Milena Duarte Mostaco Ana Rosa Rocha de Andrade Lilian ...€¦ · De maneira similar no cotidiano...

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Milena Duarte Mostaco

Ana Rosa Rocha de Andrade

Lilian Nunes da Silva

Teresinha Mateus dos Anjos

Supervisão Pedagógica Regional

Grande São Paulo Noroeste

Formação de Coordenadores

Pedagógicos: Metodologia,

Avaliação e Recuperação

Reflexão – Desenvolvimento de competências Para que possamos desenvolver as competências propostas nos Planos de Curso precisamos refletir sobre os recursos e estratégias de ensino que sejam mais eficientes. Cada competência pode exigir que nos utilizemos de um ou mais procedimentos didáticos (devidamente articulados).

Não basta pensarmos em “como ensinar”, a pergunta fundamental que conclama o educador é: “Os alunos estão aprendendo?”

Como podemos proceder o monitoramento da aprendizagem? Para tais competências, quais os melhores instrumentos para realizar um monitoramento eficiente?

MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM

GPS (Global Positioning System)

O GPS é sinônimo de mobilidade.

Serve para:

Atualização de todas as rotas possíveis para se

chegar a um lugar específico;

Possibilidade de recalcular novos percursos;

Indicar pontos de interesse como hospitais, igrejas,

escolas, restaurantes etc.;

Mostra a localização de radares no trânsito e avalia o

tráfego de carros;

Possibilita o conhecimento de condições

meteorológicas;

Aponta a velocidade máxima e a velocidade média.

No processo de ensino-aprendizagem o professor deve utilizar

seu GPS educacional para chegar aonde se propõe:

# O desenvolvimento das competências explicitadas no Plano

de Curso e Plano de Trabalho Docente.

Os satélites, em torno de quatro, vão sinalizar o caminho a ser

percorrido.

Vamos entender os satélites como pelo menos quatro

instrumentos de avaliação (diversificados): prova escrita,

debate, seminário e pesquisa. Evidentemente os instrumentos

(e consequentemente os critérios), poderão variar de acordo

com o Componente Curricular e as competências a serem

desenvolvidas. Esses quatro instrumentos acontecem em cada

bimestre letivo, além da recuperação contínua.

Esses satélites vão monitorar o acompanhamento de todo

processo dizendo:

Se sua velocidade está em excesso;

Se é momento de diminuir a velocidade em razão de radares

ou postos policiais;

Poderá recalcular novas rotas.

De maneira similar no cotidiano da sala de aula o educador

deverá estar atento ao seu GPS. Deve estar atento ao que for

acusado pelo equipamento (instrumento utilizado para

avaliar).

Por essa razão, é fundamental que o educador veja a

avaliação como um processo de monitoramento, um

sinalizador que vai apontar e regrar a condução do ensino-

aprendizagem até efetivamente chegar onde deseja.

O processo de ensino-aprendizagem exige mobilidade:

- atenção ao previsto no Plano de Trabalho Docente e as

mudanças de rota quando necessárias;

- analisar o ritmo do repasse de informações e o cálculo do

tempo necessário para a construção dos conhecimentos;

- realizar as pausas quando o momento exigir;

- repensar metodologias e recursos utilizados verificando se

estão contribuindo para o processo.

Quantas vezes apenas ligamos o

carro e nos dirigimos ao destino sem

outras preocupações?

Competência do Professor:

Reconhecer seu papel de educador

atuando como produtor e multiplicador do

conhecimento.

Oficina 1: Quais as metodologias e procedimentos didáticos mais adequados para ensinar determinada competência? Quais os instrumentos de averiguação e monitoramento da aprendizagem mais adequados?

Parada para o Cafezinho: voltamos em 15 minutos!

“A avaliação direciona-se para frente, não

para julgar e classificar o caminho percorrido,

mas para favorecer a evolução da trajetória do

educando.”

Jussara Hoffman

Para uma seleção justa todo mundo tem que ter o mesmo exame:

Por favor, subir naquela árvore.

Os três tipos de avaliação

• 1. Avaliação Diagnóstica

• 2. Avaliação Formativa

• 3. Avaliação Somativa

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

O diagnóstico é uma “radiografia” de

conhecimentos prévios .

A avaliação diagnóstica tem como função

específica determinar as características da

situação inicial de um determinado processo

didático que se quer colocar em marcha

(ALMEIDA JUNIOR, 1998, p.36).

Eu esqueci de fazer uma cópia de back up do meu cérebro, então tudo que

eu aprendi no semestre passado foi perdido.

Fala-se de uma avaliação diagnostica quando se trata de

explorar ou identificar algumas características de um

aluno, com vistas a escolher a sequência de formação

mais bem adaptada às suas características (HADJI,

1994).

De qualquer forma, trata-se de articular, de maneira

adequada, um perfil individual ou um perfil de formação.

Antes de iniciar qualquer ação de formação, é nisto que

reside o interesse em captar traços daquilo que se

denomina como o perfil de partida dos formandos.

(HADJI, 19942, p.6).

• Verificar a presença ou ausência de conhecimentos e

habilidades;

• Permite observar e verificar causas de repetidas

dificuldades de aprendizagem;

• Auxilia o professor a elaborar o seu plano de aula, tendo

por base aprimorar o conhecimento do aluno diante das

atividades propostas;

• Busca-se realizar a avaliação diagnóstica quando o

aluno chega a escola, com o intuito de:

Observar e conhecer as características do aluno;

Analisar seus conhecimentos prévios;

Instigar o aluno sobre determinado assunto ou

conceito.

Como avaliar?

• A avaliação pode ser feita por meio de:

Entrevistas com alunos, professores, orientadores entre outros;

Exercícios ou simulações;

Consultas ao histórico escolar do aluno;

Consultas a ficha de anotações de outros professores sobre a vida

acadêmica do aluno;

Observações em sala de aula, relacionadas ao desempenho do

aluno;

Conversas com os alunos sobre determinado assunto;

Testes padronizados: leitura, nível de conhecimento

AVALIAÇÃO FORMATIVA

• Segundo Perrenoud [1999], a avaliação formativa pode

ser entendida como “toda prática de avaliação contínua

que pretenda melhorar as aprendizagens em curso,

contribuindo para o acompanhamento e orientação dos

alunos durante todo seu processo de formação. É

formativa toda avaliação que ajuda o aluno a aprender

e a se desenvolver, que participa da regulação das

aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um

processo educativo”.

• Para Hadji [2001], a avaliação formativa

“não é um modelo científico, nem um

modelo de ação diretamente operatório.

Não é mais do que uma utopia

promissora, capaz de orientar o trabalho

dos professores no sentido de uma prática

avaliativa colocada, tanto quanto possível,

a serviço das aprendizagens”.

Esta função geral de ajuda da aprendizagem recobre, segundo

Hadji (1994, p.64), um certo número de funções anexas:

Segurança: consolidar a confiança do aprendente em si

próprio;

Assistência: marcar as etapas, dar pontos de apoio para

progredir;

Feedback: dar, o mais rapidamente possível, uma informação

útil sobre as etapas vencidas e as dificuldades encontradas;

Diálogo: alimentar um verdadeiro diálogo entre professor/aluno

que esteja fundamentado em dados precisos.

Quando avaliar e como avaliar?

Diariamente: rever o caderno do aluno; verificar o dever

de casa; questionar o aluno; observar o seu

desempenho nas atividades em classe;

Ocasionalmente: por meio de provas; questionários;

Periodicamente: provas finais, relacionadas a cada

unidade do currículo; projetos, seminários; no final do

bimestre ou semestre.

AVALIAÇÃO SOMATIVA A avaliação somativa é o tipo de avaliação que se propõe fazer um balanço

(soma) depois de uma ou várias sequências ou, de uma maneira mais geral,

depois de um ciclo de formação (HADJI, 1994, p.64).

Por isso que muitas vezes ela é pontual, efetuada num momento

determinado (ainda que também se possa realizar num processo cumulativo,

quando o balanço final toma em consideração uma série de balanços

parciais) e pública.

Muitas vezes os alunos são classificados uns em relação aos outros e os

resultados são comunicados à administração e aos encarregados de

educação.

É usado para tomar decisões a respeito da aprovação ou reprovação dos

alunos no final do ano letivo;

Existem três maneiras mais comuns de

avaliação somativa:

Prova ou trabalho final;

Avaliação baseada nos resultados

cumulativos;

Uma mistura das duas formas acima.

Em síntese, temos que...

Exemplos de Instrumentos de Avaliação:

•Pesquisas e apresentação

•Elaboração de projetos técnicos

•Relatórios de discussão; de laboratórios

•Relatório de trabalho de campo e de visitas

•Avaliação escrita individual

•Estudo de caso

•Observação direta

•Sinopses de consultas bibliográficas

•Seminários

•Simulações através de situações fictícias

•Autoavaliação

•Portifólios

•Clareza de ideias (oral e escrita)

•Viabilidade

•Coerência com a realidade

•Sequência lógica

•Destreza

•Senso crítico

•Contextualização

•Construção de conceitos

•Organização de ideias

•Participação

•Resolução de cálculos

•Cooperação

•Interesse

•Iniciativa

•Organização

•Cumprimento de prazos

•Interpretação de fórmulas

•Expressão verbal

•Expressão corporal

•Resolução de problemas

•Pontualidade

Exemplos de Critérios de Avaliação:

OFICINA- 2-

Pensar em três instrumentos de avaliação (com seus respectivos critérios) mais adequados para a averiguação da competência da oficina1.

REGISTROS

Tudo o que se registra vira documento, isto

é, tem validade legal.

“Os registros em avaliação são dados de uma

história vivida por educadores com os educandos.

Ao acompanhar vários alunos, em diferentes

momentos de aprendizagem, é preciso registrar o

que se observa de significativo como um recurso de

memória diante da diversidade e um “exercício de

prestar atenção ao processo”.

(Hoffmann, 2001:175).

Registro de desempenho do aluno

OFICINA 3: Registro do Histórico do Desempenho Escolar

Recuperação:

Metodologias Diferenciadas (de quantas maneiras

diferentes podemos tratar de um mesmo assunto?)

Atividades de Recuperação (uso do Portal Educacional

Clickideia, trabalhos de pesquisa extraclasse, monitorias,

provas individuais dissertativas individuais etc.)

1ªAvaliação escrita

consiste em

responder questões

sobre decolagem.

Nota da prova = 10,0

2ªAvaliação escrita

consiste em responder

questões sobre

aterrisagem.

Nota da prova = 2,0

Média = 6,0

1ª avaliação = 10,0

+

2ª avaliação = 2,0

Avaliação por

competência:

1ª avaliação = MB

2ª avaliação = I

Conceito do bimestre: I

Recuperação: estudar os

fundamentos da

aterrisagem

Conceito final: I

Progressão Parcial:

estudar os fundamentos da

aterrisagem

Almoço

Voltamos em uma hora...

Regimento Comum das ETEs

DELIBERAÇÃO CEETEPS N.º 02,

De 30 de janeiro de 2006

Aprova o Regimento Comum das Escolas Técnicas Estaduais do Centro Estadual

de Educação Tecnológica Paula Souza.

CAPÍTULO VII

Da Avaliação do Ensino e da Aprendizagem

Artigo 65 - A avaliação no processo de ensino-aprendizagem tem

por objetivos:

I - diagnosticar competências prévias e adquiridas, as dificuldades

e o rendimento dos alunos;

II - orientar o aluno para superar as suas dificuldades de

aprendizagem;

III - subsidiar a reorganização do trabalho docente;

IV - subsidiar as decisões do Conselho de Classe para promoção,

retenção ou reclassificação de alunos.

Artigo 66 - A verificação do aproveitamento escolar do aluno

compreenderá a avaliação do rendimento e a apuração da freqüência,

observadas as diretrizes estabelecidas pela legislação.

Artigo 67 - A avaliação do rendimento em qualquer componente

curricular:

I - será sistemática, contínua e cumulativa, por meio de

instrumentos diversificados, elaborados pelo professor, com o

acompanhamento do Coordenador de Área e

II - deverá incidir sobre o desempenho do aluno nas diferentes

situações de aprendizagem, considerados os objetivos propostos para

cada uma delas.

Parágrafo único - Os instrumentos de avaliação

deverão priorizar a observação de aspectos qualitativos

da aprendizagem, de forma a garantir sua

preponderância sobre os quantitativos.

Artigo 68 - As sínteses de avaliação do rendimento do

aluno, parciais ou finais, elaboradas pelo professor,

serão expressas em menções correspondentes a

conceitos, com as seguintes definições operacionais

• Artigo 69 - Os resultados da verificação do

rendimento do aluno serão sistematicamente

registrados, analisados com o aluno e

sintetizados pelo professor numa única menção.

• Parágrafo único - O calendário escolar preverá

os prazos para comunicação das sínteses de

avaliação aos alunos e, se menores, a seus

responsáveis.

• Artigo 70 - Ao aluno de rendimento insatisfatório

durante o semestre/ano letivo, serão oferecidos estudos

de recuperação.

• § 1º - Os estudos de recuperação constituir-se-ão de

atividades, com recursos e metodologias diferenciados,

reorientação da aprendizagem, diagnóstico e

atendimento individualizados.

• § 2º - Os resultados obtidos pelo aluno nos estudos

de recuperação integrarão as sínteses de

aproveitamento do período letivo.

OFICINA 4 – Ficha individual

Sub-seção II

Dos Conselhos de Classe

Artigo 29 - O Conselho de Classe é o órgão colegiado que

terá por finalidade:

I - analisar o desempenho dos alunos da classe,

individual ou coletivamente;

II - propor medidas de natureza didático-pedagógica e

disciplinar;

III - decidir sobre a retenção ou aprovação de alunos da

classe; e

IV – opinar sobre transferências compulsórias de alunos.

• § 1º - As sínteses parciais, no decorrer do ano/semestre

letivo, virão acompanhadas de diagnóstico das

dificuldades detectadas, indicando ao aluno os meios

para recuperação de sua aprendizagem.

• § 2º - As sínteses finais de avaliação, elaboradas pelo

professor após concluído cada módulo ou série,

expressarão o desempenho global do aluno no

componente curricular, com a finalidade de subsidiar a

decisão sobre promoção ou retenção pelo Conselho de

Classe.

• Oficina 5 :

Analisar a Ata de Conselho de Classe

Não há como falar em Conselho de

Classe sem falar em:

Avaliação,

Cooperação e

Colaboração

O Conselho de Classe é um eixo

articulador de todo o processo de ensino

aprendizagem. Compreendê-lo nessa

perspectiva é refletir sobre uma rede

complexa de ações e intervenções do

processo pedagógico da escola

A construção da cooperação

e da colaboração dentro do

Conselho de Classe

É necessário fazer uma distinção entre

cooperação e colaboração.

A cooperação pode ser compreendida como um trabalho

conjunto de um grupo com foco numa tarefa subdividida em

partes que se completam individualmente.

A colaboração é

algo mais amplo, pois

envolve o trabalho e o

aprendizado em

grupo por meio de

interações face a

face. cafecomsucralose.blogspot.com

Também, não há como falar em Cooperação

e Colaboração sem falar em Tolerância –

um dos valores

fundamentais no

universo da

Educação.

A ideia da tolerância funda-se no

reconhecimento da existência do outro,

que, como eu, ocupa um espaço, tem

direitos e deveres, mas é

essencialmente diferente de mim.

Muitas vezes, o tempo para encontrar

um caminho é diferente de uma

pessoa para outra.

De um modo geral, as disciplinas são

tratadas, frequentemente, como “culturas”

independentes, com metas próprias e fracas

interações, constituindo um cenário muito

favorável à manifestação de intolerância,

sobretudo nos processos de avaliação.

Problemas detectados quando da avaliação

de recursos Quanto à ficha da Deliberação 11/96 e/ou ata dos

Conselhos de Classe: indicação genérica de

problemas apresentados pelo aluno. Não há

clareza quanto às dificuldades do aluno, nem há

registro de medidas propostas para saná-las.

Ausência de ficha de acompanhamento do aluno ou

similar que indique o uso de instrumentos diversificados

de trabalho e de avaliação. Ex: todas as avaliações se

referem à forma escrita e individual.

Ausência de ciência dos pais – menor – ou do aluno,

quando maior.

Ausência do trabalho de recuperação contínua

confusão entre recuperação e avaliação. Ex: “prova de

recuperação” Indicação CEE 05/98

Indicação CEE nº 05/98

A recuperação da aprendizagem precisa:

- ser imediata, assim que for constatada a perda, e

contínua;

- ser dirigida às dificuldades específicas do aluno;

- abranger não só conceitos, mas também as

habilidades, procedimentos e atitudes.

Quando a recuperação imediata ou contínua não

produzirem os efeitos desejados, outros recursos

precisam ser utilizados. A escola deverá

proporcionar a maior quantidade de situações que

facilitem a intervenção educativa oportuna e que

seja, ao mesmo tempo, o mais integradora e

adequada ao alunado.

Ausência de avaliação dos trabalhos de

recuperação não há retorno para o aluno

o erro e a aprendizagem.

Ausência de registro das Bases Tecnológicas

trabalhadas impossibilidade de verificar a

correspondência com o Plano de Trabalho

Docente.

Apresentação de atitudes discriminatórias,

prejulgamentos em relação ao aluno. Ex: registro na

ata do Conselho de Classe: “Excesso de faltas –

desinteressado, fraco, não se esforça, provável

retenção”.

Ausência de registro de providências ou

providências inadequadas por parte da escola. Ex:

aumentar o nº de provas para dar maior oportunidade

ao aluno.

• http://www.youtube.com/watch?v=FkPQ3j

ScJds

Bibliografia

www.infoescola.com/educacao/conselho-de-classe/ - Acesso em

6.5.13.

Regimento Comum das ETEs – Deliberação CEETEPS n. 02,3 de 30

de janeiro de 2006

MACHADO, Nílson José. Educação: Projetos e Valores. São Paulo,

Escrituras Editora, 2006.

GUERRA, Mônica Galante Gorini. Formação de Professores e

Coordenadores: o conselho de classe na perspectiva crítica. São

Paulo. Special Book Services Livraria, 2008.