Post on 24-May-2015
description
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
| Curso FUNDEC |Os modos suaves na Mobilidade UrbanaOs modos suaves na Mobilidade Urbana | Curso FUNDEC |Os modos suaves na Mobilidade Urbana
Renata Lajas | Eng. Território _ Bolseira de Investigação CESUR
novas abordagens:
pensar a cidade de hoje
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Olhar para trás…
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
“Is possible that no invention of such a large influence have had once been spread out so quickly or so instantly that had created influences that grow trough our national culture, transforming also our thoughts
and language habits”
“Recent Social Trends in the United States”. Report of the President’s Research Comitee on Social Trends, 2 vols. McGraw Hill, 1933, pág. 172
os modelos que mudaram a popularidade do automóvel:
Peugeot (1905), Ford T (1909) and VW (1938)
Bardou, Jean Pierre et al (1982), The automobile revolution. The Univ. North Carolina Press, USA
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Produção automóvel mundial 1950-2004
Fonte: Mastny, Lisa (org.) (2005), Vital Signs 2005, the trends that are shaping our future, Norton, NY/London
a explosão da produção e da taxa de motorizaçãovai modificar profundamente o equilibrio urbano
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
das parkways
às vias rápidas
Toronto, Canadá
Le Corbusier, 1929
Bronx River, 1922
Fonte: Relph, Edward (1987), “Paisagem Urbana Moderna”, Edições 70
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
desenho das estradas e a mecanização das ruas
até ao desaparecer da rua
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
a lógica “Predict & Provide”
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Dispersão urbana
AML (1965) AML (1992-2001)
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
A mudança generalizada para a rodovia e o automóvel enquanto sistema de transporte dominante, fomentou a alteração mais
profunda em termos de fragmentação urbana e social, com uma segregação horizontal de usos do solo no interior da extensa
região metropolitana”.
Fonte: Stephan Graham, in “Redes, territorio y gobierno”, Joan Subirats Ed. UIMP, Barcelona, 2002.
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
2343
Bairro de Alvalade
Ainda hoje um bom exemplo de urbanismo de proximidade e de mistura social e funcional
Lagoas Parque
Parque de escritórios isolado do espaço urbano, e com acessibilidade exclusivamente dependente do transporte individual
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
“The trend from living to lifeless cities and residential areas that as accompanied industrialization, segregation of various city functions, and reliance on the automobile also has caused
cities to become duller and more monotonous.
This points up another important need, namelly the need for stimulation.
Fonte: Jan Gehl, in “Life between buildings”, Arkitektens Forlag, 1986.
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Tracy Metz_observações do exemplo Americano
“Drive till you qualify”
“ Ever more Americans spend an increasing amount of time travelling
between work and home. This has a lot to do with the phenomenon
“Drive till you qualify”: you drive away from the city until you
reach the houses you can afford. Each highway exit you pass
can save you tens of thousands of dollars. “
Fonte: Tracy Metz, “On the ground”, 2007.
“Further and fatter”
&
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Tagus Park
Lagoas Park
Q.ta da Fonte
Carnaxide
Montijo
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
a
Do Montijo
Carnaxide Quinta da Fonte
Lagoas Parque
Tagus Park
Distância (km)* 40 50 55 55
Custo em TI** 4,53 5,64 5,86 6,19
Custo em TC (€) *** 4,81 4,64 4,96 5,22
Tempo em TI (min.) * 40 min. 45 min. 45 min. 50 min.
Tempo TC *** >1h25 >1h35 >1h40 >1h35
N.º transbordos mínimo (TC)
3 3 3 3
* www.viamichelin.com
*** www.transpor.pt ; Vimeca; TST
**Considerando Gasolina s/chumbo 95 (1,228€/litro, em 29/09/2006)
**Considerando um consumo de 9 litros/100km
***Ligação mais directa (c/ bilhetes pré-comprados)
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
uma questão de escala (e velocidade)
Fonte: Mario J. Alves
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Fonte: Mario J. Alves
X 31
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Mobilidade vs. acessibilidade
Fonte: Mario J. Alves, baseado no trabalho de Jan Gehl, 2007.
Segundo o Livro verde sobre mobilidade urbana a
acessibilidade “diz respeito, em primeiro lugar, às pessoas de mobilidade reduzida, aos deficientes, aos idosos, às famílias com crianças ou às próprias
crianças: todas devem dispor de acesso fácil às infra-estruturas de transportes urbanos.
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
+acessibilidade+mobilidade
( ex: km/ano_movimento)
( ex: nº de escolas que estão acessíveis a 20 min. de casa_
acesso )
REDE VIÁRIA ESPAÇO PÚBLICO
espacial
pessoal
multi-propósito
imprevisivel
Contextual
definido culturalmente
linear
impessoal
único propósito
previsivel
sistemático
regulamentado
REDE VIÁRIA ESPAÇO PÚBLICO
espacial
pessoal
multi-propósito
imprevisivel
Contextual
definido culturalmente
linear
impessoal
único propósito
previsivel
sistemático
regulamentado
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
A redução da velocidade e do
número de veículos motorizados que entram na cidade, são dois aspectos
fundamentais para o início da mudança dos
padrões de mobilidade numa cidade.
Segundo as Nações Unidas (2007) uma “Cidade Segura” é uma
“Cidade Justa”, e tal só é possível se as pessoas forem o elemento central do desenho urbano, traduzindo-se então esta ordem de prioridades na
qualidade do espaço público.
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
a rua
•Função de trocas/câmbios
•Função Deslocaçao
•Funçao Social
de modo (entre transportes…
de estado (parado/movimento
o eixo entre o ponto A e B, pode ser também utilizado para estadia
Zona de encontro e de actividades
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
A rua como matriz do espaço publico
•Necessárias
•Opcionais
•Sociais
Jan Gehl
dependem da presença do outro no espaço publico
as que fazemos se as condições do espaço permitirem (apanhar
sol, passear, relaxar)
as que os peões não tem escolha, independente do meio
exterior
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
1900
mid 1950´s
2000
Perth, West Australia
Car invasion
Elsinore, Denmark
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
“Num espaço exterior sem qualidade as pessoas apressam-se a ir para casa.” “People atract people”
Jan Gehl
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Contactos
Appleyard and Lintell
“The Environmental Quality of City Streets”
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Sentidos
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
“The hidden dimension”, Edward T.Hall
•Íntima
•Pessoal
•Social
•Pública
(0 a 45 cm) a distância a que sentimentos intensos são partilhados: carinho, conforto, raiva, amor…
As distancias sociais
(0,45 a 1,30m) a distância de conversação entre amigos próximos e família…
(1,30 a 3,75m) a distância de uma conversa banal entre amigos, conhecidos, vizinhos, etc…
(maior que 3,75m) distancia de situações mais formais (figuras publicas, palestras, etc)
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Av. Defensores Chaves(obras do metro, um dos sentidos esta cortado)
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
rede incoerente (os paraísos e os infernos dos modos suaves)
Não se pode falar de cidade acessível enquanto esta for assim
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
•+Congestionamento
•Aquecimento global, emissões e Poluição
•Aumento do preço do petróleo
• aumento do sedentarismo e obesidade
•Envelhecimento da população
•Desertificação do centro da cidade
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Como fazer?
Integrar Segregarou
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
•Approaching the public space as a undeniable truth that it is public domain for all (and not only motorists);
•Assuring the coherence of the whole (planning, see the city as a system, connected by public space);
•Promote effective planning oriented by road safety principles
•Reducing the differences of speeds between the users of the street, as well as the differences of vulnerability and the amount of cars in the city are three factors important to achieve cohabitation in the public space;
The principle behind the “street code” is that the streets can no longer be only associated with the circulation function. Instead the aim is to give back the streets for people by:
O código da rua
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
“Pensar em termos de rede é mudar radicalmente certos paradigmas no novo ordenamento do território:
Fonte: Ricard Pié, “El territorio en la sociedad de las redes”. UIMP, Barcelona, 2002.
• Do zonamento à mistura (de usos do solo)
• Da homogeneização, equidade e standardização à diversidade
• Do equilíbrio à complementaridade
• Da hierarquia à colaboração e cooperação
• Da delimitação à abertura
• Da auto-suficiência à inter-relação”.
4243
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
“Numa sociedade competitiva, ordenar e orientar as dinâmicas territoriais a partir de um conceito de
funcionamento em rede, de integração, de inter-relação multidireccional, pressupõe contrapor os
valores sociais da cooperação aos da concorrência e do enfrentamento”.
Fonte: Ricard Pié, “El territorio en la sociedad de las redes”. UIMP, Barcelona, 2002.
4343
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
•Conhecer os problemas
•Perceber as potencialidades
•Montar uma estratégia com os diversos actores/interlocutores
•Identificar prioridades para a concretização do conceito de intervenção
•Subdividir a actuação nas diversas acções
Abordagem a partir das pessoas
•(a)diagnostico: Espaços públicos, utilizações dos edifícios, pontos de conflito, acidentes, peão,
•(b)Ouvir as pessoas (o que ambicionam, o que queriam, onde estão os problemas)
•(mapa de frio/quente, actividades, clusters de actividades, etc)
•Peão/bicicleta (redes naturais)
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
1
promover um novo conceito de mobilidade urbana, passa por favorecer a
acessibilidade em detrimento da mobilidade, o que implica uma
articulação mais forte entre o planeamento do transporte e os usos do solo
a combinação de medidas de acalmia de tráfego, modos suaves, educação e a
introdução de zonas 30 e partilhadas nas áreas residenciais, são exemplos de gestão de tráfego através do desenho urbano, que contribuem para uma maior utilização do espaço público, o que é essencial para uma maior integração social.
acessibilidade para todos como política pública, implica inverter a
lógica actual e elevar a condição do transporte público, em vez de, na prática, se continuar a privilegiar o transporte individual
algumas notas
2
3
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Diagnóstico: Bio mapping
“Stress Maps”,“Emotional maps”, etc.
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Project Concept: “By recording our own body's bio data along with our geographic location we can review the information and make
meaningful decisions about our life.”
How it works: “The Galvanic Skin Response sensor measures the amount of skin conductivity. I'm suggesting that a change in skin
conductivity not only tells something about your body, but also suggests an emotive event. I'm plotting the amount of change in the
skin resistance level versus location.”
“Measured from the palm or fingertips, there are changes in the relative
conductance of a small electrical current between the electrodes. The activity of
the sweat glands in response to sympathetic nervous stimulation ( Increased sympathetic activation )
results in an increase in the level of conductance. There ia a relationship
between sympathetic activity and emotional arousal (… )”
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Medidas: Zonas 30/20 km/h
The objective of instituting 30-km/h zones is to limit the adverse effects
of motorized traffic in the living environment. The exclusion of
through traffic and the imposition of a low speed limit on local traffic
achieve the following goals:
• Improving traffic safety• Improving liveability• Protecting the environment.
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Medidas: “Urban Lounge”
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
“Streets are the living rooms of cities” Jane Jacobs
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Medidas: pedonalização em Copenhaga
Amagertov (1962 e 1993)
Fonte: Jan Gehl, in “Public Spaces, Public Life”, Dep.Urban Design, 2004.
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Straedet (1992)
Fonte: Jan Gehl, in “Public Spaces, Public Life”, Dep.Urban Design, 2004.
Medidas: pedonalização em Copenhaga
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Medidas: Seul - Cheonggyecheon
Fonte: Mário J. Alves
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
ser respeitado
Fonte: Office fédéral des routes (OFROU)
Todos devemos ser respeitados Mais velhos, mais novos, com mobilidade reduzida ou não, motorizados ou não …
o respeito mútuo e a serenidade são 2 aspectos importantes para uma melhor qualidade de vida
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
A “good” city is a city where people can move from one place to another in different ways, according to their preferences, physical capacities, and activities to
do, according to their needs, hurries, places and neighbourhoods to cross, the time of the day or the
season of the year.
The city is a chain of rhythms, individual or collectives, with an extraordinary diversity. To each activity,
occupation, sequence in life, corresponds a particular rhythm, a singular composition of movement and
quietness.
“Mobilités Urbaines”, Georges Armar [2004], Ed. de l’Aube, Paris.
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008
Due to the complexity inherent to the needs of moving people and goods; the importance of social, cultural, economic and political aspects are crucial; every policy drawn to fight this problem has to be simultaneously:
Clear and participated; changing habits and the acceptation of individual sacrifices in
the name of a collective interest – as is the case of better environment and urban
quality - are only possible if the population understands what are the challenges and
the benefits, as well as it feels itself part of the solution and not only of the problem.
Integrated; in relation to several modes of transport (including soft modes), and at
urban planning, land management and transports level.
Coherent; in order to not present contradictory measures in itself, those will annulated
the good measures or favoured wrong signs to the different agents to be mobilize for
its concretisation.
Continuous; because the results are only seen in a medium-long term, so it is
necessary to maintain the right course to insure that the applied measures will work.
1
2
3
4
Renata Lajas Lisboa | Dezembro 2008