O tempo flui por entre os dedos, enquanto nos ocupamos com coisas pequenas.

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O tempo flui por entre os dedos,

enquanto nos ocupamos

com coisas pequenas.

Desvendamos

segredos genéticos

e mapeamos

genomas.

Enviamos sondas

a Marte e

desbravamos

o espaço sideral.

Porém, falhamos em compreender o coração humano,

para do seu íntimo extrair a bondade e

a generosidade d’alma.

E falhamos miseravelmente no nosso dever moral

de erradicar a miséria e a pobreza

extrema.

Diz a legenda: Oito milhões de pessoas morrem a cada ano por serem pobres demais para continuarem vivos.

Segundo a reportagem, oito milhões de pessoas morrem por ano em decorrência da pobreza extrema.

Façamos a seguinte conta:

8.000.000 (de mortes por ano)

365 (dias do ano)

E chegaremos ao resultado de vinte mil vidas ceifadas a cada dia em decorrência da fome e por problemas de saúde decorrentes da falta das mínimas condições de sobrevivência.

Triste matemática

dos nossos tempos.

Vinte mil vidas que não verão o despertar do dia no dia de amanhã.

O equivalente a mais de sete vezes o número de vítimas do 11 de setembro;

a cada novo dia.

Quão triste deve ser perder a vida, ou de algum ente querido, para a fome que devora

lentamente, ou para alguma doença que poderia ter sido evitada com uma simples vacina...

Por certo nós, - os abençoados pelo destino -, passaremos a nossa breve existência sem jamais

experimentarmos tamanha dor e sofrimento.

Quão triste que em pleno século XXI, com todos os seus prodigiosos avanços tecnológicos, ainda

tenhamos que conviver com tais dados estatísticos que nos mostram o quanto ainda

temos que evoluir enquanto humanos.

Quão triste o fato de nos tornarmos surdos à voz

seca e sofrida da agonia.

Quão lamentável a tristeza precoce estampada no olhar de tantas crianças necessitadas pelo mundo afora.

E, enquanto isso, assistimos passivamente

o tempo fluir por entre os dedos,

enquanto nos ocupamos com coisas pequenas.

E inventamos passatempos,

e navegamos em demasia,

e assistimos tv em demasia,

e jogamos conversa fora demais,

e preenchemos o nosso tempo com tanta coisa

pequena que não nos sobra espaço para a

lembrança das vinte mil vidas...

Se você tem tempo para checar anexos de

e-mails, que na maior parte das vezes não

passam de mero passatempo, - vazios de

sentido e conteúdo -, você certamente tem

condições de colaborar com alguma instituição

ou em algum projeto que visa a ajuda ao

próximo, aos mais necessitados.

Se você tem acesso à Internet, possui um

computador, provavelmente você tem

condições de contribuir com doações para

alguma instituição filantrópica.

A tua oferta, mesmo que pequena, poderá

amenizar o sofrimento daqueles de quase

tudo destituídos.

Se você teve acesso à educação, de modo a

poder ler e compreender uma mensagem como

esta, certamente você poderá dedicar parte do

seu tempo e seus talentos para instituições e

projetos que atuam no campo do serviço ao

próximo.

Sempre é tempo de

deixarmos a

estagnação de lado,

e caminharmos.

Caminhai, os famintos e os sedentos de justiça!

Caminhai, os corações puros!

Caminhai, os pacificadores!

O caminho para a bem-aventurança é caminhar!

Como não podemos pedir ao mundo

que pare de girar, para descermos,

o remédio, diante das vergonhosas

injustiças e desigualdades,

será mudar o mundo.

Dedique parte do seu tempo,

cultivando o hábito de serviço ao

próximo, - vasto é o campo de

trabalho -, e você verá que o

maior beneficiado será você.

Vivemos num tempo em que floresce o mercado de auto-ajuda e da frenética corrida rumo à felicidade.

No entanto, conforme Confúcio, cerca de 500 anos antes de Cristo, ensinou:

A felicidade reside na busca

da felicidade para o outro,

o próximo.

Portanto, para alcançar a tão

almejada felicidade devemos ter

em mente os seguintes dois

conselhos, tão simples, e ao

mesmo tempo tão profundos:

1. Cuide bem dos teus;

2. Pense nos outros.

O homem disse que tinha de ir embora – antes queria me ensinar uma coisa muito importante:

– Você quer conhecer o segredo de ser um menino feliz para o resto da vida?

– Quero – respondi.

O segredo se resumia em três palavras, que ele pronunciou com intensidade, mãos nos meus ombros e olhos nos meus olhos:

– Pense nos outros.

Fernando Sabino, no livro ‘O menino no espelho’.

A virtude está em

amar todos os homens,

sem exceção.

Confúcio

Amai-vos uns

aos outros.

Jesus Cristo

Bem-aventurado e feliz é aquele

que se levanta para promover os

melhores interesses dos povos e

raças da Terra.

dos Escritos Bahá’ís