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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE
I
RUÍDO E AUDIÇÃO: UM DESAFIO ESCOLAR
Edna Raymundini (1)
Débora de Mello Gonçales Sant’ Ana (2)
RESUMO
Objetivo: identificar atitudes, hábitos e comportamentos auditivos dos alunos e os transtornos que podem ser causados pelo excesso de exposição ao ruído.
Método: O público alvo foi os alunos do oitavo ano, período matutino do ensino fundamental do Colégio Estadual do Jardim Independência da cidade de Sarandi, no Estado do Paraná, com idade de 13 a 15 anos. Foi realizada exposição oral da anatomia da orelha e mecanismos da audição. Utilizou-
se um questionário validado para identificar atitudes dos alunos frente ao ruído, das queixas e sintomas e dos hábitos auditivos e comportamento em relação à exposição a eventos ruidosos . Os alunos junto com o professor fizeram a coleta e análise dos dados, utilizando estatística descritiva e
gráfica para caracterizar os dados. Foram apresentados e discutidos com os alunos vídeos abordando os ruídos. Também foi realizada palestra preventivo/educativa e confeccionada maquete da fisiologia da audição. Resultados em relação às atitudes: quase um terço dos alunos discorda que
o som da escola é confortável e que a sala de aula deveria ser silenciosa e calma, mas a maioria está indecisa se estão preparados para tornar o ambiente escolar mais silencioso. Observa-se que 62,50% dos alunos apresentaram zumbido e 43,75% consideram-se sensíveis ao ruído. Um número
significativo de alunos (53,75%) referiu que ouve música usando fones de ouvido diariamente ou equipamento de som de casa em volume alto (diariamente 31,25% e várias vezes ao dia 25%). Conclusões: O comportamento dos alunos relacionados às atitudes e hábitos auditivos pode ser
nocivo à saúde e a aprendizagem, por isso deveria ser prioridade para a atenção pública desenvolver um programa de prevenção auditiva e educacional para as escolas, desde as séries iniciais, sendo incluída nos currículo escolar, e também para a sociedade.
DESCRITORES: audição; ruído; aprendizagem; prevenção.
INTRODUÇÃO
O excesso de ruído no ambiente escolar pode estar comprometendo a
capacidade auditiva dos alunos, interferindo no processo de aprendizagem e
causando danos à saúde de todos os envolvidos, não somente à audição, mas
também, ao organismo como um todo.
Observamos em nossa prática docente, durante vários anos, o uso em
excesso de fones de ouvido antes, durante e depois das aulas. Este fato pode gerar
problemas para nossos alunos e professores, entre eles, dificuldade de
concentração e, consequentemente de aprendizagem.
Pesquisa do Comitê Científico Europeu de Riscos à Saúde diz que o uso de
MP3 player com fone dentro do ouvido favorece a perda de audição. O tempo de
exposição máximo por dia para quem ouve música a 85 dB é de oito horas conforme
a NR 15 (Brasil, 1978). Estudos revelam que a maioria dos jovens ouvem música
com fone de ouvido com som entre 100 a 115 dB, o que acabaria causando danos
irreversíveis à audição em cerca de 10 anos. O Brasil é um dos Campeões mundiais
na frequência de perda auditiva, induzido pelo ruído, 30% são causados por
exposição a sons intensos.
No entanto, além da surdez, alguns aspectos devem ser considerados: 20%
da população apresenta zumbido, sintoma que indica perda auditiva, dificuldade
para ouvir alguns sons agudos e de fala, além dos distúrbios de sono, problemas
gástricos e dores de cabeça (Comitê Científico Europeu de Riscos à Saúde, 2008).
Almeida (1998) apud Borja et al. (2002), no seu estudo acerca dos efeitos
lesivos do ruído, relata que os efeitos nocivos não estão limitados apenas ao órgão
da audição, mas também ao organismo como um todo. Provoca alterações na
homeostase orgânica, através do sistema nervoso autônomo (SNA) desencadeando
distúrbios em órgãos dos sistemas cardiovasculares e o endócrino.
O uso de fones de ouvido pode acarretar também infecções, pois muitos
indivíduos os emprestam para os colegas e, considerando que vários não fazem a
higiene adequada no aparelho, estas podem agravar ainda mais os problemas de
audição.
Frente a estes apontamentos, optamos por realizar um estudo que avalie o
nível de informação e o comportamento dos adolescentes diante do ruído e que
alerte para o excesso de exposição ao ruído, pois o resultado pode ser uma lesão
auditiva, e consequentemente uma perda auditiva significativa na aprendizagem dos
conteúdos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nos seres humanos, o órgão que apresenta células receptoras sensíveis às
ondas sonoras é a orelha. A figura 1 a seguir mostra a estrutura desse órgão.
Figura 1 – Representação da Anatomia da Orelha Humana.
Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/imagens/artigos/570x360x542.jpg.pag
espeed.ic.tItFzHZd9e.jpg.
A orelha é dividida em orelha externa, orelha média e orelha interna.
A orelha externa é formada pelo pavilhão da orelha, meato acústico externo e
membrana timpânica. As ondas sonoras do ambiente são captadas pelo pavilhão e
direcionadas pelo meato acústico externo para uma fina membrana, chamada de
membrana timpânica. Quando as ondas sonoras a atingem, essa membrana vibra.
Essa vibração é transmitida à orelha média (Rossi, 1996; Godoy; Ogo, 2012).
A orelha média apresenta três pequenos ossos que se articulam entre si, o
martelo, a bigorna e o estribo. Quando a membrana timpânica vibra, o martelo que
está ligado a ela também vibra; essa vibração passa pela bigorna, que por sua vez
faz vibrar o estribo. A vibração do estribo é transmitida a uma pequena abertura
entre a orelha média e a interna, denominada janela do vestíbulo. A orelha média
comunica-se com a faringe por meio de um canal chamado tuba auditiva (Rossi,
1996; Godoy; Ogo, 2012).
A orelha interna é formada por uma série de canais ósseos chamados, em
conjunto, de labirinto ósseo. O labirinto é dividido em três regiões: o vestíbulo, a
cóclea e os canais semicirculares. A vibração que chega à janela do vestíbulo causa
pequenas ondas em um líquido existente no vestíbulo e na cóclea. No interior da
cóclea, encontra-se uma membrana e, abaixo dela, as células receptoras. Quando
as ondas atingem a membrana, ela vibra e estimula as células receptoras, as quais
emitem impulsos nervosos ao nervo coclear, com o qual mantém comunicação. Por
meio de nervos, esse impulso chega a regiões da parte central do sistema nervoso,
onde é interpretado, dessa maneira, identificando o som (Rossi, 1996; Canto, 2009;
Godoy; Ogo, 2012).
Ruídos adequados e inadequados à audição humana
Ruído é a superposição de várias frequências, sem relação harmônica,
causando sensações desagradáveis. Isso varia em relação à distância, à intensidade
e ao meio de propagação.
Quando esses ruídos são de maior intensidade e incomodam, são chamados
de poluição sonora.
A intensidade relaciona-se com sons fortes e fracos. O nível de intensidade
sonora que corresponde à energia transmitida pelas vibrações se expressa
habitualmente em decibéis (db).
O timbre é a qualidade da fonte sonora. É através do timbre que
diferenciamos uma mesma nota musical.
A altura está relacionada à frequência. A frequência é que permite distinguir a
altura do som, do grave ao agudo e corresponde ao número de vibrações por
segundo. A sua unidade de valor é Hertz (Hz), sendo que o ouvido humano
consegue perceber as frequências compreendidas entre 16 e 20.000 Hz. Abaixo da
menor medida, surgem os infrassônicos. Acima da maior medida, surgem os
ultrassônicos.
Segundo Gerges (2000) o primeiro efeito fisiológico de exposição a níveis
altos de ruído, é a perda de audição na banda de frequências de 4 a 6 KHz.
Geralmente o efeito é acompanhado pela sensação de percepção do ruído após o
afastamento do campo ruidoso, podendo ser temporário e recuperado.
Pessoas com audição normal ouvem sons a partir de 10 ou 15 dB. Sons até
85 dB são considerados inofensivos à audição. Longas exposições a sons de maior
intensidade podem provocar dores de cabeça, insônia, falta de atenção, irritabilidade
e até diminuição da capacidade auditiva. Ruídos acima de 120 dB podem causar a
dor.
O ouvido que necessita de sons acima de 20 dB para conseguir ouvir tem
algum grau de perda auditiva. Isso é testado para cada faixa de frequência sonora.
Para saber se tem perda auditiva ou qual o tipo da perda faz-se um exame chamado
de audiometria ou teste de audição. A audiometria nos dá um gráfico com o volume
mínimo percebido pelo paciente em cada faixa de frequência para as duas orelhas
(Figura 2).
Figura 2 – Classificação das perdas auditivas em decibeis e em Hertz. Fonte: http://otorrinobrasilia.com/aparelhoauditivo/audiometria.jpg.
No quadro 01 estão listados alguns sons cotidianos e seu nível sonoro.
Quadro 01: Nível sonoro em decibéis de sons cotidianos. Som Nível sonoro (dB – decibel)
Sussurro 20
Conversa entre duas pessoas 60
Tráfego urbano 80
Rádio portátil com fones de orelha 95
Show de rock 115
Turbina de um avião 140
Fonte: http://www.saudeauditiva.org.br
No Brasil, para fins de tutela jurídica do meio ambiente e saúde humana,
adotaram-se, por expressa referência na Resolução CONAMA 001/90, os padrões
estabelecidos pela associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, pela norma
NBR 10152 (Avaliação de Ruído em Áreas habitadas visando o conforto da
comunidade), como sendo os que definem os padrões em que há prejuízos à saúde
e ao sossego público.
No quadro 02 estão alguns valores apontados pela NBR 10.152.
Quadro 02: Limites de intensidade sonora em diferentes ambientes segundo a NBR
10.152.
Local Decibéis
Hospitais (apartamentos, centros cirúrgicos, etc) 35 - 45
Escolas (salas de aula) 40 - 50
Escolas (bibliotecas) 35 - 45
Igrejas e templos 40 - 50
Residências (dormitórios) 35 - 45
Escritórios (salas de gerência, projetos e administração) 35 - 45
Escritórios (salas de computação) 50 - 60
Nível de ruído (dB) Máxima exposição diária permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 30 minutos
94 2 horas
95 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 30 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Fonte: Ministério da Saúde. Perda auditiva induzida por ruído (Pair). Brasília, 2006.
Desde 1994, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) tornou
obrigatória a apresentação do Selo Ruído nos eletrodomésticos que imitam som.
Em outubro de 2013 o Inmetro publicou a Portaria nº388/2013, que
regulamenta e classifica a potência sonora dos três eletrodomésticos que emitem
mais ruídos, ou seja, liquidificador, aspirador de pó e secador de cabelo. Esta
classificação esta expressa no Selo Ruído (Figura 3).
Com novo layout e atendendo o Programa Nacional de Educação e Controle
da Poluição Sonora-Silêncio e o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), o Selo
Ruído tem o objetivo de orientar o consumidor na hora de escolher eletrodoméstico
mais silencioso e estimular os fabricantes a produzirem produtos com níveis de
ruídos menores (IBAMA, 1994).
Figura 3 – Selo Inmetro que classifica a potência sonora de eletrodomésticos.
As novas regras estipuladas na Portaria nº388/2013 serão controladas a partir
de 20 de fevereiro de 2014 pelo IBAMA no que diz respeito à autorização, e
fiscalizada pelo Inmetro, pois os eletrodomésticos deverão ser fabricados e
importados nos parâmetros estipulados. Para o comércio o prazo vai até 20 de
agosto de 2016 (IBAMA, 2013).
Zumbidos auditivos
É um som que não está ao nosso redor, mas dentro de nós (na via auditiva).
Pode ser percebido no ouvido ou na cabeça e pode ter uma única, ou múltiplas
causas. O zumbido não é uma doença, mas um sintoma, uma percepção auditiva
fantasma cuja intensidade é impossível de ser mensurada. A percepção do zumbido
está relacionada ao aumento dos impulsos elétricos que a via auditiva envia ao
córtex cerebral.
O zumbido pode ser referido como um chiado, apito, barulho de chuveiro, de
cachoeira, de concha, de cigarra, do escape da panela de pressão, de campainha,
do esvoaçar de um inseto, de pulsação do coração, etc. Pode ser de forma contínua
ou intermitente, mono ou politonal e pode começar de uma hora para outra e atacar
um ouvido ou os dois. Suas causas são variadas, desde uma infecção no conduto
auditivo até uma complexa alteração no funcionamento da cóclea (Rossi, 1996).
Os fatores agressores são ruídos excessivos, estresse exagerado, fadiga,
desequilíbrios hormonais, deficiência nutricional ou uso de alguns medicamentos
(ABC da Saúde, 2013).
Comportamentos dos adolescentes frente aos ruídos
Para Olsen (2004) apud Zocoli (2007), o período da adolescência é um
estágio importante na vida em que o adolescente atravessa mudanças biológicas,
psicológicas e sociais. Durante este estágio da vida, diminui a influência parental,
visto que as próprias exigências e autonomia do adolescente aumentam. Buscam
encontrar seu estilo de vida próprio, mudam hábitos e comportamentos, que poderão
ter consequências para a saúde futura do indivíduo.
Para Borja et al. (2002), os equipamentos como rádios portáteis, gravadores e
CD players com fones de ouvido são muito populares entre os jovens e são usados,
muitas vezes, por muitas horas durante o dia pelos adolescentes. Alertam para o
fato que esses equipamentos desenvolvem uma intensidade sonora nos fones de
ouvido que varia de 60 a 120 dB (A) e podem tornar-se prejudiciais ao ouvido
quando usados num volume muito alto e por um tempo contínuo e prolongado.
As maiorias dos adolescentes estão utilizando o fone de ouvido direto no
celular, deixando de lado os equipamentos citados por Borja et. al. (2002), por serem
mais modernos, mais práticos, e pelo modismo, querendo mostrar para os amigos
que estão atualizados também, não se importando com o volume do som.
MÉTODO
Este estudo foi desenvolvido com duas turmas de oitavo anos do Ensino
Fundamental II, no período matutino, no Colégio Estadual do Jardim Independência
de Sarandi, no Estado do Paraná, totalizando 80 alunos, com idade de 13 a 15 anos.
O trabalho teve início com exposição oral pela professora, utilizando a Figura
1, mostrando a estrutura da orelha e como acontece a percepção do som. Também
foi realizada a exposição oral e exploratória das divisões da orelha, utilizando o livro
didático adotado (Godoy; Ogo, 2012).
Apresentação e discussão com alunos do conteúdo do vídeo Audição e
Equilíbrio - (Corpo Humano) – Parte 1, 2 e 3 e Homem Virtual: O aprendizado em 03
dimensões.
Os adolescentes foram convidados a responder um questionário, com
perguntas fechadas, antes de assistir a palestra. O questionário foi dividido em três
partes: Parte 1 - versão brasileira do questionário Youth Attitude to Noise Scale –
YANS 14, adaptado para português brasileiro, com finalidade de explorar atitudes
dos jovens para o ruído, numa escala que trata dos tipos diferentes de sons comuns
em ambientes frequentados por eles (Anexo). Este questionário é formado por 19
questões afirmativas, divididas em quatro fatores envolvendo questões
correlacionadas, assim classificadas: atitudes para o ruído associado com aspectos
da cultura da juventude; atitudes para habilidade de se concentrar em ambientes
ruidosos; atitudes para os ruídos diários e atitudes para influenciar o ambiente
sonoro. As respostas são registradas por meio da escala de Likert com cinco graus,
onde: (CT) Concordo Totalmente; (C) Concordo; (I) Indeciso; (D) Discordo e (DT)
Discordo Totalmente. (Zocoli et al., 2009); Parte 2: questões sobre queixas de
sintomas auditivos e extra-auditivos pela exposição a intensidades sonoras elevadas
e antecedentes otológicos; Parte 3: hábitos dos adolescentes e sua frequência em
relação às atividades de lazer em intensidades sonoras elevadas, com 14 questões
e quatro possibilidades de respostas temporais (nunca, eventualmente, várias vezes
na semana, diariamente).
Os alunos junto a professora fizeram a coleta e análise dos dados, utilizando
procedimentos estatísticos e interpretação coletiva dos resultados, sendo a
estatística descritiva e gráfica utilizada para caracterizar os dados.
Discussão com a turma dos resultados obtidos na parte 1, 2 e 3 do
questionário, e apresentação dos vídeos: Danos da poluição sonora; O que deve ser
feito para prevenir a surdez; Os primeiros sinais da perda de audição; Fone de
ouvido – perda da audição e Poluição sonora.
Encerrada esta etapa, estagiárias e profissionais do curso de Fonoaudiologia
do Centro Universitário de Maringá (Unicesumar) ministraram para as duas turmas
de oitavo ano, em horários diferentes no anfiteatro do Colégio, uma palestra
preventivo/educativa sobre os efeitos do ruído e esclareceram dúvidas relacionadas
ao tema.
Para maior incentivo foi confeccionado pelos alunos uma maquete da
fisiologia da audição em parceria com o Museu Dinâmico Interdisciplinar da
Universidade Estadual de Maringá e da aluna de Mestrado Natalia Cristina Gonzales
Ribeiro.
RESULTADOS/DISCUSSÃO
Utilizando a Figura 1, o professor fez a exposição oral e exploratória da
estrutura da orelha, suas divisões e como acontece a percepção do som,
percebendo nos questionamentos e discussão que os alunos têm pouco
conhecimento desse conteúdo, exigindo deles maior atenção.
A maioria dos alunos achava que a orelha só tinha duas divisões, e quando
a professora fez a exposição oral e exploratória, utilizando o livro didático adotado
(Godoy; Ogo, 2012), ficaram surpresos, não sabiam que o ouvido médio atua
como um amplificador sonoro, aumentando as vibrações do tímpano através de
ligações dos três ossos: martelo, bigorna e estribo, nem que a cóclea é a parte
responsável por colher essas vibrações. Depois de assistirem os vídeos: Audição
e Equilíbrio 1, 2 e 3 e o Homem Virtual, e em discussão com os alunos, foi
percebido que a maioria dos alunos melhorou seus conhecimentos, apesar da
maioria deles não conseguir ficarem atentos por mais que 15 minutos.
Para avaliar as atitudes dos alunos diante de situações ou eventos com níveis
sonoros elevados, foi utilizada a escala de Lickert, em que os valores mais elevados
sugerem atitude mais positiva para com o ruído (ruído considerado como algo bom)
e os valores mais baixos na escala refletem atitude mais negativa (ruído considerado
como algo ruim). A análise das atitudes dos alunos frente ao ruído ficou assim
distribuída: na escola (questões 1, 2, 3, 4, 5 e 6), a maioria não consegue se
concentrar com muitos sons a sua volta, quase um terço dos alunos discorda que o
som da escola seja confortável e que a sala de aula deveria ser silenciosa e calma,
mas a maioria está indecisa se estão preparados para tornar o ambiente escolar
mais silencioso. Ocorreu uma discordância, quando questionado se conseguem se
concentrar ouvindo música enquanto fazem tarefa escolar, e alguns relatam que
com fone de ouvido ficam quietos e não atrapalhando a aula, querendo com isso que
o professor libere seu uso.
O comportamento dos adolescentes em discotecas, bailes, shows de rock
e/ou eventos esportivos foi investigado nas questões 7, 8, 9 e 10. Quando
questionados se consideram o volume do som em eventos alto demais, as respostas
se diversificaram, pois alguns não têm ainda o hábito de frequentar esses eventos,
porém, para a maioria, o volume do som não parece ser um problema, nem
prejudicial à saúde, e não demonstraram desejo de se proteger com o uso de
protetores auriculares em situações de intensidade sonora elevada. A falta de
conhecimento e interesse dos alunos a cerca de medidas de prevenção auditiva
pode ser atribuída ao fato da perda auditiva não se manifestar durante os primeiros
anos de exposição ao ruído.
As atitudes dos jovens frente ao ruído ambiental são descritas por meio das
questões 11 12, 13, 14, 15,16, 17, 18 e 19. Observa-se que a maioria dos alunos
considera importante tornar o som do ambiente mais confortável, mas acham que
barulhos e sons altos são aspectos naturais da nossa sociedade e não está
preparada para desistir de atividades onde o volume de som á alto demais, mas
concorda que deveria haver mais regras ou regulamentos para o volume de sons na
sociedade. Os resultados podem ser observados na tabela 1.
Tabela 1 – Escala de atitudes dos adolescentes frente ao ruído (n=80)
Atitudes frente ao ruído CT C I D DT
1. Eu acho que o volume do som nas discotecas,
bailes, shows de rock e eventos esportivos, em geral, é alto demais.
25,00% 30,00% 12,50% 15,00% 17,50%
2. Ouvir música enquanto faço tarefa escolar ajuda a
me concentrar. 28,75% 13,75% 12,50% 17,50% 27,50%
3. Estou preparado para fazer algo que torne o
ambiente escolar mais silencioso. 18,75% 15,00% 45,00% 10,00% 11,25%
4. Quando o nível de som está muito alto, eu considero a possibilidade de sair de uma discoteca,
show de rock, baile ou evento esportivo.
13,75% 18,75% 31,25% 20,00% 16,25%
5. Consigo me concentrar mesmo se há muitos sons
diferentes à minha volta. 10,00% 18,75% 13,75% 20,00% 37,50%
6. Acho desnecessário utilizar protetor auditivo quando estou numa discoteca, show de rock, baile ou
evento esportivo.
20,00% 26,25% 25,00% 12,50% 16,25%
7. É importante para mim, tornar o som do meu ambiente mais confortável.
51,25% 31,25% 13,75% 2,50% 1,25%
8. Eu não gosto quando está quieto à minha volta. 20,00% 25,00% 17,50% 16,25% 21,25%
9. O volume do som em discotecas, bailes, shows de rock ou eventos esportivos, não é um problema.
18,75% 20,00% 21,25% 20,00% 20,00%
10. Barulhos e sons altos são aspectos naturais de nossa sociedade.
22,50% 38,75% 13,75% 11,25% 13,75%
11. O barulho do trânsito não é perturbador. 15,00% 20,00% 12,50% 13,75% 38,75%
12. O nível do som deveria ser diminuído em
discotecas, shows de rock, bailes ou eventos esportivos.
11,25% 25,00% 21,25% 18,75% 23,75%
13. Eu acho que a sala de aula deveria ser silenciosa
e calma. 37,50% 27,50% 23,75% 2,50% 8,75%
14. Os sons de ventiladores, geladeiras,
computadores, etc., não me perturbam. 37,50% 27,50% 16,25% 10,00% 8,75%
15. Eu estou preparado para desistir de atividades onde o volume do som é alto demais.
7,50% 17,50% 23,75% 26,25% 25,00%
16. O volume do som na minha escola é confortável. 13,75% 16,25% 18,75% 18,75% 32,50%
17. Para mim, é fácil ignorar barulho de trânsito. 18,75% 23,75% 15,00% 20,00% 22,50%
18. Deveria haver mais regras ou regulamentos para o volume de sons na sociedade.
31,25% 26,25% 27,50% 2,50% 12,50%
19. Quando não posso me livrar de sons incômodos, eu me sinto desamparado.
18,75% 26,25% 28,75% 15,00% 11,25%
Legenda: Concordo Totalmente (CT); Concordo (C); Indeciso (I); Discordo (D) e Discordo Totalmente (DT). Nota: A análise das atitudes e comportamentos dos jovens frente ao ruído ficou assim distribuída: na
escola (questões 1, 2, 3, 4, 5 e 6); em discotecas, bailes, shows de rock e/ou eventos esportivos foi descrito nas questões 7, 8, 9 e 10; ruídos ambientais são descritas por meio das questões 11, 12, 13, 14, 15,16, 17, 18 e 19.
O Ministério da Saúde define a perda auditiva induzida por ruído (PAIR) como
a perda provocada pela exposição por tempo prolongado ao ruído. Configura-se
como perda auditiva do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e
progressiva com o tempo de exposição ao ruído (CID 10 – H 83.3).
A perda auditiva induzida pelo ruído é a segunda maior causa de deficiência
auditiva, mesmo que sua possibilidade de prevenção seja de 100%. Seligman et al.
(2002) apud Zocoli (2007) relatam que muitas vezes a perda auditiva poderia ser
evitada e suas sequelas diminuídas, se as pessoas recebessem maiores
informações sobre os prejuízos causados pela poluição sonora.
Segundo Ministério da Saúde (Perda auditiva induzida por ruído, 2007) o
termo ruído é usado para descrever sons indesejáveis ou desagradáveis. Quando o
ruído é intenso e a exposição a ele é continuada, em média 85 decibéis dB por oito
horas por dia, ocorrem alterações estruturais na orelha interna, que determinam a
ocorrência da Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). A PAIR é o agravo mais
frequente à saúde dos trabalhadores, estando presente em diversos ramos de
atividade, principalmente siderurgia, metalurgia, gráfica, têxteis, papel e papelão,
vidraria, entre outros.
O ruído como qualquer outro estressor, poderá provocar uma série de
mudanças fisiológicas, psicológicas e comportamentais no indivíduo. Seligman et al.
(2002) apud Zocoli (2007) relata que os indivíduos expostos a elevados níveis de
pressão sonora são afetados adversamente em seu bem estar físico e mental,
podendo apresentar inúmeros outros sintomas, além dos auditivos. Destacam-se as
dificuldades específicas do sono, transtornos neurológicos, desordens vestibulares,
problemas digestivos e vasculares, transtornos comportamentais e da comunicação.
Foram questionados queixas e sintomas que poderiam estar relacionados
com a exposição a níveis de intensidade sonoros elevados (Tabela 2). Observa-se
que 62,50% dos alunos apresentaram zumbido e 43,75% consideram-se sensíveis
ao ruído. Um pouco mais de um terço dos alunos tem perda de audição temporária e
sente dor diante de volumes altos. A maioria dos alunos referiu não se preocupar
antes de ir a shows e discotecas mesmo relatando experiências precedentes de
zumbido, não considerando que seja um dano causado pela música alta, e que
esses lugares tem que ter o som alto mesmo, senão não tem graça. Os resultados
podem ser observados na tabela 2.
Tabela 2 – Queixas e sintomas referidos pelos adolescentes (n= 80)
Queixas e Sintomas Não Sim
Perda de audição 88,75% 11,25%
Perda de audição temporária 63,75% 36,25%
Perda de audição permanente 91,25% 8,75%
Infecções auditivas constantes 88,75% 11,25%
Sente um ouvido melhor que o outro 50,00% 50,00%
Sente zumbido 37,50% 62,50%
Considera-se sensível ao ruído 56,25% 43,75%
Sente dor diante de volumes altos 65,00% 35,00%
Preocupa-se, antes de sair para balada, por causa da experiência precedente 82,50% 17,50%
de zumbido
Analisaram-se os hábitos auditivos e comportamento dos alunos em relação
às atividades que poderiam expô-los a intensidades sonoras elevadas (tabela 3). A
maioria deles (58,75%) referiu que nunca frequentam e (31,25%) que eventualmente
frequentam discotecas, danceterias e/ou bailes; (57,50%) responderam que nunca
frequentam shows de música popular ou rock; (53,75%) referiu que ouve música
usando fones de ouvido diariamente ou equipamento de som de casa em volume
alto (diariamente 31,25% e várias vezes ao dia 25%). Eles relatam que a maioria dos
aparelhos com fone de ouvido avisa quando o volume chega a 50%, mas que ouvir
som baixo é ruim. A maioria dos alunos não considera que sua casa seja um
ambiente ruidoso. Os resultados podem ser observados na tabela 3.
Tabela 3 – Descrição dos hábitos auditivos e comportamento em relação à exposição a eventos ruidosos (n=80)
Hábitos auditivos e comportamento frente ao ruído E N V D
1. Frequenta discotecas, danceterias ou bailes 31,25% 58,75% 2,50% 7,50%
2. Vai a shows de música popular ou rock 27,50% 57,50% 2,50% 12,50%
3. Frequenta academia de ginástica 15,00% 73,75% 7,50% 3,75%
4. Vai ao cinema 51,25% 8,75% 22,50% 17,50%
5. Pratica eventos esportivos (motociclismo,...) 16,25% 66,25% 17,50% 0,00%
6. Participa de festas típicas regionais 33,75% 47,50% 8,75% 10,00%
7. Pratica mergulho, caça submarina ou voo 12,50% 78,75% 1,25% 7,50%
8. Realiza atividade de caça ou tiro com armas de fogo 7,50% 85,00% 2,50% 5,00%
9. Toca instrumento musical (banda ou orquestra) 16,25% 55,00% 11,25% 17,50%
10. Ouve música usando fones de ouvido 13,75% 6,25% 26,25% 53,75%
11. Ouve música com o equipamento de som de casa em 21,25% 22,50% 25,00% 31,25%
volumes altos
12. Ouve música com o equipamento de som do carro em 25,00% 28,75% 22,50% 23,75%
volumes altos
13. Faz uso de ferramentas ou máquina ruidosa 11,25% 70,00% 3,75% 15,00%
14. Considera sua casa como um ambiente ruidoso 7,50% 66,25% 13,75% 12,50%
Legenda: Eventualmente (E); Nunca (N); Várias vezes na semana (V) e Diariamente (D).
62,50% 37,50%
Sente zumbido
sim
não
Escutar música utilizando fones de ouvido é o hábito mais comum entre os
alunos e pode ser um risco para a audição e para a aprendizagem. Para muitos está
se tornando um vício.
Olsen (2004) apud Zocoli (2007) acredita que o ruído transformou-se num
problema ambiental crescente na sociedade ocidental de hoje e prevê um papel
importante para o desenvolvimento de problemas da saúde auditiva em geral.
Para Borja et al. (2002), os equipamentos como rádios portáteis, gravadores e
CD players com fones de ouvido são muito populares entre os jovens e são usados,
muitas vezes, por muitas horas durante o dia pelos adolescentes. Alertam para o
fato que esses equipamentos desenvolvem uma intensidade sonora nos fones de
ouvido que varia de 60 a 120 dB (A) e podem tornar-se prejudiciais ao ouvido
quando usados num volume muito alto e por um tempo contínuo e prolongado.
Segundo Hungria (2000) apud Borja et al. (2002), não há tratamento para
lesões auditivas decorrentes de trauma sonoro ou acústico, a não ser o afastamento
definitivo do indivíduo do ambiente ruidoso, a fim de evitar a progressão da perda
auditiva. Em vista disso, o tratamento é profilático, isto é, a proteção do indivíduo
contra ruídos contínuos e de intensidade igual ou superior a 85 dB.
Estes resultados refletem a falta de conscientização de muitos alunos sobre a
problemática do ruído escolar e seus efeitos. Neste contexto, a pesquisa sugere que
deveria ser prioridade para a atenção pública desenvolver um programa de
prevenção auditiva e educacional para as escolas, desde as séries iniciais, sendo
incluída nos currículo escolar.
Na discussão com a turma dos resultados obtidos na parte 1, 2 e 3 do
questionário, e apresentação dos vídeos: - Danos da poluição sonora; - O que deve
ser feito para prevenir a surdez; - Os primeiros sinais da perda de audição; - Fone de
ouvido – perda da audição e poluição sonora ficou clara a falta de conhecimento dos
alunos da perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) e como fazer a prevenção. O
26,25%
53,75%
13,75% 6,25%
Ouve música usando fone de ouvido
várias vezes na semana
diariamente
eventualmente
nível de ruído ambiental e a exposição ao ruído durante o lazer e a atividades
recreativas estão aumentando e para muitas pessoas, principalmente a geração
mais jovem, esses sons são normais no dia-a-dia.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a poluição sonora
ultrapassou a poluição da água e atualmente ocupa o segundo lugar como a maior
causadora de doenças. Ela é causada pela exposição excessiva ao som que
ultrapasse a intensidade sonora máxima aceitável, que atualmente é de 85 decibéis.
Apesar dos avanços da medicina, os casos de surdez aumentam a cada dia
no Brasil. Isso porque, são muitas as causas desse problema sério, que afeta
gravemente a qualidade de vida das pessoas.
É preciso estar atento a sinais que podem indicar o início da perda da
audição, quanto antes for tomado providências e iniciado o tratamento, melhor para
o paciente.
Com base nas pesquisas realizadas, no dia 03 de setembro de 2015,
estagiárias e profissionais do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário de
Maringá (Unicesumar) ministraram para as duas turmas de oitavo ano, em horários
diferentes no anfiteatro do Colégio uma palestra preventivo/educativa sobre os
efeitos do ruído e esclareceram dúvidas relacionadas ao tema. Utilizaram dinâmica
de mitos e verdades, onde os alunos se envolveram bastante, tirando dúvidas,
relacionando com o que já haviam aprendido em sala de aula e no seu dia a dia.
Tivemos a participação da intérprete de libras, orientando a aluna com surdez.
(Figuras 4 e 5).
Figura 4 e 5 – Palestras com as estagiárias de Fonoaudiologia no anfiteatro do
colégio
Em discussão com os alunos, depois da palestra, percebe-se que muitos estão
dispostos a baixar o volume do fone de ouvido, mas não vão deixar de usá-lo.
Outros relataram que não se importam, e vão continuar escutando música alta como
sempre fizeram.
Para maior incentivo, no dia 09 de setembro de 2015, foi confeccionado pelos
alunos uma maquete da fisiologia da audição utilizando massinha de biscuit, rolo e
garrafa para amassar, suporte de madeira para fixar a maquete, estruturas já
prontas e desenhos da fisiologia da audição impressa, para ajudar na confecção.
Esta atividade foi uma parceria com o Museu Dinâmico Interdisciplinar da
Universidade Estadual de Maringá e da Aluna de Mestrado Natalia Cristina Gonzales
Ribeiro. (Figuras 6, 7, 8 e 9).
A maioria dos alunos nunca tinha trabalhado com massinha de biscuit, e os
que sabiam ajudaram os outros, havendo uma interação muito grande entre os
colegas, e no rendimento da produção da maquete da fisiologia da audição. Além de
aprenderem a estrutura da orelha, viram à utilidade do biscuit em nosso dia a dia.
Figuras 6, 7, 8 e 9 – Confecções no laboratório do colégio da maquete da fisiologia da audição
Os currículos escolares deveriam abordar com maior ênfase a questão dos
efeitos da exposição às intensidades sonoras elevadas desde as séries escolares
iniciais e buscar, com a participação das crianças e jovens, as alternativas possíveis
para se evitar esses efeitos criando-se hábitos auditivos mais saudáveis.
Recomendam-se campanhas sobre preservação auditiva voltada a essa
população, e mesmo em idades mais tenras, para uma maior conscientização e
mudanças de hábitos. Estudos que possam realizar o acompanhamento auditivo de
jovens visando observar possíveis mudanças nos limiares auditivos devem ser
intensificados.
O projeto deveria ser discutido também pelas Instâncias Colegiadas como o
Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e Associação de Pais, Mestres e Funcionários
(APMF), e ser incluído no PPP (Projeto Político Pedagógico), assim toda
comunidade escolar poderá ter conhecimento do mesmo, e colaborar para que haja
continuidade, e os objetivos pretendidos sejam realmente alcançados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante para a maioria dos alunos tornarem o som do ambiente mais
confortável, mas acham que barulhos e sons altos são aspectos naturais da nossa
sociedade e não estão preparados para desistir de atividades onde o volume de som
é alto demais, mesmo apresentando queixas e sintomas de zumbidos, mas
concordam que deveria haver mais regras ou regulamentos para o volume de sons
na sociedade.
Os alunos gostam de música alta e não se preocupam com o volume
excessivo, porém em relação à sala de aula, consideram que deveria ser silenciosa
e calma.
Escutar música utilizando fones de ouvido, com equipamento de som de casa
em volume alto diariamente ou várias vezes na semana, foi o hábito mais frequente
relatado pelos alunos, mas não demonstraram desejo de se proteger com o uso de
protetores auriculares em situações de intensidade sonora elevada.
O comportamento dos alunos relacionado às atitudes e os hábitos auditivos
pode ser nocivo à saúde e a aprendizagem, por isso deveria ser prioridade para a
atenção pública desenvolver um programa de prevenção auditiva e educacional para
as escolas, desde as séries iniciais, sendo incluída nos currículo escolar, e também
para a sociedade.
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