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Materiais e Sistemas Construtivos
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Atribuições Profissionais
Revisão de Conceitos de Matemática
Fases do Projeto
Etapas da Obra
Fundações
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ATRIBUIÇÕES TÉCNICAS DO ARQUITETO
A formação do arquiteto possibilita atuação em várias áreas. Essa habilitação é expressa pela
Lei Federal 5194/1966, pela resolução n.º 218/1973 e pela resolução n.º 1010/ 2005 que
determinam as atribuições do arquiteto e urbanista, com as especificações de serviços que
podem executar cabendo ao arquiteto as seguintes atividades referentes a edificações,
conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura paisagística e de interiores; planejamento
físico, local, urbano e territorial, e serviços afins e correlatos:
Supervisão, coordenação e orientação técnica.
Estudo, planejamento, projeto e especificação.
Assistência, assessoria e consultoria.
Direção de obra e serviço técnico. Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer
técnico.
Desempenho de cargo e função técnica.
Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio, divulgação técnica e extensão.
Elaboração de orçamento.
Padronização, mensuração e controle de qualidade.
Execução de obra e serviço técnico.
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Fiscalização de obra e serviço técnico.
Produção técnica e especializada.
Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção.
Execução de instalação, montagem e reparo.
Operação e manutenção de equipamento e instalação.
Execução de desenho técnico.
O trabalho do arquiteto pode se iniciar já na escolha do terreno para a implantação do projeto,
com parecer sobre localização, legislações, aspectos ambientais e topográficos, entre outras,
que possibilitem analises preliminares de viabilidade do projeto.
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REVISÃO DE CONCEITOS DE MATEMÁTICA
Quando elaboramos um projeto de arquitetura e, posteriormente, quando elaboramos o
memorial descritivo, orçamento e organograma da obra, teremos que fazer operações
matemáticas simples para obtenção de metragem de áreas de piso, teremos que saber a
quantidade em metros lineares de alguns materiais, tal como rodapé e até mesmo o volume de
concreto (m³) de pilares.
Por esta razão iremos fazer uma breve revisão em operações matemáticas.
Primeiramente vamos recordar o que é perímetro. Perímetro é a soma dos lados de uma forma
geométrica. Por exemplo, o perímetro de um quadrado de lado 2m é 8m, chegamos a este
valor somando as quatro laterais do quadrado.
Podemos fazer o mesmo para qualquer forma geométrica sem necessidade de relembrar
formulas matemáticas. No entanto se a forma for um círculo teremos que fazer uso de uma
fórmula.
C = 2 * π * r, onde:
C = perímetro
π = 3,14 (aproximadamente)
r = raio
Agora iremos relembrar como calculamos a área de algumas formas geométricas:
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Exercícios:
Calcule a metragem de piso (m²) e de rodapé (metros lineares) que serão usados na
construção da casa a seguir. Faça o cálculo para cada ambiente incluindo áreas molhadas e
varanda. A planta não está em escala, utilize as cotas para o cálculo.
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Outra operação matemática que iremos utilizar muito é o cálculo de volume. Para isso
devemos saber a área e a altura do objeto em questão.
Por exemplo: se o objetivo é saber quantos metros cúbicos (m³) serão utilizados em um pilar
de base 0,15 x 0,20 com 2,8 metros de altura, temos:
Área da base = 0,15 x 0,20
= 0,03 m²
Volume = 0,03 x 2,8
= 0,084 m³
Se na construção tivermos 10 pilares, iremos utilizar 0,84m³ de concreto nos pilares.
Vejamos a fórmula de volume para outras formas geométricas:
V = Ab x h
Ab = área da base
h = altura
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Exercícios:
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Cálculo de porcentagem será muito utilizado durante toda a vida do arquiteto. Para fazer o
calculo de maneira simples lembre que porcentagem é o mesmo que dividir por 100.
10% = 10/100 = 0,10.
Se tivermos que calcular a porcentagem de qualquer valor, uma simples regra de três será
suficiente para resolver o problema:
p% de C é p. C
100
Por exemplo, se calculamos uma área com 25m² e queremos comprar o piso desta área com
10% de sobra, devemos comprar 2,5 m² a mais do que a área inicial.
Exercício:
Utilizando os cálculos de área do exercício 1 (casa) calcule quanto piso será necessário se
comprarmos os pisos com 10% de perdas nos quartos e sala, e 15% na varanda e áreas
úmidas.
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ETAPAS DO PROJETO
INTRODUÇÃO
Entendemos por Construção Civil a ciência que estuda as disposições e métodos seguidos na
realização de uma obra sólida, útil, e econômica; por obra todos os trabalhos de engenharia de
que resulte criação, modificação ou reparação, mediante construção, ou que tenham como
resultado qualquer transformação do meio ambiente natural; por edifício toda construção que
se destina ao abrigo e proteção contra as intempéries, dando condições para desenvolvimento
de uma atividade.
Para construir um edifício necessitamos da colaboração do arquiteto e do construtor. O
arquiteto trabalha com a criatividade, concepção e aproveitamento do espaço; cabe a ele entre
outras atividades a de elaborar: os estudos preliminares, anteprojeto e o projeto executivo.
Ao construtor cabe materializar o projeto, construindo o edifício.
ESTUDOS PRELIMINARES
O trabalho do arquiteto pode se iniciar já na escolha do terreno para a implantação do projeto,
com parecer sobre localização, legislações edílicas (Código de Obras) e urbanas
(Zoneamento), aspectos ambientais e topográficos, entre outras, que possibilitem analises
preliminares de viabilidade do projeto.
Estudos preliminares: viabilidade técnica-econômica, escolha do lugar, levantamento
topográfico (planialtimétrico), perfil do terreno e vistoria do terreno, assim como elaboração do
programa de necessidades e estudo da legislação incidente no terreno e na edificação.
Programa de necessidades, desenvolvido juntamente com o cliente, e o estudo da
legislação incidente no terreno e na edificação são as bases para o início do projeto
arquitetônico.
O projeto de arquitetura da edificação compreende fases que se caracterizam como blocos
sucessivos de coleta de informações, desenvolvimento de estudos/serviços técnicos e
emissão de produtos finais, objetivando, ao término de cada um deles:
a) avaliar a compatibilidade do projeto com o programa de necessidades, em especial
no que se refere a:
• funcionalidade;
• dimensionamentos e padrões de qualidade;
• custos e prazos de execução da obra.
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b) providenciar, em tempo hábil, as reformulações necessárias à concretização dos
objetivos estabelecidos no programa de necessidades, evitando-se posteriores
modificações que venham a onerar o custo do projeto e/ou da execução da obra.
c) construir o conjunto de informações necessárias ao desenvolvimento da fase
subsequente.
Com esses dados e a definição do terreno inicia-se a fase do projeto, com as seguintes
etapas:
Estudo Preliminar
Estudo do problema para determinação da viabilidade de um programa e do partido a ser
adotado.
Anteprojeto ou Projeto Pré Executivo
Solução Geral do problema com a definição do partido adotado, da concepção estrutural e das
instalações em geral possibilitando clara compreensão da obra a ser executada.
Projeto Legal
Desenhos e textos exigidos por leis, decretos, portarias ou normas e relativos aos diversos
órgãos públicos ou concessionárias, os quais o projeto legal deve ser submetido para análise e
aprovação.
Projeto Básico (opcional)
Solução intermediário do Projeto Executivo Final, que contém representação e informações
técnicas da edificação que possibilitem uma avaliação de custo, já compatibilizadas com os
projetos das demais atividades projetuais complementares.
Projeto Executivo Final
Solução definitiva do Anteprojeto, representada em plantas, cortes, elevações especificações e
memoriais de todos os pormenores de que se constitui a obra a ser executada: determinação
da distribuição dos elementos do sistema estrutural e dos pontos de distribuição das redes
hidráulicas, sanitárias, telefônicas, ar condicionado, elevadores e de informática.
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Coordenação
A coordenação e orientação geral dos cálculos complementares ao projeto arquitetônico tais
como: calculo de estrutura, das instalações hidráulicas, elétricas e sanitárias, das instalações
elétricas, telefônicas e de informática, caberão sempre ao arquiteto o qual, a seu critério,
poderá indicar profissionais legalmente habilitados para sua execução.
Paralelo a todas essas fases, poderá também ser desenvolvido o projeto paisagístico e o
projeto de arquitetura de interiores, que, nas mesmas fases anteriores, aborda todo
tratamento e mobiliário do interior da edificação.
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ETAPAS DE UMA OBRA
Considerando a obra padrão: sobrado residencial em estrutura de concreto armado,
fechamentos em alvenarias de blocos cerâmicos, laje de cobertura e telhado com
madeiramento e telhas cerâmicas planas.
Podemos estudar as etapas de uma obra.
Inicialmente teremos os serviços já comentados que se iniciam na definição do partido
arquitetônico e programa de necessidades e são concluídos com o detalhamento dos
projetos (arquitetônico e complementares).
A obra propriamente dita se inicia com os Serviços Preliminares e a organização do Canteiro
de Obras, lembrando que para início das obras é necessário já ter a documentação específica
junto aos órgãos públicos.
ATIV. PRINCIPAL NUM. ATIV. ATIV. DESMEMBRADA
1. Despesas Iniciais 1 Sondagens
2 Projetos
3 Desenhos e copias
4 Impostos e taxas
5 Instalações da obra
6 Ligações provisórias
2. Serviços gerais 7 Selecionar mão-de-obra
8 Contratar mão-de-obra
3. Movimento de terra e fundações 9 Movimento de terra
10 Brocas
11 Estacas
12 Formas para baldrames
13 Armação para vigas baldrames
14 Concretagem das vigas baldrames
4. Estrutura 15 Formas dos pilares - terr. ao 1 pav.
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Armação dos pilares - terr. ao 1
pav.
17 Concret. dos pilares - terr. ao 1 pav.
18 Formas das vigas - 1 pav.
19 Arm. das vigas - 1 pav.
20 Concret. das vigas - 1 - pav
21 Formas dos pilares - 1 pav. a cob.
22 Armação dos pilares - 1 pav. a cob.
23 Concret. dos pilares - 1 pav. a cob.
24 Formas das vigas da cobertura
25 Arm. das vigas e lajes da cobertura
26 Concret. das vigas e lajes da cob.
5. Alvenaria 27 Pavimento térreo
28 Pavimento superior
29 Oitão
6. Telhado 30 Colocação de vigas
31 Colocação de caibros
32 Colocação de ripas
33 Colocação das telhas
7. Tratamento 34 Imperm. baldrames
35 Imperm. lajes e respaldos
36 Outros
8. Instalações hidráulicas 37 Tubulação de água
38 Tubulação de esgoto
39 Instalação de pecas cerâmicas
40 Instalação de metais
41 Tubulação de águas pluviais
9. Instalações elétricas 42 Tubulações e caixas
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43 Colocação da fiação
44 Colocação de soquetes e bocais
45 Instalação de aparelhos elétricos
10. Emboço e reboco 46 Chapisco interno
47 Emboco interno
48 Reboco interno
49 Chapisco externo
50 Emboco externo
51 Reboco externo
11. Azulejos e pisos 52
Colocação de azulejo nos
banheiros
53 Colocação de azulejo na cozinha
54 Colocação de piso nos banheiros
55 Colocação de piso na cozinha
56 Colocação de piso na varanda
12. Revestimentos especiais 57 Colocação de lambris nas salas
58
Massa corr. especial nas par.
externa
13. Pisos de madeira 59 Execução de contra-piso na sala
60
Execução de contra-piso nos
quartos
61 Colocação de tábuas na sala
62 Colocação de tacos nos quartos
63 Colocação de rodapés
14. Pisos especiais 64 Contra piso no quintal e varanda
65 Colocação de ladrilhos na calcada
66 Colocação de pedras no jardim
67 Colocação de lajotas na varanda
68 Cimentado para o quintal
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15. Esquadrias de madeira 69 Coloc. de contra-batente p/ janelas
70 Coloc. de contra batente p/ portas
71 Colocação de batentes p/ janelas
72 Colocação de batentes p/ portas
73 Colocação de janelas
74 Colocação de portas
75 Colocação de ferragens p/ janela
76 Colocação de ferragens p/ porta
77
Pintura com seladora p/ port. e
janela
78 Colocação de armários embutidos
16. Esquadrias metálicas 79 Colocação de batente p/ porta coz.
80
Colocação de caixilhos nos
banheiros
17. Vidros 81 Colocação de vidros comuns
82 Colocação de vidros fantasia
83 Colocação de vidros temperados
18. Pintura 84 Aplicação de massa acril. externa
85 Aplicação da 1 demão de tinta ext.
86
Aplicação das 2 demãos de tinta
ext.
87 Aplicação de massa corrida interna
88
Aplicação da 1 demão de tinta
interna
89
Aplicação das 2 demãos de tinta
interna
90
Pintura dos caixilhos do banh. e
porta
91 Pintura do gradil e portão
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92 Aplicação de seladora nos pisos
93 Aplicação de sinteco nos pisos
19. Limpeza 94 Limpeza geral da obra
20. Diversos 95 Alvenaria do muro
96 Chapisco do Muro
97 Reboco do muro
98 Emboco do muro
99 Pintura do muro
100 Feitio do jardim
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
No Levantamento planialtimétrico deve constar:
1) a poligonal;
2) as curvas de níveis, geralmente deverão ser de 0,50cm em 0,50 cm, de acordo com a
inclinação do terreno. Em terreno muito acidentado os espaçamentos poderão ser maiores, na
ordem de 1,00m. Em terrenos de pouco caimento (quase plano) as curvas de níveis deverão
ser de maior precisão, ordem de 0,10m, para o projeto do escoamento das águas pluviais;
3) as dimensões perimetrais;
4) os ângulos dos lados;
5) a área;
6) a fixação do RN (referencia de nível);
7) as construções existentes;
8) as árvores;
9) as galerias de águas pluviais ou esgoto;
10) os postes e seus respectivos números (mais próximo do lote);
11) as ruas adjacentes;
12) o croqui de situação com o aparecimento da via de maior importância ou qualquer obra de
maior vulto (igreja, ponte, viaduto etc.) do loteamento ou do bairro;
13) a fixação da linha NS (norte-sul).
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Os levantamentos topográficos geralmente são feitos com teodolito e níveis.
SONDAGEM
A sondagem trata do reconhecimento do subsolo. O primeiro requisito para se abordar
qualquer problema de mecânica dos solos consiste num conhecimento tão perfeito quanto
possível das condições do subsolo, isto, é, no reconhecimento da disposição, natureza e
espessura das suas camadas, assim como das suas características, nível de água e
respectiva pressão.
SERVIÇOS PRELIMINARES
Limpeza do terreno;
Sondagem (caso não tenha sido feita nos estudos preliminares);
Terraplenagem (serviços de movimento de terra);
Tapume;
Placa com número do alvará de aprovação do projeto e execução da obra;
Ligação de água;
Ligação elétrica;
Verificação de vizinhança
Contenções da vizinhança
Rebaixamento ou esgotamento do lençol freático
Canteiro de obras – áreas de vivencia e operacionais;
Locação de obras.
LIMPEZA DO TERRENO
A limpeza do terreno é necessária para maior facilidade de trabalho no levantamento plano -
altimétrico, permitindo obter-se um retrato fiel de todos os acidentes do terreno, assim como
para os serviços de reconhecimento do subsolo (sondagens).
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TERRAPLENAGEM
Obra de terra que tem por fim modificar o relevo natural do terreno e que consiste em três
etapas distintas: escavação, transporte e aterro. A terraplenagem aplicada em preparo do
terreno para edificações, geralmente é de pequeno vulto, comparada com a aplicada em
estradas, barragens, etc. Adota-se a expressão movimento de terra explicitamente na área de
construção de edifícios, onde a preocupação maior é a saída e a entrada de terra no canteiro.
Movimento de terra é a parte do terraplenagem que se dedica ao transporte, ou seja, entrada
ou saída de terra do canteiro de obras.
O movimento de terra pode ser de quatro tipos:
1. Manual – Dizemos que o movimento de terra é manual quando é executado pelo
homem através das ferramentas: pá, inchada e carrinho de mão.
2. Motorizado – Quando são usados para transporte, caminhão ou basculante, sendo que
o desmonte ou a escavação poderá ser feita manualmente ou por máquinas.
3. Mecanizado – Quando a escavação, carregamento e transporte são efetuados pela
própria maquina.
4. Hidráulico – Quando o veiculo transportador de terra é a água. Por exemplo, dragagem.
O movimento de terra mecanizado é utilizado em obras industriais de desenvolvimento
horizontal.
No movimento de terra devemos considerar o empolamento. Quando se move a terra do seu
lugar natural, o seu volume em geral aumenta. A proporção de aumento de cada tipo de
material pode ser estabelecida, através de uma tabela de propriedade de materiais.
O empolamento ou aumento de volume é expresso geralmente, por uma porcentagem do
volume original.
CANTEIROS DE OBRAS
O canteiro deverá ser preparado de acordo com a previsão de todas as necessidades, assim
como a distribuição conveniente do espaço disponível e obedecerá as necessidades do
desenvolvimento da obra. Poderá ser feito de uma só vez ou em etapas independentes, de
acordo com o andamento dos serviços.
NB-1367 (Norma Brasileira):
“Áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção,
dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência”
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“Áreas de vivência - são aquelas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas
de alimentação, higiene pessoal, descanso, lazer, convivência e ambulatoriais, devendo
ficar fisicamente separadas das áreas operacionais”.
(NBR – 12284)
No canteiro devemos considerar:
1. Ligações de água e energia elétrica;
2. Distribuição de área para materiais a granel não perecíveis;
3. Construções – a) armazém de materiais perecíveis, b) escritório, c) alojamento, d)
sanitários;
4. Distribuição de maquinas;
5. Circulação;
6. Trabalhos diversos.
DISTRIBUIÇÃO DE ÁREAS PARA MATERIAIS NÃO-PERECIVEIS
Consideramos como materiais não-perecíveis a areia, as pedras britadas, os tijolos, as
madeiras e os ferros. Na obra, existem outros materiais não perecíveis, que, entretanto são
armazenados devido ao seu elevado custo em relação ao material citado anteriormente, por
exemplo, azulejos, conexões e tubos de ferro galvanizado conduíte etc. como esses materiais
são aplicados quando a obra já esta em fase de cobertura, vedos concluídos, são
armazenados dentro da própria obra, evitando-se a construção de um barraco maior.
Areia - No andamento da obra precisamos ter o controle diário de consumo de materiais,
assim como produção da mão - de - obra para cada serviço, para a devida apropriação. Assim
podemos ter no canteiro um depósito para armazenar a areia e ao mesmo tempo servir para
cubagem da quantidade gasta. Construindo um cercado de madeira, com o fundo em tijolo ou
madeira, para evitar o contato direto com o solo, com as seguintes dimensões (5,00m x 2,00m
x 0,60m)
Pedras britadas – Do mesmo jeito que fizemos com a areia, procedemos com as pedras
britadas.
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Tijolos – A área para depósitos de tijolos de barro é de 0,25m² para 250 tijolos, considerando
a altura de 1,65m sendo que cada bloco é coroado com dez unidades esparsas para
identificação dos outros blocos adjacentes de igual capacidade.
Madeiras – designa-se uma área de comprimento mínimo de 6,00m e com base de 1,00m²,
para cada 1,00m³ de madeira arrumada, até 2,00m³ no máximo. Equivalem a 60 tábuas de 1’,
ou 30 caibros de 10 / 10cm / m² 10 / 10cm / m².
Ferros – calcular uma área de comprimento mínimo de 15,00m e 0,50m² de base, para uma
tonelada de barras, inclusive a banca de dobragem e montagem.
CONSTRUÇÕES
ARMAZENAR PARA MATÉRIAIS PERECÍVEIS
Consideramos como materiais perecíveis, o cimento e a cal, cujas características físicas e
químicas, em contato com as intempéries, modificam-se substancialmente.
NOTA: Um cuidado que se deve ter no canteiro é a separação do deposito de cal do de
cimento, pois a cal trabalha como retardador de pega do cimento.
Cimento – um saco de cimento tem as seguintes dimensões: 0,65m x 0,35m x 0,15m,
pesando cada saco 50kg. Devemos designar uma área de 1,00m² para cada 1 500kg, ou seja,
30 sacos, incluindo área de circulação.
Cal – para cal extinta designar uma área abrigada, na base de 1,00m² para cada metro cúbico.
No caso de cal hidratada que vem com embalagem semelhante à do cimento, podemos
designar uma área de 1,00m² para 35 sacos de cal hidratada. As dimensões do saco de cal
hidratada são de 0,55m x 0,30m x 0,10m pesando 20kg.
ESCRITÓRIO – as dimensões para almoxarifado e escritórios dependem do volume da obra.
O mínimo necessário para uma obra padrão residencial é de 2,00m x 3,00m, onde terá uma
pequena mesa para leitura de plantas e arquivamento das notas fiscais, cartões de ponto
outros documentos usuais da obra.
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ALOJAMENTO - quando a obra é fora do perímetro urbano, há muitas vezes necessidade de
construir áreas para o alojamento dos operários. Nesse caso usamos cômodos coletivos,
designando 4m² por pessoa.
REFEITÓRIO – cabendo cerca de 1,00m² por operário.
SANITÁRIOS – com áreas, por unidade de 1,50m² para vaso e chuveiro, com uma distribuição
média de uma unidade para cada 15 operários.
Distribuição das máquinas
Para distribuir as máquinas, não existe critério fixo, mais sim em função dos locais dos
depósitos de circulação mínima possível considerando o abastecimento da maquina e do
transporte para o local de aplicação do material preparado pela mesma, por fim da área
disponível e o volume da obra.
Circulação
A circulação no canteiro é função principalmente do tipo de desenvolvimento da obra.
Podemos ter obra que desenvolve no sentido horizontal, exemplo indústrias com linhas de
montagens, outros no sentido vertical como prédios de apartamentos ou de escritórios. As
obras que desenvolve horizontalmente necessitam de grandes extensões de terrenos para
suas construções, entretanto, nas obras com desenvolvimento vertical obtêm-se grandes
áreas construídas em pequenos terrenos, desenvolvendo-se toda a construção verticalmente.
Assim obras de desenvolvimento horizontal, necessitamos de maior área de circulação do
canteiro, para distribuição e aplicação dos materiais, em alguns casos chega-se a construir
vários canteiros para reduzir as extensões de transportes entre o armazenamento e o local de
aplicação. Caso contrário são obras de desenvolvimento vertical onde o canteiro é
concentrado e exige o mínimo de circulação pela própria característica da obra.
Trabalhos diversos
Reaproveitamento e tratamentos de materiais deverão ser feitos, observando-se o custo da
mão-de-obra exigida em relação ao produto no mercado. Ex.: andaimes e proteções.
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LOCAÇÃO DA OBRA
A obra deverá ser locada com rigor, observando-se o projeto quanto à planimetria e a
altimetria.
A locação será executada após observação da planta de fundação e utilizando-se quadros
com piquetes e tábuas niveladas e fixadas para resistirem a tensão dos fios sem oscilação e
sem sair da posição correta.
Processo da tábua corrida ou tabela
Consiste na cravação de pontaletes de pinho de 3’’x 3’’ x ou 3’’ x 4’’ distanciados entre si de
1,50m.
Nos pontaletes serão pregadas tábuas de pinho sucessivas formando uma cinta em volta da
área construída. A locação deve ser procedida com trena de aço. Para perfeito esquadro entre
dois alinhamentos, devemos usar o teodolito, ou triângulo formado por lados de 4,00m e 3,00m
e hipotenusa 5,00m. É hábito ainda, ao terminarmos a locação, estendermos linha em dois
alinhamentos finais e verificar a exatidão do ângulo reto com o aparelho. Se o primeiro e o
último esquadro estão perfeitos os intermediários também estarão, salvo engano, facilmente
visíveis e retificáveis.
FUNDAÇÕES
Fundações são os elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno as cargas de uma
estrutura.
Todo peso de uma obra é transferido para o terreno em que a mesma é apoiada.
Os esforços produzidos pelo peso da construção deverão ser suportados pelo terreno em que
esta se apóia, sem que ocorram recalques ou ruptura do terreno.
A parte de uma construção que recebe o seu peso e o transfere para o solo chama-se
fundação (Alicerces).
É a primeira etapa da construção a ser executada é o pé da edificação. O tipo, formas e
dimensões dependem das cargas a serem transferidas (peso da construção) e o do terreno
onde se apoiará (resistência); temos, portanto, para cada situação possível de ocorrer na
prática, um tipo de fundação mais adequado a ser utilizado.
As fundações classificam-se em vários tipos de fundação, neste texto dividiremos em dois
grandes grupos:
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1. Fundações diretas ou rasas.
2. Fundações indiretas ou profundas.
FUNDAÇÕES DIRETAS
São aquelas em que a carga da estrutura é transmitida ao solo de suporte diretamente pela
fundação.
O dimensionamento da área necessária para o elemento da fundação deve satisfazer as
condições essenciais a seguir.
1. O centro de gravidade da fundação deve coincidir com o centro de gravidade do
elemento transmissor de carga.
2. Tendo P a carga a transmitir e p a pressão admissível do terreno, a área necessária
será dada por: P
Sp
3. Solução mais econômica.
SAPATA CORRIDA OU CONTÍNUA, SIMPLES
Utilizada geralmente em edificações auto-portantes, onde a própria alvenaria tem função
estrutural (sem utilização de pilares), a sapata se estende ao longo da parede, A largura
mínima é igual a 60cm. As sapatas corridas simples são utilizadas em casos de valas abertas
até 1,00m. As sapatas corridas armadas são recomendadas em casos onde as valas devem
ser abertas a mais de 1,00m.
SAPATA CORRIDA OU CONTÍNUA ARMADA
Quando a existência de terreno firme ultrapassa a profundidade de 1,00m ou largura, por
excessiva, torna-se antieconômico executar a fundação em alvenaria (tijolos) com
escalonamento, pois, aumenta a carga da própria fundação como encarece o seu preço. A
solução, nesse caso, é a sapata corrida armada, que se caracteriza fundamentalmente, por
resistir a flexão.
SAPATA ISOLADA
As sapatas isoladas consistem em construções de concreto armado, em forma de pirâmide,
interligadas por vigas baldrames (vigas que ficam no solo).
Materiais e Sistemas Construtivos
UniFIAM-FAAM 2011 25
São utilizadas para cargas não muito grandes em terreno que as suporte. Recebem a carga de
um único pilar e são interligadas por baldrames que tornam a edificação mais rígida. Podem
assumir diversas formas geométricas, facilitando o apoio dos pilares excêntricos.
As mais econômicas são as que possuem dimensões e apresentam esforços fletores
parecidos em ambas as direções, a fim de simplificar a armadura. A dimensão mínima é de
50cm.
RADIER
Recorre-se a esse tipo de fundação quando o terreno é de baixa resistência (fraco) e a
espessura da camada do solo é relativamente profunda. Estando a camada resistente a uma
profundidade que não permite a cravação de estacas, devido ao pequeno comprimento das
mesmas, e por ser onerosa a remoção da camada fraca de solo, optamos pela construção do
radier, que consiste em formar uma placa continua em toda a área da construção com o
objetivo de distribuir a carga em toda a superfície, o mais uniformemente possível, para tanto
se constrói em concreto armado com armadura cruzada na parte superior e na parte inferior.
BIBLIOGRAFIA
AZEREDO, H.A.; O Edifício até sua Cobertura. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1997.
YAZIGI, Walid; A Técnica de Edificar. São Paulo: SindusCon-SP: Pini, 2003.
THOMAZ, Ercio. Tecnologia, Gerenciamento e Qualidade na Construção. São Paulo:
Editora PINI, 2001.
BORGES, A. C. Práticas das pequenas construções. São Paulo: Editora Edgard Blücher,
1981, vol. 1 e 2.