Post on 04-Aug-2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
História da escolarização brasileira e processos pedagógicos
NÍSIA FLORESTA
Fernanda Kieling da Costa, Gabriela Wankler, Tiago Bordin Lucas, Vanessa Schwingel
EDU01004-Turma G
Nov./2012
Dionísia Gonçalves Pinto
Filha do português, Dionísio Gonçalves Pinto, com uma brasileira, Antônia Clara Freire;
Pseudônimo: Nísia Floresta Brasileira Augusta
● 12/10/1810 - Papari (hoje Nísia)-RN
● Sofreu perseguições - Pernambuco, RS e RJ
● Europa
●
● 1885 – França; pneumonia
● (Corpo trazido ao BR em 1954)
1823 — Aos treze anos, casou-se com Manuel Alexandre Seabra de Melo,
mas separou-se em alguns meses e voltou a residir com os pais.
1824 — Devido ao clima de revolta que dominava a região, a família de Nísia transferiu-se para Pernambuco e residiu, primeiro em Goiana, depois em Olinda e Recife.
1828 — Em 17 de agosto, Dionísio Gonçalves Pinto Lisboa foi assassinado nas proximidades de Recife. No mesmo ano, Nísia Floresta passou a residir em companhia de um acadêmico da Faculdade de Direito, Manuel Augusto de Faria Rocha.
1830 — Em 12 de janeiro nasceu a filha Lívia Augusta, que será sua companheira nas viagens pela Europa e futura tradutora.
1832 — Publicação do 1º livro. Neste ano, Nísia, o companheiro e a filha transferem-se para Porto Alegre (RS).
1833 — Nasce o outro filho, recebendo o nome de Augusto Américo. Mas em
29 de agosto, Manuel Augusto morre repentinamente aos 25 anos,
deixando-a com os 2 filhos pequenos
1837 — Em meio à Revolução Farroupilha que agitava as plagas sulistas,
Nísia Floresta transferiu-se para o Rio de Janeiro.
1838 — Através dos jornais da Corte ela anuncia a inauguração de um estabelecimento de ensino, o "Colégio Augusto", cujo nome é uma homenagem ao companheiro precocemente desaparecido.(?)
1842 — Publicação de Conselhos à minha filha, no RJ; Dedicado à filha como
presente pelo aniversário de12 anos; Trabalho de Nísia mais editado e
traduzido.
1847 — Três novas publicações no RJ: Daciz ou A jovem completa, uma
historieta oferecida às educandas do colégio; Fany ou O modelo das
donzelas, publicado em 8/04/1847, pelo Colégio Augusto; e Discurso que às
suas educandas dirigiu Nísia Floresta Brasileira Augusta, pronunciado no
encerramento das aulas do Colégio Augusto, em 18 de dezembro de 1847.
1849 — Primeira edição de A lágrima de um Caeté, no Rio de Janeiro, sob o
pseudônimo de Telesila. O poema de 712 versos trata da degradação do
índio brasileiro e do drama vivido pelos liberais durante a Revolução
Praieira, reprimida em Pernambuco em fevereiro desse mesmo ano. Nísia
Floresta embarca para a Europa com os dois filhos, no dia 2 de novembro.
1852 — Em 27 de janeiro volta ao Brasil, onde vai permanecer por cerca de
dois anos. Durante este período, ela aproveita para vender parte das terras
que havia herdado no Nordeste.
1853 — Publicação de Opúsculo humanitário, no RJ, onde a autora condena a
formação educacional da mulher, não só no Brasil como em diversos
países.
1855 — O Jornal O Brasil Ilustrado publica em 8 capítulos o texto "Páginas de
uma vida obscura", que traz a história de um negro escravo e o que a
autora pensava, na época, acerca da escravidão; e "Passeio ao Aqueduto
da Carioca", em que ela se faz de cicerone e passeia com o turista pela
cidade do Rio de Janeiro.
1856 — O Brasil Ilustrado publicava "O Pranto Filial", (dor pela perda da mãe).
Publicado um livro de versos: Pensamentos. Em 10 de abril, Nísia iniciava a
segunda viagem rumo à Europa, acompanhada apenas pela filha. Somente
após 16 anos ela tornará a ver a paisagem carioca e seus parentes. O
Colégio Augusto fecha definitivamente suas portas neste ano. A escritora
recebe em sua residência o filósofo Auguste Comte, e também é deste ano
a correspondência trocada entre eles, num total de 14 cartas.
1857 — Em 5 de setembro morria Auguste Comte. Nísia Floresta foi uma das
quatro mulheres que acompanhou o cortejo fúnebre ao Père Lachaise. É
publicado em ParisItinéraire d'un voyage en Allemagne (impressões da
autora sobre as cidades alemãs).
Nos anos seguintes, diversas obras já publicadas foram traduzidas para a
língua italiana e francesa.
1864 — Publicação do primeiro volume de Trois ans en Italie, suivis d'un
voyage en Grèce, em Paris.
1872 — Após 16 anos no exterior, em 31 de maio, Nísia desembarca no RJ.
Também nesta ocasião ela vai aproveitar para vender suas terras.
1885 — Em 24 de abril, às nove horas da noite, Nísia Floresta Brasileira
Augusta morria vitimada por uma pneumonia. Dias depois, era enterrada
num jazigo perpétuo no Cemitério de Bonsecours.
NÍSIA FLORESTA● Escritora, educadora, feminista e fundadora de colégios
para meninas.
● 15 títulos – português, francês e italiano;
● mulher no século XIX;
● temáticas abolicionistas, indianistas e nacionalistas.
● Opúsculo Humanitário; Conselhos à minha filha; Discurso às educandas; O abismo sob as flores da civilização; Fany ou o modelo das donzelas; A mulher; Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens; A Lágrima de um Caeté; O pranto Filial; Pensamentos; Páginas de uma vida obscura; Passeio ao Aqueduto da Carioca; Itinéraire d'un voyage en Allemagne; Le Brésil; Trois ans en Italie, suivis d'un voyage en Grèce; Fragments d'un ouvrage inèdit - notes biographiques
Propósito: formar e modificar consciências – alterar o quadro ideológico social.
EDUCAÇÃO – discurso e novela, ensaios e colaborações jornalísticas.
● Revela visão ampla e consciente do problema educacional – empenho em contribuir para que as mulheres pudessem ter acesso à instrução e educ.;
● Primeiras das brasileiras a utilizar a imprensa para a divulgação das ideias feministas (defesa do sexo feminino).
1º livro: “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens”,
publicado em 1832. Foi o primeiro no BR a tratar dos direitos
das mulheres à instrução e ao trabalho, inspirado no livro da
feminista inglesa Mary Wollstonecraft: Vindications of the
Rights of Woman. Nísia se utiliza do texto da inglesa e
introduz suas próprias reflexões sobre a realidade brasileira.
Corrente de pensamento: Utilitarismo
Valorização da mulher é uma necessidade inerente à
própria sociedade e não apenas a elas singularmente.
Mulher à frente de seu tempo!
● A ficção didática de Nísia Floresta, de Constância Lima Duarte – Livro:500 anos de educação brasileira.
● Próxima do pensamento liberal mais progressista;
● Limitada por sua formação religiosa aos ditames conservadores do catolicismo.
● Difusão em massa de escolas de primeiras letras p/meninas em nºigual das de meninos;
● Fany ou o modelo das donzelas● Novela didática-moralista; Porto Alegre-
Rev.Farroupilha;
● Publicado no RJ em 1847.
● Texto curto, sem diálogo; Nunca foi localizado um exemplar da primeira edição. Manuscrito doado a historiador em 1935.
● Daciz ou a jovem completa. Obra perdida, bem como, publicado em Paris, o romance Parsis.
Obrigado (a)!