Post on 05-Dec-2014
QUADRO VIQUADRO VIQUADRO VIQUADRO VI
RELATÓRIO DE GESTÃO E PRESERVAÇÃO RELATÓRIO DE GESTÃO E PRESERVAÇÃO RELATÓRIO DE GESTÃO E PRESERVAÇÃO RELATÓRIO DE GESTÃO E PRESERVAÇÃO
DE BEM CULTURAL IMATERIALDE BEM CULTURAL IMATERIALDE BEM CULTURAL IMATERIALDE BEM CULTURAL IMATERIAL
FOLIA DE REIS DO BAIRRO SANTO FOLIA DE REIS DO BAIRRO SANTO FOLIA DE REIS DO BAIRRO SANTO FOLIA DE REIS DO BAIRRO SANTO
AFONSOAFONSOAFONSOAFONSO
BETIM / FUNARBEBETIM / FUNARBEBETIM / FUNARBEBETIM / FUNARBE
ANO DE AÇÃO E PRESERVAÇÃO ANO DE AÇÃO E PRESERVAÇÃO ANO DE AÇÃO E PRESERVAÇÃO ANO DE AÇÃO E PRESERVAÇÃO –––– 2011201120112011
EXERCÍCIO EXERCÍCIO EXERCÍCIO EXERCÍCIO –––– 2013201320132013
FOLIA DE REIS DO BAIRRO SANTO AFONSO – BEM IMATERIAL
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QUADRO V RELATÓRIOS DE ATIVIDADES E INVESTIMENTOS EM BEM CULTURAL IMATERIAL: FOLIA DE
REIS DO BAIRRO SANTO AFONSO
CHEFES DO SETOR DA PREFEITURA RESPONSÁVEL PELA POLÍTICA DE PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO CULTURAL (COORDENAÇÃO COLEGIADA)
Adriana das Graças Araújo Lisboa agalisboa@gmail.com
Ana Claudia Gomes aclaud7@gmail.com
Otília da Conceição Sales Neta otiliasales@gmail.com
Telefone: 31 3531 1040 / Endereço eletrônico: memoriaepatrimonio.betim@gmail.com
PRESIDENTE DA FUNARBE E DO CONSELHO DELIBERATIVO DO PATRIMÔNIO CULTURAL
Rodrigo Cunha Chagas 31 35321098/2530
rc.historiador@ig.com.br
Documentos contidos na pasta: Recomendação do IEPHA para o Exercício 2012
Atendimento às recomendações do IEPHA Projeto de Educação Patrimonial Trilhas Urbanas
Total de páginas do Quadro: 46
Betim, 14 de janeiro de 2012.
FOLIA DE REIS DO BAIRRO SANTO AFONSO – BEM IMATERIAL
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ficha de análise do registro pelo ficha de análise do registro pelo ficha de análise do registro pelo ficha de análise do registro pelo iephaiephaiephaiepha EM 2011EM 2011EM 2011EM 2011
FOLIA DE REIS DO BAIRRO SANTO AFONSO – BEM IMATERIAL
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FOLIA DE REIS DO BAIRRO SANTO AFONSO – BEM IMATERIAL
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Recomendação do IEPHA: Recomendação do IEPHA: Recomendação do IEPHA: Recomendação do IEPHA: ampliar o cronograma de fomento à
manifestação cultural, para abranger curto, médio e longo prazo
Cronograma originalCronograma originalCronograma originalCronograma original
Cronograma de ações de fomento à Folia de Reis do Bairro Santo Afonso Ações/2011 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim.
1. Apoiar a renovação dos instrumentos e materiais da folia, através do fornecimento de dois couros para as caixas e um xique-xique, apontados pelo Sr. Osmar Gonçalves Diniz como necessidades atuais.
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2. Apoiar a renovação da indumentária da Folia, através do fornecimento de tecidos para a confecção de um conjunto de fardas pela comunidade.
x
3. Desenvolver projeto de aperfeiçoamento musical da Folia de Santo Afonso, através da técnica vocal, que ajudará a proteger as vozes, especialmente de Liquita e Joaquim Diniz, e da execução de instrumentos musicais.
x x
4. Promover oficina de máscaras com a presença de D. Ilza Ferreira Cândido, detentora dos saberes sobre as mesmas.
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5. Promover atividades de educação patrimonial na comunidade nas proximidades do ciclo
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natalino.
6. Realização de encontro de folias de reis em dezembro, com a montagem de presépio. A Folia de Reis de Santo Afonso será convidada para funcionar como estímulo a outras folias em processo de reativação ou em atividade.
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CRONOGRAMA PARA A DÉCADA 2012CRONOGRAMA PARA A DÉCADA 2012CRONOGRAMA PARA A DÉCADA 2012CRONOGRAMA PARA A DÉCADA 2012----
2021202120212021
Cronograma fomento à Folia de Reis do Bairro Santo Afonso
Ações Curto prazo
(2012-2014)
Médio prazo
(2015-2018)
Longo prazo
(2019-2021)
1. Renovar a indumentária e os instrumentos musicais utilizados pela Folia de Reis do Bairro Santo Afonso, obedecendo a aspectos de autonomia da manifestação, como a confecção dos objetos por membros da folia, da comunidade ou de profissionais por eles indicados.
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2. Oferecer, regularmente, oficinas e cursos de musicalização da Folia de Reis do Bairro Santo Afonso, nas seguintes modalidades (canto e técnica vocal, percussão, violas e violões caipiras, acordeon ou sanfona)
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3. Realização de oficinas sobre o significado e a confecção de presépios, elemento central da manifestação foliã, porém em processo de desuso na comunidade em que atua a Folia
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4. Estímulo e subsídio à participação da Folia em atividades dotadas de afinidade com a manifestação, fora da Regional Administrativa Vianópolis, onde o grupo mais atua
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5. Promoção de encontros entre detentores da memória dos versos de folias de reis, compostos pela narrativa dos fenômenos associados ao nascimento do Menino-Jesus, para compartilhamento dos saberes
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6. Estímulo e subsídio à participação da Folia em encontros e festivais de folias
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7. Melhoria da infraestrutura no evento de “arremate” da Folia, que acontece anualmente, entre 06 e 09 de janeiro, no Bairro Santo Afonso
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8. Estímulo à divulgação da manifestação foliã pela mídia local e regional
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9. Realização anual de evento folião em unidades da Funarbe e da Prefeitura Municipal, a exemplo da Visita de
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Folias de Reis ao Presépio da Casa da Cultura, realizado em 04 e 05 de janeiro de 2012.
10. Confecção de um vídeo-documentário, adequado ao desenvolvimento de atividades de educação patrimonial em torno da Folia
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11. Oferta de oficinas de educação patrimonial abordando a manifestação foliã nas escolas e organizações sociais da Regional Vianópolis, para estimular o ingresso de novos integrantes na Folia
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SumárioSumárioSumárioSumário
1. Relatório de gestão e preservação do bem cultural ................................. 9
1.1. A recriação do bem cultural no ciclo 2011/2012 ............................... 9
1.2. A implementação do Plano de Valorização e Salvaguarda ................... 13
1.3. Documentação fotográfica do ciclo 2011/2012 ................................ 17
1.4. Documentação em vídeo do ciclo 2011/2012 .................................. 44
2. Relatório de investimentos na conservação do bem cultural .................... 45
2.1. Subsídio à renovação dos instrumentos musicais da Folia .................. 45
2.2. Oficina de musicalização da Folia .................................................. 48
2.3. Subsídio à renovação das indumentárias da Folia ............................. 56
3. Registro das atividades divulgadas pela imprensa local ........................... 60
4. Ficha de inventário do bem cultural ..................................................... 65
5. Ficha técnica .................................................................................... 72
6. Anexos ............................................................................................ 73
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1.1.1.1. Relatório de gestão e Relatório de gestão e Relatório de gestão e Relatório de gestão e
preservação do bem culturalpreservação do bem culturalpreservação do bem culturalpreservação do bem cultural
1.1.1.1.1.1.1.1. A recriação do bem cultural no ciclo 2011/2012A recriação do bem cultural no ciclo 2011/2012A recriação do bem cultural no ciclo 2011/2012A recriação do bem cultural no ciclo 2011/2012
A Folia de Reis do Bairro Santo Afonso manteve e recriou sua vitalidade no
ciclo natalino que se estendeu de 25 de dezembro de 2011 a 07 de janeiro de 2012.
Foram observados diversos novos elementos, inclusive problemas e a sua superação,
conforme análise a seguir:
Fortes chuvas se abateram sobre Minas Gerais e grande parte do Brasil durante
todo o ciclo natalino. Isso atrasou o processo de concentração dos foliões nos
primeiros dias do ciclo, devido a dificuldades de acesso, visto que muitos
residem em sítios e pequenas comunidades do entorno do Bairro Santo Afonso,
onde há estradas não-pavimentadas e, no período, a obstrução por crateras ou
atoleiros. Ainda assim, a Folia de Reis do Bairro Santo Afonso começou a sair
no dia 25 de dezembro, tendo em vista que o ciclo se encerraria no dia 07 de
janeiro, dois dias antes do que tem ocorrido nos últimos anos. A retomada da
data de 25 de dezembro como dia inaugural das atividades da Folia é uma
evocação das tradições foliãs e uma prática que havia sido abandonada pela
Folia de Reis de Santo Afonso, devido a uma decisão do grupo de preservar o
dia de Natal para confraternizações familiares (Ver registros da Folia sob as
chuvas na documentação fotográfica);
Um elemento novo nas atividades da Folia de Reis do Bairro Santo Afonso,
observado durante o ciclo natalino 2011/2012 foi a constituição de uma maior
disponibilidade da Folia para aceitar convites de anfitriões radicados fora da
Regional Administrativa Vianópolis, de Betim. O Dossiê de Registro dessa
manifestação cultural demonstra bem que as visitas da Folia ocorrem
tradicionalmente no Bairro Santo Afonso e nos bairros circunvizinhos, tanto
pelo fato de os foliões utilizarem transporte próprio na peregrinação quanto
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por fatores de tempo (a Folia peregrina sempre entre as 20 e 23h de cada dia).
No último ciclo natalino, entretanto, a Folia visitou a família da Sra. Maria
Raimunda Pinto, ex-moradora da Regional Vianópolis, atualmente radicada no
Bairro Angola, região central de Betim. A família da anfitriã não só se
mobilizou para prestigiar a presença da Folia, como um dos familiares fez o
transporte de parte dos foliões em uma van, reduzido os custos privados para
os integrantes da Folia. A Folia também aceitou o convite da FUNARBE para
visitar o presépio montado na Casa da Cultura Josephina Bento, tradicional
centro cultural da região central de Betim e também um bem tombado. Nessa
ocasião, os foliões de Santo Afonso encontraram e puderam assistir à
manifestação de um outro grupo, a Folia Família Unida de São Joaquim de
Bicas, momento de trocas e inspiração mútua. Segundo depoimentos do Sr.
Osmar Gonçalves Diniz, mestre-da-folia, ainda dois outros convites para visitas
fora da Regional Vianópolis foram recebidos e declinados em razão das chuvas:
o da irmã do Sr. Osmar, que mora no bairro Chácara, região central de Betim, e
o da historiadora Ana Claudia Gomes, que mora no bairro Aroeiras, Regional
Citrolândia. Informou ainda o mestre-da-folia que, no dia do “arremate” da
manifestação, 07 de janeiro, compareceu ao evento um líder religioso católico
da comunidade do Bairro Laranjeiras, região industrial de Betim, para solicitar
que a Folia faça uma participação na festa do padroeiro daquela comunidade,
prevista para fevereiro/2012. O Sr. Osmar declarou ter feito compromisso de
participação nesse evento, por se tratar de festa religiosa, próxima das
tradições da Folia. Informou ainda que o referido líder religioso soube da
existência da Folia de Reis de Santo Afonso através da divulgação nos jornais
locais (Jornal Aqui Betim e TV Betim).
Em relação à ocorrência de presépios no percurso da Folia, elemento
fundamental da manifestação, visto que o núcleo dramático das folias é a
visita à manjedoura em que se encontra o menino-jesus, tal qual fizeram os
Reis Magos, o ciclo natalino 2011/2012 apresentou poucos acréscimos. De cada
cinco residências visitadas, cerca de uma apresentava presépio. Entretanto, a
própria folia empreendeu um interessante movimento, que foi confeccionar um
interessante presépio e instalá-lo na quadra de esportes da escola em que se
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realizou o “arremate” da manifestação. O presépio foi confeccionado em um
cesto de palha, forrado com fibras naturais, e recebeu as devoções da Folia,
conforme documentação fotográfica.
Outro interessante elemento no ciclo natalino 2011/2012 foi o convite, feito
pelo Sr. Osmar Gonçalves Diniz, mestre-da-folia, a um seu amigo de infância,
folião e músico popular na localidade de Bambus/Esmeraldas, para integrar-se
à Folia. O Sr. José Eustáquio Vieria Alves (conhecido como Zé Cote), toca viola
e folia há décadas em Bambus, mas a folia local, por morte ou desistência de
seus protagonistas, está em desativação. Zé Cote integrou-se à Folia de Santo
Afonso, juntamente com seu filho Israel Júnio Alves, que toca cavaquinho e
instrumentos de percussão. Juntos, Zé Cote e Israel realizaram uma inovação
musical na Folia de Santo Afonso. Além dos sons advindos da viola e do
cavaquinho, eles desempenham as vozes conhecidas, no métier das folias,
como “quinta” e “requinta”. São vozes agudas e responsoriais, que prolongam
o último verso de cada estrofe. Além disso, o Sr. Zé Cote, aliviou a
responsabilidade do Sr. Joaquim Diniz, que antes puxava sozinho os cantos
para a performance dos palhaços. Com a presença do Sr. Zé Cote, o Sr. Joaquim
Diniz desempenha um verso jocoso, sendo seguido pelos músicos da folia.
Neste momento, o Sr. Zé Cote desempenha cantos semelhantes aos desafios
musicais populares ou repentes (ver arquivos de áudio anexados a este
relatório).
No ciclo 2011/2012, diminuiu a presença de público nas atividades da Folia,
certamente devido às chuvas. Enquanto era possível observar cerca de 100
(cem) a 160 (cento e trinta) pessoas em cada peregrinação da Folia, neste
último ciclo nenhum evento observado chegou a reunir cem pessoas. O Sr.
Osmar Gonçalves Diniz comentou que muitos parentes que vêm de outros
municípios e estados para participar da Folia não puderam fazê-lo este ano.
Foram muitas as manifestações dos foliões de reconhecimento pelo trabalho de
registro do bem como patrimônio cultural e de seus efeitos para o
fortalecimento da Folia. Em geral, as manifestações dizem que a Folia nunca
foi tão divulgada, recebendo atenção de veículos da imprensa estadual, como o
Jornal Estado de Minas e a Rede Minas. O Sr. Osmar Gonçalves Diniz informou
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que o número de convites para visitas da folia dobrou em 2011, e ele precisou
negociar o não-atendimento de alguns convites, em função das chuvas e da
redução dos dias de peregrinação da Folia. Neste ciclo, a Folia recebeu cópia
completa do Dossiê de Registro elaborado pela FUNARBE, além de discos com a
totalidade da documentação fotográfica acumulada sobre a história da Folia,
através das pesquisas da Fundação. A circulação do Dossiê das fotos entre os
foliões causou comoção e gerou a demanda de que a FUNARBE preparasse
outras cópias do material, que pudessem ser salvaguardadas pelas principais
famílias que compõem o clã Diniz.
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1.2.1.2.1.2.1.2. A implementação do Plano de A implementação do Plano de A implementação do Plano de A implementação do Plano de
Valorização e SalvaguardaValorização e SalvaguardaValorização e SalvaguardaValorização e Salvaguarda
O Plano de Valorização e Salvaguarda da Folia de Reis de Santo Afonso foi proposto
para desenvolvimento apenas em 2011, sendo as seguintes as ações, os períodos em
que deveriam ser executadas e os relatórios de execução:
1. Apoiar a renovação dos instrumentos e materiais da folia, através do
fornecimento de dois couros para as caixas e um xique-xique, apontados
pelo Sr. Osmar Gonçalves Diniz como necessidades atuais – Devido à
morosidade na implantação do Fundo Municipal do Patrimônio Cultural
(FUNPAC), o contrato para aquisição dos instrumentos solicitados pela Folia só
foi efetivado ao final do ano de ação e preservação de 2011. Assim, embora
todos os procedimentos administrativos para a aquisição dos instrumentos,
inclusive os pagamentos, foram efetivados, porém ainda não entregues à Folia
pois se encontram em confecção. Os dois couros solicitados foram cedidos por
guardas da Irmandade de N. Sra. Do Rosário em novembro de 2011.
2. Apoiar a renovação da indumentária da Folia, através do fornecimento de
tecidos para a confecção de um conjunto de fardas pela comunidade –
Devido à morosidade na implementação do Fundo Municipal de Preservação do
Patrimônio Cultural (FUNPAC), não foi possível efetivar em tempo hábil os
contratos necessários ao atendimento desta necessidade da Folia de Reis de
Santo Afonso. Assim, os materiais necessários foram adquiridos já em
dezembro de 2011 e encaminhados à Folia, porém a costureira designada para
confeccionar a indumentária não teve condições de fazê-lo a tempo de que os
palhaços utilizassem as novas peças no “arremate” da Folia, como pretendia
seu mestre, o Sr. Osmar Gonçalves Diniz.
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3. Desenvolver projeto de aperfeiçoamento musical da Folia de Santo Afonso,
através da técnica vocal, que ajudará a proteger as vozes, especialmente de
Liquita e Joaquim Diniz, e da execução de instrumentos musicais – Este
trabalho teve início em dezembro de 2012, por intermédio do contrato com a
empresa de consultoria Miguilim Assessoria Cultural. Tendo em vista que o
contrato previa a “preservação de bens culturais tombados e inventariados” e a
“formação continuada das manifestações culturais”, foi mobilizada, através da
referida consultoria a cantora e compositora Déa Trancoso para oferecer uma
Oficina de Musicalização à Folia de Reis de Santo Afonso.
A musicista viveu sua infância e adolescência em regiões de Minas Gerais em
que floresciam as folias e obteve rápida interação com a Folia de Reis de Santo
Afonso. No primeiro encontro, ela abordou sua biografia e técnicas de
respiração, postura e exercícios vocais para a Folia (ver documentação
fotográfica). Devido às fortes chuvas que se abatiam sobre Minas Gerais
naquele dezembro de 2011, e para possibilitar que os diversos integrantes da
Folia tivessem acesso ao processo de formação, Déa Trancoso e os
protagonistas da Folia acordaram continuar a oficina a partir de fevereiro. A
partir do primeiro contato com a Folia, e avaliando seus níveis de
musicalização, Déa Trancoso recomendou que a FUNARBE não desenvolvesse
esse trabalho apenas em curta duração, porque o mesmo exigirá mudanças de
hábito e desenvolvimento de habilidades musicais. O Sr. Osmar Gonçalves Diniz
manifestou abertura a que o processo de formação musical aconteça a cada
quinze dias ou mensalmente, nas tardes de sábado, ocasião mais adequada à
maioria dos membros da Folia.
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4. Promover oficina de máscaras com a presença de D. Ilza Ferreira Cândido,
detentora dos saberes sobre as mesmas – Esta atividade não foi realizada
devido à indisponibilidade de saúde de D. Ilza Ferreira Cândido, em avançada
idade. A Folia de Reis indicou o jovem Arlindo (...) como um dos foliões que
vem aprendendo a tradição da confecção de máscaras, para compartilhar seus
saberes com os demais foliões. Arlindo demonstrou disponibilidade para
desenvolver a atividade, o que só poderá acontecer em suas férias, visto que o
jovem mantém um regime de trabalho regular.
5. Promover atividades de educação patrimonial na comunidade nas
proximidades do ciclo natalino – Esta atividade não foi desenvolvida devido
ao longo período de licença médica usufruído por uma das integrantes do
Departamento de Memória e Patrimônio Cultural da FUNARBE, a servidora Ana
Claudia Gomes, o que determinou a sobrecarga dos demais quatro funcionários
da equipe, comprometendo algumas das atividades previstas no planejamento
anual de ação e preservação. Dentre as atividades de fomento à Folia previstas
para 2011, a supressão desta atividade foi considerada a que menos prejuízo
trazia à Folia, devido à divulgação de sua atividade por outras formas, a
exemplo da divulgação nas mídias locais e regionais e do já extenso
reconhecimento da Folia em sua comunidade de origem.
6. Realização de encontro de folias de reis em dezembro, com a montagem de
presépio. A Folia de Reis de Santo Afonso será convidada para funcionar
como estímulo a outras folias em processo de reativação ou em atividade –
Esta atividade foi concebida como uma Visita de Folias de Reis ao Presépio da
Casa da Cultura, que aconteceu nos dia 04 e 05 de janeiro de 2012. O formato
do evento foi concebido tendo como base os estudos para o registro da Folia
de Reis de Santo Afonso como patrimônio cultural de Betim, no qual se
discutiu como um risco a espetacularização das folias especialmente em
encontros descontextualizados do ciclo natalino e que utilizam a configuração
palco/platéia.
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A visita ao presépio da Casa da Cultura foi montada nos seguintes termos:
escolha, como local do encontro, o centro cultural mais prestigioso da cidade
no momento. Tendo em vista que as Folias ainda existentes na cidade atuam
nas extremidades do território municipal e são desconhecidas da maior parte
da população, o seu acesso à Casa da Cultura implicaria uma espécie de
equiparação do status entre a folia, o congado, as exposições de artes visuais,
as apresentações teatrais e os concertos que ocorrem neste espaço Betinense.
Para tanto, foi elaborado pelo Departamento de Memória e Patrimônio Cultural
um mini-projeto de sensibilização da equipe FUNARBE sobre o movimento
folião, sobre seu atual processo de desativação e sobre a responsabilidade de
fomento à revitalização da manifestação (Ver anexos).
Ficou acordado com a gestão da FUNARBE que seria adquirido um presépio para
ser montado e desmontado na Casa da Cultura, nas datas determinadas pela
tradição católica: 06 de dezembro, dia de Santa Claus, e dia 06 de janeiro, Dia
de Santos Reis. A FUNARBE confeccionou um cartaz para divulgação do evento
e também o anunciou através de suas mídias eletrônicas (blog e redes sociais).
Foi ainda garantido um lanche para servir às folias após cada manifestação.
Estiveram presentes ao evento, no dia 04, a Folia de Reis do Bairro Citrolândia,
e, no dia 05, a Folia Família Unida de São Joaquim de Bicas e a Folia de Reis
de Santo Afonso.
O público do evento atingiu cerca de 200 (duzentas) pessoas a cada dia,
incluindo foliões e devotos e admiradores da manifestação, o que muito a
enriqueceu porque o público presente estimulou os palhaços com suas esmolas
e brincadeiras.
As folias presentes avaliaram com expressivo reconhecimento a oportunidade
oferecida pela FUNARBE, destacando a compreensão e apropriação de seus
rituais, a receptividade e o interesse da comunidade e das mídias locais pelo
evento.
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1.3.1.3.1.3.1.3. Documentação fotográfica do ciclo Documentação fotográfica do ciclo Documentação fotográfica do ciclo Documentação fotográfica do ciclo
2011/20122011/20122011/20122011/2012
O ciclo regular da Folia de Santo Afonso (Fotografia: O ciclo regular da Folia de Santo Afonso (Fotografia: O ciclo regular da Folia de Santo Afonso (Fotografia: O ciclo regular da Folia de Santo Afonso (Fotografia:
Ana Claudia Gomes)Ana Claudia Gomes)Ana Claudia Gomes)Ana Claudia Gomes)
Os palhaços da Folia de Reis de Santo Afonso reverenciam o presépio na residência de
D. Maria Raimunda Pinto, em 28/12/2012
O desempenho musical da Folia em 28/12/2012
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A recriação dança do chicote em 28/12/2011
Vizinhos prestigiam a presença da Folia no Bairro Angola em 28/12/2012
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A anfitriã deixa esmola na sacolinha da Folia – 28/12/2012
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As mulheres renovam sua participação na Folia – 28/12/2012
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Foliões e anfitriões se confraternizam ao final da manifestação – 28/12/2012
Peregrinação da Folia sob chuvas, no bairro Cana Velha em 29/12/2012
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Canto de entrada no Bairro Cana Velha em 29/12/2012
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Negociações entre o palhaço e a anfitriã no bairro Marimbá, 30/12/2011.
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Sr. Zé Cote e filho, novos cantadores e músicos que reintroduzem na folia as vozes
“quinta” e “requinta”, tradicionais da manifestação
Uma das mais raras performances de palhaço na Folia – 02/01/2012
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Despedida e agradecimento da Folia, no bairro Marimbá – 02/01/2012
Os novos cantadores e musicistas da Folia – 02/01/2012
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O palhaço Bastião desenvolve evoluções no bairro Marimbá, em 04/01/2012
A permanência dos instrumentos tradicionais na Folia de Santo Afonso: reco-reco de
fatura artesanal e sanfona de oito baixos centenária – 04/01/2012
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Nas muitas residências em que não mais se montam presépios, a bandeira da Folia
pode permanecer junto à árvore de Natal – Bairro Marimbá – 04/01/2012
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O Sr. Joaquim Diniz permanece exercendo as funções de tocar caixa e executar os
cantos para a performance dos palhaços. Bairro Marimbá, 04/01/2012.
Enderson Liquita e a função de cantar as entradas e os agradecimentos da Folia, com a
velha caixa de fatura artesanal. Marimbá, 04/01/2012
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30
Fé e simplicidade nas residências que recebem a Folia no bairro Cana Velha –
29/12/2012
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Quando a residência não tem presépio, a bandeira e o bastão da Folia podem ser
portados pelos anfitriões durante toda a manifestação. Bairro Cana Velha, 29/12/2012
Os palhaços simulam preguiça para estimular as esmolas dos anfitriões – Bairro
Marimbá, 04/12/2012
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Uma incomum ocorrência de presépio no bairro Marimbá – 04/12/2012
Tradicionais protagonistas do Reinado do Rosário betinense recebem a Folia no bairro
Marimbá – 04/12/2012
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Pequena gruta particular, no bairro Marimbá, que permanece com vela acesa durante
todo o ano e na qual foi montado o presépio – 04/12/2012
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Arremate da Folia – 1ª visita na casa do Sr. José Maria de Jesus Cândido – Bairro
Santo Afonso, 07/12/2012
Presépio na casa do Sr. José Maria de Jesus Cândido, 07/12/2012
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Arremate da Folia – Última visita, na casa do mestre-da-folia, Osmar Gonçalves Diniz,
07/12/2012
Inovação neste ciclo – foi montado um presépio na E. M. Alcides Braz, no Bairro Santo
Afonso, onde a Folia encerrou suas atividades anuais – 07/12/2012
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Arremate da Folia na quadra de esportes da E. M. Alcides Braz, 07/12/2012
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37
Ministra de celebração católica representa a Igreja local, discursando sobre o
significado da Folia e do nascimento de Jesus, durante o arremate da Folia, E. M.
Alcides Braz, Bairro Santo Afonso, 07/12/2012
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Visita das folias de reis ao presépio da casa da cultuVisita das folias de reis ao presépio da casa da cultuVisita das folias de reis ao presépio da casa da cultuVisita das folias de reis ao presépio da casa da cultura ra ra ra
josephina bentojosephina bentojosephina bentojosephina bento (fotografia: adeildo silva)(fotografia: adeildo silva)(fotografia: adeildo silva)(fotografia: adeildo silva)
Folia de Reis de Santo Afonso adentra a Casa da Cultura em 05/01/2012
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Reverência da Folia de Reis de Santo Afonso ao presépio na Casa da Cultura –
05/01/2012
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Performance dos palhaços da Folia de Reis de Santo Afonso na visita ao presépio da
Casa da Cultura – 05/01/2012
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Performance dos palhaços da Folia Família Unida de São Joaquim de Bicas em frente à
Casa da Cultura – 05/01/2012
Osmar Gonçalves Diniz dá entrevista à Rede Minas – 05/01/2012
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Folia de Reis do Bairro Citrolândia adentra a Casa da Cultura em 04/01/2012
Funcionária da Casa da Cultura, Nádia Mara Paiva (blusa rosa), recebe a bandeira da
Folia de Reis do Bairro Citrolândia, tornando-se, então, anfitriã da FUNARBE –
04/01/2012
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A Folia de Reis do Bairro Citrolândia reverencia o presépio na Casa da Cultura –
04/01/2012
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Palhaço desempenha a benção das bandeiras entre os foliões – 04/01/2012
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1.4.1.4.1.4.1.4. Documentação em vídeo do ciclo Documentação em vídeo do ciclo Documentação em vídeo do ciclo Documentação em vídeo do ciclo
2011/20122011/20122011/20122011/2012
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2.2.2.2. Relatório de investimentos na Relatório de investimentos na Relatório de investimentos na Relatório de investimentos na
conservconservconservconservação do bem culturalação do bem culturalação do bem culturalação do bem cultural
2.1.2.1.2.1.2.1. Subsídio à renovação dos Subsídio à renovação dos Subsídio à renovação dos Subsídio à renovação dos
instrumentos musicais da Foliainstrumentos musicais da Foliainstrumentos musicais da Foliainstrumentos musicais da Folia
Investimento 1 Página
Nome do Bem Cultural: Folia de Reis de Santo Afonso
Data do Registro: janeiro de 2011.
Ano que foi encaminhado ao IEPHA o processo de registro: Janeiro de 2011 .
Detalhamento da Atividade: Foram levantadas junto ao mestre-da-folia de Reis de Santo Afonso, Sr. Osmar Gonçalves Diniz, as necessidades da Folia em relação à renovação dos instrumentos musicais. Tais necessidades foram apresentadas à gestão da FUNARBE, juntamente com necessidades semelhantes do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, também bem registrado como patrimônio cultural do município, sendo efetivado contrato para a aquisição de toda a lista, conforme informações anexas. A justificativa para esta atividade é que já no processo de registro, foi detectada a necessidade de renovação dos instrumentos da Folia. A empresa contratada atende aos princípios de utilização de materiais tradicionais na construção dos instrumentos
Nome do Fornecedor: Gupiara instrumentos de Percussão Ltda.
Valor do investimento (em R$): 6.640,00
Discriminação da despesa: Aquisição de instrumentos musicais para as Guardas da Irmandade de N. Sra. do Rosário e da Folia de Reis de Santo Afonso.
Número da Nota Fiscal: 000157 Data da Nota fiscal: 19/12/2011
CNPJ do Fornecedor: 04.251.148/0001-50 Número do Empenho: 000308
Data do Empenho: 04/11/2011 Data de Liquidação do Empenho:
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2.2.2.2.2.2.2.2. Oficina de musicalização da FoliaOficina de musicalização da FoliaOficina de musicalização da FoliaOficina de musicalização da Folia
Investimento 2
Nome do Bem Cultural: Folia de Reis de Santo Afonso
Data do Registro: janeiro de 2011.
Ano que foi encaminhado ao IEPHA o processo de registro: Janeiro de 2011.
Detalhamento da Atividade: Durante o processo de registro do bem como patrimônio cultural, a historiadora responsável pela condução do registro, Ana Claudia Gomes, se fez acompanhar aos eventos da folia por outros foliões, como o Sr. Antônio Carvalho, e músicos de extração popular, como o violeiro Lázaro Mariano. Nessas ocasiões, foram recorrentes os comentários sobre as dificuldades do acesso da Folia de Reis de Santo Afonso à formação musical. Eles relatavam fenômenos como “desafinação”, uso de elementos melódicos mais típicos de certas manifestações do congado do que propriamente das folias e grande esforço vocal dos puxadores, o que provocava rouquidões ao final de cada evento. Com base nessas observações, a FUNARBE adotou a intenção de oferecer formação musical continuada à Folia de Santo Afonso. Nesta oportunidade, a Miguilim Assessoria Cultural, consultora da FUNARBE, assinou contrato que previa a formação continuada das manifestações culturais registradas como patrimônio cultural do município. Foi escolhida a cantora e compositora Déa Trancoso, que reside em Betim e viveu infância e adolescência no Vale do Jequitinhonha, onde as folias fizeram parte de sua formação musical. Ela foi contratada para oferecer uma oficina de técnica vocal à Folia de Santo Afonso, trabalhando aspectos como respiração, exercícios vocais, alimentação e substâncias adequadas à potencialização da voz. A oficina, prevista para 16, 17 e 18 de dezembro, só pôde acontecer nos dois primeiros dias, devido às fortes chuvas que caíam na região, dificultando o acesso tanto da oficineira e da equipe FUNARBE quanto dos foliões à casa do Sr. Osmar Gonçalves Diniz. Ainda assim, a oficina teve grande receptividade dos foliões, inclusive das crianças, ficando acordada a sua continuidade em 2013.
Nome do Fornecedor: Miguilim Assessoria Cultural Ltda
Valor do investimento (em R$): 4.916,00
Discriminação da despesa: Oficina de Musicalização da Folia de Reis de Santo Afonso com a Musicista Déa Trancoso
Número da Nota Fiscal: 2011/97 Data da Nota fiscal: 16/11/2011
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CNPJ do Fornecedor: 04.678.763/0001-47 Número do Empenho: 241
Data do Empenho: 18/11/2011 Data de Liquidação do Empenho: 20/11/2011
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Documentação fotográfica da oficina de Documentação fotográfica da oficina de Documentação fotográfica da oficina de Documentação fotográfica da oficina de
musicalização da Folia com Déa Trancosomusicalização da Folia com Déa Trancosomusicalização da Folia com Déa Trancosomusicalização da Folia com Déa Trancoso
Primeiro contato – 16/12/2011
Déa Trancoso apresenta sua biografia – 16/12/2011
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Déa Trancoso aborda a importância da formação de hábitos para quem atua com a voz
– 16/12/2011
Déa Trancoso discorre sobre o funcionamento do aparelho fonador, 16/12/2012
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Déa Trancoso aborda a utilização do diafragma na respiração como um hábito positivo
para a saúde e a potencialização da voz – 16/12/2011
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Déa Trancoso ensina exercício vocal à Folia de Reis – 16/12/2011
Ao final da oficina, a historiadora Adriana Lisboa ofereceu um lanche aos foliões –
16/12/2012
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Déa Trancoso enfatiza o valor patrimonial da sanfona de oito baixos de S. Osmar –
17/12/2011
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2.3.2.3.2.3.2.3. Subsídio à renovação da indumentária da Subsídio à renovação da indumentária da Subsídio à renovação da indumentária da Subsídio à renovação da indumentária da
FoliaFoliaFoliaFolia
Investimento 3 Página
Nome do Bem Cultural: Folia de Reis de Santo Afonso
Data do Registro: janeiro de 2011.
Ano que foi encaminhado ao IEPHA o processo de registro: Janeiro de 2011 .
Detalhamento da Atividade: As folias são manifestações escassas na Betim do século XXI, mas sua memória é muito recente e podem ser, facilmente, encontrados dezenas de foliões em diversas regiões da cidade. Faz parte de uma tradição de festas da natividade das divindades, que remonta à Antiguidade Clássica. Ela está em atividade na Regional Vianópolis pelo menos desde a década de 1920. A Folia de Santo Afonso participa de eventos relacionados à cultura do Município, como encontros de folias, realizados esporadicamente nos anos 90 e 2000. A atuação desta Folia tem cunho regional – na Regional Administrativa Vianópolis – onde é conhecida e requisitada por muitos, e sua relevância e a forte cultura foliã do grupo possibilitou o registro da manifestação. Em janeiro de 2011, o Conselho do Patrimônio Cultural reconheceu a manifestação como patrimônio cultural imaterial de Betim. O registro da Folia de Reis de Santo Afonso foi amparado pela Lei Municipal nº 2.944/1996, e pelo Decreto n. 16.389/2000, que institui a proteção do patrimônio cultural de Betim e prevê o registro e a salvaguarda do patrimônio imaterial. O investimento na aquisição insumos para a indumentária da Folia se justifica devido ao desgaste do material pelo uso e também pela necessidade de haver vários conjuntos de indumentárias, que são utilizados por diferentes palhaços a cada noite e são afetados pela sudorese.
Nome do Fornecedor: Selma Aviamentos Ltda.
Valor do investimento (em R$): 1.339,23
Discriminação da despesa: Aquisição de aviamentos e tecidos para reparos da indumentárias das Guardas de congado e da Folia de Reis de Santo Afonso.
Número da Nota Fiscal: 000.000.407 Data da Nota fiscal: 12/12/2011
CNPJ do Fornecedor: 21.463.013/001-77 Número do Empenho: 000307
Data do Empenho: 03/11/2011 Data de Liquidação do Empenho: 20/12/2011
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3.3.3.3. Registro das atividades Registro das atividades Registro das atividades Registro das atividades
divulgadas pela imprensa localdivulgadas pela imprensa localdivulgadas pela imprensa localdivulgadas pela imprensa local
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Jornal Folha de Betim, 06 a 12 de janeiro de 2012.
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Jornal Folha de Betim, 06 a 12 de janeiro de 2012.
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REPORTAGEM TV BETIMREPORTAGEM TV BETIMREPORTAGEM TV BETIMREPORTAGEM TV BETIM
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REPREPREPREPORTAGEM REDE MINASORTAGEM REDE MINASORTAGEM REDE MINASORTAGEM REDE MINAS
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4.4.4.4. Ficha de inventário do bem Ficha de inventário do bem Ficha de inventário do bem Ficha de inventário do bem
culturalculturalculturalcultural
Município: Betim
Distrito: Sede (Regional Vianópolis)
Designação: FOLIA DE REIS DO BAIRRO SANTO AFONSO
Categoria: Celebração
Endereço: Rua Governador Valadares, 415, Bairro Santo Afonso
Agentes da Manifestação: Família Gonçalves Diniz do Bairro Santo Afonso
Líderes da Manifestação: Osmar Gonçalves Diniz, Joaquim Alves Diniz e Enderson
Júnio Benevides (Liquita)
Periodicidade: Anual
Contextualização da Manifestação: A manifestação pertence ao acervo cultural do
catolicismo popular brasileiro. É uma celebração contextualizada no ciclo de festas
natalinas, que foram instituídas nos primeiros séculos da era cristã, considerando
celebrações inclusive anteriores ao advento desta era, as festas da natividade das
divindades. No caso específico das folias de reis, trata-se de atualizações da narrativa
sobre o nascimento de Jesus, especialmente da visita dadivosa dos chamados reis
magos a este menino. Celebrações com este caráter específico surgem na Europa
medieval, a partir do traslado dos restos mortais dos supostos reis para vários pontos
do continente, como relíquias sagradas. A presença dessas relíquias motivou a criação
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cultural em diversas linguagens, inclusive folguedos populares que receberam diversas
configurações em cada país onde se desenvolveram. Em Portugal, esses folguedos
foram chamados folias e tinham um caráter de festejo profano.
Trazidas para o Brasil a partir do século XVI, as folias deram origem a diversas
manifestações em regiões diferentes, dentre elas o reisado, as pastorinhas, os bois e
as próprias folias de reis. Com essa última configuração, ocorrem principalmente no
sudeste brasileiro, mas há relatos de expansão dos grupos até para o extremo sul.
O formato básico das folias de reis é a visitação às residências de devotos dos Santos
Reis e a louvação à bandeira desses santos, que são entendidos como uma unidade, e
também ao presépio, que representa o Jesus menino e seus pais. Os grupos de folias
são formados em geral por três palhaços, que representam os reis magos e também os
soldados romanos enviados para perseguir o recém-nascido, porém convertidos à sua
causa; músicos e cantores. Além dos momentos de devoção, as folias expressam
também a irreverência e o profano, nas brincadeiras dos palhaços destinadas a obter
esmolas dos visitados, esmolas essas geralmente revertidas para a manutenção do
culto católico nas comunidade e para o auxílio mútuo.
Histórico: A memória da Folia de Reis do Bairro Santo Afonso remonta aos anos 20 do
século XX. Não há mais conhecimentos sobre a fundação da Folia e suas primeiras
ações, porém os mais velhos narraram aos atuais líderes quais foram os primeiros
mestres desta Folia, a saber João Belarmino e Joaquim Nicolau, tradicionais foliões e
congadeiros das primeiras décadas do século XX em Betim, e depois Chico Campestre e
Milton Pedro, em meados do mesmo século. Este último reativou a Folia em 1978,
depois que ela estivera alguns anos parada devido à morte do antigo líder. Desde
então, a Folia só foi interrompida no ciclo natalino de 2004/2005, após a morte do
próprio Milton Pedro, ocasião em que a Folia guardou luto. A reativação da Folia
esteve associada ao Ano Internacional da Criança (1979) e, desde então, tem
revertido sua arrecadação para presentear as crianças no dia de Reis.
Descrição: A Folia de Reis do Bairro Santo Afonso é um empreendimento cultural do
clã Gonçalves Diniz, desde seus primórdios. Os atuais patriarcas e também os jovens
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foliões pertencem a esta família, à qual se agregam aqueles recebidos em matrimônio
e também vizinhos, amigos e conhecidos.
A Folia sai com entre 30 e 60 componentes, capazes de revezamento nas diversas
atividades. Cerca de 20 jovens e crianças estão aptos a atuar como palhaços e, a cada
noite, quatro se apresentam. Há cerca de 15 músicos fixos, que tocam sanfona de oito
baixos, violão, viola, reco-reco e caixas, e mais duas dezenas são capazes de se
revezar com chocalhos e pandeiros. Há dois puxadores dos cantos, Enderson Júnio
Benevides (Liquita) e Joaquim Alves Diniz, e mais oito cantores que fazem as
respostas, além de dez mulheres que se revezam na voz chamada de “requinta”, a
última resposta dos cantos da Folia.
A atuação da Folia pode ser descrita nos seguintes termos:
1. O Sr. Osmar Gonçalves Diniz, mestre-da-folia, agenda visitas da folia com
devotos da comunidade, isto é, o Bairro Santo Afonso e bairros vizinhos,
especialmente Marimbá, geralmente três visitas a cada noite, entre 26 de
dezembro e 06/08 de janeiro.
2. A Folia vai a pé até a casa a ser visitada, se esta for próxima da casa do Sr.
Osmar. Se for distante, a Folia segue em carros próprios para o destino. Ao
chegar, vai até a porta da casa em silêncio e se organiza diante dela. Todos
prontos, Enderson “Liquita” puxa o canto de chegada ou entrada: “E agora
vamos chegando / para dentro do seu terreiro...”. Quando o canto, composto
de cerca de vinte versos, respondidos a cada dois deles, chega à senha “abre a
sua portaria”, o dono da casa visitada acende a luz e abre a porta. Os palhaços
entram na casa irreverentemente e negociam com o dono para apresentarem
suas danças em troca de esmolas.
3. Aceita a proposta pelo dono da casa, o Sr. Joaquim Gonçalvez Diniz assume a
função de puxador dos cantos. Ele canta quadras humorísticas, dedicadas a
cada palhaço, para que este dance. Em geral, é o dono da casa que escolhe o
palhaço a dançar de cada vez, e avalia seu desempenho dando esmolas. Na
performance dos palhaços, as pernas e pés são os recursos corporais mais
utilizados. As danças incluem as tradicionais “perninha” e dança do chicote, e
também as contemporâneas dança da garrafa e dança do siri. Enquanto o dono
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da casa tiver esmolas para dar, os palhaços dançam e se expressam com tiradas
de humor.
4. Se a casa tem presépio, a Folia adentra a sala de visitas e faz o canto do
presépio, puxado por Enderson Liquita. Se não, como tem acontecido
geralmente na comunidade ultimamente, Liquita conduz os cantos de
agradecimento e despedida, configurados semelhantemente aos cantos de
entrada: “Deus lhe pague a vossa esmola / Que nos deu com alegria / Deus o
tenha lá na glória / Aos pés da Virgem Maria”.
5. Frequentemente, os donos da casa oferecem um lanche à Folia ao final do
evento.
Documentação fotográfica:
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Importância da Manifestação:
A Folia é uma importante expressão dos valores e padrões de devoção e sociabilidade
na comunidade em que ocorre. Os conteúdos que ela veicula são adotados como
parâmetros de vida pelos seus agentes e, nesta comunidade, a manifestação
permanece como uma forma de manter laços de sociabilidade horizontais entre
vizinhos, de redistribuir recursos, de ordenar a conduta, de formar a juventude e
mantê-la longe de certos riscos, como a violência urbana e as drogas lícitas ou ilícitas.
Vitalidade da Manifestação:
A Folia de Santo Afonso apresenta grande vitalidade.
Análise da Vitalidade:
É uma folia grande, na qual a maioria das funções pode ser desempenhada por
diversos foliões, em revezamento. Atualmente, as únicas funções de difícil transmissão
são a confecção das máscaras e a execução da sanfona. Há muitos jovens na Folia,
inclusive o virtual continuador do atual mestre, que deverá ser Enderson Júnio
Benevides. Há uma grande presença de crianças e mulheres na Folia.
Fatores de Degradação:
Os líderes da Folia de Santo Afonso identificam o alcoolismo como um dos principais
fatores de degradação das folias de reis. Assim, apesar de a oferenda de bebidas
alcoólicas fazer parte do ritual da folia nas residências visitadas, este grupo tem como
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estratégia não consumir bebidas durante as visitas, mas apenas na festa de
“arremate”. Os participantes da assistência, porém, podem portar um vinho para
consumo durante as atividades.
É evidente que o enfraquecimento do catolicismo, a laicização da sociedade e a
experiência típica da vida urbana e do trabalho, não mais associada aos ritmos da
semeadura e da colheita, e sim aos ditames da produtividade cotidiana, promovem
mudanças na forma como as práticas da folia se concebem e são conduzidas.
Um olhar ortodoxo sobre esta manifestação poderia interpretar algumas mudanças,
como as danças urbanas veiculadas pela mídia, o fato de a folia não poder mais fazer
percursos a pé ou não mais pedir de fato a entrada nas casas, como sinais de
degradação. A literatura, entretanto, indica que, em todas as regiões de ocorrência
dessas manifestações, as folias vêm introduzindo mudanças que viabilizam sua
sobrevivência, sem colocar em risco seu conteúdo básico, que é a reatualização da
história do nascimento do Menino Jesus.
Ao mesmo tempo em que muda dinamicamente, para dialogar com os ritmos
próprios da vida contemporânea em Santo Afonso, a Folia também tem contato com
lideranças das folias na micro-região em que está Betim, a fim de dialogar com a
tradição e não esquecer seus conteúdos.
Medidas de Conservação:
São recomendáveis, para o fomento da vitalidade da Folia, as seguintes medidas:
ações de educação patrimonial na comunidade, para o conhecimento dos conteúdos da
Folia; desenvolvimento de eventos de musicalização (canto e instrumentos), que
oportunizem a transmissão desta função no interior da Folia; realização de oficinas de
confecção de indumentárias, instrumentos e máscaras de folia
Proteção Legal Existente: Inventário (2009)
Proteção Legal Proposta: Registro como patrimônio imaterial do Município
Informações Complementares: Entrevistas com Antônio Pinto de Carvalho
(março/2009), Joaquim Alves Diniz (março/2009), Osmar Gonçalves Diniz
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(março/2009, janeiro/2010, janeiro/2011) e Enderson Júnio Benevides
(janeiro/2010).
Referências:
FONSECA, Geraldo. Origens da Nova Força de Minas: Betim, sua História. 1711-1975.
Betim: Prefeitura Municipal de Betim, 1975.
GOLOVATY, Ricardo Vidal. A folclorização da cultura popular: a folia de Santos Reis no
Jornal Correio de Uberlândia, 1984-2002. História e perspectivas, Uberlândia
(32/33): 221-244, Jan. Jul./Ago.Dez, 2005.
GOMES, Ana Claudia. Histórico da Vida Religiosa em Betim. Pesquisa encomendada
pela Articulação Comunicação & Marketing. Betim - MG, 2005 (texto não-publicado).
PAULINO, Rogério Lopes da S. Máscaras vivas ou em extinção? Tradição e renovação
nas folias de reis. In: IV REUNIAO CIENTIFICA DE PESQUISA E POS GRADUAÇÃO EM
ARTES CENICAS, Belo Horizonte, 2007.
Ficha Técnica:
Levantamento: Adriana de Araújo Lisboa, Otília Sales Neta, Ana Claudia Gomes (março
de 2009 a janeiro de 2011) Elaboração: Ana Claudia Gomes (janeiro de 2011).
Revisão: Ana Claudia Gomes (janeiro de 2011). Fotografia: Adeildo Silva (janeiro de
2010).
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5.5.5.5. FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA
Fundação Artístico Cultural de Betim Presidente: Rodrigo Cunha Chagas
Superintendente: Robson José do Pinho
Departamento de Memória e Patrimônio Cultural Adriana de Araújo Lisboa
Ana Claudia Gomes Otilia Sales Neta
(Coordenação colegiada) Andre Luiz de Jesus Bueno Simone Machado Lasmar
Elaboração do relatório
Ana Claudia Gomes
Fotografia Ana Claudia Gomes
Adeildo Silva
Registro em vídeo Adriana de Araújo Lisboa
Revisão
Ana Claudia Gomes
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6.6.6.6. AnexosAnexosAnexosAnexos
PROJETO FUNARBE
Fomento à Revitalização das Manifestações Foliãs em Betim
Apresentação: As folias, manifestações devocionais católicas associadas principalmente ao ciclo natalino, sofreram intensa desvitalização durante a segunda metade do século XX no Brasil, simultaneamente à urbanização. Porém, mediante as políticas públicas de fomento à cultura nas duas últimas décadas, assiste-se a um renascimento dessa manifestação, especialmente no sudeste brasileiro. Em Betim, as folias praticamente desapareceram, com exceção de algumas intermitentes e de uma perene, a Folia de Reis de Santo Afonso, ativa desde 1920, com pequenas interrupções. Os antigos foliões continuam agentes culturais ativos na cidade, participando de outros movimentos, como o da música caipira, e são receptivos a iniciativas de fomento do poder público à revitalização das folias.
O registro da Folia de Santo Afonso como patrimônio cultural de Betim partiu da intenção da FUNARBE de realizar uma série de iniciativas em prol das folias, incluindo a própria divulgação da Folia de Santo Afonso, sua formação continuada, o subsídio à sua existência material e o apoio à reorganização das folias. Considerando este último propósito, propõe-se um pequeno evento de chamada das folias ao centro da cidade de Betim e de rearticulação de um público para essa manifestação em Betim, conforme se segue.
Datas propostas: 04 e 05 de janeiro de 2012, antepenúltimo e penúltimo dia do ciclo dos Santos Reis.
Local: Casa da Cultura Josephina Bento, centro cultural betinense tradicionalmente dedicado a salvaguardar a memória e a cultura local.
Horário: A partir das 20h
Preparação do ambiente da Casa da Cultura: Um local abrigado das intempéries deve ser preparado com decoração natalina, especialmente um presépio junto ao qual a folia possa fazer devoções ao Menino Jesus e aos Santos Reis. O ideal é que seja um salão. Um anfitrião, representando a Funarbe, deve ser preparado para receber a folia e deve permanecer durante toda a atividade, pois as folias fazem cantos de saudação e agradecimentos ao anfitrião. O anfitrião deve portar uma quantidade indeterminada de esmolas ou brindes para interagir com a folia. O momento mais popular da folia é quando os palhaços dançam e fazem malabarismos para obter “esmolas” do dono da casa. O anfitrião deve saber barganhar e brincar com os palhaços. Após as manifestações da folia, deve ser servido um lanche aos presentes.
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Número de folias convidadas: 06 (quatro), sendo 03 (três) a cada noite, para permitir que cada um delas desenvolva seu ritual completo. O número de foliões em cada folia é indeterminado, podendo variar de 20 a 50 pessoas.
Responsabilidades e recursos
Convite e confirmação da presença das folias: Departamento de Memória e Patrimônio Cultural
Comunicação: Importante direcionar a comunicação a públicos tradicionais de folias, como idosos e migrantes.
Transporte das folias locais: Departamento de Memória e Patrimônio Cultural (Otília)
Lanche: Casa da Cultura / Diretoria de Promoções e Eventos
Decoração natalina da Casa da Cultura: Equipe da Casa (Nádia Mara Paiva)
Anfitrião das folias: Indicação da gestão da Funarbe
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Cartaz divulgação da visita das folias de rCartaz divulgação da visita das folias de rCartaz divulgação da visita das folias de rCartaz divulgação da visita das folias de reis eis eis eis
ao presépio da casa da culturaao presépio da casa da culturaao presépio da casa da culturaao presépio da casa da cultura