Post on 14-Apr-2017
Pare!
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Ao acessar o blog aproveite para assistir o vídeo com
comentários referente a este arquivo de slides.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1. COMENTAR sobre como a graça de Cristo abundou sobre o pecado, proporcionando justiça e vida;
2. CONSCIENTIZAR-SE de que o crente deve viver na liberdade da graça de Cristo e não retornar ao legalismo;
3. AGRADECER pela graça de Cristo que nos garante a vida eterna com Deus;
4. APLICAR o conteúdo aprendido à sua vida pessoal.
INTERAÇÃO
• Continuidade da lição anterior (pecado-condenação-morte). O assunto desta lição é mais "agradável", pois a ênfase está na graça de Cristo.
• Ao lermos a respeito da condenação sobre o pecado de Adão e sua descendência, podemos não entender o objetivo da criação do ser humano, se considerarmos que não tinha como se justificar.
• Questão relevante e pouco explorada nos estudos sobre o tema é o fato de Deus ter retido o julgamento sobre a humanidade até que a base para absolvição no julgamento fosse providenciada, a morte expiatória de Cristo.
• O que torna ainda mais interessante é a iniciativa proativa de Deus de ter planejado a solução, antes da fundação do mundo (Ef 1.4; 1 Pe 1.20; Ap 13.8; 17.8).
• Motivo suficiente para nos mobilizarmos contra a prática do pecado e sermos gratos pela misericórdia e graça de Deus.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
DINÂMICA: RELAÇÃO TIPOLÓGICA ENTRE ADÃO E CRISTO.
Providenciar uma cópia da tabela abaixo, mas somente a coluna à esquerda com os dados referentes a Adão.
Os alunos vão preencher a segunda coluna.
Para a realização desta atividade, reserve alguns minutos no final da aula para o preenchimento e também para que façam algumas considerações.
O propósito é revisar o conteúdo aprendido.
ADÃO CRISTO
Transgressão Justiça
Desobediência Obediência
Condenação Justificação
Pecado Graça
Morte Vida
INTRODUÇÃO
• Ao estudarmos Rm 5.1-11 nós vimos que os crentes são justificados e reconciliados com Deus por meio da fé no sacrifício de Cristo.
• A graça de Cristo vai além do que mera compensação do pecado, pois mais do que simplesmente anular os efeitos do pecado, outorga ao crente a vida eterna com Deus (Rm 5.15-21).
• Nesta lição será demonstrado que a graça de Cristo:
a) proporciona justiça e vida;
b) trouxe a liberdade que foi privada pela lei; e
c) reina pela justiça para a vida eterna.
I – A GRAÇA DE CRISTO
PROPORCIONA JUSTIÇA
E VIDA (V. 15-19)
A graça de Cristo abundou sobre todos os que creem (v.15).
• A dicotomia não é mais entre judeus e gentios, mas entre o primeiro e o segundo Adão (Cristo):
a) Primeiro Adão - parte da humanidade que está debaixo da sentença de morte por causa da desobediência e pecado;
b) Segundo Adão – parte da humanidade que tem a segurança da vida eterna por causa da obediência e graça de Cristo, que abundou e desfez os efeitos do pecado.
• A participação na morte (justificação) e na ressurreição de Cristo (glorificação) faz-nos passar da morte para a vida.
O dom gratuito da salvação veio de muitas ofensas para justificação (v. 16,19).
• O apóstolo chama o pecado de Adão de ofensa para contrastar com a palavra dom.
• Enquanto o pecado de Adão trouxe julgamento e condenação para muitos, a obra de cristo na cruz foi abundante sobre muitos.
• Este contraste, trás de volta o tema central de que a justificação está disponível para “todos os que creem” (Rm 3.22).
• A justificação é exclusiva para os que creem e não para “todos”, como afirmam alguns que defendem o universalismo.
A graça de Cristo trouxe um reino de justiça (v. 17-19).
• Cristo pela sua obediência trouxe um novo reino de justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). Alegria como fruto do ES.
• É inconcebível que os que conheceram a Cristo e se dizem cristãos salvos deixem de se esforçar em benefício do reino de Deus e pela justiça (Rm 6-8).
• Exemplo de Cristo: “achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.8).
• A obediência à vontade revelada de Deus e o comprometimento com o reino da justiça envolve uma vida toda a vida.
II – A GRAÇA DE CRISTO
LIBERTA DO LEGALISMO
(V. 20)
Paulo era testemunha viva de alguém que havia sido privado pela lei
• O apóstolo tinha propriedade para falar sobre a privação daqueles que estavam debaixo da lei.
• Paulo, antes de conhecer a Jesus, e os judeus de sua época, pela lei, afundaram no pecado.
• O que disse Jesus com relação aos judeus e seus algozes, durante sua crucificação?
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34a).
• Para Paulo, no caminho de Damasco? S
“Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.4).
Paulo e seu relacionamento com os crentes judaizantes
• Para o judaísmo, o cumprimento da lei era a garantia da absolvição no dia do julgamento final.
• Paulo ensinava que a justificação se dava pela fé.
• As cartas e epístolas demonstram que os conflitos entre Paulo e os judeu-cristãos eram constantes.
• Paulo, mesmo não havendo consenso pleno, jamais rompeu com os apóstolos judeu-cristãos.
• Porém, Paulo entendeu seu chamado especial, evangelizar aos gentios, conhecidos como “os sem lei”, mas justificados por meio de Cristo Jesus.
O legalismo na Igreja de Cristo
• Jesus é o fim da lei para justificação de todo aquele que crê (Rm 10.4).
• O problema do legalismo não é somente algo do judeu, mas está presente como uma tentação para os cristãos também.
• Crentes legalistas: afirmam confiar em Cristo como Salvador, mas sentem que precisam fazer algo para merecer a sua salvação.
• Cultura brasileira de idolatria e penitência para receber cura e perdão Vs. Impossibilidade de "comprar" com obras a eterna salvação..
III – PELA GRAÇA DE
CRISTO REINA A JUSTIÇA
PARA A VIDA ETERNA
(V.21)
Deus faz justiça, uma vez que não julgou o ser humano antes da morte de Cristo
• Deus reteve seu julgamento e fez de Cristo o meio de propiciação mediante sua morte, após ter ajuntado os pecados do mundo e lançado sobre Cristo.
• Na morte de Cristo Deus demonstra o julgamento justo e na sua ressurreição a prova de sua justiça.
• Cristo ao sofrer a morte de cruz tornou-se maldição em nosso lugar.
• Jesus sem pecado, foi feito pecado por nós, para que nele fossemos feitos justiça de Deus.
• Quem foi justificado por Cristo é absolvido no julgamento de Deus.
A absolvição pela fé em Cristo garante a vida eterna com Deus
• Os judeus que foram os primeiros receptores da revelação de Deus e de experiências durante sua história, na sua maioria, não conseguiram compreender o mistério da graça de Deus, que conceda a vida eterna em Cristo.
• A maioria da igreja em Roma, que era gentílica, pela fé foi contemplada com esta dádiva de Deus.
• Uma vez justificado, basta ao crente manter sua fé obediente em Cristo para ter uma vida eterna com Deus, não descuidando de sua salvação, seu bem mais precioso.
O complexo gerado pela justiça de Cristo: justiça-justificação-vida eterna
• Complexo pecado-condenação-morte (1º Adão) Vs complexo justiça-justificação-vida eterna (2º Adão).
• Cristo pelo seu ato de justiça, por meio de sua obediência de entrega de si mesmo à morte, tornou a igreja uma unidade corporativa com ele.
• Uma vez justificados e participantes do processo de santificação, os crentes já estão vivendo a vida eterna com Deus.
• A graça redentora de Cristo assegura a entrada no gozo de uma vida interminável na presença de Deus, que não se interrompe com a morte física.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Nesta lição nos aprendemos que:
1) na relação tipológica entre Adão e Cristo (segundo Adão), desobediência e obediência, respectivamente, implicam em consequências para os grupos que pertencem a eles, morte eterna separada de Deus ou vida eterna com Deus.
2) Paulo era o exemplo de alguém que foi liberto pela graça de Cristo, sem retorno ao legalismo.
3) Deus prova a justiça que garante a vida eterna, em que reteve o julgamento da humanidade até que fosse apresentada a solução definitiva: Cristo.
REFERÊNCIAS
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Pr. Natalino das Neves
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