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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho representa o resultado de estudos acadêmicos, sob a orientação e incentivo dos
professores e orientador, estudando e analisando dados sobre a abertura de um Hotel Fazenda
na cidade de Lajeado – TO, buscando uma análise de seu desenvolvimento e resultados que
nos possibilite a verificação da viabilidade do referido empreendimento.
Os resultados neste estudo demonstram a grande importância do Plano de Negócio para o
empreendimento, pois possibilitará uma clareza de entendimento do negócio realizando uma
análise geral da organização para o seu desenvolvimento.
Desenvolver um Plano de Negócios consistente é a melhor maneira de profissionalizar a
empresa e os seus colaboradores. A metodologia desenvolvida no Plano de Negócio servirá
como um instrumento de gestão para a implementação de um Hotel Fazenda, pois um bom
plano é uma peça indispensável para o sucesso de qualquer negócio.
O projeto do empreendimento elaborado possui uma estrutura simplificada, em conformidade
com os padrões exigidos pelo mercado, não deixando de preocupar-se com a qualidade no
atendimento e prestação dos serviços e produtos aos clientes, fornecedores e colaboradores.
Este Projeto de um Hotel Fazenda pressupõe o envolvimento de duas realidades distintas que
lhes são comuns: o meio urbano e o rural. O ritmo alucinante das cidades tem gerado nas
pessoas a necessidade de buscar cada vez mais ambientes diferentes e, principalmente,
contatos com a natureza. O que elas desejam é melhor qualidade de vida, o que é possível no
ambiente rural. No campo, elas sabem a procedência dos alimentos que consomem, respiram
ar puro e saudável, encontram sossego e simplicidade. É uma busca de valores e hábitos que
os grandes centros, já dissiparam ou estão dissipando aos poucos.
Pesquisas ressaltam que é cada vez mais viável e rentável um investimento em meio à
natureza, pois as pessoas buscam cada vez mais um local que seja capaz de oferecer lazer,
diversão, gastronomia e atividades esportivas com qualidade e profissionalismo.
Na formatação do plano de negócios, verifica-se que havia a necessidade de se fazer um
amplo estudo sobre as aéreas afins do empreendimento, pois seria praticamente impossível
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desenvolver um trabalho com esse vigor sem antes conhecer características do mercado
turístico e hoteleiro tanto regional quanto global.
É importante destacar que para inserir uma empresa de prestação de serviços/produtos é
necessário um planejamento eficiente e o bom gerenciamento tem que se basear num tripé,
que vai suportar o projeto: custo, prazo e qualidade.
1.1 Metodologia
Com relação a presente pesquisa, importa frisar, de inicio, que trata-se de uma analise teórico-
empírica, a qual, segundo Tachizawa (2000:40), é um teste de hipóteses, modelos ou teorias, a
partir de dados primários e secundários.
Partindo dessa definição utilizou métodos abaixo relacionados:
Obtenção e formulação dos dados: para o próprio pesquisador ou outros interessados é
de guiar o trabalho de forma a nada perder, é de importância vital os registros e a
consulta ininterrupta durante o trabalho científico;
Pesquisa de Mercado: consiste na análise do mercado onde o empreendimento será
inserido, contendo relatos de período de sazonalidade, economia regional,
concorrência e segmentação de mercado;
Pesquisa bibliográfica: é fundamentada nos conhecimentos de biblioteconomia,
documentação e bibliografia, onde a sua finalidade é colocar o pesquisador em contato
com o que já se produziu a respeito do seu tema de pesquisa.
1.2 Problema
O Estado do Tocantins vem crescendo a uma taxa populacional em media anual de 6%,
conforme fontes do IBGE – Censo 2000. A migração é constante e a mistificação cultural
contribui para a geração de oportunidades de negócios. Diante desses fatores favoráveis, foi
proposto à elaboração de um projeto para verificar a viabilidade de implementação de um
Hotel Fazenda.
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Ao detectar esta oportunidade, surge a idéia em projetar uma estrutura organizacional através
de um Plano de Negócio, onde poder-se-á utilizá-lo como um documento de suma
importância para a analise dos fatores que contribua para os estudos dos dados colhidos, que
servirão como instrumento na tomada de decisão para a implementação da empresa.
Neste sentido, Slim (2001) assegura que o mundo empresarial e dos negócios pertence cada
vez mais aos empreendedores, mais somente àqueles que souberem identificar as
oportunidades e aproveitá-las de forma efetiva alcançarão o sucesso.
Com isto pode-se chegar a definição do problema deste projeto: Há viabilidade na cidade de
Lajeado e em todo o Estado do Tocantins, para uma empresa de prestação de serviços
hoteleiros em meio a natureza?
1.3 Justificativa
O tema abordado surgiu da motivação dos componentes da equipe em desenvolver um projeto
que permitisse a aplicação da prática dos conhecimentos adquiridos no decorrer do curso de
graduação, tendo como conseqüência o desenvolvimento de um Plano de Negócios.
O trabalho de pesquisa proposto tem papel fundamental de elaboração de um Plano de
Negócio e na verificação da viabilidade de um hotel fazenda com o fornecimento de serviços
hoteleiros em meio à natureza.
Observa-se, que o mercado local ainda é restrito em empresas que forneçam serviços de
hotelaria rural. A tendência desse mercado, no entanto, é crescer, haja vista, de se tratar de
uma localidade próxima a uma capital com pouco mais de 19 (dezenove) anos de fundação e
em constante crescimento econômico e demográfico, sendo acima de outras capitais, e um
Estado com posição geográfica privilegiada, estando posicionado na região central do país. O
Estado do Tocantins oferece às pessoas que aqui chegam oportunidades únicas de inserção no
mercado.
Sendo um dos Estados brasileiros privilegiados com a posição geográfica o Tocantins oferece
um mercado bastante propenso à prática de Ecoturismo e Turismo Rural.
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Para que haja conhecimento de mercado, é de suma importância, aprimorar nos estudos de
análise de viabilidade de implementação da empresa, com isto, poderá verificar sua
complexidade.
Diante do exposto, acredita-se, que é uma grande oportunidade de negócio com a
implementação dessa empresa.
1.4 Hipóteses
O Plano de Negócios é uma técnica que permite as empresas decidir sobre qual o melhor uso
de seus recursos e maximizar seus esforços para alcançar os seus objetivos empresariais,
sendo assim é um passaporte para o futuro, ajuda e construí a cultura organizacional
permitindo entender as forças e os comportamentos do mercado, vislumbrando oportunidades
de negócios, o estudo dos produtos e serviços oferecidos as necessidades dos clientes.
Um Plano de Negócios deve ser abranger todo o contingente organizacional, sendo objetivo e
essencialmente um documento de estratégia aplicado ao negócio, com mecanismos previstos
de avaliação ao longo do período.
1.5 Objetivos
1.5.1 Objetivo Geral
Elaborar um Plano de Negócio, para a implementação de um Hotel Fazenda no
Município de Lajeado – TO.
1.5.2 Objetivos Específicos
Levantar histórico sobre a hotelaria;
Apresentar a evolução do segmento de hoteleiro no Brasil;
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Apresentar o impacto econômico da hotelaria no Brasil e no Estado do Tocantins;
Descrever os principais aspectos do Turismo Rural no Brasil;
Descrever as principais características do Ecoturismo bem como os seus praticantes e
elencar os principais pontos para a prática do ecoturismo no Estado do Tocantins;
Elaborar o Plano de Negócios;
Analisar a viabilidade financeira do empreendimento.
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2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 Plano de Negócio
O plano de negócios é um documento usado para descrever seu negócio. As seções que
compõem um Plano de Negócios geralmente são padronizadas para facilitar o entendimento.
Cada uma das seções do plano tem um propósito específico.
Um Plano de Negócios para uma pequena empresa pode ser menor que o de uma grande
organização, não ultrapassando talvez vinte a trinta páginas. Muitas seções podem ser mais
curtas que outras e até ser menor que uma única página de papel. Mas para se chegar ao
formato final geralmente são feitas muitas versões e revisões do Plano até que esteja
adequado ao público alvo do mesmo.
Não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um Plano de Negócios, porém,
qualquer Plano de Negócios deve possuir um mínimo de seções as quais proporcionam um
entendimento completo do negócio. Estas seções são organizadas de forma a manter uma
seqüência lógica que permita a qualquer leitor do Plano de Negócios entender como é sua
empresa, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e
sua situação financeira.
2.2 Hotel Fazenda
Uma propriedade inserida no meio rural construída com um número grande de apartamentos e
com o objetivo de oferecer lazer aos hóspedes, além de outras formas de turismo, como
ecológico, esportivo, cultural, dentre outros, sem que se tenham características com atividades
produtivas e a lucratividades advém, principalmente, da hotelaria.
Segundo o site Hotel In Site, o Hotel Fazenda é um estabelecimento comercial de
hospedagem situado em propriedades rurais e antigas fazendas, com equipamentos novos ou
adaptados de tradicionais ou modernas edificações, voltado à pratica de atividades
recreacionais campestres e contato com a natureza.
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3 ASPECTOS HISTÓRICOS DA HOTELARIA
Ninguém sabe precisar exatamente quando e como surgiu a atividade hoteleira no mundo.
Mas, os indícios levam a crer que esta atividade tenha se iniciado em função da necessidade
natural que os viajantes têm em procurar abrigo, apoio e alimentação durante suas viagens. De
acordo com o livro Introdução a Turismo e Hotelaria, editado pelo SENAC- Serviço Nacional
de Aprendizagem Comercial, a primeira notícia sobre a criação de um espaço destinado
especificamente à hospedagem vem de alguns séculos antes da era cristã,quando na Grécia
Antiga, no santuário de Olímpia, eram realizados os jogos olímpicos. Para esses eventos,
foram construídos o estádio e o pódio, onde se homenageavam os vencedores e ficava a
chama olímpica. Mais tarde, foram acrescentados os balneários e uma hospedaria, com cerca
de 10 mil metros quadrados, com o objetivo de abrigar os visitantes. Essa hospedaria teria
sido o primeiro hotel que se tem notícia.
Já as termas romanas, embora não se destinassem propriamente à hospedagem e sim ao lazer,
dispunham de água quente, instalações de até 100 mil metros quadrados e cômodos para os
usuários descansarem. Dependendo do status do cliente, esses aposentos podiam ser luxuosos
e de grandes dimensões, ou mais simples, menores, até mesmo de uso coletivo, para as
pessoas comuns.
A evolução da hotelaria sofreu grande influência dos gregos e especialmente dos romanos,
que tendo sido ótimos construtores de estradas, propiciaram a expansão das viagens por todos
os seus domínios e, conseqüentemente, o surgimento de abrigos para os viajantes. A
Bretanha, por exemplo, durante muitos séculos, dominada por Roma, incorporou à sua cultura
a arte de hospedar, e ao longo de suas estradas se multiplicavam as pousadas. Essa mesma
tendência era comum a quase todos os países europeus, igualmente influenciados pelos
romanos.
Como naquela época os meios de transportes não percorriam mais do que 60 quilômetros
diários, as viagens quase sempre duravam alguns dias. Disso resultou o estímulo à criação das
hospedarias que, em Roma, obedeciam a regras muito rígidas; por exemplo, um hoteleiro não
poderia receber um hóspede que não tivesse uma carta assinada por uma autoridade, estivesse
ele viajando a negócios ou a serviço do imperador.
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Nas grandes e refinadas mansiones, amplos "hotéis" situados ao longo das principais vias, tais
normas eram seguidas à risca, o que não acontecia nas pequenas pousadas que proliferavam
nas redondezas das mansiones. Essas hospedarias eram muito numerosas e chegavam a dar
nome a certas regiões e a alguns locais de entretenimento, como os circus. A famosa Via
Appia, por exemplo, era um local repleto de pequenas pousadas, ao tempo do Império
Romano e naqueles estabelecimentos ocorria toda a sorte de orgias, crimes e desordens.
Essa época de intrigas políticas e intensa luta pelo poder, os magistrados mantinham essas
pousadas sob vigilância, já que civis e militares, além dos funcionários dos correios, ali se
hospedavam. Isso levava as autoridades a colocarem os donos de pousada em sua folha de
pagamento, para que eles relatassem tudo que ouvissem de seus hóspedes. A lei obrigava a
manter vigília à noite, visando à segurança dos hóspedes, de quem era obrigatório anotar os
nomes, a procedência e a nacionalidade. Esse panorama continuou mais ou menos inalterado
até o final da Idade Antiga. Com a queda do Império Romano, as estradas vieram a ser menos
usadas, em razão da falta de segurança. Esse fato diminuiu o número de hóspedes,
prejudicando seriamente as pousadas. Desse modo, a hospedagem passou a ser oferecida
pelos monastérios e outras instituições religiosas, bem mais seguras e confiáveis.
De início um serviço informal, essa hospitalidade dispensada pelos religiosos tornou-se, mais
tarde, uma atividade organizada, com a construção de quartos e refeitórios separados, e
monges dedicados ao atendimento dos viajantes. Posteriormente, foram construídos prédios
próximos aos monastérios, destinados exclusivamente aos hóspedes dando origem às
pousadas. Nesses abrigos, os hóspedes eram obrigados a cuidar da própria alimentação, da
iluminação (velas, lampiões, etc.) e das roupas de dormir. Além disso, os viajantes dependiam
da boa vontade e da acolhida dos responsáveis pelas pousadas.
No século XII, as viagens na Europa voltavam a se tornar mais seguras, e rapidamente as
hospedarias se estabeleceram ao longo das estradas. Aos poucos, diversos países implantavam
leis e normas para regulamentar a atividade hoteleira, especialmente a França e a Inglaterra.
A França, por exemplo, já dispunha de leis reguladoras dos estabelecimentos e dos serviços
hoteleiros no ano de 1254 (século XIII), enquanto na Inglaterra isso aconteceu em 1446
(século XV). No ano de 1514 (século XVI), os hoteleiros de Londres foram reconhecidos
legalmente, passando de hostelers (hospedeiros) para innnholders (hoteleiros).
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Em 1589, foi editado pelos ingleses o primeiro guia de viagens de que se têm notícia,
definindo de modo claro os diferentes tipos de acomodações disponíveis para viajantes a
negócio ou passeio. No interior da Inglaterra, muitas pousadas se desenvolveram a partir dos
monastérios que fechavam suas portas. Alguns modernos hotéis ingleses, sem dúvida, tiveram
essa origem, a exemplo do New Inn, em Gloucester, e o George, em Glastonbury.
Em 1650 (século XVII), consolidou-se na Europa um meio de transporte que teve grande
influência na expansão da hotelaria: as diligências, carruagens puxadas por cavalos.
Durante quase 200 anos, esses veículos circularam pelas estradas européias, garantindo um
fluxo constante de hóspedes para as pousadas e hotéis. Convém notar que muitos serviços de
diligências foram estabelecidos pelos próprios hoteleiros, que assim conseguiam assegurar
clientela para seus estabelecimentos.
Até o fim da era das diligências, em torno do ano de 1840 - quando surgiram às ferrovias - os
terminais de trota e os estábulos ficavam instalados nas pousadas. Velhos estabelecimentos
foram reformados ou reconstruídos, outros novos surgiram em estradas que levavam às
capitais, devido ao intenso tráfego das diligências. Algumas das maiores pousadas daquele
período foram projetadas especificamente para se integrar com esse meio de transporte,
fazendo o papel de estação de chegadas e partidas. Dispunham de escritório de reservas e
salas de espera; além disso, muitas dessas "estações "possibilitavam ao viajante fazer reservas
e comprar passagens de diligências, de várias rotas, a partir da pousada - o Hotel Royal, na
Inglaterra, por exemplo, tinha um total de 23 linhas.
Com a chegada das ferrovias, as diligências praticamente desapareceram, e a rede hoteleira
que delas dependia sofreu um golpe rude, já que as ferrovias eram um meio de transporte
muito mais rápido, o que resultava em viagens de menor duração. Muitos hoteleiros não
conseguiram se adaptar aos novos tempos, já que estavam habituados com determinadas
regras de hospedagem.
Dessa maneira, muitos hotéis fecharam suas portas ou reduziram seu tamanho, enquanto
outros estabelecimentos conseguiram acompanhar as novas regras e se ambientar com o novo
meio de transporte. Novos hotéis foram construídos, próximos às estações ferroviárias, a
exemplo de Euston, em Londres.
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No final do século XIX., os hóspedes tinham se tornado mais exigentes e surgiram então
hotéis de grande luxo, como os famosos Savoy, Ritz, Claridge, Carlton e outros,
acompanhando a tendência dos fabulosos trens e navios de passageiros da época. O ano de
1872 trouxe uma novidade: a primeira viagem turística em grupo, organizada por Thomas
Cook. ''
3.1 Evolução do segmento de hotelaria no Brasil
Segundo o BNDS, a base da oferta existente da indústria hoteleira no Brasil é formada ainda
hoje por hotéis de pequeno e médio porte, freqüentemente de propriedade familiar. Em geral,
o aumento de investimentos no setor hoteleiro responde à situação econômica do país, porém
com certa defasagem. Já o crescimento da demanda, diretamente associado ao crescimento da
renda, responde mais prontamente ao crescimento da economia.
A expansão da hotelaria, na década de 1970, foi estimulada pelo crescimento do número de
viagens, possibilitado pelo desenvolvimento da infra-estrutura dos transportes aéreo e
rodoviário. Também contribuíram para o desenvolvimento de novos empreendimentos o
elevado nível de atividade econômica no período e os incentivos para os investimentos no
setor de turismo oferecidos pela EMBRATUR, a partir da segunda metade da década de 1960,
assim como os financiamentos do BNDES e os incentivos fiscais (Fiset, Fungetur, Finam e
Finor). Nesse período, cabe destacar a expansão das redes hoteleiras locais, assim como a
entrada no país das grandes cadeias internacionais, motivadas pelo crescimento econômico e o
aumento dos investimentos de empresas estrangeiras no Brasil.
Algumas redes internacionais entraram no país realizando investimentos imobiliários e
administrando seus hotéis, outras ficaram somente com a operação, enquanto os imóveis eram
construídos com recursos de investidores nacionais. A primeira cadeia internacional a operar
no Brasil foi a Hilton International Corporation, que passou a administrar, em 1971, um hotel
com 400 apartamentos na Avenida Ipiranga (Hilton São Paulo). Em 1974, começaram a
operar no Brasil as redes Holiday Inn (Campinas), Sheraton (Rio de Janeiro) e
Intercontinental (Rio de Janeiro). Em 1975, foram inaugurados o Le Méridien (Rio de
Janeiro) e o Club Med (Itaparica) e, em 1977, o Novotel (Morumbi) – todos ligados a
tradicionais redes internacionais.
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Após um período de estagnação no setor, o final da década de 1980 marca a entrada de novas
operadoras internacionais, interessadas em diversificar seus mercados e oferecer serviços em
escala mundial, por conta do acirramento da concorrência internacional. Nesse contexto, a
presença nos grandes centros econômicos do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, tornou-se
importante para as grandes redes internacionais.
A partir de 1994, com o fim do processo inflacionário e o começo de um novo ciclo de
crescimento econômico, iniciou-se uma fase de expansão da demanda hoteleira no Brasil. O
crescimento da renda da população e dos investimentos de empresas nacionais e estrangeiras
no país, notadamente em infra-estrutura, impactou o aumento do número de viagens
domésticas, assim como o aumento da entrada de turistas estrangeiros. Esse período foi
também marcado pelo início de um processo de reorganização e diversificação do setor,
cabendo mencionar o desenvolvimento de novos empreendimentos hoteleiros, a criação de
pólos turísticos (o complexo Costa do Sauípe, na Bahia, é o mais emblemático), a entrada de
novas operadoras hoteleiras, o aumento da profissionalização da administração dos hotéis,
especialmente das redes, e os investimentos em modernização e reposicionamento de mercado
dos empreendimentos já estabelecidos.
Esse período também foi marcado pela entrada dos fundos de pensão no mercado hoteleiro, na
qualidade de investidores imobiliários, de forma semelhante à que ocorre em outros países.
Assim, em 1996 foi inaugurado em São Paulo o Hotel Sol Meliá, com 300 quartos e
investimento de R$ 84 milhões, uma parceria entre 35 fundos institucionais. Posteriormente,
os fundos adquiriram os imóveis ou financiaram as construções do Transamérica Morro do
Conselho, em Salvador, do Meliá Maceió, dos hotéis das redes Marriott, Accor e Superclub
Breezers no complexo Costa do Sauípe, do Le Méridien Rio, do Renaissance São Paulo (rede
Marriott) e do resort Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, além de várias novas
unidades da rede Accor. Dessa forma, os fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ), da
Caixa Econômica Federal (Funcef) e da Petrobras (Petros) passaram a assumir um papel de
destaque no mercado hoteleiro brasileiro.
Em suma, o período que vai de meados da década de 1990 a 2000/01 marcou a indústria
hoteleira brasileira como sendo uma das que apresentaram maior expansão da sua oferta.
Vários hotéis de luxo foram inaugurados em São Paulo (Meliá, Inter-Continental,
Renaissance e Sofitel), em Belo Horizonte (Ouro Minas), em Porto Alegre (Sheraton), em
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Pernambuco (Blue Tree Cabo de Santo Agostinho e SummerVille) e em um novo destino
turístico na Bahia, o complexo Costa do Sauípe, com cinco hotéis de luxo. Na cidade do Rio
de Janeiro, que já contava com uma grande oferta de hotéis, foram feitas as reformas de
importantes propriedades, como o Copacabana Palace, o Le Méridien e o Sofitel Rio Palace.
Ainda em abril de 2001 foi inaugurado o Marriott Copacabana, o primeiro hotel de luxo a ser
construído no Rio de Janeiro desde a década de 1970.
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4 ASPECTOS ECONÔMICOS DA HOTELARIA NACIONAL
O Censo de Serviços do IBGE de 2002 aponta a existência de 23.366 empresas de “serviços
de alojamento” no Brasil, o que incluiria não apenas hotéis, mas também pousadas, hotéis-
fazenda, pensões, motéis etc., com 244 mil pessoas ocupadas nesses estabelecimentos.
A ABIH (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira), mais antiga entidade do trade turístico
nacional, com 72 anos de existência é a representante oficial dos Meios de Hospedagem do
Brasil. Em 9 de novembro deste ano completará 73 anos relata em seu site que: o Parque
Hoteleiro nacional possui hoje aproximadamente 25 mil meios de hospedagem, e deste
universo 18 mil são hotéis e pousadas. No geral, 70% são empreendimentos de pequeno porte.
Isto representa mais de um milhão de empregos e a oferta de aproximadamente um milhão de
apartamentos em todo o país.
Muitas matérias trazem inovações, o que é certo e que de cada 10 empregos da população
ativa 1 é de turismo, o que já é um número expressivo e razoável, levando em conta que os
outros segmentos tem força e representatividade. Estima-se que a hotelaria nacional tenha um
faturamento, da ordem de U$ 2 bilhões de dólares ano.
A hotelaria do Brasil vem experimentando uma forma diferente de aferir este crescimento. Há
regiões aonde ele vem sendo expressivo, o Rio de Janeiro, por exemplo, que é da região
sudeste, mas São Paulo que é da mesma região vem no máximo empatando, vem existindo
um crescimento da ordem de 8 a 10% que oscila de região para região. O turismo de negócios
é forte e expressivo para todo o Brasil, este tanto a nível nacional como internacional tem
crescido a níveis superiores a 10%, a taxas que se situam em torno de 15% ao ano.
Nosso país é continental e também nisto há muita variação, media por
media, o turismo forma geral tem uma media de 3 a 4 dias, no turismo de negócios 1,5 a 2,5.
No turismo de negócios as pessoas ficam menos tempo, do que no de lazer.
A ABIH foi teve a sua inauguração no dia 09 de novembro de 1936, entre os associados da
ABIH Nacional estão cerca de 2.200 empreendimentos, que juntos disponibilizam ao Parque
Hoteleiro Nacional cerca de 130 mil apartamentos. Com esse potencial, os empreendimentos
associados da ABIH Nacional, assumem o seu papel de grande gerador de empregos,
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oferecendo mais de 75 mil empregos diretos e 100 mil empregos indiretos. Um coeficiente
bastante expressivo, se considerarmos que o segmento hoteleiro por completo emprega hoje
550 mil funcionários, o que representa 0,8% da força do trabalho, gerando ainda outras 500
mil vagas indiretas.
Os associados da ABIH são empreendimentos de diferentes portes, desde os simples aos
luxuosos e até suntuosos. Há de se observar que 56% dos empreendimentos associados
possuem até 60 apartamentos; 20% possuem de 60 a 100 apartamentos; 12% de 100 a 150
apartamentos; 4% de 150 a 200 aptos; 4% de 200 a 300 aptos e 4% acima de 300 aptos.
Tabela 1
QUANTIDADE DE APTOS. POR ESTADO DOS HOTÉIS ASSOCIADOS À ABIH NACIONAL
STATUS ESTADO TOTAL
1º Rio de Janeiro 18.766
2º São Paulo 16.697
3º Sta. Catarina 14.886
4º Bahia 9.443
5º Paraná 8.240
6º Ceará 7.832
7º Minas Gerais 7.088
8º Rio Gde. do Sul 6.825
9º Distrito federal 6.299
10º Pernambuco 5.172
11º Rio Gde. do Norte 4.641
12º Alagoas 3.638
13º Mato grosso do sul 2.834
14º Pará 2.728
15º Amazonas 2.645
16º Goiás 2.598
17º Paraíba 1.651
18º Maranhão 1.486
19º Sergipe 1.247
20º Mato grosso 794
21º Espírito santo 637
22º Piauí 535
23º Roraima 529
24º Acre 513
25º Amapá 499
26º Tocantins 169
Total 128.392
Fonte: ABIH
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Tabela 2
RELATÓRIO NÚMERO DE HOTÉIS POR ESTADO
Estados Nº de Hotéis nas
Capitais
Nº de hotéis no
Interior
Nº de Municípios Total de
Associados
Acre 10 3 1 13
Alagoas 40 12 7 55
Amazonas 30 30
Amapá 12 34 10 46
Bahia 64 89 27 153
Ceará 56 9 4 65
Distrito federal 35 9 6 44
Esp. santo 11 10 4 21
Goiás 34 17 6 51
Maranhão 17 1 1 18
Minas gerais 37 44 30 81
Mato grosso 8 2 1 10
MT. Grosso do sul 34 26 10 60
Pará 19 17 8 36
Paraíba 30 1 1 31
Pernambuco 32 28 12 60
Piauí 7 1 1 8
Paraná 58 45 12 103
Rio de Janeiro 114 73 20 187
Rio Gde. do Norte 56 15 5 71
Roraima 15 15
Rio Gde. do sul 29 71 41 100
Sta. Catarina 85 250 57 335
Sergipe 20 1 1 21
São Paulo 43 67 41 110
Tocantins 9 16 10 25
TOTAL 905 835 312 1.740
Fonte: ABIH
E considerando que o setor hoteleiro investe cerca de 8 a 12% em tecnologia e que muitos
empreendimentos devem receber recursos da ordem de 5 bilhões nos próximos anos em
modernização, podemos considerar que a hotelaria nacional movimenta hoje cerca de US$ 8
bilhões ao ano, cabendo aos associados da ABIH grande parte deste desfecho.
Esse setor, enfim, possui um patrimônio de R$ 78,7 bilhões, gasta em média R$ 2 bilhões por
ano com mão de obra e mais de R$ 30 milhões com Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social (COFINS). Historicamente, de acordo com a ABIH Nacional, os hotéis
investem cerca de US$ 50 milhões por ano somente para manter o que já existe.
Segundo o BNDS, os principais agentes da hotelaria são os proprietários dos bens imóveis,
explorados comercialmente como meios de hospedagem, e as empresas operadoras,
responsáveis pela administração e gerenciamento dos empreendimentos. A separação entre
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propriedade e gestão na hotelaria é mais evidente no segmento representado pela grande
hotelaria, que engloba os grupos e as empresas que operam redes domésticas ou
internacionais de estabelecimentos de médio e grande porte. Ser somente operador ou ter
também a propriedade do imóvel é estratégia que varia conforme o grupo empreendedor. Os
hotéis independentes, em geral, são administrados pelos próprios proprietários.
A pesquisa “Raios-X da Hotelaria Brasileira”, outra fonte de dados do setor, investiga 144
redes hoteleiras do país (incluindo flats), classificando-as em nacionais e internacionais e,
ainda, em hotéis e flats. Das 129 redes concretamente analisadas, 101 são nacionais,
respondendo por cerca de 57 mil UHs em 530 empreendimentos, e 28 são redes
internacionais, que somavam 46 mil UHs em 268 empreendimentos em 2004. Segundo a
classificação do estudo, as 10 maiores redes nacionais (inclusive administradoras/operadoras
de marcas) contavam com o total de 22 mil UHs em 149 empreendimentos. Já as 10 maiores
redes internacionais, classificadas segundo os mesmos critérios, totalizavam 41 mil UHs em
241 empreendimentos, cabendo destacar que somente a rede francesa Accor responde por
metade dos empreendimentos internacionais no Brasil, incluindo os hotéis em que detém a
propriedade e aqueles em que atua somente como administradora/franqueadora.
Tabela 3
REDES NACIONAIS: RANKING POR NUMERO DE APARTAMENTO EM OPERAÇÃO
Empreendimentos Em operação Projeção para 2007
Nº de
apartamentos
Nº de empre-
endimentos
Nº de
apartamentos
Nº de empre-
endimentos
1 Blue Tree 5.235 22 5.585 24 2 Othon 3.141 26 3.141 26
3 Nacional Inn 2.286 18 2.486 19
4 Transamérica Flats 2.105 17 2.189 18
5 Tropical 1.935 9 2.407 11
6 Bristol Hotelaria 1.918 16 2.303 19
7 Bourbon 1.673 9 1.673 9
8 Windsor 1.410 6 2.383 10
9 Estanplaza 1.142 9 1.142 9
10 Rede Bristol 1.097 17 1.257 20
Total 21.942 149 24.566 165
Fonte: Amazonas e Goldner (2004).
21
Tabela 4
REDES INTERNACIONAIS: RANKING POR NUMERO DE APARTAMENTO EM OPERAÇÃO
Empreendimentos Em operação Projeção para 2007
Nº de
apartamentos
Nº de empre-
endimentos
Nº de
apartamentos
Nº de empre-
endimentos
1 Accor 17.725 122 25.957 173
2 Sol Meliá 6.353 27 6.813 29
3 Atlântica 6.102 43 10.365 71
4 InterContinental 3.009 10 3.596 14
5 Golden Tulip 1.963 15 2.078 16
6 Posadas 1.751 9 2.143 11
7 Hilton 1.226 3 1.422 4 8 Marriott 1.179 4 1.552 6
9 Pestana 1.063 5 1.240 6
10 Starwood 1.025 3 1.275 4
Total 41.396 241 56.441 334
Fonte: Amazonas e Goldner (2004).
4.1 Hotelaria no Tocantins
Segundo a Agência de Desenvolvimento Turístico do Estado do Tocantins (ADTUR), a busca
de acomodações no Estado do Tocantins para a pratica turística e comercial é bastante
acentuada e cresce em uma escala de cerca de 8% ao ano, onde o fato é explicado pelo
reconhecimento do Estado Tocantins como destino turístico por causa de suas diversidades
culturais e suas belezas naturais.
Segundo pesquisa da própria ADTUR no ano de 2008 à seguinte disposição dos dados:
A Tabela 5 abaixo mostra a predominância do sexo masculino nos hóspedes correspondendo
80% dos entrevistados seguido pela parcela feminina (20%), onde foi analisado em 23 (vinte e
três) tipos de hospedagens (incluindo hotéis, hotel-fazenda, pousadas) no período que
compreende ao mês de janeiro a dezembro de 2008, com um universo de estudo de 36.504
(trinta e seis mil e quinhentos e quatro) fichas.
Tabela 5
REGISTRO DE HOSPEDES - SEXO
Sexo Freqüência Percentual
Válido
Masculino 29.233 80,1 Feminino 7.196 19,7
Perdidas 75 0,2
Total 36.504 100
22
Em relação à faixa etária destacam-se os pesquisados que se situam entre 32 a 40 anos (26%)
em 2008, depois quase empatados dois grupos entre 41 a 50 anos (16%) e os acima de 60
anos (16%), como pode ser observado na tabela abaixo:
Tabela 6
REGISTRO DE HOSPEDES – FAIXA ETARIA
Idade Freqüência Percentual
Válido
18 a 24 anos 1486 4,1
25 a 31 anos 4.692 12,9
32 a 40 anos 6.301 26
41 a 50 anos 5.800 15,9
51 a 59 anos 3850 10,5
acima de 60 anos 7158 16,3
Perdidas 7217 14,3
Total 36.504
GRAFICO 1
23
5 TURISMO
5.1 Histórico do Turismo
O turismo tem origem no século XIX, quando o inglês Thomas Cook, em 1841, organizou
uma viagem de um dia partindo de Lancaster para Loughborug, reunindo 570 pessoas que iam
participar de um congresso anti-álcool e cobrou pelos seus serviços. Este simples fato criou o
Turismo e o primeiro profissional de serviços de viagem. Cook ficou tão entusiasmado que se
transformou em empresário, montando uma empresa para desenvolver um sistema de funções
e serviços para viajantes que existe até hoje - as agências de viagem. Surgiu logo depois a
figura ou a função do guia de turismo.
A conseqüência desta iniciativa é o crescimento da indústria de alojamento e alimentação. O
desenvolvimento da aviação comercial deu nova dimensão ao Turismo. Surgem os vôos
charters (fretados) e as transportadoras aéreas passaram a exercer um papel fundamental no
desenvolvimento turístico.
Com o desenvolvimento dos serviços de transportes, alojamento, alimentação e recreação
passaram-se a reivindicar a profissionalização de quem presta estes serviços. Assim, surgiram
escolas de hotelaria e as de serviço.
Hoje, países como a Suíça, Itália, Estados Unidos, Espanha, Inglaterra e México em especial
investem fortemente na formação de recursos humanos na área, pois Turismo só funciona
com especialização. Afinal o progresso econômico criou necessidades de conhecer, saber e ter
status, logo de viajar.
Segundo a OMT, o turismo está entre os setores de maior crescimento no mundo, tendo
triplicado seu tamanho e impacto econômico nos últimos 50 anos. Os dados para os
desembarques de turistas internacionais no período 1970/2003 mostram, contudo, certa
desaceleração das taxas médias de crescimento: o movimento mundial de turistas por via
aérea cresceu, respectivamente, 6,1%, 4,5% e 4,0% ao ano, nas décadas de 1970, 1980 e
1990. O pico dessa série foi 2004, com cerca de 763 milhões de desembarques.
24
A seguir dados da evolução do turismo mundial segundo o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico Social (BNDES):
Tabela 7
EVOLUÇÃO DO TURISMO MUNDIAL – 1990/2004
(Em Milhoes De Desembarque)
ANO MUNDO VARIAÇÃO ANUAL(%)
1990 458,2
1995 565,5 4,3%¹
2000 687,3 3,4%¹ 2001 684,1 -0,5
2002 702,6 2,7
2003 691,0 -1,6
2004² 763,0 10,0
Fontes: OMT e Embratur.
¹ Taxas médias para 1990/95 e 1995/2000. ² Dados provisórios.
5.2 Turismo Rural
O turismo rural pode ser definido como um produto que supre a necessidade de clientes
interessados na produção e no consumo de bens e serviços, no ambiente rural. O
desenvolvimento deve ajudar a manter as características rurais da região, utilizando os
recursos locais e os conhecimentos derivados do saber das populações, e não ser um
instrumento de urbanização (Brasil. Ministério da Agricultura, 1999).
Segundo a Associação Brasileira de Turismo Rural, o Turismo Rural baseia-se em quatro
conceitos que são eles: incremento de receita; geração de empregos; preservação do meio
ambiente e preservação do patrimônio rural.
A conceituação de Turismo Rural fundamenta-se em aspectos que se referem ao turismo, ao
território, à base econômica, aos recursos naturais e culturais e à sociedade. Com base nesses
aspectos, e nas contribuições dos parceiros de todo o País, define-se Turismo Rural como: o
conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção
agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio
cultural e natural da comunidade (GRAZIANO DA SILVA et al., 1998:14).
25
A uma freqüente confusão sobre o Turismo Rural e sobre Turismo no Espaço Rural. Entende-
se Turismo no Espaço Rural como um recorte geográfico, onde o Turismo Rural está inserido.
Isto é, as muitas práticas turísticas que ocorrem no espaço rural não são, necessariamente,
Turismo Rural, e sim atividades de lazer, esportivas, ou ócio de citadinos, que ocorrem
alheias ao meio em que estão inseridas. Isto é, considera-se Turismo no Espaço Rural ou em
áreas rurais “todas as atividades praticadas no meio não urbano, que consiste de atividades de
lazer no meio rural em várias modalidades definidas com base na oferta: turismo rural,
agroturismo, turismo ecológico ou ecoturismo, turismo de aventura, turismo de negócios,
turismo de saúde, turismo cultural, turismo esportivo, atividades estas que se complementam
ou não”. (GRAZIANO DA SILVA et al., 1998:14).
5.3 Justificativas para se fazer atividades turísticas no meio rural
O turismo rural ajuda a estabilizar a economia local, criando empregos nas atividades
indiretamente ligadas à atividade agrícola e ao próprio turismo, como comércio de
mercadorias, serviços auxiliares, construção civil, entre outras, além de abrir oportunidades de
negócios diretos, como hospedagem, lazer e recreação. Além disso, promove maior integração
entre campo e cidade, reduz o êxodo rural e contribui para a melhoria da qualidade de vida da
população rural.
Com relação aos benefícios ambientais, pode-se mencionar o estímulo à conservação
ambiental e à multiplicação de espécies de plantas e animais, entre outros, pelo aumento da
demanda turística.
Economicamente, pode-se mencionar como exemplo de vantagens associadas ao turismo
rural, a possibilidade de agregar valor aos produtos agrícolas do estabelecimento e a
instalação de indústrias artesanais, por exemplo, para a produção de alimentos regionais
típicos. Contudo, também desperta a atenção para o manejo, conservação e recuperação de
áreas degradadas e da vegetação florestal e natural.
26
6 ECOTURISMO
O ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de ecossistemas em seu
estado natural, com sua vida selvagem e sua população nativa intactos.
Embora o trânsito de pessoas e veículos seja agressivo ao estado natural desses ecossistemas,
os defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui
para a preservação dos mesmos e para o desenvolvimento sustentável das populações locais,
melhorando a qualidade de vida das mesmas.
O ecoturismo é percebido pelos seus adeptos ou tende a ser promovido como:
uma forma de praticar turismo em pequena escala;
uma prática mais ativa e intensa do que outras formas de turismo;
uma modalidade de turismo na qual a oferta de uma infra-estrutura de apoio
sofisticada é um dado menos relevante;
uma prática de pessoas esclarecidas e bem-educadas, conscientes de questões
relacionadas à ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de
conhecimentos e vivências sobre os temas de meio-ambiente;
uma prática menos espoliativa e agressiva da cultura e meio-ambiente locais do que
formas tradicionais de turismo.
De acordo com David Weaver, registrou-se o termo pela primeira vez no início dos anos 80.
O Ecoclub.com define-o como um estado ideal de um turismo que:
minimiza seu próprio impacto ambiental;
patrocina a conservação ambiental;
patrocina projetos que promovam igualdade e redução da pobreza em comunidades
locais;
aumente o conhecimento cultural e ambiental e o entendimento intercultural;
e que seja financeiramente viável e aberto a todos.
Já a The International Ecotourism Society (TIES) define ecoturismo como a viagem
responsável para áreas naturais que conservam o ambiente e melhorem o bem-estar da
população local. Isto significa que quem opera e participa de atividades ecoturisticas deve
seguir os seguintes sete princípios:
minimizar impactos
27
desenvolver consciência e respeito ambiental e cultural;
fornecer experiências positivas para ambos visitantes e anfitriões;
fornecer benefícios financeiros diretos para a conservação;
fornecer benefícios financeiros e poder legal de decisão para o povo local;
Elevar a sensibilidade pelo contexto político, ambiental e social dos países anfitriões;
Apoiar os direitos humanos internacionais e acordos trabalhistas.
A atividade, como presentemente configurada em muitas partes do mundo, é confundida com
o turismo de aventura e, de fato, há quem inclua esta última, assim como outras
nomenclaturas dadas ao turismo (por exemplo: turismo rural, turismo responsável, turismo
ecológico, turismo alternativo, turismo verde, turismo cultural) como partes ou derivações de
uma generalização chamada ecoturismo.
6.1 O Ecoturista
Tendo em vista as diferentes motivações e comportamentos do ecoturista, é muito difícil a
definição de um perfil único para esse turista. Os adeptos do Ecoturismo apresentam perfis
diferenciados em função das diversas atividades motivacionais que determinam as
características de cada público, abarcando, principalmente, uma faixa etária abrangente.
Geralmente, os turistas desse segmento querem ver, sentir, cheirar, tocar e comer o inusitado;
lêem muito sobre o destino antes de planejar a viagem; anotam perguntas e querem respostas
dos guias e do pessoal que os atendem; querem um tratamento personalizado e prezam pela
segurança.
Entretanto é possível observar alguns elementos comuns e classificar como características do
perfil de maior incidência no segmento os indivíduos:
Entre 25 e 50 anos;
Poder aquisitivo médio e alto;
Escolaridade de nível superior;
Profissão de caráter liberal;
Viaja sozinho ou em pequenos grupos;
Permanência média no destino:
– Nacional: 4 dias.
28
– Internacional: 10 dias.
Procedência de grandes centros urbanos; e
Desejo de contribuir para a conservação do meio ambiente.
Esse tipo de consumidor, de modo geral, importa-se com a qualidade dos serviços e
equipamentos, com a singularidade e autenticidades da experiência, com o estado de
conservação do ambiente muito mais do que com o custo da viagem.
6.2 Os principais pontos para a prática do ecoturismo no estado do Tocantins
Segunda a ADTUR os principais pontos do ecoturismo no Tocantins são:
Serra do Espírito Santo, localizada entre o deserto de Jalapão e o município de
Mateiros, é ponto de encontro dos que praticam escaladas e trilhas em meio a serra;
O Fervedouro, também localizado entre o deserto de Jalapão e o município de
Mateiros, parece um oásis, em meio à vegetação fechada, entre brejos e riachos, surge
um lugar de rara beleza, cercado por bananeiras. Ao seu centro está um grande poço
de água azul transparente - na verdade, a nascente de um rio subterrâneo. A água que
brota das areias claras cria o fenômeno da ressurgência, que tornam impossível até o
banhista mais persistente afundar;
A Cachoeira do Roncador, localizada no bairro de Taquaruçu município de Palmas, é
um grande atrativo para os ecoturistas praticarem, escalada, rapel e mergulho. É um
local de médio acesso, proporcionando ao ecoturista uma caminhada entre a mata
densa do cerrado com cerca de 30 (trinta) minutos até a chegada na cachoeira;
Rio Palmeiras, localizado em Dianópolis, com suas fortes corredeiras é um local ideal
para a prática de Rafting, sendo um percurso de alta complexidade, chamando a
atenção de vários ecoturistas que procuram diversão, lazer e esporte em um local
paradisíaco;
Pólo Ecoturístico do Cantão, localizado nos municípios de Caseara e Pium, tem como
núcleo o Parque Estadual do Cantão, uma área protegida com 90.017,9 hectares,
situado ao norte da Ilha do Bananal e às margens do rio Araguaia, é um local que
proporciona ao ecoturista atividades como a observação da fauna e flora pois se está
inserido em uma aérea de transição entre o cerrado e a densa floresta amazônica, com
grande diversidade de espécies e de paisagens naturais. Seus ecossistemas abrigam
29
mais de 500 espécies de aves, muitas das quais endêmicas, o que faz da região um
paraíso para, os observadores de aves.;
As cinco praias mais destacados do Estado: Praia da Tartaruga, no município de Peixe,
Praia da Ilha Grande, no município de Araguanã, Praias do Sol e da Ilha, no município
de Caseara e a Praia da Gaivota, no município de Araguacema, juntas formam uma
rede de atrativos para a prática de esportes aquáticos, como a pesca esportiva. É
importa destacar que todas as praias mencionadas estão inseridas no rio Araguaia e são
pontos de referência em estrutura, organização e receptividade dos moradores locais.
30
7 GESTÃO
O Dicionário Aurélio a define como o ato de gerir ou gerência e aponta a palavra
administração como sinônimo. Alguns autores, no entanto, entendem que administração
possui uma conotação diferente do vocábulo gestão já que esta, mais recentemente, passou a
significar a interferência direta e ampla dos gestores nos sistemas e procedimentos
empresariais. Neste sentido, gestão poderia ser definida como o gerenciamento do conjunto de
ações e estratégias nas organizações, de maneira holística, visando atingir seus objetivos. Há
uma linha de pensamento que afirma que a administração está para os gerentes assim como a
gestão está para os líderes.
A administração é uma ciência fundamentada em um conjunto de normas e funções
elaboradas para disciplinar elementos de produção. A administração estuda os
empreendimentos humanos com o objetivo de alcançar um resultado eficaz e retorno
financeiro de forma sustentável e com responsabilidade social. Administrar envolve a
elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a
aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração.
De fato a gestão é o ato de agir, pensar e sistematizar os processos de forma organizada com o
objetivo c principal de ordenar e coordenar as atividades desenvolvidas. Entende-se como
características do gestor, suas funções, habilidades e competências.
Segundo Araujo (2004), "as funções do gestor foram, num primeiro momento, delimitadas
como: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. No entanto, por ser essa
classificação bastante difundida, é comum encontrá-la em diversos livros e até mesmo em
jornais de forma condensada em quatro categorias. São elas: planejar, organizar, liderar e
controlar."
Planejar: "definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, como serão alcançadas e
quais são seus propósitos e seus objetivos" (ARAÚJO, 169, 2004), ou como "ferramenta que
as pessoas e as organizações usam para administrar suas relações com o futuro. É uma
aplicação específica do processo decisório." (MAXIMIANO, 105, 2002).
31
O planejamento envolve a determinação do que se espera para o presente da organização,
envolvendo quais as decisões deverão ser tomadas, para que as metas e propósitos sejam
alcançados.
Organizar: pode-se constatar que se fosse possível seqüenciar, diríamos que depois de
traçada(s) a(s) meta(s) organizacional (ais), são necessárias que as pessoas sejam adequadas
as atividades e aos recursos da organização, ou seja, chega à hora de definir o que deve ser
feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-se, o que é
preciso para a realização da tarefa. (ARAÚJO, 169, 2004).
Logo, "organizar é o processo anterior de dispor qualquer conjunto de recursos em uma
estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo de organizar tem como resultado o
ordenamento das partes de um todo, ou a divisão de um todo em partes ordenadas."
(MAXIMIANO, 111, 2002).
Liderar: envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num objetivo comum. "Meta(s)
traçada(s), responsabilidades definidas, será preciso neste momento uma competência
essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam
alcançados." (ARAÚJO, 170, 2004).
Maximiano, ao invés de liderar, define o terceiro passo como executar, "o processo de
execução consiste em realizar as atividades planejadas que envolvem dispêndio de energia
física e intelectual" (MAXIMIANO, 119, 2002).
E por último controlar, que "estando à organização devidamente planejada, organizada e
liderada, é preciso que haja um acompanhamento das atividades, a fim de se garantir a
execução do planejado e a correção de possíveis desvios" (ARAÚJO, 170, 2004).
Cada uma das características podem ser definidas separadamente, porém dentro da
organização, são executadas em conjunto, ou seja, não podem ser trabalhados disjuntas.
Princípios para um bom Administrador são: saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas
administrativas; saber decidir e solucionar problemas; saber lidar com pessoas; ter uma
comunicação eficiente; negociar, conduzir mudanças, obter cooperação e solucionar conflitos;
32
ter uma visão sistêmica e global da estrutura da organização; ser proativo, ousado e criativo;
ser um bom líder e gerir com responsabilidade e profissionalismo.
7.1 Gerente
O sucesso ou desastre de uma exploração hoteleira podem deriva de muitos fatores, alguns até
incontroláveis, mas, em qualquer das situações, toda a responsabilidade cairá sobre o gerente.
Nem todos os acontecimentos do dia-a-dia têm a interferência direta do responsável pela
gestão, mas não há dúvida de que alguns podem sofrer a sua influencia. Pequenos incidentes,
erros ou omissões estão diretamente ligados a causas fortuitas, às quais o gerente é alheio,
mas deficiências de equipamento, pessoal desinteressado e excesso de trabalho são coisas que
também acontecem num hotel e, de maneira geral, têm a sua origem em deficiente atuação da
Gerência, seja por indiferença, seja por mau julgamento ou percepção das causas que os
originam.
Poderemos alegar que o gerente é um ser humano, sujeito a falhas, e não um computador
programado para trabalhar sem erros ou auto-corrigindo. Mas este raciocínio não será válido
se maus resultados de Gerência forem causa, não dos erros cometidos, mas sim da
incapacidade em aprender com eles. Todos estão sujeitos a enganos; apenas, devemos tirar
experiência dos nossos erros, sob pena de repeti-los com os mesmos penosos resultados.
33
8 PLANO DE NEGÓCIO HOTEL FAZENDA DOIS PASSOS DO PARAÍSO
8.1 Sumário Executivo
O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, é um ponto de prestação de serviços, que tem como
objetivo introduzir e posteriormente aumentar a participação no mercado de hotelaria rural no
Estado do Tocantins, aumentando a confiabilidade do cliente, onde a principal diferença será
a busca constante pela qualidade dos serviços prestados.
Os principais serviços do Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso são:
Hospedagem;
Buffet;
Trilhas;
Rapel;
Camping;
Salão para conferências.
8.1.1 Enunciado do projeto
Este plano objetiva apresentar os estudos e analisar a viabilidade técnica e econômico-
financeira de um Hotel Fazenda, onde será focado na prestação de serviços condizentes aos
praticantes do Ecoturismo e do Turismo Rural.
8.1.2 Competências dos responsáveis
A estrutura será simples e enxuta, aproveitando-se as tecnologias existentes para transformar,
todo o treinamento em profissionalismo para melhor atender aos clientes, pois os mesmo se
queixam de falta de versatilidade de concorrentes a não divulgação de seus índices de
qualidade.
Somos em um total de 4 (quatro) sócios com as seguintes características:
34
Luvanor da Silva Oliveira – será o Presidente e responsável Gestão Administrativa e
Estratégica, exercendo as funções inerentes ao cargo. Possui vários conhecimentos em relação
a gerência e a argumentação entre as partes administrativas, atuou na Gestão dos Recursos
Humanos da Superintendência Regional do Trabalho em Palmas – TO. Está atualmente na
Agência Setor Público do Banco do Brasil em Palmas - TO possuindo um caráter estratégico,
pois a unidade gerência todas as contas do Governo do Estado do Tocantins, Prefeitura
Municipal de Palmas, Câmara Municipal de Palmas e de todos os órgãos federais instalados
na cidade.
Michael David de Rezende – será o responsável pela Diretoria Financeira, exercendo as
funções inerentes do cargo, possui conhecimentos adquiridos ao longo de varias experiências
profissionais, atuando por vários anos no setor financeiro da Unimed – Plan Saúde.
Atualmente está na Agência Central do Bradesco em Palmas, sendo uma das maiores agências
de Palmas – TO, atende a um número elevado de clientes que solicitam os mais variados
serviços.
Lívia Abreu Rosa – será responsável pela Diretoria de Marketing e Articulação de Negócios,
divulgando a empresa, assim como deverá preservar o bom relacionamento com os
fornecedores, parceiros e clientes. Adquiriu conhecimentos na área após concluir cursos de
qualificação profissional.
Paulo Sergio dos Santos Araújo – será responsável pela Diretoria de Recursos Humanos e
Segurança, estando sempre atento a necessidades e anseios dos colaboradores da organização,
e oferecendo sempre aos clientes segurança e agilidade nos serviços prestados. Conquistou o
conhecimento necessário após cursos de capacitação profissional e por trabalhar diversos anos
na Empresa Auditec Contabilidade.
8.1.3 Os serviços e a tecnologia
Os serviços que se pretende oferecer ao mercado se caracterizam pela confiabilidade,
flexibilidade no processo de acompanhamento e por um conceito de atendimento ao cliente
que não se limita em ser apenas educado, mas propor soluções de problemas dos clientes. No
Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso o atendimento de qualidade é bem mais abrangente, vai
35
alem das características pessoais de cada cliente, busca o conhecimento, a habilidade e o
talento durante e pós-prestação dos serviços, onde serão fatores que definirão os índices de
satisfação dos clientes.
Quanto à tecnologia, utilizará software que permita controlar a qualidade do serviço prestado
e que seja capaz de gerar relatórios os quais serão divulgados, software de gestão que faça a
gerência no processo de atualização dos dados minuto a minuto e um software de gestão
financeira que será uma ferramenta de auxilio ao controle de todas as entradas e saídas
ocasionadas pelo fluxo de movimentações.
8.1.4 O Mercado potencial
O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso será segmentado no mercado de hospedagem rural,
oferecendo aos clientes práticas de esportes praticados no Ecoturismo, pois com a crescente
procura por essa modalidade nos motiva a desenvolver um projeto dessa natureza.
O mercado de hospedagem rural é cada vez mais crescente no Estado do Tocantins, pois a sua
paisagem em meio ao Cerrado proporciona uma sensação incomparável aos turistas que
optam como destino o Estado.
8.1.5 Elementos de diferenciação
Como características de diferenciação, procura-se, impingir em todos os serviços a serem
ofertados. Algumas premissas básicas, dentre as quais se deve criar a confiabilidade, a
flexibilidade, a busca constante para a melhoria de nosso atendimento, e levar respeito e
satisfação ao cliente com a exposição dos nossos indicies de qualidade em nossa pagina na
Internet.
36
8.1.6 Previsão de Vendas
Na primeira etapa de implementação do projeto, projeta-se um faturamento da ordem de R$
99.116,66 mensal, onde esperamos que possa ter um crescimento anual de no mínimo de 5%
para todos os serviços do portfólio.
8.1.7 Rentabilidade e projeções financeiras
O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, apresenta um investimento alto em imobilização,
obtendo retorno do investimento em pouco menos de 45 meses ou 3,72 anos com uma taxa de
lucratividade de mais de 16%, e uma taxa de rentabilidade simples de 2,24%, pois levamos
em conta o faturamento mensal e todo o valor aplicado no investimento da empresa.
8.1.8 Necessidade de Financiamento
O investimento será realizado com parte em capital próprio dos sócios e parte com o capital
de terceiros no valor de R$ 369.270,00 (trezentos e sessenta e nove mil e duzentos e setenta
reais) com pagamento sendo realizado em um prazo de 60 meses com uma taxa de juros de
1,15% ao mês baseando-se no Sistema de Amortização Constante (SAC).
37
9 A EMPRESA
O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso pretende garantir serviços com excelente
atendimento, flexibilidade, agilidade e ofertar ao seu usuário o melhor da hospedagem rural.
9.1 A Missão
Ser referência nos serviços hoteleiros, atender as expectativas dos seus clientes e parceiros,
fortalecer o compromisso entre os funcionários e ser útil a sociedade.
9.2 Os Objetivos da empresa
9.2.1 Situação planejada desejada
9.2.1.1 Objetivo Geral:
Participar do mercado de hotelaria rural de forma atuante e rentável no Estado do
Tocantins, aumentando a qualidade e confiabilidade dos serviços ofertados aos
clientes.
9.2.1.2 Objetivos específicos:
Conquistar o mercado de hotelaria rural no Estado do Tocantins, através da qualidade
e veracidade, do empreendimento a ser implantado;
Oferecer aos clientes mão de obra e serviços de qualidades satisfatórias;
Ofertar aos clientes uma política de preço justa;
Atender ao cliente de forma personalizada e eficaz;
Atuar de forma dinâmica e eficaz buscando sempre solucionar os problemas dos
clientes;
38
Desenvolver práticas educacionais voltadas para a sustentabilidade ambiental.
9.2.1.3 Metas:
O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso tem como meta buscar um excelente retorno tanto
financeiramente quanto ao índice de satisfação do consumidor através de pesquisas na área,
para que com isso possamos alcançar 35% do mercado em 5 (cinco) anos.
9.2.1.4 O foco:
O foco do Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso é de atuar no mercado de hospedagem rural,
com práticas encontradas em atividades que envolvam o ecoturismo e o turismo rural.
9.3 Estrutura organizacional e legal
9.3.1 Descrição legal
A empresa será constituída na forma de Sociedade empresarial por cota de responsabilidade
sendo uma empresa Limitada (LTDA), devidamente registrada na junta Comercial do Estado
do Tocantins e demais órgãos que se fizer necessário o devido registro, bem como deverá
cumprir rigorosamente aos preceitos legais e institucionais deste.
9.3.2 Estrutura Funcional, Diretoria, gerência e staff
Inicialmente a intenção de se estruturar a primeira diretoria aproveitando todos os membros
da equipe envolvidos no desenvolvimento do projeto que são em número de 4 (quatro)
componentes, organizando da seguinte forma:
Diretoria de Marketing e Articulação de Negócios, que terá a responsabilidade de
divulgar as atividades e os produtos/serviços oferecidos pelo empreendimento e fazer
39
pesquisas de mercado além de manter sempre o bom relacionamento entre os
fornecedores e parceiros;
Diretoria de Recursos Humanos e Segurança: que ficará responsável pela seleção e
treinamento do corpo de colaboradores da empresa além de executar todas as
atividades que envolvam a situação funcional dos colaboradores e será responsável
pela segurança e devido controle dos equipamentos e serviços oferecidos ao cliente;
Presidência e Diretoria de gestão de Administração e Planejamento, responsabilidade
principal será: planejar, executar, dirigir e acompanhar todas as atividades do âmbito
organizacional;
Diretoria Financeira; ficará responsável pela presidência e pelo controle financeiro da
organização.
9.4 Sínteses das Responsabilidades da Equipe Dirigente
Luvanor da Silva Oliveira – será responsável pela Presidência e Diretoria Gestão
Administrativa e Planejamento, exercendo as funções inerentes do cargo
Michael David de Rezende – será responsável pela Diretoria Financeira, exercendo
as funções inerentes do cargo.
Lívia Abreu Rosa – será responsável pela Diretoria de Marketing e Articulação de
Negócios, cuidando assim do “rosto” e divulgação da empresa, assim como preservar
o bom relacionamento com os fornecedores, parceiros e clientes.
Paulo Sergio dos Santos Araújo – será responsável pela Diretoria de Recursos
Humanos e Segurança, estando sempre atento a necessidades e anseios dos
colaboradores da organização, e oferecendo sempre aos clientes segurança e agilidade
nos serviços prestados.
9.4.1 Organograma
Conforme demonstra a figura 1, o organograma da alta gerência do Hotel Fazenda Dois
Passos do Paraíso terá a seguinte estrutura:
40
Luvanor da Silva
Oliveira
Gestor Administrativo e
Estratégico
Michael David Rezende Gestor Financeiro
Lívia Abreu Rosa Gestora Comercial e
Marketing
Paulo Sergio dos Santos
Araújo
Gestor de Recursos Humanos
e Segurança
Figura 1 – Organograma Organizacional
9.5 Plano de Operações
9.5.1 Administração
Os produtos/serviços oferecidos pelo Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso exigirão
inicialmente de espaço bem localizado e uma estrutura física composta por escritórios
devidamente informatizados, com sistema de telefone e Internet, uma frota de 2 (dois) carros
que serão utilizados para locomoção de sua diretoria. Haverá a necessidade de um amplo
espaço físico para que possa ser implantada a estrutura do Hotel Fazenda, que contará com
um total de 15 (quinze) chalés para acomodações dos hospedes divididos entre 5 (cinco) para
solteiros 5 (cinco) conjugados e 5 (cinco) para casais, 1 (um) refeitório, 1 (um) centro de
convenções onde será um grande atrativo pois contará com uma amplo auditório com espaço
para 200 (duzentos) convidados, e 1 (um) prédio administrativo onde se localizará a recepção
e a parte administrativa da organização.
41
9.5.2 Comercial
Em pesquisa realizada detectou que 70% do universo pesquisado, requerem que seja
implantado um Hotel Fazenda com atendimento de alta-qualidade e com custos acessíveis,
onde planejamos atingir o publico através de divulgações em Jornais e campanhas em Rádios
e Televisões.
9.5.3 Controle e Qualidade
Para controle e qualidade dos produtos/serviços oferecidos pelo Hotel Fazenda Dois Passos
do Paraíso, será desenvolvido programas de controle que obedecerão todas as necessidades do
cliente e dos indicadores de padrões qualitativos, onde o próprio mercado consumidor irá
saber através de avisos e panfletos ali expostos e divulgados posteriormente no site do
empreendimento.
O empreendimento contará com os seguintes indicadores: Financeiro, com o objetivo de
avaliar o desempenho financeiro; Pesquisa de mercado, com o objetivo principal de medir o
índice de satisfação do cliente sobre os produtos e serviços oferecidos pelo empreendimento.
9.5.4 Terceirização
O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, não irá trabalhar com terceirização de seus serviços.
9.5.5 Sistema de Gestão
A gestão da empresa dar-se á pelos sócios diretores que responsabilizarão pela Administração,
Marketing, Planejamento e Controle da empresa, que serão responsáveis pelo controle
organizacional e definiram todos os rumos que a organização deverá ser direcionada.
42
10 O PLANO DE MARKETING
10.1 Análise de Mercado
10.1.1 O setor
O setor de hotelaria rural esta em constante crescimento no Brasil, pois esse setor é
responsável por levar aos seus consumidores, diversão, cultura e interação com a natureza de
maneira responsável e ecologicamente correta. Na cidade de Palmas e no Estado do Tocantins
não poderia ser diferente, pois o único empreendimento do ramo existente no Estado se
localiza em Palmas e leva aos seus consumidores à interação da natureza, com a prática de
varias modalidades de esportes radicais.
10.1.1.1 Oportunidades e ameaças
As oportunidades do Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, são representadas pela pouca
concorrência existente no mercado, é um ramo com alta taxa de crescimento e adeptos, o
Estado do Tocantins possui uma paisagem propicia a pratica do Ecoturismo e do Turismo
Rural e a sua população está em um acintoso crescimento.
Com referencia ao índice de crescimento das modalidades do Ecoturismo e do Turismo Rural,
encontramos dificuldades com os dados sobre a taxa de crescimento no Estado do Tocantins
pois a ADETUR não possui nenhum tipo de pesquisa voltada para a área.
As ameaças para o Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, são representadas através das
competições com a concorrência de outros estados e também aqui do Estado do Tocantins,
uma possível queimada fora de controle no período das secas, boicote por parte de
fornecedores e constantes mudanças climáticas onde poderá ter a incidência de um longo
período de chuvas ou de seca.
43
10.1.2 A clientela
Teremos foco à prestação de serviços para os praticantes do Ecoturismo, Turismo de
Aventura, o Turismo Rural, e os ainda os serviços básicos de um hotel comum, como: piscina,
áreas desportivas e um auditório com a finalidade de receber convenções e reuniões com
capacidade para 200 (duzentos) convidados.
De acordo com pesquisa realizada cerca de 69% do universo entrevistado, requerem um Hotel
Fazenda, com inovação, agilidade, confiabilidade no atendimento e com uma política de preço
competitiva.
10.1.2.1 Segmentação
Embasado nos conhecimentos adquiridos o Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso,
direcionará suas atividades para as famílias de classe media a alta de qualquer localidade,
adeptos das modalidades de Turismo no Espaço Rural e as famílias que buscam a comodidade
e tranqüilidade que o meio Rural oferece.
10.1.3 A concorrência
O principal e único concorrente, Hotel Fazenda Encantada localizado na região sudeste de
Palmas-TO, oferece serviços de restaurante, praticas de turismo no espaço rural, uma salão de
com capacidade para 60 (sessenta) e um espaço infantil com brinquedos mais não suprem
totalmente as necessidades de seus clientes, pois uma de nossas políticas de relacionamento é
sempre colocar o cliente em primeiro plano, satisfazendo assim as suas vontades mais
exploradas.
10.1.4 Fornecedores
Teremos uma relação de fidelidade e parceria com nossos fornecedores em potencial, pois
iremos trabalhar com o objetivo de cada vez mais buscar a melhoria e eficácia dos matérias
44
utilizados tanto nos serviços de hospedagem normal quanto para os serviço de praticas
esportivas.
10.2 Estratégia de Marketing
10.2.1 Os serviços
Os serviços oferecidos pelo Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, são:
Hospedagem;
Buffet;
Trilhas;
Rapel;
Camping;
Salão para conferências.
Onde podemos ter como destaque um Auditório que será implantado para realização de
palestras e conferências de negócios, treinamentos, enfim, que estará disponível para a
locação tanto de entes conveniados, tanto para os clientes interessados em um espaço
agradável para a execução de atividades dessas modalidades.
10.2.1.1 A tecnologia
A tecnologia utilizada pelo Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso será aplicada através de
softwares de gestão e controle das soluções de contratos, e usará aplicativos para manter e
estudar a qualidade dos serviços prestados e a segurança dos equipamentos utilizados nas
atividades esportivas.
10.2.1.2 Vantagens competitivas
O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso apresenta competitividade aos concorrentes, tais
como;
45
Profissionais contratados e treinados, oferecendo capacidade de agilidade e segurança
dos serviços prestados;
Diretor Responsável pelo controle de sistema de segurança;
Grande rede de contatos dos sócios-diretores;
Localização e preços adequados aos clientes em potenciais.
10.2.1.3 Planos de pesquisa e desenvolvimento
O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso projeta expandir suas operações priorizando o
atendimento ao cliente e ainda estabelecer parcerias com outras empresas possibilitando uma
possível criação de um pólo administrativo na cidade de Palmas - TO.
10.2.2 Preço
Os preços serão definidos a principio da seguinte maneira:
Hospedagem – R$ 125,00 a diária por pessoa, incluso café da manhã, almoço e jantar.
Buffet – incluso no valor da hospedagem; R$ 25,00 para o jantar ou almoço no caso
dos clientes que preferem a modalidade de camping.
Café da manhã – R$ 5,00 por pessoa – valor para os clientes que preferem a
modalidade camping;
Trilhas – incluso no valor da hospedagem;
Rapel – R$ 25,00 por pessoa
Camping – R$ 70,00 por pessoa, valor incluindo o Buffet com opção para café da
manhã, almoço ou jantar e as Trilhas que serão percorridas;
Salão para conferências – R$ 2.500,00 por evento limitado a 5 (cinco) horas, sendo
cobrado 30% do valor por hora excedente.
10.2.3 Distribuição
Os serviços serão distribuídos em local fixo, onde o Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso
terá uma boa localização regional e social, estará localizado no município de Lajeado-TO a 15
46
(quinze) quilômetros do centro da cidade, em uma área de reserva florestal situada entre duas
serras, que serão bastante utilizadas pelos praticantes de Turismo de Aventura.
10.2.4 Promoção e publicidade
A divulgação do Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso será realizada inicialmente através de
consultor de vendas, jornais, panfletos e internet. Posteriormente estenderemos a rádio,
outdoor e televisão. Com divulgações em todo Estado do Tocantins.
10.2.5 Serviços ao cliente (de venda e pós-venda)
O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso contará com um consultor de vendas responsável
pela venda e pós-venda realizando assim a manutenção do cliente, onde a empresa montará
uma pagina na Internet, para receber sugestões e tirar duvidas dos nossos clientes.
10.2.6 Relacionamento com os clientes
A comunicação com os clientes será realizada diretamente através do consultor de vendas e
serviços oferecidos pela nossa pagina na Internet onde os clientes terão acesso a todos os
índices de controle e qualidade dos serviços prestados.
10.3 Pesquisa de Mercado
Foram pesquisadas 189 pessoas que representam o universo de amostragem sobre os possíveis
clientes do Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso. A pesquisa foi composta por 15 (quinze)
questões de múltiplas escolhas e foi aplicada entre os dias 1 de outubro à 8 de novembro de
2009.
47
Os resultados apresentados pela pesquisa são os seguintes:
Conforme é demonstrado através da Tabela 8 e observado no Gráfico 3 em relação a faixa
etária destacam-se os pesquisados que se situam entre 20 a 29 anos representando 42% do
universo entrevistado.
Tabela 8
ANÁLISE DE MERCADO POR FAIXA ETÁRIA
FAIXA ETÁRIA QUANTIDADE
QUANTIDADE
EM (%)
até 19 40 21
20-29 79 42
30-39 34 18
40-49 19 10
acima de 50 17 9
Total de entrevistados 189 100
De acordo com a Tabela 9 e o Gráfico 4 que se referem à análise do mercado por sexo,
podemos concluir que a grande maioria do sexo abordado foi o feminino com um total de 110
entrevistas correspondendo a 58% do universo entrevistado.
48
Tabela 9
ANALISE DE MERCADO POR SEXO
SEXO QUANTIDADE
Feminino 110
Masculino 79
Total 189
Como pode ser visualizado no Gráfico 5 e demonstrado através da Tabela 10, no universo
estuda pode concluir que o Estado do Tocantins é um grande polo para prática do Ecoturimo e
do Turismo Rural, poís a grande maioria dos entrevistados afirmara que já praticaram ou
praticam as duas modalidades de Turismo.
Tabela 10
ANÁLISE DE MERCADO PRATICANTE
MODALIDADE QUANTIDADE
SIM NÃO
Ecoturismo 119 70
Turismo rural 172 17
49
A tabela 11 e o gráfico 6 demonstram que 41% do universo estudado possui um renda
familiar de 3 a 5 salários mínimos, seguida pelo grupo que ganha abaixo de 3 salários
mínimos.
Tabela 11
ANALISE DE MERCADO POR RENDA FAMILIAR
RENDA FAMILIAR QUANTIDADE
QUANTIDADE
EM (%)
abaixo de 3 salários 54 28
de 3 a 5 salários 78 41
de 5 a 7 salários 44 24
acima de 7 salários 13 7
Total de entrevistados 189 100
50
Como podemos observar na tabela 12 e no gráfico 7, a pesquisa foi voltada para a avaliação
dos serviços prestados no Estado do Tocantins e na cidade de Palmas – TO, poís o munícipio
de Lajeado – TO não possui nenhum tipo de serviço que se enquadre as perguntas solicitadas.
Após tabularmos todo o corpo da pesquisa podemos destacar que:
65% dos entrevistados alegam que a prestação de serviços turísticos no Estado do
Tocantins é regular, não atendendo aos anceios esperados pelos clientes;
52% dos estrevistados afirmam que as Atividades Sócio-ambientais desenvolvidas no
Estado do Tocantins são boas;
66% confirmam que o Estado do Tocantins é um exelente ponto para a prática do
Ecoturismo;
69% consideram ruim os serviços oferecidos nas hospedarias rurais no Estado do
Tocantins;
68% se dizem insatisfeitos com os preços praticados nas hopedarias rurais.
51
Tabela 12
AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS E ATIVIDADES
ITEM QUALIDADE DOS SERVIÇOS
RUIM REGULAR BOM OTIMO EXELENTE
Serviços Turísticos no Tocantins 40 123 19 5 2
Atividades Sócio-ambientais no Tocantins 13 23 98 29 26
Turismo ecológico no Tocantins 9 17 19 19 125
Atividades Sócio-ambientais em Palmas 15 21 111 23 19
Turismo ecológico em Palmas 2 7 28 129 23
Serviços de hospedarias rurais no Tocantins 130 28 17 11 3
Serviço Hoteleiro no Tocantins 19 131 16 14 9
Serviço Hoteleiro em Palmas 23 129 19 13 5
Preço praticado pelas hospedarias rurais no
Tocantins 128 27 18 12 4
Infra-estrutura oferecida nas hospedarias rurais 19 32 66 47 25
52
11 PLANO FINANCEIRO
Os demonstrativos financeiros das ações planejadas para o Hotel Fazenda Dois Passos do
Paraíso estão em apêndice. O conteúdo da análise financeira responde as seguintes perguntas:
Quanto será necessário para iniciar o negócio?
Existe disponibilidade de recursos para isto?
De onde virão os recursos para o crescimento do negócio?
Qual o mínimo de vendas necessário para que o negócio seja viável?
O volume de vendas que a empresa julga atingir torna o negócio atrativo?
A lucratividade que a empresa conseguirá obter é atrativa?
11.1 Investimento Inicial (Apêndice – Quadro 1)
Conforme se pode verificar no apêndice quadro 1, para a implantação do negócio os
investimentos projetados com as instalações, suprimentos, equipamentos e mobiliário
necessários serão da ordem de R$ 676.961,79 e o valor de R$ 32.308,28 que será utilizado
para capital de giro, constituição da empresa e publicidade, totalizando assim um
investimento projetado na ordem de R$ 709.269,79.
O recurso próprio se dará no valor de R$ 340.000,00 a partir da aplicação por parte dos
proprietários em valores iguais de R$ 85.000,00 para cada sócio a constituição do capital
inicial necessário para a abertura da empresa, prontamente a utilização de recursos de
terceiros envolve a busca de investidores ou de empréstimos junto a instituições financeiras
no valor de R$ 369.270,00.
Conforme se pode observar não existe gasto com o terreno, isso se justifica pelo fato de que o
empreendimento será construído em meio a uma área de proteção ambiental, e nesse caso o
Governo do Tocantins sede o terreno para há implementação do empreendimento desde que
se comprove que o mesmo gerará riqueza e preservará a natureza através da sustentabilidade
ambiental, buscando assim o aumento da demanda e da cultura turística do Estado do
Tocantins.
53
11.2 Receitas (Apêndice – Quadro 2)
Conforme a média de 600 pessoas por mês distribuídas nas modalidades de camping e
hospedagem freqüentando o Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso, projeta-se uma receita
mensal no valor total de R$ 99.112,66 e com média diária no valor de R$ 3.303,76.
11.3 Custos e Despesas (Apêndice – Quadro 3 e 4)
O Hotel Fazenda Dois Passos do Paraíso possui os seguintes custos:
Custos variáveis: estão incluídos os gastos com o consumo de material direto no
empreendimento projetado mensalmente na ordem de R$ 28.423,73, e os impostos no
valor projetado de R$ 13.558,61, apresentado um total de custos variáveis no valor de
R$ 42.821,99, variando diretamente com a quantidade de hospedes no mês;
Custos fixos: conforme apêndice quadro 3 e 4, estão relacionado a quantidade exata de
funcionários e os respectivos custos operacionais que não cairiam com a quantidade de
hospedes. O custo total da mão de obra é R$ 14.569,00, os encargos sobre a mão de
obra no valor de R$ 2.331,04, Pró-labore no valor total de R$ 4.800,00, honorários do
contador de R$ 500,00, depreciação de R$ 3.803,23, linha telefônica de R$ 800,00,
gasto com publicidade na ordem de R$ 3.964,51, energia elétrica no valor de R$
7.230,00, manutenção das instalações no valor de R$ 1.008,86, seguro no valor de R$
607,85, totalizando assim um custo operacional fixo mensal projetado no valor de R$
40.406,79.
11.4 Fluxo de caixa (Apêndice 1 – Quadro 11)
O fluxo de caixa é um instrumento que tem como objetivo básico, a projeção das entradas
(receitas) e saídas (custos, despesas e investimentos) de recursos financeiros por um
determinado período de tempo. Com o fluxo de caixa, o empreendedor terá condições de
identificar se haverá excedentes ou escassez de caixa durante o período em questão, de modo
que este constitui um importante instrumento de apoio ao planejamento da empresa
(especialmente na determinação de objetivos e estratégias). Evidentemente não haverá
condições de executar-se um plano sem disponibilidade financeira para tal.
54
11.5 Demonstrativos de Resultados / Lucratividade Prevista / Ponto de equilíbrio
(Apêndice – Quadros 9, 10, 13-18)
Como demonstrado no apêndice nos quadros 9, 10, 13-18 apresentam os seguintes resultados
projetados mensalmente abaixo relacionados:
Lucro operacional de R$ 15.883,88;
Lucro líquido de R$ 13.501,30;
Lucro financeiro de R$ 18.178,67;
Uma ótima lucratividade na ordem de 16% por mês;
Uma rentabilidade simples mensal 2,24% ao mês;
Um excelente prazo de retorno do investimento projetado por volta de 3 anos e 8
meses;
Ponto de equilíbrio no valor de R$ 71.145,43;
Liquidez corrente projetada onde para cada R$ 1,00 em divida o empreendimento
possui R$ 0,74 para pagar, sendo um excelente valor, pois se verifica que o
financiamento efetuado equivale a 52,06% do valor investido para a implementação
do empreendimento;
Índice de endividamento de R$ 0,64, significa que a empresa contraiu suas dividas à
longo prazo onde para cada R$ 1,00 de capital próprio a empresa utiliza R$ 0,64 de
terceiros.
11.6 Sazonalidade do Mercado
A demanda poderá sofrer influencias devido as influencias climáticas causando uma
sazonalidade no mercado, porém, a partir de convênios com o governo e demais entidades
para prover o hotel fazenda.
Não há necessidade de informar a sazonalidade na planilha financeira, pois, de acordo com
pesquisa realizada e com todas as atividades que serão desenvolvidas projetamos uma média
de 600 pessoas por mês que irão usufruir de todos os serviços do empreendimento, sendo
assim não ocorrerá alteração nos valores expostos na planilha.
55
12 CONCLUSÃO
Para atender a demanda de bens e serviços de uma comunidade, as empresas constituem-se da
união de capital, informação, tecnologia e trabalho. A eficácia dessa união depende
fundamentalmente do gerenciamento do fator capital.
A elaboração deste projeto poderá servir como base para a verificação de implementação de
uma empresa, e a ferramenta utilizada será um instrumento valioso para que o perfil
sócio/econômico dos consumidores potenciais seja traçado e conhecido. Desta forma, a
decisão pela implantação ou não da empresa será facilitada. O uso desta ferramenta é
primordial para que se possa analisar o mercado antes de sua implantação, uma vez que o
resultado de uma pesquisa representa conhecer o seu público alvo, além de onde estão e quem
são os clientes potenciais da empresa.
Neste contexto, conclui-se que é aceitável a idéia de implantação de um hotel fazenda no
município de Lajeado – TO, haja vista, que as potencialidades não só da cidade mais sim de
todo o Estado do Tocantins favoreçam economicamente há implementação do
empreendimento.
56
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possibilidades. São Paulo: Editora Manole, 2001.
58
APÊNDICE
APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO PESQUISA DE MERCADO
APÊNDICE 2 – ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO/FINANCEIRA
APÊNDICE 3 – PROJETO ARQUITETÔNICO