Post on 28-Jun-2020
Prefeitura Municipal de Indaiatuba
Secretaria Municipal de Educação
Prefeito
Reinaldo Nogueira
Secretária de Educação
Rita de Cássia Trasferetti
Coordenação
Lucelaine Borges Zampolin Dias
Pesquisa
Maria Angela Escodro
Maria das Dores Dias Soares Ribeiro
Imagens
Arquivo Público Municipal
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
www.facebook.com.br
Indaiatuba, junho de 2013
Prefeitura Municipal
Em 16 de agosto de1888, iniciava-se a construção do primeiro prédio construído
para sediar a Câmara e a Cadeia de Indaiatuba, no Largo da Cadeia. Atualmente o
local é chamado de praça Prudente de Moraes. No dia 13 de maio de 1890 é
inaugurado. Naquele tempo, a denominação era “Câmara”, e não “Prefeitura”, mas a
partir da proclamação da República tornou-se a sede da Prefeitura. O edifício foi
construído em comum com o estado, isto é, enquanto o Município pagou os custos
da construção da Câmara, a Província pagou os da Cadeia. Este prédio foi demolido
em 1963, na gestão do prefeito Odilon Ferreira, sendo em seu lugar feita uma fonte
luminosa. Uma nova Prefeitura foi construída na esquina dessa mesma Praça, onde
hoje funciona a Sapataria Vizzent, e permaneceu nesse local por aproximadamente
40 anos.
Em 1998, a Prefeitura de Indaiatuba abriu um concurso de arquitetura para a
construção do novo paço municipal. Até então, os departamentos da administração
estavam abrigados em várias casas alugadas, o que gerava uma grande perda de
recursos, além de atrasos no fluxo de documentos. O objetivo era centralizar toda a
máquina da Prefeitura, inclusive o atendimento ao público, num mesmo prédio. Entre
os trinta projetos inscritos no concurso, saiu vencedor o trabalho da arquiteta Yara
Bittencourt Silva, da Atrium Arquitetura, de Campinas-SP. “
No mesmo ano, o atual prédio da Prefeitura teve suas obras iniciadas ao lado do
Parque Ecológico e do Córrego Barnabé. Possui 7,8 mil metros quadrados de área
construída, abrigando a maioria das secretarias municipais. Foi construído em uma
área situada na Fazenda Bicudo. O local de sua instalação estava previsto no plano
diretor feito para Indaiatuba pelo arquiteto e urbanista Ruy Ohtake, situando-se em
um ponto central da cidade.
Foi inaugurado no dia 30 de setembro de 2002, com duas alas que contam com uma
agência bancária, uma lanchonete, uma central telefônica, um centro de
comunicações, uma central de informática, um anfiteatro com capacidade para 350
pessoas e um espaço destinado a exposições e vernissages, além das Secretarias
Municipais.
Arquivo Público Municipal
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
No final dos anos 80 o arquiteto e urbanista Ruy Ohtake apresentou
à cidade um projeto ousado, que propunha o traçado do Parque
Ecológico como principal vetor urbanístico para o crescimento futuro
da cidade. Este projeto, que iria nortear a expansão urbana de
Indaiatuba até os dias atuais, ligou a cidade antiga, hoje na zona
norte, à recém criada zona sul da cidade, conhecida como Morada
do Sol.
Foi inaugurado em 1992 e hoje corta a cidade em 80% da sua
totalidade. São 15 quilômetros de pistas de caminhadas, cooper e
ciclovias. Abrange em sua extensão, bosques, lagos, jardins, áreas
de recreação, campos de futebol, vôlei, uma pista de bicicross
oficial, uma pista de skate profissional, uma raia de remo olímpico,
equipamentos de ginástica, uma praça de eventos, parque temático
infantil e um teatro multidisciplinar. É sede também de vários
eventos esportivos e culturais, como o Carnaval de Rua e a Corrida
Cidade de Indaiatuba.
O plano de Ruy Ohtake previa uma cidade com qualidade de vida
urbana para até 250 mil pessoas, limite que se aproxima de nossa
realidade urbana já no final da primeira década do século 21. A
cidade vem ocupando primeiros lugares constantes nos índices de
crescimento econômico com qualidade nos últimos anos.
Arquivo Público Municipal
Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Parque Ecológico
http://www.indaiatuba.sp.gov.br/esportes/turismo/pontos-
turisticos/
Parque Temático
Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, s/n.
http://www.indaiatuba.sp.gov.br/esportes/turismo/pontos-turisticos/
Parque Temático
.
O Parque Temático está localizado no Parque Ecológico, na altura do Jardim Monte Verde, e é uma das mais
completas e diferenciadas áreas de lazer de Indaiatuba. A principal atração são os animais gigantes feitos de fibra que
compõem o playground temático. Os balanços têm como suporte dois elefantes, duas girafas decoram o escorregador
tipo tobogã, a ponte de madeira é o acesso às cabanas do mesmo material, e o espaço também é composto por
formiga, joaninha e cogumelos gigantes. O lazer se completa com playground comum, uma quadra poliesportiva que foi
construída no padrão exigido para a prática de tênis, duas quadras de vôlei de areia e dois campos de futebol de areia,
além de quiosques de alimentação, área de descanso e de banho com chuveiros e pista de caminhada. O Parque conta
ainda com duas fontes de água e todos os pontos de lazer estão interligados por calçadas. Está localizado na Av. Eng.
Fábio Roberto Barnabé, s/n. Aberto 24 horas. Entrada gratuita.
O abastecimento de água em Indaiatuba e o Chafariz
No início do século XX havia, próximas ao povoado, duas “aguadas”, como eram chamados os lugares de onde a
população retirava água. Uma delas ficava na nascente do córrego Belchior em frente ao Hospital Augusto de Oliveira
Camargo e perto de onde veio a ser a Estação de Trem. Em 1869 foi feita ali uma caixa d’água, com paredes de
pedras forradas de ladrilhos coberta de tábuas . Lá havia também um chafariz. A outra aguada pública era,
provavelmente, no local do atual chafariz. Era uma nascente em um poço bem fechado , do qual saía um cano que
jorrava água em frente a uma parede. Com uma escada de cada lado, a bica era alta do piso, feito de lajes e pedras
assentadas, ficando assim um plano seco e limpo. Embaixo da bica havia uma grelha de ferro , pela qual saía a água
que corria.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
No chafariz a fila era indispensável, uma vez que todos precisavam buscar água. Entre os rapazolas havia os briguentos
que, furando a fila, iniciavam brigas, quebrando carrinhos, amassando latas e fazendo os menores chorarem, até que
vinham as lavadeiras para separar.
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Em 1915 foi feita uma nova caixa d’água vizinha ao Largo da Cadeia, ou Largo do Poder, sendo posteriormente
chamada de Praça da Prefeitura. Essa água vinha por bombeamento da aguada da Estação e não era potável.
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Dessa caixa a água era encanada e distribuída para oito torneiras públicas no centro, de modo que a população
pudesse cuidar de seus afazeres cotidianos sem o esforço de ir ao rio. A população usava a água do chafariz para
beber e água das torneiras para cozinhar, tomar banho, etc. Algumas casas tinham poços artesanais para retirar sua
própria água.
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.
Perto do chafariz havia também, desde a década de 1920, uma lavanderia pública. Nessa época o local era muito
frequentado, tanto para pegar água, quanto para lavar as roupas.
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Como a água das torneiras públicas e do chafariz era levada em latas para as casas, um serviço de entregas foi criado
pelos meninos que transportavam as latas em carrinhos de mão.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Havia carrinhos de uma, duas e até três latas, conforme o tamanho do rapaz que o carregava. Era possível ganhar um
tostão por lata de água baldeada.
Ainda hoje existe um desses carrinhos no museu do Casarão.
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No dia dois de fevereiro de 1937 foi inaugurada a primeira rede de abastecimento de água a domicílio em Indaiatuba e
as torneiras públicas foram desativadas. A água era tão pura que vinha da Represa do Cupini e era enviada, sem
tratamento, ao Reservatório da Rodoviária.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
http://www.saae.sp.gov.br/arquivos/75_anos_do_abastecimento_de_agua.pdf
http://www.saae.sp.gov.br/arquivos/75_anos_do_abastecimento_de_agua.pdf
O Serviço Autônomo de Água e Esgotos ( Saae) foi criado na gestão do prefeito Romeu Zerbini, em 1968, e
definitivamente instalado dois anos depois quando Mário Araldo Candello estava à frente do Executivo.
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Em 1971, o prefeito recuperou o chafariz, criando lá um jardim e instalando um modelo do novo logotipo da cidade.
Suas águas, embora não sejam mais potáveis, estão nas lembranças dos antigos de nossa cidade.
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Cotonifício Indaiatuba S \A
Antes de ser o centro comercial de hoje, no entanto o prédio localizado na Rua Humaitá, 773 já fazia história com o
Cotonifício Indaiatuba S\A.
A velha fábrica de fiação de algodão foi aberta em 3 de dezembro de 1946. Quase dez anos depois, em janeiro de
1956, A gazeta de Indaiatuba enaltecia o empreendimento como símbolo do progresso da cidade. Nessa época, o
Cotonifício tinha 450 funcionários. Sua fachada foi mantida, em parte, pelo Shopping Jaraguá. Daqui também vemos
os prédios e a chaminé da metalúrgica Villanova, que são parte do nosso patrimônio histórico industrial.
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Cemitério
Ao lado do Cotonifício Indaiatuba S\A, hoje Shopping Jaraguá a mais de cem anos, fora da área urbana da cidade,
já existia o cemitério da Candelária. Ainda há quem pense que esse é o primeiro cemitério da cidade. Hoje ele é
considerado um dos mais antigo, sendo que antigamente, enterravam os mortos ao redor da Capela, até que
resolveram construir um cemitério a cem metros acima, seguindo a rua Candelária, hoje esquina com a sete de
setembro e denominaram-no “Cemitério São Benedito”.
Com o passar dos anos, a vila foi aumentando, mudaram o cemitério bem longe, isso a trezentos metros acima do
anterior, seguindo a mesma rua, o “Cemitério São José”. Depois resolveram fazer outro cemitério, a quinhentos
metros para cima o “Cemitério de Taipas”.
Com a epidemia da febre amarela, construíram um isolamento atrás do cemitério, e devido a muitos falecimentos, a
Prefeitura abriu uma concorrência pública no ano de 1905 para a construção do “Cemitério de Pedras”.
Hoje existe o de Taipas e o de Pedras.
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História da Câmara
Em 1859, através da Lei nº 12, de março do mesmo ano, o município foi levado á categoria de Villa. Entre as
exigências desta lei, estava a obrigatoriedade de se fazer a casa de Câmara a sua custa. Com isso, em 3 de julho de
1859, aconteceu em Indaiatuba, a primeira eleição para vereadores e em 31 de julho desse mesmo ano, foram
empossados sete vereadores: Vicente Ferrer do Amaral, como presidente, José de Sampaio Bueno, Francisco Xavier
de Almeida, João Leite de Sampaio Bueno, Francisco Xavier de Almeida Campos. É importante salientar que naquela
época, as pessoas com direito a voto precisam comprovar uma renda anual de r$ 100 mil reis ( Cem mil reis ). Outro
dado importante é que a Câmara não possuía um prédio próprio e, durante 10 anos, as reuniões aconteciam nas
residências dos vereadores. Somente em 1869, foi comprada uma casa na Rua das Flores, atual Pedro de Toledo, onde
funcionava o Paço Municipal. Em 1891, a Câmara Municipal de Indaiatuba passou a funcionar em um prédio construído
no centro da Praça Prudente de Moraes, onde ficava também a Cadeia. É importante salientar que naquela época, o
presidente que era eleito entre os vereadores mais votados e exercia as funções do Executivo, não existindo o cargo de
prefeito. Em 1964, a Câmara passava a funcionar em um prédio na rua Bernardino de Campos. Somente em 1977, o
Legislativo foi transferido para o prédio da prefeitura municipal que funcionava na esquina da praça Prudente de Moraes,
onde hoje é o prédio da sapataria São Vicente, em 1983 inaugurou sua própria sede, na rua Humaitá, onde está até
hoje. O prédio do Legislativo Municipal pode ser considerado hoje, como um cartão de visitas do município de
Indaiatuba.
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Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Prédio da Câmara Municipal e cadeia na atual
praça Prudente de Moraes, na década de 50.
Praça Rui Barbosa No século XIX, o Largo das Caneleiras hoje Praça Rui Barbosa, era um ponto de descanso
para os tropeiros que faziam todo o transporte de mercadorias, era no chão de terra batida,
desse largo que as tropas descansavam, perto da aguada do rio Belchior. A rua que liga essa
nascente á praça, hoje chamada de 13 de maio, tinha o nome de rua das Tropas.
Seu apelido de Largo das Caneleiras, deu-se por haver ali árvores Caneleiras, uma
perfumada madeira com mais ou menos 15 metros de altura. As pessoas gostavam muito de ir
até essas árvores para raspar seus troncos e utilizar suas cascas para fins domésticos e
medicinais. Abrigou em seu centro uma capela, devotada à Santa Cruz, hoje inexistente. A
igreja de São Benedito foi construída em frente ao largo, com arquitetura neo- gótica, projeto
de um imigrante italiano da cidade.
Era a praça popular da cidade, foi por muito tempo a de São Benedito. Aqui havia a festa de
São Benedito, os batuques, rodas de samba, as touradas, o circo, as partidas de futebol, que
as vezes acabavam em brigas mudando até o nome de Caneleiras para Escandeleiras, pois
varias brigas acabavam acontecendo. Ali jogavam o Belo Horizonte Futebol Clube, o time
mais antigo, contra o Primavera Futebol Clube, o segundo mais antigo de 1906. Foi nesse
largo que um empreendedor de nome Francisco Araújo, conhecido pelos apelidos de Chico
de Itaici ou Chico Bulão, construiu várias casas geminadas (algumas existem até hoje),era
uma espécie de “chefe político” na região de Itaici.
Até mesmo o Mazaroppi se apresentou nesse largo. Os antigos ainda se lembram dos finais
de semana em que funcionava o rádio a bateria e o povo era atraído até a praça para ver a
novidade. Nos anos 70 foi construída nessa praça a primeira pré escola municipal de
Indaiatuba de nome “Dr. Jàcomo Nazzaro. Devido a sua arquitetura não ser adequada para
crianças pequenas, o prédio acabou servindo para outros fins como Conselho Tutelar,
Sindicato dos Artesões, Junta Militar. Uma feira de Artesanato é realizada aos sábados e um
lago com peixes e tartarugas é uma atração principalmente para as crianças. Há mais de trinta
anos foi criado o seu jardim, que até hoje é um dos cartões de visita da cidade.
A praça possui um lago e um playground. É um dos locais mais arborizados, bonito e
agradável para passear, conhecida também como a praça dos peixes. A Feira das Artes é uma
tradição na cidade e conta com a participação de cerca de 50 artesãos. Além de itens como
artigos de cama, mesa e banho, acessórios para a cozinha e enfeites para a casa, os visitantes
encontram ainda barracas de alimentos caseiros, de elaboração igualmente artesanal.
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A Praça D. Pedro II
A grande marca dessa praça é o grupo escolar que ocupava todo o seu centro, em torno do qual
foram feitos os bancos e a arborização.
Em 1937, no momento em que se iniciava o Estado Novo de Getúlio Vargas, o Grupo Escolar,
que funcionava em um casarão no lado direito da igreja matriz, as “Escolas Reunidas de
Indaiatuba”, entidade criada em 1908. Ali funcionava desde 15 de março de 19011, transformando-
se mais tarde em Grupo Escolar de Indaiatuba”. Ganhou uma sede especialmente construída para
ele. Recebeu o nome de um antigo professor, Randolfo Moreira Fernandes”. A partir daí a Praça
Dom Pedro II, arborizada, bem cuidada, com seu Grupo Escolar, tornou-se o centro da vida
estudantil da cidade, mas só tinha sala de primeira a quarta série. A maioria dos alunos terminava a
quarta série e ia para o trabalho na lavoura ou em indústrias. Apenas os que tinham uma condição
financeira privilegiada é que continuava seus estudos em cidades próximas, Campinas ou Itu.
Foi a primeira escola central da cidade, onde os melhores professores queriam lecionar e todos os
alunos almejavam estudar. No ano de 1950, cria o Ginásio Estadual de Indaiatuba, com a criação do
curso colegial o ginásio passa a se chamar Colégio Estadual de Indaiatuba, finalmente pela lei 4875
de 05\09\58 passa a chamar-se “Colégio Estadual Dom José de Camargo Barros”, funcionou no
prédio do Grupo Escolar “Randolfo Moreira Fernandes”, no centro da praça D. Pedro II até 1957,
quando mesmo sobre os protestos das principais partes interessadas, professores, funcionários,
alunos matriculados, familiares, foi compulsoriamente transferido para um prédio construído para ser
uma maternidade, na Rua Alberto Santos Dumont, onde posteriormente foi usado pelo Ginásio Hélio
Cerqueira Leite e a FIEC, depois para o Jardim Alice onde funciona até hoje.
Atualmente seu prédio abriga a Secretaria de Cultura, e é parte fundamental da memória e do
patrimônio histórico edificado de Indaiatuba. Desde então ela luta no dia a dia arduamente para
manter-se na história da nossa cidade como escola querida e reconhecida pela sua qualidade, para
dignificar não só o patrono que lhe deu o nome, mas todos os mestres e alunos que por ali passam.
A Casa do Artesão, Instalada inicialmente na praça Rui Barbosa, ganhou espaço especial no mês
de dezembro de 2012, nessa praça , a loja traz para esta nova sede as novidades dos artesãos do
município, incluindo peças em várias técnicas como em biscuit, crochê, tricô, marchetaria, pintura
em tela e tecido, entre outras, com opções de presentes para todas as idades e bolsos. Funciona
das 10h às 22h de segunda a sexta feira. É gerenciada pelas entidades Feirarti e Fiarti, com o apoio
do Departamento de Turismo vinculado à Secretaria Municipal de Esportes.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Praça Prudente de Moraes A praça Prudente de Morais também é chamada de Praça do Correio e Praça dos Bancos.
Foi no século passado local de decisões políticas, onde também funcionou o primeiro prédio da
Câmara e Cadeia Pública. O qual originou o nome de 'Largo da Cadeia'. Esse edifício serviu
também como sede para a Prefeitura até o início dos anos 60. O prédio foi demolido, dando lugar
a fonte luminosa, símbolo da modernidade, ainda na euforia da construção de Brasília. Ao
mesmo tempo foi construída uma nova sede para a Prefeitura, na esquina dessa mesma praça,
onde hoje é o prédio da Sapataria São Vicente. No ano de 1907 foi feito seu primeiro jardim.
Nove anos depois foi construído o coreto, com estrutura de madeira, que passou por uma
reforma em 1996, objetivando manter as características da época, recebendo ainda hoje músicos
e corais.
Todo o laser da cidade se concentrava na Praça. Os rapazes e as moças se encontravam para o
footing, rapazes circulavam de um lado e moças do outro, acabavam formando casais.
O serviço de auto falante era usado para oferecer músicas ás pretendentes ( músicas tocadas
em vitrolas ).
O Largo da Cadeia começou a melhorar no ano de 1912 quando foi construído o primeiro cinema
de Indaiatuba. O salão “Recreio”, onde situava a sede do Primavera. Mais tarde construíram o
“Cine Teatro Iris”, que ficava na rua Candelária, ao lado de onde hoje está a agencia do
Bradesco. O Cine Rex foi construído no ano de 1945. Local bastante frequentados pelos jovens,
principalmente nas matinês de domingo.
Conta a história, que o primeiro rádio da cidade, foi instalado na Praça para que todos
pudessem ouvir a narração da Copa do Mundo de 1938.
Também chama bastante a atenção de todos, o busto do Voluntário João dos Santos que partiu
em 10 de setembro de 1932 foi morto em combate. Ele tinha 20 anos de idade trabalhava como
entregador de marmitas para os funcionários que na época trabalhavam na construção do
Hospital Augusto de Oliveira Camargo. Seu apelido era João Bomba, foi a falta de munição que
levou o soldado a morte. No dia 12 do mesmo mês o seu corpo chegou a cidade, e foi enterrado
com honras militares. causando muita emoção aos moradores da cidade. No dia 6 de julho de
1957, seu corpo foi exumado e trasladado para o Mausoléu dos mortos da Revolução
Constitucionalista de 32 no Parque Ibirapuera. Atualmente a sede política da cidade foi
transferida para outras áreas, mas o centro financeiro da cidade ainda se encontra aqui.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Casarão Pau Preto
O Casarão, como é popularmente conhecido na cidade, é uma construção que data do início do século XIX,
provavelmente entre 1810 e 1820, no final do período colonial brasileiro. Foi construído nas terras vizinhas às da
fazenda e engenho de açúcar da família Bicudo, cujas paredes de taipa de pilão, e em algumas partes taipa de mão,
são testemunhos de técnicas construtivas daquele período.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Forma para paredes de taipa de pilão
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos _2004-1/arq_terra/taipadepilao.htm
Para levantar paredes de taipa-de-pilão era necessário o uso de formas móveis, com peças encaixáveis, que se
moviam de acordo com a necessidade de elevar ou estender as paredes.
No interior da forma feita de tábuas era depositada uma massa composta, majoritariamente, por uma mistura de terra
e água. Após o depósito da massa era necessário pilar, ou seja, compactá-la com intensas batidas através do uso de
uma ferramenta de madeira. A forma era desmontada após a massa estar seca e montada novamente acima ou ao
lado, e assim a parede ia se constituindo.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
.
Para construir paredes de taipa-de-mão era necessário
http://www.promemoria.indaiatuba.sp.gov.br/arquivos/galerias/arquitetura_em_taipa.pdf
Preparação da “gaiola” para a taipa de mão
Construir paredes feitas de madeira bruta e amarradas com cipó, esta estrutura levava o nome de “gaiola”. Depois da
estrutura pronta, os espaços vazios eram preenchidos com a massa de terra e água, mas, desta vez, com o uso das
mãos.
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Em outras paredes foi identificado o uso de pedras, além de tijolos usados num segundo momento, quando o prédio
sofreu alterações para adaptar-se às várias gerações da família Bicudo, que ali residiu desde 1885 até a década de
1980.
http://www.promemoria.indaiatuba.sp.gov.br/arquivos/galerias/arquitetura_em_taipa.pdf
Em meados do século XIX ele fez parte de uma chácara urbana do pároco de Indaiatuba, Antonio Cassemiro da
Costa Roriz, até 1884 quando o padre faleceu. Joaquim Emígdio de Campos Bicudo, cafeicultor dono da Fazenda
Pau Preto, comprou a propriedade do espólio do padre Roriz, agrupando então a antiga fazenda Pau Preto a uma
chácara vizinha que já possuía e à chácara onde estava o Casarão. Transferiu para lá a sede da fazenda e construiu
uma nova área, feita conforme o padrão das indústrias inglesas do século XIX, de tijolo à vista. Lá instalou a primeira
máquina de beneficiar café da cidade, movida a vapor.
Nessa fazenda trabalharam escravos e depois colonos, muitos deles imigrantes europeus e japoneses.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Depois disso, por mais de cem anos o Casarão pertenceu a família Bicudo.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Ele está edificado em um terreno de 6.248,43 m², que conta também com um bosque formado por pouco mais de
cem árvores, das quais se destaca um enorme Jatobá com aproximadamente 150 anos de idade. O Casarão Pau
Preto foi tombado em dezembro de 2008 (Decreto Municipal 10.108/20080), e atualmente, no local estão instaladas a
sede administrativa da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, a Biblioteca Rui Barbosa, o auditório Tulha e o Museu
Municipal, além de um espaço aberto com árvores centenárias remanescentes da antiga fazenda.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
O Museu iniciou suas atividades em 1983, quando o Casarão Pau Preto foi declarado de utilidade pública. Desde
então, recolhe objetos significativos à história de Indaiatuba. Neste amplo contexto constituiu-se um acervo eclético
que representa várias histórias Indaiatubanas. É formado por conjuntos de objetos dos universos doméstico, trabalho
urbano, trabalho rural, artísticos e outros. Para expô-los ao público é necessário, ao longo do ano, apresentá-los
através de exposições temáticas e temporárias.
Museu – de segunda a sexta das 09h às 17h. Área externa do Casarão (com playground e wi-fi) – de segunda a sexta
das 09h às 21h, sábado e domingo das 09h às 18h. Biblioteca Pública – de segunda a sexta das 09h às 17h e sábado
das 09h às 13h.
Entrada gratuita.
Obs: Atualmente o casarão Pau Preto encontra-se em reforma.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Casa número 1
Em torno do Largo da Igreja da Candelária a Vila se formou. Essa é casa número 1, no beco da Matriz.
O muro de taipa de seu antigo quintal se estende até a Rua Pedro Gonçalves, em frente ao Casarão.
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Igreja e Largo da Candelária
A Igreja Nossa Senhora da Candelária marca o local onde se iniciou a cidade de
Indaiatuba. É por ter sua capela curada que Indaiatuba tornou-se sede da Freguesia,
em 9 de dezembro de 1830, agrupando os bairros vizinhos. A ereção de sua capela
se deu através da doação de alguns imóveis feita, por Pedro Gonçalves Meira, em
1813. Por esse gesto Pedro é considerado o fundador de nossa cidade. Em torno da
Matriz, foram sendo construídas as residências urbanas dos fazendeiros da
Freguesia.
Ter sua capela curada possibilitou ao pequeno bairro ser o centro civil local, uma
vez que, a partir daí, puderam ser feitos nessa igreja os batismos, casamentos e
sepultamentos, tanto da população próxima como dos habitantes dos bairros rurais
vizinhos.
Um fato curioso é de que a primeira padroeira dessa capela foi Nossa Senhora da
Conceição. Após a morte de Pedro, seu irmão Joaquim passou a cuidar dessa capela
e, devoto de Nossa Senhora da Candelária, transformou-a em sua padroeira. Essa
capela, ampliada e reformada, é a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária.
A construção do prédio atual da igreja foi iniciada em 1807. Aos poucos a antiga
capela foi demolida e o aspecto exterior definitivo foi concluído em 1865. Na frente,
havia apenas um local para os sinos do lado direito e uma parede ou torre falsa do
lado esquerdo.
O seu sino badalava para avisar da missa e das mortes, dos casamentos e dos
incêndios. Até as eleições e reuniões da Câmara emprestavam seu espaço para
acontecer.
O relógio da fachada foi comprado com uma doação de 600.000 réis feita por José
Manoel da Fonseca Leite. A verba necessária para a construção das torres da igreja,
o doador foi João Bueno de Camargo, um Indaiatubano muito rico e católico.
Nessa época, em frente a igreja, a paisagem também era diferente. Havia o que se
chama de largo, uma área mais aberta que a existente atualmente, ladeada de
palmeiras. As palmeiras substituíram um cemitério que existia no pátio da matriz
durante os séculos XVIII e XIX. Mas durante a Revolução de 1932, as árvores foram
derrubadas.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
No Largo da Matriz funcionou também por durante muitos anos, nosso
primeiro grupo escolar da cidade, inaugurado em 1911, no início do século
XX. Foi ai a primeira sede do Grupo Escolar Randolfo Moreira Fernandes.
Também chama bastante a atenção de todos, o busto do “ Dom José de
Camargo Barros” nascido no dia 24 de abril de 1958, no Sítio Barreiros
(hoje fazenda Itaguaçu),em Indaiatuba. Aos 19 anos, foi admitido no
Seminário de São Paulo, onde precisou trabalhar para pagar seus estudos.
No dia 11 de março de 1883, realizou seu sonho se tornando sacerdote,
mais tarde ocupou o cargo de vigário. Dez anos depois de se tornar
sacerdote, recebeu o título de bispo. Faleceu em 1906, num naufrágio,
quando voltava para o Brasil depois de mais uma visita a Roma. Em
Indaiatuba, além do nome da escola, foi homenageado com um busto na
Praça “Leonor de Camargo Barros” em frente a igreja.
É uma das poucas igrejas construídas em taipa de pilão no interior de São
Paulo ainda existente, exemplo da arquitetura religiosa colonial paulista.
Na frente da Igreja, havia uma área aberta, o Largo da Matriz, centro da
vida local, onde aconteciam os eventos civis e religiosos, como a Festa da
Padroeira e a saída da romaria para Pirapora. Em 1942 foi feita a primeira
romaria a Pirapora, participando 30 cavaleiros.
Com o final do Império, as funções públicas da Igreja desapareceram, e
em seguida a cidade passou a contar com dois centros: um religioso, no
Largo da Matriz, e um civil, no Largo da Cadeia, em que se instalaram a
Câmara, a Cadeia, e posteriormente a prefeitura na atual praça Prudente de
Moraes.
Durante o século XX foram feitas reformas para melhorar o seu interior,
trocando-se forro, a pintura e a iluminação.
Seu Largo, reconstruído em 2004, recebe há mais de cento e cinqüenta
anos a Festa da Padroeira.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Hospital Augusto de Oliveira Camargo – HAOC
O Hospital Augusto de Oliveira Camargo começou a ser
construído em 10 de outubro de 1928, por iniciativa do casal
Augusto de Oliveira Camargo e Leonor de Paula Leite Barros
Camargo.
Em 27 de junho de 1933, dia em que o Sr. Augusto completava
82 anos, o HAOC foi inaugurado, com boa parte de seus
equipamentos importados e sua arquitetura baseada no estilo
das construções americanas.
A fachada do hospital “olha” para a Matriz e vice-versa, e junto
com seu grande parque compõe uma bela paisagem urbana.
Quando foi feito, o hospital era muito superior, em tamanho,
equipamentos e logística a todos os demais equipamentos
urbanos da pequena cidade.
Sua área era de 4.500 metros quadrados e possuía o triplo de
iluminação de toda Indaiatuba, que na época tinha 3 mil
habitantes.
O gasto com a construção incluía também obras de arte que
serviriam de adorno para o interior e exterior do Hospital.
Além disso, mostrava a fé do casal realizador da obra, através
das esculturas de São Francisco de Paula, Santo Agostinho e o
Cristo de braços abertos antes do prédio central.
O suporte financeiro do casal Camargo foi fundamental também
para que a cidade ganhasse seu primeiro serviço de saneamento
e para a construção do prédio novo do Grupo Escolar.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Acervo da Fundação Pró-Memória de
Indaiatuba
Museu Ferroviário
A estação Pimenta da Estrada de Ferro Ituana ficou pronta no ano de 1872, a
linha foi aberta ao tráfego em 17.04.1873. Pimenta está a 19 quilômetros de Itu.
Caio da Costa Sampaio relata ao Jornal Votura de 06.06.1993 que a construção da
linha de trem trouxe várias melhorias, para a cidade principalmente a ligação direta
com a capital do Estado .
A estação primitiva de Indaiatuba não foi erguida pela Ytuana. A Câmara Municipal
de Indaiatuba fez uma arrecadação pública de fundos e construiu por conta própria
a primeira Estação , doando-a para a Ytuana. Essa primeira estação , inaugurada
em 1880, fica à esquerda da Estação principal, funcionando hoje como uma oficina-
escola de liuteria ( confecção de instrumentos musicais ).
A nova Estação, onde hoje está o Museu Ferroviário foi construída em 1911. Com
a Estação de trem Indaiatuba viveu muitas mudanças. A ferrovia ligou a cidadezinha
a São Paulo, possibilitou a ida e vinda cotidiana de pessoas e mercadorias, o
telégrafo, a chegada diária do correio... Por ela chegaram os imigrantes, e por ela
saíram as batatas, a madeira, todo comércio, enfim. Nela embarcaram nossos
soldados na Revolução de 32.
Nos trilhos da estrada de ferro, Indaiatuba recebeu, a partir do final do século XIX,
muitos imigrantes da Suíça, Alemanha, Itália, Espanha e, já no século XX,
imigrantes do Japão. Esses homens e mulheres dedicaram-se principalmente à
agricultura, mas também ao comércio, às oficinas e manufaturas.
Todo o conjunto da Estação Indaiatuba manteve suas principais características
originais, que têm sido conservadas como parte da memória de sua época.
Além dessa estação museu Indaiatuba possui outras três no traçado da Ytuana –
Sorocabana, Pimenta , Itaici e Helvétia. Pimenta está depredada e abandonada.
Itaici está descaracterizada, mas possui projeto para recuperação da área.
No Museu, além da locomotiva ,há fotos, documentos, equipamentos e outros
materiais ferroviários que contam a história da ferrovia da região.
Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba