Post on 11-Nov-2018
1 de 24
PELA INCLUSÃO DO CICLISMO NOS CURRICULA ESCOLARES
A bicicleta é um meio que fomenta a realização de “atividades físicas promotoras de
saúde, do bem-estar e da qualidade de vida” Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais
A promoção de estilos de vida saudável através do desporto e, em particular, do ciclismo,
constitui uma forma eficaz de combater a obesidade, doenças cardiovasculares e outras. A
utilização da bicicleta em contexto desportivo, recreativo e/ou quotidiano, permite um
incremento significativo nos níveis de bem-estar individual e coletivo, através de uma atividade
acessível a qualquer pessoa, em qualquer local, ao longo de toda a sua vida.
Complementarmente, a bicicleta é uma ferramenta com elevado potencial cultural, ambiental
e económico, transversal à sociedade, ao conferir ganhos significativos ao nível da mobilidade
e autonomia para os seus utilizadores, e humanizando a cidade pela redução da pressão
associada ao recurso excessivo do veículo individual motorizado, promovendo a
sustentabilidade das comunidades urbanas ou rurais.
Diagnóstico
Um estudo realizado no âmbito do Programa Nacional de Ciclismo para Todos, em parceria
com a DGE, mostra que, apesar do número de alunos que usa a bicicleta como meio de
transporte para a escola ser inferior a 1%, mais de 55% gostaria de o fazer1. E, apesar de
apenas 16% admitirem não saber andar de bicicleta, os rastreios práticos efetuados
mostraram que cerca de 50% de alunos não domina o padrão motor “andar de bicicleta”.
Neste sentido, apresenta-se a presente recomendação, com vista à implementação do
“aprender a pedalar” como matéria nuclear dos curricula escolares.
1 Questionário realizado nos Agrupamentos de Escolas de Alapraia, Alcochete, Benfica e Castanheira do Ribatejo, representando aproximadamente 8000 alunos, funcionários e professores. Os resultados foram obtidos após tratamento das cerca de 4000 respostas validadas pela Profª Ana Santos, no âmbito do Protocolo realizado entre a FMH – Universidade de Lisboa e a FPC.
2 de 24
O Ciclismo como fator de desenvolvimento
Andar de bicicleta é das atividades físicas mais acessíveis e recomendadas para todas as
idades. Diz-se que “pedalar é voar sem asas” e, quem o faz, sabe o prazer que proporciona
deslocar-se apenas com o seu próprio esforço a uma velocidade considerável, fazendo
exercício sem poluir, e deslocando-se de forma acessível e confortável.
A consciência que a bicicleta é um elemento incontornável para o nosso futuro não para de
aumentar, tendo sido inclusivamente proposto em 2016 o Prémio Nobel da Paz. Mais do que
uma moda, o uso da bicicleta é uma tendência crescente, particularmente percetível na
Europa, onde governantes e opiniões publicas estão cada vez mais despertos para as
consequências ambientais e económicas que as opções seguidas até agora no que à
mobilidade diz respeito, têm que sofrer uma profunda alteração. É evidente a necessidade de
reduzir o predomínio do automóvel particular como principal modo de deslocação para inverter
o atual padrão de alterações climáticas e de mobilidade nas cidades.
Como já sucede em vários países, as políticas públicas apostam fortemente no uso da
bicicleta como meio de transporte:
- Nos Estados Unidos, um dos países mais motorizados do mundo, o uso da bicicleta
aumentou 60% nos 10 anos que se seguiram a 2004;
- Na Holanda, o país com maior taxa de utilização de bicicleta do mundo, mais de 30 por
cento da população desloca-se de bicicleta;
- Copenhaga, capital da Dinamarca, apresenta uma taxa de utilização da bicicleta superior a
40% entre a sua população e as autoridades continuam a apostar no seu crescimento;
- A aposta no uso da bicicleta tem sido feita também na Hungria, onde a taxa de utilizadores
atinge já 19% da população;
Em Portugal, escasseiam os dados estatísticos sobre o uso da bicicleta, existindo como dados
oficiais mais recentes os números do Censos 2011, que indicam uma taxa de utilização a nível
nacional de 0,5%, que lhe confere um lugar no grupo do fim da tabela na Europa.
3 de 24
Benefícios económicos e eficiência
A deslocação em bicicleta é o meio de deslocação mais eficiente, quando se avalia a energia
que é necessário despender: se andar a a pé já apresenta um bom resultado (por consumir
0,75 calorias por kg de peso/quilómetro), quem se desloca de bicicleta, além de conseguir
velocidades três a quatro vezes superiores, necessita apenas de um quinto de energia de
quem se desloca a pé.
Usar a bicicleta como meio de transporte é também económico. O preço de um velocípede
usado em boas condições pode custar pouco mais de 100 euros, que vai exigir uma baixa
manutenção e assegura a autonomia de transporte sem mais encargos significativos. Optar
pela bicicleta para as deslocações significa também ocupar nove vezes menos espaço público
de que quando se escolhe o automóvel.
Benefícios para a Saúde
As deslocações em bicicleta trazem benefícios para a saúde do ciclista e, consequentemente,
uma diminuição dos custos com a saúde e absentismo no trabalho, tanto para os indivíduos
como para o Estado. Uma análise agregada2 realizada pela Organização Mundial de Saúde
a um conjunto de estudos internacionais é conclusiva quanto às vantagens para a saúde de
pedalar diariamente para a escola ou trabalho.
Em França, uma investigação concluiu que o benefício económico (entre impactos diretos e
indiretos para a saúde, absentismo e produtividade) por quilómetro percorrido em bicicleta,
pedalando diariamente 30 minutos, é de 0,8€ a 1,2€ (aumentando com a idade do ciclista)3.
Contrariamente à perceção comum, o Centre for Diet and Activity Research (CEDAR) e a
Universidade de Cambridge demonstraram que pedalar é vantajoso e oferece claros
benefícios para a saúde, mesmo em cidades com elevada poluição atmosférica4. Mais
surpreendente ainda é a constatação que o interior de um veículo apresenta-se mais poluído
2 http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0010/256168/ECONOMIC-ASSESSMENT-OF-TRANSPORT-INFRASTRUCTURE-AND-POLICIES.pdf?ua=1 3 http://www.epomm.eu/newsletter/electronic/docs/Emmanuel_Roche_CostBenefitCyclingFrance.pdf 4 http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0091743516000402
4 de 24
do que o ar exterior e, portanto, um ciclista (tal como um peão) encontra-se menos exposto
aos agentes poluentes do que um condutor ou passageiro que use o automóvel5.
De acordo com os dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico, realizado em
2015, 30% da população residente em Portugal é obesa. Promover a adoção de estilos de
vida saudável, fomentando o uso da bicicleta nas deslocações quotidianas contribui de forma
decisiva para este objetivo.
Sinistralidade Rodoviária e o atual Código da Estrada
Complementarmente às vantagens que o uso da bicicleta garante ao nível da mobilidade e
fluidez do tráfego, em particular nas grandes cidades, o aumento do uso da bicicleta tem
também reflexos diretos na diminuição do número de vítimas de sinistros rodoviários6.
Em Portugal, os ciclistas representam cerca de 4,7% do total nacional de vítimas de colisões,
despistes e atropelamentos, de acordo com os dados de 2015, disponibilizados pela
Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Nesse mesmo ano, e apesar do aumento
notório do número de ciclistas na estrada, o número de vítimas mortais baixou de 35 para 25.
O atual Código da Estrada7 deixou de equiparar o ciclista a um veículo de tração animal, e
atribuiu-lhe um estatuto semelhante ao dos outros veículos que circulam na via pública. Sendo
um modo ativo de locomoção, tal como andar a pé, foram ainda estabelecidas regras para
promover a segurança dos ciclistas na via pública. Uma das mais importantes terá sido a
obrigatoriedade das viaturas motorizadas utilizarem a faixa adjacente e guardarem uma
distância mínima de 1,5 metros na ultrapassagem aos ciclistas.
A mobilidade própria para cada idade
Jardim de Infância e Escola Primária: distância média entre casa e escola varia entre os 500
m e os 2 km. Entre os 3 e os 6 anos, a criança necessita de um adulto para ser acompanhada
durante o percurso casa-escola.
5 http://www.healthyair.org.uk/healthiest-transport-option-video/ 6 http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0925753515001812 7 http://www.ansr.pt/SegurancaRodoviaria/CodigoDaEstrada/Pages/default.aspx
5 de 24
Entre os 6 e os 7 anos, a maioria das crianças pode ir para a escola a pé, autonomamente, e
a partir dos 10 ou 11 anos, de bicicleta.
Nas escolas secundárias: distância média entre casa e escola é inferior a 10 km. Entre os 12
e os 18 anos, os estudantes das escolas secundárias ainda continuam sob a autoridade
parental, mas, muitas vezes, são mais sensíveis aos temas da mobilidade sustentável e das
mudanças de clima. Os jovens possuem o sentido de grupo – de “tribos” – e têm um
comportamento responsável quando se trata de defender uma causa justa e de lutar por um
projecto colectivo.”8
É notório a significância da utilização de transporte que conduza a uma mobilidade sustentável
como é o exemplo da utilização da bicicleta, relacionada com redução da pegada ecológica
(poluição do ar, sonora, congestionamento de tráfego, etc.), com o aumento da autonomia
das crianças e jovens, o aprender a lidar com o risco (existe um aumento significativo de
acidentes com jovens de maior idade, por falta de conhecimentos e vivências), a socialização
entre pares, a capacidade de decisão para a realização de pequenas e médias deslocações,
e por fim a aquisição de um estilo de vida ativo e saudável (combate ao sedentarismo,
obesidade e falta de cultura física).
O PNEF tem contemplado o Cicloturismo e Ciclocrosse como matéria alternativa para o 2.º e
3.º Ciclo com três níveis – Introdução, Elementar e Avançado. Tendo em vista a definição de
estratégia nacional, nos quais destacamos o Ciclando – Plano de Promoção da Bicicleta e
outros transportes suaves (IMT) e o Plano de Promoção da saúde e bem-estar (DGS),
considera-se que deverá existir uma mudança de paradigma do PNEF no que concerne às
atividades velocipédicas, tornando nuclear esta matéria. Na expressão físico-motora do 1.º
Ciclo tão pouco está integrada, situação que consideramos desajustada.
Devemos salientar que “Portugal é dos países da União Europeia onde menos se utiliza a
bicicleta como modo de transporte. Em 2007 era o terceiro Estado Membro que menos
utilizava a bicicleta. Com valores inferiores a Portugal (1%) estava apenas Malta (0,8%) e o
8 Master Gestão Intercultural e Ambiental das Escolas - 3 EMI
6 de 24
Luxemburgo (0,6%). Em 2010, apesar da percentagem de deslocações em bicicleta ter
aumentado (1,6%), igualando a Espanha, Portugal continua a registar uma fraca utilização da
bicicleta, apenas superando o Chipre (0,3%) e Malta (0%).” 9
Ainda no “Ciclando”, no seu ponto 4 – O recurso aos modos suaves benefícios e
constrangimentos (pág.32), são enunciadas uma série de situações que nos levam a
concretar a premente necessidade de introduzir nos curricula de expressão físico-motora e
educação física o “Ciclismo do Quotidiano”, considerando que é uma competência que incube
ao estado, na qual todas as crianças e jovens têm o direito de aprender a andar de bicicleta,
com qualidade e em segurança. Devemos exortar que o “Ciclismo do Quotidiano” consiste em
formação para a vida, para a cidadania, uma vez que, como modo de transporte ativo
pode/deve acompanhar-nos ao longo da vida. Refira-se que se trata de garantir a conquista
de uma competência nos períodos críticos de aprendizagem, competência essa que se ganha
e não se perde ao longo da vida (envolve jogos de musculatura profunda). Contribui para
combater o analfabetismo motor, que deverá estar completamente erradicado no fim da
escolaridade básica (in Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais).
A bicicleta contempla experiências de aprendizagem:
- inclusivas
- tempo de prática de atividade física com significado e qualidade
- significativas
- agradáveis
- variadas
- são realizadas num ambiente pedagógico que promove a cooperação e a entreajuda, o
respeito pelos outros, o sentido de responsabilidade, a segurança e o espirito de iniciativa,
apresentando-se como terreno excelente para a Educação para a Cidadania (in Curriculo
Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais, Competências Específicas Educação
Física)
9 Ciclando - Plano de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves (p21)
7 de 24
De uma forma geral em termos metodológicos todos os alunos deverão passar por um
processo de formação com três etapas a definir:
1 – Domínio da Bicicleta – Técnica individual (Nível introdução) – Perímetro delimitado
e seguro (escola)
Montar; desmontar; equilibrar a baixa e alta velocidade; a pedalar e sem pedalar, usar
mudanças de velcoidades, desacelerar, travar; derrapar; contornar; evitar; ultrapassar
obstáculos, acelerar, rolar. Adaptar a altura do selim à sua estatura.
2 – Integração no Grupo – Técnica Coletiva (Nível Elementar) – Perímetro delimitado e
seguro (escola)
Afastar-se; dobrar; parar; posicionar-se; reagrupar; antecipar; ir à roda; fazer relevos; realizar
sprints. Realizar pequenas manutenções da bicicleta.
3 – Adaptação ao meio ambiente. (Nível Avançado) – Contexto espaço urbano/via
pública
Responde positivamente a problemas que se apresentam em situações diversas como:
adquirir e interiorizar as regras e sinais de trânsito, bem como comportamentos de defesa;
circular na via pública, em ciclovias; realizar travessia/passeios, percorrer circuitos;
ultrapassar obstáculos; realizar atividades várias (Road-Books, Orientação; Jogos de Pista;
as várias especialidades da BMX/estrada/BTT). Adaptar a bicicleta às suas principais medidas
antropométricas e realizar manutenção da bicicleta.
Sabemos que se terá de realizar um esforço significativo ao nível da formação de professores.
As universidades que ministram formação inicial na área da educação física e desporto devem
incluir nos seus curricula as atividades velocipédicas. Não produzir esta alteração levará
indubitavelmente a um atraso geracional com implicações muito graves. A complementar esta
situação e ao nível da formação contínua, as entidades responsáveis (ME-DGE-CNDE e FPC)
deverão encontrar formas de colaboração, num processo de sinergias, com o fim de atingir o
máximo de professores titulares do 1.º ciclo e professores de educação física que estão a
leccionar no sistema educativo.
8 de 24
Um bom exemplo é o que está acontecer entre a ME-DGE-CNDE e FPC com dois projetos
fundamentais – um primeiro denominado Programa Nacional de Ciclismo para Todos
(PNCpT) e um segundo projeto, na área da formação contínua na modalidade da BTT no
desporto escolar, neste caso envolvendo um terceiro parceiro que são os centros de formação
docente.
Na expressão físico-motora do 1.º ciclo deverá estar integrada a matéria, com carácter
nuclear – como “Ciclismo do quotidiano” – em perímetro delimitado e seguro.
9 de 24
Nível Introdução – 1.º Ciclo de escolaridade – 1.º e 2.º Anos
O objetivo deste nível está definido como: sabe pedalar em perímetro delimitado e
seguro
O Aluno:
1 – Conhece qual a altura do selim adaptada à sua estatura e solicita a um adulto a sua
regulação.
2 – Conhece e utiliza as normas de segurança
- utiliza capacete homologado, adaptado e devidamente apertado (óculos por fora das fitas –
graduados ou não)
- usa roupa justa ao corpo
- utiliza luvas para as mãos não escorregarem dos punhos e, em caso de queda, aquelas
serem protegidas
- compreende a necessidade de utilizar adequada pressão nos pneus e travões devidamente
afinados
3 – Conhece e faz uso de comportamentos de defesa:
- avisa sonora e visualmente quando vai afrouxar, parar, virar (esquerda ou direita) e
ultrapassar
- verifica condições de segurança no momento do arranque, em relação a outros elementos
em proximidade
10 de 24
4 – Cumpre um percurso em bicicleta (BMX, BTT, outras) num espaço plano – tipo
polidesportivo descoberto, realizando um trajeto com limite de tempo previamente
estabelecido - Gincana, realizando com equilíbrio e coordenação as habilidades:
1 Saber montar na bicicleta. Arranca a pedalar já sentado no selim, (mãos no guiador) com um pé de apoio, com grandes/médias oscilações laterais.
2 Andar em linha reta a pedalar e sem pedalar.
Comprimento – 2 a 5 metros Largura do corredor – 25 a 50 cm Não pisa/pisa ligeiramente a linha desenhada e não põe o pé no solo.
3 Realizar curvas à direita e à esquerda (Slalom).
Distância entre pinos – 1,5m. Com 5 a 7 pintos Não toca nos pinos e não põe o pé no solo.
4
Em andamento em linha reta retirar as duas mãos do guiador alternadamente (a pedalar e sem pedalar.
Anda 5 m com mão esquerda no guiador e outros 5 m com a mão direita no guiador. Pode ter algumas oscilações laterais.
5 Baixar o tronco para passar por baixo (definir altura da fasquia elástica do Salto em altura).
1,00 m – roda de 20 polegadas 1,10 m – roda de 24 polegadas 0,90 –1,50 m – largura entre postes Não toca na fasquia, nem nos postes, não põe pés no solo, com pequenas oscilações
6 Travagem num determinado espaço (retangular desenhado 2 m X 1 m).
Realiza o final da travagem dentro de um retângulo de 2 m x 1 m iniciando a desmontagem da bicicleta.
7 Saber desmontar da bicicleta.
Após parar a bicicleta, deixa que esta se incline para um lado para pousar o pé e com as mãos no guiador, desmonta levantando a perna contrária por detrás do selim.
11 de 24
Nível Elementar – 1º Ciclo de escolaridade – 3.º e 4.º Anos
O objetivo deste nível está definido como: sabe pedalar em perímetro delimitado, seguro e habilitado para circuitos de prevenção rodoviária e para
gincanas de nível avançado
O Aluno:
1 – sabe escolher uma bicicleta adaptada à sua estatura (tamanho de quadro e
rodas).
2 – conhece qual a altura do selim adaptada à sua estatura e solicita a um adulto a
sua regulação.
3 – Conhece e utiliza as normas de segurança
- utiliza capacete homologado, adaptado e devidamente apertado (óculos por fora as
fitas – graduados ou não)
-usa roupa justa ao corpo
- utiliza luvas para as mãos não escorregarem dos punhos e, em caso de queda,
aquelas serem protegidas
- compreende a obrigatoriedade de utilizar luzes e refletores na bicicleta
- compreende a necessidade de utilizar adequada pressão nos pneus e travões
devidamente afinados
4 – Conhece e faz uso de comportamentos de defesa:
- avisa sonora e visualmente quando vai afrouxar, parar, virar (esquerda ou direita) e
ultrapassar
- verifica condições de segurança no momento do arranque, em relação a outros
elementos em proximidade
- mantém contacto com a bicicleta em três pontos (pedais, selim e guiador);
- antecipa os movimentos de outros veículos, executando a trajetória mais segura
- reconhece a importância de assumir um correto posicionamento na via
12 de 24
5 – Cumpre um percurso em bicicleta (BMX, BTT, outras) num espaço plano – tipo
polidesportivo descoberto, realizando um trajeto com limite de tempo previamente
estabelecido - Gincana, realizando com equilíbrio e coordenação as habilidades:
1 Saber montar na bicicleta. Arranca a pedalar já sentado no selim ou fora do selim, (mãos no guiador) com pé de apoio, sem oscilações laterais, ou muito pequenas.
2 Andar em linha reta a pedalar e sem pedalar.
Comprimento – 5 a 10 metros Largura do corredor – 30 a 50 cm Não pisa a linha desenhada e não põe o pé no solo.
3 Realizar curvas à direita e à esquerda (Slalom).
Distância entre pinos – 1,5m. Com 5 a 7 pintos Não toca nos pinos e não põe o pé no solo.
4
Em andamento em linha reta retirar alternadamente as duas mãos do guiador a pedalar e sem pedalar.
Anda 5 m com mão esquerda no guiador e outros 5 m com a mão direita no guiador. Pode ter algumas oscilações laterais. Durante os 10 metros da destreza deve pedalar +/- 5 m.
5
Em andamento em linha reta olhar para trás (olhar para trás 5 m e contar os dedos de uma mão (examinador).
Após passar o examinador – 5 m, mantém a condução da bicicleta (sem pedalar), olha para trás e verifica quantos dedos tem o examinador no ar, sem provocar grandes oscilações laterais.
6 Retirar bidon da grade e tornar a pôr andando a direito.
Num espaço de 10 metros, retira o bidon da grade e torna a coloca-lo na grade em andamento (pode ou não pedalar), sem grandes oscilações ou pôr o pé no solo.
7
Realizar uma curva à direita e à esquerda apertada (equilíbrio estático com um determinado perímetro a definir).
O diâmetro interior do circuito tem 2,5 metros, com entrada de 50 cm. Realiza curva à D/E dentro do círculo, sai e torna entrar para realizar a curva no sentido contrário ao anterior. Não pisa a linha e não põe o pé no solo.
8 Baixar o tronco para passar por baixo (definir altura da fasquia elástica do Salto em altura).
1,00 m – roda de 20 polegadas 1,10 m – roda de 24 polegadas 1,25 m – roda de 26 e + 26 polegadas 0,90 –1,50 m – largura entre postes Não toca na fasquia, nem nos postes, não põe pé no solo, com pequenas oscilações
9 Travagem num determinado espaço (retangular desenhado 2 m X 1 m).
Realiza o final da travagem dentro de um retângulo de 2 m x 1 m iniciando a desmontagem da bicicleta.
10 Saber desmontar da bicicleta.
Ao parar a bicicleta levanta o rabo do selim e procura com um pé o solo junto da roda da frente. Pousa o pé, com as mãos no guiador, desmonta levantando a perna contrária por detrás do selim.
13 de 24
2ºCiclo, 3º Ciclo e Secundário
Modalidade de: Ciclismo do Quotidiano
Nível Introdução O objetivo deste nível está definido como: sabe andar de bicicleta em contexto
fechado/seguro e realiza circuitos de prevenção rodoviária e gincanas de nível avançado, incluindo a realização de desníveis (subida e descida), faz uso de comportamento de defesa, conhece a composição da bicicleta e realiza
pequenas reparações e manutenções.
O Aluno:
1 - Coopera com os companheiros, no cumprimento das normas de segurança
estabelecidas, na preservação e arrumação do material, admitindo as indicações que
lhe dirigem.
2 - Conhece os elementos que compõem a bicicleta e as respetivas funções e utiliza
esse conhecimento na reparação, manutenção e utilização da bicicleta:
- escolhe uma bicicleta de tamanho adaptado à sua estatura (tamanho de quadro e
roda);
- regula a altura do selim;
- coloca a corrente nas rodas pedaleiras e/ou carretos sempre que a mesma sai do
lugar;
- desmonta as duas rodas da bicicleta e respetivo pneu, remenda ou substitui a
câmara-de-ar, verifica o pneu (se existem “picos”), torna a montar tudo e enche o pneu
com ar - Bomba de ar. (blocagem rápida/”porcas – 14 mm)
3 – Conhece e utiliza as normas de segurança:
- coloca o capacete homologado na cabeça, ajusta-o ao seu tamanho e fecha a fivela
do mesmo, com o separador de fita por debaixo do lóbulo da orelha.
- se utiliza óculos as hastes devem ir fora das fitas que seguram o capacete.
14 de 24
- Utiliza luvas.
- coloca roupa justa apropriada à utilização da bicicleta, para não encravarem nas
partes móveis da bicicleta.
- veste-se com roupa tendo em conta as condições climatéricas que vão estar durante
atividade.
- compreende a necessidade de utilizar adequada pressão nos pneus e travões
devidamente afinados
- compreende a obrigatoriedade de utilizar luzes e refletores na bicicleta
4 – Conhece e faz uso de comportamentos de defesa:
- mantém contacto com a bicicleta em três pontos (pedais, selim e guiador);
- avisa sonora e visualmente quando vai abrandar, parar, virar (esquerda ou direita)
e ultrapassar.
- reconhece a importância de assumir um correto posicionamento na via, ocupando o
meio da faixa de rodagem quando esta só permite um veículo (circuitos de prevenção
rodoviária).
- estabelece contacto visual com os outros utilizadores da via pública.
- avisa visual e sonoramente das manobras a realizar antecipadamente para quem vai
detrás ter tempo para reagir (abrandar, parar, virar à esquerda ou à direita, afrouxar e
ultrapassar).
- antecipa a possibilidade de comportamentos disruptores por parte de outros
utilizadores da via pública, baseando-se na velocidade e trajetória do veiculo,
executando a trajetória mais segura.
- diminui a velocidade na aproximação de uma escolha de itinerário ou passadeira de
peões.
5 - Conhece e cumpre as regras e sinais de trânsito (de perigo; proibição, obrigação
e informação) de acordo com o código da estrada para velocípedes sem motor,
realizando um circuito de prevenção rodoviária com os seguintes elementos:
- curva à direita (sinal de proibido e obrigatório);
- curva à esquerda (sinal de proibido e obrigatório);
15 de 24
- entra, mantem-se e sai de rotunda (sinal de sentido obrigatório giratório);
- entra em estrada com e sem (sinal de perigo e de proibição (STOP) ;
- abranda/para em passadeira;
- cumpre o significado das cores do semáforo (cor verde, amarela e vermelha).
- Conhece e cumpre a sinalética dos agentes reguladores de trânsito (polícias
sinaleiros).
6 - Cumpre um percurso em bicicleta em piso alcatroado, empedrado ou em todo
terreno suave – tipo gincana:
- num trajeto dentro da escola;
- num espaço fechado.
Com o piso seco ou molhado, com desníveis e angulações de curvas suaves, num
limite de tempo previamente estabelecido, realizando com equilíbrio e coordenação
as técnicas individuais básicas de condução.
6.1 – Doseia convenientemente o esforço de acordo com a distância ou tempo da
actividade.
6.2 – Seleciona de forma adequada o que comer e beber e os momentos para o fazer.
16 de 24
1 Saber montar na bicicleta em andamento.
Arranca com um pé no pedal e mãos no guiador, passando a perna livre por cima/detrás do selim, sem oscilações laterais, ou muito pequenas.
2 Andar em linha reta a pedalar e sem pedalar.
plano/subida/descida Comprimento – 2 a 10 metros Largura do corredor – 25 a 50 cm Não pisa a linha desenhada e não põe o pé no solo.
3 Realizar curvas à direita e à esquerda (Slalom).
Plano/subida/descida Distância entre pinos – 1,5m. Com 5 a 7 pintos Não toca nos pinos e não põe o pé no solo.
4 Em andamento em linha reta retira alternadamente as mãos do guiador, sem pedalar e a pedalar.
Anda 5 m com mão esquerda no guiador e outros 5 m com a mão direita no guiador. Pode ter algumas oscilações laterais. Durante os 10 metros da destreza deve pedalar cerca de 5 m.
5 Em andamento em linha reta retira as duas mãos do guiador ao mesmo tempo
Plano/subida/descida Anda cerca de 5 metros sem as mãos no guiador sem grandes oscilações laterais e mantendo a direção
6
Em andamento em linha reta olhar para trás (olhar para trás 5 m e contar os dedos de uma mão (examinador).
Após passar o examinador – 5 m, mantém a condução da bicicleta (sem pedalar), olha para trás e verifica quantos dedos tem o examinador no ar, sem provocar grandes oscilações laterais e mantendo a direção.
7
Agarra, quer com a mão direita como a esquerda um objeto colocado num plano inferior/superior e coloca-o num plano superior/inferior.
Num espaço de 5 metros com a mesma mão. Num espaço de 10 metros com troca de mão. Sem grandes oscilações ou pôr o pé no solo.
8
Realizar uma curva à direita e à esquerda apertada (equilíbrio estático com um determinado perímetro a definir).
O diâmetro interior do circuito tem 2,5 metros, com entrada de 50 cm. Realiza curva à D/E dentro do círculo, sai e torna entrar para realizar a curva no sentido contrário ao anterior. Não pisa a linha e não põe o pé no solo.
9 Baixar o tronco para passar por baixo (definir altura da fasquia elástica do Salto em altura).
1,00 m – roda de 20 polegadas* 1,10 m – roda de 24 polegadas 1,25 m – roda de 26 e + 26 polegadas 0,90 –1,50 m – largura entre postes Não toca na fasquia, nem nos postes, não põe pé no solo, com pequenas oscilações
10 Retirar bidon da grade, bebe água e torna a pô-lo na grade, em andando a direito.
Num espaço de 10 metros, pode ou não pedalar, sem grandes oscilações ou pôr o pé no solo.
11 Travagem em equilíbrio num determinado espaço e período de tempo.
Realiza a travagem (travão dianteiro e traseiro) dentro de um retângulo de 2 m x 1 m mantendo o equilíbrio, sem colocar os pés no solo entre 5 e 10 segundos para de seguida tornar arrancar.
12 Saber desmontar da bicicleta em andamento.
Ao abrandar para parar a bicicleta (travão dianteiro e traseiro), levanta o rabo do selim, levantando uma perna por cima/detrás do selim e procura o solo, entre a perna que está no pedal e o quadro da bicicleta.
17 de 24
Nível Elementar
O objetivo deste nível está definido como: Conhece os benefícios de deslocar-
se de bicicleta, sabe andar de bicicleta em contexto fechado/aberto em vários tipos de terreno (escola, ruas, estradas e todo terreno), com diferentes
desníveis, cumpre as regras e sinais de trânsito, optando por ter comportamentos de defesa e realiza manutenção à bicicleta.
O Aluno: 1 – Coopera com os companheiros, no cumprimento das normas de segurança
estabelecidas, na preservação e arrumação do material, aceitando e dando sugestões
que permitam a melhoria das suas prestações.
2 – Conhece os benefícios de deslocar-se em bicicleta ao nível da pegada ecológica
(impacto ambiental).
3 - Conhece os elementos que compõem a bicicleta e as respetivas funções e utiliza
esse conhecimento na preparação, manutenção e utilização da bicicleta.
- lava a bicicleta e lubrifica as suas partes móveis (corrente, desviadores, pedais);
- afina os calços ou pastilhas dos travões (V-Brakes/Travões de Disco);
- afina as mudanças da bicicleta – dianteira e traseira;
- nas saídas de escola, leva uma câmara-de-ar (individual e adequada ao tamanho de
roda), bomba de mão, conjunto de chaves sextavadas, chave de cravar elos de
corrente.
4 – Conhece e utiliza as normas de segurança:
- utiliza luzes, dianteira (branca fixa) e traseira (vermelha intermitente), quando existe
pouca visibilidade (noite, amanhecer, entardecer, más condições climatéricas –
nevoeiro, chuva).
18 de 24
5 – Conhece e faz uso de comportamentos de defesa:
- utiliza um suporte dianteiro no guiador, ou traseiro, nas escoras ou espigão do selim,
para levar os seus haveres (mala de trabalho, da escola, lancheira, etc.), devidamente
acondicionados.
- sempre que não for possível utilizar dispositivos de transporte de carga na bicicleta
(como alforges ou prateleiras frontais ou traseiras), utiliza mochila, esta deverá estar
devidamente ajustada às costas.
- realiza uma escolha criteriosa sobre as vias públicas a percorrer, optando pelas que
estão preparadas para utilização da bicicleta, com menor trafego, menor velocidade
máxima e com maior visibilidade (luz artificial e sol).
- quando anda em grupo, mantem o grupo coeso (mais impacto visual e mais fácil de
ultrapassar).
- mantem uma distância suficiente para o veiculo da frente para poder reagir e no caso
de chuva, aumenta a distância.
- prepara-se para travar quando observa crianças perto da faixa de rodagem.
- quando ultrapassa um veículo grande (camião, autocarro), confirma que não há
gente a cruzar a rua pela sua frente.
- Nas deslocações para zonas não urbanas leva o telemóvel para a necessidade de
chamada de emergência.
6 - Conhece e cumpre as regras e sinais de trânsito (de perigo; proibição, obrigação
e informação) de acordo com o código da estrada, realizando um percurso citadino
(baixo impacto) com os seguintes elementos:
- curva à direita (sinal de proibido e obrigatório);
- curva à esquerda (sinal de proibido e obrigatório);
- entra, manter-se e sair de rotunda (sinal de sentido obrigatório giratório);
- entra em estrada com e sem prioridade (sinal de perigo e de proibição (STOP) ;
- abranda/para em passadeira;
- cumpre o significado das cores do semáforo (cor verde, amarela e vermelha).
19 de 24
- conhece e cumpre a sinalética dos agentes reguladores de trânsito (polícias
sinaleiros).
7 - Cumpre um percurso em bicicleta em piso alcatroado, empedrado ou em todo
terreno suave:
- num trajeto dentro da escola;
- num espaço fechado;
- na via pública.
Com o piso seco ou molhado, com vários desníveis e angulações de curvas, num
limite de tempo previamente estabelecido, realizando com equilíbrio e coordenação
as técnicas individuais e coletivas básicas de condução em sintonia com as
desmultiplicações e travões, mantendo altos níveis de segurança no que respeita a
outros veículos, bens, pessoas ou animais:
7.1 – Doseia convenientemente o esforço de acordo com a distância ou tempo da
actividade.
7.2 – Seleciona de forma adequada o que comer e beber e os momentos para o fazer.
20 de 24
Obs
erva
obj
etiv
amen
te o
s ac
iden
tes
espa
ciai
s e
defin
e um
a tra
jetó
ria.
Equilíbrio sentado e em pé
Plano horizontal – posição de velocidade cruzeiro - peso do ciclista distribuído sobre as duas rodas (mais na detrás); - tronco alto com braços ligeiramente fletidos; - sentado ou em pé; - cotovelos ligeiramente afastados do tronco e fletidos para o exterior (baixo). - mãos agarrar os punhos e nas manetas de travões (dianteiro e traseiro). Subidas - peso do ciclista distribuído sobre as duas rodas; - baixa o tronco em direção ao guiador quanto mais acentuada é a subida; - cotovelos ligeiramente afastados do tronco e fletidos para baixo com as mãos a exercer força no guiador para baixo e para trás; - Senta-se na ponta do selim ou pedala em pé com o tronco sobre o tubo horizontal, quanto mais acentuado é a subida Descidas - tronco direito, abaixado com o rabo fora do selim e atrasado; - braços semi-fletidos para fora com efeito de amortecimento; - mãos a agarrar os punhos e as manetas de travão (dianteiro e traseiro), para controlar a descida. - pernas fletidas para efeito de amortecimento e afastadas do quadro para não sofrer vibrações da bicicleta. - pés paralelos e a efetuar força sobre os pedais para equilibrar a bicicleta.
Propulsão (Cadência de pedalada e desmultiplicação – diferentes velocidades)
- antecipa a colocação de mudanças, realizando um escalonamento suave; - mantém alinhamento da corrente entre pedaleira e carretos; - realiza uma pedalada de frequência alta; - pedala sentado; - pedala em pé , sobre os pedais, baloiçando a bicicleta com os braços lateralmente, com o fim de juntar força das pernas/braços. - realiza pedalada de pistón.
Mudanças de direção
- modera a velocidade antes da curva, utilizando os travões (dianteiro e traseiro); - coloca mudança mais leve devido à perda de velocidade; - procura aumentar o raio da curva o mais possível tendo em conta as varias inclinações possíveis entre o ciclista e a bicicleta (noção de aderência). - coloca o pedal do lado de fora da curva em baixo e exercer força.
21 de 24
Nível Avançado
O objetivo deste nível está definido como: Conhece os benefícios de deslocar-se de bicicleta, sabe andar de bicicleta em contexto fechado/aberto, em vários
tipos de terreno (escola, ruas, estradas e todo terreno), com diferentes desníveis, cumpre as regras e sinais de trânsito, optando por ter comportamentos de defesa e realiza manutenção à bicicleta.
O Aluno:
1 - Coopera com os companheiros, no cumprimento das normas de segurança
estabelecidas e na preservação e arrumação do material, admitindo as indicações que
lhe dirigem e dando sugestões que permitam a melhoria das suas prestações.
2 – Conhece os benefícios de deslocar-se em bicicleta ao nível da pegada ecológica
(impacto ambiental).
3 - Conhece os elementos que compõem a bicicleta e as respectivas funções e utiliza
esse conhecimento na preparação, manutenção e utilização da bicicleta.
- prepara a bicicleta à sua forma de andar, mantendo-a limpa e lubrificada (antes,
durante - o possível - e depois).
- muda e afina os calços ou pastilhas dos travões (V-Brakes/Travões de Disco);
- muda e afina as mudanças da bicicleta – dianteira e traseira;
- arranja uma corrente partida usando a chave de cravar elos de corrente e/ou
utilizando um elo rápido.
4 – Conhece e utiliza as normas de segurança:
5 – Conhece e faz uso de comportamentos de defesa:
22 de 24
6 - Conhece e cumpre as regras e sinais de trânsito (de perigo; proibição, obrigação
e informação) de acordo com o código da estrada, realizando um percurso citadino de
médio impacto.
7 - Cumpre um percurso em bicicleta em piso alcatroado, empedrado ou em todo
terreno:
- num trajeto dentro da escola;
- num espaço fechado;
- na via pública.
- Em zona de campo (mata, floresta)
Com o piso seco ou molhado, com vários desníveis e angulações de curvas, num
limite de tempo previamente estabelecido, realizando com equilíbrio e coordenação
as técnicas individuais e coletivas básicas de condução em sintonia com as
desmultiplicações e travões, mantendo altos níveis de segurança no que respeita a
outros veículos, bens, pessoas ou animais:
7.1 – Doseia convenientemente o esforço de acordo com a distância ou tempo da
actividade.
7.2 – Seleciona de forma adequada o que comer e beber e os momentos para o fazer,
tendo em conta o tempo da atividade.
23 de 24
Obs
erva
obj
etiv
amen
te o
s ac
iden
tes
espa
ciai
s e
defin
e um
a tra
jetó
ria.
Equilíbrio (Equilibração – Sentado e em pé)
Plano horizontal – posição de velocidade cruzeiro Plano horizontal – posição de velocidade - peso do ciclista distribuído sobre as duas rodas; - tronco estirado e baixo com braços ligeiramente fletidos; - sentado ou em pé; - cotovelos ligeiramente afastados do tronco e fletidos para o exterior (baixo). - mãos a agarrar os punhos e nas manetas de travões (dianteiro e traseiro). - pedala em pistón ou em redondo (estribos ou pedais de encaixe) Subidas Descidas
Propulsão (Cadência de pedalada e desmultiplicação – diferentes velocidades)
- realiza pedalada em redondo (estribos ou pedais de encaixe); - realiza sprints com partida parado, pé no solo, conforme ganha velocidade, aumenta a desmultiplicação.
Mudanças de direção
- exerce força para baixo no punho do lado de fora da curva; - Inicia o pedalar o mais rápido possível para perder mínimo de velocidade (após o vértice da curva); - Leva o rabo fora do selim, com pernas semi-fletidas para amortecer e afastadas do quadro; - realiza curvas em trajetória neutra, rápida (vértice adiantado, atrasado e neutro) e de emergência; - Conforme as condições de aderência realiza vários tipos de inclinação entre ciclista e bicicleta.
Saltos Pequenos drops
- ao aproximar-se do obstáculo o corpo do ciclista pressiona a bicicleta para o solo, com os braços e as pernas; -mesmo antes do obstáculo o corpo do ciclista sobe rapidamente, puxando os punhos do guiador para cima (levanta a roda da frente) e puxando os pedais para cima e para trás (levanta a roda traseira); - quando da receção, o corpo deve amortecer o impacto fletindo os braços e pernas, com o fim de absorver o impacto. baixando-se, com o fim de novamente.
Andar na roda do ciclista dianteiro
- mantem: * uma distância pequena da sua roda dianteira com a roda traseira do ciclista que vai à sua frente (20-50 cm); * uma trajetória e velocidade constantes; * mãos nas manetas de travões.
Relevos simples 2/3
- mantem uma distância pequena da sua roda dianteira com a roda traseira do ciclista que vai à sua frente (20-50 cm); - mantem uma trajetória e velocidade constantes; - mantem as mãos nas manetas de travões; - após um tempo determinado na frente, o ciclista afasta-se e deixa passar os que iam na roda, colocando-se em última posição.
24 de 24
Lisboa, 10 fevereiro de 2017
Os Professores de Educação Física
(colaboração no âmbito do protocolo entre a DGE e o Programa Nacional de Ciclismo para Todos)
Mário Alpiarça (Agrupamento de Escolas D. José I – Vila Real Stº António)
Agostinho Silva (Agrupamento de Escolas de Alcochete)
Ana Cristina Costa (Agrupamento de Escolas de Benfica)
Luís Saldanha (Agrupamento de Escolas de Castanheira do Ribatejo)
A Federação Portuguesa de Ciclismo
Gabriel Mendes (Diretor Técnico Nacional)
Jorge Pina (Diretor - Escolas de Ciclismo)
Sandro D. Araújo (Coordenador do Programa Nacional de Ciclismo para Todos)