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FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS DE CRUZEIRO
MANUAL DE ORIENTAO METODOLGICA PARA TRABALHOS ACADMICOS
Prof. M.e Alexandre Gonalves, autor
Prof. Esp. Jorge Luiz Conde, revisor e colaborador
Prof. M. Maria Elo Meirelles Arajo, revisora e colaboradora
2. ed. rev. e aum.
CRUZEIROSP
2011
2
APRESENTAO
O trabalho cientfico implica anlise, reflexo crtica, sntese e
aprofundamento de ideias a partir da colocao de um problema. Ele exige, para a
sua apresentao ao meio acadmico, uma forma adequada e estruturada de
acordo com as normas tcnicas comuns aos vrios tipos de trabalhos bibliogrficos:
monografias, dissertaes, teses, artigos e livros.
A necessidade de padronizao das publicaes acadmico-cientficas
apresentadas Faculdade de Cincias Humanas de Cruzeiro (FACIC) deu origem
elaborao deste manual. Ele tem por finalidade facilitar aos alunos o acesso s
normas tcnicas para a apresentao e para a formatao dos trabalhos
acadmicos, utilizando exemplos prticos das variadas formas de registros
bibliogrficos. O manual ser atualizado periodicamente, sempre que houver
alterao das normas tcnicas ou para incluir outros exemplos que possam
contribuir para os seus objetivos.
Baseia-se nas normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT),
mais precisamente nas seguintes normas: NBR 6023:2002 Informao e documentao: referncias elaborao; NBR 6024:2003 Informao e
documentao: numerao progressiva das sees de um documento escrito
apresentao; NBR 6027:2003 Informao e documentao: Sumrio apresentao; NBR 6028:1990 Resumos: procedimento; NBR 10520:2002 Informao e documentao: apresentao de citaes em documentos; NBR 14724:2005 Informao e documentao: trabalhos acadmicos apresentao;
NBR 12225: 2004 Ttulos de lombada: procedimento; NBR 15287:2005 Informao
e documentao: projeto de pesquisa apresentao; alm de livros consagrados
ao estudo de Metodologia Cientfica, devidamente referenciados na bibliografia
consultada.
Nesta verso revista e aumentada do Manual de orientao metodolgica para trabalhos acadmicos, ressalta-se a importncia de o aluno t-lo como um
material de referncia no s para a elaborao e para a redao de produes
acadmicas como tambm utiliz-lo como um material indispensvel para o
acompanhamento das aulas ministradas nas disciplinas Mtodos e Tcnicas de
Pesquisa (MTP) e Trabalho de Concluso de Curso (TCC).
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SUMRIO
1 PROJETO DE PESQUISA ................................................................................................ 7
1.1 TEMA ................................................................................................................................... 8
1.1.1 Delimitao do Tema no Tempo e no Espao ................................................................. 8
1.1.2 Critrios de Escolha do Tema ........................................................................................... 9
1.2 PROBLEMA .......................................................................................................................10
1.3 HIPTESE .........................................................................................................................12
1.4 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................12
1.5 OBJETIVOS ESPECFICOS .............................................................................................13
1.6 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................14
1.7 REFERENCIAL TERICO ................................................................................................15
1.8 METODOLOGIA ................................................................................................................18
1.9 CRONOGRAMA .................................................................................................................19
1.10 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................20
1.11 SUMARIZAO / PR-SUMRIO ..................................................................................21
1.12 UTILIDADES DO PR-SUMRIO ...................................................................................23
2 ESTRUTURA DO TCC .....................................................................................................25
2.1 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS ........................................................................................25
2.1.1 Capa ...................................................................................................................................26
2.1.2 Lombada ............................................................................................................................27
2.1.3 Folha de Rosto ..................................................................................................................27
2.1.4 Folha de Aprovao ..........................................................................................................28
2.1.5 Dedicatria .........................................................................................................................28
2.1.6 Agradecimentos .................................................................................................................28
2.1.7 Epgrafe ..............................................................................................................................29
2.1.8 Resumo em Lngua Verncula .........................................................................................29
2.1.9 Abstract ..............................................................................................................................30
4
2.1.10 Lista de Ilustraes ...........................................................................................................30
2.1.11 Lista de Siglas e Abreviaturas ..........................................................................................30
2.1.12 Lista de Smbolos ..............................................................................................................30
2.1.13 Sumrio ..............................................................................................................................30
2.1.14 Errata ..................................................................................................................................31
2.1.15 Trs Observaes Essenciais ..........................................................................................31
2.2 ELEMENTOS TEXTUAIS .................................................................................................32
2.2.1 Introduo ..........................................................................................................................32
2.2.2 Desenvolvimento ...............................................................................................................33
2.2.2.1 Diviso das partes do texto: numerao progressiva ....................................................35
2.2.2.2 Formatao de ilustraes e tabelas ...............................................................................37
2.2.2.3 Notas de rodap ................................................................................................................43
2.2.2.4 Discurso autoral, redao e correo de linguagem ......................................................44
2.2.3 Concluso ..........................................................................................................................47
2.3 ELEMENTOS PS-TEXTUAIS ........................................................................................48
2.3.1 Referncias ........................................................................................................................48
2.3.2 Glossrio ............................................................................................................................49
2.3.3 Apndice ............................................................................................................................49
2.3.4 Anexo .................................................................................................................................50
3 REDAO DE CITAES ..............................................................................................52
3.1 CITAO DIRETA E INDIRETA ......................................................................................52
3.1.1 Citaes Fora e Dentro dos Parnteses .........................................................................56
3.1.2 Pontuao em Citaes Diretas .......................................................................................57
3.1.3 Grifos em Citaes ............................................................................................................58
3.1.4 Supresses, Interpolaes e Comentrios .....................................................................58
3.1.5 Incio de Citao Direta com Letras Maisculas e Minsculas .....................................61
3.1.6 Indicao de Autoria no Sistema Autor-Data ..................................................................61
5
3.1.7 Citao de Citao ............................................................................................................62
3.1.8 Obra sem Indicao de Autoria ........................................................................................63
3.1.9 Citao de Trecho Traduzido ...........................................................................................64
3.1.10 Livros de um Mesmo Autor e Editados em um Mesmo Ano .........................................64
3.1.11 Autores com Sobrenomes cujas Primeiras Letras Coincidem ......................................65
3.1.12 Informao Verbal .............................................................................................................65
3.1.13 Citao de Fontes Eletrnicas .........................................................................................66
3.1.14 Citao de Fontes Jurdicas .............................................................................................67
3.1.15 Citao da Bblia e de Poemas ........................................................................................68
3.2 ESTILOS DE CITAO ....................................................................................................69
4 NORMAS PARA REFERNCIAS ....................................................................................73
4.1 LOCALIZAO E REDAO DAS REFERNCIAS .....................................................73
4.2. ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES ...................................................75
4.2.1 Autor ...................................................................................................................................76
4.2.2 Elementos de Imprenta: ....................................................................................................79
4.2.3 Casos Especiais de Referncias .....................................................................................82
4.2.4 Documentos Eletrnicos ...................................................................................................89
4.2.5 Documentos no Previstos pela NBR 6023 ....................................................................91
REFERNCIAS ..............................................................................................................................93
GLOSSRIO...................................................................................................................................95
APNDICES ...................................................................................................................................97
APNDICE A Capa do Projeto de Pesquisa ..........................................................................98
APNDICE B Folha de rosto do Projeto de Pesquisa ...........................................................99
APNDICE C Modelo de capa do TCC ................................................................................100
APNDICE D Modelo de folha de rosto do TCC..................................................................101
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APNDICE E Modelo de folha de aprovao .......................................................................102
APNDICE F Modelo de dedicatria .....................................................................................103
APNDICE G Modelo de agradecimentos ...........................................................................104
APNDICE H Modelo de epgrafe .........................................................................................105
APNDICE I Modelo de resumo ............................................................................................106
APNDICE J Modelo de Abstract ..........................................................................................107
APNDICE K Modelo de lista de siglas ................................................................................108
APNDICE L Modelo de lista de smbolos ...........................................................................109
APNDICE M Modelo de errata ............................................................................................110
APNDICE N Modelo descritivo e exemplo de projeto de pesquisa ..................................111
ANEXOS .......................................................................................................................................120
ANEXO A Fluxograma para orientao, redao e defesa do TCC ..................................121
ANEXO B Orientaes para encadernao em capa dura I ...............................................122
ANEXO C Orientaes para encadernao em capa dura II ..............................................123
ANEXO D Termo de consentimento livre e esclarecido (modelo completo) .......................124
ANEXO E Consentimento de participao da pessoa como sujeito de pesquisa (modelo completo) ......................................................................................................................................125
ANEXO F Exemplo de introduo de TCC ...........................................................................126
ANEXO G Exemplo de concluso de TCC ...........................................................................130
ANEXO H Solicitao de Orientao (modelo completo) ....................................................132
ANEXO I Declarao de Aceite de Orientao (modelo completo) ....................................133
7
1 PROJETO DE PESQUISA
O projeto de pesquisa o primeiro passo para se iniciar qualquer pesquisa. O
prprio termo j remete ao significado de projetar, lanar, planejar para o futuro. O
projeto de pesquisa , portanto, uma descrio das etapas da pesquisa, uma
apresentao objetiva do objeto de estudo (tema e problema), da metodologia a ser
utilizada, dos objetivos, do cronograma previsto, do quadro terico e das hipteses.
Para a Faculdade de Cincias Humanas de Cruzeiro (FACIC), a elaborao
do projeto de pesquisa cumpre a dois propsitos distintos, porm, complementares:
ele no s servir como avaliao bimestral (geralmente no segundo bimestre) da
disciplina de MTP, a ser ministrada no incio de todos os cursos da FACIC, mas
tambm ser exigido como condio necessria para a solicitao de um orientador
especfico.
Cumpre ressaltar que, sem o projeto de pesquisa, no se realizar o processo
de orientao especfica para a efetivao da pesquisa que culminar na redao do
Trabalho de Concluso de Curso (TCC).
Findo o perodo de Graduao, para quem se propuser a continuar sua
formao acadmica, o projeto de pesquisa se afigurar como requisito
imprescindvel para cursos de especializao (lato sensu e stricto sensu) de muitas
instituies de ensino superior do Brasil. Muitas dessas instituies exigem um pr-
-projeto para o ingresso em cursos de mestrado e doutorado, alm de ser
documento essencial para o aluno pleitear bolsas de estudo junto a rgos de
fomento pesquisa cientfica, tais como a Coordenao de Aperfeioamento de
Pessoal de Nvel Superior (CAPES), vinculada ao MEC, e o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), agncia pertencente ao
Ministrio da Cincia e Tecnologia (MCT).
Embora haja muitas modulaes de projetos de pesquisa, neste manual, o
modelo a ser seguido tem por embasamento as orientaes preconizadas pela NBR 15287:2005 Projeto de Pesquisa: apresentao; alm das indicaes compiladas
dos livros de metodologia cientfica (ver referncias) devidamente adaptadas s
necessidades inerentes comunidade acadmica da FACIC.
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1.1 TEMA
Antes de qualquer definio de tema, necessrio estabelecer sua relao
com o conceito de assunto. Comumente tema e assunto so tidos como sinnimos
no senso comum, mas, em cincia, importante perceber de que se trata de
conceitos distintos.
Em linhas gerais, o assunto amplo e genrico. Ex:
a) globalizao;
b) motivao,
c) tica
Quando escolhemos um aspecto do assunto, ou seja, uma parte do todo,
chegamos ao tema. Assim, tema um recorte do assunto, uma parte delimitada do
universo de interesse da pesquisa. Observe como os exemplos de assunto
supracitados foram convertidos em temas. Ex:
a) os efeitos da globalizao nas relaes familiares; b) polticas de motivao e aumento de produtividade empresarial. c) educao tica como soluo de conflitos no ambiente de trabalho.
O tema, quando bem delimitado, traz vantagens ao pesquisador, tais como
economia de tempo, direcionamento metodolgico, critrios claros quanto escolha
do referencial terico e, sobretudo, quanto escolha de um orientador especfico.
1.1.1 Delimitao do Tema no Tempo e no Espao
Sempre que for possvel, deve-se delimitar o tema no tempo (quando?) e no
espao (onde?). Essas duas dimenses do pesquisa cientfica a objetividade de
que necessita. Para o tema os efeitos da globalizao nas relaes familiares,
ficam, em aberto, quando e onde estudaremos os efeitos da globalizao nas
relaes familiares. Podem ser relaes familiares brasileiras, norte-americanas,
finlandesas etc. Podem estar tais efeitos situados em fins do sculo XX ou no incio
do sculo XXI. Veja como a delimitao no tempo e no espao d ao tema do
exemplo maior fechamento:
Os efeitos da globalizao nas relaes familiares brasileiras (espao) a partir da dcada de 80 (tempo).
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Circunscrever, portanto, o tema no espao e no tempo no s procedimento
metodolgico til como tambm necessrio.
1.1.2 Critrios de Escolha do Tema
Em uma pesquisa, o tema deve:
a)relacionar-se ao interesse e realidade do aluno-pesquisador (trabalho,
experincias de vida, curiosidade etc.);
b) possuir bibliografia acessvel;
c) ser digno de estudo (relevncia social, cientfica e pessoal);
d) ser adequado s condies do graduando (recursos financeiros, cronograma,
conhecimentos prvios);
e) no ser amplamente estudado;
f) no ser raro (por falta de estudos prvios para a reviso de literatura e por no
haver bibliografia que o sustente). Obs: Por no observarem esse critrio, muitos
alunos elegem determinado tema de pesquisa e, em razo de escassa bibliografia
ou de dificuldade de se adquirirem as obras necessrias, acabam por abandonar a
pesquisa.
Para saber se acertou na escolha do tema, responda s quatro perguntas
abaixo:
Tenho interesse pelo tema?(Curiosidade pessoal e/ou profissional).
Sou capaz de estud-lo? (Conhecimento prvio e experincia).
H interesse social no desenvolvimento de minha pesquisa? (originalidade1 e
relevncia).
H recursos suficientes para realizar minha pesquisa? (bibliografia,
financiamento, coleta de dados etc.).
O aluno deve, desde os primeiros semestres da graduao, refletir sobre qual
tema ir desenvolver em seu TCC. Aconselha-se, tambm, que esclarea todas as
dvidas pertinentes aos assuntos tratados durante as aulas, que adquira o hbito de
1 O aluno de graduao no deve preocupar-se excessivamente com a originalidade da pesquisa. Isso no quer dizer que lhe seja vedado o esforo por produzir um trabalho original. A exigncia de originalidade ocorre em cursos de doutorado. Mesmo em cursos de mestrado, tal exigncia no to rigorosa. (SEVERINO, 2007, p.216-217).
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leitura e documentao do material lido e que reflita sria e detidamente sobre os
critrios de escolha do tema de pesquisa acima elencados.
1.2 PROBLEMA
Definio: a principal pergunta a que se pretende responder com a
pesquisa. Dever ser expresso, preferencialmente, em forma interrogativa,
buscando o relacionamento entre variveis.
Da formulao do problema da pesquisa (=ou objeto de pesquisa) depender
todo o desenvolvimento do TCC/Monografia.
Para se chegar a um problema bem formulado, deve-se fazer uma boa
reviso de literatura (= leitura de obras tericas que tratam do mesmo tema ou
assunto que o aluno ir pesquisar); refletir e discutir com o orientador; esboar
algumas perguntas e submet-las ao orientador; fixar uma frase interrogativa que
sintetize bem o problema da pesquisa.
importante que o pesquisador, ao ler textos referentes ao seu tema de
pesquisa, pense e responda seguinte pergunta: Que questionamentos foram
levantados? Essa prtica ajuda na hora de se formular o problema da pesquisa.
Durante o processo de orientao e redao do TCC, o problema pode ser
alterado desde que se conte com o aval do orientador especfico. Acompanhe os
exemplos de formulao do problema de pesquisa:
Assunto: Motivao
Tema: Polticas de motivao e aumento da produtividade na empresa X a partir
da data Y.
Problema: Qual a relao entre motivao e produtividade na empresa X? / Que
estratgias de motivao melhor se aplicam para aumentar a produtividade da
empresa X?
Assunto: Administrao de informao
Tema: Informatizao de servios em microempresas cruzeirenses a parti de 2010.
Problema: Qual o impacto da informatizao de servios nas microempresas cruzeirenses, a partir de 2010, para o aumento da clientela?
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Assunto: Educao
Tema: Evaso no 3 colegial das escolas pblicas brasileiras
Problema: Quais as causas da evaso escolar na 3 srie do EM das escolas pblicas brasileiras?
Observe que, a partir da formulao do problema de pesquisa, todos os
passos do pesquisador iro ao encontro da resposta suscitada pelo problema.
Para evitar alguns defeitos comuns durante formulao do problema, algumas
observaes devem ser seguidas:
a) Evite problemas que envolvam juzos de valor. Ex: Quais so os atributos de um
bom administrador? Qual a melhor doutrina para o estudo do impacto da Lei Maria da Penha? (Os adjetivos bom, melhor, timo encerram juzos de valor) b) Evite problemas de engenharia, ou seja, questes que buscam respostas ao como fazer. Ex: Como melhorar o gerenciamento de conflitos no departamento
financeiro da empresa Y? Obs: As questes de engenharia resultam em MANUAIS
DE PROCEDIMENTOS.
Veja exemplos de problemas mal formulados e a descrio de seus defeitos:
PROBLEMAS DEFEITOS
Qual a melhor tcnica de ensino? Contm juzo de valor. Falta preciso.
O que pensam os clientes? Falta de delimitao do problema.
Como resolver os problemas de desperdcios no almoxarifado?
Trata-se de problema de engenharia.
Quais as causas da globalizao? Falta delimitao a uma dimenso vivel.
Como se vestem funcionrios da empresa Z? Questo irrelevante
Quais so os direitos trabalhistas da gestante? Questo bvia. S consultar as leis trabalhistas.
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1.3 HIPTESE
uma resposta provisria (sempre uma afirmao) para a pergunta contida
no problema. Pode ser confirmada totalmente, confirmada parcialmente ou negada
com o decorrer da pesquisa. Ex:
Assunto: Administrao de Informao
Tema:Informatizao de servios em microempresas cruzeirenses a parti de 2010.
Problema: Qual o impacto da informatizao de servios nas microempresas
cruzeirenses, a partir de 2010, para o aumento da clientela?
Hipteses:
1) Com a informatizao, os servios prestados tornam-se mais geis e precisos,
contribuindo para a idoneidade da microempresa, o que impactar positivamente a
clientela.
2) A agilidade na prestao de servios, aliada sua perfectibilidade, atrairo
clientes procura de atendimento eficiente e eficaz.
OBSERVAO:
No projeto de pesquisa, deve haver de duas a trs hipteses. Para cada
hiptese bem como para cada elemento constituinte do projeto de pesquisa, deve-
-se escrever um pargrafo. Redija, preferencialmente, um pargrafo-padro, ou
seja, um pargrafo com trs a seis perodos (da letra maiscula ao ponto final),
contendo o primeiro perodo a ideia central do pargrafo (tpico-frasal).
1.4 OBJETIVO GERAL
Responde a pergunta para qu?. Define a viso geral e abrangente do que
se quer alcanar com a pesquisa. Sua funo determinar o que se pretende
realizar para se obter a resposta para formulao do problema. Deve ser
abrangente, por isso empregam-se verbos que denotem amplitude de propsito, tais
como: analisar, avaliar, verificar, mostrar, explicar, investigar etc. Tambm recomendvel que haja apenas um objetivo geral no projeto de pesquisa e no
TCC.
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Vale ainda lembrar que tanto o objetivo geral quanto os objetivos especficos
devem ser redigidos com os verbos na forma do infinitivo impessoal (= verbos
terminados em r).
1.5 OBJETIVOS ESPECFICOS
Os objetivos especficos descrevem as aes necessrias para se
alcanar o propsito geral da pesquisa descrito pelo objetivo geral. Em outras palavras, os objetivos especficos indicam as aes que viabilizaro o cumprimento do objetivo geral.
Os objetivos especficos, portanto, possuem as seguintes caractersticas:
a) estabelecem as metas que nortearo o trabalho do pesquisador;
b) determinam os aspectos instrumentais que possibilitaro alcanar o objetivo
especfico.
c) So redigidos com verbos operacionais: identificar, medir, descrever, quantificar, comparar, testar, observar, sintetizar, compilar, historiar etc.
Veja exemplos de objetivo geral e objetivos especficos:
Objetivo Geral:
Pretende-se investigar a relao existente entre a satisfao da clientela de uma
microempresa cruzeirense e a qualidade da prestao de seus servios, em virtude
da informatizao de seu sistema de produo.
Objetivos especficos:
a) Descrever o impacto da qualidade de produo em uma microempresa
informatizada;
b) Averiguar a satisfao do cliente diante da prestao informatizada de servios.
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1.6 JUSTIFICATIVA
A justificativa de um trabalho acadmico responde a pergunta por qu?.
Sua funo evidenciar a relevncia, a originalidade, a importncia e a atualidade
da pesquisa a ser realizada.
Na redao da justificativa, devem-se evidenciar trs nveis de relevncia:
a) Social: em que contribui para a melhoria da sociedade.
b)Pessoal: a importncia da pesquisa para a satisfao do interesse do pesquisador.
c) Cientfica: confirmar hipteses, ampliar teorias, contestar verdades estabelecidas.
No deve haver citao na justificativa. O discurso deve ser autoral, ou seja,
deve haver apenas a redao do aluno-pesquisador, que dever utilizar-se de
argumentao consistente.
Para cada aspecto da relevncia (social, pessoal e cientfica) deve ser
redigido um pargrafo. Teremos, assim, trs pargrafos. Para efeito de clareza,
recomendvel que se escreva um pargrafo de introduo, anunciando a tripla
relevncia da pesquisa. Veja os exemplos:
Pesquisar sobre a relao existente entre a informatizao de uma microempresa e a
satisfao de sua clientela possui uma tripla relevncia: cientfica, pessoal e social.
No que concerne ao conhecimento cientfico, a futura pesquisa preencher lacunas
existentes no mbito terico. Tais lacunas se devem a informaes de difcil acesso, uma
vez que a bibliografia especfica ao tema abordado escassa.
Em razo de ser o pesquisador um microempresrio, a pesquisa contribuir com informaes teis manuteno e evoluo de sua atividade em um mercado neoliberal e
extremamente competitivo. Com a investigao e a proposta de solues acessveis, tais
como a implantao da informtica em sua empresa, o presente trabalho pretende encontrar
caminhos para otimizao da prestao de servios em uma microempresa cruzeirense, a
fim de se alcanar maior afluxo da clientela.
Pargrafo de introduo
Pargrafo de justificativa da relevncia cientfica
Pargrafo de justificativa da relevncia pessoal
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Uma vez otimizados produtos e prestao de servios em geral, em razo do
processo de informatizao em microempresas, toda a sociedade beneficiada. O consumidor ser atendido de acordo com suas necessidades especficas; o
microempresrio ter seus dividendos aumentados, em virtude do aumento da procura por
seus servios e, consequentemente, o aumento de seus dividendos gerar mais empregos e
divisas tributrias para o pas.
1.7 REFERENCIAL TERICO
Tambm denominado Quadro Terico, constitui-se de reviso de literatura,
definio de termos e teoria de base.
A reviso de literatura exige pesquisa, leitura, fichamento e resumo de
trabalhos que j trataram do mesmo tema-problema, a fim de se evitar repetio de
pesquisa. Podem-se usar artigos de revistas especializadas, dissertaes e teses,
mas, preferencialmente, deve-se dar prioridade consulta de livros especializados.
A reviso de literatura no s emendar citaes, mas articular as ideias
pertinentes ao tema e ao problema pesquisados. Deve haver discurso autoral, isto ,
comentrios, anlises e interpretaes das teorias. Veja o exemplo adaptado de
Santaella (2001, p. 16-23), extrado de seu livro Comunicao e pesquisa (ver
Referncias):
DEFINIO DE COMUNICAO
No so poucos os autores que tm colocado nfase na pluralidade dos fenmenos que
podem ser chamados de comunicacionais e na consequente polissemia do termo "comunicao". Tendo isso em vista, Fiske (1990, p. 1), por exemplo, perguntou se po-demos considerar como um campo de estudo algo to diverso e multifacetado quanto a comunicao humana, concluindo pela natureza multidisciplinar da comunicao e definindo-a como "interao social atravs de mensagens". Batendo na mesma tecla, Baylon e Mignot (1999, p. 9-10) acabaram por concluir que a comunicao " uma relao dos espritos humanos, ou melhor, dos crebros humanos".
Segundo Nth (1990, p. 169-170), para se comear a definir comunicao, deve-se tentar separar a esfera dos fenmenos comunicativos da esfera dos eventos no comunicativos. Entretanto, ao invs de postular uma clara ruptura entre os fenmenos comunicativos e no comunicativos, pode-se conceber uma transio gradual que vai dos modos de interao proto-comunicativa mais rudimentares at os mais complexos. Dessa maneira, sem pretender uma unificao dos diversos conceitos, o autor toma como ponto de partida os fenmenos unilaterais, continuando com as interaes simples, para as bilaterais, ento as
Pargrafo de justificativa da relevncia social
16
intencionais, as lingusticas, para terminar com a metacomunicao. Nth comentou que as teorias dos nveis biolgicos de interao tambm sugerem uma transio gradual dos modos de interao no comunicativos para os comunicativos. De uma perspectiva diferente, Kelkar (1984, p. 112-14) tambm distinguiu vrios graus de "primitivismo" dos eventos comunicativos.
Defensor de uma viso generalizada da comunicao, fenmeno que teria incio j em situaes muito rudimentarmente comunicacionais, foi Meyer-Eppler. Em sua definio, comunicao a "recepo e o processamento de sinais detectveis fsica, qumica ou biologicamente por um ser vivente" (1959, p. I). De acordo com esta teoria, qualquer processamento de informao por organismos individuais (que no sejam mquinas) constituem uma instncia de comunicao. A cooperao ativa da fonte do sinal no processo no necessria. A fonte pode inclusive ser um objeto inanimado.
A maioria dos estudiosos rejeitaria aplicar o termo "comunicao" a uma tal situao, pois, sem algum tipo de atividade da parte da fonte do sinal, tem-se um domnio muito baixo do campo comunicacional. Entretanto, Meyer-Eppler definiu essa situao sob o nome de "comunicao unilateral" por prever o papel que um observador desempenha nesse tipo de processo, o que j o caracterizaria como comunicativo com dois subtipos: observao e diagnstico. Na comunicao observacional, um observador percebe e processa sinais de uma fonte inanimada. Esta situao comunicativa tpica da fsica e qumica. Na comunicao diagnstica, os sinais originam-se em um emissor vivo. Esta forma de proto-comunicao unidirecional de um organismo a outro caracterstica das observaes na biologia, medicina e psicologia.
Entre aqueles que reservaram o sentido de "comunicao" para a interao mtua entre duas entidades, h alguns pesquisadores que incluram nessa interao tanto mquinas quanto clulas biolgicas. No terreno das mquinas, para a ciberntica e a teoria de siste-mas, h comunicao onde houver interao entre quaisquer dois sistemas. Assim, Klaus (1969) em seu dicionrio de ciberntica definiu comunicao como "a troca de informao entre sistemas dinmicos capazes de receber, estocar ou transformar informao".
Para outros tericos de sistemas, a comunicao s comearia na esfera biolgica da vida. Desse modo, Rosnay (I975, p. 135) descreveu as molculas da vida como "indivduos informacionais" com memria e capacidade de reconhecimento. A troca de informao, nesse processo qumico de comunicao, acontece tendo como base o cdigo gentico. Para Rosnay, a "histria da comunicao" se estende desde a comunicao entre molculas e clulas biolgicas at as interaes entre organismos e, finalmente, entre seres humanos. ....................................................................................................................................................
Transportada inicialmente pelo cdigo molecular primordial, sujeita a uma contnua mudana qualitativa e quantitativa dos segmentos genticos e, posteriormente, transportada pela rede imunolgica de clulas que operam atravs de substncias mediadoras ativas, a comunicao , necessariamente, uma propriedade de toda e qualquer forma de vida (SEBEOK, 1993, p. 3).
Alm de sua presena nos sistemas vivos, so nada menos do que processos de comunicao que fazem as mquinas e os grandes sistemas cibernticos funcionarem, conforme Wiener (1961) j demonstrou (ver tambm ECO, 1971).
Uma tal ampliao do sentido de comunicao no mera sofisticao inconsequente. Ela se tomou hoje imperativa, pois, j nos fenmenos de massa e, muito mais hoje, no fenmeno explosivo das redes planetrias, a dinmica da comunicao se faz muito mais entender luz dos modelos do funcionamento dos sistemas vivos em nvel microscpico, e mesmo luz das leis que a psicanlise extrai dos mecanismos do inconsciente, do que dos processos conscientes de comunicao humana em nvel social. por isso que estes tm muito a aprender com aqueles. (pargrafo de discurso autoral = comentrio conclusivo e interpretativo das teorias por ela mencionadas)
17
Definio de Termos: Devem-se definir os termos utilizados na pesquisa,
dentro do quadro terico de referncia e dentro dos objetivos estabelecidos. Assim,
devem-se definir: informatizao, microempresa, otimizao de servios, qualidade
em microempresas, clientela etc. Veja exemplo adaptado de Pereira (2009, p. 21):
Toda acepo de mito possui uma histria e um contexto responsveis pela
especificidade do termo, para cada situao concreta em que tomado. Assim, no contexto dos estudos antropolgicos relacionados forma de pensamento e estruturao social das sociedades primitivas e das civilizaes j desaparecidas, como a egpcia ou a asteca, o mito refere-se a uma narrativa sagrada. Para o senso comum o mito possui significado de uma narrativa sem nenhum contato com a realidade objetiva. J para os estudos psiquitricos, o mito assume o sentido de representaes inconscientes arquetpicas, ou a tendncia compulsiva de um indivduo mentir, porm acreditar em suas mentiras.
Para os fins deste trabalho, no entanto, o mito assumir o significado de uma forma de narrao, pertencente literatura oral e, posteriormente, adaptada e transformada pela literatura artstica escrita e consagrada pela tradio literria universal.
Teoria de base: Refere-se teoria que embasar sua pesquisa. Assim, se
seu tema for sobre motivao e produtividade, sua teoria de base ser construda a
partir das principais obras que embasaro o desenvolvimento de sua pesquisa. Para indicar a teoria de base, basta indicar o ltimo sobrenome do autor, o ano de publicao do livro utilizado entre parnteses e uma breve justificativa ou apresentao dos autores utilizados para o embasamento terico da pesquisa.
Veja o exemplo adaptado do Trabalho de Concluso de Curso da Prof Esp. Vnia
C. N. M. Pereira:
A pesquisa sobre o potencial pedaggico das parlendas para o processo de
alfabetizao de crianas do Ciclo I fundamenta-se em Heylen (1987); Cascudo (2001; 2007); Weitzel (1995); Huizinga (2001) e Melo (1985), para a fundamentao da natureza, das caractersticas e das funes das parlendas; em Santos (2005); Barbosa (1994); Ferreiro e Teberosky (1985); Fernandes (2010) e Piaget (1971), para as questes referentes alfabetizao e s metodologias propostas de prticas alfabetizadoras, por meio de vivncias com textos do gnero parlenda.
Recomenda-se que o aluno se esforce para apresentar em seu projeto de
pesquisa o quadro terico completo, isto , com a reviso de literatura, com a
definio de termos e com a teoria de base. Deve-se, atentar, porm, para a
obrigatoriedade de apresentar a teoria de base.
18
1.8 METODOLOGIA
Nesta parte, respondem-se s perguntas: Como fazer a pesquisa? Com quem
fazer/Com o que fazer a pesquisa? Onde e quando realizar a pesquisa?
Em sentido bem amplo, a metodologia a descrio detalhada sobre como
ser feita a pesquisa. Assim, se for uma pesquisa de campo, indicar como e onde
ela se realizar, apontando os instrumentos de pesquisa utilizados: questionrio,
observao direta, testes, entrevistas, medies comparativas etc. Caso se deseje
proceder a uma pesquisa de anlise de jurisprudncia, devem-se indicar os
Tribunais e Revistas que pretende examinar; idem para avaliao doutrinria etc.
(NUNES, 2009, p.7).
Como a maior parte das pesquisas na graduao so pesquisas bibliogrficas
(consulta a livros, revistas, jornais, teses, dissertaes, sejam impressos ou
disponveis em meio eletrnico ou virtual), o aluno deve indicar como ir proceder
com o material lido: onde ir consegui-lo (em livros, sites de busca, sites
especializados), como ir document-lo (resenhas, fichamentos, esquemas e
resumos) e como ir interpret-lo (anlise de teorias, confronto de informaes
divergentes, comparao entre teorias etc).
Veja as etapas da pesquisa bibliogrfica:
Sumarizao (sumrio prvio, levando-se em conta o tema, o problema, os objetivos e as hipteses do projeto de pesquisa). A sumarizao uma orientao para a escolha das fontes bibliogrficas.
Localizao das fontes bibliogrficas (livros, sites, revistas, jornais etc. Devem-se consultar os professores de reas afins ao objeto de pesquisa. Deve-se igualmente ler a bibliografia/referncias de livros pertinentes pesquisa, consultar catlogos de livrarias, bibliotecas virtuais etc.
19
importante ter conscincia que a pesquisa bibliogrfica ser utilizada
mesmo em outras modalidades de pesquisa, tais como as pesquisas de campo,
documentais, experimentais, estudos de caso etc. Assim, se um TCC for produto de
um estudo de caso ou de uma pesquisa documental, em um primeiro captulo, deve-
se indicar o referencial terico em que o autor do trabalho se apoiar para analisar
os dados colhidos e os fenmenos observados.
1.9 CRONOGRAMA
o planejamento, em meses ou semanas, de todas as atividades de
pesquisa, do levantamento bibliogrfico e coleta de dados (pesquisa de campo,
documental e experimental), passando pela redao do TCC at a defesa pblica
perante a banca. Veja exemplo de cronograma para uma pesquisa bibliogrfica,
considerando o intervalo de tempo de dois semestres2:
2 Aconselha-se que o aluno se dedique a sua pesquisa j desde o incio da graduao. Um cronograma previsto para um ano antes do trmino do curso, no entanto, no deixa de ser um passo decisivo na vida do acadmico, pois evita que as sucessivas etapas da pesquisa sejam relegadas para a ltima hora.
Seleo do material localizado. Essa etapa importante, pois nem tudo o que localizado ser lido. Um livro, por exemplo, pode ser til em sua totalidade ou em apenas um captulo. importante que a seleo das fontes bibliogrficas seja norteada pelo projeto de pesquisa e pelo sumrio prvio.
Leitura e documentao: fichamento, resumo, resenha, esquematizao das ideias principais. imprescindvel anotar as pginas dos trechos que sero citados direta ou indiretamente.
Redao do quadro terico para o projeto de pesquisa e do TCC.
20
EVENTOS MESES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Elaborao do projeto de pesquisa X
X
Procura por um orientador X X
Sumarizao X X
Levantamento bibliogrfico X X X X X
Seleo, leitura e documentao X X X X X X X X
Redao dos elementos pr-textuais do TCC X X
Redao do da introduo e do primeiro captulo X X
Redao dos demais captulos e concluso. X X X
Redao dos elementos ps-textuais do TCC X X
Reviso metodolgica, gramatical e redacional do TCC
X X
Elaborao dos slides em Power Point para a apresentao diante da Banca Examinadora
X X
Leitura do TCC, reviso dos slides e preparao para a defesa pblica
X X
Obs: O cronograma deve concebido levando-se em conta as necessidade do aluno-
pesquisador e as injunes do calendrio escolar. Recomenda-se que o cronograma
possua certa flexibilidade, sem perder, porm, sua funo, reservando--se para a
distribuio das tarefas um tempo alm do necessrio, a fim de se adaptar a
exigncia de cumprimento das tarefas aos imprevistos inerentes condio
humana.
1.10 BIBLIOGRAFIA
Constaro, na bibliografia, as obras utilizadas para a redao do projeto e as
que sero utilizadas na redao da monografia (Obs: Para se saber que obras sero
utilizadas, deve-se fazer um levantamento de bibliografia, tendo-se, sempre em
21
vista, os elementos do projeto de pesquisa, tais como o tema, o problema, os
objetivos e as hipteses). No se deve esquecer, inclusive, de referenciar o presente Manual de
orientao metodolgica para trabalhos acadmicos. Veja como devem ser
redigidas suas referncias:
PEREIRA, Alexandre Gonalves; CONDE, Jorge Luiz; ARAJO, Maria Elo
Meirelles. Manual de orientao metodolgica para trabalhos acadmicos.
2.ed. rev.aum. Cruzeiro: FACIC, 2011.
Observaes:
1) Quanto mais obras indicadas na Bibliografia (desde que o aluno as indique
consciente e criteriosamente) maiores possibilidades ter o orientador especfico
para sugerir outras obras, suprimir aquelas que no convenham pesquisa e
conhecer o interesse e o percurso intelectual e investigativo do aluno-pesquisador.
2) O Projeto de Pesquisa condio necessria para que se inicie o processo de
orientao especfica na FACIC. Dito em outras palavras, o aluno somente poder
ser orientado se entregar a seu orientador especfico o Projeto de Pesquisa. Veja o
fluxograma do processo de orientao e redao do TCC no ANEXO A Fluxograma de orientao, redao e defesa do TCC.
3) Veja modelo de capa e folha de rosto ( APNDICE A Capa do projeto de pesquisa e APNDICE B Folha de rosto do projeto de pesquisa).
1.11 SUMARIZAO / PR-SUMRIO
Como o prprio nome sugere, trata-se de um sumrio prvio do futuro TCC.
No se deve confundir este elemento com o sumrio do projeto de pesquisa. A
sumarizao uma importante tcnica de redao cientfica, embora no seja
prevista pela NBR 15287:2005 Informao e documentao: projeto de pesquisa
apresentao.
22
Muitos alunos resistem ideia de conceber um sumrio prvio, sem terem ao
menos escrito alguma coisa. O sumrio prvio, no entanto, um roteiro seguro para
a realizao da pesquisa bibliogrfica.
O sumrio do futuro TCC deve apresentar, no mnimo, trs captulos,
subdivididos em, pelo menos, trs subcaptulos. Veja o exemplo abaixo extrado do
TCC da Prof. Esp. Vnia Cristina N.M. Pereira:
INTRODUO
1 FOLCLORE, PARLENDA e EDUCAO
1.1 FOLCLORE, LITERATURA ORAL E PARLENDA
1.2 DEFINIO E CARACTERIZAO DO GNERO PARLENDA
1.3 CLASSIFICAO DAS PARLENDAS
2 ALFABETIZAO: HISTRICO E SABERES
2.1 HISTRIA DA ALFABETIZAO NO BRASIL
2.2 PRINCIPAIS MTODOS DE ALFABETIZAO
2.3 OS PR-REQUISITOS PARA A ALFABETIZAO
3 PARLENDA E ALFABETIZAO
3.1 PARLENDAS, JOGO E SOCIALIZAO
3.2 A PARLENDA E AS ATIVIDADES DE ESCRITA
3.3 A PARLENDA E AS ATIVIDADES DE LEITURA
CONCLUSO
REFERNCIAS
23
No se deve esquecer, tambm, de que este sumrio prvio pode sofrer
mudanas ao longo das leituras e da orientao especfica. Ainda assim, o aluno, no
ltimo ano da graduao, deve contar com assistncia de seu orientador especfico a fim de amadurecer a esquematizao do sumrio prvio, tornando-o definitivo.
1.12 UTILIDADES DO PR-SUMRIO
O pr-sumrio, como foi dito, servir de roteiro de leitura. De posse da
esquematizao do trabalho em captulos e subcaptulos, o pesquisador pode
selecionar melhor as fontes bibliogrficas e articular, de forma mais eficiente, os
instrumentos e mtodos de pesquisa indicados no projeto. Recomenda Mattar
(2008, p. 186, grifos nossos) que o aluno redija um resumo para cada captulo e
subcaptulo, pois,
Assim, o que inicialmente um sumrio vai, pouco a pouco, se transformando no prprio trabalho escrito, j dividido e esquematizado em captulos de partes distintas. A ideia que o sumrio seja continuamente reelaborado, conforme a evoluo do trabalho. Uma de suas funes, portanto, acaba sendo a de documentar, selecionar e organizar o material consultado durante a pesquisa.
O autor supracitado indica quatro importantes utilidades do pr-sumrio
durante a pesquisa, as quais se transcrevem com algumas modificaes (grifos e
comentrios de nossa autoria, em negrito, para diferenci-los do discurso do autor
transcrito):
a) Citaes e anotaes: quando, durante as leituras, o pesquisador identificar
citaes que imagina que possam fazer parte do seu texto final, poder transcrev-
-Ias diretamente para o captulo ou subitem de seu sumrio, j com as indicaes
bibliogrficas (e dever tambm incluir os dados completos do livro na bibliografia).
Cabe insistir na importncia da insero, simultaneamente citao, das
referncias, caso contrrio, abre-se uma grande possibilidade de a citao
desvincular-se de sua fonte de origem, que, muitas vezes acaba, numa fase
24
posterior do trabalho, demonstrando-se impossvel de recuperar. Anotaes podem
ser introduzidas da mesma forma que as citaes. O aluno deve escolher algum sistema grfico (grifo, itlico, sublinha, colchetes) ou simblico (asterisco, letras do alfabeto, abreviaturas) para inserir seus comentrios sem se correr o risco de confundi-los, posteriormente, com as ideias transcritas do autor.
b) Resumo de ideias: resumos de trechos que paream interessantes ao autor /
leitor, mas que no justifiquem uma citao podem tambm ser inseridos j
diretamente no captulo ou subitem apropriado do sumrio, com as indicaes
bibliogrficas e a informao de que se trata do resumo de uma passagem (de
pgina tal a tal etc.).
c) Comentrios: leituras acabam, muitas vezes, gerando interpretaes ou
comentrios por parte do leitor j durante o prprio ato de leitura. Normalmente, a
primeira leitura causa impresses e sensaes mais fortes e distintas do que as
leituras subsequentes do mesmo texto, e convm, ento, registrar essas primeiras
impresses. Esses comentrios podem ser tambm inseridos de forma apropriada
no sumrio. (Ver orientao em negrito na alnea a).
d) Idias prprias: em vrios momentos (seja em leituras, pesquisas, ou mesmo
sem motivao aparente) surgem ideias que se mostram importantes para o texto
que est sendo desenvolvido. O mtodo do sumrio permite que elas sejam
tambm inseridas, na parte adequada do texto, para que no se percam em nossa mente. No se esquea de diferenciar suas ideias, seu discurso autoral,
daquilo que transcrito da(s) obra(s) lida(s).
Fonte: Adaptado de Mattar (2008, p.187).
Cabe ainda ressaltar que o sumrio prvio, pr-sumrio ou sumarizao s
ser obrigatrio quando o aluno cursar a disciplina TCC, geralmente prevista para o
final da graduao. Tal se justifica para que o orientador especfico tenha condies
de avaliar o nvel de conhecimento do aluno sobre o material do qual extraiu seu
tema de pesquisa, bem como para orientar o aluno a aprimorar seu sumrio a fim de
delimitar melhor a lgica e o percurso da pesquisa.
Para a disciplina Mtodos e Tcnicas de Pesquisa (MTP), fica ao arbtrio do
professor da matria a exigncia da obrigatoriedade do pr-sumrio como ltimo
elemento do projeto de pesquisa.
25
2 ESTRUTURA DO TCC
O TCC a etapa posterior da pesquisa, o que implica dizer que posterior
elaborao do projeto de pesquisa. Sem a realizao do projeto de pesquisa o TCC
torna-se um empreendimento permeado por falhas, por atrasos e por falta de
direcionamento.
Condio para que o aluno cole grau, o TCC no deve ser visto apenas como
uma atividade pr-forma, mas tambm como uma verdadeira chance de se adquirir
e produzir conhecimento. Assim, evita-se reproduzir inconscientemente o que se
ouve do professor ou o que se copia da lousa.
Estruturalmente, essa modalidade de trabalho acadmico divide-se em
elementos pr-textuais, textuais e ps-textuais.
2.1 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS
Os elementos pr-textuais so formados pelas partes elencadas no quadro abaixo:
CAPA
LOMBADA (s para encadernao do trabalho em capa dura)
FOLHA DE ROSTO
FOLHA DE APROVAO
DEDICATRIA
AGRADECIMENTOS
EPGRAFE
RESUMO EM LNGUA VERNCULA
ABSTRACT
26
LISTA DE ILUSTRAES (se houver mais de cinco ilustraes no desenvolvimento do texto)3
LISTA DE TABELAS (se houver mais de cinco tabelas no desenvolvimento do texto)
LISTA DE ABREVIATURAS (se houver mais de cinco abreviaturas no desenvolvimento do texto)
LISTA DE SIGLAS (se houver mais de cinco siglas no desenvolvimento do texto)
LISTA DE SMBOLOS (se houver mais de cinco siglas no desenvolvimento do texto)
SUMRIO
ERRATA (Opcional)
Para as normas da FACIC, todos esses elementos so OBRIGATRIOS,
ainda que a NBR 14724 (2005, p. 3) consigne como opcionais os seguintes
elementos: lombada, dedicatria, agradecimentos, epgrafe e todas as listas. No
caso das listas de smbolo, tabelas etc., a obrigatoriedade se faz quando houver mais de cinco elementos (tabelas, smbolos, siglas etc.).
2.1.1 Capa
Na capa deve haver, na ordem apresentada, os seguintes elementos: nome
da instituio, nome do autor do trabalho, ttulo, subttulo, se houver, local (cidade) e
ano da entrega (do depsito). A capa dura dever trazer a cor correspondente
estabelecida para cada curso da FACIC (ver ANEXO B Orientaes para encadernao em capa dura I).
Os elementos constituintes da capa devem apresentar a seguinte formatao
(ver APNDICE C Modelo de capa do TCC):
3 Cf. Lima (2008, p.24)
27
a) nome da Instituio: centralizado, negrito, fonte 14, caixa alta (todas as letras
em maisculas), espao entrelinhas 1,5 (entre o nome da instituio e nome do
autor do trabalho); Times New Roman ou Arial.
b) nome do autor do trabalho: centralizado, negrito, fonte 14; caixa alta. c) ttulo: centralizado, negrito, fonte 16, espaamento entrelinhas 1,5; caixa alta.
d) subttulo (se houver): centralizado, negrito, fonte 14, caixa alta, separado do
ttulo por dois-pontos, logo abaixo do ttulo, com espaamento de 1,5.
e) local e ano da entrega: centralizados, fonte 14, espao entrelinhas 1,5.
2.1.2 Lombada
Elemento que deve constar somente na capa dura (ver ANEXO C Orientaes para encadernao em capa dura II). Para a defesa pblica do TCC o aluno dever depositar trs (3) exemplares do TCC encadernado em espiral (Obs:
proibido entregar o trabalho grampeado ou afixado de outra maneira).
2.1.3 Folha de Rosto
Deve haver, na ordem apresentada, o nome do autor, ttulo, subttulo (se
houver), natureza (trabalho acadmico, dissertao, tese e outros), objetivo
(aprovao em disciplina, grau pretendido e outros), nome da instituio a que
submetido, nome do orientador precedido de sua titulao, local (cidade), ano da
entrega (do depsito).
Os elementos constituintes da folha de rosto devem apresentar a seguinte
formatao (ver APNDICE D Modelo de folha de rosto do TCC):
a) nome do autor do trabalho: centralizado, negrito, fonte Arial ou Times New
Roman4; tamanho14; caixa alta.
b) ttulo: centralizado, negrito, fonte 16, espaamento entrelinhas 1,5; caixa alta.
4 Todo o trabalho pode ser digitado em Arial ou Times New Roman. O importante que, escolhida uma ou outra fonte, mantenha-se a uniformidade. A partir de agora, sempre que se fizer referncia fonte, ser indicado apenas o seu tamanho, ficando subentendido o tipo da fonte.
28
c) subttulo (se houver): centralizado, negrito, fonte 14, caixa alta, separado do ttulo
por dois-pontos, logo abaixo do ttulo, com espaamento de 1,5.
d) texto indicativo da natureza do trabalho, do objetivo, do nome da instituio e do orientador responsvel: justificado, recuo de 7,5 da margem esquerda
(lembre-se: margem esquerda: 3 cm; direita 2 cm; superior 3cm e inferior 2cm), fonte
12, espao entrelinhas simples.
2.1.4 Folha de Aprovao
Ver modelo e orientaes para formatao da folha de aprovao no
APNDICE E Modelo de folha de aprovao.
2.1.5 Dedicatria
A dedicatria deve ser sucinta e objetiva, sem exageros sentimentais. Ver modelo e orientaes para formatao da Dedicatria no APNDICE F Modelo de dedicatria.
2.1.6 Agradecimentos
Elemento destinado aos agradecimentos a pessoas e instituies que
contriburam efetivamente para a pesquisa. Deve-se observar rigorosamente a
seguinte ordem hierrquica: orientador especfico, Instituio de Ensino (FACIC),
instituies que contriburam com a pesquisa, os demais professores da casa,
familiares e afins. Obs: Se o aluno crer em Deus, pode-se agradec-lO
primeiramente.
Para cada pessoa ou entidade agradecida, indica-se, aps vrgula, o
motivo do agradecimento.
Deve-se ainda atentar para a disposio dos pargrafos nos agradecimentos:
para cada elemento agradecido, um pargrafo.
Quanto formatao, ver APNDICE G Modelo de agradecimentos.
29
O espao entre um agradecimento e outro ser duplo (dois espaos de 1,5) e
entre os perodos de um mesmo agradecimento ser de 1,5.
O corpo do texto dos agradecimentos centralizado.
2.1.7 Epgrafe
a folha onde o autor apresenta uma citao, seguida de indicao de
autoria (SOBRENOME, ano e p.) relacionada com a matria tratada no corpo do
trabalho. Deve ser extrada da prpria bibliografia utilizada para a pesquisa. Ver
APNDICE H Modelo de epgrafe.
2.1.8 Resumo em Lngua Verncula
Elemento obrigatrio que consiste na apresentao objetiva dos tpicos
relevantes do texto, fornecendo uma viso rpida e clara do contedo e das
concluses do trabalho. O resumo, redigido pelo prprio autor, compe-se de uma
sequncia de frases concisas e objetivas e no de uma simples enumerao de
tpicos.
Quanto redao, o resumo no deve ser escrito na voz passiva (tem-se por
tema, objetiva-se com o trabalho; mas sim: o tema da pesquisa ...; o trabalho tem
por objetivo/o objetivo da pesquisa ...). A extenso do resumo vai de um mnimo
de 100 ao mximo de 250 palavras.
Quanto ao contedo, o resumo dever apresentar, sucintamente, o tema, o objetivo geral do trabalho, a metodologia, e as principais concluses (sntese
das constataes e propsitos alcanados pela pesquisa).
Aps o resumo, devem aparecer as palavras-chave ou descritores. O nmero
de palavras-chave vai de trs (3) a sete (7). Inicia-se coma a palavra de significado
mais amplo e conclui-se com a palavra de significado mais especfico para o mbito
da pesquisa.
Quanto formatao e ao modelo de resumo, ver APNDICE I Modelo de
resumo.
30
2.1.9 Abstract
a verso do resumo para a lngua inglesa. O aluno tem de ter em mente
que verso de um texto para outra lngua vai alm da mera traduo, uma vez que a
verso implica adaptao de sintaxe e estilo e no somente substituio de
palavras. No adianta, portanto, traduzir eletronicamente o resumo.
Quem no tiver domnio da lngua inglesa dever procurar ajuda de um
profissional especializado. Ver APNDICE J Modelo de abstract.
2.1.10 Lista de Ilustraes
A NBR 14724 (2005, p.6) define por ilustraes quadros, lminas, plantas,
fotografias, grficos, organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos e outros.
Para os fins deste Manual, o aluno dever elaborar uma lista para cada tipo
de informao, segundo a prpria orientao da NBR 14724 (2005, p.4).
2.1.11 Lista de Siglas e Abreviaturas
Deve-se, tambm, redigir uma lista separada para as siglas e para as
abreviaturas. Ver APNDICE K Modelo de Lista de Siglas.
2.1.12 Lista de Smbolos
Deve-se, igualmente, indicar o significado dos smbolos utilizados no texto.
Ver APNDICE L Modelo de lista de smbolos.
2.1.13 Sumrio
Elemento obrigatrio, cujas partes so acompanhadas do(s) nmero (s) da(s)
folha(s). Havendo mais de um volume, em cada um, deve constar o sumrio
completo do trabalho, conforme a NBR 6027:2003.
31
Uma linha pontilhada deve ser usada para ligar o nome da seo folha
correspondente.
Por seo entende-se subdiviso e, para trabalhos acadmicos, equivalente
a captulo. Por analogia, as subsees equivalem aos subcaptulos.
Todas as sees devem ser alinhadas esquerda e separadas de seus
respectivos ttulos por um espao, sendo todas alinhadas ao ttulo da seo de
maior ndice numrico. Assim, se o sumrio apresentar seo quaternria (maior
ndice numrico), os ttulos das demais sees sero alinhados pelo ttulo da seo
quaternria.
Quanto formatao do sumrio, seguir o exemplo do prprio sumrio deste
Manual.
2.1.14 Errata
Trata-se de uma lista que informa onde ocorrem erros no trabalho, com as
devidas correes. Apresenta-se quase sempre em folha avulsa ou encartada,
acrescida ao trabalho, quando necessrio, depois de impresso. Ver APNDICE M Modelo de errata.
2.1.15 Trs Observaes Essenciais
O aluno deve estar atento para as seguintes recomendaes:
a) A capa do TCC, embora seja o primeiro elemento pr-textual, no deve ser
contada nem numerada.
b) Conta-se a partir da folha de rosto, porm somente receber numerao a
primeira pgina da introduo em diante. Constitui falha metodolgica grave no
numerar devidamente o trabalho.
c) Deve haver uma distribuio harmoniosa entre os elementos constituintes dos
elementos pr-textuais, isto , deve-se primar pela distribuio simtrica e/ou proporcional entre esses elementos, zelando-se, assim, pela esttica da
apresentao do trabalho em sua inteireza.
32
2.2 ELEMENTOS TEXTUAIS
Os elementos textuais so a parte mais importante do TCC. So formados
pela introduo, pelo desenvolvimento (captulos e subcaptulos) e pela concluso.
2.2.1 Introduo
Na introduo, deve haver uma contextualizao da pesquisa e a apresentao de todos os elementos contidos no projeto de pesquisa, exceto o cronograma e o pr-sumrio. erro comum e grave falha metodolgica, no entanto, o aluno elencar o tema, o problema, as hipteses e os demais
elementos em forma de tpicos. O estudante deve, ao contrrio, mencionar tais elementos em texto corrido, isto , inseri-los em uma progresso de pargrafos
contnua, lgica e coerente.
A palavra INTRODUO deve vir no canto superior esquerdo da pgina e ser
redigida em caixa alta e em negrito, com fonte Arial ou times New Roman, tamanho
12.
Alm dos elementos do projeto de pesquisa, a introduo deve conter pargrafos que descrevam a estrutura do trabalho, como o nmero e o contedo tratado dos captulos, as consideraes finais, as referncias e os
apndices e anexos (se houver apndices e anexos). Veja abaixo o quadro
descritivo dos elementos constituintes da introduo:
CONTEXTUALIZAO
TEMA
PROBLEMA
HIPTESES
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECFICOS
JUSTIFICATIVA (social, cientfica e pessoal)
METODOLOGIA
REFERENCIAL TERICO
DESCRIO ESTRUTURAL DO TRABALHO
33
Deve-se seguir essa ordem e, para cada um desses elementos,
necessrio que se escreva, pelo menos, um pargrafo. Na justificativa, dever haver, tambm, um pargrafo para cada um dos aspectos de sua relevncia (social, cientfica e pessoal). Ver ANEXO F Exemplo de introduo de TCC.
2.2.2 Desenvolvimento
No se deve confundir a palavra Desenvolvimento com ttulo de captulo. O
desenvolvimento, pelo contrrio, o conjunto formado pelos captulos (sees) e
subcaptulos (subsees) do TCC.
O texto do desenvolvimento deve obedecer seguinte formatao:
a) Margem superior e esquerda: 3cm
b) Margem inferior e direita: 2cm
c) Pargrafos: sem espao entre os pargrafos; 1,5 de espaamento entrelinhas e
recuo de pargrafo de 1, 25.
d) Os ttulos e subttulos devem seguir a formatao da numerao progressiva (ver
2.2.2.1), no tamanho 12 (Arial ou Times New Roman). Entre os ttulos ou subttulos e
os pargrafos que os antecedem e que os sucedem, devem-se dar dois espaos de
1,5.
e) Nos elementos textuais ttulos e subttulos devem ser alinhados esquerda. O
alinhamento do texto deve ser justificado.
f) Para os ttulos com indicativos numricos, empregam-se algarismos arbicos,
seguindo-se a sequncia dos nmeros inteiros a partir de 1.
g) Os ttulos que no recebem indicativo numrico so: errata, agradecimentos, lista
de ilustraes, lista de abreviaturas e siglas, lista de smbolos, resumos, sumrio,
referncia, glossrio, apndice(s), anexo(s). Esses ttulos devem ser centralizados e grafados com a mesma fonte dos demais ttulos, alm de serem destacados por negrito. A folha de aprovao, a dedicatria, a epgrafe e a folha de autorizao
para reproduo no recebem ttulo nem indicativo numrico.
h) No se deve redigir os ttulos das sees no final da folha e texto na folha
seguinte. No pode haver digitao de uma linha isolada no final ou incio da folha;
i) No se separaram as ilustraes do texto que a elas se referem.
34
j) Os captulos constituem pgina independente e os subcaptulos seguem a
sequncia natural dos captulos a que se subordinam. Veja os exemplos na pgina
seguinte:
ERRADO
1 O DIREITO E A HISTRIA Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx etc.
1.2 MTODOS HISTRICOS
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx etc.
2 INSTITUIES DO DIREITO ROMANO Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx etc.
2.1 HERANA DOS ETRUSCOS
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx etc.
2.1 ROMA REPUBLICANA E IMPERIAL
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx etc.
CERTO
1 O DIREITO E A HISTRIA Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx etc.
1.2 MTODOS HISTRICOS
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx etc.
35
Observe: Cada novo captulo inicia-se em pgina independente
2 INSTITUIES DO DIREITO ROMANO Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx etc.
2.2 HERANA DOS ETRUSCOS
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.Xxxxxxxxdxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx etc.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
2.3 ROMA REPUBLICANA E IMPERIAL
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx etc.
2.2.2.1 Diviso das partes do texto: numerao progressiva
Sees equivalem a captulos e subsees equivalem a subcaptulos. A NBR
6024 (2003, p. 2) disciplina a numerao progressiva. Transcrevem-se, com
algumas adaptaes (em negrito), as orientaes que mais convm a este Manual:
a) So empregados algarismos arbicos na numerao. O indicativo de seo alinhado na margem esquerda, precedendo o ttulo, dele separado por um espao.
b) Deve-se limitar a numerao progressiva at a seo quinria. Embora seja permitida a diviso quinria, recomenda-se que o texto do TCC seja dividido at a seo quaternria. Um texto muito fragmentado pela diviso de sees perde a coeso entre suas partes, o que constitui grave erro redacional.
c) O indicativo das sees primrias deve ser grafado em nmeros inteiros a partir
de 1.
d) O indicativo de uma seo secundria constitudo pelo indicativo da seo primria a que pertence, seguido do nmero que lhe for atribudo na sequncia do
36
assunto e separado por ponto. Repete-se o mesmo processo em relao s demais
sees. Exemplo:
Seo
Primria Seo
Secundria Seo
Terciria Seo
Quaternria Seo
Quinria 1 2 3 . . . 8 9 10 11
1.1 2.1 3.1 . . .
8.1 9.1
10.1 11.1
1.1.1 2.1.1 3.1.1
.
.
. 8.1.1 9.1.1 10.1.1 11.1.1
1.1.1.1 2.1.1.1 3.1.1.1
.
.
. 8.1.1.1 9.1.1.1 10.1.1.1 11.1.1.1
1.1.1.1.1 2.1.1.1.1 3.1.1.1.1
.
.
. 8.1.1.1.1 9.1.1.1.1 10.1.1.1.1 11.1.1.1.1
NOTA - Na leitura oral, no se pronunciam os pontos. Exemplo: em 2.1.1, deve-se
ler dois um, um.
e) No se utilizam ponto, hfen, travesso ou qualquer sinal aps o indicativo de
seo ou de seu ttulo.
f) Todas as sees devem conter um texto relacionado com elas. O no cumprimento desta regra constitui falha gravssima de redao cientfica.
g) Os indicativos devem ser citados no texto de acordo com os seguintes exemplos:
... na seo 4
... ver 2.2
... em 1.1.2.2, 3 ou ... 3 pargrafo de 1.1.2.2
OBSERVAO: O item g importante para a construo do discurso autoral. O aluno no deve apenas citar outros autores. Ele tambm deve fazer referncias
s partes do trabalho.
Quanto formatao da numerao progressiva, A NBR 6024 (2003, p.2)
consigna: Destacam-se gradativamente os ttulos das sees, utilizando os
recursos de negrito, itlico ou grifo e redondo, caixa alta ou versal e outro.
37
Dessa maneira, para as recomendaes adotadas neste Manual, tanto para
o sumrio quanto para o corpo do texto, a fonte, as sees (ttulos) e subsees
(subttulos) sero formatadas da seguinte forma:
a) Seo primria: Caixa alta e negrito.
b) Seo secundria: Caixa alta sem negrito.
c) Seo terciria: Caixa alta e caixa baixa, inclusive se apresentar subttulo.
d) Seo quaternria: Somente a primeira letra maiscula, salvo se houver
substantivo prprio.
e) Seo quinria: Itlico e somente a primeira letra maiscula, salvo se houver
substantivo prprio. Veja exemplo:
1 INICIAO AO MITO (Caixa alta e negrito) 1.1 MITO E AS REAS DO SABER ( Caixa alta sem negrito)
1.1.1 Mito e Religio (Caixa alta e baixa)
1.1.2.1 Crtica e crena (S a primeira letra em maiscula)
1.1.2.2 Crtica e crena na Amrica e Europa (idem, substantivo prprio)
1.1.2.1.1 Quando falha a cincia (itlico e somente a primeira letra em maiscula)
Vale lembrar que, no corpo do texto, todas as sees sero separadas por dois espaos de 1,5 do texto que as antecede e do texto que as sucede.
Alm disso, a fonte de todas as sees ser Arial ou Times New Roman tamanho
12.
2.2.2.2 Formatao de ilustraes e tabelas
Todos os tipos de ilustraes, conforme o exemplificado na subseo 2.1.10,
ficaro o mais prximo possvel do texto que as precede. Sua identificao ficar na
parte inferior (da ilustrao), em sua margem esquerda, precedida de palavra
designativa (fotografia, desenho, fluxograma, figura organograma, quadro etc.)
seguida de seu nmero de ordem de ocorrncia no texto, em algarismos arbicos,
do respectivo ttulo e/ou legenda explicativa, redigida de forma breve e clara,
dispensando-se consulta ao texto para se saber do que se trata a ilustrao. (NBR
38
14724, 2005, p.9). Se o texto explicativo da ilustrao no couber em uma linha,
utiliza-se espao simples entre as linhas.
Logo abaixo sua identificao, deve-se indicar a fonte de onde a ilustrao
proveio. Se for retirada da internet, deve-se indicar o nome do portal, o endereo
eletrnico e a data de acesso (dia ms abreviado ano). Se for retirada de um livro ou
revista, deve-se indicar da seguinte forma: Fonte: Pereira (2011, p. 336).
A identificao da fonte, a legenda e o lugar de onde proveio a ilustrao sero redigidos em Arial ou Times New Roman tamanho 10.
Quanto ao espaamento da ilustrao em relao ao texto que a precede e que a sucede, devem-se dar dois espaos de 1,5.
Se a ilustrao, com suas respectivas identificao, legenda e fonte, no
couber na mesma folha cujo texto a precede, deve-se dar sequncia ao texto e
apresentar a ilustrao j referida, imediatamente na pgina seguinte. (MLLER;
CORNELSEN, p.23-24, 2007, grifo nosso). Veja exemplo de formatao de
fotografia e figura na pgina seguinte:
Fotografia 1 Faculdade de Direito do Largo de So Francisco. Primeira Faculdade de Direito do Estado de So Paulo, fundada em 11 de agosto de 1827, durante o reinado de D. Pedro I. (Procure acrescentar, quando necessrio, uma sucinta informao sobre a ilustrao). Disponvel em: Acesso em 31 jan. 2011.
39
A formatao de tabelas segue as orientaes do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatstica. Ao contrrio das ilustraes, o ttulo precede a tabela. A
identificao da tabela feita pela palavra Tabela, seguida de nmero (em algarismo
arbico da sua ocorrncia no trabalho. Assim como nos ttulos de captulos e
subcaptulos no se pe ponto aps o ttulo de uma tabela. A fonte vem logo abaixo
da tabela.5
As tabelas devem ter, no mnimo, dois traos horizontais para separar o
cabealho e um terceiro para separar o rodap. Suas laterais devem ser abertas:
Caso a tabela seja muito extensa, e no caiba em uma pgina, deve-se
proceder da seguinte forma:
a) cada pgina deve iniciar com o cabealho da tabela;
5 Todas as orientaes sobre formatao de tabelas foram extradas, com mnimas adaptaes, do livro de Acevedo e Nohara (2009, p. 137-139).
Figura 1 Trajetria do heri mitolgico, segundo o diagrama de Vogler. Fonte: Vogler (1992, p. 258).
40
b) a primeira pgina, alm do cabealho e dos nmeros, dever conter a
palavra continua;
c) caso a tabela ocupe mais pginas, essas pginas (exceto a primeira e a
ltima) devero apresentar, no canto superior da tabela, alinhada direita da pgina,
a palavra continuao;
d) indicar na ltima pgina da tabela a palavra concluso;
e) as palavras continua, continuao e concluso so redigidas entre
parnteses, sem negrito, no canto superior de cada cabealho que acompanha
cada pgina da tabela.
f) o trao horizontal que separa a tabela do rodap deve ser posicionado
somente no final da tabela;
g) as fontes e as notas devem ser redigidas somente no final da tabela.
Veja o exemplo abaixo6
Tabela 1 Brasil: taxas anuais de inflao (dez./dez) (medidas pelo ndice Geral de Preos disponibilidade interna IGPI DI)
(continua)
Anos Taxas de Inflao
(%)
Anos Taxas de Inflao
(%)
1948
1949
1950
1951
8,3
12,2
12,4
11,9
1976
1977
1978
1979
46,2
38,8
40,8
72,2
6 Exemplo extrado e adaptado de Pinho e Vasconcellos (2006, p.317).
41
(continuao)
Anos Taxas de Inflao
(%)
Anos Taxas de Inflao
(%)
1952
1953
1954
1955
1956
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
n
12,9
20,8
25,6
12,4
24,4
7,0
24,3
39,5
30,5
47,7
51,3
81,3
91,9
34,5
38,8
24,3
25,4
20,2
19,3
19,5
15,8
15,5
34,6
29,4
%
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
n
110,2
95,2
99,7
211,0
223,8
235,1
65,0
415,8
1.037,6
1.782,9
1.476,71
480,17
1.157,84
2.708,39
909,67
14,77
9,33
7,48
1,71
19,99
9,8
10,4
26,41
6,51
%
42
(concluso)
As tabelas no devem ser utilizadas apenas para ocupar espao nas pginas
de um TCC. Elas devem ser utilizadas em consonncia com a definio de sua
funo e de suas caractersticas: [as tabelas] apresentam informaes tratadas
estatisticamente. (NBR 14724, 2005, grifos nossos).
Assim, em decorrncia da definio, as tabelas s tm razo de existir se
transmitem informaes relevantes e condizentes com a pesquisa. Essas
informaes devem ser discutidas, comentadas e interpretadas pelo autor do trabalho acadmico, e no simplesmente relegadas a um determinado espao
da pgina, sem outra funo que no seja a de pura e simplesmente hipertrofiar (= vulgarmente encher linguia) o texto a fim de se cumprir o mnimo de pginas exigido pela Instituio de Ensino.
Acevedo e Nohara (2009, p.139) afirmam que o autor de um trabalho
acadmico deve se referir tabela utilizando a palavra Tabela seguida pelo
nmero de sua identificao. Ex:7
...de acordo com os dados da Tabela 4, o crescimento da....
...tais constataes podem ser verificadas pela Tabela 7, cuja coluna do percentual
de alunos ingressantes no ensino superior...
... as exportaes do pas (Tabela 11) cresceram...
7 Exemplo transcrito e adaptado de Acevedo e Nohara (2009, p.139)
Anos Taxas de Inflao
(%)
Anos Taxas de Inflao
(%)
.
.
.
n
.
.
.
%
.
.
.
n
.
.
.
%
43
Quando as tabelas forem muito extensas, elas devem constar nos anexos ou
nos apndices. Elas sero referenciadas no corpo do texto da seguinte forma:
Conforme os dados sobre a evaso escolar (ANEXO E, Tabela 6) os pases...
A referncia aos dados contidos em tabelas, grficos e quadros, bem como a
interpretao de figuras por parte do autor do TCC constitui marcas de autoria (ver
discurso autoral), o que valoriza o texto, fazendo com que o trabalho no se torne
apenas um aglomerado de citaes, ilustraes e tabelas sem nenhum esforo
interpretativo do aluno-pesquisador.
2.2.2.3 Notas de rodap
As notas de rodap podem ser utilizadas para indicar as referncias de um
texto citado, quando temos o sistema numrico de referncia (notas de referncias)
ou para explicar um termo e/ou remeter o leitor a determinada obra.
Quando se tem a necessidade de informar, esclarecer ou complementar o
texto, sem que se interrompa o discurso no corpo do trabalho, lana-se mo da nota
de rodap explicativa. Esse tipo de recurso, todavia, s deve ser utilizado quando a
nota for muito relevante, a fim de no se sobrecarregar o trabalho acadmico.
Quando as notas de rodap so utilizadas para fazer referncias cruzadas, ou
seja, para indicar outra(s) obra(s) em que um mesmo assunto tratado, geralmente
utiliza-se a abreviatura Cf. (=confronte ou confira) seguida do nome do autor, da data
e da pgina (caso no se trate de referncia da obra em sua totalidade). As obras
indicadas em referncias cruzadas devero constar da lista de referncias no final
do trabalho. Veja o exemplo de uma referncia cruzada:
__________ 41 Cf. Lima (2008). Com essa obra, a autora Sandra Mara Moraes Lima faz a exegese da
influncia do compadre Quelemm de Gis, esprita kardecista, sobre Riobaldo,
protagonista de Grande serto: veredas.
As notas de rodap devem ser redigidas em espao simples e com fonte Arial/Times New Roman 10. Entre uma nota e outra deve haver espao duplo.
44
2.2.2.4 Discurso autoral, redao e correo de linguagem
Discurso autoral, em termos gerais, a redao do aluno-pesquisador, seu
trabalho e esforo intelectual de conferir a seu TCC a marca de sua autoria.
Consiste em confronto de textos citados, comentrio sobre obras citadas, discusso
de dados e de teorias, argumentao a favor da justificativa e relevncia dos dados
de pesquisa, reconhecimento de limitaes do trabalho e sugestes para a
realizao de futuras pesquisas a partir da pesquisa em foco.
Quando o aluno comenta um trecho de obra citada, vinculando-o sua hiptese, a seu problema, a seus objetivos, ele estar produzindo discurso autoral. Veja os exemplos extrados de trechos da dissertao de Mestrado do autor
do presente Manual:
No foram somente os indianos a pautar suas vidas em consonncia com preceitos mitolgicos expressos pelos grandes poemas e narrativas oriundos da tradio oral. Os gregos, os pais da Filosofia Ocidental, durante muito tempo, atribuam um valor Ilada e Odisseia que transcendia ao mbito esttico. Os dois poemas de Homero influenciaram toda a vida civil e religiosa da Hlade, como pontua Carpeuax (1959) ao considerar a posio do lendrio Homero como criador de um cnon fixo, ao qual, durante grande parte da histria da Grcia, no se permitia acrescentar nada, proibindo-se qualquer tentativa de imitao das consagradas epopeias:
[...] As epopeias homricas eram consideradas como cnon fixo, ao qual no era lcito acrescentar outras epopeias, de origem mais moderna. A Ilada e a Odisseia eram usadas, nas escolas gregas, como livros didticos; no de maneira como ns outros fazemos ler aos meninos algumas grandes obras de poesia para educar-lhes o gosto literrio; mas sim da maneira como se aprende de cor um catecismo. Para os antigos, Homero [...] era indiscutido: mas no como epopeia, e sim como Bblia. Era um Cdigo. Versos de Homero serviam para apoiar opinies literrias, teses filosficas, sentimentos religiosos, sentenas dos tribunais, moes polticas. Versos de Homero citaram-se nos discursos dos advogados e estadistas, como argumentos irrefutveis. (CARPEAUX, 1959, p. 52)
Percebemos, pelas palavras de Carpeuax, o quanto o mito se espraiou no s para o que posteriormente estudaramos como literatura, como tambm para o pensamento e, em consequncia, para o modus vivendi de um povo imortalizado por suas conquistas nos campos da filosofia e das cincias, como a matemtica, a astronomia, a biologia e a epistemologia. No entanto, foi no seio da prpria civilizao grega que o mito comeou a afastar-se da religio e da histria, por meio das concepes de Plato, Aristteles e Evmero.
Discurso autoral introdutrio de citao
Citao
Discurso autoral de comentrio e interpretao da citao
45
A redao clara, correta e objetiva do relatrio de pesquisa (TCC) tambm
deve ser preocupao constante do aluno-pesquisador. Este, ao final de sua
pesquisa, dever realizar uma criteriosa reviso gramatical e redacional de seu
trabalho, observando os seguintes aspectos:
a) ortografia (conforme as modificaes do Novo Acordo Ortogrfico da Lngua
Portuguesa, j em vigor desde 2009);
b) regncias verbal e nominal;
c) concordncias verbal e nominal;
d) uso de pronomes e colocao de pronomes;
e) construo dos perodos simples e compostos;
f) emprego da crase;
g) adequao vocabular e preciso conceitual dos termos empregados
h) construo de pargrafos;
i) coeso e coerncia;
j) digitao de acordo com as orientaes metodolgicas deste manual.
O TCC deve ser escrito de acordo com a norma culta da lngua portuguesa. Cabe ressaltar que a reviso gramatical e redacional de inteira
responsabilidade do aluno-pesquisador, no ficando o orientador especfico nem o Coordenador de Monografias ou o professor de Mtodos e Tcnicas de Pesquisa responsveis pela realizao de tal tarefa.
Alm de conferir clareza e coerncia ao texto, a reviso gramatical, redacional
e metodolgica so critrios de avaliao do TCC, tanto para a disciplina em que
sua elaborao cobrada quanto para a defesa pblica perante a banca
examinadora.
O orientador especfico poder, inclusive, exigir que seus orientandos cuidem da reviso gramatical redacional e metodolgica j desde o incio das
entregas parciais do TCC para sua avaliao.
Alm dos aspectos gramaticais, ao redigir um texto acadmico, necessrio
que o aluno esteja atento para as seguintes orientaes:
a) As afirmaes contidas no desenvolvimento do texto no devem encerrar opinies
pessoais modalizadas sob as seguintes construes: eu acho, eu penso, eu acredito, eu pressuponho. Todas as afirmaes devem ter o respaldo dos materiais coletados, sejam esses primrios (resultantes de pesquisas de campo e/ou
documental realizadas) ou secundrios (resultante de pesquisa bibliogrfica), desde
46
que devidamente indicadas as fontes e os referenciais tericos que, em seu
conjunto, do forma e contedo ao quadro terico.
b) O desenvolvimento uma seo do TCC, mas no assume jamais a forma de
ttulo, como so os casos da introduo e da concluso. Os contedos
correspondentes ao desenvolvimento devem ser organizados em captulos e
subcaptulos. (veja os itens 1.10 e 1.11)
c) Deve-se iniciar cada captulo com a sntese do que o leitor encontrar naquela seo do desenvolvimento. Para tanto, indispensvel precisar o objetivo que o captulo se compromete a atingir, a contribuio deste para o alcance do objetivo geral da pesquisa realizada e a indicao dos principais referenciais tericos que embasaro o captulo. (=Indicao dos principais
autores/obras). Veja exemplo do Prof. M.e Alexandre Gonalves Pereira extrado do
primeiro captulo da monografia apresentada a um curso de especializao em
Literatura:
O presente captulo visa apresentar as consideraes tericas que fundamentam a
anlise do conto A hora e vez de Augusto Matraga.
Destacam-se os estudos sobre a personagem e sua relao com a linguagem e
com a fico, a fim de se verificarem as caractersticas qualificadoras do heri, alm de se
estudar como se estabelece, na narrativa em foco, a oposio entre protagonista e
antagonista. Para o cumprimento de tais propsitos, so discutidas, tambm, abordagens
tericas sobre mito e iniciao.
A oposio entre antagonista e protagonista, assim como as suas caracterizaes
usuais, segue uma abordagem semiolgica fundamentada nos postulados tericos de
Hamon (1976). Considera-se, tambm, a opos