Post on 17-Jun-2015
PhD PROGRAM ON SUSTAINABLE ENERGY
SYSTEMS
POLÍTICA ENERGÉTICA EM
PORTUGAL
Que opções?
Sequeira Gomes
14.02.2008
MIT Portugal
Agenda
● Introdução
● Formação de preços nos mercados de electricidade
● Mercados
● Dependência energética de Portugal
● Sustentabilidade Energética
● Evolução da energia eólica em Portugal
● Conclusões
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A proposta da CE ...
Introdução
Até 2020
● 1% de aumento de emissões para os sectores não cobertos pelo
sistema de Comércio europeu de licenças de emissão face a 2005.
● 21% de redução das emissões de gases de efeito de estufa para os
sectores obrigados a adquirir licenças de emissão.
é necessário cumprir mas sem limitar o crescimento
económico ...
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Formação de preços nos mercados
de electricidade
● A conversão termal de produtos fósseis tais como o
gás, petróleo e carvão dominam a produção de
electricidade no globo.
● O gás tornou-se o produto de preferência na produção
de electricidade por ter custos de investimento
inferiores aos do carvão e petróleo, e ser mais limpo.
● Em alguns mercados é o custo do gás que orienta os
preços energéticos.
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Figura 1- Média diária dos preços no Reino Unido para o Gás e electricidade.
Os picos revelam uma elevada volatilidade dos preços da
electricidade.
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Figura 2 – Perfil da procura diária de electricidade no Verão e no Inverno em Inglaterra
A característica principal para a formação dos preços nos
mercados de electricidade é a instantânea natureza do produto
além da procura ser muito variável.
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Figura 3 - Médias dos preços mensais, onde se verifica uma convergência dos preços de electricidade com os do gás.
O preço nos picos é muito alto, pelo que devem existir
estratégicamente colocados no país, pequenos geradores a
diesel ou a gás que só estariam disponíveis nesses períodos.
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Mercados
Os consumidores, de acordo com as suas
necessidades, têm a possibilidade de utilizar a
energia contratada.
Figura 4 – Procura média diária de electricidade em Inglaterra
O valor da procura oscila entre 24 e 43 GW.
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Figura 5 – Curva horária da duração de carga
Apenas durante 5% do ano é que a carga é superior a 43 GW.
De seguida será apresentado um exemplo de produção de
energia onde se usam quatro tecnologias, Nuclear, Coal, OCGT e
CCGT.
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Figura 6 - Análise do break-even
Tabela 1
Qual a capacidade mista óptima destas quatro alternativas por
forma a servir a curva de duração de carga anteriormente
apresentada?
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Para um valor de mercado do capital de 11%, não haverá
Central Nuclear nem de Carvão, apenas CCGT e OCGT, uma vez
que para custos de capital mais elevados são penalizadas as
alternativas tecnológicas cujo investimento de capital é elevado.
Utilizando os dados da tabela 1, e para um custo de capital de
5%, projectou-se sobre a duração da curva de carga, e obteve-
se uma capacidade de produção mista de 65%, 4%, 16% e 15%
para o Nuclear, Coal, CCGT e OCGT, respectivamente.
Figura 7 – Custo marginal da oferta para o exemplo optimizado
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O
Considerando a baseload de 34 GW, qual das quatro
tecnologias se torna mais barata para a produzir diáriamente,
quando a taxa de juro é de 5%?
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JURO AMORTIZAÇÃOCUSTO
PRODUÇÃO CUSTO TOTAL
INVESTIMENTO (dia) (dia) (dia) (24h)
NUCLEAR £ 44.200.000.000 £ 6.054.795 £ 3.027.397 £ 1.632.000 £ 10.714.192
COAL £ 20.400.000.000 £ 2.794.521 £ 1.397.260 £ 8.160.000 £ 12.351.781
OCGT £ 6.800.000.000 £ 931.507 £ 465.753 £24.480.000 £ 25.877.260
CCGT £ 11.900.000.000 £ 1.630.137 £ 1.086.758 £10.608.000 £ 13.324.895
O custo de produzir durante 24 horas, 34 GW em cada hora, é
significativamente menor se for utilizado o nuclear.
A principal lição que se tira deste exemplo consiste em que nos
investimentos económicos deverá existir uma diversidade de
implementações tecnológicas no sistema, para que só haja
aumento do custo marginal de produção quando houver
aumento de carga.
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Figura 8 - Custo marginal estimado para 1997
Dependência energética de Portugal
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2005
Petróleo59%
Gás Natural14%
Saldo Importador de Electricidade
2%
Renováveis (incluindo hídrica)
13%
Carvão12%
Estrutura do Consumo de Energia Primária (CEP) em 2005
As importações representaram 85% do CEP.
● Em 2005 o CEP cresceu 2,3%;
● Em 2006 o consumo de gás natural decresceu 4%, (em parte devido ao regime hidrológico de 2005 (muito seco)).
Figura 9
Sustentabilidade Energética
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Competitividade
CUSTO TOTAL DA ENERGIA
Segurança de abastecimento
DEPENDÊNCIA DAS IMPORTAÇÕES DE PETRÓLEO E GÁS
Alterações climáticas
EMISSÕES DE CO2
Figura 10
Evolução da energia eólica em Portugal
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No final do 1º semestre de 2006, a potência eólica instalada
representou mais de 11% do total da capacidade instalada no SEN.
Figura 11
Gráfico com a produção diária, muito volátil, e o Diagrama de Duração de Carga para as potências verificadas ao longo do semestre.
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Neste 1º semestre, a produção eólica representou cerca de 4,7% do
consumo total de energia eléctrica.
Figura 12
Figura 13
23 de Março – é o melhor dia do semetre com uma produção eólica de 882 MW às 12:00 horas.
8 de Janeiro – é o pior dia do semestre com uma produção de apenas 38 MW às 09:30 horas.
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Figura 14
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Figura 15
Diagramas de carga total (eólica) referente ao dia 26 de
Março e 8 de Janeiro, em comparação com o consumo
verificado nesses dias em Portugal.
Em 2006, verificou-se uma tendência geral para piores prestações
dos parques, com excepção do mês de Março.
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Figura 16
● A maior variação entre a potência mínima e a potência máxima
foi no dia 1 de Junho, variação superior a 700 MW.
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Figura 17
● No primeiro semestre de 2006, o preço médio foi de 94€/MWh,
2,2% acima do valor de 2005.
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Figura 18
Conclusões:
• No mercado, os preços de electricidade são muito voláteis;
• O que mais caracteriza a formação do preço da electricidade é
a natureza instantânea do produto;
• A produção eólica é muito volátil;
• A “baseload” de Portugal poderia ser efectuada com produção
interna, utilizando o nuclear, com um capital de investimento
sujeito a uma taxa de juro igual ou inferior a 5%.
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Com esta estratégia, Portugal conseguiria:
▪ diminuir o custo médio da electricidade;
▪ diminuir as importações de energia primária;
▪ diminuir as emissões de CO2;
▪ aumentar a competitividade da indústria
portuguesa
▪ aumentar o crescimento económico.
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Referências:
• Derek W. Bunn, 2004. Modelling Prices in
Competitive Electricity Markets. Edited,
John Wiley & Sons, Ltd
• REN, Rede Eléctrica Nacional, S.A.
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