Post on 01-Nov-2020
Gestos para uma SEMANA SANTIFICADA
#pascoacomalegria
PÁSCOA com
ALEGRIA
PÁSCOA com ALEGRIA
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Caros Irmãos,
Iniciámos a quaresma com a receção das cinzas: «Lembra-te que és pó da
terra e à terra hás de voltar» (cf. Gn 3, 19). O pó sobre a cabeça e os
acontecimentos que se seguiram veio recordar-nos a necessidade de ter os
pés assentes na terra: somos débeis, frágeis e mortais. Quando comparados
com a imensidão das galáxias e do espaço, somos minúsculos; somos um
bocado de pó no universo. E se dúvidas houvesse, o “bichinho microscópico”
tornou-se viral e, por isso, tudo mais real. Mas somos pó amado de Deus no
qual Ele insuflou vida (cf. Gn 2,7) e nos transformou em pó precioso.
A quaresma/quarentena que vivemos foi o tempo favorável de conversão;
tempo para redescobrir a importância do bem comum e da solidariedade;
tempo do exercício da humildade e da obediência; tempo da valorização da
família e da casa como lugares seguros para viver; tempo de redescoberta
da importância das pequenas coisas; tempo da experiência da força
transformadora e consoladora da oração…
E agora é altura de nos perguntarmos: todo este tempo, para que Páscoa nos
preparou?
Deveria ser a Páscoa de cada ano, porque a repetição da festa nunca pode
ser sinónimo de estagnação e dado adquirido. As dramáticas circunstâncias
que rapidamente envolveram larga parte da humanidade arrancam-nos das
zonas de conforto e impõem interrogações radicais, mas talvez saudáveis.
PÁSCOA com ALEGRIA
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As comunidades cristãs viram-se, repentinamente, diante do desafio da Igreja
doméstica. Fechou-se a importante dimensão comunitária da celebração e
expressão da fé, mas abriram-se múltiplas possibilidades que pululam nas
redes sociais.
Mateus 26, 17-19: Os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde
queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?» Ele respondeu:
«Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer:
O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa
com os meus discípulos.’» Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e
prepararam a Páscoa.
Por isso, preparámos uma dinâmica vivencial da Semana Santa em que cada
um, preferencialmente em Família e em casa, facilmente se ligue à sua
paróquia e veja assim, parcialmente, reconstituir-se a unidade com os irmãos.
Poderá ser uma experiência real, e não virtual, dando outra amplitude ao que,
de portas fechadas, os vossos pastores vão celebrar no mistério pascal.
Assim:
Fazer uma cruz com materiais e elementos que possais ter nas
vossas casas, e/ou, aproveitar uma cruz ou crucifixo que já
tenhais e se ajuste ao pretendido
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a. Decorar a Cruz com ramos verdes e colocá-la na porta da casa ou à
janela/varanda;
b. Reunir a família, junto à Cruz e fazer as seguintes orações:
Cara família: desde o princípio da Quaresma viemos a preparar-nos com
obras de penitência e de caridade. Hoje estamos aqui reunidos para darmos
início, em união com toda a Igreja, à celebração do mistério pascal do Senhor,
isto é, da sua paixão e ressurreição. Foi para realizar este mistério da sua
morte e ressurreição que Jesus Cristo entrou na sua cidade de Jerusalém. Por
isso, recordando com fé e devoção esta entrada triunfal na cidade santa,
acompanharemos o Senhor, de modo que, participando agora na sua cruz,
mereçamos um dia ter parte na sua ressurreição.
Oremos.
Aumentai, Senhor, a fé dos que esperam em Vós e ouvi com bondade as
nossas humildes súplicas, para que, aclamando a Cristo vitorioso nesta cruz,
permaneçamos unidos a Ele e dêmos fruto abundante de boas obras. Ele que
é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Ámen.
No dia do DOMINGO DE RAMOS 2 05 de abril de 2020
PÁSCOA com ALEGRIA
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(Evangelho Mt. 21, 1-11)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, junto ao
monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: «Ide à
povoação que está em frente e encontrareis uma jumenta presa e, com ela,
um jumentinho. Soltai-os e trazei-mos. E se alguém vos disser alguma coisa,
respondei que o Senhor precisa deles, mas não tardará em devolvê-los».
Isto sucedeu para se cumprir o que o Profeta tinha anunciado: «Dizei à filha
de Sião: ‘Eis o teu Rei, que vem ao teu encontro, humildemente montado num
jumentinho, filho de uma jumenta’».
Os discípulos partiram e fizeram como Jesus lhes ordenara: trouxeram a
jumenta e o jumentinho, puseram-lhes em cima as suas capas e Jesus sentou-
Se sobre elas. Numerosa multidão estendia as capas no caminho; outros
cortavam ramos de árvores e espalhavam-nos pelo chão. E, tanto as
multidões que vinham à frente de Jesus como as que O seguiam, diziam em
altos brados: «Hossana ao Filho de David! Bendito O que vem em nome do
Senhor! Hossana nas alturas!».
Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou em alvoroço. «Quem
é Ele?» – perguntavam. E a multidão respondia: «É Jesus, o profeta de Nazaré
da Galileia».
Palavra da salvação.
PÁSCOA com ALEGRIA
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a. Os sinais fortes da vida de Cristo poderiam desenrolar-se à volta da
mesa, à hora do jantar. A família reúne-se e prepare a mesa com
especial importância. Depois de uma breve introdução, que inclua uma
espécie de saudação a oração poderia começar com a leitura dos
primeiros versículos do Evangelho de São João 13, 1-15 seguida, do
jantar-ceia propriamente dito;
b. Com uma oração de bênção da mesa - «Bendito sejas, Senhor…»
«Nesta noite em que Jesus e os discípulos…». No centro da mesa estar
um único grande pão, em vez de muitos pães pequenos, comprado ou
preparado em casa durante o dia. Após a bênção, um membro da
família parte o pão e distribui um pedaço a todos, sem dizer nada, mas
dando espessura simbólica ao gesto. Rezam um Pai Nosso pelos
Sacerdotes e pelas Vocações sacerdotais. A partir daqui a ceia
prosseguiria na habitual, e se possível mais intensa, convivialidade;
c. Fazem um gesto: lava-mãos (em vez do lava-pés).
Na QUINTA-FEIRA SANTA – CEIA DO SENHOR 3 09 de abril de 2020
PÁSCOA com ALEGRIA
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a. Colocar na Cruz um pano vermelho ou roxo e/ou três pregos;
b. Fechar tapassóis/persianas/cortinados ou janelas; as luzes e
equipamentos eletrónicos devem ser desligados (14h30 – 15h30);
c. Reunir a família junto à Cruz e ajoelhar ou fazer inclinação profunda,
em silêncio, às 15h00 (hora noa, da morte de Jesus);
d. Depois, ler e/ou cantar o Salmo:
SALMO RESPONSORIAL
Salmo 30 (31), 2.6.12-13.15-16.17.25 (R. Lc 23, 46)
Refrão: Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito.
Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido,
pela vossa justiça, salvai-me.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Na SEXTA-FEIRA SANTA - PAIXÃO DO SENHOR 4 10 de abril de 2020
PÁSCOA com ALEGRIA
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Tornei-me o escárnio dos meus inimigos,
o desprezo dos meus vizinhos
e o terror dos meus conhecidos:
todos evitam passar por mim.
Esqueceram-me como se fosse um morto,
tornei-me como um objeto abandonado.
Eu, porém, confio no Senhor:
Disse: «Vós sois o meu Deus,
nas vossas mãos está o meu destino».
Livrai-me das mãos dos meus inimigos
e de quantos me perseguem.
Fazei brilhar sobre mim a vossa face,
salvai-me pela vossa bondade.
Tende coragem e animai-vos,
vós todos que esperais no Senhor.
e. Fazer algumas preces e rezar o Pai Nosso.
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a. Ligar as luzes exteriores e interiores da casa ao início da noite; o
mesmo acontecerá na Igreja Paroquial às 22h00;
b. Colocar uma vela acesa (podem ser as velas do Batismo) e um
recipiente com água na janela ou na varanda e, ao acender, fazer o
sinal da Cruz com água, lembrando o nosso Batismo e rezar em alta
voz: ALELUIA! O SENHOR RESSUSCITOU! ALELUIA! ALELUIA!;
c. Fazer uma oração:
(Rom 6, 3-11)
Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos Romanos
Irmãos:
Todos nós que fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua
morte. Fomos sepultados com Ele pelo Batismo na sua morte, para que, assim
como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivamos
uma vida nova. Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo pela
semelhança da sua morte, também o estaremos pela semelhança da sua
ressurreição. Bem sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com
Cristo, para que fosse destruído o corpo do pecado e não mais fôssemos
5 11 de abril de 2020
No SÁBADO SANTO – VIGÍLIA PASCAL
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escravos dele. Quem morreu está livre do pecado. Se morremos com Cristo,
acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez
ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem
domínio sobre Ele. Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado
de uma vez para sempre; Mas a sua vida é uma vida para Deus. Assim vós
também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo
Jesus.
Palavra do Senhor.
d. Fazer um silêncio meditativo, rezar o Credo e o Pai Nosso e terminar
com o canto:
Aclamação Sal. 117 (118), 1-2, 16ab-17, 22-23
Refrão: Aleluia. Aleluia. Aleluia.
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a Sua misericórdia.
Diga a Casa de Israel:
é eterna a Sua misericórdia.
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A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei de viver
para anunciar as obras do Senhor.
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
e. Se possível, à noite, reunir a família e fazer memória do Batismo; é
uma boa oportunidade para partilharem memórias e/ou ir buscar as
fotos e filmes que estão guardadas no fundo do baú.
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a. Colocar na Cruz um pano branco e flores, que podem ser feitas pela
família, caso não haja flores naturais;
b. Os sinos da Igreja Paroquial tocarão a repique às 12h00;
c. Colocar flores frescas (se possível) na mesa do almoço.
d. Reunir a família junto à Cruz e fazer a seguinte oração:
ORAÇÃO
Senhor Deus do universo, que neste dia, pelo vosso Filho Unigénito, vencedor
da morte, nos abristes as portas da eternidade, concedei-nos que, celebrando
a solenidade da ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito,
ressuscitemos para a luz da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Cantar o Aleluia
(Jo 20, 1-9)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. João
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro,
ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com
No DOMINGO DA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR 6 12 de abril de 2020
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Simão Pedro e com o outro discípulo que Jesus amava e disse-lhes: «Levaram
o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o
outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o
outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou
primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não
entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no
sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a
cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou
também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus
devia ressuscitar dos mortos.
Palavra da Salvação.
e. Rezar o Credo, fazer algumas preces, rezar o Pai Nosso; no final, dizer
em alta voz: ALELUIA! O SENHOR RESSUSCITOU VERDADEIRAMENTE!
ALELUIA! ALELUIA!
f. Concluir com um cântico.
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CONCLUSÃO
«Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de Nosso Senhor
Jesus Cristo» (Gal 6, 14).
Que o sentimento de São Paulo possa ser replicado por cada um de nós.
A vossa cruz pode e deve ser colocada num lugar visível, se assim o
entenderem, numa janela, varanda ou no jardim das vossas casas.
Nas nossas Igrejas Paroquiais celebraremos os mistérios litúrgicos do Tríduo
Pascal – à porta fechada sem povo reunido – dando conhecimento às
Comunidades da hora de início das celebrações para que possam estar
unidos espiritualmente em oração familiar a partir das suas respetivas casas.
Assim sendo, segue os horários das celebrações nas nossas Paróquias:
Domingo de Ramos - Igreja de Gaula, às 11h00;
Quinta-feira Santa - Igreja de Gaula, às 18h30;
Sexta-feira Santa - Capela de São Pedro, às 15h00;
Sábado Santo - Igreja de Gaula, às 19h00;
Domingo de Páscoa - Igreja de Gaula, às 09h00.
Durante este período, cada família é convidada a realizar diariamente as
atividades e celebrações propostas neste guião, procurando tornar visível no
exterior das nossas casas aquilo que vivemos neste Tempo, A PASSAGEM DA
MORTE À VIDA.
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Quem quiser poderá tirar uma foto desses momentos e partilhá-la connosco
no Facebook ou no Instagram da Paróquia de Gaula e da Paróquia da
Lombada.
Pedimos o favor de partilhar esta atividade e celebração para chegarmos ao
maior número de pessoas das nossas Paróquias. Como há pessoas que não
têm redes sociais e neste momento, não conseguimos chegar a todos,
pedimos o favor de divulgar junto delas esta iniciativa Pascal.
Demonstremos assim que a Igreja não fecha, o que fecha são os lugares de
culto, porque a Igreja somos nós, corpo vivo do nosso Senhor Jesus Cristo e
estamos em todas as partes.
Muito obrigado! Cuidem-se.
Pe. Hélder Gonçalves
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