados de importância
estratégica para a gestão dos recursos hídricos, para
o efectivo conhecimento dos processos hidrológicos
nestas zonas.
Utilização da teletransmissão em estações onde o
objectivo principal é o apoio às previsões de cheia
em tempo real e/ou avaliação de secas, que se
constituem na componente meteorológica do Sistema
de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos (SVARH).
INAG
Estação A
Estação B
Estação C
300
400
500
600
700
800
900
1000
80/8
1
82/8
3
84/8
5
86/8
7
88/8
9
90/9
1
92/9
3
94/9
5
96/9
7
prec
ipita
ção
anua
l (m
m)
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Rede Meteorológica
Medição das variáveis precipitação, velocidade e direcção do vento, evaporação, radiação
solar, temperatura e humidade relativa do ar nas estações meteorológicas.
ESTAÇÃO POR TIPO DE MEDIÇÃO
Estação meteorológica flutuante com telemetria -Albufeira do Maranhão
Dois tipos de estações com funcionamento automático: estações de precipitação e
meteorológicas.
O equipamento utilizado consiste de um sensor
para cada uma das variáveis meteorológicas,
um registador de dados e um sistema de
alimentação.
As estações de precipitação constituem uma
simplificação da estação meteorológica tipo,
onde se monitoriza apenas a precipitação, a
velocidade e a direcção do vento. Os
equipamentos considerados são: sensor de
precipitação, sensor de direcção do vento,
sensor de velocidade do vento, registador de
dados e sistema de alimentação.
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Rede Meteorológica
Equipamento adicional é considerado quando a estação tem telemetria. O
sistema de teletransmissão é constituído por uma entidade central de
processamento e armazenamento da informação, localizado no INAG, e um
módulo de comunicação instalado na estação.
Autonomia de um a dois meses e ritmos de amostragem e de armazenamento de
entre 1 minuto e 24 horas. A telemetria tem frequência de amostragem de um
minuto e frequência de envio de 15 minutos em situação de alarme até 24 horas
em funcionamento normal.
Estação meteorológica com telemetria - Campilhas
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Rede Meteorológica
A altitude é um dos aspectos importantes a considerar na distribuição das estações da rede
meteorológica, por ser um dos factores mais determinantes das características da
precipitação em Portugal Continental, de maior variabilidade de influência do que outras
grandezas físicas, como por exemplo a temperatura.
A localização das estações de medição de precipitação com grau de reprodução ponderada
das variações de altitude das bacias hidrográficas é um dos aspectos estruturantes do
desenho da rede meteorológica.
0
5000
10000
15000
20000
25000
0-50
50-1
00
100-
200
200-
400
400-
600
600-
800
800-
1000
1000
-200
0
Classes de Alt it ude (m )
Área
(km
2)
020
406080100
120140160
180200
Nº E
staç
ões
D ist r ibuição área-alt it ude de Por t ugal cont inent al Nºest ações rede propost a
a maior expressão da concentraçãode estações em altitudes menos
elevadas é reflexo da maiorconcentração populacional junto ao
litoral e da necessidade de caracterizar as implicações urbanas
dos fenómenos hidrológicos.
maior representatividade é associada às áreas com altitudes
até 400 m
PROCESSO DE RESTRUTURAÇÃO
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Rede Meteorológica
Rede em 2000convencional
Rede restruturadaautomática
9,0 estações/1000 km2
6,6 estações/1000 km2
7,4 estações/1000 km2
5,0 estações/1000 km2
9,6 estações/1000 km2
Densidades por Direcção Regional de Ambiente e Ordenamento do Território
udográfica
udométrica
automática
Alga rve
0
25
50
75
100
METEO. PRECIP.
(%)
Nor t e
0
25
50
75
100
METEO. PRECIP.
(%)
Cent ro
0
25
50
75
100
METEO. PRECIP.
(%)
LVT
0
25
50
75
100
METEO. PRECIP.
(%)
Alent ejo
0
25
50
75
100
METEO. PRECIP.
(%)
9,2 estações/1000 km2
6,7 estações/1000 km2
7,9 estações/1000 km2
4,7 estações/1000 km2
8,4 estações/1000 km2Alga rve
0
25
50
75
100
METEO. PRECIP.
(%)
Alent ejo
0
25
50
75
100
METEO. PRECIP.
(%)
LVT
0
25
50
75
100
METEO. PRECIP.
(%)
Cent ro
0
25
50
75
100
METEO. PRECIP.
(%)
Nor t e
0
25
50
75
100
METEO. PRECIP.
(%)
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Rede Meteorológica
A rede em 2000 vs. a rede restruturada
Con
venc
iona
lAu
tom
átic
a
O funcionamento automático é previsto nagrande maioria das estaçõesINAG/DRAOT, eliminando-se as estaçõesconvencional.
As densidades:
A densidade da rede em implementação é aproximada à da rede em funcionamentono ano 2000, cerca de 7 estações por 1000 km2 .
A densidade de estações meteorológicaspassa de 0,82 para 1,02 estações por 1000 km2 (mais 18 estações).
A densidade de estações com capacidadede transmissão em tempo real (estaçõescom telemetria), passa de 0,16 para 0,52 estações por 1000 km2 (mais 32 estações).
PROCESSO DE RESTRUTURAÇÃO
Rede ano 2000
Rede r est r ut ur ada
Udomét r ica 456
Udogr áf ica 80
Met eor ológica 73 10
Pr ecipit ação 493
Pr ecipit ação com t elemet r ia 14 33
Met eor ológica 59
Met eor ológica com t elemet r ia 12
Met eor ológica f lut uant e 9
Met eor ológica f lut uant e com t elemet r ia 1
Densidade nº est ações por 1000 km 2 6,87 6,95
23INAG/DSRH
Rede Meteorológica
Rede Meteorológica
Alterações
Está previsto colocar em funcionamento 31 novas estações em locais onde se considera imprescíndivel a monitorizaçãometeorológica.
A desactivação de 24 estações teve porbase a análise da qualidade da informaçãodisponível e a comparação desses dados com os registados nas estações dascercanias.
Nas albufeiras de Alqueva, Alvito, Bravura, Caia, Maranhão, Odeleite, Pego do Altar e Roxo vão ser medidos os parâmetrosmeteorológicos no espelho de água para a real quantificação das variáveismeteorológicas nos balanços hidrológicos das massas de água.
Áreas já monitorizadas por outrasentidades foram avaliadas e não foramconsideradas para a implementação de novas estações.