Post on 19-Jun-2015
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Prof. Dr. Niraldo Paulino
1. Aspectos históricos, legais e éticos. Desafios e Oportunidades
na Fitoterapia Médica
Doutor em Farmacologia pela Universidade Federal de Santa Catarina e Maximilian Universität München (2005). Atualmente é Coordenador do Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento de Biomedicamentos, no Programa de Mestrado Profissional em Farmácia na UNIBAN (SP), Assessor Técnico-Científico e Diretor de Negócios da MEDLEX Gestão de Informações e Cursos Ltda. Tem experiência na área de Farmacologia, com ênfase em Farmacologia Bioquímica e Molecular de Plantas Medicinais. Atuando principalmente nos temas: Mecanismo de ação de Plantas Medicinais e Produtos Naturais, Inflamação e seus mecanismos farmacodinâmicos.
Contatos:
Universidade Bandeirante de São Paulo
Programa de Mestrado Profissional em Farmácia
Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento de Biomedicamentos
Rua Maria Cândida, 1813, Vila Guilherme - São Paulo, SP
Prof. Niraldo Paulino
msn:niraldo_paulino@hotmail.com
E-mail: niraldop@yahoo.com.br
(11) 2967-9147 (48) 9986-6003
MEDLEX Gestão de Informações e Cursos Ltda. Av. Desemb. Vitor Lima, 260 sala 908, Ed. Madson Center Trindade - Florianópolis/SC - CEP 88040-400. Fone 48 32261616 diretoria@medlex.com.br
Um Pouco de História e Filosofia
Idéia filosófica sobre a constituição da matéria A preocupação com a constituição da matéria surgiu por volta do século V a.C., na Grécia. O filósofo grego Empédocres, estabeleceu a “Teoria dos Quatro Elementos Imutáveis” onde acreditava que toda matéria era constituída por quatro elementos: água, terra, fogo e ar, que eram representados pelos seguintes símbolos:
Tudo na natureza seria formado pela combinação desses quatro elementos, em diferentes proporções
As plantas fixando os elementos da natureza e materializando a energia neles contidos: Sol – relacionado ao elemento FOGO Ventos (O2, N2, CO2) – relacionado ao elemento AR Solo – relacionado ao elemento TERRA Chuvas e lençóis freáticos - relacionados ao elemento ÁGUA
FIXAÇÃO DOS ELEMENTOS DA NATUREZA NA FORMA DE PLANTAS MEDICINAIS:
C – H – O – N - S
Um Pouco de História e Filosofia
Apresentação
Características das plantas medicinais:
a. Complexo de múltiplos princípios ativos;
b. Em geral atuam sinergisticamente;
c. Apresentam múltiplos alvos farmacológicos;
d. Podem agir em várias e distintas patologias.
que contem pilocarpina Pilocarpus jaborandi Extrato de jaborandi
Solução de pilocarpina
ou
• Hoje, cerca de 4 bilhões de pessoas utilizam espécies medicinais, principalmente as nativas de seus próprios países.
• Das 119 substâncias químicas extraídas de plantas e utilizadas na medicina, 74% delas foram obtidas com base no conhecimento popular.
• O índice de sucesso para o tratamento do câncer com uso de plantas medicinais é de 5.000 : 1 , enquanto que, através de fármacos sintéticos, é de pelo menos 100.000 : 1.
• De todas as plantas pesquisadas para o tratamento do câncer, 90% delas são de origem brasileira.
Ética em Pesquisa de Fitoterápicos
O valor de comercialização anual de plantas medicinais gira em
torno de 14,5 bilhões de dólares, sendo os maiores
importadores a Alemanha, Estados Unidos e o Japão.
O mercado brasileiro destaca-se na exportação de ipê-roxo,
espinheira santa, erva-de-bicho, fáfia, catuaba, chapéu-de-
couro, capim limão, sobretudo para os Estados Unidos e Itália.
Estima-se que o mercado brasileiro movimenta um valor de,
pelo menos, meio bilhão de dólares com produtos à base de
plantas medicinais.
Ética em Pesquisa de Fitoterápicos
Os Estados Unidos importam, só do Brasil, cerca de 200ton/ano
de folhas de maracujá.
Entre as mais importadas, destacam-se a camomila (50ton/ano)
e o alecrim (40ton/ano).
Devido à exígua e/ou irregular oferta nacional e/ou à má
qualidade dos produtos eventualmente colhidos e
beneficiados, alguns laboratórios que operam no Brasil chegam
a importar cerca de 90 espécies de plantas medicinais do
exterior para produção de cosméticos e medicamentos.
Ética em Pesquisa de Fitoterápicos
Diversificar os sistemas produtivos Fazer o manejo correto do solo Cobertura morta no solo Adubação equilibrada Plantar espécies adaptadas à região de cultivo Rotação de culturas Plantar na época ideal de cultivo Utilizar sementes ou mudas sadias Utilizar quebra ventos ou barreiras Controle de insetos e doenças Corrigir o pH e a fertilidade do solo Cultivar a planta em local climático adequado Fazer adubação verde
Cultivo agroecológico
DE A SUA OPINIÃO!!!
Ética no comércio das plantas
OUTRA EXPERIÊNCIA!!
Condições de Coleta
PAUSA PARA REFLEXÃO...
Competências para o Desenvolvimento
de Medicamentos Fitoterápicos
A descoberta de uma ciência
multiprofissional para o emprego racional de
medicamentos fitoterápicos na terapêutica
atual.
INTRODUÇÃO
Desenvolvimento de Competênciais
Medicamentos Fitoterápicos
Agronomia Biotecnologia Química Farmácia Medicina
(Ciência Multidisciplinar)
Desenvolvimento de competências para a produção botânica
das espécies medicinais
Desenvolvimento de competências para a melhorias genética
das espécies medicinais
Desenvolvimento de competências para
técnicas de extração e identificacão química
de ativos
Desenvolvimento de competências para a
pesquisa, desenvolvimento,
produção e controle de qualidade de medicamentos
fitoterápicos e suas formulação.
Desenvolvimento de competências para a
prescrição e monitoramento da
eficácia dos medicamentos fitoterápicos.
Princípios Éticos em Fitoterapia
Médica
Uma abordagem crítica do uso ético e
científico das plantas medicinais como
medicamentos
Parecer do Conselho Federal de Medicina CFM N.º 1301/91 PROCESSO-CONSULTA
PC/CFM/Nº 04/1992
ASSUNTO: Fitoterapia - Reconhecimento e regulamentação como uma prática médica.
O Conselho Federal de Medicina reconhece a existência da Fitoterapia como método
terapêutico, podendo ser usados por diversas especialidades médicas. Necessitam de indicação médica por pressupor a elaboração de diagnóstico e avaliação da indicação de técnicas convencionais, podendo ser executadas por médicos ou técnicos habilitados sob prescrição e supervisão médica. Por se tratarem de procedimentos terapêuticos, deveriam ter a rigorosa supervisão do Estado, por meio do seu Órgão competente, a Divisão de Vigilância Sanitária
Harmonização de conceitos em
Fitoterapia Médica
Uma abordagem legal para uso dos termos
adequados segundo o Órgão Regulador da
Fitoterapia, ANVISA.
CONCEITOS GERAIS
Medicamentos no Brasil
MEDICAMENTOS GENÉRICOS: Um genérico é uma cópia exata de um medicamento
de referência em termos de eficácia e segurança, oferecendo ao consumidor uma opção mais econômica. No Brasil já representam cerca de 10% das
vendas.
MEDICAMENTOS SIMILARES: Os medicamentos similares caracterizam-se por possuir
o mesmo princípio ativo do medicamento de referência, na mesma concentração, indicações, forma farmacêutica, dose e via de administração, porém ainda não foram realizados os testes de biodisponibilidade e bioequivalência. No Brasil representam quase 70% do consumo de medicamentos.
Resolução - RDC n.º 17, de 24 de fevereiro de 2000 - ANVISA – MS
1. DEFINIÇÕES:
1.1 Adjuvante substância adicionada ao medicamento com a finalidade
de prevenir alterações, corrigir e/ou melhorar as características
organolépticas, biofarmacotécnicas e tecnológicas do medicamento.
1.2 Droga vegetal planta ou suas partes, após processos de coleta,
estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou
pulverizada.
1.3 Marcadores componentes presentes na matéria- prima vegetal,
preferencialmente o próprio princípio ativo, utilizados como referência no
controle de qualidade da matéria - prima vegetal e dos medicamentos
fitoterápicos .
1.4 Matéria - prima vegetal planta fresca, droga vegetal ou seus
derivados: extrato, tintura, óleo, cera, suco e outros.
Harmonização de conceitos em Fitoterapia médica
1.5 Medicamento fitoterápico: medicamento farmacêutico obtido por
processos tecnologicamente adequados, empregando - se
exclusivamente matéria - primas vegetais, com finalidade profilática,
curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. É caracterizado pelo
conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Não se considera
medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua
substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações
destas com extratos vegetais.
1.6 Medicamento fitoterápico novo: aquele cuja eficácia, segurança e
qualidade, sejam comprovadas cientificamente junto ao órgão federal
competente, por ocasião do registro, podendo servir de referência para o
registro de similares.
Harmonização de conceitos em Fitoterapia médica
1.7 Medicamento fitoterápico tradicional: aquele elaborado a partir de
planta medicinal de uso alicerçado na tradição popular, sem evidências,
conhecidas ou informadas, de risco à saúde do usuário, cuja eficácia é
validada através de levantamentos etnofarmacológicos e de utilização,
documentações tecnocientíficas ou publicações indexadas.
1.8 Medicamento fitoterápico similar: aquele que contém as mesmas
matérias - primas vegetais, na mesma concentração de princípio ativo ou
marcadores, utilizando a mesma via de administração, forma farmacêutica,
posologia e indicação terapêutica de um medicamento fitoterápico
considerado como referência .
1.9 Princípio ativo: substância ou grupo delas, quimicamente
caracterizada, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou
parcialmente, pelos efeitos terapêuticos do medicamento fitoterápico
Droga: qualquer substância que altera um sistema fisiológico.
Medicamento: Toda a substância ou composição tecnicamente elaborada, com propriedades curativas ou preventivas das
doenças ou dos seus sintomas, do Homem ou do animal, com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou a restaurar,
corrigir ou modificar as funções orgânicas.
Remédio: Toda substância, processo ou procedimento empregado para tratar, curar ou prevenir doenças.
Portaria 971 relativos à Fitoterapia Edição Número 84 de 04/05/2006
Ministério da Saúde Gabinete do Ministro
PORTARIA Nº 971, DE 3 DE MAIO DE 2006
Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, e Considerando o disposto no inciso II do art. 198 da Constituição Federal, que dispõe sobre a integralidade da atenção como diretriz do SUS; Considerando o parágrafo único do art. 3º da Lei nº 8.080/90, que diz respeito às ações destinadas a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social, como fatores determinantes e condicionantes da saúde; considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem estimulando o uso da Medicina Tradicional/Medicina Complementar-Alternativa nos sistemas de saúde.
Garantia da qualidade na produção
de extratos padronizados de plantas
medicinais
Uma abordagem química que enfoca a
transformação das plantas medicinais em
extratos padronizados, garantindo a presença
e qualidade dos fitoativos e a funcionalidade
química do processo extrativo.
CONTROLE DE QUALIDADE
Objetivo é transformar as plantas medicinais em medicamentos fitoterápicos.
Garantia da Qualidade (Químico) de
Fitoterápicos
Medicamento
Fitoterápico
Visa à preservação da integridade química e farmacológica do
vegetal
Estudos prévios relativos a aspectos botânicos, agronômicos,
fitoquímicos, farmacológicos, toxicológicos, de desenvolvimento
de metodologias analíticas e tecnológicas
Métodos Extrativos
Operações extrativas
Operações que visam retirar de forma mais SELETIVA E
COMPLETA possível as substâncias ativas contidas na droga
vegetal.
São técnicas farmacêuticas de obtenção de extratos vegetais.
Métodos Extrativos
Objetivos dos métodos extrativos
Reduzir o volume da dose do fitoterápico
Ex.: de 2000 mg (droga) para 700 mg (extrato seco)
Concentrar os princípios ativos
Obtenção de frações de ativos específicos
Retirada ou diminuição de subst. Indesejáveis
Aumentar a validade de algumas drogas.
Métodos Extrativos
Células íntegras
(processo oposto à secagem) Células rompidas
Umedecimento das estruturas celulares,
dissolução e difusão dos constituintes
(processo lento)
Lixiviação dos componentes
(processo mais rápido)
Mecanismos extrativo
EXTRAÇÃO
“...como termo usado no meio farmacêutico, envolve a separação de porções com ações medicinais de tecidos vegetais ou animais a partir de componentes inativos ou inertes” (Gennaro, 2004)
Extratos Vegetais
Métodos de extração
Percolação Infusão Decocção
Digestão
maceração + calor brando
Maceração
PREPARAÇÕES EXTRATIVAS ...após extração pode estar pronta para uso na forma de agente medicinal ou
sofrer processamento adicional para produção extrato sólido (seco) ou semi-sólido (espesso).
TINTURAS EXTRATO FLUÍDO EXTRATO
Soluções alcoólicas ou hidroalcoólicas preparadas a partir de materiais vegetais.
Preparações líquidas de drogas de origem vegetal
contendo álcool como solvente, conservante ou
ambos.
Preparações concentradas de drogas de origem vegetal ou animal.
Cada mL contém os constituintes terapêuticos de
1g de droga vegetal padronizada.
Droga vegetal potente: 10g de droga, outras drogas 20g em cada 100mL de tintura.
Processo extrativo: percolação
Processo extrativo: percolação ou maceração
Obtido pela evaporação de todo ou quase todo solvente e do ajuste das massas ou pós
residuais.
Processo extrativo: percolação
(destilação e pressão reduzida) Extrato seco padronizado para conter xx% do
marcador químico.
Controle de qualidade
químico dos extratos
Determinação do perfil cromatográfico do extrato, por HPLC representando
a característica química e validando o método extrativo.
Extrato ETOH Baccharis
trimera (Less.) DC
Extrato n-BuOH
Baccharis trimera
(Less.) DC
Extrato Aquoso Baccharis
trimera (Less.) DC
Determinação do perfil cromatográfico de extratos, representando a
característica química e validando o método extrativo.
The chemical composition of Baccharis dracunculifolia Premium Brazilian Propolis was
determined by high performance liquid chromatograpy using a Merck-Hitachi apparatus
(Germany), equipped with a pump (model L-7100, Merck-Hitachi) and a diode array
detector (model L-7455, Merck-Hitachi). phenolic compounds (mg/g) (1) coumaric acid
(3.81), (2) rutin (9.87), (3) pinobanksin (3.48), (4) quercetin (2.15), (5) kaempferol (0.78), (6)
apigenin (1.86), (7) pinocembrin (22.55), (8) pinobanksin-3-acetate (4.10), (9) chrysin (2.49),
(10) galangin (4.14), (11) kaempferide (5.59), (12) tectochrysin (2.90), (13) ARTEPILLIN C
(87.97).
Garantia da qualidade
(farmacotécnico) no desenvolvimento
de Fitoterápicos
Uma abordagem farmacêutica que enfoca a
transformação dos extratos secos padronizados
quimicamente em fitoterápicos, garantindo a
qualidade farmacotécnica do produto, sua
indicação posológica, dose e eficácia terapêutica.
Tecnologia farmacêutica
Desevolvimento
Farmacotécnico de Fitoterápicos
Complexidade do processo
Determinado pelo grau de
transformação tecnológica requerido
Pós ou drogas
rasuradas
Maior quando o objetivo é
obter frações purificadas ou
fórmulas sólidas revestidas
ou produtos inovadores.
É um ramo da farmacotécnica, praticada por
profissionais farmacêuticos, e tem como objeto o desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos.
Desevolvimento
Farmacotécnico de Fitoterápicos
Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnósticos.
RDC Nº 48, 16/03/2004
Nesta área estuda-se: Desenvolvimento de novos produtos e sua relação com o meio biológico. Desenvolvimento de novas técnicas de preparo. Estabelecimento de doses. Definição de formas farmacêuticas adequadas. Observação de interações físicas e químicas entre os princípios ativos e os excipientes e veículos.
A administração de agentes terapêuticos necessita da sua incorporação em uma forma farmacêutica, caracterizada normalmente pelo estado físico de apresentação, constituída de componentes farmacologicamente ativos e de adjuvantes farmacêuticos.
Desevolvimento
Farmacotécnico de Fitoterápicos
A escolha da forma farmacêutica mais apropriada para um produto fitoterápico deve considerar :
• Eficácia e a segurança do componente ativo
• Assegurar a qualidade;
• Facilitar a aplicação do medicamento,
• Permitir a administração de dose efetiva do componente ativo.
• Contornar problemas de estabilidade.
• Adequar as propriedades da forma farmacêutica às necessidades fisiológicas da via de administração.
• Direcionar a liberação dos componentes ativos (local mais apropriado de absorção ou quanto ao perfil de liberação)
• Modificadores das características organolépticas do produto.
Desevolvimento
Farmacotécnico de Fitoterápicos
PRINCÍPIO(S) ATIVO(S)
Excipientes Técnica de fabricação
FORMA FARMACÊUTICA (Medicamento)
Dissolução
Desintegração
Absorção
Distribuição
Biotransformação Excreção
Ação farmacológica
Fase Farmacotécnica
Fase Biofarmacotécnica
Fase Farmacocinética
Fase Farmacodinâmica
Planta Extração
Garantia da eficácia dos
Fitoterápicos
Uma abordagem farmacológica que enfoca as condições ideais para a absorção, distribuição e obtenção de concentrações ativas dos marcadores no em torno do tecido alvo para a geração do efeito farmacológico e da eficácia terapêutica.
FARMACOLOGIA
Introdução
Administração
Absorção
Distribuição
Tecido alvo
Metabolismo
Excreção
Reservatório
Moléculas de baixo peso molecular
Moléculas não ionizadas
Moléculas lipossolúveis
Moléculas com transportadores
Íons: Ca2+, Na+, K+ e Cl-
Figuras originais do curso ISAP (www.street.com/ISAP)
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacocinética: Absorção
Princípios
ativos dos
fitoterápicos
pKa = faixa de
pH onde a droga
está 50% ionizada.
Ácidos fracos
muito ionizados em
pH alto
Bases fracas
muito ionizadas em
pH baixo
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacocinética: Absorção
Absorção diferencial dos fitoativos em diferentes faixas
de pH fisiológicos em função das suas características
químicas: como ácidos fracos ou bases fracas.
Sítio ou local de aplicação
Ph médio
Cavidade bucal
7,2-7,6
Estomago
1,0-3,5
Intestinos (fração proximal)/(fração distal)
4-6 / 7-8
Plasma
7,2-7,4
Urina
5,5-7,0
Saliva
6,4
Secreção nasal
6,0
Músculo esquelético
6,0
Secreção vaginal (pré-menopausa)
4,5
Secreção vaginal (pós-menopausa)
7,0
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacocinética: Absorção
Fase Biofarmacêutica
Comprimido desintegração
Grânulos
Pequenas partículas desintegração
Fármaco em solução
Dissolução Adequada
Dissolução limitada
Suspensão
Absorção
Fármaco na circulação
1º Desintegração
2º Dissolução
3º Absorção
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacocinética: Absorção
Concentrações efetivas e concentrações tóxicas
Referente às concentrações dos fitoativos capazes de produzir os efeitos
terapêuticos desejados ou efeitos tóxicos sobre um determinado sistema
biológico .
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacocinética: Distribuição
Metabolismo ou Biotransformação
Conjunto de alterações químicas produzidas sobre o fitoativo,
em um sistema biológico, produzindo como produto de reação
metabólitos.
Efeitos do metabolismo
Na maioria das vezes ocorre o término da ação da marcador,
pela geração de um metabólito inativo, seguida de uma
eliminação mais rápida.
Transformação dos compostos em substâncias mais polar, e
portanto menos produtos solúveis em lipídios. Como
conseqüência leva a uma menor reabsorção renal e maior
excreção.
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacocinética: Metabolismo
Dois tipos gerais de metabolismo
Fase I (degradação)
oxidação
redução
hidrólise
Fase II (síntese ou conjugação)
glucoronídeo
sulfato
amino ácidos
acetilação / metilação
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacocinética: Metabolismo
Na excreção Renal – a quantidade de droga excretada pelos rins é
dependente de três processos:
Filtração glomerular
Este processo gera um ultrafiltrado livre de proteínas. Logo, drogas
ligadas à proteinas e moléculas grandes como a heparina
(anticoagulante)não são filtradas. A taxa de filtração glomerular é variável
e depende de muitos fatores incluindo a pressão sangüínea.
Secreção tubular
Este é um processo ativo que depende de gasto energético e da
presença de transportadores específicos para ácidos e bases. Cada um
deles está sujeito a um sistema de competição pelo mesmo grupo na
droga. A secreção tubular não é afetada pela ligação das drogas às
proteína de ligação plasmática.
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacocinética: Excreção
Filtração
Reabsorção
Excreção
Secreção
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos:
Farmacocinética: Excreção
Curso temporal da ação do medicamento fitoterápico (farmacocinética):
Ajudar a determinar ou ajustar a dosagem do fitoerápico
Interpretar os dados sobre a concentração das fitoativos nos
tecidos alvos
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacocinética clínica
Volume aparente de distribuição (Vd)
É um parâmetro usado para estimar a
distribuição de uma droga no corpo.
Vd= D/C
Dose da droga
Concentração plasmática
Tempo de meia-vida (t1/2 ou t50)
Esse dado se refere ao tempo
que leva para a concentração
plasmática de uma fitoativo leva
para cair pela metade (50%).
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacocinética clínica
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacodinâmica FarmacoDINÂMICA é o ramo da farmacologia que
descreve o mecanismo de ação das drogas (o que a
droga faz no corpo).
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacodinâmica
Receptor farmacológico: Proteína, usualmente expressa na membrana, capaz de reconhecer seletivamente um neurotransmissor ou droga, iniciando um processo de transdução de sinal celular para promover um efeito farmacológico.
Receptor farmacológico: Proteína capaz de reconhecer, amplificar e transmitir a informação desencadeada por neurotransmissor ou droga, alterando a bioquímica intracelular e promovendo o efeito farmacológico em um dado tecido.
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacodinâmica
Sinal de transdução celular: Conjunto de modificações bioquímicas intracelulares desencadeadas pela ativação do receptor e capazes de ativar a resposta efetora celular.
Garantia de Eficácia de Fitoterápicos
Farmacodinâmica
Eficácia: Capacidade da droga de desencadear uma resposta biológica mensurável ((≥ 100%)
Potência: Capacidade ponderal da droga de produzir uma resposta. Medida em concentração ou dose, permitindo a comparação entre duas ou mais drogas.
FONTES DE CONSULTA.
A INTERNET COMO DIFERENCIAL DE INFORMAÇÃO
Fontes de consultas
• Internet como ferramenta de consulta
Mundo Consultório
Internet
Fontes de consultas
• Internet como ferramenta de consulta
www.pubmed.nl ou
www.pubmed.com.br
ou www.pubmed.org
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed
Fontes de consultas
• Internet como ferramenta de consulta
http://www.freebooks4doctors.com/
Fontes de consultas
• Internet como ferramenta de consulta
www.ars-grin.gov/duke
Dr. Duke's Phytochemical and Ethnobotanical Databases
Fontes de consultas
• Internet como ferramenta de consulta
www.druginfonet.com
Fontes de consultas
• Internet como ferramenta de consulta
http://www.who.int/en/
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CONCLUSÃO PRELIMINAR
Os fitoterápicos apresentam caracteristicas quimicas
definidas, e portanto devem ser observados os
critérios farmacocinéticos de administração e dose,
bem como os seus respectivos mecanismos de ação
intracelular, ainda que sejam múltiplos.