PROJETO GAIA: Guia de Acessibilidade de Interfaces Web focado em aspectos do Autismo

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Mestrado em Ciência da Computação Universidade Federal de São Carlos

Qualificado em: 26/01/2015

Mestranda: Prof. Esp. Talita Cristina Pagani Britto

Orientador: Prof. Dr. Ednaldo Brigante Pizzolato

Contexto

Nos últimos 20 anos, tecnologias

computacionais têm sido utilizadas

para auxiliar pessoas com

Transtorno do Espectro do Autismo

(TEA), bem como seus pais,

terapeutas e professores.

Elas geralmente são úteis para:

a) Desenvolver as habilidades de

pessoas com TEA;

b) Facilitar a vida deles;

c) Ser um ferramental para realizar

atividades pedagógicas,

terapêuticas e de vida cotidiana.

Contexto

Aplicações projetadas

adequadamente para pessoas

com TEA permitem que a

tecnologia seja utilizada de forma

benéfica para intervenção

pedagógica ou terapêutica. Neste contexto, o software pode ajudar a trabalhar

as habilidades sociais, de memorização,

comunicação, aquisição de vocabulário e

letramento, entre outros aspectos.

Tanto os projetistas de software quanto os

pedagogos têm um papel importante para planejar

os recursos, layout, navegação, forma de interação

e atividades que a aplicação apresentará.

Problema (1)

? ?

Como desenvolver

aplicações

adequadas a este

público?

Como as crianças

podem ser mais

autônomas usando

a tecnologia?

Há uma lacuna de artefatos que possam nortear estes profissionais a planejar e implementar soluções computacionais

ajustadas às necessidades da criança com TEA. A literatura especializada apresenta algumas considerações, mas muitas são

compreensíveis somente a psicopedagogos ou profissionais de computação, além de várias contribuições possuírem acesso

restrito aos seus conteúdos. É difícil encontrar materiais detalhados, de fácil acesso e multidisciplinares.

Conheço

pouco

sobre

Autismo

Será que a

tecnologia está

ajudando ou

criando

barreiras?

Gap Semântico

Programador Educador

Problema (2)

Conhecimento sobre Acessibilidade Web por desenvolvedores de software:

+++

Deficiências

visuais

+

Deficiências

Auditivas

??

Deficiências Cognitivas

ou neuronais

Problema (2)

* Estatísticas:

78% dos desenvolvedores de software não

consideram ou consideram parcialmente

pessoas com deficiência cognitiva ou

neuronal em projetos.

65% dos que não consideram o fazem porque desconhecem

as características destas deficiências para aplicar em

seus projetos.

* Pesquisa (survey) ainda em andamento. Divulgação de resultados preliminares.

Problema (2)

* Estatísticas:

52% dos desenvolvedores de software

conhecem pouco sobre o Autismo.

35% dizem conhecer moderadamente.

* Pesquisa (survey) ainda em andamento. Divulgação de resultados preliminares.

Problema (2)

* Estatísticas:

73% acreditam que recomendações, padrões

ou diretrizes de desenvolvimento de

software contextualizadas para este

público faria com que eles se motivassem

a considerar deficiências cognitivas ou

neuronais em seus projetos.

* Pesquisa (survey) ainda em andamento. Divulgação de resultados preliminares.

Objetivo

Propor um conjunto de recomendações de design de

interfaces para auxiliar desenvolvedores de softwares e

educadores digitais a entender melhor como

desenvolver websites e aplicações mais adequadas às

necessidades de crianças com autismo. Geral

Específicos

Investigar o estado da arte em padrões e recomendações de acessibilidade

de software para pessoas com TEA;

Identificar e sistematizar as orientações relevantes e soluções bem sucedidas

encontradas no estado da arte para propor um conjunto inicial de

recomendações;

Avaliar, de modo formativo e empírico, as recomendações propostas junto a

crianças com TEA para evidenciar os potenciais benefícios das mesmas,

observar como as crianças reagem ao uso da aplicação e identificar pontos

de melhoria para as recomendações de design.

Resultados obtidos até out/2015

Revisão do estado da

arte, envolvendo:

4 Padrões Internacionais

3 Softwares para pessoas

com TEA

10 artigos científicos

Triagem das soluções

identificadas:

107 soluções de design

10 categorias foram

geradas através de

agrupamento por

similaridade

1 2 3

Geração do primeiro

conjunto de

recomendações:

28 recomendações únicas

Descrição detalhada não

encontrada em outros

materiais da literatura

Categorias das recomendações

Framework teórico da avaliação

Planejamento

1 Protocolo

2 Sessão Piloto

3

Definir objetivos

Identificar dados de

entrada e saída

Escolher as estratégias,

avaliadores e participantes

Definir os cenários e as

tarefas

Escrever o roteiro de

avaliação

Escolher as configurações

do local de pesquisa e as

ferramentas de teste

Enumerar os

procedimentos

Desenvolver termo de

consentimento, folhas de

instrução e formulário de

consentimento de gravação

Observar os participantes

e a interface

Interagir com participantes

por meio de perguntas

Gravar os dados de erros,

incidentes e falhas no

roteiro

Ajustar o protocolo, roteiro

e formulários

Com base em Maner (1997)

Framework teórico da avaliação

Sessão de

Avaliação

4 Interpretar os

dados

5 Preparar

relatório

6

Estudar os dados de taxa

de falha na realização de

tarefa e tempo de

realização

Avaliar resultados através

de benchmarks e checklists

Identificar problemas:

causa, severidade e

frequência dos mesmos

Apresentar dados

resumidos e os achados

Priorizar as mudanças

Recomendar soluções

Com base em Maner (1997)

Observar os participantes

e a interface

Interagir cuidadosamente

com participantes por meio

de perguntas

Gravar os dados de

sucessos, falhas, erros,

incidentes e tempo de

realização de tarefas

Dados a serem coletados para análise

Tempo para a

realização das

tarefas

(Eficiência)

Taxa de erros ao

interagir com a

interface (Acurácia) e

Taxa de completude

das tarefas

(Eficiência)

Tempo para

recuperação dos

erros (Eficácia)

Expressões

espontâneas

observadas

Informações importantes

As recomendações de design geradas neste trabalho bem como a

pesquisa de campo não têm enfoque no tratamento do autismo

ou realização de procedimentos de intervenção com o uso de

tecnologia, mas sim na produção de artefatos computacionais

cuja interação seja bem projetada considerando as necessidades e

habilidades da pessoa com autismo.

Conclusões esperadas ao final do projeto

Esperamos que as diretrizes propostas pelo GAIA possam contribuir para

o estado da arte em acessibilidade web cognitiva como:

1) material de apoio para que as pessoas consigam desenvolver websites

e aplicações web adequados às necessidades de pessoas com

autismo, principalmente crianças;

2) um guia de norteamento sobre o que funciona e o implica em

barreiras para pessoas com autismo, principalmente quanto à

utilização de tecnologias voltadas à web;

3) um repositório de boas práticas e orientações do design de interfaces

web;

4) um complemento às bases teóricas sobre acessibilidade web para

pessoas com deficiência cognitiva ou neuronal adicionando técnicas

relacionadas ao transtorno do espectro do autismo.

Contribua com o projeto em 5 minutos

Se você trabalha em qualquer área do desenvolvimento de software

e aplicações web (desenvolvimento, design, gestão de projetos, etc),

independente do setor, ajude este projeto respondendo a este

questionário que visa mapear o perfil de conhecimento dos

profissionais de TI sobre deficiências cognitivas ou neuronais:

https://pt.surveymonkey.com/r/T9HF92L

Mais informações

Contato:

(14) 99169-7693 / 3239-3864 – Talita Pagani

talita.cpb@gmail.com

http://facebook.com/talitapagani

http://talitapagani.github.io/gaia/

Imagens utilizadas

Cedidas por:

https://www.iconfinder.com/quizanswers

https://www.iconfinder.com/Squid.ink

https://www.iconfinder.com/Naf_Naf

https://www.iconfinder.com/Vecteezy

http://www.webdesignerdepot.com/

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