Post on 07-Apr-2016
Principais teorias da Psicologia e implicações educacionais
(O Behaviorismo)
Psicologia da Educação (Educação Física)
1Luciana Souza Borges
Início do século XX – Psicologia busca reconhecimento como ciência/ utilização de método científico definido na época.
Definição clara de um objeto e uso de procedimentos objetivos de estudo.
2Luciana Souza Borges
O estudo do comportamento
Behaviorismo (americano J. B. Watson, 1913)/ artigo que define como os behaviorista veem a Psicologia.
Termos: Behaviorismo, Comportamentalismo, Teoria Comportamental, Análise experimental do comportamento e Análise do comportamento.
Watson = postula o comportamento como objeto da Psicologia (objeto observável, mensurável, que poderia ser reproduzido em diferentes condições) = primeiros a estabelecer critérios de objetividade.
Psicologia alcança o status de ciência (rompe com a tradição filosófica).
3Luciana Souza Borges
O estudo do comportamento
Watson defende uma perspectiva funcionalista = o comportamento deveria ser estudado como função de certas variáveis do meio.
Alguns estímulos levam o organismo a fornecer respostas específicas = porque os organismos se ajustam aos seus ambientes por meio de equipamentos hereditários e também pela formação de hábitos.
Atende às características da ciência de previsão e de controle.
4Luciana Souza Borges
O estudo do comportamento
Mas, apesar de estabelecer o comportamento como objeto da Psicologia, o Behaviorismo sofre modificações que alteraram o sentido desse termo.
Comportamento não é mais visto como ação isolada do sujeito/ é a interação entre o que uma pessoa faz e o ambiente em que seu “fazer” está inserido.
5Luciana Souza Borges
O estudo do comportamento
Behaviorismo = estudo das interações entre o indivíduo (respostas = o que a pessoa faz) e o ambiente (estimulações = variáveis ambientais).
O ser humano é então estudado a partir de sua interação com o ambiente, sendo tomado como produto e produtor dessa interação.
Comportamento = é essa interação = unidade básica de descrição = ponto de partida para a ciência do comportamento.
6Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
B. F. Skinner (1904-1990) = mais importante behaviorista após Watson/ influência no Brasil.
Behaviorismo radical (Skinner, 1945) = com base no comportamento operante (mas é preciso retroceder e entender o comportamento reflexo ou respondente)
7Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
1) O comportamento respondente.
2) O comportamento operante.
3) Eventos consequentes (reforçamento e punição).
4) Outros processos (extinção e punição).
5) Controle de estímulos (discriminação e generalização).
8Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
1) O comportamento respondente (ou reflexo/ não-voluntário).
Inclui respostas que são eliciadas (produzidas) por estímulos antecedentes do ambiente.
EX: contração das pupilas quando a luz forte incide sobre os olhos; “lágrimas de cebola” etc.
Esses comportamentos são interações estímulo-resposta (ambiente-sujeito) incondicionadas, independem de aprendizagem.
9Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
1) O comportamento respondente (ou reflexo/ não-voluntário).
Mas temos também os reflexos condicionados (pela história de pareamento) = fazem com que o organismo passe a responder a estímulos aos quais não respondia anteriormente.
EX: p. 60 (mergulhar a mão em uma vasilha com água gelada/ pareamento com som de campainha).
A queda da temperatura da mão por causa da água fria é resposta incondicionada, mas a queda por causa do som é uma resposta condicionada, portanto, aprendida.
10Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
2) O comportamento operante.
1930 – (Harvard, USA) = Skinner começa o estudo do comportamento operante, por meio do comportamento respondente.
Nova unidade básica de análise = fundamento para a descrição das interações indivíduo-ambiente.
O comportamento operante = leque amplo de atividades humanas (dos mais simples – balbuciar – aos mais sofisticados – apresentados pelos adultos, como tocar um instrumento).
11Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
2) O comportamento operante.
Experimentos de laboratório com ratos, pombos e macacos permitiram aos analistas do comportamento verificar como variações no ambiente interferem no comportamento.
Experimentos permitiram criar as leis comportamentais.
12Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
2) O comportamento operante.
EX: p. 62 (Caixa de Skinner)/ saciar a sede.
A resposta de pressionar a barra foi obtida pela primeira vez por acaso.
Mas o que leva à aprendizagem do comportamento de pressionar a barra para conseguir água é a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante (satisfação da necessidade).
R – S (R: resposta/pressionar a barra); (S: estímulo/ água).
Nesta interação há uma relação funcional = relação entre a ação do organismo e as consequências/ a ação produz alteração ambiental, que retroage sobre o organismo e altera a probabilidade de futura ocorrência.
13Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
3) Eventos consequentes (reforçamento e punição).
As ações são mantidas ou não pelas consequências que produzem no meio ambiente.
As consequências = reforçadoras (aumentam a frequência de emissão das respostas que as produziram).
As consequências = punidoras ou aversivas (diminuem a frequência das respostas).
Reforço = toda consequência que, mediante uma resposta, altera a probabilidade futura de ocorrência de resposta.
Reforço positivo ou negativo.
14Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
3) Eventos consequentes (reforçamento e punição).
Reforço positivo (oferece algo ao organismo, como água) = evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz.
Reforço negativo (permite a retirada de algo indesejável, como o choque) = evento que aumenta a probabilidade futura de resposta que o remove ou atenua/ EX: Caixa de Skinner = apertar a barra para evitar choques (p. 63).
15Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
3) Eventos consequentes (reforçamento e punição).
Um evento não pode ser considerado reforçador a priori, pois depende da relação funcional entre organismo e meio.
Mas há eventos que são reforçadores na espécie humana = água/ alimento/ afeto (reforços primários).
Reforços secundários, por sua vez, adquirem esta função quando pareados com os primários.
Os secundários podem tornar-se generalizados (dinheiro e aprovação social) =reforçam grande parte do repertório comportamental.
16Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
3) Eventos consequentes (reforçamento e punição).
No reforço negativo, são importantes a esquiva e a fuga.
Esquiva = processo no qual os estímulos aversivos condicionados e incondicionados estão separados por um intervalo de tempo/ o que permite que o organismo se comporte de tal forma que previna a ocorrência do segundo estímulo.
EX: desviar a boca (ação que reduz o estímulo aversivo, reforçada pelo condicionamento operante) após ouvir o barulho do aparelho do dentista (reforçador negativo condicionado = aprendido) (p. 65).
17Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
3) Eventos consequentes (reforçamento e punição).
No reforço negativo, são importantes a esquiva e a fuga.
No caso da fuga = o comportamento reforçado é aquele que termina com um aversivo já e andamento.
EX: se começo a ouvir barulho e somente depois é que tento evitar a situação aversiva (indo embora, fechando aporta ou os ouvidos etc.), então é uma situação de fuga.
Tanto o comportamento de esquiva como o de fuga evitam estímulos aversivos, mas os processos são diferentes.
Esquiva: impede a ocorrência do estímulo.Fuga: foge do estímulo.
18Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
4) Outros processos (extinção e punição).
Extinção = procedimento no qual uma resposta deixa imediatamente de ser reforçada.
Consequência: a resposta diminui de frequência ou deixa de ser emitida.
O tempo para isso depende da história e do valor do reforço envolvido.
EX: Uma pessoa que nos interessa deixa de nos olhar = nossas “investidas” tendem a desaparecer.
19Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
4) Outros processos (extinção e punição).
Punição = procedimento que envolve a consequência de uma resposta quando há a apresentação de um estímulo aversivo ou a remoção de um reforço positivo.
Pesquisas mostram que a eliminação de um comportamento punido só é definitiva quando a punição for extremamente severa, pois as razões que levam à ação não são alteradas com punição.
Punir leva à supressão temporária da resposta/ práticas punitivas na educação/ sujeitos especialistas em esquivas e fugas (p. 66) (citar pesquisas na educação infantil sobre desenvolvimento moral).
20Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
5) Controle de estímulos (discriminação e generalização).
É polêmica a discussão a respeito do controle (natureza e extensão) que o ambiente exerce sobre nós/ mas não podemos negar esta influência.
Estudar, então, este controle nos permite compreender a maneira pela qual os estímulos agem.
O comportamento está sob o controle de estímulos quando a frequência ou a forma da resposta é diferente sob estímulos diferentes.
EX: acelerar ou frear diante do semáforo (estar sob o controle de estímulos).
21Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
5) Controle de estímulos (discriminação e generalização).
É preciso entender a discriminação e a generalização.
Discriminação de estímulos = uma resposta se manter na presença de um estímulo e ser extinta na presença de outro.
EX: Aprendizado social = normas e regras de condutas para diferentes festas (comportar-se de forma diferente em cada situação).
22Luciana Souza Borges
A análise experimental do comportamento
5) Controle de estímulos (discriminação e generalização).
Generalização de estímulos = um estímulo adquire controle sobre uma resposta devido ao reforço na presença de um estímulo similar, mas diferente.
Respondemos de maneira semelhante diante de estímulos percebidos como semelhantes.
EX: Na aprendizagem escolar ou na vida cotidiana = aprendemos conceitos básicos e os transferimos para diferentes situações/ regras sociais, por exemplo.
23Luciana Souza Borges
Behaviorismo: sua aplicação
Auxílio na descrição de nossos comportamentos em quaisquer situações, ajudando-nos a modificá-los.
Educação = métodos de ensino programado, controle e organização de situações de aprendizagem, elaboração de uma tecnologia de ensino etc.
Treinamento de empresas.
Clínicas psicológicas.
Trabalho educativo de crianças com necessidades especiais.
Publicidade etc.24Luciana Souza Borges