MACUNAÍMA, de Mário de Andrade AULÃO Prof a . Karen Neves Olivan

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MACUNAÍMA, de Mário de Andrade AULÃO Prof a . Karen Neves Olivan. MACUNAÍMA, de Mário de Andrade BIOGRAFIA. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1883. Era de boa origem, pobre, rebelde e distraído. - PowerPoint PPT Presentation

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MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade

AULÃOAULÃO

ProfProfaa. Karen Neves Olivan. Karen Neves Olivan

• Nasceu na cidade de São Paulo, em 1883.

• Era de boa origem, pobre, rebelde e distraído.

• Foi considerado um artista/intelectual completoartista/intelectual completo, pois se dedicou:

- à música;- à literaturaà literatura;- à pesquisa do folcloreà pesquisa do folclore;- aos ensaios sobre cultura popular e

literatura.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade BIOGRAFIABIOGRAFIA

• Estreou Estreou na literatura em 1917em 1917, com Uma gota de sangue em cada poema.

• Participou da Semana de Arte ModernaSemana de Arte Moderna (192222), sendo um de seus líderes mais atuantesum de seus líderes mais atuantes.

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PARÊNTESES 1PARÊNTESES 1 SEMANA DE ARTE MODERNASEMANA DE ARTE MODERNA • Também chamada de Semana de 22Semana de 22.

• Ocorreu em São Paulo, de 11 a 18 de fevereiro de 1922.

• Foram expostos quadrosquadros e apresentadas poesiaspoesias, músicasmúsicas e palestraspalestras sobre a modernidademodernidade.

• Representou uma verdadeira renovação de renovação de linguagemlinguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passadoruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou da vanguarda a arte passou da vanguarda para o modernismopara o modernismo.

• O evento marcou época ao apresentar novas novas ideias e conceitos artísticosideias e conceitos artísticos, como:

- a poesia através da declamaçãopoesia através da declamação, antes era só escrita;

- a música por meio de concertosmúsica por meio de concertos, antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas;

- a arte plástica arte plástica exibida em telasem telas, esculturas esculturas e maquetes de arquitertura, com desenhos e maquetes de arquitertura, com desenhos arrojados e modernosarrojados e modernos.

PARÊNTESES 1PARÊNTESES 1 SEMANA DE ARTE MODERNASEMANA DE ARTE MODERNA

• O adjetivo "novo" passou a ser marcado em todas estas manifestações que propunha algo no mínimo curioso e de interesse.

• Participaram da Semana nomes consagrados:

- Mário de Andrade;- Oswald de Andrade;- Victor Brecheret;- Anita Mafalti;

- Menotti Del Pichia;- Sérgio Milliet;- Heitor Villa-Lobos etc.

PARÊNTESES 1PARÊNTESES 1 SEMANA DE ARTE MODERNASEMANA DE ARTE MODERNA

• Foi um modernista convictomodernista convicto tanto na forma quanto nas ideias.

• Entre 1934 e 1937, dirigiu o Departamento de Cultura de São Paulo.

• Fundou a Discoteca Pública.

• Promoveu o I Congresso da Língua Nacional.

• Foi um dos fundadores da USP.

• Criou a Biblioteca Municipal, que hoje leva seu nome.

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• Com a 2ª Guerra Mundial2ª Guerra Mundial e a Ditadura do EstadoDitadura do Estado NovoNovo, foi perseguido, pois tinha uma grande desilusão com o mundo e com as pessoas.

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• 1939 início da 2ª Guerra Mundial.

• Até 1941 Getúlio VargasVargas se manteve neutroneutro.

• No início de 1942, os países sul americanospaíses sul americanos, a contragosto de Getúlio, decidiram condenar os condenar os ataques japoneses aos Estados Unidos e romper ataques japoneses aos Estados Unidos e romper relações diplomáticas com os países do Eixorelações diplomáticas com os países do Eixo: Alemanha, Itália e Japão.

• GetúlioGetúlio, suspeito de ser simpatizante das idéias fascistasfascistas.

PARÊNTESES 2PARÊNTESES 2 2ª GUERRA MUNDIAL + DITADURA2ª GUERRA MUNDIAL + DITADURA

• A opinião pública se dividia:

- imigrantes simpatizavam com os países do Eixo Roma-Berlim-Tóquio;

- comunistas, com grande poder de mobilização e influência na imprensa pediam apoio aos EUA.

• 1942 submarinos alemães atacaram navios submarinos alemães atacaram navios mercantes brasileirosmercantes brasileiros.

PARÊNTESES 2PARÊNTESES 2 2ª GUERRA MUNDIAL + DITADURA2ª GUERRA MUNDIAL + DITADURA

• Getúlio declarou o estado de beligerânciaestado de beligerância (guerra com garantias internacionais) e o estado de guerra à Alemanha e à Itáliaestado de guerra à Alemanha e à Itália.

• Brasil e Estados Unidos assinaram um acordoBrasil e Estados Unidos assinaram um acordo: o governo norte-americano se comprometeu a financiar a construção de uma grande usina siderúrgica brasileira (Companhia Siderúrgica Companhia Siderúrgica NacionalNacional), em troca da permissão para a instalação de bases militares e aeroportos no Nordeste e em Fernando de Noronha.

PARÊNTESES 2PARÊNTESES 2 2ª GUERRA MUNDIAL + DITADURA2ª GUERRA MUNDIAL + DITADURA

• Seu repúdio ao fascismofascismo aproximou-o da esquerda, do comunismocomunismo.

• Desgastado pelo trabalho e pela angústia existencial, isolou-se em casa, onde morreu em 1945 de ataque cardíaco.

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MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• Poesia:

- Há uma gota de sangue em cada poema (1917)- Paulicéia desvairada (1922)- Losango Cáqui (1926)- Clã do Jabuti (1927)- Remate de Males (1930)- Lira paulistana (1945)

• Contos:

- Primeiro andar (1926)- Belazarte (1934)- Contos novos (1956)

• Romances:

- Amar, verbo intransitivo (1927)- MacunaímaMacunaíma (1928)

• Ensaios:

- A escrava que NÃO era Isaura (1925)- Aspectos da Literatura Brasileira (1943)- O empalhador de passarinhos (1955)

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MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

• Apresenta um espírito altamente revolucionário nos aspectos formais ou temáticos, com aspectos da linguagem calcados em neologismosneologismos e fala popularfala popular.

• 1º romance que coloca em prática os objetivos do Movimento AntropófagoMovimento Antropófago, criado por Oswald de Andrade.

• Título: MacunaímaMacunaíma.• Subtítulo: o herói sem nenhum carátero herói sem nenhum caráter

• Mário procura representar o anti-heróianti-herói..

PARÊNTESES 3PARÊNTESES 3 MOVIMENTO ANTROPOFÁGICOMOVIMENTO ANTROPOFÁGICO

• Manifestação artística brasileira da década de 20

• Baseado no Manifesto Antropófago escrito por Oswald Andrade.

• Objetivava a deglutição da cultura do outro externo.

• Não se deve negar a cultura estrangeira, mas ela não deve ser imitada.

• Foi um dos marcos do modernismo brasileiro.

• Tem como a principal obra a pintura Abaporu, de Tarsila do Amaral.

1.Anti-herói: alguém que protagoniza atitudes referentes às do herói clássico, mas que não possuem vocação heróica ou que realizam as façanhas por motivos egoístas, de vaidade.

2.O anti-herói conquista o leitor ou espectador. São personagens não inerentemente maus e que, às vezes, até praticam atos moralmente aprováveis.

PARÊNTESES 3PARÊNTESES 3 ANTI-HERÓIANTI-HERÓI

1.O anti-herói, diferente do vilão, sempre obtém aprovação, seja através de seu carisma, seja por meio de seus objetivos muitas vezes justos ou ao menos compreensíveis, o que jamais os torna lícitos.

2.A malandragem, por exemplo, é uma ferramenta tipicamente anti-heróica...

3.Os fins justificam os meios.

PARÊNTESES 3PARÊNTESES 3 ANTI-HERÓIANTI-HERÓI

• Mário ataca as desvirtudes nacionais e aprofunda-se nos defeitos do homem brasileiro.

• A obra mistura elementos como o fantástico, o mitológico, o lendário, o histórico e as crendices populares.

• A linguagem é abrasileirada, com neologismos, regionalismos e populismos.

• A obra foi escrita de 16 a 23 de dezembro de 1927. Nasceu de um jorro, foi reescrita 4 vezes.

• Romance ou Novela? Rapsódia?

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃO

I – MACUNAÍMAII – MAIORIADEIII – CI, MÃE DO MATOIV – BOIÚNA LUNAV – PIAIMÃVI – A FRANCESA E O GIGANTEVII – MACUMBAVIII – VEI, A SOLIX – CARTA PRAS ICAMIABASX – PAUÍ-PÓDOLE

XI – VELA CEIUCIXII – TEQUETEQUE, CHUPIMZÃO E A INJUSTIÇA DOS HOMENSXIII – A PIOLHENTA DO JIGUÊXIV – MUIRAQUITÃXV – A PACUERA DE OIBEXVI – URARICOERAXVII – URSA MAIOREPÍLOGO

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃO

• Macunaíma nasceu preto retinto da noite às margens do Uraricoera.

• É preguiçoso e, por isso, demora muito a falar.

• Entretanto, está sempre a brincar com Sofará, se é mulher de seu irmão Jiguê.

• A esperteza de Macunaíma manifesta-se cedo, caça uma anta.

• Jiguê dá só as tripas para o herói.

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• Macunaíma sonha com dente e sabe que a mãe vai morrer.

• Encontra-se com o Curupira, mas sua esperteza evita que seja pego pelo monstrinho. Uma cotia admira a esperteza do herói e joga sobre ele um caldo de mandioca brava, que faz Macunaíma virar um homem grande e forte.

• Macunaíma e os irmãos partem.

• Encontram Ci, a mãe de mato e rainha das Amazonas (Icamiabas).

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• Macunaíma brinca com ela, que é ninfomaníaca e gosta de inventar jogos amorosos.

• Ci fica grávida, nascendo uma criança que morre prematuramente, depois de sugar o seio envenenado pela cobra preta.

• Com a morte do filho, Ci decide morrer e vira estrela.

• Antes de partir, dá ao companheiro uma Muiraquitã famosa.

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• Macunaíma despede-se das Icamiabas e parte em busca de novas aventuras.

• Macunaíma luta contra Capei e perde a muiraquitã.

• Uirapuru conta ao herói que a pedra foi vendida por um mariscador a um mascate chamado Venceslau Pietro Pietra, que mora em São Paulo.

• Macunaíma e os irmãos partem em busca da muiraquitã.

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• Macunaíma descobre que Venceslau Pietro Pietra é o gigante Piaimã, comedor de gente.

• Macunaíma tenta recuperar a pedra, mas acaba sendo vencido e morto pelo Piaimã.

• Maanape, irmão feiticeiro do herói, consegue fazê-lo voltar à vida.

• Macunaíma veste-se de francesa para seduzir Venceslau Pietro Pietra e recuperar seu talismã.

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• Venceslau Pietro Pietra recusa-se a vender a pedra para a francesa. Macunaíma percebe que o gigante quer brincar com ele. Acaba fugindo do cachorro do gigante e percorrendo boa parte do país. Esconde-se num formigueiro, mas depois de uma cena hilária, consegue escapar.

• Macunaíma testa sua força, mas descobre que ainda não está forte para matar o gigante.

• Macunaíma procura o famoso terreiro de macumba da tia Ciata, no Rio.

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• Quando desce o próprio Exu, pede a ele que castigue o gigante Piaimã.

• Este é fortemente maltratado em sua casa em São Paulo. Os médicos não conseguem explicar os ferimentos.

• Macunaíma encontra Vei, a Sol que resolve casar uma de suas três filhas com o herói.

• Vei descobre que Macunaíma não cumpre a palavra de esperar que ela voltasse com as filhas de um passeio.

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• Ele brinca com a portuguesa na jangada.

• Estava no Flamengo com a moça, quando um monstro Mianiquê-Teibê apareceu. Macunaíma foge e o monstro como a portuguesa.

• Macunaíma volta para São Paulo e escreve uma carta para as Icamiabas em português erudito.

• No final da carta, pede dinheiro para suas despesa, uma vez que as polacas e francesas cobram caro por suas brincadeiras, mas promete ensinar tudo o que aprendeu quando voltar para casa.

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• O herói resolve estudar o brasileiro falado e escrito enquanto Venceslau Pietro Pietra recuperava-se da surra.

• Ouve o discurso de mulato sobre o Cruzeiro do Sul e, não concordando com as palavras do outro, conta a lenda do pai do Mutum.

• O herói engana os irmãos dizendo que encontrou rastro fresco de tapir na frente da Bolsa de Mercadorias.

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• Uma multidão decide ajudar os três a caçarem o tapir.

• Quando descobrem que foram enganados, ficam com raiva.

• Macunaíma culpa os irmãos.

• A multidão ameaça linchar os manos do herói.

• Este toma as dores dos manos.

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• Um estudante discursa, mas é interrompido por Macunaíma, que acaba enfrentando a multidão e brigando.

• Acaba preso por um policial.

• No meio da confusão, consegue fugir e vai ver como passava o gigante Venceslau Pietro Pietra, ainda convalescendo, da sova apanhada na macumba.

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• Faz uma aposta com o menino Chuvisco para v ver quem consegue assustar o gigante e sua família.

• Perde a aposta e resolve pescar.

• O herói transforma-se numa piranha e corte a linha de um inglês.

• Apesar dos avisos de Maanape, que era feiticeiro, vai pescar e encontra Ceiuci, a gulosa mulher do gigante Piaimã.

• Ceiuci consegue prender o herói.

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• Macunaíma pede ajuda à filha mais moça de Ceiuci, que o auxilia a fugir a cavalo.

• Durante a fuga, atravessa outra vez o Brasil, estando em vários lugares em poucos instantes, chegando até Mendonza, na Argentina.

• Piaimã foi à Europa recuperar-se da surra.

• Macunaíma quer também ir atrás do gigante, tentando, por sugestão de Maanape, uma bolsa de estudos na Europa como pintor.

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• O governo recusa a bolsa, pois já há pintores brasileiros demais no exterior.

• Macunaíma e os manos viajam para procurar uma panela com dinheiro.

• Encontram um macaco comendo coquinho.

• O macaco ensina o herói a quebrar coquinhos Toaliquiçus para comer.

• Macunaíma agarra um paralelepípedo e bate.

• Cai morto, já que os Toaliquiçus são seus próprios testículos.

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• Maanape ressuscita o herói e recupera suas “partes” com fumaça de cachimbo assoprada por ele.

• Jiguê arruma outra companheira, Suzi, que acaba brincando escondido com Macunaíma.

• Jiguê fica com raiva depois de descobrir tudo.

• Surra a mulher e Macunaíma, e acaba depois de um tempo expulsando Suzi com uma porretada.

• Suzi vira a estrela que pula.

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• Macunaíma reencontra a terra natal.

• A tapera em que viviam está destruída.

• Depois de outras artes, Macunaíma transforma Jiguê numa sombra leprosa.

• Esta tenta destruir Macunaíma para se vingar, mas acaba devorando Maanape e a princesa que foi companheira de Macunaíma e tornara-se amante de Jiguê.

• Sozinho, o herói toma por companheiro um maracanã, pequeno papagaio comum no norte.

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• Num dia de calor, Macunaíma acaba entrando na lagoa atrás de uma linda moça.

• Tudo não passava de uma traição de Vei, a Sol, que esquentara para obrigar o herói entrar na água.

• Macunaíma não conseguiu resistir aos encantos da moça, que era a Uiara.

• Macunaíma sai da lagoa sem várias partes, inclusive as mais íntimas.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade SÍNTESESÍNTESE

• Depois de certa indecisão, o herói decide virar estrela e sobe para o céu.

• Quem conta a história ao autor é o papagaio de Macunaíma, já que toda sua tribo extinguiu-se.

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MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTRUTURA DA OBRAESTRUTURA DA OBRA

• Ação:

- Narrativa rápida, apesar do excesso de digressões.

- A trajetória é marcada por aventuras fantásticas.

- Parece a narrativa de um contador de histórias populares, que vai se lembrando de outras histórias e as inserindo.

- O enredo é um verdadeiro coquetel de histórias, lendas, anedotas e crendices.

• Foco narrativo:

- Narrado em 3ª pessoa.- Narrador onisciente, profundo conhecedor

da personalidade e da alma das personagens.

- Narrador tece seus próprios julgamentos e juízos sobre atitudes e pensamentos das personagens.

- No epílogo, o foco narrativo muda para 1ª pessoa.

- Há momentos em que o narrador passa a voz para as próprias personagens, dando maior dramaticidade.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTRUTURA DA OBRAESTRUTURA DA OBRA

• Tempo:

- Indeterminado, visto a quantidade de expressões do tipo “no outro dia”.

- A capacidade do herói de conversar com personagens histórica do passado o torna atemporal, pois nessa capacidade ele reconstrói os heróis míticos ou lenários.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTRUTURA DA OBRAESTRUTURA DA OBRA

• Espaço:

- O espaço é o Brasil como um todo, porém paradoxalmente indeterminado.

- Apesar do autor apresentar espaços como São Paulo, há nas constantes fugas do herói um rompimento lógico na noção do espaço.

- Espaço mágico e fantástico.- Expressões como “légua e meia” gera uma

indeterminação resultante dos elementos míticos e lendários que acompanham Macunaíma, capaz de estar em vários lugares num lance rápido.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTRUTURA DA OBRAESTRUTURA DA OBRA

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUALESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUAL

• 1ª fase do modernismo geração de 22.

- Caráter revolucionário da linguagem.- Narrativa fragmentada ou digressiva.

• Princípios que nortearam os rumos iniciais do modernismo de 22, segundo Mário de Andrade:

- Ruptura das subordinações acadêmicas.- Destruição do espírito conservador e

conformista.- Demolição de tabus e preconceitos.

- Perseguição permanente de 3 princípios fundamentais:

# direito à pesquisa estética.# atualização da inteligência artística

brasileira.# estabilização de uma consciência

criadora nacional.

Nesses moldes, Macunaíma é uma obra revolucionária.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUALESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUAL

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUALESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUAL

• Aspecto tipicamente moderno na obra: digressões do narrador para explicar elementos mitológicos, contar lendas ou analisar o comportamento do protagonista.

• A obra funciona como uma rapsódia, misturando lendas, mitos, crenças e citações retiradas de diversos autores, letras de canções populares ou cantigas e ditados populares.

• A intertextualidade é outra forma de digressão.

• A linguagem é o ponto alto da obra, no que se refere à proposta experimental estética, visto que o narrador se expressa com brasileirismos.

• Mário de Andrade dá ênfase ao nacionalismo, por meio dos regionalismos.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUALESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUAL

Mistura no capítulo da carta às Icamiabas os falares regionais, populares e lusitanos, além do repúdio às normas gramaticais. Exemplos:

- Uso da próclise no lugar da ênclise: “Macunaíma sese arrastou até a tapera sem

gente”

- Repetição do advérbio de negação depois do verbo:

“porque nãonão podia dar Taimã-Cã em casamento pra filha velha nãonão”

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUALESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUAL

- Pronomes iniciados com pronome oblíquo: “- MeMe acudam sinão eu mato!”

- Repetição de substantivo com sentido de reforço:

“Urubu é passo feio feio feiofeio feio feio!” “Urubu é passo limpo limpo limpolimpo limpo limpo!” “Era um coroca enrugado enrugadoenrugado enrugado”

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUALESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUAL

- Emprego de períodos sem pontuação: “Tudo o que Macunaíma pegava ele

engolia, tamorita mangarito inhame biribá tamorita mangarito inhame biribá cajuí guaimbé guacá uxi ingá bacuri cajuí guaimbé guacá uxi ingá bacuri cupuaçu pupunhacupuaçu pupunha...”

- Emprego de brasileirismos:

ColoquialismosColoquialismos “ O mais grandemais grande puxava a dança cantando”

RegionalismosRegionalismos bocagens, machucadura, bocagens, machucadura, friagemfriagem.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUALESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUAL

NeologismosNeologismos pensamentear, curioseavam, faceirava.

Desrespeito à ortografiaDesrespeito à ortografia pra, maginou, milhor.

Vocabulário indígenaVocabulário indígena cunhã, curumim, uirapaié.

OnomatopéiasOnomatopéias curruc-pac, papac.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade ESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUALESTILO DA ÉPOCA E ESTILO INDIVIDUAL

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade PRINCIPAIS TEMAS E PROBLEMÁTICAPRINCIPAIS TEMAS E PROBLEMÁTICA

• Macunaíma é uma obra múltipla:

- Texto com conhecimentos e crenças da cultura brasileira.

- Linguagem gera, inicialmente, pânico no leitor.

- O autor disseca o caráter de Macunaíma e cria uma narrativa múltipla através das peripécias de seu malicioso anti-herói.

• A narrativa cria no protagonista um misto de herói lendário e do malandro típico (novela picaresca).

• Macunaíma representa uma retomada satírica do romance de cavalaria, devido ao processo de carnavalização.

• Mostra que Mário queria ao mesmo tempo parodiar o heroísmo das protagonistas em narrativas anteriores ao romantismo e satirizar o mito do herói destemido e invencível.

• Macunaíma é um anti-herói marcado por poucos momentos de coragem, logo substituídos por atos de covardia e amoralismo.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade PRINCIPAIS TEMAS E PROBLEMÁTICAPRINCIPAIS TEMAS E PROBLEMÁTICA

• Macunaíma é o avesso de Dom Quixote. (honra – coragem – nobreza)

• Macunaíma coincide com Dom Quixote: místico (muiraquitã).

• Traços picarescos em Macunaíma:

- a carnavalização;- as constantes mudanças da personagem

principal para escapar das consequências da trapaça ou para criar novas trapaças;

- a astúcia, percebida desde a infância;

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade PRINCIPAIS TEMAS E PROBLEMÁTICAPRINCIPAIS TEMAS E PROBLEMÁTICA

- a busca de muiraquitã equivale ao projeto de ascensão dos pícaros clássicos;

- a violação de todos os códigos (abandona a consciência antes de ir para São Paulo)

• Temas importantes na obra:

- crítica à linguagem culta e pedante dos clássicos;

- valorização da cultura popular através dos mitos, lendas, crenças, cantigas, linguajar;

- valorização da cultura indígena;

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade PRINCIPAIS TEMAS E PROBLEMÁTICAPRINCIPAIS TEMAS E PROBLEMÁTICA

• Temas importantes na obra:

- presença de elementos chulos e vulgares;- ironia ao falso protecionismo

governamental à cultura;- críticas à mania do brasileiro de

automedicação;- abordagem da realidade nacional;- denúncia do consumismo da sociedade

industrial.

MACUNAÍMA, de Mário de AndradeMACUNAÍMA, de Mário de Andrade PRINCIPAIS TEMAS E PROBLEMÁTICAPRINCIPAIS TEMAS E PROBLEMÁTICA

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AULÃOAULÃO

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