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Técnicas de ensino autodidata.
Aluno: ............................................................................................................................. ........
Curso: ............................................................................................................................. .......
Turma: .................................................................
CURSO:
Tecnologias aplicadas à educação.
MÓDULO:
Técnicas de ensino autodidata.
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Sumário
NOTA DE AULA 1-
Introdução ao ensino autodidata.............................................................3
NOTA DE AULA 2 –
Estudo de técnicas autodidatas ............................................................11
NOTA DE AULA 3-
Problemas ou armadilhas de ser um autodidata .................................29
NOTA DE AULA 4 –
Aplicação de estímulo autodidata .........................................................35
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA............................................................36
IDAAM-MANAUS
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Aula 1 – Introdução ao ensino autodidata.
Características essências de um autodidata.
Leitura de artigos sobre o autodidatismo.
Aula 2 – Estudo de técnicas autodidatas.
Formas de obtenção de conhecimento autodidata.
Planejamento de estudos.
Trabalhando a concentração.
Técnica de estudo com metas.
Aula 3 – Problemas ou armadilhas de ser um autodidata.
Aula 4 – Aplicação de estímulo autodidata
NOTA DE AULA 1 – Introdução ao ensino autodidata.
O que é autodidata?
Autodidata é utilizado para designar uma pessoa que tem a capacidade
de aprender algo por conta própria, sem o auxílio de um professor ou mentor.
Alguém que aprende alguma coisa sozinho.
Exemplo: "Ela é autodidata em inglês".
As pessoas autodidatas são conhecidas pela sua força de vontade e
persistência em aprender algo, seja um assunto, um instrumento musical, um
idioma, entre outras coisas. Sem a ajuda de um professor que possa instruir os
primeiros passos, o autodidata enfrenta bastante dificuldade no começo do
processo de aprendizado.
O processo de aprendizagem autodidata inclui uma pesquisa intensa
sobre o assunto que deseja dominar, além do continuo exercício, a partir da técnica
do "erro e acerto".
Muitas vezes, os autodidatas são confundidos com os nerds ou CDFs
(indivíduos que gostam muito de estudar), no entanto a diferença está no gosto de
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estudar sem a ajuda de alguém, enquanto que os nerds apenas gostam de estudar,
seja como (ou com quem) for. Na realidade, os autodidatas sentem mais prazer
no processo de aprendizagem do que no resultado final.
O autodidatismo não é considerado um "dom nato", ou seja, uma
característica que nasce com o indivíduo. Todo mundo pode ser autodidata,
teoricamente. Porém, existem algumas pessoas que consideram o autodidatismo
um método mais "fácil" de aprender, encarando o ensino com um professor como
algo insatisfatório.
Autodidatismo não é coisa de gênio
A livre disponibilidade de conhecimento mudou a forma como pensamos
em educação. Porém, mesmo com tanta informação disponível e tantos cursos
online de qualidade acessíveis a todos, as pessoas ainda têm um tabu ao falar de
autodidatismo.
Parece que aprender sozinho é coisa de gênio, de nerd, nada que você e
eu, pessoas normais, possamos fazer.
Mudamos muita coisa em termos de interação e contato social, mas não
a maneira como pensamos sobre aprendizado.
Um alerta: não se está defendendo a extinção dos professores
Defende-se o autodidatismo, é importante deixar um aviso para não
gerarmos um desvio desnecessário quando seguirmos o papo nos
comentários. Professores e escolas são importantes.
Uma vez que você toma responsabilidade pela sua educação, tenta
absorver e abordar o assunto e, ainda assim, sente que uma escola é o meio mais
efetivo, vá fundo. Conhecimentos essenciais são melhores acessados quando
podemos entrar em contato com grandes professores.
É claro que não faltam formas de nos desescolarizarmos e começarmos
a aprender por meios diferentes.
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Porém, talvez seja necessário deixar claro um bloqueio, prejudicial em
alguns contextos. Por que a maioria das pessoas acha que não conseguem
aprender sem professor? Por que não conseguem nem imaginar aprender fora da
escola, por exemplo?
Brian May seguiu os dois percursos: autodidata na guitarra e PhD em astrofísica
Desculpa 1: Poupa bastante esforço em alguns casos
Digamos que você trabalhe com contabilidade e queira estudar sobre
nanotecnologia. Bem, por mais informações a respeito que você possa encontrar
por aí, cursar faculdade em alguma área científica e depois buscar uma pós-
graduação no ramo vai ser muito mais prático do que se virar sozinho.
Enquanto autodidatismo é ideal para algumas áreas, não é recomendado
para outras. Se seu interesse é em setores regulados por lei, como engenharia,
medicina ou advocacia, é melhor você buscar uma educação formal. Já se seu
interesse é em áreas como aprendizado de línguas, programação e marketing, você
tem muita chance de se virar por conta própria.
Desculpa 2: Isenta-as da responsabilidade do aprendizado
É muito mais cômodo ter alguém a quem culpar. Se você se matricula
num curso e vai às aulas, tem que absorver o conteúdo automaticamente, é assim
que funciona! Não precisa prestar atenção, nem se esforçar; basta pagar e ir. Se
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não conseguir as habilidades que procura, basta reclamar da instituição e ir pagar
em outro lugar, onde o ciclo recomeça.
Assumir responsabilidade pelas coisas que acontecem na sua vida é
assustador. Você deixou de passar naquele concurso público não por causa do
cursinho que era ruim, mas porque não se preparou o suficiente. Se você não sabe
falar inglês mesmo depois de 5 anos de aula, a responsabilidade não é apenas da
escola, mas também sua.
Desculpa 3: Traz a sensação de que aprendizado está acontecendo
Essa aqui é quase uma pegadinha. Você já sabe que não é nem de perto
tão esperto quanto imagina; seu cérebro é bastante mal adaptado para sociedade
atual: ele evoluiu para operar no mundo pré-civilizado, onde caçávamos e
estávamos em constante perigo. Por isso, há toda uma lista de disfunções da
mente que termina, invariavelmente, gerando erros de julgamento.
No caso de escolas e professores, ocorre o que é conhecido como auto-
sinalização: sinalizamos para nós mesmos que estamos aprendendo e, por isso,
terminamos por não aprender (já que apenas o sinal é suficiente para satisfazer a
parte de nosso cérebro que demanda por resultados). Nós nos agarramos à ideia de
que vamos aprender porque estamos tendo aula, muito embora não tenhamos
julgado se isso é verdade, simplesmente porque é mais cômodo achar que estamos
aprendendo.
Isso ocorre em outras áreas da vida, como é o caso da caridade.
psicólogos descobriram, através de experimentos, que uma boa ação torna as
pessoas menos propensas a fazer mais gentilezas. Por quê? Porque já sinalizamos
para nós mesmos que somos boas pessoas e não precisamos mais nos esforçar
para fazer algo bom.
O interessante é que isso ocorre até mesmo entre os próprios
autodidatas: muita gente prefere estudar assistindo vídeoaulas, por exemplo,
mesmo sem ser o método mais efetivo em si, pelo mesmo motivo explicado acima.
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Pablo Picasso frequentou a Academia de Arte em Barcelona, mas certamente essa estileira toda ele aprendeu sozinho
Desculpa 4: Fornece diplomas
Ter diplomas pode ser muito útil. Por exemplo, ter um diploma de um
curso de especialização em estatística, ou de conclusão de um curso de línguas,
pode te trazer vantagem na hora de uma seleção para emprego. Mas, de que
adianta se você não sabe o que estudou? O domínio do conteúdo é mais importante
que a certificação da proeficiência em si. Imagina precisar daquela estatística no
primeiro dia de trabalho e não ter ideia para onde ir?
Sem mencionar que o mercado de trabalho está tão concorrido que para
vagas que requerem habilidades diferenciadas, envolvendo iniciativa, trabalho
criativo, etc, eles estão pulando a parte do “quais diplomas você tem” e indo direto
ao “mostre o que você já fez e sabe fazer”.
Quem é responsável por seu aprendizado?
O modelo atual de educação se popularizou de verdade com a Revolução
Industrial. Toda essa ideia de professor, sala de aula e alunos, no modelo que
conhecemos, parece vir dos primeiros modelos de universidade, lá no século XI.
Com o advento da Revolução industrial, foi necessário qualificar mão de
obra em massa, de modo que o antigo modelo de ensino, envolvendo aluno e
mestre, com conhecimento passado de pai para filho, não era mais suficiente. Por
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institucionalizar o processo, as escolas assumiram a responsabilidade por educar os
alunos.
Tudo isso fazia sentido numa época quando informação era cara,
escassa e mal organizada. Mas e hoje, quando além de ser fácil encontrar, já está
boa parte catalogada e estruturada para ser consumida?
Se você quer uma guia prático de como abordar e aprender qualquer
assunto, com pouco esforço, você pode encontrar cursos online de qualidade em
basicamente qualquer área. Por exemplo:
Veduca – disciplinas completas (vídeo-aulas, exercícios, etc)
ensinadas em grandes universidades americanas (legendado);
edX – Instituição formada por Harvard e MIT, com cursos
criados especificamente para serem ensinados online (só em inglês);
Coursera – Centenas de cursos, nos mais variados tópicos,
oferecidos por 33 universidades ao redor do mundo;
Doutorado Informal – Aprendizagem independente, temos um
artigo sobre este e outros projetos.
Udacity – Modelo de curso online voltado para computação, com
cursos completos em Introdução à programação (com legenda), Estatística
etc.
Um pouco mais sobre o autodidatismo
Por muitas vezes, a vontade de aprender é maior do que a possibilidade
de ter uma pessoa capacitada e com tempo disponível para nos ensinar. Com isso,
cabe ao aluno se lançar à própria sorte e buscar o conhecimento. Pode-se
considerar autodidata a pessoa que adquire certos conhecimentos sem a ajuda de
terceiros e de seguir uma educação regrada.
O autodidata é por sua vez um discípulo e professor, sendo o próprio a
conseguir a informação necessária para sua aprendizagem, seja através da pesquisa
de livros técnicos, navegando na internet, observando outras pessoas, assistindo
palestras ou utilizando qualquer outro método que lhe seja conveniente.
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Essa forma de aprendizado é muito utilizada para adquirir conhecimento,
e esse hábito não é recente.
Albert Einstein é um dos autodidatas mais famosos da história. O cientista
foi o “pai” da Teoria da Relatividade, uma das contribuições científicas mais
importantes do século XX. Muitas vezes, as pessoas pensam que o autodidatismo é
uma habilidade exclusiva dos gênios como o Einstein. A verdade, entretanto, é que
todas as pessoas têm capacidade de aprender algo sem a ajuda de um mentor.
Albert Einstein é um dos autodidatas mais famosos da história.
O autodidatismo supre a falta de acesso à educação. Muitas pessoas não
têm como pagar por um ensino formal presencial com professores e
acompanhamento. Aí que o autodidatismo surge nas pessoas, e com o acesso à
internet e a bibliotecas públicas esse hábito acaba sendo mais propício a acontecer,
e também mais fácil para seus praticantes.
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Na matéria Aprendizado de conteúdo online ele comenta como mídias
sociais e a tecnologia, tanto de sites da internet como aplicativos móbile influenciam
e dão acesso a um conhecimento que até um tempo poderia ser restrito, “O YouTube
é um grande exemplo para aprendizado de softwares. E o mais incrível é que este
em sua grande maioria, é totalmente gratuito. Outras áreas específicas dentro do
YouTube são abordadas. Um fenômeno comum entre blogs femininos, são os DIY’s,
ou Do It Yourself, onde sugerem ao espectador a criação de produtos partindo do
princípio artesanal.”
Fora o próprio Youtube há outros sites que disponibilizam conteúdos de
aprendizado de graça como Pinterest, Udemy, Vimeo, Future Learn, Open2Study,
Facebook, etc.
A pessoa que deseja se tornar autodidata deve desenvolver quatro
habilidades essenciais: perseverança, proatividade, organização e controle de
resultados. Além disso, gostar daquilo que pretende aprender é indispensável.
Geralmente esforço é o que não falta nas pessoas autodidatas, mas o
autodidatismo é melhor que ter um professor ?
Desvantagens de ser um autodidata
Ser um autodidata não é simples e nem todo mundo é capacitado para
isso. Apesar desta forma de aprendizagem ter várias vantagens (flexibilidade, poder
trabalhar com os recursos que quer, dedicação, etc.), a verdade é que apresenta
duas grandes desvantagens que não são fáceis de superar.
Em primeiro lugar, o fato de não seguir uma educação regrada e formal,
assim os conhecimentos adquiridos não são registrados em forma de um diploma ou
de um certificado oficial, dos quais são essenciais para algumas profissões.
Por outro lado, nem todas as matérias são acessíveis para ser estudadas
de forma autodidata. As áreas técnicas, como a neurologia, necessitam de alguém
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para orientar os passos do estudante de forma correta, uma vez que a figura de um
professor é imprescindível.
Vantagens de ser um autodidata
O autodidata não conhece limites e pode dominar um ou mais tópicos de
seu interesse. O horário flexível permite a melhor distribuição do tempo neste tipo de
aprendizagem, permite que a pessoa programe os horários que são melhores para
ela, e ela pode escolher estudar o que ela acredita que precisa.
É possível estudar quando e onde quiser, sem precisar se preocupar com
memorizações para provas específicas, você não será avaliado, pois seu avaliador é
você mesmo, você terá a responsabilidade de aprender.
É possível aprender muito com recursos limitados. Uma boa conexão com
a internet é o suficiente para começar. Atualmente há muitos tutoriais na internet
como Youtube, uma escola livre sobre tudo que fala sobre a democratização do
conhecimento através de mídias sociais, “Pessoas dispostas a consumir e,
principalmente, a fornecer aulas, dicas, truques, a transmitir o que puder e conseguir.
Alguns tentam aspirar a professores, outros só dão dicas, outros montam vídeo-
aulas incríveis, toda experiência é válida e bem-vinda.”
O autodidatismo é algo incrível, porém, as pessoas aprendem mais rápido
quando estão em conjunto e possuem um professor para ajudar, segundo alguns
teóricos. Uma solução para pessoas que não tem como pagar por aulas geralmente
elas participam de grupos de estudos ou grupos do Facebook de pessoas que
podem já obter o conhecimento para ajudá-lo, pedem feedback e vão se otimizando
a partir disso.
NOTA DE AULA 2 – Estudo de técnicas autodidatas.
Curiosidade e força de vontade são as principais características de quem
gosta de aprender de forma independente. Maneje o tempo a seu favor
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Organize-se e nunca deixe de buscar novos desafios
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De certa maneira, todos somos aprendizes independentes ou
autodidatas. Temos a capacidade de aprender diversas coisas sem a necessidade
de um professor ou mestre ao nosso lado e conseguimos, pela lógica e esforço
particular, assimilar os mais diversos assuntos e questões. É claro, não há
necessidade alguma de se isolar dos outros quando a colaboração mútua ajuda você
a aprender. Apesar de tudo isso, é importante manter a motivação e conferir as
seguintes dicas para que você possa se tornar um melhor autodidata:
1. Aproveite as oportunidades online
Você conhece o movimento OpenCourseWare? Ele já reúne mais de
200 universidades por todo mundo, entre elas, Harvard, Stanford, MIT e Yale, que
disponibilizam vídeos-aula e outros conteúdos educacionais online e gratuitos.
2. Estabeleça metas claras e alcançáveis
A educação independente não possui nenhuma estrutura pré-
estabelecida ou formalizações, pelo contrário, é você quem toma essas decisões.
Esse aspecto pode ser tanto positivo quanto negativo dependendo, é lógico, de
como você irá lidar com ele. Para isso, estabeleça metas e objetivos realistas,
sólidos e claros, mas seja responsavelmente flexível.
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3. Bibliotecas
Ser membro de uma biblioteca é essencial para autodidatas. A internet
pode trazer milhares de informações ao alcance de um clique, mas ainda assim, as
bibliotecas são extremamente úteis para quem deseja mais conhecimento. Não só
pelos livros e outros materiais, mas também pelo ambiente que auxilia você a se
concentrar.
4. Autoavaliação
Estudantes independentes bem sucedidos precisam saber como avaliar
suas habilidades antes de passar para as próximas etapas. Você pode encontrar
maneiras de fazer isso em cursos opencourse oferecidos por universidades ou
desenvolver os métodos que melhor se encaixam com seu perfil.
5. Seja realista
Quando você deseja aprender algo que realmente gosta e transformar
um hobby em algo mais sério ou profundo, mantenha expectativas realistas.
Algumas vezes emergências e desilusões podem surgir e é necessário que você
não deixe que isso se torne uma fonte de estresse e ansiedade desnecessários.
6. Tenha consciência de si mesmo
Essa dica se encaixa com a de cima, mas de uma maneira mais
introspectiva. Você precisa ter consciência de suas fraquezas e pontos positivos e
prevenir que possíveis problemas e obstáculos desanimem e prejudiquem
seu desempenho.
7. Administração do tempo
Aprender de forma independente exige do autodidata o maior
comprometimento de tempo que ele se permitir ou conseguir alcançar, seja esse
período minutos ou horas por dia. Manter-se comprometido a um cronograma e
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minimizar as distrações vai ajudar você a se manter mais eficiente. Listas,
calendários e outros materiais podem ajudar você com essa tarefa.
8. Desafie-se
Uma das estratégias mais eficientes para aprender e se manter
motivado é estar se desafiando constantemente. Procure informações novas,
pessoas que podem motivar você a seguir em frente, exemplos de superação e
quaisquer outras ferramentas que podem ajudá-lo.
9. Descanse
Relaxar – não necessariamente dormir – fortalece o cérebro e facilita o
processo de retenção de informações. Quando uma sessão de estudos é muito
extensa, faça pausas e envolva-se em alguma atividade mais simples.
10. Seja móbile
Se sua condição financeira permitir, é claro, você pode usar os momentos
em que está longe de casa para estudar usando seu celular ou tablet. Há
diversos aplicativos especialmente desenvolvidos para ajudar você a aprender mais
e melhor.
11. Tenha uma alimentação equilibrada
Assim como o resto de seu corpo, seu cérebro precisa de nutrientes e
substâncias específicas para funcionar bem. A memória, raciocínio, capacidade
de concentração e tantas outras habilidades dependem de hábitos alimentares
saudáveis. Evite o uso de estimulantes, como café e energéticos e evite alimentos
gordurosos e com muito açúcar.
12. Pratique exercícios físicos
Participar de alguma atividade física ajuda você a manter seu cérebro
saudável, já que o ajuda a processar melhor os estímulos e informações recebidas
externamente. As atividades aeróbicas, especialmente, ajudam a moldar as
habilidades cognitivas, muito necessárias para o aprendizado.
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13. Motivação
O fato de que você está engajado em uma atividade de aprendizado
independente já demonstra certo grau de motivação, porém, mesmo assim, ela deve
ser sempre mantida e alimentada. Manter um padrão, regras ou cronograma de
estudos ajuda você a perseverar mesmo quando os objetivos parecem estar longe
demais para serem alcançados.
14. Estude ao ar livre
Pensar “fora da caixa” nunca fez tanto sentido. Saia de espaços
confinados e métodos ortodoxos de aprendizado e experimento outros ambientes de
estudo, ao ar livre, com paisagens e maior visibilidade do que as paredes do seu
quarto.
15. Bloqueie a negatividade
Se você começou esse curso sozinho, nada pode exigir de você que o
finalize. Se perceber que não está conseguindo conciliar todas as suas
responsabilidades com o curso, interrompa o processo e retome quando tiver o
tempo disponível. O importante é que tudo seja feito com uma mentalidade positiva,
sem cobranças exageradas ou expectativas fantasiosas.
A seguir você lerá sete princípios da mentalidade autodidata:
1. Ame o que você estuda
Cabe notar que a frase acima difere de “estude só o que você ama”. Essa
segunda afirmação não é realista. Todo assunto, por mais distante que seja do
interesse do estudante, sempre poderá dispor de algum ponto de vista interessante.
Em um curso superior, por exemplo, é impossível que o aluno consiga evitar a
realização de alguma disciplina da qual ele não goste muito. Além dos cursos de
graduação, durante a preparação para um concurso público, por exemplo, é
possível que o candidato não aprecie a área de Direito Comercial, por achá-la muito
confusa ou algo semelhante. Mesmo assim, o candidato terá que estudar essa área
se ele almejar ser aprovado naquele concurso.
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Diante de uma área que não chame muito a atenção, o estudante
precisará procurar por algum ângulo que seja de seu interesse, afinal, caso ele não
encontre nada que seja interessante naquele conteúdo, dificilmente sua motivação
para estudar o assunto se manterá por muito tempo.
As pessoas que possuem um propósito, como, por exemplo, se formar no
período “correto” (sem “perder” disciplinas, etc.), acabam se tornando mais
motivadas, mesmo durante a realização de atividades que lhes sejam
desinteressantes
2. Ofereça mais do que o “necessário”
Se, por exemplo, um professor pedir um trabalho que contemple, no
mínimo, quatro itens, o estudantes poderá oferecer mais do que isso, aprofundando
sua pesquisa.
No caso de um concurso público, por exemplo, essa atitude equivale a
estudar muito além do que o candidato acredita ser o suficiente para obter a nota
mínima exigida por uma prova que aborde alguns assuntos com os quais ele não
tenha tanta afinidade.
3. Assuma 100% de responsabilidade sobre a sua aprendizagem
Da mesma forma que alguns empresários imputam a culpa de seus
problemas ao governo, muitos alunos costumam atribuir o seu mau desempenho
aos professores, livros, tempo curto de estudo etc.
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Se o estudante assumir a responsabilidade sobre sua própria
aprendizagem, ele terá uma atitude mais proativa. Assim, por exemplo, quando o
aluno não compreender uma explicação dada pelo professor, ele poderá pedir uma
nova explanação ou buscá-la em outro lugar. Se o livro adotado pelo docente não
for o ideal, o aluno deverá procurar por outro, ou assistir a um vídeo no Youtube que
aborde o tópico incompreendido.
4. Pare de pensar e agir como aluno
O aluno “comum” é aquele que vai para aula, ou fica à frente de um
vídeo, e passivamente espera que o professor despeje informações e diga o que
fazer com elas.
O autodidata é um estudante ativo, mesmo que esteja em uma sala de
aula, ele realiza anotações ativamente, lê o material com antecedência, faz
questionamentos, procura por materiais diferentes daqueles solicitados pelo
professor etc. Esse tipo de aluno não questiona, por exemplo, se todo exercício
passado pelo professor vale nota, pois ele está mais interessado em aprender. Essa
é a mentalidade típica de um autodidata, completamente oposta a de um aluno
“comum”.
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5. Seja curioso, não tenha medo de se aprofundar
O estudante não deve se limitar ao conteúdo transmitido pelo professor
ou repassado por um livro. Ele deverá pesquisar e expandir o escopo do tema
estudado. Isso propiciará uma segurança muito maior quanto àquilo que estiver
sendo aprendido. Se uma pessoa estuda o mesmo assunto sob o ponto de vista de
diferentes autores, ela acaba desenvolvendo uma visão multidimensional sobre
aquele tema, o que confere muito mais profundidade.
6. Aprenda técnicas de aprendizagem eficiente
O estudante deve conhecer as formas mais eficientes para acelerar o
aprendizado do material que estiver sendo estudado. Além disso, essa
aprendizagem tem de ser duradoura, ou seja, permanecer na memória de longo
prazo, diferente daquele estudo de véspera de prova, feito às pressas durante a
madrugada e que, quando muito, só atende um propósito: ser aprovado em uma
prova, já que, na maioria das vezes, algumas semanas depois, o estudante não se
recordará mais do conteúdo estudado.
Esse princípio é válido tanto para um empreendedor quanto para um
autodidata. Afinal, há um vasto conteúdo disponível que deve ser aprendido pelo
empreendedor, o qual precisa saber em detalhes o que está acontecendo em seu
nicho de mercado. Portanto, esses dois tipos de pessoas necessitam de
ferramentas que tornem sua aprendizagem mais eficiente, além de prolongar o
período de permanência das informações na memória de longo prazo.
7. Tenha foco.
Atualmente estamos sujeitos às mais diversas distrações, que
obviamente diminuem nosso foco, seja mensagens no celular, notificações
contínuas do Twitter, Facebook, etc. O estudante não precisa ficar longe das redes
sociais durante o dia inteiro. No entanto, se aquelas duas ou três horas forem
reservadas para estudar, o aluno deve manter o foco apenas sobre o estudo. Com
isso, ele tornará a aprendizagem mais eficiente e aquele tempo irá render.
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Autodidata: como saber se sou um e desenvolver essa habilidade?
Ser autodidata significa que a pessoa adquire conhecimento sobre determinado assunto de forma
autônoma, através de muita pesquisa e prática.
A grande e livre disponibilidade de material e informações mudou a forma
como os seres humanos adquirem conhecimento. A curiosidade e a vontade de
aprender são características latentes de pessoas que fogem dos padrões
tradicionais de aprendizagem e são nominados como autodidatas.
O autodidatismo refere-se ao processo e desenvolvimento intelectual
independente, ou seja, a pessoa tem a capacidade de aprender algo, sem a
necessidade de um professor ou mentor. O indivíduo adquire conhecimento sobre
determinado assunto de forma autônoma, através de hábitos positivos, esforço,
muita pesquisa e prática.
Desenvolver tal habilidade traz inúmeras vantagens para o ser humano,
como:
Induz à independência pessoal;
Fornece maior eficiência;
Estimula a criatividade;
Desenvolve seu potencial;
Gera versatilidade profissional;
Promove vantagem competitiva.
Ser uma pessoa autodidata não é uma tarefa fácil, ela exige força de
vontade, disciplina, raciocínio e boa memória, porém, não é algo impossível.
Conheça a seguir, dicas para você se tornar uma pessoa autodidata:
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Autoconhecimento
O processo de autoconhecimento permite que você identifique suas
qualidades, pontos de melhoria e limitações, a partir daí, você será capaz de definir
caminhos mais assertivos para desenvolver o autodidatismo.
Crie hábitos
Para conseguir se tornar uma pessoa autodidata é essencial que você se
livre de hábitos sabotadores e da procrastinação e crie uma rotina para desenvolver
sua aprendizagem e cumprir prazos.
Meio online
A internet é uma ótima aliada para você conseguir desenvolver o
autodidatismo. Através dela, você tem acesso a conteúdos e materiais gratuitos,
vídeos, palestras e cursos online.
Estabeleça metas
Estabeleça metas e objetivos claros e realistas e estude de forma
responsável para os alcançar.
Administre seu tempo
Desenvolva um cronograma e tenha compromisso ao segui-lo, tal ação
gera eficiência e o ajudará no cumprimento das suas metas.
Se desafie
Se desafie constantemente, procure novas informações, inspire-se em
outras pessoas, estabeleça novas metas e utilize diferentes ferramentas para te
auxiliar em todo esse processo.
Para que você consiga desenvolver a habilidade do autodidatismo de
forma ainda mais eficaz, a metodologia de Coaching, através das suas técnicas e
ferramentas é capaz de te auxiliar quanto ao desenvolvimento das suas
competências, estimular sua motivação e eliminar suas crenças limitantes. Dessa
forma, você se tornará uma pessoa autodidata e será capaz de potencializar seus
resultados.
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Trabalhando a concentração.
Exposição sobre cérebro humano: ouvir músicas conhecidas ajuda a segurar o
foco (Matt Cardy/Getty Images/)
As distrações causam um enorme prejuízo de tempo e energia. A cada
interrupção, demoramos cerca de 23 minutos para voltar à nossa tarefa original,
segundo uma especialista ouvida pelo Wall Street Journal.
Como então manter o foco? Não há solução mágica. Segundo Carla
Tieppo ( professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de
São Paulo) as distrações só são vencidas pelo esforço e pela autodisciplina. “É
preciso se policiar diariamente”, afirma ela.
Mesmo assim, a neurociência traz algumas orientações fáceis de
implementar que podem ajudar os mais dispersos. Confira a seguir:
1. Divida sua jornada de trabalho em fatias
Segundo Carla, o cérebro humano consegue se fixar num único objeto durante 50
ou 60 minutos. Depois desse período, a atenção inevitavelmente se esvai.
A dica é trabalhar ininterruptamente durante esse bloco temporal, e então
fazer um intervalo de cinco a 10 minutos para checar mensagens do celular,
acessar redes sociais ou levantar para tomar um café.
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“A pausa ajuda a descansar as áreas ativas no cérebro até então”,
explica a professora. Após esse breve período de relaxamento, você estará pronto
para outra sessão de trabalho.
2. Mantenha-se bem alimentado durante todo o dia
Trabalhar em jejum não é uma boa ideia para quem busca concentração. Isso
porque o sitema atencional requer uma grande quantidade de energia, segundo a
neurocientista.
Durante a jornada de trabalho, é aconselhável ter sempre algo no
estômago: tanto para que haja força suficiente no organismo para manter o foco,
quanto para que o cérebro não se distraia com a fome.
Não é necessário ingerir grandes quantidades de alimento. Segundo
Carla, basta uma barrinha de cereais ou um suco entre as principais refeições do
dia.
3. Ouça música (que você já conheça)
Fones de ouvido podem ser um recurso excelente para manter o foco. Além de
reduzir o ruído ambiente, ouvir música pode trazer bem-estar.“Não é bom escolher
um repertório ‘deprê’, o ideal é que ele seja leve e prazeroso”, diz Carla.
É importante que você não se envolva demais com a trilha sonora,
apenas relaxe com ela. Por isso, a neurocientista recomenda escolher um repertório
que você já conhece. Uma música nova exige mais atenção do cérebro, até para ele
decidir se gosta dela ou não, por exemplo.
Uma sugestão é montar playlists com duração de 50 a 60 minutos, já que
esse é o tempo máximo em que conseguimos prestar atenção ininterrupta. “Quando
a música acabar, você já saberá que é hora de fazer a pausa”, diz ela.
4. Elimine a bagunça e o desconforto
De acordo com Carla, mesas de trabalho caóticas são “horríveis para o cérebro”.
Isso porque o sistema nervoso tende a se espelhar no ambiente externo. “Se não há
lógica do lado de fora, fica difícil se organizar internamente”, afirma.
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É verdade que o caos pode ser um grande aliado na busca por
criatividade e inovação. Mas, se o seu objetivo é terminar uma tarefa, é melhor
manter a sua escrivaninha limpa e organizada.
A falta de cuidado com a ergonomia também pode gerar distrações. “A
sua postura de trabalho deve ser correta e confortável, para que o seu cérebro não
se concentre mais no cansaço do corpo do que no trabalho”, recomenda a
professora.
Conheça agora uma alguns apps, sites e programas que estão à
disposição de quem deseja ter uma rotina mais organizada e produtiva são
ferramentas que organizam anotações, listas de tarefas e calendários - uma
"farmácia" completa para bagunceiros crônicos.
Evernote
Você está sempre rodeado de post-its e bilhetinhos para si mesmo? O
Evernote pode ajudar você a manusear suas anotações de forma rápida e eficiente.
Além de servir como um grande "bloco de notas" acessível de diversos dispositivos,
o programa também pode ser usado como depositório de textos, fotos, áudios e
conteúdos da internet que você quer guardar para depois. Onde
encontrar: programa para Windows no site oficial e aplicativos no iTunes ou Google
Play
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Trello.
Chamado de "Pinterest das listas de tarefas" por conta do visual, o Trello
ajuda a criar fluxos de trabalho individuais e coletivos. O usuário consegue
hierarquizar e manipular suas pendências, além de acompanhar prazos e seu
próprio nível de progresso em cada entrega. Onde encontrar: programa no site
oficial e aplicativos no iTunes ou Google Play
RescueTime
A ferramenta serve para verificar como o usuário está passando seu
tempo conectado. A função do aplicativo é rastrear a atividade do usuário e depois
mostrar a ele os resultados. Com esses dados em mãos, fica mais fácil traçar um
plano para usar melhor o tempo. Onde encontrar: programa no site oficial e
aplicativo no Google Play
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Remember the Milk
A função deste assistente é simples: organizar a sua lista de tarefas.
Entre as suas vantagens sobre o velho bloquinho de papel, estão as funções de
enviar lembretes por email ou SMS, compartilhar tarefas com outros usuários e
sincronizar informações entre vários dispositivos. Onde encontrar: programa
no site oficial e aplicativos no iTunes ou Google Play
Asana
O Asana serve para facilitar trabalhos em grupo. Entre outras funções,
permite estabelecer tarefas para outros usuários, organizar entregas em listas de
projetos e acompanhar o progresso geral da equipe. Onde encontrar: programa
no site oficial e aplicativos no iTunes ou Google Play
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Clear Focus
O Clear Focus é um cronômetro que ajuda o usuário a intercalar sessões
de trabalho com pausas curtas. A inspiração é a "técnica Pomodoro", um método de
trabalho que divide o tempo em blocos de 25 minutos, alternados por intervalos,
para impulsionar a produtividade. Onde encontrar: aplicativo no Google Play
Coffitivity
Você gosta de ouvir música para se concentrar? Ou pertence ao time dos
que preferem o silêncio? Um estudo publicado no Journal of Consumer
Researchmostrou que a produtividade aflora quando há um ruído difuso no
ambiente. O Coffitivity simula o som de uma cafeteria para estimular a criatividade e
preservar o foco do ouvinte. Onde encontrar: programa no site oficial e aplicativos
no iTunes ou Google Play
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Productivity Owl
A "coruja da produtividade" é uma extensão para Google Chrome que
obriga o usuário a manter o foco na sua tarefa. O mecanismo é simples: o ícone de
uma pequena coruja acompanha você em cada site visitado. Quando você está
sendo improdutivo, ela voa através da página e fecha as abas do seu navegador.
Sites ligados ao seu trabalho e buscadores, obviamente, podem ser liberados da
"censura" da corujinha virtual. Onde encontrar: no site oficial e na Chrome Web
Store
Por fim, nessa “era digital” há uma diversidade de aplicativos e
ferramentas que podem auxiliá-lo em diversas atividades basta pesquisar e colocar
em práticas a utilização dos mesmos.
10 Exercícios para aumentar sua concentração.
A concentração é uma habilidade essencial para praticamente qualquer
atividade do ser humano. No entanto, muitas pessoas reclamam que não
conseguem focar-se durante muito tempo em determinada tarefa sem que seu
pensamento seja desviado contra a vontade. O que muitos não sabem, contudo, é
que a capacidade de concentração pode ser exercitada. A seguir estão 10
exercícios que te ajudarão a trabalhar sua concentração, eles estão em ordem de
dificuldade, então só passe para o próximo quando você conseguir completar sem
nenhum erro aquele que estiver tentando. Lembre-se que a persistência é muito
importante.
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1. Pegue um livro e conte o número de palavras de uma determinada
página. Conte novamente após terminar o exercício, para conferir se o resultado
será o mesmo.
2. Conte de 100 até 1.
3. Conte de 100 até um, pulando a cada 3 números: 100, 97, 94, 91
etc.
4. Escolha um som ou uma palavra e repita em sua mente por 5
minutos. Quando conseguir fazer isso por 10 minutos, você estará pronto para o
próximo exercício.
5. Pegue uma fruta, uma maçã, laranja, banana ou qualquer outra, e
segure-a em suas mãos. Examine-a a partir de todos os lados, mantendo sua
atenção totalmente sobre ela. Não permita que pensamentos irrelevantes o
distraiam, nem sequer pensamentos relacionados àquela fruta, como o momento
em que a comprou, sobre como ela cresceu, seu valor nutritivo, etc. Mantenha-se
calmo e tente ignorar esses pensamentos. Apenas olhe para a fruta, focando sua
atenção nela sem pensar em mais nada, examine a forma, o cheiro e a sensação de
segurá-la em suas mãos.
6. Imagine a fruta. Esse exercício é parecido com o número 5, a
diferença é que dessa vez você imagina a fruta ao invés de olhar para ela. Comece
olhando-a e examinando-a por cerca de 2 minutos, igual no exercício 5, então faça o
seguinte. Feche seus olhos e tente visualizar, cheirar, sentir o sabor e tocar a fruta
em sua imaginação. Tente visualizar uma imagem clara e bem definida. Se a
imagem se tornar pouco clara, abra seus olhos, olhe novamente para a fruta por um
instante, e feche os olhos novamente, continuando o exercício. Imaginar a fruta em
suas mãos ou em uma mesa pode ser um modo de facilitar a tarefa.
7. Pegue um objeto pequeno, como uma colher, garfo ou copo.
Concentre-se em um desses objetos. Olhe para ele de todos os ângulos sem
qualquer tipo de verbalização, isto é, sem nenhuma palavra em sua mente. Apenas
olhe para o objeto sem formular qualquer pensamento.
8. Desenhe figuras. Passe para este exercício somente após executar
os anteriores com facilidade. Desenhe uma figura geométrica pequena, algo em
torno de 10 centímetros, pode ser um triângulo, um retângulo ou um círculo, pinte-a
com a cor que desejar e concentre-se nela. Você deve enxergar apenas a figura,
nada mais. Para você, a única coisa que existe nesse momento é a figura. Tente
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não pensar através de palavras durante o exercício. Fique olhando para a figura a
sua frente, apenas isso. Tente fazer isso sem forçar seus olhos.
9. Imagine a figura. Igual o exercício 8, mas dessa vez você vai imaginar
a figura com seus olhos fechados. Como no exercício 6, caso você esquecer da
aparência da figura, abra seus olhos por alguns segundos para rever o desenho,
depois continue a atividade.
10. Tente, por pelo menos 10 minutos, não pensar em nada. Este é o
mais difícil dos exercícios e só deve ser tentado após você conseguir realizar
facilmente todos os outros. Os exercícios de concentração anteriores, se praticados
corretamente, lhe proporcionarão a habilidade de silenciar seus pensamentos. Isso
se tornará mais fácil com o tempo.
NOTA DE AULA 3 – Problemas ou armadilhas de ser um autodidata.
Hoje em dia temos muito conhecimento espalhado na internet. Não
precisamos de uma sala de aula para aprender algo de nosso interesse. Temos
conteúdo de todos os tipos por vídeo, através dos blogs e/ou documentações e
livros técnicos.
Se queremos aprender programação, temos cursos completos via self
learning, como o freeCodeCamp, se desejamos entrar na área de desenvolvimento
de software temos livros que ensinam sobre isso.
Ser autodidata significa que conseguimos aproveitar todos esses
recursos e aprendermos sem depender de que alguém compile um conteúdo e nos
explique diretamente. Podemos quebrar a cabeça com um problema no código fonte
de um projeto que pegamos no GitHub e assim aprenderemos muito, sem que
ninguém tenha nos dito nada diretamente.
Na área de desenvolvimento de software, ser uma pessoa autodidata é
extremamente vantajoso. Nós estamos sempre estudando, pois todos os dias algo
novo acontece e precisamos nos atualizar, nos adequar ou só expandir nossa caixa
de ferramentas para criação de produtos digitais.
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Mas ser autodidata esconde alguns problemas que podem nos atrapalhar
bastante, como não conseguirmos mensurar nosso conhecimento, querermos
aprender tudo do dia para a noite, às vezes não conseguir sair do básico em um
determinado campo de estudo, acabar com a nossa saúde mental de tanto querer
estudar ou aprender mais e o problema mais chato: achar que somos gênios só
porque aprendemos algo por conta própria.
Existem maneiras de evitarmos os problemas citados acima e vamos
entender algumas delas, as que eu uso, para sobrevivermos como pessoas
autodidatas saudáveis e produtivas!
Não saber qual o nível do nosso conhecimento
Quando queremos entrar em uma área de atuação, como no nosso caso
a área de programação, precisamos entender em qual nível de conhecimento
estamos. Isso para que tenhamos confiança de aplicar em uma vaga de trabalho e
não gastar uma oportunidade.
É bem difícil mensurar isso se não estamos em uma sala de aula, pois na
sala temos atividades, exercícios e provas para validar nosso conhecimento. Além
de termos uma grade de estudos bem definida em tópicos que vão nos fazendo
subir de nível, como comentado no vídeo sobre faculdade: vale a pena fazer
faculdade para trabalhar com programação?. Visto que o grande problema aqui é a
falta de validação do conhecimento e uma grade de estudos, a solução para ele
seria criar isso!
O que se quando quer/vai aprender algo novo é acessar vários cursos ou
documentações relacionadas ao tópico que quero aprender e então eu monta-se um
plano de estudos baseado nas grades do que se encontra. Pode-se também copiar
sumários de livros que se encontra por aí.
Validar nosso conhecimento como pessoas desenvolvedoras de software
acaba até sendo mais fácil hoje graças a algumas ferramentas como
o HackerRank ou exercism, que são plataformas onde praticamos algoritmos
resolvendo problemas que eles propõe.
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Outra maneira de validar nossas habilidades e saber se o estudo
autodidata está dando certo é criar projetos. Precisamos realmente colocar em
prática o que estudamos e sondar, seja colocando um projeto no ar ou só no GitHub
mesmo.
Querer aprender tudo de uma só vez
Este problema é bem arriscado. Devido a demanda das empresas e
os requisitos das vagas que acabam nos deixando desesperados(as) acabamos
achando que precisamos aprender TUDO de uma só vez.
Quando encontramos em uma vaga para software engineer algo assim:
Experiência de programação em alguma dessas linguagens: C, C++, C#,
Java, JavaScript, Go, Python, Scala, Kotlin;
Entramos em desespero. Se soubermos fazer isso, montamos uma grade
de estudos contemplando todos esses assuntos e vamos pra cima estudar. Mas,
para aprender tudo isso daí de uma só vez ou vamos demorar um bom tempo ou
vamos pirar.
Outro ponto é quando definimos um tópico principal, como JavaScript,
então entramos na documentação e começamos estudar, mas, passado dois dias,
já começamos a achar que estamos demorando demais para entender o conteúdo.
Nós não vamos aprender de maneira sadia e realmente fixa em nossa
mente se corrermos com os estudos de maneira desorganizada e sem um plano. Dá
para aprender rápido, mas não é estudar correndo, é estudar com planejamento.
Aqui nós encontramos algumas dicas de como aprender rápido, mas sem
perder nossa sanidade: Como alcançar objetivos rapidamente nos estudos (sem
ficar louco).
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Não conseguir sair do lugar
Depois de planejar uma grade de estudos bonitinha, montar métodos
para validar nosso conhecimento periodicamente e começar a estudar de maneira
planejada vem outro problema: a auto-sabotagem.
Com o tempo vamos vendo em outras pessoas um nível de
conhecimento x em determinadas tecnologias. Tecnologias essas que achamos que
também precisamos aprender. Mas, devido a não termos alguém nos “mandando”
seguir um caminho, começamos a desviar do nosso plano de estudos para estudar
outras coisas (porque queremos aprender tudo de uma vez) e quando voltamos no
tópico principal que queremos aprender achamos que não sabemos nada. Fica
parecendo que a gente estuda, estuda, estuda e não sai do lugar.
Algo ruim que vai acontecer conosco quando caímos nessa síndrome do
impostor é cairmos no fluxo de ficar procurando mais e mais conteúdo de um
assunto e nunca validar o que aprendemos de maneira prática. Essa falta de prática
nos derruba.
Quando chegamos em um nível desses é um sinal que estamos na
paralisia por análise, um momento em que ficamos pesquisando tanto sobre um
assunto, mas não colocamos ele para acontecer.
Um exemplo disso é quando queremos praticar esportes, pesquisamos
tudo sobre aquele esporte e nunca vamos de fato praticá-lo. Digamos andar de
skate… pesquisamos os modelos de shape, manobras, vemos vídeos de como
fazer essas manobras, encontramos os melhores picos para andar, entramos em
grupos do Facebook e até compramos o skate, mas na hora de ir colocar o plano
em prática não saímos do lugar. Voltamos a pesquisar e pesquisar e pesquisar.
A única maneira de escapar disso é realmente parar de procurar
conteúdo e começar a praticar: Pare de procurar conteúdo e comece a praticar!
Você pode estar bloqueado(a) pela paralisia por análise.
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Acabar com a saúde por conta dos estudos
A maneira mais fácil de uma pessoa autodidata se destruir toda é cair no
fluxo dos estudos.
Nosso cérebro acaba caindo em fluxos de trabalho quando estamos
sentindo prazer em uma tarefa. Um exemplo disso é quando estamos fazendo algo
divertido e ao olharmos o relógio perdemos 2, 3 ou mais horas do dia fazendo
aquela mesma coisa, como jogar um jogo, ver uma série ou sair com amigos e
amigas.
Estudar não é diferente. Às vezes estamos gostando tanto do que
estamos aprendendo e curtindo tanto a maneira como estamos aprendendo que
caímos nesse fluxo e perdemos a hora de parar.
Isso pode ser prejudicial de várias maneiras como: reduzir nossa carga
horária de descanso (dormir é tão importante para fixar o conhecimento quanto
passar horas a fio estudando), aumentar nossa ansiedade a um nível que
acordamos mais cedo querendo ler/ver um vídeo ou fazer qualquer coisa
relacionada ao conteúdo que estamos aprendendo, parar de socializar para ler
artigos no celular durante um passeio.
A única maneira de não cair nessa armadilha (divertida) de fluxo é
criarmos rotinas bem definidas e com horários e dias fixos para estudar.
Digamos que queremos aprender uma nova linguagem de programação,
ao invés de montar a grade de estudos e só sair estudando, devemos colocar dias
fixos na agenda (pode ser um Google Calendar ou no papel mesmo) e horários
onde vamos focar naquilo.
Dessa maneira, além de nos limitar a não viver só para estudar, nos
ajuda a ter concentração nos estudos.
Podemos selecionar, por exemplo, 3 dias da semana onde vamos
estudar por uma hora seguida sem parar para olhar o celular, as redes sociais ou
ver conteúdo avulso não relacionado ao tópico estudado. Isso é muito mais
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produtivo do que estudar 2 horas ou mais todos os dias se distraindo o tempo todo
com os grupos no WhatsApp.
Achar que é um gênio porque consegue aprender algo por conta
Para esse problema não existe solução fácil a não ser largarmos de ser
babacas. - siiiim, muitas vezes somos todos babacas por achar que sabemos mais
que todo mundo só porque estudamos por conta própria
Devido ao fato de que, muitas vezes, uma pessoa autodidata aprende
algo mais rápido do que alguém que está em uma sala de aula por conta de
horários de aulas, atraso por parte dos professores, faltar às aulas, às vezes
professores ruins ou qualquer outro problema desse tipo, a soberba pode tomar
conta de nós.
Fora estar na frente das outras pessoas, dizer para os outros que
aprendeu algo sozinho alimenta nosso ego. Nossos amigos e amigas, familiares e
colegas de trabalho começam a dizer que somos muito bons/boas porque
aprendemos algo sem ninguém nos ensinar. É uma verdadeira massagem para o
ego.
Mas nada disso nos faz sermos melhores que ninguém. Podemos
aprender rápido, aprender tudo sozinhos, mas isso não garante que somos
melhores profissionais que outras pessoas que fizeram um curso ou uma faculdade,
só demonstra que nós aprendemos a aprender. Isso é uma grande vantagem que
temos se pensarmos em mercado e até em economia financeira (não gastar
milhares em uma faculdade nos abre possibilidades de gastar com outras coisas ou
até investir o dinheiro ), mas não que somos melhores profissionais.
Abaixar o nosso ego é difícil, requer constante análise do nosso
comportamento e autocrítica, mas só de não nos colocarmos como melhores que
alguém já irá nos ajudar a controlar essa mania de superioridade que o ser humano
tem.
Sempre que você achar que é melhor só porque aprendeu sozinho(a), ao
invés de se colocar acima de alguém, compartilhe seu conhecimento com essa
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pessoa. Crie um blog ou coisa do tipo. Só assim você vai perceber se realmente
sabe algo ou se é só seu subconsciente alimentado de elogios de terceiros e, de
quebra, estará ajudando outras pessoas. Só não vá se achar melhor que ninguém
por isso também, né?
Por fim, estudar por conta nos trás diversas armadilhas, algumas que nos
dão muito prazer, outras que podem nos trazer problemas de saúde e sociais
terríveis. Não existe uma maneira perfeita de escapar disso, mas espero que a
reflexão trazida tenha lhe ajudado a pensar sobre o seu estado atual.
NOTA DE AULA 4 – Aplicação de técnicas autodidatas
Será escolhido um assunto aleatório, de língua portuguesa, por exemplo
(acentuação gráfica ou tipos de sujeito), será dado ao aluno um tempo de dez
minutos para que o mesmo faça a leitura do assunto, em material impresso ou na
internet, depois dessa primeira etapa o professor fará a explicação do assunto
possibilitando o aluno fazer a associação/assimilação do conteúdo estudado com a
explicação do professor. O aluno poderá tirar as dúvidas sobre o que não entendeu
durante a leitura, estará “por dentro” do conteúdo.
O método de unir o aluno e o conteúdo, no primeiro momento, sem um
mediador é o ponto chave da questão, pois o professor assumirá o papel de apenas
auxiliar o aluno a entender, esclarecer, compreender o assunto em estudo. Dessa
maneira, o aluno dará o primeiro para a conquista do autodidatismo.
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Bibliografia
GUSDORF, Georges (1995). Professores para quê? : para uma pedagogia da
pedagogia. São Paulo: Martins Fontes.
VALVERDE, Antônio José Romero. (1996). Pedagogia Libertária e Autodidatismo.
Tese de doutorado- Universidade Estadual de Campinas-Faculdade de Educação.
Campinas-SP. (orientador: Maurício Tragtenberg).
FRIJHOFF, Willem. “Autodidaxies, XVI-XVX siècles: Jalons pour La Construction
d’un objet historique” In: Histoire de L’Education – mai – n. 70 – Institut National de
Recherche Pédagogique –Paris – 1996.
https://papodehomem.com.br/autodidatismo-nao-e-coisa-de-genio/
https://medium.com/tend%C3%AAncias-digitais/o-autodidatismo-a033c2493bd0
https://superinteligente.club/como-ser-autodidata/
https://www.ibccoaching.com.br/portal/autodidata-como-saber-se-sou-um-e-
desenvolver-essa-habilidade/
https://woliveiras.com.br/posts/problemas-ou-armadilhas-de-sermos-autodidatas/
https://exame.abril.com.br/ciencia/4-dicas-da-neurociencia-para-melhorar-a-sua-
concentracao/
https://www.lendo.org/exercicios-aumentar-concentracao/