Post on 10-Nov-2018
O passado colonial do continente
africano: dominação e espoliação
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O processo de exploração e colonização do
continente africano empreendido pelas
grandes potências europeias no século XVI
pode ser considerado uma das maiores e
mais brutais invasões territoriais da história,
marcada pela:
• escravização da sua população.
• exploração em grande escala das suas
riquezas naturais.
• aniquilação da configuração política e
territorial do continente africano.
Monumento
“Memória dos
Escravos” para
simbolizar o
sofrimento vivido
pelos povos
africanos durante
o tráfico negreiro
em antigo
mercado de
escravos em
Zanzibar,
Tanzânia, 2008.
Mina de extração de cobre em Palabora, África do Sul.
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Exploração da mão de
obra escrava entre os
séculos XV a XIX
•A África subsaariana foi a grande
fornecedora de mão de obra
escravizada para os seguintes
continentes: Ásia, Europa e
América.
•O tráfico negreiro durou quase
dois séculos.
•Milhares de africanos foram
levados para a Europa e muitos
milhões para as colônias europeias
na América.
•O trabalho para enriquecimento
das metrópoles ocorria em
condições sub-humanas, em
plantações de cana-de-açúcar,
tabaco e algodão e na mineração.
•Outros tantos milhões de africanos
morreram durante a travessia do
Atlântico no tráfico para a América.
Refinaria de açúcar, gravura colorida de Jean-Baptiste Labat, século XVIII.
Carregadores de água, gravura de Jean-Baptiste Debret, pintor francês
que veio ao Brasil no século XIX para retratar paisagens e costumes
locais. Salvador, Bahia.
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Partilha da África e o neocolonialismo, a partir do século XIX •A partilha do continente pelas grandes potências industriais, criou 40 novos territórios à revelia dos povos africanos.
•Exploração em grande escala de recursos naturais para a industrialização europeia.
•Reorganização do espaço para atender aos interesses europeus, costumes e novos valores.
•Introdução do plantation, para produção de café, chá, cana-de-açúcar e cacau.
Obra retratando a Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885, na qual
foi decidida a partilha da África entre as potências europeias da época. Rößler,
c. 1884.
África colonial: territórios controlados
por nações europeias (1914)
GUERRA, Antonio José Teixeira et al. Atlas geográfico mundial. São Paulo: Fundamento, 2007. p. 70.
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Processos de independência na África
• Enfraquecimento político, econômico e militar dos países europeus ao final da Segunda Guerra Mundial.
• Ocorrência de confrontos e violência em países como o Zaire, Argélia e ex-colônias portuguesas, que
encontraram resistência dos países colonizadores em conceder-lhes autonomia política.
• Surgimento de movimentos nacionalistas com ideais de unidade nacional e criação de Estados-nação.
Militares que atuaram
na guerra pela
independência de Angola. Foto da década de 1960.
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Herança colonial • Dificuldades para retomar seus valores
culturais e sua autoestima.
• Países desestruturados política e
economicamente.
• Eclosão de conflitos tribais.
• Dependência e interferência econômica
das antigas metrópoles.
• Dificuldades para se inserir no mercado
internacional.
Pequeno povoado masai, Quênia.
Feira rural semanal em Adadi, Etiópia.
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Independências Manutenção das mesmas fronteiras que foram impostas pelos colonizadores:
• conflitos étnicos
• genocídio
• êxodos
Aldeia zulu, África do Sul.
Acampamento de refugiados em Darfur, Sudão, 2004.
Aldeia masai, Tanzânia.
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África do Sul e o apartheid
Política de segregação racial fundada na
disseminação da ideia de superioridade
dos europeus (brancos).
Limitação da participação social e política
de negros, mestiços e imigrantes
indianos.
• Proibição da participação na vida
política.
• Não tinham acesso à propriedade
privada da terra.
• Zonas residenciais determinadas pelo
governo.
• Circulação pelo país controlada pelo
governo – passaportes.
• Outras limitações na área da
educação e saúde.
Moradias na cidade do Cabo, África do Sul,
destinadas aos não brancos, durante o apartheid.
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Nelson Mandela
• Foi um líder da luta de resistência ao apartheid.
• Defendeu os direitos igualitários para a
população negra sul-africana.
• Organizou uma facção armada contra o
apartheid, foi preso e condenado à prisão
perpétua.
• Libertado 20 anos depois, assumiu a liderança
da organização Congresso Nacional Africano
(CNA).
• Um plebiscito apenas para brancos aprovou
o fim do apartheid, em 1992.
• Em 1993, Mandela foi eleito o primeiro
presidente negro da África do Sul.
Nelson Mandela
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