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PERCEPÇÃO E COMPORTAMENTO SOCIOAMBIENTAL DOS DOCENTES
ACERCA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E DA COLETA SELETIVA
Maria Aparecida de Moura1
Maria Luiza Flor Pereira2
Fernanda Maria de Freitas Viana3
RESUMO: A presente pesquisa teve por objetivos analisar a percepção e o comportamento dos
docentes quanto aos hábitos apresentados por estes, para manejo dos resíduos sólidos, bem como estas
atitudes influenciam no espaço escolar e como estes vivenciam a coleta seletiva na comunidade. Foram
realizadas entrevistas com 21 educadores de duas Escolas Estaduais, localizadas nos municípios de
Ipatinga e Timóteo. Os resultados demonstram que grande parte destes mostraram-se envolvidos com
estas questões e tem hábitos rotineiros que contribuem para a redução de resíduos descartados
diariamente.
Palavras-chave: educação ambiental, espaço escolar, lixo, qualidade ambiental,
reciclagem.
INTRODUÇÃO
Os problemas relacionados ao ambiente se tornam a cada dia, mais urgentes e
importantes para a sociedade, a continuidade da vida humana depende da relação entre o
homem e a natureza, que até o momento vem sendo marcada pelo desenvolvimento à
custa da degradação do ambiente. A Educação, consciente de seu poder de
transformação, deve oportunizar formas efetivas, para que os alunos e a comunidade
compreendam a ação natural e humana na transformação do ambiente, colaborando para
uma sociedade ambientalmente sustentável e socialmente justa.
1 Pedagoga - Pós-graduanda em Gestão do Meio Ambiente: educação, direito e análise ambiental – ênfase em
educação ambiental. 2Pedagoga- Pós-graduanda em Gestão do Meio Ambiente: educação, direito e análise ambiental – ênfase em
educação ambiental. 3 Professora Orientadora, Bióloga, Especialista em Análise Ambiental, Mestre em Ecologia - UFJF
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O princípio educativo/pedagógico do pensamento de Saviani (2005) para a
educação é a apropriação do saber historicamente acumulado: “o trabalho educativo é o
ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade
que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”.
O resultado desse conhecimento deve se reverter em benefícios para o indivíduo
e a coletividade, contribuindo assim para a manutenção do meio ambiente
ecologicamente sadio e equilibrado, preservando-o para as futuras gerações.
O atual modelo econômico brasileiro está impondo o poder de compra, contudo,
a sociedade manipulada pelo governo não enxerga os verdadeiros impactos que este
consumo acarreta ao ambiente. A educação ambiental tem um papel significativo,
porque discute e avalia a real quantidade de resíduos produzidos no ambiente
socialmente sustentável, favorecendo a reflexão e a mudança de postura em todos os
meios.
A multiplicação dos riscos ambientais, gerados pelos impactos dos avanços
tecnológicos cada vez mais rápidos e do incentivo ao consumismo exacerbado se
refletem na queda da qualidade de vida da população, população essa, que ao mesmo
tempo em que se beneficia dos avanços tecnológicos científicos, se vê a mercê dos
desastres provocados pelos mesmos. Essa situação, conforme Jacobi (2007) tem
resultado em uma sociedade "crescentemente reflexiva, o que significa dizer que ela se
torna um tema e um problema para si." Nesse contexto, a sociedade é levada a
confrontar-se com aquilo que criou, seja de positivo ou de negativo, o que a condiciona
a estabelecer elos com a complexa temática das relações entre meio ambiente e
educação.
O modo de vida urbana produz uma diversidade cada vez maior de produtos e de
resíduos que exigem sistemas de coleta e tratamento diferenciados após o seu uso e uma
destinação ambientalmente segura. No manejo dos resíduos sólidos, desde a geração até
a sua disposição final, existem fatores de riscos à saúde para a população exposta (OPS,
2005). Além de expor as pessoas a condições nocivas, o acúmulo de lixo degrada, polui
e esgota os recursos naturais. Não se pode viver sem produzir resíduos, porém é
possível e necessário buscar formas de impactar menos o ambiente, mudando hábitos e
costumes rotineiros.
A lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, instituiu a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, alterando, com considerável atraso, a maneira como é tratada a questão do lixo
no País, atribuindo e definindo a obrigação de cada esfera do governo e da sociedade no
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destino dos resíduos. À sociedade cabe colaborar na separação do lixo orgânico dos
resíduos aptos para reciclagem, as empresas devem recolher os materiais recicláveis
oriundos de produtos como pneus, latas, garrafas, embalagens de agrotóxicos entre
outros. E ao poder público, cabe estabelecer metas para reciclagem de materiais,
cabendo ao governo federal disponibilizar verbas mediante apresentação do plano
(BRASIL, 2010). Apesar do atraso na alteração da lei anterior, e também, à lentidão ou
mesmo a não efetivação das leis em nosso país, vale ressaltar a importância da
instituição de uma política nacional de resíduos sólidos, ao apontar novos rumos no
tratamento da questão do lixo no país, atribuindo e definindo a obrigação de cada esfera
do governo e da sociedade no destino dos resíduos.
A partir ano de 2007, os municípios de Ipatinga e Timóteo, tentam implantar
junto à população, a coleta seletiva mediante ações integradas com a comunidade,
especialmente com as instituições educacionais. De acordo com a matéria veiculada no
site da Câmara Municipal de Ipatinga em 2007, a coleta seletiva de lixo começou a ser
implantada no município através do Programa “Lixo no Capricho”, criado para
promover a reciclagem do lixo no município, começando pelos bairros Veneza e Canaã,
onde caminhões fariam a coleta do material. Em audiência realizada para discutir o
assunto, ressaltou-se a importância da implantação da coleta seletiva na cidade, através
da geração de renda e dos benefícios para o meio ambiente e foi ressaltado ainda a
valorização do trabalho dos catadores de recicláveis, bem como o despertar da
consciência da educação ambiental (CMI, 2007).
De acordo com a reportagem do jornal local "Vale do Aço":
Para o desenvolvimento do projeto, a Ascari e a Associação dos Catadores de
Materiais Recicláveis (Amavale) formaram uma cooperativa que terá o
suporte da PMI. A Prefeitura encaminhará todo o lixo coletado para a
cooperativa, facilitando o trabalho dos catadores e gerando mais renda...
serão distribuídas nas escolas e residências, cartilhas com conteúdo educativo
sobre a reciclagem. ... a intenção é promover a conscientização de toda a
família para a importância da preservação ambiental (JVA, 02 de março de
2007).
Apesar de o Projeto ter iniciado com grandes expectativas, por motivos diversos,
em um curto prazo de realização, o mesmo foi paralisado, e todo o investimento foi
perdido.
De acordo com Houaiss (2008 apud FRANCO et al., 2010), o termo percepção é
derivado do latim perceptio, que significa “compreensão, faculdade de perceber”. Para
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Marin (2008 apud FRANCO et al., 2010) é o ato ou efeito de perceber; é a combinação
dos sentidos no reconhecimento de um objeto; a recepção de um estímulo; a faculdade
de conhecer independentemente dos sentidos; sensação; intuição; ideia; imagem;
representação intelectual. No entendimento de Noronha (2007 apud FRANCO et al.,
2010).
As pessoas diferem em sua percepção, pois a compreensão da experiência
perceptiva é diferente de indivíduo para indivíduo no tempo e no espaço. A
motivação pessoal, as emoções, os valores, os objetivos, os interesses, as
expectativas e outros estados mentais influenciam o que as pessoas percebem
(NORONHA, 2007 apud FRANCO et al., 2010).
Portanto, a percepção é um processo muito mais subjetivo do que se pode crer,
um mesmo ambiente, uma mesma realidade, uma mesma situação terá sua percepção
diferenciada, tendo como base as experiências e vivências de cada indivíduo. Na
percepção ambiental, a relação com o entorno será embasada pelos valores, hábitos
pessoais e crenças individuais. Para Macedo (2000), através da percepção ambiental,
pode-se atribuir valores e importâncias diferenciadas ao meio ambiente, que
influenciarão o comportamento humano na interação com o ambiente.
É importante ressaltar que a percepção ambiental dos atores sociais deve estar
contemplada nos programas de educação ambiental. Para alguns autores ela deve
constituir-se de uma etapa prévia e para outros deve ser uma das etapas iniciais
(RIBEIRO, 2009). Ainda que existam divergências entre os estudiosos quanto à fase de
implementação da pesquisa da percepção ambiental nos programas ambientais, a
relevância da mesma é fator preponderante para a eficácia dos programas.
Percebe-se que existem algumas dificuldades na atuação dos atores envolvidos,
sejam eles, o poder público, a família, a escola, bem como da sociedade em geral na
formação de valores sólidos quanto ao consumo responsável e ao descarte correto dos
resíduos. Esse conflito se reflete na produção excessiva de resíduos e na indiferença
quanto à responsabilidade individual na geração de problemas ambientais, bem como na
busca por soluções para os problemas advindos da falta de cuidados com o meio
ambiente.
Para Leff (2001), os crescentes e complexos problemas ambientais somente
serão resolvidos ou terão suas causas revertidas a partir de uma mudança profunda nos
sistemas de conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela dinâmica de
racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do desenvolvimento. Nesse
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contexto, a educação ambiental é uma importante ferramenta de atuação, ao possibilitar
métodos de trabalho, reflexão, ação e conscientização da importância do exercício da
cidadania e da democracia, que podem modificar o cenário ambiental atual.
Como o consumo está desenfreado, gerando um volume cada vez maior de
resíduos, cujo processo de decomposição pode levar anos ou séculos, faz-se necessário
buscar medidas mitigadoras. Desta forma o objetivo desta pesquisa é analisar a
percepção ambiental dos educadores e educadoras das Escolas: Estadual "Nacif Selim
de Sales" de Ipatinga e Escola Estadual “Capitão Egídio Lima” de Timóteo sobre os
problemas gerados pelos resíduos sólidos e as dificuldades encontradas pela não
efetivação da coleta seletiva.
METODOLOGIA
O trabalho foi realizado em dois municípios, Ipatinga e Timóteo, MG. O
município de Ipatinga situa-se na região em que o Rio Piracicaba deságua no Rio Doce,
na Microrregião do Vale do Aço, leste de Minas Gerais, a 217 km de Belo Horizonte,
capital do Estado. Localizada na microrregião Siderúrgica de Minas Gerais, abrange
parte da bacia do Rio Doce (Rio Piracicaba e Ribeirão Ipanema).
O município de Timóteo está localizado na região metropolitana do Vale do Aço
- Minas Gerais a nordeste da Capital Belo Horizonte uma distância de 320 quilômetros
com uma população de 80.000 habitantes. A cidade está localizada nas mediações do
Rio Piracicaba o qual é afluente do Rio Doce.
O município de Timóteo possui aproximadamente 144 km de extensão, sendo
que destes, 35% são áreas de uso indireto e pertencem ao Parque Estadual do Rio Doce,
31,5% são APA Serra de Timóteo e 17% Área de Preservação da APERAM Brasil. Isto
significa que mais de 80% do município são áreas protegidas.
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Figura 1. Localização da Região do Vale do Aço onde se
localizam os municípios de Timóteo e a população Ipatinga
em Minas Gerais
Esta pesquisa qualitativa foi embasada em artigos, livros e documentos
abrangendo o tema proposto, e através da investigação em escolas do bairro Canaã, no
município de Ipatinga, e bairro Bromélias, no município de Timóteo, através da
aplicação e análise de questionários dirigidos a educadores e educadoras.
Conforme destaca Franco et al. (2010), o sucesso de uma pesquisa envolvendo
questionário baseia-se na qualidade adotada. Portanto, o questionário foi estruturado à
luz dos objetivos a que se pretende com a pesquisa, onde estavam contempladas 15
questões de múltipla escolha, com espaço para descrição de outras respostas em
algumas situações específicas (Anexo). Nele, foram abordadas questões relacionadas ao
perfil dos pesquisados, e também sobre a percepção ambiental dos mesmos. A análise
realizou-se mediante o cálculo da frequência das respostas em cada opção.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O aumento da produção de lixo está associado ao crescimento populacional e
econômico em todas as suas variáveis. Deste modo, o Vale do Aço apesar de ser
considerado um grande pólo de desenvolvimento socioeconômico e cultural, os
municípios de Ipatinga e Timóteo ainda sofrem com alguns problemas de infraestrutura,
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dentre eles a implantação da coleta seletiva e espaços físicos para acomodação do lixo
urbano.
Caracterização dos pesquisados
O questionário foi aplicado a 21 educadores de duas Escolas Estaduais,
localizadas nos municípios de Ipatinga e Timóteo. Conforme se pode perceber no
cotidiano escolar, o setor educacional caracteriza-se pela predominância do gênero
feminino, portanto, do universo pesquisado, 90,48% são do sexo feminino.
Analisando os dados de escolaridade (Gráfico 1), todos os pesquisados possuem
graduação completa na área de atuação, sendo que 62% contam em sua formação
acadêmica com Cursos de Pós-Graduação e os restantes possuem Curso Superior
Completo, dados estes que corroboram para o crescimento no investimento na vida
profissional desta classe, em especial do gênero feminino.
Gráfico 1. Nível de escolaridade dos docentes entrevistados
A faixa etária dos pesquisados concentra-se no intervalo de 41 a 50 anos (62%) e
diminui no intervalo de 18 a 25 anos, com apenas 9,8% (Gráfico 2). O que demonstra
uma prevalência reduzida do público jovem se comparado ao público de maior faixa
etária.
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Gráfico 2. Distribuição da faixa etária dos docentes entrevistados
A naturalidade da maior parte dos pesquisados (52,4 %) são de outro município,
sendo que apenas em menor número estão os docentes que nasceram em Ipatinga,
seguidos por Timóteo, em número um pouco maior. Esta região é provedora de um
mercado de trabalho na área da siderurgia e empresas terceirizadas que atendem às
grandes empresas como APERAM e USIMINAS. Assim, estes municípios atraem
muitos trabalhadores para estas áreas, o que pode ser observado no gráfico 3.
Gráfico 3. Naturalidade dos docentes entrevistados
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Percepção socioambiental dos pesquisados
As questões relacionadas à percepção ambiental iniciaram buscando avaliar a
percepção dos educadores sobre o conceito de meio ambiente. De acordo com Noronha
(2005), os especialistas da área ambiental distinguem três tipos de conceitos,
orientações ou representações de meio ambiente que são mais pontuais na percepção
humana: a representação mais naturalista, onde o ambiente é representado pela natureza,
fauna, flora e demais elementos naturais, a representação mais biocêntrica e/ou
antropocêntrica e a representação mais holística, globalizante ou sistêmica.
O conceito mais apontado pelos pesquisados (71%) foi o que abarca a
representação mais holística, globalizante ou sistêmica, que concebe o ser humano
como parte integrante do meio ambiente, buscando o equilíbrio nas inter relações com
os demais seres vivos. Finalizando as respostas, com 29% foi selecionado o conceito
que abarca a representação mais biocêntrica e/ou antropocêntrica do meio ambiente, na
qual o ser humano é circundado pelo ambiente sem ser parte integrante deste.
A análise da questão permite uma avaliação positiva da percepção dos
educadores sobre o meio ambiente, dada a concentração das respostas na alternativa que
evidencia a representação mais holística, sistêmica e globalizante do termo, e nenhuma
escolha da representação que concebe o homem como dominador da natureza, onde a
mesma existe para servir ao homem e não haveria limites éticos à utilização dos
recursos naturais. Essa percepção certamente influencia positivamente o trabalho com o
tema nas instituições de ensino.
As questões 6 e 7, relacionadas à gestão de resíduos sólidos, foram elaboradas
com o objetivo de se avaliar a percepção dos pesquisados sobre os conceitos
envolvendo o processo de coleta seletiva e de reciclagem, conceitos esses que
cotidianamente são confundidos ou mal entendidos pelas pessoas. Conforme Noronha
(2005):
Na verdade ninguém recicla nada, pois, o ato de reciclar deve ser entendido
como um processo industrial que converte o lixo descartado (matéria prima
secundária) em produto semelhante ao inicial ou outro. É ainda economizar
energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é
jogado fora, enquanto a coleta seletiva deve ser entendida por um serviço
diferenciado, separando os elementos que se queira recolher (vidro, metal,
papel, matérias fermentáveis, etc.). É ainda uma alternativa ecologicamente
correta que desvia do destino em aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos
que podem ser reciclados (NORONHA, 2005).
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A pesquisa revela que do universo de educadores pesquisados, todos diferenciam
o processo de coleta seletiva do processo de reciclagem, pois nenhum deles optou por
conceituar coleta seletiva como o processo de retornar a sucata em matéria prima e
produto final por meio de industrialização (Gráfico 4).
Gráfico 4. Percepção sobre a definição de coleta seletiva pelos docentes
Frente à diversidade de opções que respondiam a questão, a minoria optou por
marcar apenas uma questão. Conforme disposto acima destaca-se que foi positiva a
percepção de 71,4% que elegeram todas as opções escolhidas acima, demonstrando
assim um grau de percepção ambiental elevado. Há de se considerar, entretanto que,
apesar das respostas abrangerem o conceito do processo de coleta seletiva, de acordo
com Noronha (2005) a opção que melhor define o termo coleta seletiva, é a que a traduz
como "serviço diferenciado em que são separados os elementos que se queira recolher
(vidro, metal, papel, matérias fermentáveis, etc.)”, por considerar a inclusão dos
recicláveis em sua resposta.
Considerando as respostas em relação ao questionamento sobre o significado do
processo de reciclagem (Gráfico 5). Um número expressivo (71,4%) optou pela
alternativa d, que considerava as opções a e b como corretas, opções estas que
conceituam o processo de reciclagem, respectivamente como "processo industrial que
converte o lixo descartado (matéria-prima secundária) em produto semelhante ao
inicial ou outro" e "economia de energia e de recursos naturais, retornando ao ciclo
produtivo o que seria jogado fora". As duas respostas respondem positivamente ao do
processo. As alternativas a e b, também foram escolhidas isoladamente pela mesma
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quantidade de educadores (10%) cada uma. Uma porcentagem menor reflete a escolha
equivocada de uma minoria dos educadores que consideraram respectivamente as
opções "consiste em reduzir a quantidade de lixo produzido, desperdiçar menos,
consumir só o necessário, sem exageros e "todas as respostas estão corretas".
Gráfico 5. Percepção sobre a definição de reciclagem pelos docentes
É satisfatório perceber que, assim como na definição sobre o termo coleta
seletiva, a maior parte dos educadores demonstrou estar bem esclarecida quanto ao
conceito do processo de reciclagem, diferenciando-o do termo coleta seletiva. Espera-se
que esse conhecimento seja empregado pelos educadores em suas práticas pessoais e
pedagógicas cotidianas, instrumentalizando os discentes tanto na teoria quanto na
prática, incentivando-os à mudança de pensamentos e atitudes ambientais inadequados
com vistas à adoção de novos hábitos na relação com os resíduos sólidos.
Quanto ao grau de interesse dos pesquisados pelos assuntos ambientais, avaliado
na questão 8, o resultado também foi animador conforme o gráfico 6.
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Gráfico 6. Percepção sobre o envolvimento dos docentes com questões ambientais
Apesar de a pesquisa não constatar nenhum educador desinteressado ou
indiferente às questões ambientais, há que se investir sistematicamente em projetos de
educação ambiental nas instituições de ensino, para que os mesmos produzam
mudanças efetivas na relação homem/ambiente, em especial quanto à gestão dos
resíduos sólidos.
É interessante ressaltar que dois questionários foram devolvidos com a questão
em branco, e que ao abordar oralmente se houve esquecimento no preenchimento da
mesma, o educador disse que optou por deixá-la em branco. A situação descrita
possibilita a conclusão de que nem a escola e nem os dois pesquisados desenvolvem
trabalhos visando à implementação da legislação ambiental, e deixa ainda lacunas
quanto ao trabalho coletivo, uma vez que, conforme se pode visualizar em discussões
anteriores, relacionadas a esta mesma instituição, outros educadores percebem e/ou
vivenciam programas voltados para essa temática. Possibilita também a reflexão sobre
as diferentes percepções de uma mesma realidade pelos atores envolvidos em uma
mesma unidade escolar.
Os gráficos 7e 8 demonstram o conhecimento dos docentes quanto à destinação
dos resíduos sólidos urbanos nos municípios de Ipatinga e Timóteo. Os resultados
demonstrados são indicativos de que a maioria da população é informada sobre o tipo
de destino dado ao lixo gerado nestas cidades e sobre as formas de utilização deste lixo.
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Gráfico 7. Percepção dos docentes acerca do destino do lixo nos municípios de
Ipatinga e Timóteo.
Gráfico 8. Percepção dos docentes acerca do encaminhamento do lixo nos municípios
de Ipatinga e Timóteo.
O gráfico 9 apresenta o ponto de vista dos pesquisados quanto às possíveis
soluções para o prolongamento dos aterros sanitários, apontando soluções viáveis, desde
que haja vontade política e engajamento da população.
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Gráfico 9. Sugestões dadas pelos docentes que podem ser efetivas na problemática dos
resíduos sólidos urbanos.
Percebe-se, portanto, que a gestão dos resíduos sólidos deve se basear, além de
critérios operacionais, em critérios sociais, com ampla participação popular, pois
conforme ocorrido no município de Ipatinga, em 2007, a tentativa de implantação da
coleta seletiva, que se traduziria em benefícios para toda a população, especialmente
para os catadores de recicláveis, não foi à frente. Segundo Moraes (2002):
“a busca de um novo paradigma para o adequado manejo dos resíduos sólidos
é certamente um dos principais desafios deste novo milênio. As soluções
geralmente isoladas e estanques, até aqui praticadas, cometem o equívoco de
tratar de forma parcial a problemática de resíduos sólidos urbanos. A solução
pode estar no desenvolvimento de modelos integrados e sustentáveis, que
considerem desde o momento da geração dos resíduos, a maximização de seu
reaproveitamento e reciclagem, até o processo de tratamento e disposição
final, ou seja, a Gestão Integrada e Sustentável de Resíduos Sólidos
Urbanos”.
Certamente, a efetivação de programas de Educação Ambiental contribuirá para
que a população entenda sua própria responsabilidade quanto ao descarte do resíduo,
conforme retratada na Lei 12.305 (2010): “a contratação de serviços de coleta,
armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos
sólidos, ou de disposição final de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas da
responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento
inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos” (BRITTO, 2010).
As questões 12 e 13 tinham por objetivo avaliar o grau de comprometimento dos
pesquisados a partir dos hábitos cotidianos adotados pelos mesmos no sentido de se
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minimizar os impactos causados pela disposição dos resíduos sólidos urbanos. É
significativa a quantidade de pesquisados (90,5%) que está disposta a adotar todas as
alternativas elencadas para solucionar e/ou minimizar a problemática destes resíduos.
Ressalta-se o dado apresentado no questionamento 13, em que (61,9%) dos
pesquisados responderam que habitualmente realizam a triagem do lixo produzido em
suas residências, com o objetivo de facilitar e contribuir para o trabalho dos catadores
de recicláveis, sendo que os demais, não adotam esse hábito cotidianamente, mas
apenas em algumas ocasiões.
Avaliando as pessoas que assinalaram a opção "sempre realiza a higienização
das embalagens antes de descartá-las", é importante destacar que este procedimento
auxilia para reduzir as perdas de materiais que poderiam ser reciclados. Algumas
embalagens são perdidas, pois os resíduos de alimentos ou produtos que antes eram
armazenados na embalagem inviabilizam a reutilização destes. Neste caso, sem este
procedimento simples, pouco adianta a separação dos materiais pelas pessoas. Dentre os
entrevistados (85,7%) responderam positivamente, ou seja, que tem por hábitos a
higienização das embalagens antes de descartá-las, acenando assim para mudanças
individuais, que se adotadas coletivamente, tem grande potencial de transformação no
cenário ambiental. A totalidade do grupo pesquisado tem consciência dos reflexos
positivos da coleta seletiva na vida da comunidade, conforme apontado na questão 14
(Gráfico 10).
Gráfico 10. Percepção sobre a os impactos provocados pela coleta seletiva.
A análise das questões 12, 13 e 14 delineiam um cenário educacional um pouco
mais promissor no campo da Educação Ambiental, haja vista que as percepções dos
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educadores pesquisados apontam para a consolidação da sensibilização para a mudança
tanto na mentalidade, quanto nas práticas ambientais cotidianas. Esse perfil de
educadores, que além de estarem preparados para transmitir conceitos e informações,
estão dispostos a rever suas concepções e adotar novos hábitos, contribuirá para o
desenvolvimento da sensibilização dos educandos. As novas práticas ambientais dos
educadores ajudarão no desenvolvimento de "uma consciência ética de exercício de
cidadania, de responsabilidade social, de respeito, de valorização nas relações, que
traduz um novo modo de pensar, sentir e agir com o ambiente" (MORAES 2004).
Apesar dos avanços na legislação ambiental, e da inserção da Educação
Ambiental no currículo escolar, a perspectiva ambiental ainda predominante nas
instituições educacionais, é a da manutenção e reprodução de uma cultura exploratória
ao ambiente, que com raras exceções, apenas se limitam a repassar informações. Esse
quadro demonstra que a implementação da Educação Ambiental deve contemplar
aspectos que não apenas possam gerar alternativas para a superação dessa situação, mas
que a invertam, traduzindo em benefícios para a sociedade (ANDRADE, 2000).
Ainda há um longo caminho a ser percorrido no campo da Educação Ambiental,
para que a mesma aconteça embasada em uma perspectiva crítica e emancipatória,
propiciando assim, a sensibilização para o desenvolvimento de uma consciência ética de
exercício de cidadania, responsabilidade social, respeito, valorização nas relações,
apontando mudanças no modo de pensar, sentir e agir com o ambiente (MORAES,
2004).
A última questão se relacionava à sistematização da educação ambiental na
organização pedagógica escolar. O educador era questionado se a escola possuía um
programa sistemático focado na educação ambiental, e em caso afirmativo, quais eram
esses programas, com possibilidade de se marcar mais de uma alternativa. Diante da
situação em que a escola não sistematizava o trabalho ambiental, havia ainda a opção
focada na atitude individual do educador (Tabela 1).
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Tabela 1. Porcentagem de alternativas escolhidas no questionamento sobre os programas e
projetos ambientais desenvolvidos pela escola ou educador individualmente
Programas e projetos ambientais desenvolvidos pela escola ou pelo educador
individualmente no espaço escolar
Projetos interdisciplinares durante o período letivo 38,1%
Apesar de a escola não contemplar programas sistemáticos focados na Educação
Ambiental, trabalho a questão cotidianamente e busco sensibilizar os demais
colegas para a mudança no tratamento do tema.
38,1%
O tema educação ambiental está contextualizado na Proposta Pedagógica 33,3%
Projetos na semana do Meio Ambiente 28,6%
Campanhas de sensibilização de forma contínua 23,8%
Na escola existe a coleta seletiva 0
Não há programas na escola 0
Ao analisar os programas desenvolvidos, constata-se uma situação interessante:
os Projetos Interdisciplinares durante o período letivo e as ações individuais de alguns
educadores foram as opções mais apontadas na concepção de 38% dos pesquisados
respectivamente. Uma porcentagem significativa (33%) responderam que a Proposta
Pedagógica da instituição contempla o tema, porém nenhuma das duas escolas adota a
coleta seletiva, o que corrobora para a necessidade de se repensar o papel da Educação
Ambiental nos espaços formais de Ensino. As barreiras encontradas no cotidiano
escolar, terminam por criar entraves, que influenciam na condução adequada do tema.
De acordo com Oliveira (2000), a implantação da Educação Ambiental de forma
efetiva nas instituições escolares, encontra três grandes entraves: a rigidez da
organização curricular, as dificuldades de se promover o trabalho interdisciplinar, bem
como a resistência dos docentes frente aos desafios exigidos por mudanças na prática
pedagógica. Andrade (2000), além de referendar os dois últimos fatores citados por
Oliveira, ainda aponta outros fatores como o tamanho da escola, número de discentes e
de docentes, que também podem obstruir a implementação da Educação Ambiental.
Na avaliação de Andrade (2000) faz-se necessário que a escola fundamente o
seu trabalho através de ações embasadas na cooperação, na participação e na busca da
autonomia dos atores envolvidos. Projetos impostos por pequenos grupos ou atividades
isoladas, como atividades desenvolvidos apenas na Semana do Meio Ambiente, e outras
ações coordenadas por apenas alguns indivíduos da comunidade não atingem os
objetivos esperados.
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Mudanças na forma de pensar e nos hábitos que conduzam às novas atitudes de
interação com o ambiente traduzindo-se em práticas de redução do consumo,
reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos, só serão concretizadas a partir de um
trabalho de Educação Ambiental respaldado na sensibilização de todos os atores
envolvidos no processo. Sensibilização esta, que favoreça o envolvimento efetivo e
afetivo de toda a comunidade escolar nas atividades, constituindo-se em mudanças nas
posturas individuais e coletivas, transcendendo essas novas práticas para além do
ambiente escolar, atingindo as finalidades da Educação Ambiental.
Como se pode concluir, a Educação Ambiental não se dá por atividades
pontuais, mas por toda uma mudança de paradigmas. A Conferência de Tbilisi (1977),
já demonstrava preocupação aos danos causados ao ambiente na interação inadequada
do ser humano com o mesmo, trazendo em um dos pontos de recomendação a
necessidade de se desenvolverem pesquisas sobre os obstáculos nas mudanças na
interação ser humano/ambiente, e o que se percebe é que passados 34 anos os conceitos,
valores e atitudes das pessoas frente ao comportamento ambiental avançou muito pouco.
CONCLUSÃO
A educação ambiental constitui-se num tema atual e de grande relevância, não
somente, para os especialistas na área ambiental, mas para toda sociedade, e em especial
para os educadores e educandos, tendo em vista o poder de transformação da Educação
Ambiental na busca por soluções, para os problemas advindos da relação homem /
natureza / meio ambiente. Portanto, esse tema carece ser aprofundado e considerado nos
planejamentos dos programas e projetos de Educação Ambiental a serem desenvolvidos
nos espaços educacionais, vislumbrando a implantação e implementação efetiva
incorporado ao currículo formal através de práticas interdisciplinares com participação
coletiva dos atores envolvidos em especial a comunidade escolar e sociedade civil.
A presente pesquisa demonstrou que os educadores apresentam um grau
satisfatório de conhecimento, interesse e envolvimento em projetos e/ou atividades
envolvendo as questões ambientais, em especial sobre a destinação dos resíduos sólidos.
Reconhecem e valorizam o trabalho dos catadores de recicláveis, que com essa prática
amenizam a ausência da coleta seletiva, e também contribuem para o prolongamento da
vida útil dos aterros sanitários nos municípios onde a pesquisa foi realizada.
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Ressalta-se, entretanto, que as instituições precisam repensar o planejamento, a
execução e os resultados obtidos com os projetos desenvolvidos nos espaços escolares,
haja vista os entraves encontrados na rotina escolar que comprometem ou até mesmo
inviabilizam os mesmos.
Espera-se que esse conhecimento e interesse sejam empregados pelos
educadores em suas práticas pessoais e pedagógicas cotidianas, instrumentalizando os
discentes tanto na teoria quanto na prática, incentivando-os à mudança de pensamentos
e atitudes ambientais inadequados com vistas à adoção de novos hábitos ambientais. E
que essas mudanças contribuam para a solução dos problemas relacionados à gestão dos
resíduos sólidos dos municípios de Ipatinga e Timóteo, através da redução da
quantidade de lixo produzida pela população, bem como na redução do consumo,
reutilização de materiais, e principalmente pela efetivação da coleta seletiva.
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Anexo. Questionário utilizado para avaliação da percepção ambiental dos educadores e
educadoras em duas escolas estaduais nos municípios de Timóteo e Ipatinga, MG acerca dos
resíduos urbanos e da coleta seletiva.
QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO E COMPORTAMENTO
SOCIOAMBIENTAL DOS DOCENTES ACERCA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E
DA COLETA SELETIVA
Público Alvo: Educadores e Educadoras das Escolas Estaduais: "Nacif Selim de Sales" -
Ipatinga/MG e "Capitão Egídio de Lima" – Timóteo/MG
Este questionário faz parte do projeto de pesquisa das alunas do Curso de Especialização em Gestão
do Meio Ambiente da UFJF, Maria Aparecida de Moura e Maria Luiza Flor Pereira. Convidamos
você a responder algumas questões para nos ajudar neste trabalho. Obrigada pela colaboração! Seu
nome não será divulgado.
Escola: ____________ Ano(s) de escolaridade em que está lecionando neste ano (2011):_______
I - DADOS PESSOAIS: 1) Sexo: a - () masculino b - () feminino
2) Idade: a - () 18 a 25 anos; b - () 26 a 40 anos; c - () 41 a 50 anos; d - () Acima de 51 anos.
3) Grau de Escolaridade: a - () Ensino Médio completo; b - () Curso superior incompleto; c - ()
Curso superior completo; d - () Pós- graduado; e - () Outro: ____________________
4) Naturalidade: a- () Ipatinga b - () Timóteo c - () Outra cidade: _________________
II - INFORMAÇÕES RELACIONADAS À PERCEPÇÃO AMBIENTAL
5) Dentre as três representações sociais de Meio Ambiente relacionadas abaixo, qual mais se
encaixa na sua percepção?
a - () É a natureza, os animais, as plantas, a água, o solo, o ar e os minerais; b - () É tudo que envolve
os seres humanos, tudo que está à nossa volta; c - () É o espaço natural e construído pelo homem,
onde os seres vivos estão em constante relação, entre si e com o espaço; d - () Outra: _
6) Como você conceitua o processo de coleta seletiva?
a - () Processo em que se retorna a sucata em matéria prima e produto final por meio de
industrialização; b - () Serviço especializado de coleta de material devidamente separado pela fonte
geradora; c - () Alternativa ecologicamente correta que desvia do descarte em aterros sanitários ou
lixões, resíduos sólidos que podem ser reciclados; d - () Serviço diferenciado em que são separados
os elementos que se queira recolher (vidro, metal, papel, matérias fermentáveis, etc.); e - () As
respostas b, c e d estão corretas. f - () Outra resposta: _______
7) Atualmente, as discussões sobre reciclagem tem ganhado destaque. Reciclagem significa:
a - () Processo industrial que converte o lixo descartado (matéria-prima secundária) em produto
semelhante ao inicial ou outro; b - () Economia de energia e de recursos naturais, retornando ao ciclo
produtivo o que seria jogado fora; c - () Consiste em reduzir a quantidade de lixo produzido,
desperdiçar menos, consumir só o necessário, sem exageros; d - () As respostas a e b estão corretas; e
- () Todas as respostas estão corretas; f - () Outra resposta:________________
8) Como você avalia o seu grau de interesse em relação às questões ambientais? a- () Muito; b -
() Pouco; c – () Mais ou menos; d – () Indiferente
continua
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continuação
9) Qual a sua avaliação sobre o trabalho dos catadores de materiais recicláveis no bairro onde
se localiza a escola? a - ( ) Importante; b - ( ) Um pouco importante; c - ( ) Muito importante; d -
( ) Não é importante; e - ( ) Indiferente.
10) Qual é a disposição final do lixo produzido na cidade de Ipatinga e Timóteo? (Responda em
relação à cidade em que está inserida a escola onde trabalha). a - ( ) Lixão a céu aberto; b - ( )
Aterro controlado; c - ( ) Aterro sanitário; d - ( ) Incineração; e - ( ) Compostagem; f - ( ) Não sei.
11) Se a resposta anterior foi Aterro Sanitário, qual seria a alternativa mais viável a ser
adotada pelos órgãos públicos? a - ( ) Ampliação da capacidade do aterro por mais alguns anos; b -
( ) Investimentos em programas de Educação Ambiental nas escolas, na mídia, e em outras instâncias
de educação não formal visando sensibilizar as pessoas a associar qualidade de vida e
sustentabilidade às mudanças nas relações homem / meio ambiente; c - ( ) Efetivação da coleta
seletiva no município, prolongando assim, a vida útil do aterro sanitário; d - ( ) Outra(s): _______
12) Frente à problemática dos resíduos sólidos urbanos, qual(is) dentre os comportamentos
abaixo, você adotaria? a - ( ) Não jogar lixo na rua; b - ( ) Separar lixo para os catadores de
recicláveis; c - ( ) Repensar a necessidade de consumo, reduzindo o mesmo; d - ( ) Reutilizar
produtos (papéis, vidros, etc.); e - ( ) Todas as alternativas citadas acima; f - ( ) Não estou disposto a
nenhuma delas; g - ( ) Outro (s): ________
13) a) Ao descartar o lixo produzido em sua residência, você faz uma triagem com o objetivo de
contribuir / facilitar o trabalho dos catadores? 1) ( ) Sempre ;2) ( ) Às vezes; 3) ( ) Nunca; b) Se
a resposta foi positiva, você realiza a higienização das embalagens, quando necessário, antes de
descartá-las? ( ) sim ( ) não
14) Você considera que a coleta seletiva tem impactos positivos na qualidade de vida da
comunidade: a - ( ) as vezes traz impactos positivos, b - ( ) traz impacto positivos; c - ( ) Não
15) Você como educador(a) e a escola onde atua desenvolvem um programa sistemático focado
na educação ambiental?( ) Sim; ( ) Não; Se a resposta acima foi afirmativa, quais são esses
programas? a - ( ) Projetos na semana do Meio ambiente; b - ( ) Campanhas de sensibilização de
forma contínua; c - ( ) O tema educação ambiental está contextualizado na Proposta Pedagógica; d -
( ) Projetos interdisciplinares durante o período letivo; e - ( ) Na escola existe a coleta seletiva;
f - ( ) Não há programas na escola; g - ( ) Apesar de a escola não contemplar programas sistemáticos
focados na Educação Ambiental, trabalho a questão cotidianamente e busco sensibilizar os demais
colegas para a mudança no tratamento do tema.
Agradecemos a sua participação.
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REFERÊNCIAS
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reflexão. In: Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Revista
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