Post on 05-Aug-2018
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná
Departamento Acadêmico de Mecânica
Coordenação de Estágio
Relatório Final de Estágio – Engenharia Mecânica
Desenvolvimento de processo e produto – Engenharia
de processo e desenvolvimento
Banca: José Roberto Okida
Ana Maria Bueno
Felipe Barreto Campelo Cruz
Realizado por:
Bianca Marin
817147
Ponta Grossa, 10 de junho de 2013
- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso -
TERMO DE APROVAÇÃO
do
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
por
Bianca Marin
A Defesa Final desse Estágio Curricular Obrigatório foi realizada em 10 de junho
de 2013 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Mecânica. A candidata foi arguida pela Banca Examinadora composta pelos
professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o
estágio aprovado.
________________________________________
Prof. M. José Roberto Okida Prof. Orientador
____________________________________ Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz
Coordenador de Estágios dos Cursos de Engenharia Mecânica e de Engenharia de
Produção Mecânica
__________________________________
Prof(a). M. Ana Maria Bueno Membro Titular
____________________________________ Prof. Dr. Thiago Antonini Alves
Coordenador do Curso de Engenharia Mecânica UTFPR/Campus Ponta Grossa
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Ponta Grossa
Coordenação de Engenharia Mecânica
Lista de Figuras
Figura 1: Organograma ContiTech Ponta Grossa. ................................................................. 4
Figura 2: (a) Projeto de um poka yoke para inserção de flanges; (b) dispositivo instalado na
máquina. ................................................................................................................................. 9
Figura 3: Relatório dimensional fornecido pelo software do braço de medição. ................. 10
Figura 4: Requisição de compras elaborada no CEOS. ....................................................... 11
Figura 5: Instrução de trabalho. ........................................................................................... 12
Figura 6: Lista técnica. ......................................................................................................... 13
Figura 7: Roteiro. ................................................................................................................. 14
Sumário
1. Identificação .............................................................................................................. 1
2. Responsabilidade pelas Informações ......................................................................... 2
3. Introdução .................................................................................................................. 3
4. Descrição da Empresa ............................................................................................... 4
5. Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio ................................................ 6
5.1 Atividades contempladas no plano de estágio ......................................................... 6
5.2 Atividades não contempladas no plano de estágio ................................................. 12
6. Dificuldades Encontradas ........................................................................................ 15
7. Áreas de Identificação com o Curso ........................................................................ 16
8. Resultados ................................................................................................................ 17
9. Conclusão ................................................................................................................ 19
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1. Identificação
Aluno: Bianca Marin Telefone: (42) 9992-9180
Curso: Engenharia Mecânica Código: 817147
e-mail: bi_marin@hotmail.com
Empresa: Continental do Brasil Produtos Automotivos LTDA
Endereço: Av. Continental, 2777 - Distrito Industrial. CEP: 84043-735
Supervisor de Estágio: Rafael Dalzotto
Cargo: Supervisor de Engenharia de Processos
e-mail: rafael.dalzotto@continental-corporation.com
Orientador: Prof. M. Eng José Roberto Okida
e-mail: okida@utfpr.edu.br
Estágio:
Início: 18 de junho de 2012
Conclusão: 07 de junho de 2013
Carga horária: 900 horas (mínimo de 400 horas).
Estágio realizado no setor de Fluid na área de Engenharia de Processos
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2. Responsabilidade pelas Informações
ALUNO:
Eu, Bianca Marin, estudante do Curso Superior de Engenharia Mecânica na Universidade
Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa, sob número de matrícula 817147,
portador do RG nº. 9276766-2 declaro estar ciente da veracidade das informações contidas neste
relatório referente às atividades de estágio desenvolvidas na empresa Continental do Brasil
Produtos Automotivos Ltda, Unidade de Ponta Grossa-PR.
___________________________________
Bianca Marin
SUPERVISOR:
Eu, Rafael Dalzotto, Tecnólogo Mecânico na empresa Continental do Brasil Produtos
Automotivos Ltda, onde ocupo o cargo Supervisor da Engenharia de Processos, supervisor da
estagiária Bianca Marin, afirmo que todas as informações contidas neste relatório são verdadeiras
e responsabilizo-me pelas mesmas.
___________________________________
Rafael Dalzotto
Supervisor da Engenharia de Processos
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3. Introdução
Este trabalho tem por finalidade relatar as atividades desenvolvidas durante o estágio
realizado na Continental do Brasil Produtos Automotivos, no setor de Fluid, responsável por
produzir circuitos de ar condicionado e direção hidráulica para automóveis. A empresa está no
mercado há 142 anos, com filial em Ponta Grossa há 13 anos.
O estágio foi de caráter obrigatório com duração de seis meses, sendo este realizado no
departamento de engenharia da empresa. A Engenharia é responsável pelo desenvolvimento de
novos produtos, ferramentas e processos, bem como novos clientes e fornecedores.
As atividades desenvolvidas no estágio estão relacionadas ao desenvolvimento de novos
produtos, processos e ferramentas, tais como auxílio no desenvolvimento de protótipos de peças e
relatórios dimensionais, projetos de peças, ferramentas e dispositivos mecânicos através de
desenhos assistidos por computador - CAD (Computer - Aided Design). Realizar cotações e
requisições de compras de ferramentas e peças de reposição.
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4. Descrição da Empresa
A ContiTech é especialista em tecnologias de borracha e de material sintético. Com
produtos e sistemas high-tech é mundialmente parceira no desenvolvimento da indústria
automobilística de fabricantes de equipamentos originais para a mesma, além de muitas outras
indústrias. Atualmente está presente em mais de 140 países (CONTINENTAL, 2013).
O grupo empresarial ContiTech é uma divisão autônoma da Continental AG, com sede em
Hannover - Alemanha, e abrange oito campos de competência especializados e operacionais.
Apostando na liderança descentralizada das unidades operacionais, cada unidade assume plena
responsabilidade pelos seus resultados. É assim que se desenvolvem potenciais inovadores e são
fomentadas sinergias. Participa também nas parcerias de desenvolvimento e sinergias dentro do
grupo Continental assim como no seu poder financeiro.
Os mercados principais são a indústria automobilística, a indústria de veículos ferroviários,
a indústria de construção mecânica, a indústria mineira e a indústria de impressão.
A ContiTech Ponta Grossa é estruturada de acordo com o organograma ilustrado na Fig. 1.
Figura 1: Organograma ContiTech Ponta Grossa.
Legenda:
ADM Administração ENG Engenharia
CBG Conveyor Belt Group FLT Fluid Technology
CQ Qualidade LOG Logística
EI Engenharia Industrial MA Manutenção
CONTITECH - Ponta Grossa
CBG PTG FLT VC ADM TI
PRO CQ ENG MA
PRD PRC MET EI
LOG
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MET Métodos PTG Power Transmission Group
PRC Processo TI Tecnologia da Informação
PRD Produto VC Vibration Control
PRO Produção
O estágio foi desenvolvido na divisão de Fluid, que abrange o desenvolvimento e
fabricação de tubulações de ar condicionado e direção hidráulica para automóveis. As atividades
desenvolvidas foram voltadas à engenharia de processos e engenharia de produto, tendo pouco
contato com engenharia de métodos e nenhum com a engenharia industrial.
A ContiTech Fluid Technology é parceira no desenvolvimento e fabricante de equipamento
original para mangueiras e tubulações de mangueiras utilizados na indústria automobilística e em
muitas outras indústrias. É líder na produção de mangueiras e tubulações para veículos na
Europa, estando entre os 3 primeiros a nível mundial (CONTINENTAL, 2013).
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5. Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio
O estágio foi realizado no setor de Fluid, da Continental ContiTech Ponta Grossa,
responsável pela fabricação de tubulações de ar condicionado e direção hidráulica para
automóveis. O estágio teve como objetivo realizar atividades descritas no plano de estágio,
concentrando-se nas áreas de conformação mecânica e metrologia.
5.1 Atividades contempladas no plano de estágio
Efetuar desenhos CAD para ferramentas componentes mecânicos: O departamento de
Engenharia é responsável pelo desenvolvimento e melhoria de ferramentas para o processo
produtivo. As principais ferramentas necessárias no processo produtivo são:
Conjunto de ferramentas de perfilamento: as quais são responsáveis por conferir o
perfil desejado no tubo através do método de deformação à frio - endforming. O que
define o conjunto de ferramentas de perfilamento a ser utilizado é o tipo de perfil
que se deseja obter e o diâmetro do tubo a ser perfilado. Tal ferramental deve ser
minuciosamente projetado, devido à restrita faixa tolerâncias no perfil,
principalmente rugosidade, e tolerâncias dimensionais. As consequências de um
ferramental de perfilamento mal projetado são: má vedação, presença de arestas
cortantes que podem danificar as mangueiras do circuito, dificuldade de realizar a
conexão adequada no carro.
Calibrador: trata-se de um dispositivo mecânico para a rápida verificação das
tolerâncias geométricas e dimensionais de perfis simples, indicando quando algum
ponto a ser controlado na peça está acima da tolerância superior ou abaixo da
tolerância inferior.
Ferramental de dobra: compostas por raio, mordente, guia de dobramento e pinça.
Assim como no perfilamento, o ferramental de dobra varia de acordo com o raio de
curvatura que se deseja nas dobras do tubo e ao diâmetro do mesmo. Para
conformação adequada, deve-se projetar as ferramentas e ajustar as máquinas de
forma a evitar o “esmagamento” dos tubos, nos pontos de dobra. Tais defeitos
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podem causar trincas que podem gerar vazamentos ou ainda turbulências durante o
escoamento do fluido refrigerante, ou fluido hidráulico para direção.
Ferramental de controle de dimensão/posição: tais ferramentais são conhecidos
como gabaritos e utilizados em diversos postos de trabalho. Durante os processos de
furação e soldagem o emprego do gabarito tem por finalidade garantir o
posicionamento adequado do furo e/ou da peça a ser soldada ao tubo. Função
similar tem-se durante o parafusamento de sensores e válvulas de enchimento. Já
durante as dobras dos tubos os gabaritos são utilizados são utilizados para
conferência da geometria da peça, sendo que, quando a peça dobrada não encaixa
adequadamente ao gabarito é necessário fazer correções no programa de dobra da
máquina. Algumas peças são compostas por tubos e mangueiras. Nessas, a função
dos gabaritos posicionar os tubos adequadamente, antes de efetuar a prensagem da
mangueira.
Gabaritos de vedação: após fabricação e montagem dos circuitos, esses são testados
para verificar a presença de vazamentos. Os circuitos de ar condicionado são
testados através da injeção de um gás nobre. Cada circuito tem um gabarito
específico, onde em pontos estratégicos da peça (regiões prensadas e soldadas) são
feitas leituras da concentração desse gás nobre (através de espectrômetros de
atmosfera) por tempo determinado por norma, e comparadas às concentrações
atmosféricas em condições normais. Se a concentração medida excede a máxima
tolerância aceitável como normal, significa que há vazamento na peça. A má
vedação dos circuitos de ar condicionado implica no não funcionamento do mesmo.
Para os circuitos de direção hidráulica o teste ocorre com o enchimento da
tubulação com fluido pressurizado conforme norma do cliente e verificado a
existência de vazamentos de maneira visual por tempo determinado também por
norma. A má vedação dos circuitos de direção hidráulica compromete a segurança e
integridade física dos passageiros.
As atividades solicitadas durante o estágio consistiram em auxiliar no desenvolvimento de
tais ferramentas, em especial ferramental de dobra; sistemas de controle após perfilamento e
dobra; dispositivos para fixação dos circuitos durante parafusamento da válvula de enchimento;
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dispositivos para fixação dos tubos e circuitos durante solda e ressolda manual; bocais para a
vedação de circuitos durante teste de vedação. Durante o desenvolvimento dos projetos,
elaborava-se a concepção inicial do ferramental, fazia-se o esboço, pedia auxílio/aprovação da
idéia e posteriormente concluía o projeto, executando as modificações solicitadas pelo supervisor
da atividade.
Auxiliar na execução dispositivos mecânicos: os dispositivos mecânicos contemplam
peças e conjuntos utilizados para auxiliar na produção/montagem das peças. Dispositivos
mecânicos e/ou eletrônicos conhecidos como poka yoke estão inclusos nessa categoria. Calarge &
Davanso (2004) definem poke yoke como “mecanismos de prevenção de erros, ou à prova de
falhas”.
Durante o período de estágio foram desenvolvidos alguns poka yokes, visando à eliminação
de defeitos provenientes do erro humano. As consequências desses erros podem ser uma elevada
taxa de refugos ou ainda reclamações provenientes de clientes, que receberam peças não
conformes.
Desenvolveu-se um novo bocal para o teste de vedação com encaixe para o maior diâmetro
de perfil de um tubo (DN08 e DN13). Assim, quando o diâmetro do anel da peça perfilada estava
acima da máxima tolerância indicada, não ocorria o encaixe do mesmo no bocal, não permitindo
a execução do teste de vedação, sendo necessário o descarte de tal circuito. Outros poke yoke
foram projetados para a inserção de flanges nos tubos. A Figura 2 exemplifica um dos projetos de
poka yoke.
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(a) (b)
Figura 2: (a) Projeto de um poka yoke para inserção de flanges; (b) dispositivo instalado na máquina.
Fonte: Continental ContiTech/ Ponta Grossa.
A função do poke yoke ilustrado na Fig. 2 é inserir a flange no tubo, antes de realizar o
perfilamento, sempre na mesma posição. Tal dispositivo é instalado nas conformadoras e a
alimentação das flanges no mesmo é realizada pelo operador.
Auxiliar na execução de projetos de peças: essa atividade contempla desenhar os
circuitos e seus componentes com as especificações solicitadas pelo cliente. A confecção física
da peça ocorre na fase de protótipos, onde se verifica a viabilidade de fabricação, o desempenho
das ferramentas propostas e a necessidade de melhorias. De acordo com o pedido do cliente,
essas peças são enviadas em número e datas previamente estipuladas.
O programa de dobra inicial bem como conferência da geometria das peças físicas é
realizado através do braço de medição. Inicialmente é construída uma peça virtual, com os
valores nominais de cada ponto. É possível então obter as coordenadas de dobra para confecção
da peça física. Em seguida, mede-se a peça obtida e, através de alinhamento proposto por
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cálculos interativos do software, obtém-se os valores de desvios que a peça física apresenta,
quando comparada ao seu modelo virtual.
O auxílio nessa atividade durante o estágio foi através da elaboração de desenhos de peças,
coordenadas de dobra, auxílio na montagem e medição dos circuitos, elaboração de relatórios
dimensionais, inspeção final e embalagem.
A Figura 3 ilustra um relatório dimensional, fornecido pelo software do braço de medição,
de vários pontos de uma determinada peça.
Figura 3: Relatório dimensional fornecido pelo software do braço de medição.
Fonte: Continental ContiTech/ Ponta Grossa.
Na coluna Desvio observa-se a variação do valor do ponto através da comparação entre
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valores nominal e medido. Observa-se que o ponto 5 está fora das especificações solicitadas pelo
cliente, pois o desvio esta 0,063mm acima da máxima tolerância. Com esse resultado verifica-se
a necessidade de fazer correções nas coordenadas do programa de dobra da peça.
Efetuar cotações e requisições de compras: após realização do projeto de
peças/ferramentas, faz-se necessário entrar em contato com possíveis fornecedores, solicitando
orçamentos dos itens propostos. Após receber os orçamentos é feita a análise, avaliando custos e
qualidade dos serviços oferecidos. A solicitação para compra de tais materiais é feita através de
um sistema informatizado (CEOS), onde descreve-se o material ou serviço que deseja-se
comprar, incluindo valores, prazos e negociações. Essas informações seguem ao setor de
compras, onde um responsável fará a avaliação se a requisição de compra foi elaborada
adequadamente. Após aprovada pelo comprador, segue ao gestor do departamento, que verifica a
necessidade de compra do material. Se aprovada, segue ao setor fiscal e ao diretor da empresa,
para conferência e aprovação. Depois do processo de aprovação é emitido o pedido, pelo
departamento de compras. Assim que recebe-se o material solicitado é feita a conferência do
mesmo e encaminha-se a nota fiscal para pagamento. A Figura 4 exemplifica uma requisição de
compras elaborada no CEOS.
Figura 4: Requisição de compras elaborada no CEOS.
Fonte: Continental ContiTech/ Ponta Grossa.
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5.2 Atividades não contempladas no plano de estágio
Atualização e elaboração de instruções de trabalho: Instruções de trabalho descrevem
máquinas, ferramental, métodos a serem utilizados pelo operador durante realização de uma
determinada atividade. É um manual simplificado e objetivo do equipamento e da atividade a ser
realizada. Exemplificando: no posto de prensagem de mangueiras há uma instrução de trabalho
que descreve os principais características e comandos básicos da máquina, a sequência de
trabalho, como proceder em caso de emergência, como realizar a troca de ferramental. A Figura 5
ilustra uma instrução de trabalho.
Figura 5: Instrução de trabalho.
Fonte: Continental ContiTech/ Ponta Grossa.
Descrição da Máquina
1. Botão liga/desliga 6. Punção
2. Botão de acionamento do punção 7. Trava
3. Botão de emergência
4. Suporte 9. Botão "mode"
5. Chapa de apoio 10. Botões seta (+ e -)
Setup1. Com a máquina desligada e botão de emergência acionado, colocar o suporte (A).
2. Selecionar a chapa de apoio de acordo com o diâmetro do tubo e colocá-la no canal do suporte (B).
3. Encaixar o Punção no Bocal (C).
4. Colocar a trava do Punção (D).
Elaboração: Bianca Controle: Rafael Aprovação: Steveson
Data: 30.04.2013 Data: 30.04.2013 Data: 30.04.2013
Doc/n.º/índex - CDB 307 EI 63A/0
Operação e Setup
Máquina de Prensar Anilhas
Edição: EI
CDB 307 EI 63A /0
pág. 1 de 2
Válido a partir de: 30.04.2013
8. Tabela de pressão de acordo com o diâmetro do tubo
1 2 34
5
6
7
8
9
10
A B C D
5. Determinar a pressão adequada ao diâmetro do tudo de acordo com a tabela 8.
6. Para selecionar a pressão
6.1 - Pressione "mode".
6.2 - Com o auxílio dos botões seta, selecionar a pressão desejada.
6.3 - Pressione "mode" novamente, para confirmar.
Operação1. Montar tubo, porca e anilha, conforme ilustrado em (E).
Obs.: O maior diâmetro da anilha deve ficar voltado para a porca (F).
2. Posicionar o conjunto na máquina, mantendo a porca encostada na Chapa de apoio (G).
3. Pressionar o botão de acionamento do punção.
Elaboração: Bianca Controle: Rafael Aprovação: Steveson
Data: 30.04.2013 Data: 30.04.2013 Data: 30.04.2013
Doc/n.º/índex - CDB 307 EI 63A/0 Válido a partir de: 30.04.2013
OBS.: Em caso de acionamento do botão de emergência, todos os comandos da máquina desliga e o
punção retorna a posição inicial.
Operação e Setup
Máquina de Prensar Anilhas
Edição: EI
CDB 307 EI 63A /0
pág. 2 de 2
E F
G
Figura apenas ilustrativa.
Nunca colocar a mão na
região de prensagem com a máquina em movimento.
Este lado
para fora.
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Atualização de roteiros e listas técnicas em SAP: listas técnicas descrevem todo material
necessário para confecção de uma peça/circuito já considerando eventuais sobras de material,
provenientes do processo de corte. Por exemplo: mangueiras são cortadas em rolo. Ao final de
cada rolo resta um pequeno pedaço que é contabilizado juntamente com o refugo, visto que não
há aproveitamento para o mesmo. O mesmo ocorre no corte de tubos. A Figura 6 exemplifica
uma lista técnica.
Figura 6: Lista técnica.
Fonte: SAP – Continental ContiTech/ Ponta Grossa.
Já os roteiros descrevem o processo de fabricação da peça/circuito, de acordo com a
sequência correta das operações. Nos roteiros também está presente o tempo médio para a
realização de cada atividade. As quantidades aqui descritas não consideram sobras, visto que as
peças deverão ser confeccionadas exatamente com as dimensões aqui descritas. A Figura 7 ilustra
um roteiro.
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Figura 7: Roteiro.
Fonte: SAP – Continental ContiTech/ Ponta Grossa.
Durante a realização do estágio foi necessário realizar algumas alterações nos roteiros e
listas técnicas em virtude de mudanças nos comprimentos de corte de tubos e/ou mangueiras ou
mudança de algum componente. Assim, as atualizações eram feitas via SAP e impressas duas
cópias, uma seguia para o arquivamento, mantendo o histórico da peça, e outra para a produção.
Visto que a produção deve seguir o roteiro e lista técnica para fabricação das peças, um erro
na redação pode impossibilitar o processo, implicar na fabricação de peças fora das
especificações do cliente ou ainda elevar os custos do produto, uma vez que são levantados a
partir dos tempos de processo.
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6. Dificuldades Encontradas
Pode-se dizer que a falta de conhecimento do processo foi inicialmente uma barreira que foi
superada apenas com a vivência diária na indústria. Ao passo que os primeiros projetos foram
surgindo, foi notória a dificuldade de finalizá-los no período de tempo proposto. Isso perdurou
durante todo o estágio. Alguns projetos necessitavam de análises mais morosas. Outros eram
mais simples, porém havia um grande volume de atividades a serem realizadas simultaneamente.
Embora o curso de Engenharia Mecânica na UTFPR tenha um bom embasamento teórico,
há uma lacuna no conhecimento voltado a formação de engenheiros para atuar na indústria.
Acredito que isso poderia ser minimizado através da oferta de disciplinas com maior carga
horária de laboratório, além da utilização de exemplos que apliquem os conhecimentos teóricos,
adquiridos em sala de aula, em atividades práticas da indústria.
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7. Áreas de Identificação com o Curso
Devido ao estágio ser realizado na área de Engenharia de Processos, a maioria dos
conhecimentos adquiridos estão voltados à fabricação de peças. As principais atividades
desenvolvidas apoiaram-se em projetos a serem executados e simulados em software de desenho
(CATIA - Computer Aided Three-dimensional Interactive Application).
Devido ao fato do software utilizado para desenho ser bastante específico e não existir
instituição na cidade que ofereça cursos, todo o conhecimento foi adquirido na própria empresa,
através de breves treinamentos e leitura de tutoriais.
Para cada projeto foi necessário propor a solução mais viável, tecnicamente e
financeiramente. Nesse contexto, algumas vezes houve necessidade da realização de pesquisas,
tanto comerciais quanto técnicas.
As principais disciplinas que forneceram embasamento teórico para a execução das
atividades propostas foram:
Elementos de Máquinas, Mecanismos e Desenho Técnico: disciplinas que dão
suporte para o desenvolvimento de projetos peças, ferramentas e dispositivos
mecânicos;
Metrologia Mecânica: realização de medições e relatórios dimensionais de peças e
gabaritos;
Conformação Mecânica: compreensão e auxílio nas atividades relacionadas ao
perfilamento e dobra dos tubos;
Comando Numérico Computadorizado: programação de grande parte das máquinas
utilizadas no processo de fabricação das tubulações;
Ensaios Mecânicos e Materiais de Construção Mecânica: disciplinas que dão
suporte na seleção de materiais que podem ser utilizados, de acordo com os
requisitos técnicos e econômicos;
Usinagem e Soldagem: auxiliaram durante a confecção de projetos, de forma a
trabalhar com a minimização de custos durante a fabricação de peças. Além disso, o
processo de brasagem é um dos processos utilizado na confecção das tubulações de
ar condicionado e direção hidráulica.
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8. Resultados
Os resultados mais significativos dizem respeito às propostas para redução dos refugos
gerados no processo produtivo. Durante o parafusamento da válvula interna de enchimento
ocorria danificação da rosca interna da base que alojava a válvula. Tal problema ocorria devido
ao mau alinhamento entre a ferramenta interna de parafusamento e a base, soldada ao tubo. Para
minimizar tal defeito foi proposto a utilização de um suporte para a parafusadeira, limitando os
movimentos da mesma. Através dos conhecimentos adquiridos de resistência dos materiais e
mecanismos foi possível projetar tal suporte, que eliminou 50% do problema. Entretanto, ainda
havia o desalinhamento e movimentação do tubo durante o parafusamento. Tal solução foi mais
simples, uma vez que foi necessário apenas adaptar um grampo vertical no gabarito de fixação da
peça, impedido sua movimentação e posicionamento incorreto.
A célula de fabricação de mangueiras vulcanizadas também teve seu índice de refugo
minimizado. Tal projeto havia sido iniciado por outro membro da equipe, anteriormente ao meu
ingresso no estágio. Os batentes utilizados para redução do comprimento de corte proposto
haviam sido projetados, porém não testados. Juntamente realizamos a instalação e teste dos
mesmos, os quais se mostraram satisfatórios do ponto de vista de aplicação. Foi possível reduzir a
comprimento de corte das mangueiras, resultando em uma redução de custo de matéria prima.
Porém, após alguns ciclos de vulcanização, os parafusos dos batentes, de aço carbono,
começaram a apresentar oxidação, provocada pelas altas temperaturas combinada a presença de
vapor. Ainda, o produto utilizado para limpeza dos mandris deteriorava o material dos batentes
(alumínio). Dessa forma, foi proposto mudar o material dos batentes e parafusos para aço
inoxidável, visando maior durabilidade dos mesmos.
Cabe ressaltar ainda os projetos de gabaritos de dobra desenvolvidos, com tolerâncias
dimensionais menores, garantindo a geometria das peças que estavam apresentando problemas
para o cliente. Projetos de calibradores para controle de dimensões específicas.
Sempre que possível buscava-se soluções para manter a organização e limpeza dos postos
de trabalho, tais como instalação de bandeja na prensa, com a finalidade de alocar os terminais e
o óleo utilizado na inserção das mangueiras. Essa simples proposta melhorou não apenas a
organização, mas também a ergonomia do posto de trabalho. Nesse âmbito, pode-se ainda incluir:
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separação dos gabaritos de corte de mangueira obsoletos, liberando espaço no armário e tornando
o setup do corte mais rápido; proposta da instalação de um suporte para caixas que armazenam
peças durante montagem (válido para circuitos com grande variedade de itens em um mesmo
posto de trabalho).
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9. Conclusão
As atividades desenvolvidas no estágio contribuíram para consolidar os conhecimentos
adquiridos ao longo do curso. Devido ao setor da Engenharia estar diretamente relacionado com a
produção, manutenção e qualidade, o período de estágio favoreceu meu desenvolvimento
profissional e interpessoal.
Foi possível adquirir conhecimento do sistema SAP, módulo desenvolvimento de produto.
O conhecimento de tal ferramenta é válido para minha formação profissional por se tratar de um
programa de desenvolvimento de produto vastamente difundido na indústria.
Os projetos de peças, ferramentas e dispositivos mecânicos propostos foram desenvolvidos
no CATIA. Isso permitiu ampliar meus conhecimentos na área de projetos, mas também aprender
a trabalhar com o software, fundamental para elaboração de desenhos e simulações.
Cada atividade realizada contribuiu em um aspecto diferente da minha formação como
profissional. Foi possível aplicar na prática alguns conhecimentos teóricos adquiridos durante o
curso de graduação e ainda melhorar a capacidade de relacionamento interpessoal. A falta de
experiência na área bem como a falta de alguns dados técnicos durante realização das atividades
foram algumas das dificuldades vivenciadas no cotidiano. Acredito que isso se deve, em partes, a
uma deficiência do curso, o qual tem uma vasta carga horária de matérias de gestão, que
poderiam ser substituídas por matérias técnicas. Ainda, percebe-se que o curso tem seu foco
voltado a área de pesquisa, não preparando seus acadêmicos a atuar em indústrias, especialmente
no “chão de fábrica”.
20
Referências
Continental Contitech. Disponível em: <http://www.contitech.com.br/>. Acesso em 29 mai.
2013.
CALARGE, F. A.; DAVANSO, J. C. Conceito de dispositivos à prova de erros utilizados na
meta do zero defeito em processos de manufatura. Revista de Ciência & Tecnologia. V. 11,
n. 21, p. 7-18, April 2004.