Post on 12-Jan-2016
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Francisvaldo Roza (Chiquito)
O ser humano consome cerca de:O ser humano consome cerca de:
15,0 Kg de ar por dia15,0 Kg de ar por dia
2,0 Kg de água e 2,0 Kg de água e
1,5 Kg de alimentos.1,5 Kg de alimentos.
Ele pode viver 5 ou mais semanas sem Ele pode viver 5 ou mais semanas sem alimento, alimento,
5 dias sem água,5 dias sem água,
não sobrevive a mais de 5 minutos sem ar.não sobrevive a mais de 5 minutos sem ar.
Ele pode recusar água ou alimento Ele pode recusar água ou alimento suspeito, porém não consegue fazer o suspeito, porém não consegue fazer o
mesmo em relação ao ar poluídomesmo em relação ao ar poluído..
• Poluição atmosférica
• Poluente atmosférico
• Antropogênico X Biogênico
Poluição no passado
Descobrimento do fogo
Evidências:
Homens pré-históricos tinham Antracose (Escurecimento do pulmão)
Mais evidências
Bíblia (1400 a.C.) Moisés relata sobre a realização de sacrifícios
Aristóteles (384 à 322 a. C.)“Lixo colocado longe das cidades”
Horácio (65 a. C. à 8 d. C.)“Rinite: Irritação com a fumaça”
Poluição no passado
Século 13Falta de madeiraUso do CarvãoA poluição em Londres tornou-se evidente
Século 16O setor doméstico adotou a chaminé
Poluição no passado
Revolução Industrial em Londres Século 17
Excessivo uso do carvão com alto teor de enxofre
Dezembro 1952 – Excedente de 4000 mortes em Londres
Popularização dos carros (1930’s)
Segunda Guerra Mundial (1940’s)
Corrida pela Industrialização (1950-1970)
Los Angeles
Denver
COMPOSIÇÃO ATMOSFÉRICA
Gases % em Volume
Nitrogênio Oxigênio
Vapor de águaArgônio
Dióxido de CarbonoNeon Hélio
Metano
78.1% 21%
varia de 0 - 4% 0.93%
por volta de 0.3% abaixo dos 0.002%
0.0005% 0.0002%
FONTES respiração, decomposição de plantas e animais
e queimadas naturais de florestas; queima de combustíveis fósseis,
desflorestamento, queima de biomassa e fabricação de cimento
FONTESMatéria orgânica em decomposição Cultivo de arroz, queima de biomassa, queima de combustíveis fósseis
FONTES Oceanos, florestas tropicais Produção de nylon, ácido nítrico, atividades
agrícolas, queima de biomassa e queima de combustíveis fósseis
HALOCARBONOS (CFCs, HCFCs, HFCs)
FONTESProdução de aerossóis, espuma, indústria de ar condicionado
FONTES Tráfego (veículos) Indústrias Vegetação
Concentração atmosférica de CO
(ppm)
Tempo médio para acumulação (minutos)
Sintomas
50 150 Dor de cabeça leve
100 120Dor de cabeça moderada
e tontura
250 120Dor de cabeça severa e
tontura
500 90Náuseas, vômitos,
colapso
1.000 60 Coma
10.000 5 Morte
EFEITOS:
FONTES Combustão (petróleo e carvão mineral) Veículos à diesel
PoluenteTempo de
Amostragem
PadrãoPrimário
µg/m³
PadrãoSecundário
µg/m³ partículas totaisem suspensão
24 horas1 240 150
partículas inaláveis24 horas1 150 150
fumaça24 horas1 150 100
dióxido de enxofre24 horas1 365 100
dióxido de nitrogênio1 hora1 320 190
monóxido de carbono
1 hora1
8 horas1
40.000
10.000
40.000
10.000
ozônio 1 hora1 160 160
Padrões Nacionais de Qualidade do Ar
(resolução CONAMA no 03 de 28/06/90)
Qualidade ÍndiceMP10
(µg/m3)
O3
(µg/m3)
CO(ppm)
NO2
(µg/m3)
SO2
(µg/m3)
Boa 0 - 50 0 - 50 0 - 80 0 - 4,5 0 - 100 0 - 80
Regular 51 - 100 50 - 150 80 - 160 4,5 - 9 100 - 320 80 - 365
Inadequada 101 - 199 150 - 250 160 - 200 9 - 15 320 - 1130 365 - 800
Má 200 - 299 250 - 420 200 - 800 15 - 30 1130 - 2260 800 - 1600
Péssima >299 >420 >800 >30 >2260 >1600
Qualidade Índice Significado
Boa 0 - 50 Praticamente não há riscos à saúde.
Regular 51 - 100 Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças
respiratórias e cardíacas), podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço. A população, em geral, não é afetada.
Inadequada 101 - 199
Toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos sensíveis (crianças,
idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas), podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.
Má 200 - 299
Toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda apresentar falta de
ar e respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à saúde de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e
cardíacas).
Péssima >299Toda a população pode apresentar sérios riscos de manifestações de
doenças respiratórias e cardiovasculares. Aumento de mortes prematuras em pessoas de grupos sensíveis.
CO
Monóxido de Carbono
Interferência na capacidade do sangue de oxigenar os tecidos e órgãos vitais como o coração e o cérebro. Danos à percepção, à acuidade visual, à atividade mental e aos reflexos.
SO2
Dióxido de Enxofre
Irritação às vias respiratórias, aos olhos, danos à pele e às plantas.
NOxÓxidos de Nitrogênio
Debilita o sistema imunológico, aumentando a suscetibilidade à contaminação por vírus e bactérias, podem provocar desconforto respiratório e alterações celulares.
COVCompostos Orgânicos Voláteis
Irritações no trato respiratório, nos olhos, nariz e pele, efeitos narcóticos, mal-estar, dor de cabeça e sonolências. Responsáveis pelo aumento de incidência de câncer no pulmão.
O3
Ozônio
Irritação nos olhos, no nariz e garganta, dores de cabeça, redução das funções pulmonares, envelhecimento precoce, diminuição da capacidade do organismo de resistir a infecções respiratórias.
MPMaterial Particulado
As partículas maiores ficam retidas no nariz e na garganta, causando irritação nas vias respiratórias e facilitando a propagação de infecções virais e bacterianas. Partículas menores atingem o pulmão e podem causar alergias, asma e bronquite, aumentando as doenças pulmonares e cardíacas.
Efeitos sobre a saúde
Estudos realizados em São Paulo, indicaram que um aumento de 30% no número mortes em função de
doenças respiratórias em crianças menores de 5 anos, poderia ser relacionado a uma elevação de 75mg/m3
na concentração de dióxido de nitrogênio (WHO, 2000).
A American Lung Association elaborou um documento denominado “State of the Air: 2001”,
referindo-se que em cada ano, por cada 75 mortes causadas pela poluição, há 265 internações por
asma, 240 internações por outras doenças, 3500 idas aos serviços de urgência, 180.000 exacerbações de
asma, 930.000 dias de restrições de atividades e 2.000.000 dias com sintomas respiratórios agudos
(AMERICAN LUNG ASSOCIATION, 2001).
Estudos realizados no Japão e na Alemanha têm demonstrado que quanto maior for a emissão de
poluentes por veículos e indústrias, maior é a incidência de rinoconjuntivite e bronquite
(ISHIZAKI, 1987; MUTIUS, 1992).
No Brasil estudos realizados pelo Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, mostram que, em São Paulo, nos dias de
maior poluição, o número de internações por problemas respiratórios aumenta 65%, em
crianças de até 13 anos.
As partículas sólidas podem acometer os pulmões, ocasionando pneumoconiose, que é a doença
pulmonar causada pela inalação de poeiras. Este material particulado inalável apresenta uma
característica importante; a de transportar gases adsorvidos em sua superfície até as porções
mais distais das vias aéreas, onde ocorrem as trocas gasosas nos pulmões (BRAGA, 2001;
FEAM, 2006).
Em dezembro de 1952, na cidade de Londres, onde uma forte inversão térmica dificultou a dispersão dos poluentes do ar. No acidente,
durante quatro dias as concentrações atmosféricas de material particulado oscilaram entre 1,98 e 2,65 mg/m3 e de SO2 entre 0,94 e 1,26 ppm. Na ocasião foi notado um aumento
significativo da mortalidade da população, 4000 pessoas em quatro dias, tendo como causa de
morte bronquite e pneumonia.