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Emater – MG
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
Subsecretaria do Agronegócio
Nº 90 – Setembro de 2012
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PRODUTO INTERNO BRUTO DO AGRONEGÓCIO MINEIRO
Superintendência de Política e Economia Agrícola E-mail: spea@agricultura.mg.gov.br (31) 3915-8603 - Belo Horizonte/MG
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Produto Interno Bruto (PIB) do
agronegócio mineiro calculado pelo
Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, sob
o patrocínio da Secretaria de Estado da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas
Gerais (SEAPA) e da Federação da Agricultura
e Pecuária do Estado de Minas Gerais
(FAEMG), manteve- se praticamente estável em
junho, visto que sua taxa de crescimento
naquele mês foi de, tão, somente, 0,02%.
Decorrente dessa estabilidade mensal do
agronegócio mineiro e da taxa acumulada para
o primeiro semestre de 2012 que apresentou
discreta retração de 0,21%, foi estimada uma
renda bruta anual equivalente a R$ 120,89
bilhões (a preços de 2012). Desse valor, R$
69,96 bilhões ou 57,9% serão originários do
agronegócio da agricultura e R$ 50,93 bilhões
ou 42,1% serão derivados da contribuição do
agronegócio da pecuária. A análise dos setores
que formam o PIB revela que o agronegócio da
agricultura elevou sua taxa de crescimento em
junho para apenas 0,03%, o que levou a
variação da renda no acumulado do ano para
+0,11%. Há que se destacar que o segmento de
Insumos desse setor continuou a apresentar a
maior expansão (taxa mensal de +1,91%),
acumulando avanço no ano de 10,01%.
Ademais, na comparação do primeiro semestre
de 2012 com o mesmo período do ano passado,
o grupo de fertilizantes e corretivos do solo
apresentou o maior aumento de receitas (+
24,61%). Os preços reais expandiram 7,19%, e
as vendas tiveram acréscimos de 16,25%.
Segundo a Associação Nacional para a Difusão
de Adubos (Anda), a demanda por fertilizantes
para a safra 2012/2013 continua aquecida,
tendo em vista a alta nos preços das
commodities agrícolas, especialmente de grãos
e oleaginosas, em níveis remuneradores para
os agricultores, em parte, pela seca que atingiu
o meio oeste dos Estados Unidos. Estima-se
aumento no consumo de fertilizantes para várias
culturas, especialmente para a soja e a cana-de-
açúcar. Nas atividades de processamento, a
variação mensal também foi positiva, porém
bem mais modesta (+0,26%); no ano, o declínio
reduziu-se para 0,36%. O segmento Básico (“
Dentro da Porteira “), recuou 0,73% no mês de
junho e acumula taxa negativa no semestre de
0,56%.
O
Distribuição permaneceu com variação
negativa de 0,41% no acumulado deste
ano, refletindo a também taxa negativa
de 0,01% verificada em junho. No agronegócio
da pecuária, o cenário foi mais uma vez de
estabilidade (taxa de +0,02%),o que levou o
resultado negativo acumulado para 0,64%, em
maio a taxa foi de -0,66%. Nos segmentos de
Insumos, Indústria e de Distribuição, houve,
respectivamente, crescimentos de 0,26%,
0,44% e 0,07% no mês de junho. Todavia,
apenas quanto aos Insumos isso significou
variação positiva da taxa acumulada no ano:
+1,59%. No segmento primário, houve recuo de
0,11% naquele mês e, no acumulado de 2012, a
retração foi de 0,95% (Figura 1 e Tabelas 1 e
3). Quanto às participações dos segmentos na
geração da renda do agronegócio de Minas
Gerais, os relativos são: Insumos: 7,20%,
Básico: 36,28%, Indústria: 26,08% e
Distribuição: 30,45%. No agronegócio da
agricultura, a Indústria manteve a maior
participação com o percentual de 38,70%. Em
seguida ficaram os segmentos de Distribuição
com 31,57% e o Básico com 24,04%. O
segmento de Insumos ficou com participação de
5,69%. Finalmente, no agronegócio da
pecuária, o segmento Básico passou a
responder por 53,09%, o da Distribuição com
28,91%, o de Insumos com 9,28% e, por último,
a Agroindústria de base animal com participação
de 8,72%, que indica o baixo grau de agregação
de valor na cadeia produtiva do setor.
Figura 1 - Taxas de crescimento em junho de 2012 (%)
Fonte: CEPEA-USP/FAEMG/SEAPA
A
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Tabela 1 – Taxas de crescimento mensais e acumuladas no ano do PIB do agronegócio de Minas Gerais em 2011 e 2012 (%)
AGRONEGÓCIO
Insumos Básico Indústria Distribuição Agronegócio Total
jun/11 5,04 0,34 1,32 0,77 1,03
jul/11 3,17 0,11 -3,15 -1,63 -1,09
ago/11 1,28 0,33 0,70 0,50 0,55
set/11 0,20 0,57 0,12 0,29 0,34
out/11 0,00 0,48 0,63 0,49 0,49
nov/11 -0,78 0,22 -0,65 -0,25 -0,22
dez/11 0,40 -1,44 -0,70 -0,98 -0,99
jan/12 -0,15 0,39 0,29 0,28 0,29
fev/12 1,56 0,00 0,02 0,01 0,11
mar/12 0,61 0,14 -0,36 -0,13 -0,04
abr/12 0,47 -0,66 -0,96 -0,79 -0,70
mai/12 1,68 -0,32 0,36 0,03 0,10
jun/12 1,01 -0,35 0,28 0,02 0,02
Acum. no ano (2011) 14,10 4,62 5,43 4,67 5,42
Acum. no ano (2012) 5,27 -0,80 -0,38 -0,57 -0,21
AGRICULTURA
Insumos Básico Indústria Distribuição Agronegócio Total
jun/11 7,84 2,70 1,65 1,91 2,27
jul/11 5,16 2,06 -3,58 -2,16 -1,38
ago/11 1,63 0,82 0,80 0,81 0,85
set/11 -0,42 1,97 0,14 0,62 0,70
out/11 -1,17 1,58 0,81 1,01 0,95
nov/11 -2,42 1,18 -0,72 -0,21 -0,19
dez/11 -0,13 -2,82 -0,78 -1,33 -1,42
jan/12 -0,13 1,68 0,39 0,73 0,78
fev/12 2,76 0,44 0,03 0,14 0,31
mar/12 1,19 -0,31 -0,40 -0,38 -0,29
abr/12 0,90 -0,91 -1,07 -1,03 -0,91
mai/12 3,03 -0,70 0,45 0,14 0,21
jun/12 1,91 -0,73 0,26 -0,01 0,03
Acum. no ano (2011) 16,23 14,87 6,41 8,42 9,38
Acum. no ano (2012) 10,01 -0,56 -0,36 -0,41 0,11
PECUÁRIA
Insumos Básico Indústria Distribuição Agronegócio Total
jun/11 2,89 -0,98 -0,64 -0,87 -0,60
jul/11 1,58 -1,01 -0,52 -0,85 -0,70
ago/11 0,99 0,04 0,12 0,06 0,14
set/11 0,71 -0,27 -0,01 -0,18 -0,14
out/11 0,97 -0,20 -0,46 -0,29 -0,14
nov/11 0,54 -0,38 -0,18 -0,31 -0,26
dez/11 0,81 -0,57 -0,25 -0,46 -0,39
jan/12 -0,17 -0,40 -0,33 -0,38 -0,37
fev/12 0,62 -0,27 -0,04 -0,19 -0,15
mar/12 0,15 0,43 -0,15 0,24 0,30
abr/12 0,13 -0,51 -0,24 -0,42 -0,40
mai/12 0,60 -0,08 -0,18 -0,12 -0,04
jun/12 0,26 -0,11 0,44 0,07 0,02
Acum. no ano (2011) 12,45 -0,50 -0,23 -0,41 0,53
Acum. no ano (2012) 1,59 -0,95 -0,51 -0,81 -0,64
Fonte: Cepea-USP /Faemg /Seapa.
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Tabela 3 – PIB do agronegócio de Minas Gerais de 2001 a 2012 (R$ milhões de 2012)
AGRONEGÓCIO
Insumos Básico Indústria Distribuição Agronegócio
Total
2001 3.903 26.506 15.688 20.486 66.584
2002 4.465 27.565 16.060 21.017 69.107
2003 5.112 28.504 17.417 22.225 73.258
2004 5.513 33.994 16.807 23.921 80.235
2005 5.583 29.743 18.013 23.180 76.519
2006 5.438 34.070 21.782 26.982 88.271
2007 6.180 36.048 22.174 28.335 92.737
2008 8.203 40.965 23.135 30.828 103.131
2009 7.454 37.455 24.495 30.256 99.660
2010 6.948 42.158 30.780 35.837 115.722
2011 8.267 44.208 31.645 37.021 121.141
2012* 8.703 43.854 31.524 36.810 120.890
AGRICULTURA
Insumos Básico Indústria Distribuição Agronegócio
Total
2001 1.933 10.628 12.477 11.177 36.216
2002 2.116 10.807 13.001 11.554 37.478
2003 2.449 10.388 14.266 12.166 39.269
2004 2.689 11.922 13.486 12.233 40.329
2005 2.596 11.421 14.535 12.687 41.239
2006 2.427 11.289 18.376 14.942 47.033
2007 2.970 10.807 17.985 14.540 46.303
2008 4.118 13.190 18.617 15.749 51.674
2009 3.444 11.944 20.233 16.283 51.904
2010 3.036 14.057 26.248 20.623 63.964
2011 3.616 16.909 27.182 22.175 69.883
2012* 3.978 16.815 27.083 22.084 69.960
PECUÁRIA
Insumos Básico Indústria Distribuição Agronegócio
Total
2001 1.970 15.878 3.211 9.309 30.368
2002 2.349 16.758 3.059 9.463 31.629
2003 2.663 18.115 3.151 10.059 33.989
2004 2.824 22.072 3.321 11.688 39.906
2005 2.987 18.322 3.478 10.493 35.281
2006 3.011 22.781 3.406 12.040 41.238
2007 3.210 25.241 4.189 13.795 46.435
2008 4.085 27.775 4.518 15.079 51.457
2009 4.010 25.511 4.262 13.974 47.756
2010 3.912 28.100 4.532 15.214 51.758
2011 4.651 27.299 4.463 14.845 51.258
2012* 4.725 27.039 4.440 14.726 50.930
Fonte: Cepea-USP/Faemg/Seapa. * tomando-se como base a taxa de crescimento acumulada até junho de 2012.
7
8
EXPORTAÇÕES
desaquecimento das exportações
mineiras de produtos do agronegócio
manteve-se nos primeiros oito meses
de 2012. De janeiro a agosto, a receita de
vendas somou US$ 3,9 bilhões, redução de
34,1% em relação ao montante do mesmo
período de 2011 (Gráfico 1). Em volume, a
queda foi ainda mais acentuada, referente a
50,1%. O total exportado, no perídio de janeiro a
agosto de 2012, atingiu 2,1 milhões de
toneladas. A redução mais significativa do
volume vis-à-vis à receita de vendas evidencia a
elevação do valor médio dos produtos
embarcados. Essa constatação é condizente
com o comportamento do preço das
commodities no mercado internacional. Em
decorrência de problemas climáticos, as safras
de grãos de importantes países produtores (a
exemplo típico dos Estados Unidos) deve cair,
elevando os preços desses produtos e de outros
de cadeias correlacionadas, notadamente
carnes. O aumento dos preços tem estimulado o
comércio interno, uma vez que os preços dos
principais produtos do agronegócio negociados
no mercado do doméstico tem seus preços
balizados pelo comportamento externo. Entre os
principais segmentos de produtos exportados
pelo agronegócio do estado (café, carnes,
madeiras e subprodutos e complexo soja),
apenas o segmento de carnes apresentou
desempenho positivo, comparando-se os
primeiros oito meses de 2011 e 2012. A receita
de vendas de café desaqueceu 28,2%, com
receitas de US$ 2,4 bilhões; madeiras e
subprodutos tiveram variação negativa de
20,9% (montante de US$ 378,2 milhões); e
complexo soja atingiu US$ 159,4 milhões (-
67,9%). As exportações de carnes (aves,
bovina, suína e outras) foram recorde para os
primeiros oito meses e somaram US$ 562,4
milhões, aumento de 4,9%, em relação ao
mesmo período de 2011.O bom comportamento
das vendas externas de carnes foi impulsionado
pelo aquecimento das vendas de carne suína e
bovina. Para a carne suína, as exportações
atingiram US$ 72,3 milhões, expansão de
109,5% em relação ao período de janeiro a
agosto de 2011. O aumento de 13.347,5% das
importações russas (que atingiram US$ 50,3
milhões) contribuiu, substancialmente, para
esse resultado. A receita de exportação de
carne bovina cresceu 5,8%, com registro de
US$ 210,5 milhões.
O
BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO
Márcia Aparecida de Paiva Silva E-mail: marcia.silva@agricultura.mg.gov.br Tel: (31) 3915.8590 - Belo Horizonte/MG
9
ampliação das compras dos principais
destinos: Rússia, Chile, Hong Kong e
Israel, que juntos responderam por
67,7% das exportações mineiras, foi
determinante para esse desempenho.
Alemanha, Estados Unidos, Japão e Itália
mantiveram-se nas primeiras colocações entre
os destinos dos embarques de produtos do
agronegócio mineiro e responderam, juntos, por
43,2% das exportações mineiras do setor. Para
todos esses principais mercados, observou-se
desaquecimento das vendas, o que reflete os
desdobramentos da crise financeira nos
mercados mundiais. Os principais mercados
tiveram reduções das compras, especialmente,
de café. Para essa commodity a análise de
mercado imprime certa cautela, principalmente,
no que tange à gestão dos produtores. A
desaceleração das vendas externas diante da
alta safra atual (reflexo de bienalidade positiva)
determina cuidados especiais para a
armazenagem e comercialização do produto. O
excesso de produto no mercado interno pode
influenciar negativamente os preços internos. As
ações de estímulo à economia brasileira no que
tange ao investimento em infraestrutura logística
e à redução das tarifas de energia elétrica serão
capazes de, no longo prazo, melhorar as
perspectivas para o setor. Em decorrência
dessas medidas é possível reduzir os custos
com reflexos sobre a lucratividade.
IMPORTAÇÕES
As importações mineiras do agronegócio
registraram desaquecimento de 28,5%,
comparando-se os primeiros oito meses de
2011 e 2012, e somaram US$ 180,3 milhões
(Gráfico 1). A redução de 84,5% das compras
de trigo teve forte impacto sobre o
comportamento das importações dos produtos
do agronegócio do estado. As compras de
madeiras e subprodutos e algodão, que foram
expressivas nos primeiros oito meses de 2011,
reduziram em 5,30% e 55,6%, respectivamente.
Tal fato contribuiu para o arrefecimento das
importações do setor mineiro.
SALDO DA BALANÇA COMERCIAL
A diferença entre as exportações e as
importações do agronegócio de Minas atingiu
US$ 3,7 bilhões, no período de janeiro a agosto
de 2012. O desempenho do saldo da balança
comercial do agronegócio do estado convergiu
ao comportamento das exportações com
registro de redução de 34,3% (Gráfico 1).
A
10
COMPORTAMENTO MENSAL
a análise mensal, os resultados foram
positivos, comparando-se o mês de
agosto com o de julho de 2012. As
exportações cresceram 3,6% e alcançaram US$
466,8 milhões (Gráfico 2). As importações
atingiram US$ 22,4 milhões, redução de 9,6%,
em comparação com o montante de julho do
ano corrente. Como consequência do aumento
das exportações e redução das importações, o
saldo da balança comercial do setor registrou
incremento de 4,4%, com cifra de US$ 444,4
milhões. O comportamento das exportações foi
favorecido pela ampliação da receita cambial de
café (em grão e solúvel) e carnes, que foram os
principais segmentos exportadores do mês de
agosto. As exportações de café aumentaram
31,3% e atingiram US$ 286,3 milhões. Em
agosto, os embarques de carnes somaram US$
74,6 milhões, aumento de 11,6% em relação à
cifra do mês anterior. De modo similar à análise
dos primeiros oito meses, o bom desempenho
das vendas deste segmento foi impulsionado
pelas exportações de carne suína e bovina.
Gráfico 1 – Balança Comercial de Minas Gerais (janeiro a julho de 2011/2012), em US$ milhões
Gráfico 2 – Exportação, Importação e Saldo da Balança Comercial do agronegócio mineiro (2011/2012), em US$
milhões
N
11
12
mês de agosto é tipicamente um
período de transição para a estação
chuvosa. As temperaturas e a
umidade relativa do ar, historicamente tendem a
oscilar, as chuvas são escassas e o ar
predominantemente seco.
PRECIPITAÇÃO ACUMULADA
Iniciamos o mês de agosto com totais de chuvas
acumulados, inferiores a 75 mm e 10 dias sem
chuvas em praticamente todas as regiões de
Minas e, no norte de Minas, localidades com
praticamente 110 dias secos (Fig. 1 e 2).
Fig 1 e 2 Total de chuvas acumuladas e número consecutivo de dias sem chuvas significativas no mês de julho de 2012, no Estado de Minas Gerais.
o decorrer do mês de agosto, como
era de se esperar, poucas chuvas
foram observadas no estado. No
princípio do mês choveu em municípios do
nordeste e norte de Minas. No final de agosto,
em quase totalidade do leste do estado e região
de Montes Claros, o acumulado de chuvas era
maior que de 10 mm (Fig. 3, 4, e 5).
O
N
AGRICLIMATOLOGIA
Ana Cláudia Miranda Pinheiro Albanez E-mail: aclaudia@emater.mg.gov.br Tel: (31) 3349-8081 - Belo Horizonte/MG
INMET-BH INMET-BH
13
Fig 3, 4 e 5 Total de chuvas acumuladas no mês de agosto de 2012, no Estado de Minas Gerais.
m fins de agosto, o número de dias
consecutivos sem chuvas significativas,
ou seja, número de dias sem chuvas
maior que maior que 5 mm, foram maior que 90
dias em regiões do norte e noroeste de Minas,
acima de 30 no Centro-sul e Triângulo e acima
de 5 mm, toda a região do leste de Minas. A
estiagem agrícola que indica a quantidade de
dias consecutivos com precipitação
pluviométrica inferior a 10 mm no estado foi
superior que 80 dias na maioria dos municípios
de Minas. Maior que 40 dias no sul de Minas e
alguns municípios do Triangulo e inferior a 20
dias em localidades do leste de Minas (Fig. 6 e
7).
E
INMET-
BH INMET-
BH
14
Fig 6 e 7 Número de dias sem chuvas significativas e estiagem agrícola no mês de agosto de de 2012, no Estado de Minas Gerais.
TEMPERATURA
As temperaturas observadas no decorrer dos dias do mês de agosto foram controladas pela variação
da nebulosidade.
UMIDADE RELATIVA
Na média foram observados valores diários inferiores a 60% pela manhã e inferiores a 30% no período
da tarde.
Fig .8 Umidade Relativa do ar observadas no mês de agosto de 2012 no Estado de Minas Gerais
15
PREVISÃO CLIMATOLÓGICA DE CONSENSO
PARA O TRIMESTRE AGOSTO, SETEMBRO
E OUTUBRO
este trimestre, as chuvas são
frequentes em praticamente todo o
estado com totais precipitados em
torno de 300 mm e 700 mm. A temperatura
máxima varia entre 28ºC e 34ºC nas Regiões
Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Nas Regiões
Sul e Sudeste, as máximas podem variar entre
24ºC e 32ºC. Os menores valores de
temperatura, em torno de 14ºC, são esperados
sobre as áreas serranas. As temperaturas
mínimas variam entre 22ºC e 24ºC (CPTEC-
INPE). Fontes: Este informativo é baseado em
análises realizadas pelas equipes técnicas do INMET-
BH, AGRITEMPO e CPTEC/INPE.
N
16
17
cotação do algodão no mercado
interno fechou o mês de agosto em
alta, sendo cotado em São Paulo (CIF)
a R$1,65/libra-peso o que significa uma alta de
7,1%, em relação ao mesmo período do mês
passado e representa uma das melhores
cotações do algodão em 2012. A alta na
cotação surpreendeu o mercado interno visto
que, normalmente, nesse período em pleno pico
de colheita, era de se esperar um recuo dos
preços do algodão pela oferta maior do que a
demanda. Entretanto, para fugir da
sazonalidade dos preços, os cotonicultores
brasileiros mudaram de estratégia para conter a
demanda com a compra antecipada da
produção, garantindo desta forma, uma
estabilidade na cotação brasileira
momentaneamente deslocada das cotações
internacionais. Em se tratando de colheita, o
algodão de primeira safra já ultrapassa os 90%
nas principais regiões produtoras, ao passo que
a segunda safra já se encontra em processo
bastante adiantado. Desta forma, segundo os
dados da Companhia Nacional de
Abastecimento – CONAB, em seu 12º e último
levantamento de safra 2011/2012, a produção
de algodão em pluma da atual safra deverá
totalizar 1.883,8 mil representando uma quebra
de 4,9% em relação à safra 2010/2011. A
retração da produção do algodão pluma esta
diretamente ligada a queda da produtividade
devido às adversidades climáticas, visto que a
área plantada na atual safra, é praticamente
igual a safra passada. Para a safra 2011/12 o
levantamento aponta uma média de 3.526 kg/ha
de algodão em caroço contra 3.705 kg/ha
colhidos na safra 2010/11.
TENDÊNCIA
A formação de preços no mercado internacional
segundo a “Bolsa de Mercadoria de Nova York”
dados colhidos no dia 31/08/12 apontam
estabilidade momentânea em função das
exportações dos Estados Unidos que foram
consideradas altas para o ano. Para o mercado
nacional o encerramento do mês de agosto a
cotação dos preços foi considerado positiva.
Assim, os preços do algodão em pluma nas
principais regiões produtoras do Brasil no mês
de agosto foram os seguintes: São Paulo CIF
R$54,56/@ (R$1,65/libra-peso); Rondonópolis
MT R$52,08/@ (R$1,57/libra-peso); Uberlândia
MG R$53,98/@ (R$1,63/libra-peso); Barreiras
BA R$52,96/@ (R$1,60/libra-peso).
A
Reinaldo Nunes de Oliveira E-mail:reinaldo.oliveira@emater.mg.gov.br
Fone: (38) 3223 2130 Montes Claros - MG
ALGODÃO
19
o divulgar os dados pesquisados em
seu 12º Levantamento da safra
2011/2012, a Companhia Nacional de
Abastecimento – CONAB preconiza em 165
milhões e 900 mil toneladas de grãos, a
estimativa de produção deste ano, no Brasil.
Confirma assim um acréscimo de 1,9 % ou 3
milhões e 100 mil toneladas, em relação à
produção do período 2010/2011, que foi
estimado em 162,8 milhões de toneladas. O
ponto significativo da produção brasileira este
ano é o milho da 2ª safra que teve um cultivo
superior em 73 %, à exploração do mesmo
período, no ano passado. Com isso, só este
cereal deverá participar da atual produção
brasileira de grãos, com um volume de 72
milhões e 730 mil toneladas. Se por um lado, o
milho contribuiu de forma positiva para o
aumento da safra, por outro, houve quedas de
8,9 milhões de toneladas na produção inicial
estimada para a soja e de 2 milhões de
toneladas na previsão de produção do arroz,
ocasionadas pelas condições climáticas não
favoráveis, durante o período de
desenvolvimento das lavouras. Ainda deve ser
realçada a perda de 3,53 milhões de toneladas
de grãos, dos estados nordestinos, em função
da estiagem intensa ocorrida naquelas regiões.
O algodão segundo os dados da Companhia
Nacional de Abastecimento – CONAB, em seu
12º levantamento de safra 2011/2012, a
produção em pluma da atual safra deverá
totalizar um milhão e 883 mil e 800 toneladas,
representando uma quebra de 4,9% em relação
à safra 2010/2011. O amendoim pela estimativa
da CONAB apresenta uma produção de 294 mil
e 700 toneladas, o que significa um crescimento
de 30,1 % em relação à safra passada.
Considerando a área semeada e a
produtividade esperada nas três safras, a
produção total de feijão na safra 2011/2012,
deverá chegar a 2,9 milhões de toneladas,
22,3% menor que a safra anterior. No geral, a
cultura do feijão vem enfrentando altos e baixos
nos últimos anos. No caso do Trigo, a redução
da produção de 5,8 milhões para 5,2 milhões de
toneladas é atribuída a diminuição da área
cultivada, considerando que a produtividade
poderá ser até melhor e situar-se em 2.800 kg
por hectare.
A
ANÁLISE SAFRAS Luiz Fernando Ferreira
E-mail: luiz.ferreira@emater.mg.gov.br Tel: (31) 3349.8138 – Belo Horizonte/MG
redução de área de trigo por
enquanto, é tida como fator decisivo na
redução de 5,8 para 5,2 milhões de
toneladas da produção nacional, com queda de
9,8%, uma vez que de forma geral, estima-se
que produtividade poderá ser até um pouco
melhor, ou seja, em torno de 2.800 kg por
hectare. Outras culturas de inverno, como
triticale, cevada, canola, centeio e aveia passam
por condições normais de cultivos e estão com
perspectivas de boas colheitas e melhor
remuneração aos produtores. A cevada registra
um crescimento de área de 16,1% e uma
produção estimada em 12,0% superior à safra
anterior. A canola apresenta uma redução de
área de 9,2%, entretanto deverá evidenciar uma
produção de 1,7 % superior, comparada com o
período anterior, em função da boa qualidade do
plantio. Pelos dados consolidados na reunião
do Grupo de Coordenação de Estatísticas
Agropecuárias – GCEA / IBGE, na reunião de
10 de setembro de 2012, a produção de
Minas Gerais será recorde e atingirá 12
milhões 150 mil e 853 toneladas de grãos, em
uma área cultivada de 2 milhões 969 mil e
825 hectares, na safra 2011/2012. A situação
da safra brasileira ocorrida no atual período
poderá não ser a mesma no próximo ano
agrícola. A ameaça sobre um possível atraso de
plantio de grãos nos Estados Unidos, apontada
como oportunidade para que a produção
agrícola do Brasil conquistasse parcela maior do
mercado mundial, assusta os produtores
brasileiros. O temor sobre falta de chuva se
confirma nas regiões produtoras do país e, com
ele, a definição de um novo calendário para
plantação das principais commodities (Fonte:
CONAB/IBGE/SAFRAS/NOTÍCIASAGRÍCOLAS/
EMATER-MG).
A
21
22
RECUPERAÇÃO
mês de agosto/2012 foi marcado por
forte pressão de baixa para as
cotações da arroba do boi gordo. O
Gráfico 1 mostra que no estado de São Paulo,
onde se praticam os melhores preços para
arroba do boi gordo do Brasil, a cotação média
de agosto/2012 foi de R$90,50 por arroba
(coluna azul), com uma queda de R$8,10
(8,22%) em relação aos R$98,60 praticados em
setembro/2011 (um ano).
Gráfico 1 . Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para out/12
m Minas Gerais, maioria dos negócios
em agosto/2012 ficou entre
R$85,00/R$86,00 por arroba, preços
livres para o pecuarista e a prazo (30 dias). Um
deságio (preço menor) de R$4,00 a R$5,00 por
arroba, de 5 a 6%, em relação ao Estado de
São Paulo.
O
E
BOI GORDO
José Alberto de Ávila Pires E-mail: xapeco@emater.mg.gov.br Tel: (31) 3349-8116 - Belo Horizonte/MG
a virada do mês, última semana de
agosto e primeira semana de
setembro/2012, o mercado passou a
apresentar sinais de recuperação, com as
cotações em São Paulo chegando à média de
R$96,50 por arroba (Gráfico 1 - coluna verde).
Ainda R$2,50 (2,5%) abaixo da média de
R$99,00 por arroba praticada entre setembro e
novembro de 2011 (Gráfico 1 - coluna azul).
MERCADOS REGIONAIS.
Segundo SAFRAS & Mercados (10/setembro)
“os frigoríficos permanecem pressionados, o
que indica maior agressividade na compra de
gado... frigoríficos de menor porte continuam em
situação complicada. Muito pressionados,
acabam se sujeitando a preços mais elevados,
com prazo curto para pagamento, normalmente
à vista. Os frigoríficos de maior porte dispõem
de uma situação mais confortável. Mesmo
assim, as escalas não apresentaram
consideráveis avanços”, conclui. Para preços
livres para o pecuarista e a prazo (30 dias), as
cotações do dia 10 de setembro/2012 foram as
seguintes: em São Paulo, R$98,00 a arroba; no
Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais preço
entre R$92,00/R$93,00; em Goiás a R$91,00, e
no Mato Grosso a R$85,00/R$86,00 por arroba
(Fonte: SAFRAS & Mercados). No levantamento
feito pela EMATER/MG, período de 06 a 12 de
setembro, em Minas Gerais a maioria dos
negócios esteve entre R$89,00 e R$91,00 por
arroba, com "indicações" de valores mínimos de
R$85,00/R$88,00 no Alto Paranaíba (Patos de
Minas) e máximos de R$9,00/R$92,00 na região
do Norte de Minas (Montes Claros e Janaúba).
NOTA: este levantamento semanal da EMATER/MG,
sobre as cotações da arroba do boi gordo em Minas
Gerais, está disponibilizado no site
www.emater.mg.gov.br ($ PREÇO PAGO AO PRODUTOR),
com comentários sobre o comportamento deste
mercado.
BEZERRO DE CORTE
O Indicador Bezerro ESALQ/BM&FBovespa,
refere-se ao preço pago pelo bezerro de corte
Nelore (ou anelorado), de apartação, com 8 a
12 meses de idade e peso vivo médio próximo à
6 arrobas (180 kg de peso vivo), em Campo
Grande (Mato Grosso do Sul). Análise diária
divulgada pelo Informativo BeefPoint -
www.beefpoint.com.br (Gráfico 2), mostra a
evolução deste “Indicador” nos últimos 12
meses, com queda de R$51,00, de R$740,00
em setembro/2011, para R$689,00 por bezerro
em agosto/2012 (7,40% em 1 ano). Em
setembro/2012, cotado R$688,00/bezerro
(coluna verde), sem sinais da recuperação que
já vem ocorrendo com o boi gordo. Com isto a
margem bruta na reposição para o pecuarista
que pratica exclusivamente recria/engorda, de
foi de R$900,00, conclui esta análise do
BeefPoint.
N
24
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
egundo o relatório diário de SAFRAS &
Mercado, do dia 11 de setembro/2012,
este mesmo tipo de bezerro de corte
apresentou as seguintes cotações: no Estado de
São Paulo entre R$690,00 e R$720,00 por
bezerro; em Goiás a R$650,00; em Minas
Gerais a R$690,00 em Uberaba e R$650,00 em
Unaí; no Mato Grosso do Sul entre R$600,00 e
R$640,00; no Mato Grosso entre R$620,00 e
R$660,00 e no Paraná a R$690,00 por bezerro.
CENÁRIO ENTRESSAFRA 2012
(SETEMBRO/DEZEMBRO)
No mercado futuro de boi gordo da
BM&FBOVESPA, preços à vista para o Estado
de São Paulo, e em negócios realizados no dia
10/setembro/2012, o contrato setembro/2012
fechou em R$99,36, outubro a R$103,90,
novembro em R$104,49 e dezembro a
R$102,40 por arroba (Gráfico 3). Em relação ao
Indicador de Preços do Boi Gordo
ESALQ/BMFBovespa, cotações à vista para o
Estado de São Paulo (coluna vermelha), no
valor de R$95,59, o mercado “sinaliza” novas
recuperações de preços que podem chegar a
R$8,00 (9%) por arroba entre os meses de
outubro (R$103,90 por arroba) e novembro/2012
(R$ 104,49). Com isto, a cotação da arroba do
boi gordo estará recuperando o valor próximo a
R$105,00 que foi praticado em dezembro de
2011 (Gráfico 1).
S
25
ESALQ (1): Indicador de Preços do Boi Gordo, no Estado de São Paulo , média das cinco últimas cotações ESALQ / BM&FBovespa, divulgada em 10/09/2012.
Fonte: Esalq/BM&FBovespa, elaboração EMATER/MG
26
27
MERCADO INTERNACIONAL: MERCADO DE
OLHO NA ENTRADA DA SAFRA BRASILEIRA
Na ICE Futures em Nova York, o vencimento
dezembro/2012 durante o mês de agosto chegou
a bater a linha de 178,20 centavos de dólar por
libra peso, todavia caiu forte, perdendo este
referencial, acentuando a inclinação negativa em
torno de 165,00 centavos de dólar por libra peso,
encontrado alento acima de 161,80 cents. No
balanço do mês de agosto em NY, o contrato
dezembro teve queda 7,0%. A desvalorização só
não foi maior devido às declarações do
presidente do Federal Reserve, de que o FED
continuará promovendo políticas acomodativas
adicionais enquanto for necessário para estimular
a economia e dar maior sustentabilidade na
geração de renda e trabalho (Gráfico I).
1 2 3 6 7 8 9 10 13 14 15 16 17 20 21 22 23 24 27 28 29 30 31
155,00
159,00
163,00
167,00
171,00
175,00
179,00
183,00
Gráfico I - contrato de café - ICE Futures U.S.
Setembro
Dezembro
Março
Agosto- 2012
US
$ C
en
ts/lb
CAFÉ Marcelo de Pádua Felipe
E-mail: mpfelipe@emater.mg.gov.br Tel.: (31) 3349. 8149 - Belo Horizonte/MG
MERCADO NACIONAL: ARABICA SEGUE
PRESSIONADO PELA CRESCENTE OFERTA
BRASILEIRA.
O mercado físico brasileiro encerrou o mês de
agosto com preços médios mais baixos, refletindo
as desvalorizações das cotações no mercado
internacional de café. A entrada da safra
brasileira tem pressionado as cotações
impedindo que o mercado dê sequência no
movimento de recuperação técnica visto no mês
passado. O atraso na colheita e a retração dos
vendedores tem proporcionado uma forte quebra
de braço com os compradores. Embora a oferta
tenha crescido à medida que a colheita avança, a
ponta vendedora segue disciplinada e de forma
compassada vai escoando a sua produção, com
prioridade para as bebidas de qualidade inferior.
Na outra ponta, os compradores preferem
esperar e demandar apenas para embarques
pontuais.
COTAÇÕES
O arábica de bebida dura tipo 6 do sul de Minas
Gerais finalizou o mês cotado em média a
R$385,86 a saca de 60 kg, com desvalorização
de 5,7 % em relação a julho, quando trocou de
mãos a R$409,04 a saca. No decorrer do mês
chegou a ser indicada a RS410,00/saca, todavia
perdeu fôlego e encerrou o último dia do mês de
agosto cotado a RS378,00 (Gráfico II).
Demonstrando o mesmo comportamento dos
preços do café no Sul de Minas, o arábica de
bebida fina do Cerrado Mineiro alcançou preço
médio de R$398,50 a saca de 60 kg, com queda
de 4,9 % em relação ao mês anterior, quando foi
negociado a R$418,80 a saca.
Preços médios para cafés com bom aspecto e com catação de 10% a 20%, por saca de 60 kg. Fonte: Safras & Mercado, CCVV, Cepea, Carvalhaes e Cooperativas de Cafeicultores/Elaboração: EMATER-MG.
Gráfico II - Mercado Interno de Café
- Agosto de 2012 -
325340355370385400415430445460
1 3 7 9 13 16 20 22 24 28 30
Dias
R$/
saca d
e 6
0kg
B D 6 Sul de M inas
B D 6 / 7 Zona M at a
F ino C errado
C D C errado
C I 6 0 0 D D ura
café bebida dura tipo 6/7 da Zona da
Mata Mineira encerrou o período com
preço médio de R$373,95 a saca de
60 kg, com perda de 5,2 % em relação a julho
quando foi negociada a R$394,28 a saca. Os
lotes de cereja descascados terminaram o mês
de agosto com preço médio de R$428,36 a saca
de 60 kg com decréscimo de 2,3 %, em relação
ao mês passado, quando valia R$438,50 à saca
de 60 kg. Acompanhando o desempenho das
demais bebidas, o arábica duro com 600
defeitos voltados ao consumo interno também
cedeu, com preço médio de R$337,50 a saca e
desvalorização de 1,8%.
DESÁGIOS - REDUZ O ÁGIO PARA O
ARABICA DE QUALIDADE.
Encerra o período em R$63,00 por saca de 60
kg, o deságio para o Café Rio/Consumo Interno
no fechamento do mês de agosto no Sul de
Minas Gerais, tendo como base, os preços
líquidos praticados pela COCATREL (Tabela I).
Obs: Padrão duro: café com mais de 270 defeitos deságio de R$ 1,00 a cada 10 defeitos
Fonte: Cooperativa dos Cafeicultores de Três Pontas
COMERCIALIZAÇÃO DE CAFÉ -
CAFEICULTOR JÁ COMPROMETEU 28% DA
SAFRA 2012/2013.
rodutor mais capitalizado mantém o
fluxo dos negócios dosando vendas e
apostando no futuro. Embora esta seja
uma safra de produção recorde de arábica no
Brasil, o volume de grão negociado até o
momento ainda é considerado baixo, devido à
incidência de chuvas entre junho e início de julho
atrasando os trabalhos de colheita. Neste início
de safra há uma nítida preferência pela
comercialização dos cafés de bebida mais fraca.
Segundo o levantamento realizado por SAFRAS
& Mercado (Tabela II) junto a cooperativas,
produtores e corretores chegam-se ao final de
julho com cerca de 28% da produção
comprometida (... dos produtores para o
mercado..).
O
TABELA I- DESÁGIOS: 31-08-2012 (livre de impostos sujeitos apenas ao seguro)
Base: BD T6 – 60 defeitos – R$ 373,00
Café Rio/C. Interno 63,00 Café Duro/ Riado/Rio 30,00
Café Riado 25,00 Café com seca má. 10,00
Café discrepante 20,00 Safra 2010/2011 5,00
Safra 2009/2010 10,00 Anterior a Safra 2009/2010 15,00
P
30
Fonte:Corretores e cooperativas *Projeções: SAFRAS & Mercado **Percentual
sto representa um decréscimo de 7,0% de
igual época do ciclo passado, quando as
vendas estavam em 35,0% da safra e em
relação a junho, a comercialização evoluiu 8,0
pontos percentuais. Considerando uma
produção máxima de 54,90 milhões de sacas
para a temporada 2012/2013, cerca de 15,16
milhões de sacas já teriam mudado de mãos,
passando para comerciantes, atravessadores e
exportadores, restando à venda ainda algo em
torno de 39,74 milhões de sacas. Como
estratégia de curto prazo, Safras & Mercado
recomenda o produtor aproveitar os repiques e
ir cobrindo posições mais próximas.
LAVOURA
As lavouras se encontram em fase maturação,
com a colheita em pleno andamento, devendo
se estender até o mês de outubro naqueles
municípios de clima mais ameno. De acordo
com as estações de avisos fitossanitários da
Fundação do Procafé (Varginha/MG), os
cafezais se apresentam bem vestidos, a
despeito do desgaste provocado pelos trabalhos
de colheita. O enfolhamento é melhor no Sul de
Minas e o crescimento no Cerrado (Tabela III).
TABELA II - EVOLUÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO DE CAFÉ - BASE PRODUTOR SAFRA 2012/2013
Em milhões de sacas de 60 kg – base até 31 de julho
Estado Produção*
Comercializado Julho** Junho** 2011**
Minas Gerais 28,30 7,70 27 20 38
Sul/Oeste 15,30 3,80 25 20 39
Cerrado 6,00 1,90 32 22 35
Zona da Mata 7,00 2,00 29 20 36
Espírito Santo 14,10 3,85 27 21 28
arábica 2,80 0,45 16 9 20
conillon 11,30 3,40 30 24 30
São Paulo 4,90 1,20 24 18 34
Paraná 1,70 0,50 29 12 38
Bahia 2,50 0,60 24 18 34
arábica 1,70 0,35 21 15 28
conillon 0,80 0,25 31 25 29
Rondônia 1,80 0,81 45 35 60
Outros 1,70 0,50 29 24 35
arábica 0.90 0,25 28 20 34
conillon 0,70 0,25 36 31 36
ARÁBICA 40,30 10,45 26 19 35 CONILON 14,60 4,71 32 26 35 TOTAL 54,90 15,16 28 20 35
Obs.: números parciais sujeitos a retificação, inclui café já entregue e também por entregar.
I
31
TABELA III - CRESCIMENTO VEGETATIVO - início em setembro de 2011
Local
Nº nós/ramo Enfolhamento (%)
1999 - 2011 2012 1999- 2011 2012
Varginha 7,4 7,3 51,5 42,8
Carmo de minas - 7,5 - 51,7
Boa esperança - 7,6 - 53,0
Muzambinho - 8,4 - 55,5
Araxá - 9,5 - 32,1
Arguari - 8,0 - 17,2
Patrocínio - 7,8 - 59,0
Fonte: Fundação Procafe
COLHEITA MINEIRA AVANÇA PARA 81,0%.
colheita de café da safra mineira
2012/13 avança para 81% até 31 de
agosto. A colheita está atrasada em
relação a igual período do ano passado, quando
90% da safra 2011/12 estava colhida. Tomando
por base a estimativa da Conab para a
produção de café de Minas Gerais em 2012/13,
de 26,6 milhões de sacas de 60 quilos, é
apontado que foram colhidas 21.498 milhões de
sacas (Tabela IV). A incidência de fortes chuvas
nas principais regiões produtoras de café de
Minas Gerais acabou atrasando a colheita,
provocando quedas de frutos e comprometendo
em parte a qualidade do grão novo, sobretudo o
de arábica. Ainda é cedo para se quantificar as
perdas, mas em todas as regiões produtoras de
cafés finos em Minas Gerais estão aparecendo
lotes com xícaras fermentadas, riadas e rio.
Ressalta-se ainda que o produtor está
analisando se vale a pena proceder o
recolhimento dos grãos que se encontram no
chão, através do processo de varrição.
Ponderam entre outras, o alto custo da mão de
obra e a compactação causada por máquinas e
implementos.
TABELA IV - EVOLUÇÃO DA COLHEITA DE CAFE - SAFRA 2012
Em milhões de sacas de 60 kg
ESTADO PRODUÇÃO*
COLHIDO AGOSTO (%) JULHO (%) 2011 (%)
Minas Gerais 26,639 21.498 81 64 90
Sul/Oeste 13,491 10.118 75 - -
Cerrado 5,767 4.959 86 - -
Zona da Mata 7,381 6.421 87 - -
Fonte: EMATER-MG
A
SAFRA 2012/2013 - SAFRA BRASILEIRA
PROJETADA EM 50,48 MILHÕES DE SACAS
terceira estimativa de produção de
café (arábica e conilon) estimada pela
Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) para a safra 2012 indica que o País
deverá colher 50,48 milhões de sacas de 60
quilos do produto beneficiado. O resultado
representa um crescimento de 16,1% quando
comparado com a produção obtida na
temporada anterior que foi de 43,48 milhões de
sacas. Esse crescimento se deve principalmente
ao ano de alta bienalidade. Em termos de
volume, a produção do arábica apresenta
crescimento de 5.759,02 mil sacas, e o conilon
de 1.239,4 mil sacas de café beneficiado. Esta
será a maior safra já produzida no País,
superando o volume de 48,48 milhões de sacas
colhidas na safra 2002/03 e Minas Gerais
participará com 52,8% da produção total.
a Tabela V, abaixo, observa-se que
nas últimas quatro safras de
bienalidade positiva, a produção
mantém um crescimento constante,
demonstrando que a maior utilização da
mecanização, aliada às inovações tecnológicas,
às exigências do mercado à qualidade do
produto e a boa gestão da atividade são fatores
extremamente importantes e necessários para o
avanço modernização da cafeicultura.
TABELA V - CAFÉ BENEFICIADO COMPARATIVO DE PRODUÇÃO - ANOS DE ALTA BIENALIDADE (Em milhões de sacas beneficiadas)
A
N
33
SAFRA
2002/03 2004/05 2006/07 2008/09 2010/11 2012/13
Arábica 37,95 31,71 33,02 35,48 36,82 37,9 Conilon 10,53 7,56 9,49 10,51 11,27 12,5
Total 48,48 39,28 42,51 45,99 48,09 50,48
área cultivada com as espécies
arábica e conilon no país mostra um
crescimento de 2,7% sobre a área de
2.278,1 mi hectares existentes na safra 2011, ou
seja, foram acrescentados ao processo produtivo
61.527 hectares totalizando 2.339,6 mil hectares
(Tabela VI).
TABELA VI - CAFÉ COMPARATIVO DE ÁREA PLANTADA (em hectares)
SAFRA
2008/9 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Em formação 192.887 222.612 212.931 221.681 283.340 Em produção 2.169.795 2.092.909 2.124.930 2.056.422 2.056.290
Total 2.362.682 2.315.521 2.337.861 2.278.103 2.339.630
m Minas Gerais está concentrada a
maior área com 1.217,4 mil hectares,
predominando a espécie arábica com
99,4%. A área total estadual representa 52,0% da
área cultivada com café no país, e
consequentemente a primeira no âmbito nacional.
AGENDA DO CAFEICULTOR
22º Prêmio Café Espresso Illy – 01/06 a 21/09/2012 – www.clubeilly.com.br
Curso de Formação Metodológica de Café – 19/09/2012 – Vitória/ES – Safras & Mercado – www.safras.com.br
Curso de Formação Metodológica de Café – 21/09/2012 – Varginha/MG – Safras & Mercado –
www.safras.com.br
9ª Edição Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais – Belo Horizonte – inscrição até 20/09/2012. - www.emater.mg.gov.com.br
7ª Espaço café Brasil – Feira Internacional do Café - São Paulo – 4 a 6/10/2012 - www.espacocafebrasil.com.br
7º Campeonato Brasileiro de Baristas- ACBB – 4 a 6/10/2012 – São Paulo www.espacocafebrasil.com.br
24ª Conferência s/ Ciência do Café – San José/Costa Rica – 11 a 16/11/2012
33º Congresso de Pesquisas Cafeeiras – 23 a 26/11/2012 – Caxambu/MG - www.fundacaoprocafe.com.br
EMATER/MG - Informações: (31) 3349 8149
A
E
34
FEIJÃO Wilson José Rosa
E-mail: wjrosa@emater.mg.gov.br Tel: (31) 3349.8170 – Belo Horizonte/MG
Depois de três meses em queda, os preços do
feijão em agosto voltaram a subir no mercado
brasileiro. Com o final da colheita da primeira e
segunda safra e a terceira safra já caminhando
para o final, a oferta de feijão no mercado está
sendo reduzida. Outro fator que está
influenciando a elevação dos preços do feijão é a
estimativa de um estoque de passagem bem
reduzido, na ordem de 281,4 mi toneladas e da
possível redução da área plantada na próxima
safra, em função dos altos preços, que estão
sendo praticados com milho e soja, podendo
haver uma migração de área, para estas culturas.
Na Bolsinha de São Paulo o mercado começou o
mês bastante calmo e assim permaneceu durante
toda a primeira quinzena com os preços variando
entre R$135,00 e R$150,00. A partir da segunda
semana iniciou-se um movimento de alta
fechando o mês com preços variando entre
R$180,00 e R$185,00 por saco de 60 kg. A maior
oferta feijão de qualidade superior, na Bolsinha
durante o mês, foi do Estado de Minas Gerais.
Devido a seca ocorrida na região Nordeste, a
produtividade reduziu drasticamente, além da
redução em 39,9% da área plantada com a
segunda safra. Em Minas Gerais também houve
uma boa recuperação dos preços no mês de
agosto. Os preços iniciaram o mês com valores
entre R$140,00 e R$145,00 permanecendo até a
terceira semana, quando teve uma reação
fechando o mês valendo entre R$170,00 e R$
180,00 por saco de 60 kg, nas principais regiões
produtoras que são: Alto Paranaíba, Triângulo
Mineiro, Norte de Minas e Noroeste Mineiro, como
mostra o Gráfico a seguir:
12º
levantamento de grãos, da safra
2011/1012, feito pela Companhia
Nacional de Abastecimento - CONAB, divulgado
no início do mês de setembro de 2012, traz uma
estimativa de área plantada de feijão nas três
safras de 3.256,9 mil
hectares, 18,4% menor que a área total plantada
na safra passada, que foi de 3.990,00 mil hectares
e uma produção total de 2.899,1 mil toneladas,
22,3% menor que a produção do ano passado,
que foi de 3.732,8 mil toneladas. Para a terceira
O Primeira Segunda Terceira Quarta
50,00
70,00
90,00
110,00
130,00
150,00
170,00
190,00
Preço Médio de Feijão no Estado de Minas Gerais - Ago 2012
sub-title
Média Minima
Média Máxima
Média das Médias
Semana do mês
Fonte: CIAGRO/EMATER-MG
Va
lore
s e
m r
ea
is
36
safra que encontra na fase final de colheita a área
plantada prevista é de 619,4 mil hectares, 23,9%
menor que a área plantada na safra do ano
anterior. A estimativa de produção segundo o
mesmo levantamento é de 598,1 mil toneladas,
17,8% menor que a safra passada, que foi de
727,4 mil hectares. Aproximadamente 51,7% da
produção de terceira safra são provenientes dos
estados de Goiás e Minas Gerais. Levando em
consideração os preços atrativos quem estão
sendo praticados para milho e soja, a expectativa
é de redução da área de plantio de feijão no
próximo ano. Diante deste cenário de menor área
plantada e menor produção para a próxima safra,
o preço do feijão no mercado brasileiro deverá
continuar aquecido, principalmente neste final de
ano, cujos estoques estão muito reduzidos.
37
38
FRANGO
s exportações da carne de
frango in natura em agosto
voltaram a aumentar. O volume
embarcado foi de 284,5 mil toneladas,
2,1% maior frente ao de julho/2012, mas
10,6% inferior ao de agosto/2011. Quanto
ao preço do quilo da carne de frango em
R$3,66/kg, foi 4,4% maior que o de
julho/2012 e 23,6% superior ao de
agosto/2011. Analisando-se a série
histórica da Secex, desde 2003, essa é a
maior média em Reais verificada para um
mês de agosto, em termos nominais. No
mercado brasileiro, o movimento também
é de alta. Em algumas regiões
acompanhadas pelo Cepea, a valorização
do frango vivo ultrapassou os 30% no
acumulado de agosto e a da carne de
frango chegou a quase 25% (Fonte:
Avicultura Industrial).
OVOS
Mercado do ovo seguiu o mês de agosto
com demandas fracas e preços estáveis
(Fonte: Avicultura Industrial). Os produtores
continuam em alerta devido ao alto custo
de produção (Fonte: Avisite).
VARIAÇÃO NAS COTAÇÕES DE FRANGOS
Produto Atacado Granja (R$Kg)-Avimig Média do frango- Avisite
09/08/2012 Julho/2012 Agosto/2012
Frango abatido resfriado/atacado 3,40 2,71 -
Frango vivo com ICMS 2,35 1,85 2,30
VARIAÇÃO NAS COTAÇÕES DE OVOS
Produto Valor R$/Cx/30Dz- Avimig Média do ovo - Avisite
09/08/2012 10/09/2012 Julho/2012 Agosto/2012
Ovos extra grande 70,00 62,00
47,31
53,04 Ovos grandes 69,00 61,00
Ovos médios 67,00 59,00
Ovos pequenos 63,00 55,00
Ovos vermelhos 74,00 64,00
A
FRANGOS E OVOS
Ana Carolina Castro Euler E-mail: ana.carolina@emater.mg.gov.br Tel: (31) 3349.8141 – Belo Horizonte/MG
39
40
ASPECTOS CONJUNTURAIS DA
FRUTICULTURA MINEIRA – 2012
Brasil é o 3° produtor mundial de
frutas, com área plantada estimada
em 2,5 milhões de hectares, produção
estimada em 43 milhões de toneladas/ano e
geração de 4 milhões de empregos, ficando
atrás de China e Índia. Os estados com maiores
participações na produção são: São Paulo,
Bahia, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, em
ordem decrescente de volume de produção.
Minas Gerais: 500 municípios com produção em
escala comercial, 25.000 fruticultores e cerca de
500 mil empregos gerados anualmente. Com
área plantada de 132 mil hectares e produção
de 2,8 milhões de toneladas de laranja, abacaxi,
banana, manga, limão, tangerinas, morango,
goiaba, abacate, atemoia, coco, mamão,
pêssego, maçã, marmelo, figo, macadâmia, uva
de mesa, uva de vinho, lichia, pinha, manga,
maracujá, caqui, graviola, ameixa e nectarina,
dentre outras. Em fase inicial, algumas regiões
do estado estão introduzindo outros tipos de
frutas, que incluem as exóticas e as nativas do
cerrado. As que estão com cultivos mais
avançados são: framboesa, amora preta,
phisalis e oliveira.
DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO MINEIRA DE FRUTAS (EM PESO) POR ALGUMAS FRUTEIRAS EM 2010
Fonte: SEAPA-MG
O
Sérgio Pereira Carvalho
Tel: 3349.8148
E-mail: sergio.carvalho@emater.mg.gov.br
s dez municípios maiores produtores
de frutas, no Estado de Minas Gerais,
estão localizados em quatro regiões
bem distintas e de acordo com a fruta
produzida: laranja e abacaxi – no Triângulo
mineiro; banana, limão e manga – no Norte de
Minas; banana prata comum – Sul de Minas;
tangerina – na Região Central, conforme quadro
a seguir:
MUNICÍPIOS ÁREA em produção (ha)
FRUTAL 9.650,00
COMENDADOR GOMES 8.108,00
JAÍBA 4.885,30
PRATA 3.186,50
JANAÚBA 3.136,00
MONTE ALEGRE DE MINAS 2.450,00
BRASÓPOLIS 2.374,00
MATIAS CARDOSO 2.255,00
NOVA PORTEIRINHA 2.134,00
BELO VALE 1.945,00
No ranking nacional de produção de frutas, o estado de Minas Gerais apresenta uma boa performance,
conforme dados levantados no ano de 2011:
Fruteiras Classificação dos estados (lugar no ranking)
1º 2° 3º 4º
Abacate SP MG PR RS
Abacaxi PA PB MG BA
Banana BA SP MG SC
Laranja SP BA MG SE
Limão SP BA MG RJ
Manga BA SP PE MG
Morango MG SP RS PR
o ano de 2011, os principais
importadores de frutas mineiras foram:
1- Limão: Holanda, Reino Unido,
Dinamarca e Portugal. 2 – Manga: Portugal,
Alemanha, Espanha e Argentina. 3 – Abacaxi:
Argentina. Mesmo com esse bom desempenho
da fruticultura, o estado oferta apenas 31,6% de
todas as frutas comercializadas através das
CEASAS de Minas Gerais. Dependendo,
portanto, da participação de outros estados e de
países exportadores.
O
N
43
o mês de agosto, houve ligeiros
aumentos de preço do leite na maioria
dos estados pesquisados pelo Cepea,
que fazem parte da “média nacional”: SP, MG,
GO, PR e SC. Em São Paulo, o preço médio
líquido foi de R$0,8243/litro, alta de 2% frente a
julho. Em Minas Gerais, o valor médio foi de
R$0,8020/litro, acréscimo de 1% em igual
período e, em Goiás, a alta foi de 0,7%, com
média de R$0,7993/litro. No Paraná, houve alta
de 0,2%, com o litro a R$0,7653 e em Santa
Catarina o ajuste positivo foi de 2,6%, com
média de R$0,7682/litro.
GRÁFICO 1 - SÉRIE DE PREÇOS MÉDIOS PAGOS AO PRODUTOR - DEFLACIONADA PELO IPCA (MÉDIA DE RS, SC, PR, SP, MG, GO E BA)
0,62
0,67
0,72
0,77
0,82
0,87
0,92
0,97
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
R$/liyto
2010
2009
Média 2001 a 2011
20082011
2012
o mês de julho, o Índice de Captação
de Leite do Cepea (ICAP-Leite)
registrou avanço de 7% na região Sul.
Houve aumento em torno de 9% no Rio Grande
do Sul e em Santa Catarina e de 2,7% no
Paraná. Na média ponderada dos mesmos sete
estados, o Índice avançou 2,7% sobre junho,
atingindo nível 7,9% maior que o do mesmo
mês de 2011. De modo geral, agentes do setor
afirmam que não há excedente de oferta de
leite. Apesar da maior produção sulista, a
captação de leite diminuiu nas demais regiões
do País, tendo em vista a entressafra, agravada,
na região Nordeste, pela forte estiagem.
N
N
LEITE Cinthya Leite Madureira de Oliveira
E-mail: cinthya@emater.mg.gov.br Tel: (31) 3349-8115 – Belo Horizonte//MG
TABELA 1 - PREÇOS PAGOS PELOS LATICÍNIOS (BRUTO) E RECEBIDOS PELOS PRODUTORES (LÍQUIDO) EM
AGOSTO/2012, REFERENTE AO LEITE ENTREGUE EM JULHO/2012.
Região
Bruto (c/frete e CESSR, ex-Funrural)
Preço líquido
Var. % Bruto Var. % Líquido
Máximo
Mínimo
Médio
Médio
Agosto/ Julho
Agosto/ Julho
Triâng./Alto Paranaíba 0,9482 0,7951 0,8929 0,8243 0,52% 1,31%
Sul/Sudoeste de Minas 0,8958 0,7597 0,8476 0,7872 2,44% 2,58%
Vale do Rio Doce 1,0084 0,8241 0,9208 0,8394 0,80% 0,15%
Metropolitana de BH 1,0079 0,7810 0,8971 0,8098 2,05% 0,85%
Zona da Mata 0,9368 0,7681 0,8642 0,7919 - -
Média Estadual 0,9326 0,7825 0,8719 0,8020 1,31% 1,03%
Média Nacional 0,9151 0,7439 0,8547 0,7872 0,82% 0,65%
Fonte: Cepea. Adaptado por Detec/EMATER-MG
odas as regiões de Minas Gerais
pesquisadas pelo Cepea-Esalq/USP
(Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba,
Sul/Sudoeste de Minas, Vale do Rio Doce,
região Metropolitana de BH e Zona da Mata)
apresentaram ligeiro aumento no preço pago ao
produtor pelo leite entregue em julho.
TENDÊNCIA
O cenário atual da produção de leite é crítico
tanto para os produtores quanto para as
indústrias.
Pesquisas mostram que os custos de produção
de leite continuam avançando com a alta do
milho e do farelo de soja, e não há expectativa
de melhora desse quadro no curto prazo para o
pecuarista leiteiro. Isso tem agravado o
endividamento dos produtores e reduzido os
investimentos na atividade. Para o pagamento
de setembro, referente à produção de leite
entregue em agosto, a expectativa dos
compradores é de estabilidade dos preços.
T
45
46
previsão é de que a safra brasileira de
grãos em 2011/2012 seja concretizada
com uma produção recorde, de mais de
165 milhões de toneladas. O produto com maior
destaque nesta produção é o milho. As áreas
cultivadas com o cereal na primeira e segunda
safra foram estimadas 15 milhões e 160 mil
hectares o que preconiza uma produção total do
grão neste ano, de 72 milhões e 731 mil
toneladas. Confirmando estas expectativas, o
cultivo de milho que teve um crescimento de
área de 9,8% e produção de 26,7% em relação
safra passada, será o maior de toda história da
exploração, no Brasil. Tudo isto é fruto da maior
área plantada, melhor emprego de tecnologia,
condições climáticas favoráveis e principalmente
pela tenacidade da classe produtora brasileira.
Em Minas Gerais, a produção de milho também
se destacou entre os principais produtos
cultivados. Abaixo, distribuição regional da área,
produção e produtividade de milho, no estado
de Minas.
REGIÃO AGRÍCOLA ÁREA (ha) PRODUÇÃO (t) PRODUTIVIDADE (kg/ha)
Central 106.772 462.705 4.334
Rio Doce 55.827 175.825 3.149
Zona da Mata 64.805 236.318 3.647
Sul de Minas 251.799 1.483.837 5.893
Triângulo Mineiro 178.171 1.313.598 7.373
Alto Paranaíba 230.182 1.810.183 7.864
Centro Oeste 97.682 554.175 5.673
Noroeste 190.130 1.522.906 8.010
Norte de Minas 96.757 202.133 2.089
Jequitinhonha/Mucuri 21.280 36.537 1.717
TOTAL 1.293.405 7.798.217 6.029
A
MILHO Luiz Fernando Ferreira
E-mail: luiz.ferreira@emater.mg.gov.br Tel: (31) 3349.8138 – Belo Horizonte/MG
47
Fonte: GCEA/ IBGE – EMATER-MG/Agosto/2012.
om todo este aumento de produção, as
cotações de preços situaram entre R$
25,00 e R$32,00 o saco de 60 kg, no
estado de Minas. As cotações das principais
regiões produtoras mineiras podem ser
observadas semanalmente em:
www.emater.mg.gov.br (& Preço Pago ao
Produtor). Toda situação relativo a preço ainda
está na dependência do comportamento do
mercado mundial, diante do que se passa com
esta commoditie nos Estados Unidos. Pelos
dados divulgados pelo Departamento Americano
– USDA, o país deverá ter uma quebra de 110
milhões de toneladas de milho, uma redução de
32%, quando comparado aos números iniciais
que indicavam uma safra de 373,6 milhões de
toneladas, naquele país. As expectativas a partir
de agora se voltam para implantação da próxima
safra de verão que estão preocupando os
produtores, com notícias não satisfatórias
quanto às condições climáticas desfavoráveis,
diante da previsão de pouca chuva nas regiões
de plantios que acontecem mais cedo (Fonte:
CONAB – IBGE – SAFRAS - EMATER-MG).
C
48
49
PANORAMA: PROJETO COM TILÁPIA E
PESCADA RECEBE PRÊMIO DE
CRIATIVIDADE (A Secretaria de Gestão
Estratégia (SGE) da Embrapa acaba de
divulgar os resultados da Premiação
Nacional de Equipes 2012, ano base 2011).
a categoria Criatividade, o projeto de
aproveitamento de resíduos do
processamento de tilápia e pescada
amarela, da Embrapa Agroindústria de
Alimentos, ficou em 4º lugar. A originalidade, os
resultados esperados e os impactos ambientais
junto às agroindústrias balizaram a escolha. De
acordo com a pesquisadora Ângela Furtado,
líder do projeto, a indústria brasileira tem sido
obrigada a rever seus processos para minimizar
o custo operacional e o passivo ambiental. Os
resíduos do processamento de pescados geram
poluição orgânica, principalmente nas etapas de
lavagem, descongelamento, filetagem e
cozimento. No entanto, esses resíduos sólidos e
líquidos são ricos em proteínas e podem gerar
produtos de alto valor agregado como rações,
sopas, patês, salsichas, surimis, concentrados
proteicos e até nanopartículas e embalagens
biodegradáveis a base de colágeno. “Existem
alternativas tecnológicas para tornar o
processamento tradicional mais eficiente e, ao
mesmo tempo, é possível desenvolver produtos
de alto valor agregado e de interesse para o
mercado a partir dos resíduos que hoje causam
danos ao meio ambiente”, explicou Ângela. O
projeto teve início em setembro de 2011 e
deverá ser concluído em 2014. Ele conta com a
parceria da Embrapa Agroindústria Tropical,
Embrapa Pantanal e da Escola de Química da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele é
um desdobramento de outra iniciativa, o projeto
Aquabrasil, liderado pela Embrapa Pantanal.
MERCADO
O preço da carne de peixe, recebido pelos
produtores, mantém instável. O preço foi o
seguinte: peixe vivo de tilápia ficou entre R$4,50
a R$6,00/kg e o filé em torno de R$19,00/kg.
Outras espécies de peixe vivo, como o
matrinchã, pacu e tambaqui, tiveram os preços
cotados entre R$5,00 e R$7,00/kg A truta (peixe
de clima temperado), foi comercializada entre
R$7,00 a R$2,00/kg. Para as espécies de
peixes consideradas nobre, como o surubim e o
dourado, o preço teve variação entre R$6,00 e
R$12,00 por kg vivo.
N
PEIXES Frederico Ozanam de Souza
E-mail: frederico@emater.mg.gov.br Tel: (35) 3522.1166 – Passos/MG
50
TENDÊNCIA
A tendência é que o preço da carne do peixe continue neste patamar durante todo este mês, devido ao
fato de ter diminuído a temperatura média anual o qual diminui também o consumo.
51
INDICATIVOS DE NOVO RECORDE DE
PRODUÇÃO DE SOJA NA AMÉRICA DO SUL
s países da América do Sul já se
preparam para definir o tamanho da
nova safra de soja e os analistas
estimam que esta deve alcançar, inicialmente,
pouco mais de 52 milhões e 300 mil hectares o
que se constituiria em novo recorde sul-
americano, sendo que Argentina, Brasil e
Paraguai seriam os países desta região que
mais cresceriam em termos relativos de área.
Este aumento representaria um crescimento de
11% com relação à última safra colhida. Entre
outros fatores, o que está levando os
agricultores a apontar a soja como melhor
opção seriam os preços médios alcançados
neste ano que ficaram em torno de 32% acima
das médias obtidas no ano anterior e que tem
determinado os firmes indicativos de
substituição de outras culturas alternativas como
milho e algodão e até de abertura de novas
áreas, arriscando assim a obtenção de menores
produtividades, mas apostando forte no uso
elevado de tecnologia a ser aplicado, não
obstante o aumento dos preços de alguns
insumos, principalmente de fertilizantes, assim
como também na expectativa de ocorrência de
clima favorável para as lavouras.
Particularmente, no Brasil, a área a ser
colhida chegaria a 27 milhões e 218 mil
hectares e que representariam um crescimento
de 9% sobre a safra anterior mas que pode
ainda ser maior se levarmos em conta a boa
remuneração que está sendo atualmente obtida
e com a tendência altista dos preços, a baixa
disponibilidade do produto referente à última
safra, o grande volume já negociado referente à
safra que ainda vai ser plantada, inclusive com
40% desta já comprometida somente para
exportação e, ainda, o sentimento de que o
mercado para o próximo ano deve ser muito
promissor tanto no nível interno como o externo.
Áreas de milho, pastagem, arroz, algodão e
feijão seriam as culturas que cederiam espaço
para expansão da soja, mas também há
indicativos de expansão de fronteira agrícola
nos cerrados da região centro-oeste, norte e
nordeste do país.
O
SOJA Willy Gustavo de La Piedra Mesones
E-mail: willy.gustavo@emater.mg.gov.br Tel: (34) 3338.5156 - Uberaba/MG
om relação aos outros países do cone
sul, a Argentina, que sofreu com
adversidades climáticas principalmente
nas últimas duas safras, além de problemas na
área comercial e tributária, mas que mesmo
assim auferiu alguns ganhos financeiros nesta
última safra, deve verificar um avanço na área a
ser plantada de 9% com relação à safra
passada, chegando a 20 milhões e 300 mil
hectares e, se considerarmos a ocorrência de
condições climáticas regulares, poderemos
estimar uma produção de pouco mais de 57
milhões e 700 mil toneladas, que já seria um
ganho acima de 40% com relação à frustrada
última safra. Este ganho de área seria sobre
áreas de milho e pastagem. No Paraguai
também a área deve crescer, em torno de 10%,
chegando a mais de três milhões e 200 mil
hectares e uma produção prevista de mais de 8
milhões de toneladas que representaria um
significativo avanço de quase 90% já levando
em conta os problemas climáticos que afetaram
a safra passada. No caso deste país o avanço
de área que pode até ser maior do que está
sendo previsto, e eventualmente até menor, vai
depender também da solução, ou pelo menos
da administração, das questões fundiárias que
assolam os produtores, assim como da
disponibilidade de sementes certificadas. O
Uruguai, que sofreu menos com problemas
climáticos que os dois países citados
anteriormente, deve crescer sua área de soja
em torno de 6% podendo chegar a semear
quase 1 milhão de hectares e a colher em torno
de 2 milhões de toneladas representando um
avanço de praticamente 20% sobre a atual
safra. E, por último a Bolívia que ano após ano
vem batendo seus próprios recordes de
produção e que planta duas safras por ano,
verão e inverno, também deve ampliar sua área
de soja e no total pode chegar a 1 milhão e 130
mil hectares que seria 4% maior do que a sua
última safra e obter uma produção 8% maior
que seria de 2 milhões e 555 mil toneladas. Um
resumo destes dados pode ser verificado no
quadro abaixo.
PRODUÇÃO SUL-AMERICANA DE SOJA – 2012/2013 e 2011/2012
País
Produção (milhões t) Área (milhões ha) Produtividade (kg/ha) Particip.
2012/13 (a)
2011/12 (b)
a/b %
2012/13 (c)
2011/12 (d)
c/d%
2012/13 (e)
2011/12 (f)
e/f %
2013 %
América do Sul 152.560 115.606 32 52.398 47.399 11 2912 2439 19 100
Argentina 57.710 41.000 41 19.900 17.450 14 2.900 2.349 23 38
Brasil 82.295 66.331 24 27.218 25.000 9 3.023 2.653 14 54
Paraguai 8.100 4.300 88 3.200 2.960 8 2.531 1.452 74 5
Bolívia 2.555 2.375 8 1.130 1.089 4 2.261 2.181 4 2
Uruguai 1.900 1.600 19 950 900 6 2.000 1.778 12 1
Adaptado de Safras & Mercado
C
MERCADO FAVORÁVEL ESTIMULA MAIOR
USO DE INSUMOS NA SOJA
soja representa o grande referencial
em termos de crescimento de área a
ser plantada nesta próxima safra, mas
também as outras oleaginosas devem
experimentar este avanço, mesmo que em
menor proporção. No geral, a nível mundial,
está sendo estimado que as oleaginosas devem
crescer em torno de 7% chegando a uma área
de 28 milhões e 649 mil hectares e uma
produção de pouco mais de 85 milhões de
toneladas, considerando a ocorrência de
condições climáticas normais, mas, se as
condições de mercado continuarem neste atual
ritmo positivo, é possível que este avanço seja
maior, com a soja ainda como ponta de lança. E
parece que os produtores não estão dando
muita bola para as notícias sobre a presença
anunciada da formação do fenômeno El Niño
que, na verdade, quando se manifesta, tem
provocado efeitos positivos para algumas
regiões agrícolas, como no caso da região
centro-sul que em geral apresenta chuvas um
pouco acima do normal, e efeitos negativos para
outras regiões, mas sempre com a esperança
de precipitações regulares. Desta forma, e
apostando no positivismo, os indicativos
apontam para um maior uso de insumos, como
no caso dos fertilizantes que apesar da
elevação de preços já foi negociado este ano
um volume 4% maior que no mesmo período do
ano passado, no calcário o crescimento é de 8%
mesmo depois de ter avançado bem nas duas
últimas safras e no setor de agrotóxicos o
crescimento é de 5%. No caso de sementes
certificadas também são claros os sinais de forte
avanço nas vendas embora já se vislumbre que
este insumo não estará em volume suficiente
para atender a demanda. Somente a venda
nacional de máquinas agrícolas apresentou um
ligeiro recuo de 1,7% com relação ao mesmo
período do ano passado.
BRASIL: ALTO VOLUME DE VENDAS PODE
MOTIVAR MAIOR IMPORTAÇÃO DE SOJA
As expectativas sobre o comportamento de
preços, ainda com indicativos de boa
remuneração para os produtores, permanecem
no sentimento do mercado, se for considerado
que a atual safra dos Estados Unidos vem
sendo estimada em volumes cada vez menores
em função da seca que assola a região
produtora, e as exportações desse país
continuam sendo praticadas normalmente e
consequentemente exercendo pressão sobre os
seus estoques, fator este que afeta também
nosso mercado nacional. Último levantamento
indica que a safra atual dos EUA deverá ser de
73 milhões e 265 mil toneladas que seria 12%
menor que a safra passada devido a uma baixa
produtividade estimada em 2.428 kg/ha,
representando uma queda de 13% com relação
à safra anterior, sendo que atualmente a maioria
das lavouras se encontra no inicio da fase de
frutificação.
A
ace a estes indicativos, os preços
praticados no final do mês agosto
atingiram novos recordes na Bolsa de
Mercadorias de Chicago/CBOT e acreditamos
que somente o inicio da colheita da safra norte-
americana em setembro e a atuarial
confirmação do tamanho da safra sul-americana
até dezembro é que vão fornecer dados mais
consistentes e menos especulativos com
relação a valores de mercado. Há também o
fato de que os indicativos apontam para uma
diminuição da produção de milho nos EUA e
consequentemente, além da menor
concorrência direta com os grãos de soja,
também diminui o confronto do farelo de soja
com o DDG, que é um resíduo do milho na
fabricação do etanol, como integrantes
alimentares de produção animal. Mas,
seguramente, o comportamento do clima na
América do Sul é que vai ser o fator
preponderante, indo de encontro à
disponibilidade do produto e ao fluxo da
demanda de consumo e de exportações. E
falando em demanda e exportações, o cenário
aponta para uma demanda crescente por soja
brasileira neste ano e em volumes muito
superiores aos praticados para o mesmo
período do ano passado e que inclui tanto o
grão como seus derivados como farelo e óleo,
tanto que, somente em julho deste ano, as
exportações de soja foram 10% maiores do que
as de julho do ano passado e para este primeiro
semestre o crescimento foi de 26% quando
comparado com o mesmo período do ano
anterior. E este fluxo para o mercado externo
ocorre também no mercado interno, mas
seguramente, daqui para frente não deve haver
um crescimento acentuado de vendas, visto que
o país caminha para um cenário de estoques
apertados que podem culminar até em um
aumento significativo de importações.
PREÇOS PRATICADOS EM DIFERENTES REGIÕES NO BRASIL
Local
Preços praticados R$/saca 60 kg
05/09/2012 1 semana atrás 1 mês atrás 1 ano atrás
Passo Fundo/RS 86,00 84,50 80,00 50,00
Rondonópolis/MT 81,00 79,00 73,00 46,00
Santos/SP 85,00 88,00 84,00 52,00
Uberlândia/MG 82,00 80,00 77,00 48,50
Adaptado de Safras&Mercado Fonte: Safras & Mercado, Conab, Embrapa, Emater-MG
F
56
57
onvicto da efetividade de uma
campanha em todo o país para
incentivo ao consumo da carne suína,
o Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho,
no dia 12 de setembro fará o lançamento da
“Semana Nacional da Carne Suína”. A iniciativa
faz parte dos esforços da Associação Brasileira
dos Criadores de Suínos (ABCS) para amenizar
a crise que afeta o setor de suínos de todo o
país. O objetivo é organizar toda a cadeia
produtiva da suinocultura brasileira em torno do
projeto, que busca garantir maior espaço para a
carne suína nas gôndolas do varejo, reestruturar
o formato, torná-lo mais prático e funcional e
aprimorar ainda apresentação da carne suína
nos pontos de venda, oferecendo uma
consistente diversidade de cortes, criando
opções dissociadas da gordura e da associação
com a obesidade (Fonte: Porkworld). Em agosto o
mercado registrou uma leve reação, mas na
primeira semana de setembro a situação voltou
a preocupar os produtores (Fonte: Suinocultura
industrial). Agosto foi o mês mais positivo para o
suinocultor, segundo os técnicos. Isso porque
ele recebeu, em média, R$59,90 pela arroba.
Em julho, o valor médio ficou em R$41,29 por
arroba, com baixa de 31% (Fonte: Porkworld). As
vendas de carne suína in natura ao mercado
internacional voltaram a aumentar em agosto.
No mês, os embarques totalizaram, cerca de,
47mil toneladas volume 25% superior ao de
julho/2012 e próximo à quantidade recorde
exportada neste ano, em maio, de acordo com
dados da Secex (Fonte: Suinocultura industrial).
COTAÇÃO (R$) - Agosto
09/08/2012 06/09/2012
SP 2,61 2,57
PR 2,40 2,85
SC 2,30 2,70
GO 3,00 3,30
RS 2,21 3,11
MG 3,5 3,00
MS 2,0 2,00
MT 2,20 2,72
C
SUÍNOS Ana Carolina Castro Euler
E-mail: ana.carolina@emater.mg.gov.br Tel: (31) 3349.8141 – Belo Horizonte/MG
58
59
COMPORTAMENTO
o mês de agosto, os preços médios do
tomate in natura praticados no atacado
de acordo com a Ceasaminas, no
entreposto de Contagem: Tomate tipo AA do
grupo Longa Vida foi comercializado a R$48,88
e Santa Clara R$48,33 preço médio da caixa
com 20 kg. Tomate tipo A do grupo Longa Vida
foi comercializado a R$29,66 e Santa Clara
R$30,11 preço médio da caixa com 20 kg. Na
Ceagesp, os preços do tomate comercializado
no atacado, tipo AA dos grupos Longa Vida e
Santa Clara tiveram uma cotação média de
R$84,40 a caixa de 20 Kg e R$70,00 a caixa de
20 kg do tipo A, sendo estes valores referentes
à segunda quinzena de agosto. Segundo
pesquisa de preços realizada no varejo pela
Ceasaminas do dia 04/09 a 06/09, os valores do
quilo do tomate in natura praticados nos
hipermercados e supermercados da grande BH,
obtiveram um preço médio de R$6,06 e nos
sacolões foi de R$4,97 sendo o preço médio no
varejo de R$5,55. No atacado, no mesmo
período, o preço pago pelo quilo foi de R$2,20.
O preço no varejo em relação ao atacado
obteve uma variação de 152,3 %. Portanto a
caixa de 20 kg vendida no atacado neste
período, em média por R$44,0, foi revendida no
varejo em média por R$111,0. Os preços
praticados no atacado no mês de agosto se
mantiveram no mesmo patamar dos preços
observados em julho com uma ligeira queda. A
expectativa é que, os tomaticultores
impulsionados pelos bons preços dos últimos
meses já tenham escalonado novas lavouras
para colheita nos meses que virão. Há também,
por parte dos consumidores, uma redução de
compra de tomate, visto que os preços no varejo
estão acima do ideal para o poder de compra da
maioria, levando a substituição por hortaliças
que estejam com preços mais favoráveis.
TENDÊNCIAS
No mês de setembro o esperado é que os
preços se mantenham em níveis menores que o
observado em agosto, visto que já há um
escalonamento de novas lavouras que estão
com colheita prevista para setembro, outubro e
novembro. Isto ocorre devido aos bons preços
no atacado observados nos últimos meses,
levando os tomaticultores a ampliar os campos
de produção. Veja no gráfico abaixo, o
comportamento dos preços médios pagos no
atacado, na caixa de 20 Kg de tomate, na
Ceasaminas entreposto de Contagem até o mês
de agosto:
N
TOMATE
Geogeton S. R Silveira E-mail: georgeton@emater.mg.gov.br Tel: (31) 3349-8148 – Belo Horizonte//MG
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Meses
Pre
ço
/ca
ixa
de
20
kg
61
PREÇOS MÉDIOS RECEBIDOS EM AGOSTO PELOS AGRICULTORES EM MG
Produto ud Minimo Máximo
Milho sc 60 kg R$ 27,00 R$ 29,00
Soja sc 60 kg R$ 77,00 R$ 78,00
Feijão carioca sc 60 kg R$ 149,00 R$ 155,00
Feijão Preto sc 60 kg - -
Café Arábica Bebida Dura tipo 6 sc 60 kg R$ 376,00 R$ 386,00
Banana Prata cx (18-22) kg R$ 19,00 R$ 21,00
Banana Nanica cx (18-22) kg R$ 15,00 R$ 17,00
Bezerro até 1 ano desmamado Nelore Cab R$ 600,00 R$ 700,00
Bezerra até 1 ano desmamada Nelore Cab R$ 500,00 R$ 600,00
Bezerro até 1 ano desmamado Mestiça Cab R$ 500,00 R$ 600,00
Bezerra até 1 ano desmamada Mestiça Cab R$ 450,00 R$ 500,00
Vaca Gorda para Abate – Consumo Interno @ R$ 80,00 R$ 82,00
Boi Gordo para Abate – Consumo Interno @ R$ 85,00 R$ 86,00
Boi Gordo para Abate – tipo exportação @ R$ 87,00 R$ 88,00
BOVINOC: Leite Resfriado L R$ 0,75 R$ 0,85
FONTE: CIAGRO/ EMATER - MG
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PREÇOS MÉDIOS DOS PRODUTOS COMERCIALIZADOS NA UNIDADE DO CEASA-BH-MG:
Produto ud Preços Produto ud Preços
Abacate 18KG R$ 28,00 Jiló 15 kg R$ 15,00
Abacaxi dz R$ 35,00 Laranja 20 kg R$ 14,00
Abóbora Moganga 15 kg R$ 17,00 Limão 20 kg R$ 35,00
Abobrinha-Italiana 18 kg R$ 10,00 Maçã 18 kg R$ 45,00
Abobrinha-Menina 18 kg R$ 20,00 MamãoFormosa 18 kg R$ 18,00
Alface dz R$ 5,00 Mamão Havaí 8 kg R$ 13,00
Alho brasileiro 10 kg R$ 75,00 Mandioquinha 20 kg R$ 45,00
Banana Nanica 20 kg R$ 22,00 Manga 6 kg R$ 12,00
Banana Prata 18 kg R$ 30,00 Maracujá 12 kg R$ 42,00
Batata 50 kg R$ 75,00 Melancia kg R$ 0,75
Batata-doce 20 kg R$ 33,00 Melão 13 kg R$ 20,00
Berinjela 12 kg R$ 15,00 Milho Verde 25 kg R$ 7,00
Beterraba 20 kg R$ 23,00 Moranga 22 kg R$ 18,00
Brócolo dz R$ 18,00 Morango 1,5 kg R$ 6,00
Cebola 20 kg R$ 33,00 Ovos 30 dz R$ 58,00
Cenoura 20 kg R$ 33,00 Pepino 19 kg R$ 25,00
Chuchu 19 kg R$ 20,00 Pera 20 kg R$ 80,00
Coco verde dz R$ 14,40 Pimentão 9 kg R$ 15,00
Couve dz R$ 5,00 Quiabo 12 kg R$ 17,00
Couve-flor 06 unid. R$ 7,00 Repolho 23kg R$ 18,00
Espinafre dz R$ 15,00 Tangerina Ponkan 15 kg R$ 17,00
Goiaba 2,5 kg R$ 10,00 Uva Itália 6 kg R$ 15,00
Inhame 19 kg R$ 15,00 Vagem 13 kg R$ 23,00
COTAÇÃO DE PREÇOS REFERENTE 10/09/2012
Fonte: CEASAMINAS - ELABORAÇÃO: DIPRO/DETEC- EMATER-MG.
SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - SEAPA/MG Secretário de Estado: Elmiro Alves do Nascimento Secretário-Adjunto: Paulo Afonso Romano Subsecretário do Agronegócio: Baldonedo Arthur Napoleão Superintendente de Economia Agrícola: João Ricardo Albanez Centro de Análises e Estudos Estratégicos: Fátima Lage
EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL - EMATER/MG Presidente: Marcelo Lana Franco Diretor Técnico: José Rogério Lara Editoração e Coordenação do Informativo: Luiz Fernando Ferreira e-mail: luiz.ferreira@emater.mg.gov.br / Tel: (31) 3349.8075 - (31) 3349.8138