Post on 22-Apr-2015
DOR NEUROPÁTICAMichael I Bennet
Apresentação: Flávio Malagoli Buiatti
Pontos Chave A dor nociceptiva ou inflamatória surge
de uma ativação normal ou do curso de dor.
A dor neuropática é a dor surgindo como uma consequencia direta de uma lesão ou doença que afete o sistema somatossensorial (ativação anormal do curso da dor).
A dor é classificada por mecanismos (nociceptivo ou neuropático, contexto (fisiológica ou patológica) e localização (somática, visceral, etc)
Classificação da dor
Fisiológica: Experiência normal que é essencial para a sobrevida do indivíduo. Serve para proteger o indivíduo de maiores danos enquanto ocorre o processo de cura.
Patológica: Também chamada de “mal adaptativa”, quando a sensibilidade do sistema sensorial não retorna ao normal após a cura do tecido afetado.
Definição (IASP-International Association for the Study of Pain)
Dor que surge como uma consequencia direta de uma lesão ou doença que afete o sistema somatossensorial. Disfunção sem evidência de dano, não é critério para dor neuropática.
Ferramentas para detecção de dor neuropática
Sintomas LANSS DN4 NPQ paindetect
ID-pain
Picada, formigamento, agulhada.
+ + + + +
Choque eletrico ou pontada
+ + + + +
Calor ou queimadura + + + + +
Dormência + + + +
Frio doloroso, dor de congela
+ +
Alodínia + +
Dor aumentada ao leve toque
+ + + +
Limiar aumentado com picada de agulha
+ +
Por por pressão média +
Exemplos de Dor Neuropática
Origem da dor Estrutura Exemplo
Sistema nervoso periferico
Nervo
Raiz dorsal
Neuroma
Neuropatica diabética
Dor membro fantasma
Neuralgia do trigêmeo
Plexopatialombossacral
Neuralgia pós-herpética
Avulsão plexo braquial
Sistema nervoso central
Medula espinhal
Cérebro
Dano a medula espinhal
Isquemia da medula
Sindrome Wallenberg
Esclerose múltipla
Tratamento (Coanalgésicos)
* ANTIDEPRESSIVOS TRICICLICOS (TCA) Amitriptilina, nortriptilina, clomipramina.* INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (SSRI)Citalopran, Paroxetina, Fluoxetina, Setralina, Escitalopran.* ANTIEPILEPTICO: Gabapentina e pregabalina, junto com Lamotrigina foram capazes de produzir melhor alívio das dores que Carbamazepina, e possuem menos efeitos colaterais que anti-depressivos.
Síndrome da Dor Regional Complexa (CRPS)
Distrofia Simpático Reflexa Causalgia Ocorre na parte distal dos membros 10% é idiopática 4x mais comum nas mulheres Ocorre após trauma ou cirurgia Alodínia: dor experimentada sob
aplicação de estímulo não nocivo.
Epidemiologia
Metade dos casos sucede ao trauma. Indice de 7 a 37% após fraturas de
membros superiores. Artroscopia de joelho = 2-4%. Liberação tunel do carpo = 2-5%. Cirurgia de quadril = 13%. Artroplastia do joelho = 1 a 13%. 10% após IAM e AVC sem causa
aparente.
Definições clínicas
Dor severa espontânea ou evocada que persiste desproporcionalmente a um evento iniciante.
Ocorre na parte distal do membro após trauma ou cirurgia.
Definições Clínicas
Acompanhada por sensações alteradas, edema, instabilidade vasomotora, rigidez de articulações sudorese, osteoporose.
Subtipos
CRPS TIPO I – Sem lesão óbvia do nervo
CRPS TIPO II – Com lesão óbvia
História Natural
1º estágio (Agudo)= assemelha-se a inflamação 2º estagio (distrófica intermediária)= dor mais marcante, alterações senso-riais e motoras. 3º estágio (atrófica tardia) = perda de função, caracterís-ticas tróficas severas e contratura)
História Natural
Disseminação proximal dos sintomas a partir da área afetada na maioria dos casos.
Em 70% dos casos pode aparecer focos em locais independentes.
Diagnóstico
Dor continua desproporcional ao evento inicial. Pelo menos um sinal em 2 ou mais dessas 4
categorias: - Sensorial (hiperestesia) - Vasomotor (alteração de cor da pele, temperatura assimétrica). - Sudomotor: Edema, sudorese ou assimetria. - Motor trófico (amplitude reduzida de movimentos, fraqueza, tremor, alteração de unhas e pelos).
Diagnóstico
Radiografia plana – alteraçõesosteoporóticas são comuns após Poucas semanas.
Cintilografia óssea comTc 99m mostra aumento de captação em estágios tardios.
Diagnóstico
Ressonância Magnética:Edema disseminado no te-cido conectivo profundo,Musculo e tecido periarti-cular.
Termografia: Demonstrará qual qualquer diferença de tem- peratura.
Tratamento
TERAPIA FÍSICA- Reduz a dor- Melhora prognóstico- Dessensibilização e mobilização- Terapia física ativa.
Prevenção
Evitar operar membro acometido por CRPS Promover bloqueio anestésico regional em
cirurgia de membros. Uso de eliminadores de radicais livres e
bloqueadores adrenergicos Evitar imobilizações prolongada
EM GERAL => ANESTESIA MULTIMODALPERIOPERATÓRIA É O CAMINHO MAIS EFETIVO.
Evidências que apoiam o envolvimento do sistema simpático na dor neuropática crônica
Aumento no número de adrenoceptores na pele
Expressão dos adrenoceptores nos aferentes sensoriais periféricos
Alfa2-adrenoceptores agonistas tópicos diminuem a dor na região afetada (pela diminuição pré-sinaptica na liberação da noradrenalina )
Simpatectomia reduz a dor em alguns casos O estresse ou estimulação simpática
aumenta a dor.
Tratamento
MEDICAMENTOSO (similar a dor neuropática)- Opióides - AINEs- Coanalgésicos- Bloqueadores adrenergicos (ioimbina- Yomax)- Esteróides sistêmicos*- Bifosfonados*- Calcitonina*
* São modestamente efetivos quando a doença possui menos que 6 meses de duração.