Post on 20-Nov-2018
Laboratório de Controle Ambiental (LACAM)
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)
Universidade de Brasília (UnB)
O ciclo da construção
Novas exigências e normativas: Etiquetagem
Estratégias
Estudos locais e pesquisas em andamento
Conclusões
Projeto
Arquitetônico (arquitetura)
Sistemas condicionamento de ar
iluminação (tecnologia)
Construção
Projeto Arquitetônico
(arquitetura)
Sistemas Condicionamento
iluminação (tecnologia)
Análise energética
Construção
Gestão
(usuário) e Manutençao
Projeto Arquitetônico
(arquitetura)
Sistemas Condicionamento
iluminação (tecnologia)
Análise energética
Construção
Gestão (usuário)
e manutenção
Usuário
Economizar energia: projetar e construir edifícios energeticamente eficientes
O uso contínuo de energia é provavelmente o maior impacto ambiental específico de um
edifício (Wilson e Malin, 1997)
Arquitetura Sustentável: prioridades
PÚBLICO
COMERCIAL 4,7%
16 %
8 %
42,1% 23,3%
5,3%
AGROPECUÁRIO
SETOR ENERGÉTICO E
OUTROS
Fonte : Balanço Energético Nacional 2013 (Ano Base 2012)
INDUSTRIAL RESIDENCIAL
Consumo de energia elétrica no Brasil:
47,6% do consumo de energia é em edificações
- 20% a 35% em ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL
- 40% a 55% em AR CONDICIONADO (Geller, 1991; Correia, 2007)
Portanto, grande parte da energia é consumida na obtenção de
conforto ambiental, com iluminação e climatização
Usos finais em edifícios não residenciais no Brasil:
Fonte: <http://angelaabdalla.blogspot.com.br/2010/10/iluminacao-com-selo-verde.html>
Fonte: <http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/03/01/aprenda-a-viver-no-frescor-do-ar-
condicionado-sem-atrapalhar-a-saude.htm>
Novas exigências e normativas
- Instrução Normativa IN 01/2010 – Compras Públicas Sustentáveis (MP)
- Acórdão TCU 1752/2011 – Eficiência energética em prédios públicos
- Esplanada Sustentável – Portaria n. 244, junho de 2012 – Institui o PES - Projeto Esplanada Sustentável
- IN 02/2014 – Obrigatoriedade da ETIQUETAGEM DE EDIFICAÇÕES em edifícios públicos federais
- Portaria n. 23 (2015) – Monitoramento de consumos (energia e água) e ações para redução
LACAM
2009 -> REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE
DO DO NÍVEL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE
EDIFÍCIOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E
PÚBLICOS (RTQ-C)
BRASIL
Entra no grupo de
países que
classificam a EE
das suas
edificações
EM NOVEMBRO DE 2010 FOI LANÇADO O REGULAMENTO PARA EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS
- Método para avaliar e classificar o nível de eficiência energética de uma edificação, considerando os principais sistemas de consumo e a influência da envoltória - O método utilizado pode ser prescritivo (uso de fórmulas) ou com simulação computacional, de acordo com a tipologia.
O que é Etiquetagem de Eficiência Energética
de Edificações?
Importância:
- Intenção de tornar-se obrigatório, iniciando pelos edifícios públicos.
- Utilizar os mesmos critérios de avaliação, adaptados à realidade nacional (climática e econômica).
LACAM
1. Envoltória (30%)
2. Iluminação (30%)
3. Ar condicionado (40%)
Uso racional de água
Aquecimento solar
Fontes renováveis
Cogeração
Inovações
ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DO EDIFÍCIO = ARQUITETURA + ENGENHARIAS
ENVOLTÓRIA Ape: Área de projeção do edifício
Apcob: Área de projeção da cobertura
Atot: Área Total Contruída
Aenv: Área de Envoltória
Vtot: Volume Total
PAFt: Percentual de Abertura na
Fachada
PAFo: Percentual de Abertura na
Fachada
AVS : Ângulos de Sombreamento
Vertical
AHS: Ângulos de Sombreamento
Horizontal
FS: Fator Solar dos Vidros
LACAM
Densidade de potência instalada para
iluminação em cada ambiente (DPI=W/m²)
Pré-requisitos de iluminação:
Circuito exclusivo para iluminação;
Acionamento independente de luminárias próximas à
entrada de luz natural
Ambientes com área maior que 250m² devem possuir
dispositivo de desligamento automático
Para obtenção de nível A os três pré-requisitos devem ser atendidos
A B C A B C
A B A B
A A
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
LACAM
Ar Condicionado de janela ou split:
Classificação adotada no Programa Brasileiro de
Etiquetagem
Sistema de condicionamento de ar central:
Classificação baseada na eficiência dos equipamentos fornecida pelo fabricante.
SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR
A etiquetagem de edificações públicas foi a primeira a tornar-se obrigatória no âmbito nacional. Por esta razão, a preparação do setor para as novidades que deverão ser contempladas no projeto e execução de uma obra é de suma importância
Edificações públicas
20 Impactos da Etiquetagem nas Licitações
Utilizar o “Manual para o Entendimento da Etiquetagem pelo Gestor
Público”:
Para a consideração da etiquetagem de eficiência
energética no processo licitatório de uma
edificação nova ou de uma reforma existem
algumas ações que devem se somar às praticas
comuns adotadas:
Licitações de todas as
fases:
1. Contratação de Projetos (arquitetura e
complementares)
2. Contratação de Execução da Obra
3. Contratação da emissão da Etiqueta pelo
Organismo de Inspeção Acreditado (OIA)
MG
BA
RS
SC
MS
AL
RJ
RN
DF
PA
UFPA
UFMS
UFSC
UFPel
UFF
UFAL
UFRN
UnB
UFV
UFMG
UNICAMP
UFC
CE
SP
LACAM (UnB)
Ensino + + +
atuação do LACAM
Pesquisa Extensão OIA
Graduação e Pós-
Graduação (Especialização,
Mestrado e Doutorado)
Consultorias e pesquisas aplicadas
(CNPq, CIE, Eletrobrás,
CDT, FINATEC)
Cursos e Palestras,
assessoria a projetos
Participa da R3e da
Eletrobrás (Etiquetagem de Eficiência Energética de Edificações)
CONFORTO AMBIENTAL:
TÉRMICO, LUMINOSO
E SONORO
PRODUTIVIDADE
REDUÇÃO DO ABSENTEÍSMO
HUMOR E SAÚDE
QUALIDADE AMBIENTAL
Ed. Fundação Habitacional do Exército - Brasília
ILUMINAÇÃO NATURAL (difusa e controlada) VISTA PARA O EXTERIOR (sempre desejável) VENTILAÇÃO NATURAL (verificar viabilidade) CONTROLE DO AMBIENTE (preferências do usuário)
Implantação: Orientação e assentamento
Forma: compacidade, área de superfície exposta, profundidade
Envoltória: proporção e dimensão aberturas elementos de proteção e controle
Materiais: transmitância térmica, isolamento térmico, transmissão da luz visível,
fator solar
Componentes e estratégias complementares Iluminação artificial, condicionamento de ar, controles e
automação
Estudos locais - Brasília
SAFS
EMI
SBN/SAN
SBS/SAS
SCN
SCS/SRTVS/SHS
SADF
Fonte: Adaptado do Google Earth
248 Edificações
• 133 públicas (54%)
• 115 privadas (46%)
Fonte: SILVA E AMORIM, 2007 LIMA E AMORIM, 2010
Análise dos resultados
Orientação da Fachada Principal
13%
34%
16%
25%
12%
18° NNE
108° ESE
198° SSO
288° ONO
Outras
Fonte: LIMA, 2010 LESTE E OESTE!!
(Fonte: SILVA e AMORIM, 2006)
Controle solar Elementos de proteção solar em 135 edifícios de escritórios em Brasília
204 questionários
Os maiores problemas encontrados foram na tipologia de fachada totalmente envidraçada, sem elementos de proteção, onde as esquadrias não abrem, não sendo possível aproveitar a ventilação natural.
Devido ao grande percentual de vidro na fachada, há a necessidade de uso de proteção interna, portanto, falta de contato visual com o exterior. Fonte: LIMA, 2010
Palácio Itamaraty – melhoria das condições ambientais e eficiência energética
Banco do Brasil - melhoria das condições ambientais e etiquetagem
Potencial de economia energética :
VANTAGENS ADICIONAIS:
MÍNIMA INTERFERÊNCIA NAS FACHADAS E
POUCOS CUIDADOS DE MANUTENÇÃO
EDIFÍCIO
% de Economias Parciais (iluminação e ar condicionado)
Palácio Itamaraty 5,5% Ilumin. + 24,5% A.C.
Anexo I 15% Ilumin. + 20% A.C.
PERÍODO DO
ANO HORAS DE SOL
SITUAÇÃO
ATUAL
22 Jun
24 Jul / 21 Mai
28 Ago / 16
Abr
24 Set / 21 Mar
20 Out / 23 Fev
22 Nov / 21 Jan
22 Dez
11:00 / 17:30
11:30 / 17:30
13:00 / 17:45
14:00 / 18:00
15:30 /18:00
sem ins. dir.
sem ins. dir.
Brise horizontal.
Auto sombreamento do edifício
Sombreamento dos brises existentes
Solução proposta
Películas a serem utilizadas: índices recomendados
MODELO PC 50
Redução do Calor Solar 45%
Redução da Perda de Calor 3%
Redução do Ofuscamento 43%
Bloqueio Ultra Violeta 99%
Total de Energia Solar Rejeitada 58%
Retenção de Infra-vermelho 97%
Luz Visível Refletida 8%
Transmitida 50%
Emissividade 0,78
Valor “U” 0,93
Coeficiente de Sombra 0,51
MODELO S25NVAR400
Redução do Calor Solar 54%
Redução da Perda de Calor 1%
Redução do Ofuscamento 72%
Bloqueio Ultra Violeta 99%
Total de Energia Solar Rejeitada 64%
Retenção de Infra-vermelho 66%
Luz Visível
Refletida exterior 28%
Refletida interior 13%
Transmitida 24%
Emissividade 0,72
Valor “U” 0,82
Coeficiente de Sombra 0,43
Para ambientes em que a película é necessária por questões de privacidade visual
Para ambientes em que a película é necessária por questões de desconforto visual (ofuscamento por visão da abóbada celeste)
Intervalos dos níveis de eficiência
Eficiência A B C D E
lim mín - 212.12 264.23 316.35 368.47
lim máx 212.11 264.22 316.34 368.46 -
IC = 196
A envoltória do edifício Etiqueta A
Pré e pós retrofit
Ambiente luminoso: iluminância,
luminância, direcionalidade, contrastes, ofuscamento, vista -> Medições,
entrevistas e questionários (usuário)
Consumo energético:kWh/m2. ano
Custos retrofit
Eficiência energética -> + conforto ambiental
USUÁRIO -> elemento chave para o projeto (especialmente retrofit)
DISSEMINAÇÃO, CAPACITAÇÃO, LEGISLAÇÃO, INCENTIVOS