Post on 22-Apr-2015
Monitorização portátil das variáveis respiratórias
Dra. Danielle Cristina Clímaco
Médica assistente da Pneumologia/Laboratório de SonoHospital Otávio de Freitas
Recife-PE
II Curso Nacional de Sono-2012
Elevada prevalência Aumento de mortalidade
Associada a redução na qualidade de vida
Associada a início ou piora HAS, doença cardiovascular
Acidentes de tráfico e no trabalho.
SAOS
N Engl J Med 1993 ; AJRCCM 2001; JAMA 2000;AJRCCM 2010
SAOS:
Diagnóstico padrão ouro:• POLISSO-
NOGRAFIA
Não há leitos suficientes e o
custo é considerado
elevado, longa lista de espera
Há necessidade de simplificar e
viabilizar o diagnóstico
mais precoce de SAOS
Polissonografia (Nível I)• Mínimo 7 canais,EEG, EOG, EMG, ECG, fluxo aéreo
oronasal, movimento respiratório, e saturação da oxihemoglobina, além de posição do corpo, movimento de pernas, supervisão constante, intervenções são possíveis.
Polissonografia portátil ( Nível II)• Mínimo de 7 canais, mas não há supervisão ou
intervenções
Métodos diagnósticos
Métodos Diagnósticos
Poligrafia ( Nível III)• Mínimo 4 canais (movimento respiratório, fluxo aéreo
oronasal, ECG ou registro da frequência cardíaca, saturação da oxihemoglobina). Sem supervisão
Oximetria ( Nível IV)• Mais limitado, útil associado com escore clínico na
seleção de pacientes para polissonografia padrão
Rev Bras Psiquiatr. 2005;27(supl I):8-15
Poligrafia Respiratória
Registro portátil de monitorização cardiorespiratória no SONO
Avaliação mais restrita. Na PSG padrão - IAH/tempo sono Na poligrafia – IAH/tempo de registro (subestimar)
Exame negativo e suspeita clínica SAOS polissonografia padrão
JCSM, vol 3,No 7, 2007Swiss Med Wkly 2007;137:97
PolissonografiaEOG
EEG
EMGECG
RONCO
POSIÇÃOCINTA ABDOMINAL
CINTA TORÁCICACÂNULA de PRESSÃO +TERMISTORSaO2
PULSO
Clinical Guidelines for the Use of Unattended Portable Monitors in the Diagnosis of Obstructive Sleep Apnea in Adult Patients- Task Force of the
American Academy of Sleep Medicine
Realizar em conjunto com avaliação clínica do sono
Não apropriado para avaliar outros distúrbios do sono
O equipamento deve permitir escore manual
Testes negativos ou inadequados com alta probabilidade clínica: PSG padrão
JCSM, vol 3,No 7, 2007
Poligrafia e Polissonografia: Equivalentes?
Poligrafia é equivalente à Polissonografia no diagnóstico quando SAOS provável
Não houve diferença na adesão ao CPAP
Custo reduzido (2 a 3 vezes menor)
• Effect of an ambulatory diagnostic and treatment programme in patients with sleep apnoea Eur Respir J 2012;39:305-312
• Influence of setting on unattended respiratory monitoring in the seep apnoea/hypopnea syndrome Eur Respir J 2001;18:530-534
PSG x Poligrafia (end point = decisão terapêutica)N=377 pacientes
• CPAP• Não CPAP• Decisão impossível
Pacientes com escore mais alto IAH ( ≥ 30 ; 41% da amostra) apresentaram nível de concordância de 91%.*seleção de pacientes
Therapeutic Decision-Making for Sleep Apnea and Hypopnea Syndrome Using Home Respiratory Polygraphy: a Large Multicentric Study
AJRCCM, Julho 7, 2011
Respiratory Polygraphy in sleep apnoea diagnosis.Relatório do registro suíço de poligrafia respiratória.
Swiss Med Wkly 2007;137:97-102(n=8865; pneumologistas certificados)
Confirmação ou exclusão de distúrbio respiratório do sono: 96% dos casos
Laudo automático ou manual: manual melhor correlação IAH PSG
Especialista PSG e poligrafia(20 anos) x Não espec. PSG(1 ano treinamento)N= 90 exames Prevalência de SAOS 83%
Houve boa correlação nos resultados, alto nível concordância
•
• William Howard Taft – • Presidente dos EUA 1909 a 1913 Chest, 2003;124:1133
Na Casa Branca :
- IMC 42 kg/m² e HAS- roncava em encontros c/ pres.
Roosevelt, chefe de justiça da Suprema Corte;
- cochilos durante discursos, enquanto dirigia, durante jantares,assinando documentos;
- administração turbulenta, perdeu reeleição.
- Havia capacidade cognitiva para governar ?
HAS ou OBESIDADE (IMC>30)
RONCO Presença Intensidade Freqüência Freqüência de apnéia Incômodo
Categoria 1
Questionário clínico de Berlin
Categoria 2
SONOLÊNCIA Freqüência ao acordar Freqüência durante o dia Cochilo ao dirigir
Categoria 3
Netzer NC. Ann Intern Med, 1999
AVALIAÇÃO DA SONOLÊNCIAEscala de Epworth
SITUAÇÃO CHANCE DE COCHILAR
• Sentado e lendo 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]
• Assistindo TV 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]
• Sentado em um lugar público 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]
• Como passageiro de trem, carro ou ônibus 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]
• Deitando-se para descansar à tarde 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]
• Sentado e conversando com alguém 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]
• Sentado calmamente após o almoço 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]
• dirigindo um carro, com trânsito intenso 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]
Sleep,1991Sonolência excessiva ≥ 10
Monitor portátil
Validation of the ApneaLink TM for the screening of Sleep Apnea: a novel and simple single-channel recording device. J Clin Sleep Med.2007;3(4):387-392
62%
31%
4%
2% 1%
Casuística do programa de VNI/Oxigenoterapia do Hospital Otávio de Freitas,Recife (2006-2008)
OXIGENOTERAPIACPAPBIPAPBIPAP + O2CPAP + O2
N=105
68%
21%
2% 5% 2% 2%
Casuística do programa de VNI do HOF por patologia de base (2011)
SAOS
Doenças Neuromusculares
Cifoescoliose
DPOC-Hipoventilação
cheyne stokes
Sequela Tuberculose
SAOS
Poligrafia no HOFFalhas (20%)
SAOS
12 (22%)
DNM
1 (11%)
CPAP
4 (22%)
Número e percentagem de exames falhos.
ExamesSAOS 18
CPAP 1
Serviço privado= 18 Exames realizados
Caso Clínico
HLM, 34 anos, masculino, residente de Medicina
Cefaléia matinal, fadiga, sonolência diurna, dificuldade de concentração e roncos altos
HAS
Peso: 85Kg, Altura: 1.75, IMC: 27.7Kg/m2, Circunferência do pescoço: 43cm
Gráfico da Oximetria de Pulso da Noite inteira
Apnéias Obstrutivas
•29/h (registro= 5h)•apneias obstrutivas/hipopneiasIAH•84%SpO2 mínima
•95%SpO2 Média
•27 min (5%)Tempo de Saturação ≤ 90%
10min
Mensagem
• Na população de moderada a elevada probabilidade clínica para SAOS
Poligrafia é equivalente a Polissonografia
Apresenta menor custo
Possibilita acesso mais rápido ao diagnóstico
Necessita pneumologista treinado
Polissonografia : necessária em alguns casos