Post on 13-Dec-2018
Prolegômenos conceituais◦ Geopolítica e interesse nacional
Para uma geopolítica brasileira no Século XXI◦ Olhar para o presente
◦ Olhar para o futuro
Considerações finais
Referências
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Geografia + política?
Esclarecendo pré-conceitos: geopolítica
( Criadores:Tom Ruegger e Steven Spielberg)
Esclarecendo pré-conceitos: geopolítica
POPULAÇÃO
Sobrevivência
território
fronteiras
RECURSOS
DEFESA
PODER
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GEOPOLITICA
TERRITÓRIO (ESPAÇO APROPRIADO)
COMUNIDADES, TRIBOS, FEUDOS, REINOS, IMPÉRIOS, ESTADOS-
NAÇÕES, PAÍSES
GRUPO SOCIAL, POLÍTICA, IDEOLOGIAS, CULTURA
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Geopolítica contemporânea que carrega elementos
da geopolítica clássica (território estatal,
conformação, localização, tamanho, posição,
recursos naturais), mas vai além.
Macrovetores civilizatórios:
◦ Mundialização da produção e do consumo
(interdependência complexa);
◦ Dinâmica populacional;
◦ Desenvolvimento tecnológico e robotização do trabalho;
◦ Uso crescente dos recursos naturais (contaminação e
destruição);
◦ Mudanças climáticas;
◦ Aumento drástico da velocidade dos processos sociais.
(VIOLA; FRANCHINI, 2012)7
O paradoxo contemporâneo
empoderamento do humano
redes sociais e conectividades
cadeias produtivas globais
paradoxo do poder: novos poderes e o TER
versus USAR
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PODER MILITAR TERRESTRE
PODER MARÍTIMO
PODER AÉREO
PODER ESPACIAL
PODER CIBERNÉTICO
AC Avanços tecnológico (+ veloz) Séc XXI
Mudanças das mentalidades / cultura (+ lento)
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“Existem tantas geopolíticas (teorias)
quanto países” (WEIGERT, 1944)
“Cada país tem a geopolítica que merece ou que aspira” (WEIGERT,1944, pp.33,34)
“formulação de uma política verdadeiramente nacional, que
reflita as necessidades e interesses dos diferentes
estratos da sociedade civil. O fundamento há de ser a
consciência do que corresponde aos interesses nacionais
permanentes da nação: a sobrevivência nacional, a
integridade territorial, a independência, a
autodeterminação e a segurança nacionais, o bem-estar
da população, a defesa da identidade cultural, a
preservação dos valores nacionais, etc. [...] nesse campo,
possam surgir eventualmente discrepâncias e divergências
fundamentais. (Emb. Lauro Escorel de Moraes, 1986)
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INTERESSE NACIONAL
INTERESSES NACIONAIS: Preservação dos bens
conquistados (povo, território e soberania, incluídos o
patrimônio nacional e suas riquezas, matérias e
imateriais) e a à busca dos elementos conceituais
centrais do desenvolvimento sustentável
(desenvolvimento econômico, meio ambiente e bem-
estar social) (ABREU, 2017, p.49)
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INTERESSE NACIONAL
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[...] para se enquadrar na categoria de nação emergente no âmbito das Relações Internacionais:1º - Superfície territorial maior do que 5.000.000 km².2º - Continuidade territorial.3º - Acesso direto e amplo ao mar.4º - Recursos naturais estratégicos e essenciais.5º - População maior do que 100 milhões de habitantes.6º - Densidade demográfica maior do que 10 habitantes por km² e menor do que 200 habitantes por km².7º - Homogeneidade racial.Essas sete condições básicas, na atualidade [1986], só são preenchidas por dois países - a China e o Brasil.Assim, no âmbito das Relações Internacionais, apesar dos grandes espaços vazios por preencher e integrar, figuramos entre as nações mais populosas do Globo. Nação das mais populosas, onde a homogeneidade racial se vem impondo desde os primórdios coloniais, com três condições fundamentais para ser Grande Potência: espaço, posição e matérias-primas; somos, portanto, dentro do conceito geopolítico global, uma Nação satisfeita.
(CASTRO, Therezinha de. Retrato do Brasil: Atlas-texto de Geopolítica. Rio de Janeiro: BIBLIEx, 1986, p. 33 e 34.)
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“[...] três condições fundamentais para ser Grande Potência: espaço, posição e matérias-primas; somos, portanto, dentro do conceito geopolítico global, uma Nação satisfeita.” (CASTRO, 1986)
POR QUE NÃO SOMOS GRANDE POTÊNCIA?
Inclusão social:
◦ Políticas que envolvam saneamento, abastecimento de água, saúde, moradia e renda.
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Índice de GINI
Inclusão social – Índice de Desenvolvimento Humano
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“Não é a pobreza que provoca a
violência, mas a percepção da
desigualdade” (GIDDENS)
Educação (formação qualitativa e integral)
◦ Resulta em cidadania, pesquisa, inovação, novas
tecnologias, mão-de-obra especializada e
desenvolvimento;
◦ “Geração de capazes” (sentido macro)
◦ Reverte em bem estar social.
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Desindustrialização
◦ Redução do valor agregado na pauta de exportação;
◦ Dependência na aquisição de produtos tecnológicos;
◦ Perda de competitividade na nova DIT.
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Infraestrutura
◦ Mobilidade (urbana e rural)
◦ Integração regional
◦ Suporte ao desenvolvimento
◦
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Primeiro estabelecer a direção. O como chegar se decide posteriormente com ações efetivas e compromisso.
Grande estratégia para o Brasil caminhar na direção escolhida.
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Focar no que nos aproxima e não no que nos afasta
(construir consensos).
Estancar a desagregação social.
Buscar o bem comum e o compromisso com a Nação.
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“Muitos especialistas denunciam a ausência de um projeto nacional de desenvolvimento a guiar as escolhas e prioridades da esfera pública e buscar a convergência de esforços com a iniciativa privada. Somente um amplo debate nacional poderia indicar essa estratégia [...] Para a construção de estratégias de longo prazo, é necessário pactuar essa estratégia entre os diversos atores envolvidos, monitorar e avaliar as decisões tomadas vis-à-vis as mudanças no ambiente, para que essas estratégias não sofram solução de continuidade ao longo do tempo. Sem uma estratégia de longo prazo pactuada, o Brasil continuará a mercê da estratégia de outros.” (Brasil 2035, 294,295)
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ABREU, Gustavo de Souza. Amazônia, o enigma da segurança. 2017. 229p. No prelo.
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado. Rio de Janeiro: Globo Editora, 2008.
CASTRO, Therezinha de. Retrato do Brasil: Atlas-texto de Geopolítica. Rio de Janeiro: BIBLIEx, 1986, p. 33 e 34.
CORRÊA, Marcello. Brasil é o 10º país mais desigual do mundo. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/brasil-o-10-pais-mais-desigual-do-mundo-
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COSTA, Wanderley Messias. Geografia política e geopolítica. Discursos sobre o território e poder. São Paulo: Editora HUCITEC, 1992.
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FIESP. Perda de Participação da Indústria de Transformação no PIB. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos.Maio 2015. Disponível em:
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GONZALES, Selma Lúcia de Moura. A geopolítica como instrumento para análise de crises internacionais. Aula ministrada no Curso de Análise de Crise
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KHANNA, Parag. Connectography: Mapping the Future of Global Civilization. Random House Lcc Us, 2016.
IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; ASSECOR. Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento. Brasil 2035: cenários
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MORAES, Lauro Escorel de. O Conceito de "Interesse Nacional" e a Responsabilidade de Diplomacia Brasileira. Aula inaugural proferida nos cursos noturnos da
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no dia 3 de março de 1986.
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Brasília, no dia 29 de agosto de 2017.
VIOLA, Eduardo; FRANCHINI, Matías. Sistema internacional de hegemonia conservadora: o fracasso da Rio + 20 na governança dos limites planetários. Ambiente &
Sociedade. São Paulo v. XV, n. 3. set.-dez. 2012. p. 1-18
WEIGERT, Hans W. Geopolítica: generales y geógrafos. México, DF: Fondo de Cultura Economica , 1944.