Post on 10-Feb-2019
LIPIDEOS
SOMOS O QUE COMEMOS
IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS
QUAIS????
ÁCIDOS GRAXOS
FONTE DE ENERGIA (dieta,tecido
adiposo,exportação órgãos)
COMPONENTES DA MEMBRANA
CELULAR (fosfolípides e glicolípides) * • Tecido adiposo
• CÉREBRO - AA e DHA
(desenvolvimento SNC)
SEGUNDO MENSAGEIRO
ÁCIDOS GRAXOS/CLASSIFICAÇÃO
PRESENÇA E NÚMERO DE DUPLAS LIGAÇÕES
ENTRE OS ÁTOMOS DE CARBONO (saturados,
insaturados)
NÚMERO DE ÁTOMOS DE CARBONO (cadeia curta,
média, longa)
LOCALIZAÇÃO DAS DUPLAS
LIGAÇÕES(ômega3,ômega6)
ORIENTAÇÃO DA DUPLA LIGAÇÃO(cis,trans)
ÁCIDOS GRAXOS
ÁCIDOS GRAXOS
ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS
São quimicamente menos reativos (mais estáveis)
ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA CURTA – 3 a 7 C
- BUTÍRICO E CAPRÓICO (gordura do leite e
derivados)
ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MÉDIA- 8 a 13 C
CAPRÍLICO (gordura do leite e derivados)
CÁPRICO (gordura coco)
LÁURICO ( gordura do coco,babaçu)
AGS – Produtos lácteos
Produtos lácteos e menor risco de infarto e AVE
(estudos em populações diferentes)
Aumento de LDL-C e HDL ( ALC)
A presença de cálcio leva à menores aumentos do
LDL- C (queijo x manteiga)
Associação com diminuição da PA e menor
incidência de síndrome metabólica
Diminuição de marcadores inflamatórios com
maior consumo de produtos lácteos (The ATTICA
Study)
Benefícios relacionados à outros componentes
da dieta que não colesterol e ácidos graxos.
ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS
ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA LONGA (14 A
20C)
PALMÍTICO (óleo de dendê, banha e sebo,
gordura do cacau e do leite)
ESTEÁRICO( banha, gordura do leite,
manteiga de cacau e óleos vegetais)
Estômago – emulsificação
Duodeno- lipólise e solubilização
com sais biliares
-CCK
-ácidos biliares (vesícula)
-suco pancreático (lipases)
Formação de micelas com colesterol não
esterificado e vitaminas lipossolúveis)
Difusão epitélio intestinal onde os triglicerídeos são ressintetizados.
Os triglicerídeos junto com os fosfolipídeos, colesterol e apoproteínas são reagrupados em quilomícrons
Secretados na linfa e atingem o plasma através do ducto torácico
A lipoproteína lipase endotelial (músculo e tecido adiposo) quebram em ácidos graxos e glicerol com entrada na célula para oxidação ou armazenamento.
TRIGLICERIDEOS
Sposito AC, Caramelli B et al. Arq. Bras. Cardiol 2007;88 (Suppl 1): 2-19.
LIPOPROTEÍNAS SÉRICAS
Quilomícrons VLDL LDL HDL
85 a 95% de
triglicerídeos
50% de
triglicerídeos &
40% de colesterol
50% colesterol &
25% proteínas
50% proteína &
20% colesterol
Hipertrigliceridemia Hipertrigliceridemia Hipercolesterolemia Bom colesterol
Figure 15.1 Activation of fatty acids by fatty acyl-CoA synthetase (thiokinase). ATP forms an enzyme-bound acyl-adenylate intermediate, which is discharged by CoASH
to form acyl-CoA. AMP, adenosine monophosphate; CoASH, coenzyme A; PPi, inorganic pyrophosphate.
Downloaded from: StudentConsult (on 11 May 2013 07:55 PM)
© 2005 Elsevier
©
TRIGLICERÍDEOS DE CADEIA
MÉDIA
C6:0 = 1 -2%
C8:0 = 65-75%
C10:0 = 25 - 35%
C12:0 = 1-2%
Hidrólise do óleo de coco
AGCM+ GLICEROL =
TRIACILGLICERÓIS
TRIGLICERÍDEOS DE CADEIA MÉDIA
Menor peso molecular com hidrólise e absorção mais rápida (como ácidos graxos livres ligados à albumina)
Não estimulam a secreção pancreática
Após absorção intestinal são transportados diretamente para o sistema venoso porta
No fígado sofrem beta oxidação com formação de corpos cetônicos
TRIGLICERÍDEOS DE CADEIA MÉDIA
INDICAÇÕES
Má absorção gorduras
Pancreatite
Deficiência carnitina
Hipertrigliceridemia grave
Contra - Indicações
Cirrose
Cetose
METABOLISMO DOS ÁCIDOS
GRAXOS Tamanho N carbonos Local
catabolismo
Transporte pela
membrana
Cadeia curta 2-4 mitocôndria difusão
Cadeia média 4-12 mitocôndria difusão
Cadeia longa 12-20 mitocôndria Ciclo
Cadeia muito
longa
> 20 peroxissomos desconhecido
ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS
Mais reativos quimicamente e essa
aumenta proporcionalmente ao
número de duplas ligações
MUFA
PUFA
ÁCIDOS GRAXOS MONOINSATURADOS
14 a 24 C
Dupla ligação delta9
ÁCIDO OLEICO ( 9c- 18:1) – óleo de oliva,
canola, óleo de açafrão e girassol de alto
teor oleico)
ÁCIDO PALMITOLEICO (9c- 16:1)- óleos
marinhos, macadâmia,óleos vegetais
MONOUNSATURATED FAT AND
CARDIOVASCULAR RISK
NCEP – MUFA atualmente até 20%
METABOLISMO LIPOPROTEÍNAS
Diminuição do colesterol Total e LDL-C
Aumento do HDL-C
MUFA X PUFA
Efeitos similares LDL-C, HDL-C e Colesterol
Total
PUFA < redução nos triglicérides
Arterioscler Thromb Vasc Biol,
1995
MONOUNSATURATED FAT AND
CARDIOVASCULAR RISK
Diminuição da lipemia pós-prandial
(tipo de MUFA)
Metabolização mais rápida dos
quilomicrons
Aumento tamanho da partícula LDL
Menor oxidação do LDL (compostos
fenólicos óleo extra-virgem)
Melhora do controle glicêmico ?
Sem alterações na hemoglobina glicada
NUTRITION REWIES 2006
ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS
Presença de duplas ligações entre os carbonos
Classificados de acordo com a posição da primeira
dupla ligação na cadeia carbônica, definida pela
numeração dos carbonos a partir da extremidade
que apresenta o grupo metila (ômega)
ÔMEGA 6
NOME ABREVIAÇÃO FONTES
ÁCIDO LINOLÉICO 18:2 N-6 (LA) ÓLEOS VEGETAIS
ÁCIDO GAMA-
LINOLÊNICO
18:3 N-6 (GLA) ÓLEO DE PRÍMULA,
BORRAGEM
ÁCIDO
ARAQUIDÔNICO
20:4 N-6 (AA) GORDURA
ANIMAL,FÍGADO,
OVOS
ALPHA- LINOLENIC ACID AND CORONARY
HEART DISEASE Ingestão recomendada de 0,6 a 1% do total energético
(2g/dia)
Fontes: óleo de canola, nozes ,linhaça,folhas verdes
Altamente susceptível à oxidação (consumo com anti-
oxidantes)
Competição com o ácido linoléico no processo inicial de
dessaturação e alongamento
Conversão em EPA em quantidade muito pequena (<5%)
Ação não comprovada na prevenção da DCV
ÔMEGA 3
NOME ABREVIAÇÃO FONTES
ÁCIDO ALFA-
LINOLÊNICO
18:3 N-3 ( ALA) ÓLEOS DE LINHAÇA,
CANOLA,SOJA
ÁCIDO ESTEARIDÔNICO 18:4 N-3 (SA) ÓLEO DE PEIXES, SOJA
MODIFICADA,CÂNHAMO
EPA 20:5 N-3 PEIXES (SALMÃO,ANCHOVA,
ARENQUE)
DPA 22:5 N-3 PEIXES (SALMÃO,ANCHOVA,
ARENQUE)
DHA 22:6 N-3 PEIXES (SALMÃO,ANCHOVA,
ARENQUE)
A conversão é possível mas ineficiente em humanos: <1% em crianças e
consideravelmente menor em adultos
A OFERTA NA ALIMENTAÇÃO SE FAZ NECESSÁRIA
EPA
DHA
Ácidos graxos poliinsaturados de
cadeia longa
EICOSANÓIDES
LIPÍDEOS
RESOLVINAS
Supressão da inflamação
Prevenção da placa de ateroma
Estabilização da placa aterosclerótica
Novel eicosanoid and docosanoid mediators : resolvins,
docosatrienes , and neuroprotectines
Serhans, Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2005
Terapia Nutricional no Hipermetabolismo
Lipídios e o Sistema Imunológico
ÔMEGA 3
VASOCONSTRICÇÃO
BRONCOCONSTRICÇÃO
ATIVAÇÃO DE PMN
DA PERMEABILIDADE VASC.
DIMINUIÇÃO DA INFLAMAÇÃO
MENOR VASOCONSTRICÇÃO
MENOR BRONCOCONSTRICÇÃO
ÔMEGA 6
INFLAMAÇÃO
COLESTEROL
Componente membrana
Precursor esteróides
Precursor ácidos biliares
Precursor Vitamin D
FONTES DE COLESTEROL
Dieta Ressíntese Colesterol
sintetizado tecidos
Extra hepáticos
POOL HEPÁTICO
Colesterol livre na
bile
Conversão em sais biliares Secreção de HDL
e VLDL
COLESTEROL DIETA
Fontes animais- ovos, miúdos
Absorção aproximada de 50%
Aumento ingestão= absorção diminuída
Excreção – 1 g/dia (ácidos biliares
Colesterol Dieta
Consumo médio 400 mg / dia
200 mg absorvido
1000 mg excretado
800 mg ressíntese
A diminuição da ingestão de colesterol
na dieta tem um efeito muito
pequeno no colesterol sérico !!!
Downloaded from: StudentConsult (on 11 May 2013 08:04 PM)
© 2005 Elsevier
Downloaded from: StudentConsult (on 11 May 2013 08:04 PM)
© 2005 Elsevier
Consequências
0
100
200
300
400
500
600
Homens 1980 Homens 2000 Mulheres 1980 Mulheres 2000
Mortes /100.000
543
267 263 134
- 49,1%
- 50,9
NEJM 2007
Principais Causas de Redução da
Mortalidade Cardiovascular
Tratamento do IAM ou angina instável = 10%
Tratamento da Insuficiência Cardíaca= 9%
Revascularização na angina crônica=5%
Modificações nos fatores de risco = 44%
REDUÇÃO NO COLESTEROL TOTAL = 24%
Redução na PA sistólica= 20%
Redução da Incidência de tabagismo = 12%
Redução da Inatividade física = 5%
Porém
Aumento do IMC = + 8%
Aumento de Prevalência Diabetes = + 10%
NEJM 2007
GLOBAL NONCOMMUNICABLE
DISEASES – WHERE WORLD MEETS
NEJM 2010
COLESTEROL SÉRICO X INGERIDO
Gordura saturada -Maior determinante das concentrações de LDL
Colesterol da dieta associado com risco de DCV e níveis de LDL e HDL
Diminuição do clearance de VLDL e LDL plasmáticos e aumento na conversão de VLDL em LDL
Aumento sérico de 0,10 mg/dl para o aumento de cada mg/1000 Kcal
Dieta com 2500 Kcal – aumento de 100mg colesterol/dia = aumento do colesterol sérico 4mg/dl
COLESTEROL E DOENÇA CORONARIANA
GOFMAN (1956)
Lipoproteínas plasmáticas
Correlação positiva entre altos níveis de
lipoproteínas plasmáticas e DC
CONSENSUS CONFERENCE 1985. Lowering
blood cholesterol to prevent heart disease
(J. Am.Med Assoc. )
Mortalidade Cardiovascular no
Brasil (1979-2004)
ÁCIDOS GRAXOS TRANS
ÁCIDOS GRAXOS TRANS
HIDROGENAÇÃO Processo de conversão dos óleos vegetais em
gorduras semi-sólidas
Hidrogenação- ácido elaídico(compete com
AL)
Alimentos com gordura parcialmente
hidrogenada
ÁCIDOS GRAXOS TRANS
Em quantidades mínimas:
• Desodorização de óleos vegetais – T> 250 C
• Frituras de alimentos : – mecanismo induzido térmicamente
• Biohidrogenação – de AG poliinsaturados por bactérias no rúmen de
animais – carne, leite e gorduras de animais ruminantes
Gordura láctea – Ácido Vacênico
( ácido linoleico conjugado)
Ascherio A et al. N Engl J Med 1999;340:1994-1998
Results of Randomized Studies of the Effects of a Diet High in Trans Fatty Acids (Circles) or Saturated Fatty Acids (Squares) on the Ratio of LDL Cholesterol to HDL Cholesterol
CHANGES IN TOTAL: HDL CHOLESTEROL
N Engl J Med 2006;354:1601-13.
NEW YORK TO TRANS FATS: YOU´RE OUT
n engl j med 356;20 www.nejm.org may 17, 2007
AGT X DIETA
• Ideal : não consumir gorduras
trans
OMS • Limite máximo deve ser inferior a 1% do total de
calorias diários da dieta
• Ex: Dieta de 2000 Kcal = até 2,2 g
ZERO TRANS ???
É considerado “zero trans”
“ alimento pronto para consumo atenda
às seguintes condições: - máximo de
0,2g de gorduras trans por porção; e
máximo de 2g de gorduras saturadas
por porção”
Margarina e creme vegetal
porção corresponde a 10g (1 colher de sopa).
ANVISA RDC 360
Ann Nutr Metab 2009;55:44-55
FAO/WHO 1994 2009
Gordura total 15-35% 20-40%
Gorduras saturadas até 10% = ou o menor possível
Gorduras
monoinsaturadas
SR SR ou até 10%
Gorduras Poliinsaturadas
(n-3 + n-6)
SR máx 10 -12%
n-6 ( AL) 4-10% 2-10%
n-3 (ALA) SR 0,5-2%
n-3 EPA e DHA SR 90-650 mg/dia
Ácidos trans SR até 1-2%
Colesterol 300 mg/dia 300mg/dia
Ácidos Graxos – Óleos vegetais
USDA,2008
Consumo de óleos e gorduras(2005)
120 milhões toneladas
TIPO PERCENTUAL
ÓLEOS DE SEMENTES E VEGETAIS 33%
ÓLEOS E GORDURAS TROPICAIS 30%
GORDURA CARNE ANIMAL 7%
BANHA 7%
MARGARINAS 6%
MANTEIGA 6%
VANASPATI (óleo vegetal
parcialmente H)
5%
GHEE (manteiga clarificada) 3%
ÓLEO DE OLIVA 3%
À PROCURA DA GORDURA
PERFEITA
O bicho tá pegando
A chapa esquenta
O tempo passa mas a evolução é lenta
Mas não tenho pressa
A velocidade é essa
Não há nada nesse mundo compadre
que me estressa
FAO/WHO 1994 2009
Gordura total 15-35% 20-40%
Gorduras saturadas até 10% = ou o menor possível
Gorduras
monoinsaturadas
SR SR ou até 10%
Gorduras Poliinsaturadas
(n-3 + n-6)
SR máx 10 -12%
n-6 ( AL) 4-10% 2-10%
n-3 (ALA) SR 0,5-2%
n-3 EPA e DHA SR 90-650 mg/dia
Ácidos trans SR até 1-2%
Colesterol 300 mg/dia 300mg/dia
Ann Nutr Metab 2009;55:44-55
RECOMENDAÇÕES
HIPERCOLESTEROLEMIAS
IV Diretriz Brasileira Sobre dislipidemia
2007
COMPONENTE DA
DIETA
ALTERAÇÃO REDUÇÃO
APROXIMADA
LDL-C (%)
GORDURA
SATURADA*
< 7% DAS CALORIAS 8-10 %
COLESTEROL DIETA* < 200 mg/dia 3-5 %
REDUÇÃO DO PESO* PERDA DE 4,5 Kg 5-8%
FIBRAS VISCOSAS 5-10 g/dia 3-5%
FITOSTERÓIS 2g/dia 6-15%
EFEITO ACUMULADO
TOTAL
20-30%
OVO DE GALINHA COZIDO (50g)
Calorias – 72 Kcal
Ferro =92 mg
Proteína= 7g
Lipídeos = 4,75g
HC = 0,8g
Colesterol =199 mg- 230 mg
Alto teor colesterol e baixo teor de gordura
saturada
OVO
-Aumento da LDL (subfração menos aterogênica,
aumento HDL e manutenção da LDL-C/HDL-C (25% da
população)
-Luteína, Zeaxantina, Colina
-Diminui o apetite
American Heart Association Diabetes 2, DC,hipercolesterolemia < 200 mg/dia
Outros <300 mg/dia
OVO
FITOSTEROIS
Esteróides de plantas com estrutura
similar ao colesterol
Ideal para indivíduos com alta
absorção de colesterol
Redução LDL em até 10%
Dose efetiva: 2g/dia
FITOSTEROIS
ÔMEGA 3 E DCV
Diminuição de triglicerídeos
EPA + DHA - dose eficaz > 3-4 g/dia
Arritmias , diminuição PA e agregação
plaquetária
Diminuição morte por súbita em pacientes com DC
estabelecida (1g/dia) 250 mg EPA+DHA
Consumo semanal de peixe para
EPA+DHA 250 mg/dia ALIMENTO QUANTIDADE (g)
Sardinha 180 g
Camarão cozido 560 g
Atum lata 680 g
Bacalhau (filé) 1154 g
Salmão 85-150g
A SARDINHA e o BONITO apresentaram as maiores somatórias para os
níveis de DHA e EPA em filés, mostrando serem uma boa fonte alimentar
destes ácidos, especialmente a sardinha pelo preço acessível de
comercialização no Brasil.