Post on 23-Nov-2015
Judokai
MANUAL DE FORMAO PARA GRADUAO EM 1 DAN - JUDO
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 2
Jigoro Kano (1860-1938)
Fundador do Judo
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 3
NDICE GERAL
Breve resenha histrica do Judo Clube de Sintra Judokai 5
Pequena Biografia - Mestre Jos Manuel Bastos Nunes 7
1 Captulo
1.1 Introduo 10
1.2 Histria do Judo 10
1.3 Os trs princpios 12
1.4 Histria do Judo em Portugal 14
2 Captulo
2.1 Graduaes 19
2.2 Pontuao 21
2.3 Penalizaes 21
2.4 Formas de cumprimento 22
2.5 Tcnicas 22
2.6 Aplicaes das tcnicas 23
2.6.1 kuzushi 22
2.6.2 Tsukuri 22
2.6.3 Kake 22
2.7 Alguns princpios para orientao 22
2.8 Tcnicas de controlo, em p ou no solo (Katame-Waza) 24
2.9 Tcnicas de amortecimento de quedas (Ukemi-no-Waza) 24
2.10 Postura (Shisei) 25
2.11 Tcnicas de pega (Kumi-Kata) 25
2.12 Tcnicas de movimentao sobre o tatami (Shintai) 25
2.13 Tcnicas de esquiva (Tai-sabaki) 26
2.14 Exerccios bsicos 26
2.15 Atitudes no Dojo 28
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2.16 Pensamentos 29
3. Captulo (Regulamento de Graduaes)
3.1 Generalidades 31
3.2 Especificidades 31
3.3 Carreira de Judoca 332
3.4 Graduaes pela via rpida 32
4 Captulo (Tcnicas Reconhecidas)
4.1 Tcnicas reconhecidas pela Federao Portuguesa de Judo 34
5 Capitulo (Contedos para exame de graduao 1 Dan)
5.1 Exame tcnico 38
5.2 Randori 38
5.3 Tcnica propriamente dita 38
5.4 Quadro com todas as tcnicas para exame 1 Dan 53
5.5 Exame de Katas 55
5.6 Exame Geral 56
5.7 Histria 56
5.8 Organizao / Regulamentao 57
Anexo 1 Glossrio de termos Japoneses 58
Referncias Bibliogrficas 62
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Breve resenha histrica do Judo Clube de Sintra Judokai
O Judo Clube de Sintra Judokai foi formalmente constitudo no dia 14 de Setembro de
1981, por escritura pblica celebrada no 2. Cartrio Notarial de Sintra, tendo por fins a
promoo desportiva, cultural e recreativa dos seus associados e da populao local.
Subscreveram a referida escritura, o Mestre Jos Manuel Bastos Nunes, o Dr. Antnio Martins
Borrego e o Sr. Lus Filipe de Almeida Loureno, respectivamente, associados fundadores ns 1
a 3 do Clube.
O JCS tinha ento a sua sede e dojo no Cacm, no lote 2 da Av. dos Missionrios.
Rapidamente atingiu, pela mo do Mestre Bastos Nunes uma reputada posio entre os Clubes
de Judo a nvel nacional, no s pelos atletas que a treinaram e se projectaram para a
modalidade, mas tambm pelo facto de se ter assumido, desde cedo, como uma verdadeira
escola da tcnica, onde se deslocavam judocas de todo o Pas para se preparem para exame
de graduao, estudarem os katas, ou simplesmente melhorarem a sua performance tcnica,
treinarem e conviverem.
Entre os atletas que treinaram no JCS merecem especial destaque, no campo desportivo:
- Prof. Michel Almeida, 4. dan de Judo, vice-campeo do Mundo e da Europa de jniores
em 1994, campeo da Europa de sniores em 2000, olmpico em Atlanta e Sydney, vrias
vezes campeo nacional, treinador da seleco masculina snior de Judo e membro do
Conselho Tcnico do JCS;
- Prof. Antnio Matias, 4. dan de Judo, olmpico, vrias vezes campeo nacional, e
treinador da seleco feminina snior de Judo;
- Renato Santos, 4. dan de Judo, olmpico e vrias vezes campeo nacional de Judo.
Nos finais dos anos 80, o dojo do Cacm fechou, por razes de ndole financeira e durante
alguns anos o JCS esteve inactivo. Mas em 2001, o Vereador da C.M.Sintra, Dr. Rui Pereira,
impulsionou de forma decisiva a disponibilizao de um novo espao para que o JCS retomasse
a sua plena actividade desportiva, ora em Rinchoa-Rio de Mouro, no Complexo Desportivo
Municipal de Fitares, na sala Mestre Bastos Nunes, inaugurada pela ento Presidente da
C.M.Sintra, Dr. Edite Estrela.
Mais do que um clube de Judo, este projecto assentava numa ideia: JUDOKAI, que significa
Grupo de Judo, E tinha na sua gnese agremiar todos os os Amigos do Judo que se
identificassem com essa ideia, maxime os judocas do concelho de Sintra, tendo como polo
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aglutinador, uma vez mais, a figura do Mestre Bastos Nunes, nascido em Sintra h 70
Primaveras, 7. dan de Judo, a mais alta graduao nacional, oito vezes campeo nacional,
primeiro judoca portugus a conseguir uma medalha numa competio internacional (nos anos
60, numa poca em o Judo dava ainda os primeiros passos no nosso Pas), assistente do
Mestre Kiyoshi Kobayashi, 9. dan de Judo, com quem viajou pela Europa fora, leccionando e
divulgando o Judo, membro do Comisso Nacional de Graduaes da Federao Portuguesa de
Judo, professor de Judo, entre muitos outros clubes e instituies, na Escola Superior de
Polcia (actual Instituto Superior de Cincias Policiais e Segurana Interna) e na Escola Prtica
da GNR.
Animado de um novo impulso, e tendo como treinador residente o Mestre Alberto Polido,
4. dan de Judo, o JCS j redescobriu novos jovens (e menos jovens) animados da vontade de
treinar, competir, conviver e pautar a sua vida segundo os princpios enformadores do Cdigo
Moral do Judo:
A m i z a d e
A u t o C o n t r o l o
C o r t e s i a
C o r a g e m
H o n r a
M o d s t i a
S i n c e r i d a d e
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MMeessttrree BBaassttooss NNuunneess
Pequena Biografia
O Mestre Jos Manuel Bastos Nunes, nasceu em Sintra, no dia 13 de Maio de 1937, tendo
crescido e vivido at hoje no centro histrico daquela formosa localidade, nas franjas da
Serra.
Na escola primria teve oportunidade de ouvir falar, pela primeira vez, ao seu Mestre-Escola
numa arte oriental, o Jiu-Jutsu (antepassado do Judo) que permitia aos mais fracos triunfar
sobre os mais fortes, aproveitando a sua prpria fora para os derrotar. Rapaz franzino
poca, o Jos Manuel ficou profundamente impressionado e seduzido pela ideia.
Entretanto, o seu gosto pelo desporto e pela competio f-lo abraar outras modalidades,
nomeadamente o boxe e o hquei em patins, tendo-se sagrado campeo desta ltima
modalidade numa das equipas dos escales jovens do Sintra.
Em meados dos anos cinquenta, o 1. dan Antony Striker, de nacionalidade Sua, abriu em
Lisboa um dos primeiros dojos (sala de Judo) do Pas. Assim que soube do facto, o Jos
Manuel recordou a preleco do seu Mestre-Escola e rapidamente se tornou um dos jovens
entusiastas praticantes de Judo, numa altura em que a modalidade dava os seus primeiros
passos em Portugal.
A vinda, em definitivo, do Mestre Kiyoshi Kobayashi, para Portugal, em 1958, mudou
radicalmente o panorama do Judo em Portugal e a vida do Jos Manuel, em particular. Sendo
um dos mais fervorosos discpulos do Mestre Kobayashi, foi seu assistente durante longos
anos, em Portugal e no estrangeiro, viajando amide juntos pela Europa fora, leccionando e
divulgando o Judo.
Enquanto atleta, o Mestre Bastos Nunes, representando o Judo Clube de Portugal, tinha
conquistado entretanto um palmars verdadeiramente notvel:
- Campeo absoluto, ou seja, sem categorias de peso (e pesando menos de 60 Kg.) em
1961;
- Campeo Nacional na categoria de leves por oito vezes (1963, 1964, 1965, 1966, 1967,
1968, 1970 e 1971) e Vice-Campeo por duas vezes (1969 e 1972);
- Campeo Nacional de Equipas por cinco vezes (1968, 1969, 1970, 1971 e 1972);
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- Vencedor da Taa de Portugal de Equipas por duas vezes (1968 e 1969);
Representou Portugal por sete vezes, no Campeonato da Europa (1960, 1961, 1963, 1964,
1965, 1966 e 1967) e no Campeonato no Mundo de 1961;
Foi ainda o primeiro atleta portugus a ganhar uma medalha numa prova internacional: 2.
classificado no 1. Campeonato Madrid - Lisboa.
O Mestre Bastos Nunes presentemente a mais alta graduao portuguesa de Judo: 7.
Dan.
ainda rbitro nacional e membro da Comisso Nacional de Graduaes da Federao
Portuguesa de Judo, onde tambm desempenhou outros cargos.
Participou na elaborao de vrias obras literrias sobre Judo, mormente no livro da autoria
do Mestre Kobayashi De Kyu a Dan e na revista Tele-Judo e Karat-Do, uma vez mais em
colaborao com o Mestre Kobayashi e com o seu antigo aluno e particular amigo, Mestre Raul
Cerveira (5. dan de Karat-Do, Shotokai).
Mas o Mestre Bastos Nunes representa sobretudo um marco no Judo Portugus enquanto
Professor de Judo, actividade a que dedicou toda a sua vida:
Leccionou em inmeros dojos, nomeadamente no Judo Clube de Portugal onde
professor h cerca de 40 anos e no Judo Clube de Sintra - Judokai, Clube por si fundado,
com mais um punhado de amigos, no incio dos anos oitenta, e que hoje se mantm em plena
actividade no Concelho de Sintra. Entre os milhares de praticantes e atletas que aprenderam e
treinaram regularmente com o Mestre Bastos Nunes, contam-se variadssimos campees
nacionais e internacionais, e grande treinadores de Judo, nomeadamente alguns dos
treinadores das seleces nacionais de Judo, como sejam os Profs. Michel Almeida, Antnio
Matias e Filipa Cavalleri.
Colaborou ainda activamente com as Foras Policiais e Militarizadas Portuguesas durante
muitos anos, nomeadamente na Escola Superior de Polcia (actual Instituto Superior de
Cincias Policiais e Segurana Interna) e na Escola Prtica da GNR, tendo-se aposentado muito
recentemente, com a chegada do seu septuagsimo aniversrio.
O Mestre Bastos Nunes tem sido objecto de vrias homenagens, em reconhecimento do seu
extenso e brilhante papel em prol do desenvolvimento do Judo, em particular, e do incremento
da actividade fsica e da prtica desportiva em geral; nomeadamente em Sintra, persistindo na
implementao do conceito Judokai (Grupo de Judo), extensivo a todos os judocas e
treinadores do Concelho, em permanente colaborao com a Cmara Municipal de Sintra.
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Cmara que inaugurou, no incio do presente sculo, uma sala no Complexo Desportivo
Municipal de Fitares com o seu nome, e que trabalha activamente no projecto de
implementao de uma verdadeira Escola de Judo no Concelho que tenha uma dimenso e
projeco similares ao trabalho a prosseguido pelo Mestre.
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1 Capitulo
1.1 - Introduo
Judo (judo - caminho suave) uma arte marcial praticada como desporto, fundada por Jigoro Kano em 1882. Os seus objectivos so fortalecer o fsico, a mente e o esprito de forma
integrada, para alm de desenvolver tcnicas de defesa pessoal. Teve uma grande aceitao
em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a essncia do jiu-jitsu, arte marcial praticada
pelos bushi, ou cavaleiros durante o perodo Kamakura (1185-1333), a outras artes de luta
praticadas no Oriente e fundi-las numa nica e bsica. O judo foi considerado desporto oficial
no Japo nos finais do sculo XIX e a polcia nipnica introduziu-o nos seus treinos. O primeiro
clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918).
A vestimenta utilizada nessa modalidade o keikogi (no confundir com kimono), que no judo
recebe o nome de judogi, e que com o cinturo forma o equipamento necessrio sua prtica.
O judogi pode ser branco ou azul, ainda que o azul seja utilizado normalmente para facilitar as
arbitragens.
Com milhares de praticantes e federaes espalhados pelo mundo, o judo se tornou um dos
desportos mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido. No
restringindo os seus adeptos a homens com vigor fsico e estendendo os seus ensinamentos a
mulheres, crianas e idosos, o judo teve um aumento significativo no nmero de praticantes.
A sua tcnica utiliza basicamente a fora e peso do oponente contra ele. Palavras ditas por
mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao mximo a fora fsica e espiritual". A
vitria, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual.
1.2 - Histria do Judo
Decadncia e renascimento do Ju-jitsu
No ano de 1864, o comodoro Matthew Perry, comandante de uma expedio naval americana,
conseguiu fazer com que os japoneses abrissem seus portos ao mundo com o tratado
"Comrcio, Paz e Amizade". Abrindo seus portos para o ocidente, surgiu na Terra do Sol
Nascente uma tremenda transformao poltico-social, denominada Era Meiji ou "Renascena
Japonesa", promovido pelo imperador Mutsu Hito (1868-1912). Anteriormente, o imperador
exercia sobre o povo influncia e poderes espirituais, porm com a "Renascena Japonesa" ele
passou a ser o verdadeiro comandante da Terra das Cerejeiras.
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Nessa dinmica poca de transformaes e inovaes radicais, os nipnicos ficaram vidos por
modernizar-se e adquirir a cultura ocidental. Tudo aquilo que era tradicional ficou um pouco
esquecido, ou melhor, quase que totalmente renegado. Os mestres do ju-jitsu perderam as
suas posies oficiais e viram-se forados a procurar emprego em outros lugares. Muitos
tiveram de recorrer luta e exibio em feiras.
A ordem proibindo os samurais de usar espadas em 1871 assinalou um subtil declnio em
todas as artes marciais, e o ju-jitsu no foi uma excepo, sendo considerado como uma
relquia do passado. Como no era difcil acreditar, tempos depois surgiu uma onda contrria
s inovaes radicais. Havia terminada a onda chamada febre ocidental. O ju-jitsu foi
recolocado na sua posio de arte marcial, tendo o seu valor reconhecido, principalmente pela
polcia e pela marinha. Apesar de sua indiscutvel eficincia para a defesa pessoal, o antigo ju-
jitsu no podia ser considerado um desporto, muito menos ser praticado como tal. No haviam
regras tratadas pedagogicamente e nem mesmo padronizadas.
Os professores ensinavam s crianas os denominados golpes mortais e os traumatizantes e
perigosos golpes baixos. Sendo assim, quase sempre, os alunos menos experientes,
magoavam-se seriamente. Valendo-se das suas superioridades fsicas, os maiores chegavam a
espancar os menores e mais fracos. Tudo isso fazia com que o ju-jitsu gozasse de uma certa
impopularidade, logicamente, entre as pessoas esclarecidas e que possussem um pouco de
bom senso. O ju-jitsu entrava noutra fase de decadncia.
Nascimento do judo
Baseado nesses inconvenientes, um jovem que na adolescncia se sentia inferiorizado sempre
que precisasse despender muita energia fsica para resolver um problema, resolveu modificar o
tradicional ju-jitsu, unificando os diferentes sistemas, transformando-o num poderoso veculo
de educao fsica, o seu nome era Jigoro Kano.
Pessoa de alta cultura geral, ele era um esforado cultor de ju-jitsu. Procurando encontrar
explicaes cientficas aos golpes, baseados em leis de dinmica, aco e reaco, selecionou e
classificou as melhores tcnicas dos vrios sistemas de ju-jitsu, dando nfase principalmente
no ataque aos pontos vitais e nas lutas de solo do estilo Tenshin-Shinyo-Ryu e nos golpes de
projeco do estilo Kito-Ryu. Inseriu princpios bsicos como o do equilbrio, gravidade e
sistema de alavancas nas execues dos movimentos lgicos.
Estabeleceu normas a fim de tornar o aprendizado mais fcil e racional. Idealizou regras para
um confronto desportivo, baseado no esprito do ippon-shobu (luta pelo ponto completo).
Procurou demonstrar que o ju-jitsu aprimorado, alm de sua utilizao para defesa pessoal,
poderia oferecer aos praticantes, extraordinrias oportunidades no sentido de serem superadas
as prprias limitaes do ser humano.
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Jigoro Kano tentava dar maior expresso lenda de origem do estilo Yoshin-Ryu (Escola do
Corao de Salgueiro); esta baseava-se no princpio de ceder para vencer, utilizando a no
resistncia para controlar, desequilibrar e vencer o adversrio com o mnimo de esforo. Num
combate o praticante tinha como o nico objectivo a vitria. No entender de Kano, isso era
totalmente errado. Uma actividade fsica deveria servir em primeiro lugar, para a educao
global dos praticantes. Os cultores profissionais do ju-jitsu no aceitavam tal concepo. Para
eles o verdadeiro esprito do ju-jutsu era o shin-ken-shobu (vencer ou morrer, lutar at a
morte).
Por fora das suas ideias, Jigoro Kano era desafiado e desacatado insistentemente pelos
educadores da poca, mas no mediu esforos para idealizar o novo ju-jitsu, diferente, mais
completo, mais eficaz, muito mais objectivo e racional, denominado de judo, e transformando-
o num poderoso veculo de educao fsica. Chamando o seu novo sistema de judo, ele
pretendeu elevar o termo jitsu (arte ou prtica) para do, ou seja, para caminho ou via,
dando a entender que no se tratava apenas de mudana de nomes, mas que o seu novo
sistema repousava sobre uma fundamentao filosfica.
Em Fevereiro de 1882, no templo de Eishoji de Kita Inaritcho, bairro de Shimoya em Tquio,
Jigoro Kano inaugura sua primeira escola de judo, denominada Kodokan (Instituto do Caminho
da Fraternidade), j que Ko significa fraternidade, irmandade; Do significa caminho, via; e
Kan instituto.
1.3 - Os trs princpios
Os princpios que inspiraram Jigoro Kano quando da idealizao do judo foram:
Princpio da Mxima Eficcia do Corpo e do Esprito (Seiryoku ZenYo).
ao mesmo tempo a utilizao global, racional e utilitria da energia do corpo e do esprito.
Jigoro Kano afirmava que este princpio deveria ser aplicado no aperfeioamento do corpo.
Servir para torn-lo forte, saudvel e til. Podendo ainda ser aplicado para melhorar a nutrio,
o vesturio, a habitao, a vida em sociedade, a actividade nos negcios na maneira de viver
em geral. Estando convencido que o estudo desse princpio, em toda a sua grandeza e
generalidade, era muito mais importante e vital do que a simples prtica de uma luta.
Realmente, a verdadeira inteligncia deste princpio no nos permite aplic-lo somente na arte
e na tcnica de lutar, mas tambm nos presta grandes servios em todos os aspectos da vida.
Segundo Jigoro Kano, no somente atravs do judo que podemos alcanar este princpio.
Podemos chegar mesma concluso por uma interpretao das operaes cotidianas, atravs
de um raciocnio filosfico.
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Princpio da Prosperidade e Benefcios Mtuos (Jita Kyoei).
Diz respeito importncia da solidariedade humana para o melhor bem individual e universal.
Achava ainda que a idia do progresso pessoal devia ligar-se a ajuda ao prximo, pois
acreditava que a eficincia e o auxlio aos outros criariam no s um atleta melhor como um
ser humano mais completo.
Princpio da Suavidade (Ju).
Ju ou suavidade, o mais directamente fsico, mas que no entender de Jigoro Kano deveria ser
levado ao plano intelectual. Ele mesmo nos explica este terceiro princpio durante um discurso
proferido na University of Southern Califrnia, por ocasio das Olimpadas de 1932:
"Deixem-me agora explicar o que significa, realmente esta suavidade ou cedncia.
Supondo que a fora do homem se poderia avaliar em unidades, digamos que a fora de um
homem que est na minha frente representada por dez unidades, enquanto que a minha
fora, menor que a dele, se apresenta por sete unidades.
Ento se ele me empurrar com toda a sua energia, eu serei certamente impulsionado para trs
ou atirado ao cho, ainda que empregue toda minha fora contra ele.
Isso aconteceria porque eu tinha usado toda a minha fora contra ele, opondo fora contra
fora. Mas, se em vez de o enfrentar, eu cedesse a fora recuando o meu corpo tanto quanto
ele o havia empurrado mantendo, no entanto, o equilbrio, ento ele inclinar-se-ia
naturalmente para frente perdendo assim o seu prprio equilbrio.
Nesta posio ele poderia ter ficado to fraco, no em capacidade fsica real, mas por causa da
sua difcil posio, a ponto de a sua fora ser representada, de momento, por digamos apenas
trs unidades, em vez das dez unidades normais.
Entretanto eu, mantendo o meu equilbrio conservo toda a minha fora tal como de incio,
representada por sete unidades.
Contudo, agora estou momentaneamente numa posio vantajosa e posso derrotar o meu
adversrio utilizando apenas metade da minha energia, isto , metade das minhas sete
unidades ou trs unidades e meia da minha energia contra as trs dele.
Isso deixa uma metade da minha energia disponvel para qualquer outra finalidade.
No caso de ter mais fora do que o meu adversrio poderia sem dvida empurr-lo tambm.
Mas mesmo neste caso, ou seja, se eu tivesse desejado empurr-lo igualmente e pudesse
faz-lo, seria melhor para mim ter cedido primeiro, pois procedendo assim teria economizado
a minha energia."
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1.4 A Histria do Judo em Portugal
O primeiro contacto de Portugal com o Judo de que temos conhecimento remonta a uma
demonstrao pblica feita por 2 oficiais da Armada Japonesa ancorada em Lisboa, no incio do
sculo XX.
Tal como um pouco por toda a Europa, alguns curiosos procuravam conhecer e aprender um
pouco desta nova arte.
Armando Gonalves, em 1914, publica no Porto a 1 Edio do livro A defesa na rua.
O primeiro professor de jiu-jitsu japons que esteve em Portugal chamava-se Hirano, tendo
morrido afogado na praia de St. Cruz.
Em 1936 a PSP do Porto por iniciativa do seu comandante Coronel Namorado de Aguiar e do
Tenente Alberto Cruz inclui a prtica do jiu-jitsu nos programas dos cursos dos seus agentes,
sendo a instruo dada por Armando Gonalves.
Em 1941 publicada pela Livraria Simes Lopes a 1 Edio do livro O Fraco Vence o Forte
de Armando Gonalves. Em Lisboa, Antnio Correia Pereira correspondia-se regularmente com
Risei Kano e Moshizuni, director do Yoseikan.
Devido s suas diligncias grandes mestres do Judo e Aikido visitaram Portugal. Antnio
Correia Pereira o primeiro portugus cinto negro, 1 Dan, inscrito no Kodokan, membro da
Kodokan-Jiu-Jitsu Association. Torna-se tambm o primeiro Membro Honorrio da Unio
Dinamarquesa de Judo. Em 1946 funda a Academia de Budo, que fica a funcionar no 3 andar
do n 140 da rua de S. Paulo. Editou a primeira revista de judo em Portugal da qual saram
somente nove nmeros.
Sob o pseudnimo Minuro, publicou o livro A essncia do Judo em 1950 que mereceu as
felicitaes de Risei Kano e Kinosuka Tanaka. A sua actividade esteve sempre afastada da
Federao Portuguesa de Judo, pelo que a sua graduao no reconhecida pela mesma.
Em 1947 criada a Academia de Judo, agregada Academia de Budo e que funcionava na
mesma morada, sob a sua direco tcnica. A Academia de Judo a primeira instituio onde
se ensina Judo em Portugal.
No mesmo ano Masami Shirooka visita Portugal, tendo estado uma grande temporada na
Academia de Budo.
Em 1955 vem para Lisboa o francs Decruet, 1 Kyu e Mestre de Armas que ensina na Policia
Militar em Mafra.
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Ainda em 1955 Henry BouchendHome, 1 Dan e professor de Educao Fsica vem tambm
para Lisboa, para o Liceu Francs Charles Lepierre. Comea a ensinar judo no Lisboa Ginsio
Clube.
Quase na mesma altura chega a Lisboa o Suo Antony Stryker, 1 Dan, que abre uma sala no
Largo do Intendente, onde teve como aluno, entre outros, Jos Manuel Bastos Nunes.
Em Almada, Antnio Rocha treina um pequeno grupo de entusiastas, entre os quais Joaquim
Barata.
Ao Ginsio Clube Portugus ficam ligados Maxfredo Campos, Salgado e Freitas entre outros.
A primeira competio realiza-se na sala de Antony Stryker, em Lisboa, em Outubro de 1956 e
denominou-se Lisboa-Sintra, tendo vencido Lisboa por 4 a 2. (uma das vitrias da equipa
vencida foi do mestre Bastos Nunes)
Posteriormente os alunos de BouchendHomme e Stryker comeam a reunir-se, nascendo a
ideia de criar um clube com melhores condies logo que aparecesse uma sala.
Stryker que mudara do Intendente para a Rua D. Pedro V, n 56, tenta convencer
BouchendHomme a ensinar na sua sala, cr-se para impedir que a ideia de criao dum novo
clube no vingasse.
No entanto, a 12 de Julho de 1957, foi fundado o Judo Clube de Portugal.
A 7 de Novembro de 1959 tem lugar o 1 Lisboa-Porto que foi ganho por Lisboa por 4 a 2.
Em Janeiro de 1958, durante uma semana e a convite do Judo Clube de Portugal, esteve em
Lisboa o 6 Dan Kiyoshi Mizuno, que regressava ao Japo.
Em Agosto de 1958 vm a Lisboa Ichiro Abe, Kiyoshi Kobaiyashi e o 1 Dan belga Lannoy-
Clerraux.
Os praticantes da altura, fascinados com a tcnica e eficincia de Kiyoshi Kobaiyashi, fazem-
lhe um convite para vir para Portugal. Acordadas as condies, Kiyoshi Kobaiyashi volta a
Portugal no final desse mesmo ano respondendo a um convite do INEF, tencionando ficar dois
anos ao abrigo dum contrato entre os Governos Japons e Portugus. Quando acabou o
contrato recebeu convites de Inglaterra, Frana e Dinamarca, mas j no conseguiu partir.
Comea a desenvolver a sua actividade no Judo Clube de Portugal, Clube Shell, INEF onde
leccionou nos dez anos seguintes, e Judo Clube de Beja, a normalizar as tcnicas e a melhorar
o plano competitivo.
Em Portugal ensinou o monarca Juan Carlos de quem alis, amigo pessoal.
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 16
Ensinou ainda na Escola Naval, na Escola dos Fuzileiros na Academia da Fora Area, Escola
Superior da Policia e no Sporting e contribui para a fundao de inmeras salas, clubes e
associaes.
Foi seleccionador e treinador da seleco nacional e liderou diversas seleces de Judo a
Campeonatos da Europa e do Mundo e dos Jogos Olmpicos de Montreal e Los Angeles.
Em 1959, Jojima e Ogura vm a Portugal. Tambm nesse ano Kyoshi Mizuno, 6 Dan vem a
Portugal a convite do Judo Clube de Portugal, atravs dos contactos do Comandante Maia
Loureiro.
Chega a 19 de Abril sendo recebido entre outros por Kyoshi Kobayashi e Antnio Correia
Pereira.
Nessa altura havia contactos para negociar a vinda do 7 Dan Masami Shirooka.
1959 ainda o ano em que se realiza o 1 Campeonato Nacional Absoluto, ao ar livre, na relva
do Estdio Universitrio de Lisboa, que tem como vencedor Arlindo de Carvalho.
Como consequncia da difuso e interesse verificado pela modalidade, sentiu-se a necessidade
de criar um organismo oficialmente reconhecido, com a misso de divulgar, organizar, orientar
e fomentar a modalidade e o Prof. Duarte Leal encabea a Comisso Organizadora da FPJ.
Neste contexto, a 28 de Outubro de 1959, nasce a Federao Portuguesa de Judo, sendo o
Judo Clube de Portugal seu scio fundador, ficando-lhe entregue as funes federativas at
1962.
O Clube Shell, o Judo Clube de Beja, o Ginsio Clube Portugus e o Circulo de Judo do Porto
(antecessor do Clube de Judo do Porto), foram os primeiros clubes filiados.
Ainda em 1959 Portugal participa no Congresso da Unio Europeia de Judo, representado por
Francisco Cruz Martins.
A melhoria do nvel dos atletas e a necessidade de comparao e de outros estmulos obrigam
os dirigentes a pensarem em contactos alm fronteiras. Assim no Congresso da Unio Europeia,
o pedido de filiao da Federao Portuguesa de Judo aceite, tornando-se membro efectivo
em 1961.
Nesse mesmo ano, em Maio, Portugal participa pela primeira vez nos Campeonatos da Europa
e em Dezembro nos primeiros Campeonatos do Mundo e no Congresso da Federao
Internacional de Judo, em Paris, representada por Edmundo Pires e Carlos Madueno Saraiva.
Ainda em 1961 Natsui, vencedor do 1 Campeonato do Mundo, acompanhado por Saberro
Matsushita, vm a Portugal.
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Em 1963, devido ao crescimento que se estava a verificar na modalidade, a Federao
desvincula-se das instalaes do Judo Clube de Portugal e instala-se na Praa da Alegria.
Em 1970 passa para a Sede dos Organismos Desportivos, na Rua do Arco Cego, onde se
manteve instalada em condies precrias at Setembro de 1985, altura em que se mudou
para a actual instalao na Rua do Quelhas.
Em 1962 comea a praticar-se Judo nos Aores.
Em 1963 Ito Sunichi vem a Portugal.
Em 1966 Armando Costa Lopes arbitra, em Lisboa, o encontro internacional Portugal-Blgica.
Em 1967 realizam-se os primeiros Campeonatos Internacionais em Portugal Campeonato da
Europa de Esperanas e de Juniores no Pavilho dos Desportos de Lisboa.
Em 1968 a FPJ colabora com as autoridades que superintendem o desporto universitrio na
organizao dos Campeonatos Mundiais Universitrios que se realizaram no Pavilho do
Estdio Universitrio de Lisboa e no Pavilho da Juventude Salesiana no Estoril.
Em 1968 Tanaka e Toriumi vem a Portugal.
Em 1968 chega aos Aores, onde ficou cerca de 10 anos, Masatoshi Ohi que lanou as bases
do desenvolvimento do judo naquela regio.
Yamamoto vem para o Porto em 1968 onde ficou um ano.
Em 1969 Toriumi, Inone, Nakamura e Yamamoto visitam Portugal.
Em 1970 a vez de Tomita nos visitar. Daigo, duas vezes Campeo do Japo, visita-nos em
1973.
Em Maio do mesmo ano vm a Lisboa o Dr. Risei Kano e o Prof. Matsumoto.
A partir de 1974 d-se um novo incremento na modalidade.
Assim, na sequncia do 25 de Abril de 1974 e da democratizao do pas e sob o impulso da
ento Direco Geral dos Desportos apoiada a formao de monitores de Judo e a abertura
dum numero considervel de novas salas ou melhoria das existentes, atravs da cedncia de
tapetes novos.
Com este novo impulso da modalidade, h a necessidade da mesma se organizar duma outra
forma, com base em estruturas associativas que representem os seus clubes na Federao, em
vez da representao directa at ento. Em 1977 a Federao organiza o primeiro curso de
treinadores de 4 grau.
Em 1978 o 1 curso de 3 grau.
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 18
Em Lisboa, por iniciativa do Judo Clube do Estoril, realiza-se uma reunio com os clubes
Ginsio Clube Portugus, S. I. M. E. Cruz Quebradense, Colgio S. Joo de Brito, Externato
Mrio Beiro, C. R. P. n 5 do Bairro da Encarnao, Grupo Dramtico e Sportivo Cascais,
Grupo Desportivo da TAP, de onde nasceu a Comisso Pr-Associao do Distrito de Lisboa.
Antnio Luz do Judo Clube do Estoril, Orlando Ferreira do Ginsio Clube Portugus e Joo
Worm do Colgio de S. Joo de Brito, formaram essa comisso. Em Setbal, onde a prtica da
modalidade foi fortemente influenciada por Joaquim Barata, forma-se tambm uma Comisso
Pr-Associao, constituda por Saul Conceio do Judo Clube de Almada, Carlos Pinho da CUF
e Francisco Resina Santos.
No entanto, as primeiras Associaes devidamente legalizadas foram a Associao de Coimbra,
criada em 12 de Abril de 1978, com estatutos publicados no D.R de 10 de Julho de 1978, e a
Associao de Santarm, com estatutos publicados em 9 de Maio de 1978. Com base no
Decreto-Lei n 460/77 de 7 de Novembro a Federao Portuguesa de Judo considerada
Instituio de Utilidade Pblica.
Aps a entrada em vigor da Lei n 1/90, Lei de Bases do Sistema Desportivo e aps entrada
em vigor do Decreto-lei n. 144/93 que estabeleceu o regime jurdico das federaes
desportivas, foi reconhecido Federao Portuguesa de Judo o estatuto de utilidade pblica
desportiva.
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 19
2 Capitulo
2.1 - Graduaes
Os judocas so classificados em duas graduaes: kyu e dan. 5 graus de kyu reconhecidos
pela Federao Portuguesa de Judo, os quais se distinguem pelas cores dos cintos:
KYU
KYU Cinto Branco
5 KYU Gokyu Cinto Amarelo
4 KYU Yonkyu Cinto Laranja
3 KYU Sankyu Cinto Verde
2 KYU Nikyu Cinto Azul
1 KYU Ikyu Cinto Castanho
As graduaes de dan, ao contrrio das de kyu, avanam de 1 dan (shodan) para 10 dan
(juda ou dyodan), o mais alto grau. Esses graus diferenciam-se pelas seguintes cores dos
cintos:
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DAN
1 DAN Shodan Cinto Preto
2 DAN Nidan Cinto Preto
3 DAN Sandan Cinto Preto
4 DAN Yondan Cinto Preto
5 DAN Godan Cinto Preto
6 DAN Rokudan Cinto Vermelho e Branco
7 DAN Shitchidan Cinto Vermelho e Branco
8 DAN Atchidan Cinto Vermelho e Branco
9 DAN Kudan Cinto Vermelho
10 DAN Judan/Dyodan Cinto Vermelho
As promoes tanto para as graduaes de kyu como para as de dan baseiam-se em exames
que incidem sobre requisitos tais como: durao de tempo de treino, idade, carter moral,
execuo das tcnicas especificadas nos regulamentos e comportamento em competies. No
caso de promoo de kyu, (cinto branco) a 1 Kyu (cinto castanho) outorgada pelo
respectivo treinador, no caso de promoo graduao de 1 dan realizada prova de exame
a nvel distrital.
Bem como j vimos os graus de eficincia no Judo dividem-se em aluno (Kiu) e mestre
(Dan).O mais alto grau concedido extremamente raro cinto vermelho Judan (10 Dan) que
at o ano de 1965 fora concedido apenas a 7 homens.
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 21
O Judo prev ainda um dcimo primeiro dan (Juichidan), que tambm usaria o cinto vermelho,
e ainda um dcimo segundo dan que usaria um rarssimo cinto branco, duas vezes mais largo
que cinto comum, simbolizando o auge da pureza, cores essas tanto vermelha como branca
que simbolizam a flor de cerejeira, smbolo do Judo. Estes dois ltimos cintos ainda no foram
concedidos a ningum, excepto Jigoro kano que tem a graduao de 12 Dan.
2.2 - Pontuao
O objectivo conseguir ganhar a luta valendo-se dos seguintes pontos:
Koka - menor vantagem no judo, koka realiza-se quando o oponente cai sobre o
ombro ou coxa(s) ou ndegas, com velocidade e fora.
Yuko Um Yuko realiza-se quando o oponente projectado com controlo, mas a
tcnica carece parcialmente em (2) dos trs outros elementos necessrios para
Ippon, (Costas, fora e velocidade). Um Yuko vale mais que qualquer nmero de
Kokas.
Wazari - dois wazari valem um ippon e termina o combate logo aps o segundo
Wazari. Um Wazari um "Ipon" que no foi realizado com perfeio. Um Wazari
vale mais que qualquer nmero de Yukos.
Ippon - ponto completo, o nocaute do judo, finaliza o combate no momento
desta tcnica. Um Ipon realiza-se quando o oponente cai com as costas no cho,
com fora e velocidade, trmino de um movimento perfeito.
2.3 - Penalizaes
Pontuao inversa. Valem pontos para o adversrio.
Hansokumake Directo desclassificao do competidor.
4 Shido = Hansokumake - equivale a um ippon.
3 Shido - equivale a um wazari.
2 Shido - equivale a um yuko.
1 Shido - equivale a um koka.
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2.4 - Formas de cumprimento (rei-ho)
A prtica do judo regida pela cortesia, respeito e amabilidade. A saudao o expoente
mximo dessas virtudes sociais. Atravs dela expressamos um respeito profundo aos nossos
companheiros. No judo, h duas formas de expressarmos: tati-rei ou ritsu-rei (quando em p)
e za-rei (posio de joelhos). Esta ltima conhecida por saudao de cerimnia. Efectuam-se
as seguintes saudaes:
Tati-rei ou ritsu-rei
Ao entrar no dojo bem como ao sair; Quando subir ao tatami para cumprimentar o professor
ou seu ajudante; Ao iniciar um treino com um companheiro, assim como ao termin-lo.
Za-rei
Ao iniciar, bem como ao terminar o treino; Ao iniciar um treino no solo com o companheiro,
bem como ao termin-lo.
2.5 - Tcnicas
Na aplicao de waza (tcnicas), tori quem aplica a tcnica e uke aquele em que a
tcnica aplicada. As tcnicas do judo classificam-se em:
Nage-waza (tcnicas de projeco)
Tachi-waza (tcnicas em p)
Te-waza (tcnicas de mos ou brao)
Koshi-waza (tcnicas de ancas)
Ashi-waza (tcnicas de ps ou perna)
Sutemi-waza (tcnicas de sacrifcio)
Mae-sutemi-waza (tcnicas de sacrifcio para trs)
Yoko-sutemi-waza (tcnicas de sacrifcio para o lado)
Katame-waza (tcnicas de controlo)
Osaekomi-waza ou osae-waza (tcnicas de imobilizao)
Shime-waza (tcnicas de estrangulamento)
Kansetsu-waza (tcnicas de luxao)
As tcnicas de nage-waza so normalmente ensinadas em cinco fases, conhecidas por gokyo-
no-waza. Essas fases comeam pelas tcnicas bsicas, prosseguindo at as mais avanadas.
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2.6 - Aplicaes das tcnicas
2.6.1 - Kuzushi
Refere-se s tcnicas de desequilbrio; a prtica de judo baseia-se no equilbrio, portanto um
estudo de grande importncia j que atravs dele aplicamos todas as projeces. Para estudar
as direces em que podemos desequilibrar, deve-se considerar o seguinte: O centro de
gravidade do homem situa-se no baixo-ventre. Sendo assim, quando a perpendicular traada a
partir do centro de gravidade at o solo cair fora do polgono de sustentao, encontra-se
desequilibrado. Este desequilbrio d origem, nos praticantes, a oito direces designadas por
happo-no-kuzushi; para frente; para trs; para direita; para esquerda e quatro oblquas
derivadas, assim como muitas outras. Assim quando o adversrio se encontra em desequilbrio
para frente, temos de continuar o desequilbrio, projectando-o para frente. Faremos para trs,
quando se encontra em desequilbrio para trs. Tendo em conta a advertncia anterior e
praticando com assiduidade e perseverana, progrediremos constantemente na prtica deste
desporto.
2.6.2 - Tsukuri
a relao entre a sua posio e a do adversrio. colocar o seu corpo na melhor posio
para aplicar a projeco, enquanto continua a desequilibrar o adversrio. Tentar fazer uma
projeco antes de estabelecer um tsukuri correcto pura perda de energia.
2.6.3 - Kake
a aplicao da projeco, obedecendo a sequncia: kuzushi, tsukuri e finalmente kake.
Vale realar que judo usar a posio do adversrio em benefcio prprio e no project-lo por
superioridade de peso ou fora. Ao aplicar uma projeco, usa-se o corpo suavemente como
uma s unidade. Todas as partes do corpo devem actuar em harmonia. Se bem que em cada
projeco se d maior nfase utilizao de determinada parte do corpo, tal como mos,
ancas ou ps, em qualquer projeco importante o movimento de todo o corpo. A parte do
corpo a que se faz meno serve para orientar a projeco do adversrio.
2.7 - Alguns princpios para orientao
Deve-se manter o corpo relaxado, proporcionando maior flexibilidade e certa impressibilidade
frente ao adversrio. Para manter o equilbrio flexiona-se os joelhos sem dobrar a cintura,
demonstrando confiana. Na dvida, faa um movimento rpido e decidido. Tentativas
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receosas so inteis e representam perda de energia. Portanto estas trs fases so muito
importantes para execuo perfeita das tcnicas. Elas podem ser observadas no nage-no-
kata (formas convencionais de projeco).
2.8 - Tcnicas de controlo, em p ou no solo (katame-waza)
Tambm chamadas impropriamente de ne-waza tcnicas no solo, so um grupo composto
que incluem tcnicas de imobilizaes (osaekomi-waza), tcnicas de estrangulamentos
(shime-waza) e tcnicas de luxao (kansetsu-waza). As tcnicas de projeco e as
tcnicas de controlo so inseparveis, ambas trabalham juntas auxiliando uma a outra para
decidir uma vitria ou uma derrota, sendo katame-waza as sequncias de um arremesso,
assim as tcnicas de nage-waza possuem um grande poder. A melhor e mais correcta ordem a
seguir na aprendizagem das tcnicas de controlo comear com as imobilizaes, seguindo
com os estrangulamentos e terminando com as tcnicas de luxao.
Esforce-se primeiro no conhecimento das tcnicas de imobilizao at que os movimentos
principais faam parte da reaco natural do seu corpo. Esta a maneira mais eficaz e o
caminho mais rpido para progredir nas tcnicas de controlo. Desenvolva o seu corpo forte e
flexvel e um esprito de perseverana.
2.9 - Tcnicas de amortecimento de quedas (ukemi-no-waza)
O equilbrio a lei primordial que rege o judo. Assim quando se perde o equilbrio sujeita-se a
quedas. E, como natural, se no soubermos amortecer o contacto do nosso corpo com o solo,
estamos sujeitos a magoar-mo-nos. Para evitar isso existe o que chamamos ukemi-no-waza.
Saber cair a base indiscutvel das projeces. necessrio um treino metdico e
perseverante, para vencer o medo da queda. Essa superao permite-nos progredir nos
conhecimentos do judo. Assim teremos um esprito aberto para ataque e defesa, aplicando os
movimentos com rapidez e preciso. As direces fundamentais para ukemi so:
Ushiro-ukemi queda para trs;
Mae-ukemi queda para frente;
Yoko-ukemi queda para o lado;
Tati-zempo-kaitem-ukemi rolamento.
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2.10 - Postura (shisei)
Shisei a posio base para todos os movimentos. Por isso um shisei correcto facilita a
rapidez e a preciso na aplicao das tcnicas. Deve-se adoptar sempre o shisei para que a
todo o momento seja possvel uma pronta mudana de posio. O peso do corpo igualmente
distribudo por ambos os ps, sobretudo sobre a ponta dos dedos. So as seguintes posies:
Shizen-hontai posio natural;
Migi-shizentai posio natural direita;
Hidari-shizentai posio natural esquerda;
Jigo-hontai posio de defesa;
Migi-jigotai posio de defesa direita;
Hidari-jigotai posio de defesa esquerda.
2.11 - Tcnicas de pega (kumi-kata)
Para uma eficiente aplicao das tcnicas, o judoca dever procurar a posio adequada,
normal ou momentnea, de acordo com o decorrer da luta, podendo ser natural ou autodefesa.
Migi ou hidari-shizentai posio natural direita ou esquerda: mo direita na banda
esquerda do oponente e mo esquerda na manga direita do oponente. Para posio
natural esquerda, basta inverter a posio.
Migi ou hidari-jigotai posio de autodefesa direita ou esquerda: passa-se a mo
direita por baixo do brao esquerdo do oponente e coloca-se nas costas dele, e com a
mo esquerda agarra-se a manga direita do oponente puxando o brao dele sob a sua
axila esquerda. Para posio de autodefesa esquerda s inverter a posio.
2.12 - Tcnicas de movimentao sobre o tatami (shintai)
So as formas correctas de deslocao sobre o tatami, salientando-se os seguintes detalhes:
andar descontraidamente, mantendo os joelhos e tornozelos flexveis, sem cruzar os ps.
Deslocar-se em todas as direces deslizando os ps, fazendo o contacto com o solo com a
borda externa da planta dos ps, calcanhares ligeiramente levantados. Acompanhar os passos
de seu oponente, se este empurra voc recua, se puxa avana. Se o adversrio o puxa, no
resista mova-se com ele. Do mesmo modo no resista quando empurrado, se resistir o seu
corpo torna-se rgido e perde facilmente o equilbrio. Movendo-se no mesmo sentido do
adversrio -lhe mais fcil controlar o corpo dele e desequilibr-lo.
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2.13 - Tcnicas de esquiva (tai-sabaki)
Para uma eficiente defesa contra as tcnicas do adversrio, deve-se mover o corpo com a
mxima leveza, mantendo-se uma constante posio de equilbrio. importante lembrar que
um trabalho de ps rpido, mas em perfeita estabilidade, a base de todos os movimentos do
corpo, podemos citar alguns movimentos:
Migi-mae-sabaki esquiva direita para frente;
'Migi-mae-nawari-sabaki esquiva rodando direita para frente;
Hidari-ushiro-sabaki esquiva esquerda para trs;
Hidari-ushiro-nawari-sabaki esquiva rodando esquerda para trs.
2.14 - Exerccios bsicos
No judo cada professor pode estabelecer o seu sistema de exerccio, o plano geral de treino
o seguinte:
Taiso
Exerccio de aquecimento, visa aquecer e tornar o corpo mais flexvel, desenvolvendo tambm
a musculatura.
Ukemi-no-waza
Tcnicas de amortecimento de queda.
Uchikomi
Repetio de tcnicas para treinar a rapidez dos movimentos e suas correctas aplicaes.
Randori
Treino livre, tambm conhecido como "combate", pelo qual a aplicao das tcnicas
praticada contra um parceiro, atacando e defendendo.
Shiai
Na preparao para se participar numa competio so necessrias tanto destreza mental
como a fsica. As tcnicas j dominadas no randori tm agora oportunidade de serem
executadas a fundo sob um determinado conjunto de regras.
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Kata
um conjunto de tcnicas fundamentais, um mtodo de estudo especial, para transmitir a
tcnica, o esprito e a finalidade do judo. O mestre Jigoro Kano dizia: "Os katas so a tica do
judo, sem o qual impossvel compreender o alcance." Kata oferece ao randori as razes
fundamentais de cada tcnica. Existem no judo os seguintes katas:
Nage-no-kata: formas fundamentais de projeco.
Katame-no-kata: formas fundamentais de controlo.
Kime-no-kata: formas fundamentais de deciso.
Ju-no-kata: formas de agilidade aplicadas em ataque e defesa, utilizando a energia de
forma mais eficiente.
Koshiki-no-kata: formas antigas o kata da antiga escola do Jiu-Jitsu. Executava-se
antigamente com armadura de samurai.
Itsutsu-no-kata: so cinco formas de tcnicas. Expresso terica do judo baseado na
natureza.
Seiryoku-zenko-kokumin-taiiku-no-kata: uma forma de educao fsica, baseada
sobre o princpio da mxima eficcia, visa o treino completo do corpo.
Goshin-jutsu-no-kata: tcnicas de autodefesa.
Nage-no-kata
o primeiro kata do judo; compe-se de quinze tcnicas, trinta projeces divididas em cinco
grupos de tcnicas:
'Te-waza'
Uki-otoshi
Ippon-seoi-nage
Kata-guruma
'Koshi-waza'
Uki-goshi
Harai-goshi
Tsurikomi-goshi
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'Ashi-waza'
Okuriashi-harai
Sasae-tsurikomi-ashi
Uchimata
'Ma-sutemi-waza'
Tomoe-nage
Ura-nage
Sumi-gaeshi
'Yoko-sutemi-waza'
Yoko-gake
Yoko-guruma
Uki-waza
Os dois judocas executam com extrema seriedade, concentrao mental muito importante.
Inicialmente cumprimentam o joseki ou shomen (lugar de honra, mesa central) na posio de
tati-rei, voltando em seguida um para o outro para se saudarem mutuamente em za-rei,
levantam-se e avanam um passo iniciando com o p esquerdo.
Em seguida partindo em ayumi-ashi avanam um para o outro e inicia-se o kata. Todas as
projees so feitas para o lado direito e esquerdo do uke. Voltado para o shomen, o tori fica
esquerda e o uke direita. (ateno ao Uki-Goshi em que a primeira projeco esquerda)
Normalmente em sutemi-waza, o uke levanta-se por zempo-kaitem-ukemi, excepto no ura-
nage e yoko-gake.
2.15 - Atitudes no dojo
Nunca se deve esquecer que o dojo um lugar tanto de cultura espiritual como de treino
tcnico. Deve-se cumprimentar ao chegar e ao sair, respeitando-se cuidadosamente as regras
de cortesia e as regras particulares do dojo.
Esfora-se em quaisquer circunstncias para ajudar os seus colegas e nunca ser para eles uma
causa de incomdo ou de desagrado;
Respeitar as graduaes superiores e aceitar os seus conselhos. Por outro lado, as graduaes
superiores devem ajudar a progresso daqueles que esto iniciando com solicitude e
cordialidade;
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Quando no se treina, deve-se guardar uma postura correcta, sentado com as pernas cruzadas
ou de joelhos, nunca ficar em posio negligente, mesmo que esteja cansado;
Nunca tirar o judogi quando estiver no dojo, ir ao vestirio, salvo com autorizao do professor;
Deve-se ter cuidado constante com a correco da sua aparncia pessoal, limpeza corporal
(unhas, cabelos e barba convenientemente aparados) e do judogi boa disposio deste que
deve ser reajustado todas as vezes que forem necessrios. Nada deve ser usado sobre o
judogi, salvo autorizao do professor;
Deve-se respeitar o horrio exacto dos treinos, salvo autorizao do professor, no se deve
deixar o dojo antes do trmino da aula;
Estando no dojo sem poder praticar, deve-se subir ao tatami e cumprimentar o professor,
prestar ateno ao que acontece na aula e tirar proveito dos ensinamentos;
Pedir licena ao professor quando tiver que se ausentar do tatami para atender algum ou ir
ao sanitrio;
Ao deixar o dojo procure verificar se deixou tudo em ordem;
Deve-se ficar quieto e se tiver que falar, somente sobre a prtica, em voz baixa.
Obs. deve-se entender como professor, no somente o professor titular, mas tambm seus
assistentes encarregados da aula do dia.
2.16 - Pensamentos
Quem teme perder j est vencido.
Somente se aproxima da perfeio quem a procura com constncia, sabedoria e,
sobretudo humildade.
Nunca te orgulhes de teres vencido a um adversrio, ao que venceste hoje poder
derrotar-te amanh. A nica vitria que perdura a que se conquista sobre a prpria
ignorncia.
O judoca no se aperfeioa para lutar, luta para se aperfeioar.
Conhecer-se dominar-se, dominar-se triunfar.
O judoca o que possui inteligncia para compreender aquilo que lhe ensinam e
pacincia para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes.
Saber cada dia um pouco mais e us-lo todos os dias para o bem, esse o caminho dos
verdadeiros judocas.
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 30
Praticar judo educar a mente a pensar com velocidade e exactido, bem como o corpo
obedecer com justeza. O corpo uma arma cuja eficincia depende da preciso com
que se usa a inteligncia.
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 31
3 Capitulo (REGULAMENTO DE GRADUAES)
3.1 - Generalidades
As diferentes graduaes no Judo formam um conjunto na progresso dos conhecimentos do
Judo. Os valores morais, a mestria tcnica e a participao nas provas desportivas so o
objectivo normal do ensino e do exemplo dedicado ao estudo tcnico e ao treino, donde a
graduao simboliza os valores do Esprito e do Corpo - Shin-Ghi-Tai (Esprito, Tcnica e
Eficcia).
A componente desportiva (Jai) uma condio absolutamente indispensvel, em particular do
1 ao 4 Dan, mas que no se basta a si prpria. Outros valores essenciais devem sempre ser
tomados em linha de conta, tal como um comportamento irrepreensvel como atleta, rbitro,
treinador, dirigente, etc., ou qualquer outro comportamento constante no Cdigo Moral do
Judo.
Os intervalos de tempo impostos para ascender graduao seguinte, so considerados os
tempos mnimos de maturao indispensvel que devem ser efectivamente consagrados ao
treino e que permitem a progresso no estudo e aprendizagem do Judo. Um ano de prtica
equivale a, pelo menos, 100 treinos de Judo.
O respeito por aquilo que fazemos, constitui a primeira condio e a primeira garantia do valor
dos nossos actos.
3.2 - Especificidades
a) O presente Regulamento de Graduaes engloba uma listagem de tcnicas reconhecidas
pela Federao Internacional de Judo, as tcnicas do Gokyo e os Katas reconhecidos pela FPJ.
Para o efeito existem uma srie de captulos em que se discrimina a distribuio dessas
tcnicas pelas diferentes graduaes e o modo como se processa a carreira do judoca.
b) A prtica do Judo s reconhecida pela FPJ, aos atletas devidamente federados de acordo
com as normas em vigor.
c) As graduaes tero a data do seu registo na FPJ. No caso de exames, a data ser a do
exame, nas graduaes por mrito a data do diploma e nas graduaes atribudas por
treinadores, a data da sua comunicao, aps comprovao do cumprimento das normas e
demais regulamentaes em vigor.
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 32
d) Os treinadores s podero atribuir graduaes de acordo com as normas em vigor, desde
que tenham a sua situao regularizada para a poca em que estas so atribudas.
3.3 Carreira de Judoca
As graduaes at 1 Kyu (inclusive) so da responsabilidade do treinador, no entanto
aconselha-se, que sejam respeitados os tempos e as idades mnimas propostas, de forma a
que haja a devida uniformizao.
Para alm da idade mnima para aceder ao exame para 1 Dan necessrio que o judoca
tenha 60 meses de prtica efectiva.
As graduaes de 1 e 2 Dan so da responsabilidade das Associaes Distritais, no que diz
respeito organizao dos Exames Associativos e Regionais.
As graduaes de 3 Dan a 6 Dan so da responsabilidade da FPJ, as graduaes de 7 e 8
Dan so da responsabilidade da Unio Europeia de Judo, as graduaes de 9 e 10 Dan so
da responsabilidade da Federao Internacional de Judo.
3.4 Graduaes pela via rpida
a) Todos os Atletas, que optem pela Via Rpida tm como quadro de referncia o seguinte:
GRADUAO IDADE MNIMA PONTOS TEMPO MNIMO
1 Kyu 14 anos 10 pontos 1
1 Dan 16 anos 20 pontos 1
2 Dan 17 anos 20 pontos 2
3 Dan 19 anos 30 pontos 3
4 Dan 22 anos 40 pontos 4
5 Dan 26 anos 50 pontos 5
6 Dan 31 anos
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 33
b) Em cada mudana de graduao a pontuao obtida retorna a zero.
c) S sero contabilizados pontos aos atletas com a graduao igual ou superior a 1 Kyu;
d) Por cada vitria ser contabilizado 1 (um ponto), em caso de empate nas provas por
equipas ser contabilizado ponto. Esta contabilizao independente da graduao do
oponente;
e) No sero contabilizados os pontos obtidos nas provas Internacionais, Tsukimani-Shiai e
Kohaku-Shiai;
f) Para alm da idade mnima para aceder ao exame para 1 Dan pela Via Rpida
necessrio que o judoca tenha 48 meses de prtica efectiva
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 34
4 Capitulo (TCNICAS RECONHECIDAS)
4.1 Tcnicas reconhecidas pela Federao Portuguesa de Judo
As tcnicas reconhecidas pela Federao Portuguesa de Judo so:
Nage-waza: 66 Tcnicas
Te-Waza
16 Tcnicas
Ashi-Waza
21 Tcnicas
Koshi-Waza
10 Tcnicas
Masutemi-Waza
5 Tcnicas
Yokosutemi-Waza
14 Tcnicas
Ippon-seoi-nage Ashi-guruma Hane-goshi Hiki-komi-gaeshi Daki-wakare
Kata-guruma De-ashi-barai (harai) Harai-goshi Sumi-gaeshi Hane-makikomi
Kibisu-gaeshi Hane-goshi-gaeshi Koshi-guruma Tomoe-nage Harai-makikomi
Ko-uchi-gaeshi Harai-goshi-gaeshi O-goshi Tawara-gaeshi Ko-uchi-makikomi
Kuchiki-taoshi Harai-tsurikomi-ashi Sode-tsurikomi-goshi Ura-nage O-soto-makikomi
Moro-te-gari Hiza-guruma Tsuri-goshi Soto-makikomi
Obi-otoshi Ko-soto-gake Tsurikomi-goshi Tani-otoshi
Obi-tori-gaeshi Ko-soto-gari Uki-goshi Uchi-makikomi
Seoi-nage Ko-uchi-gari Ushiro-goshi Uchi-mata-makikomi
Seoi-otoshi O-guruma Utsuri-goshi Uki-waza
Sukui-nage Okuri-ashi-barai (harai) Yoko-gake
Sumi-otoshi O-soto-gaeshi Yoko-guruma
Tai-otoshi O-soto-gari Yoko-otoshi
Uchi-mata-sukashi O-soto-guruma Yoko-wakare
Uki-otoshi O-soto-otoshi
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 35
Yama-arashi O-uchi-gaeshi
O-uchi-gari
Sasae-tsurikomi-ashi
Tsubame-gaeshi
Uchi-mata
Uchi-mata-gaeshi
Ne-waza: 30 Tcnicas
Osaekomi-waza
9 Tcnicas
Shime-waza
11 Tcnicas
Kansetsu-waza
10 Tcnicas
Kami-shiho-gatame Gyaku-juji-jime Ude-garami
Kata-gatame Hadaka-jime Ude-hishigi-ashi-gatame
Kesa-gatame Kata-ha-jime Ude-hishigi-hara-gatame
Kuzure-kami-shiho-gatame Kata-juji-jime Ude-hishigi-hiza-gatame
Kuzure-kesa-gatame Kata-te-jime Ude-hishigi-juji-gatame
Tate-shiho-gatame Nami-juji-jime Ude-hishigi-sankaku-gatame
Uki-gatame Okuri-eri-jime Ude-hishigi-te-gatame
Ushiro-kesa-gatame Ryo-te-jime Ude-hishigi-ude-gatame
Yoko-shiho-gatame Sankaku-jime Ude-hishigi-waki-gatame
Sode-guruma-jime
Tsukkomi-jime
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 36
Kinshi-Waza: 4 Tcnicas
Tcnicas Proibidas em Competio
Ashi-garami
Do-jime
Kani-basami
Kawazu-gake
As tcnicas constantes do Gokyo so:
5 KYO 4 KYO 3 KYO 2 KYO 1 KYO
1 De-ashi-harai Kosoto-gari Kosoto-gake Sumi-gaeshi Osoto-guruma
2 Hiza-guruma Kouchi-gari Tsuri-goshi Tani-otoshi Uki-waza
3 Sasae-tsurikomi-ashi Koshi-guruma Yoko-otoshi Hane-makikomi Yoko-wakare
4 Uki-goshi Tsurikomi-goshi Ashi-guruma Sukui-nage Yoko-guruma
5 Osoto-gari Okuri-ashi-harai Hane-goshi Utsuri-goshi Ushiro-goshi
6 O-goshi Tai-otoshi Harai-tsurikomi-ashi O-guruma Ura-nage
7 Ouchi-gari Harai-goshi Tomoe-nage Soto-makikomi Sumi-otoshi
8 Seoi-nage Uchi-mata Kata-guruma Uki-otoshi Yoko-gake
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 37
KATAS - Sries de tcnicas especialmente seleccionadas tendo em vista o estudo aprofundado
dos princpios do Judo:
NOME TEMA
Nage-No-Kata - (Formas de projeco)
Katame-No-Kata - (Formas de controlo)
Ju-No-Kata - (Formas de suavidade)
Kime-No-Kata - (Formas de deciso)
Itsutsu-No-Kata - (Forma dos cinco princpios)
Kodokan-Goshin-Jitsu-No-Kata - (Formas de defesa para homens)
Jujoshi-Yo-Go-Shiho-No-Kata - (Formas de defesa para senhoras)
Koshiki-No-Kata - (Formas antigas)
Seiryoku-Zenyo-Kokumin-Tai-Iku-No-Kata - (Formas educativas de mxima eficincia)
Go-No-Sen-No-Kata - (Formas de Contra-Ataque)
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 38
5 Capitulo
(CONTEDOS PARA EXAME DE GRADUAO 1 DAN)
5.1 - Exame Tcnico
5.2 - Randori
At 4 Dan (inclusive) candidatos devero fazer uma prova de Randori, com os seguintes
tempos:
ANOS TEMPO CONTEDOS
40 3 Min Ne-Waza
Nage-Waza
> 40 2 Min Ne-Waza
5.3 - Tcnica Propriamente Dita
Todos os candidatos a uma nova graduao devero dominar os contedos tcnicos
correspondentes graduao para a qual se candidatam.
1 DAN
Nage-waza
Tachi-Waza Sutemi-Waza
Te-Waza: Ashi-Waza: Koshi-Waza: Masutemi-Waza: Yokosutemi-Waza:
Ippon-seoi-nage (1) Ko-soto-gake (1) Koshi-guruma (1) Sumi-gaeshi (1) Tani-otoshi (1)
Seoi-nage (2) O-soto-gari (2) O-goshi (2) Tomoe-nage (2) Uki-waza (2)
Tai-otoshi (3) Ashi-guruma (3) Tsuri-goshi (3) Ura-nage (3) Yoko-otoshi (3)
Kata-guruma (4) Hiza-guruma (4) Tsurikomi-goshi (4) Hane-makikomi (4)
Sumi-otoshi (5) Ko-uchi-gari (5) Uki-goshi (5) Soto-makikomi (5)
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 39
Sukui-nage (6) O-soto-guruma (6) Harai-goshi (6) Yoko-gake (6)
Uki-otoshi (7) O-guruma (7) Ushiro-goshi (7) Yoko-guruma (7)
O-uchi-gari (8) Hane-goshi (8) Yoko-wakare (8)
Sasae-tsurikomi-ashi (9) Utsuri-goshi (9)
De-ashi-barai (10)
Harai-tsurikomi-ashi (11)
Ko-soto-gari (12)
Okuri-ashi-barai (13)
Uchi-mata (14)
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Te-Waza: Tcnicas de brao
Ippon-seoi-nage (1) Seoi-nage (2) Tai-otoshi (3)
Projeco pelo ombro Projeco pelo ombro Queda do corpo
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 40
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Te-Waza: Tcnicas de brao
Kata-guruma (4) Sumi-otoshi (5) Sukui-nage (6)
Rotao pelos ombros Queda no canto Projeco em colher
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Te-Waza: Tcnicas de brao
Uki-otoshi (7)
Queda flutuante
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 41
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Ashi-Waza: Tcnicas de perna
Ko-soto-gake (1) O-soto-gari (2) Ashi-guruma (3)
Pequeno gancho exterior Grande ceifa exterior Rotao sobre a perna
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Ashi-Waza: Tcnicas de perna
Hiza-guruma (4) Ko-uchi-gari (5) O-soto-guruma (6)
Rotao pelo joelho Pequena ceifa interior Grande rotao exterior
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 42
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Ashi-Waza: Tcnicas de perna
O-guruma (7) O-uchi-gari (8) Sasae-tsurikomi-ashi (9)
Grande rotao Grande ceifa interior Puxar e levantar o p de apoio
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Ashi-Waza: Tcnicas de perna
De-ashi-barai (10) Harai-tsurikomi-ashi (11) Ko-soto-gari (12)
Varrimento do p avanado Varrimento do p puxando e
levantando
Pequena ceifa exterior
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 43
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Ashi-Waza: Tcnicas de perna
Okuri-ashi-barai (13) Uchi-mata (14)
Varrimento dos dois ps Varrimento pelo interior das coxas
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Koshi-Waza: Tcnicas de anca
Koshi-guruma (1) O-goshi (2) Tsuri-goshi (3)
Rotao pela anca Grande (projeco) de anca Projeco por elevao da anca
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 44
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Koshi-Waza: Tcnicas de anca
Tsurikomi-goshi (4) Uki-goshi (5) Harai-goshi (6)
Projeco, puxando e levantando
com a anca
Anca flutuante Varrimento da anca
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Koshi-Waza: Tcnicas de anca
Ushiro-goshi (7) Hane-goshi (8) Utsuri-goshi (9)
Projeco anca para trs Anca de mola Mudana de anca
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 45
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Masutemi-Waza: Tcnicas de sacrifcio para trs
Sumi-gaeshi (1) Tomoe-nage (2) Ura-nage (3)
Projeco pelo canto Projeco em circulo Projeco para trs
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Yokosutemi-Waza: Tcnicas de sacrifcio para o lado
Tani-otoshi (1) Uki-waza (2) Yoko-otoshi (3)
Queda no vale Tcnica flutuante Queda lateral
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 46
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Yokosutemi-Waza: Tcnicas de sacrifcio para o lado
Hane-makikomi (4) Soto-makikomi (5) Yoko-gake (6)
Projeco de enrolamento em mola Projeco de enrolamento exterior Queda lateral do corpo
Nage-waza (Tcnicas de Projeco)
Yokosutemi-Waza: Tcnicas de sacrifcio para o lado
Yoko-guruma (7) Yoko-wakare (8)
Rotao lateral Separao lateral
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 47
Gokyo no Waza
Dai-ikkyo (grupo 1)
De-ashi-harai
Hiza-guruma
Sasae-tsurikomi-ashi
Uki-goshi Osoto-gari O-goshi Ouchi-gari Seoi-nage
Dai-nikyo (grupo 2)
Kosoto-gari
Kouchi-gari
Koshi-guruma
Tsurikomi-goshi
Okuri-ashi-harai Tai-otoshi Harai-goshi Uchi-mata
Dai-sankyo (grupo 3)
Kosoto-gake
Tsuri-goshi
Yoko-otoshi
Ashi-guruma
Hane-goshi
Harai-tsurikomi-ashi
Tomoe-nage Kata-guruma
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 48
Dai-yonkyo (grupo 4)
Sumi-gaeshi
Tani-otoshi
Hane-makikomi
Sukui-nage
Utsuri-goshi
O-guruma
Soto-makikomi Uki-otoshi
Dai-gokyo (grupo 5)
Osoto-guruma Uki-waza
Yoko-wakare Yoko-guruma
Ushiro-goshi
Ura-nage
Sumi-otoshi Yoko-gake
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 49
Ne-waza
Osaekomi-waza Shime-waza Kansetsu-waza
Kuzure-kesa-gatame (1) Nami-juji-jime (1) Ude-hishigi-juji-gatame (1)
Kami-shiho-gatame (2) Gyaku-juji-jime (2) Ude-hishigi-waki-gatame (2)
Yoko-shiho-gatame (3) Kata-juji-jime (3) Ude-hishigi-ude-gatame (3)
Kesa-gatame (4) Hadaka-jime (4) Ude-hishigi-hiza-gatame (4)
Tate-shiho-gatame (5) Okuri-eri-jime (5)
Kata-gatame (6) Kata-ha-jime (6)
Kuzure-kami-shiho-gatame (7)
Uki-gatame (8)
Ushiro-kesa-gatame (9)
Ne-waza (Tcnicas no solo)
Osaekomi-waza: Tcnicas de imobilizao
Kuzure-kesa-gatame (1) Kami-shiho-gatame (2) Yoko-shiho-gatame (3)
Variante do controlo em cachecol Controlo superior sobre quatro
pontos de controlo
Controlo lateral sobre quatro
pontos de controlo
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 50
Ne-waza (Tcnicas no solo)
Osaekomi-waza: Tcnicas de imobilizao
Kesa-gatame (4) Tate-shiho-gatame (5) Kata-gatame (6)
Controlo em cachecol Controlo directo sobre quatro pontos
de apoio
Controlo pelo ombro
Ne-waza (Tcnicas no solo)
Osaekomi-waza: Tcnicas de imobilizao
Kuzure-kami-shiho-gatame (7) Uki-gatame (8) Ushiro-kesa-gatame (9)
Variante do controlo superior sobre
quatro pontos de apoio
Controlo flutuante Controlo em cachecol invertido
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 51
Ne-waza (Tcnicas no solo)
Shime-waza: (tcnicas de estrangulamento)
Nami-juji-jime (1) Gyaku-juji-jime (2) Kata-juji-jime (3)
Estrangulamento com mos cruzadas
e pega normal
Estrangulamento com mos cruzadas
e pega invertida
Estrangulamento com mos
cruzadas e pega oposta
Ne-waza (Tcnicas no solo)
Shime-waza: (tcnicas de estrangulamento)
Hadaka-jime (4) Okuri-eri-jime (5) Kata-ha-jime (6)
Estrangulamento com mos nuas Estrangulamento deslizando pelas
golas
Estrangulamento controlando o
ombro
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 52
Ne-waza (Tcnicas no solo)
Kansetsu-waza: (tcnicas de luxao)
Ude-hishigi-juji-gatame (1) Ude-hishigi-waki-gatame (2) Ude-hishigi-ude-gatame (3)
Luxao do brao em cruz Luxao com a axila Luxao do brao
Ne-waza (Tcnicas no solo)
Kansetsu-waza: (tcnicas de luxao)
Ude-hishigi-hiza-gatame (4)
Luxao com o joelho
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 53
5.4 - Quadro com todas as tcnicas para exame 1 Dan:
Nage Waza Tcnicas de projeco
Te - Waza Tcnicas de brao ( 7 tcnicas)
Ippon-seoi-nage Projeco pelo ombro
Seoinage Projeco pelo ombro
Tai-otoshi Queda do corpo
Kata-guruma Rotao pelos ombros
Sumi-otoshi Queda no canto
Sukui-nage Projeco em colher
Uki-otoshi Queda flutuante
Ashi - Waza Tcnicas de perna ( 14 tcnicas )
Ko-soto-gake Pequeno gancho exterior
O-soto-gari Grande ceifa exterior
Ashi-guruma Rotao sobre a perna
Hiza-guruma Rotao pelo joelho
Ko-uchi-gari Pequena ceifa interior
O-soto-guruma Grande rotao exterior
O-guruma Grande rotao
O-uchi-gari Grande ceifa interior
Sasae-tsurikomi-ashi Puxar e levantar o p de apoio
De-ashi-barai Varrimento do p avanado
Harai-tsurikomi-ashi Varrimento do p, puxando e levantando
Ko-soto-gari Pequena ceifa exterior
Okuri-ashi-barai Varrimento dos dois ps
Uchi-mata Varrimento pelo interior das coxas
Koshi - Waza Tcnicas de anca ( 9 tcnicas )
Koshi-guruma Rotao pela anca
O-goshi Grande projeco de anca
Tsuri-goshi Projeco por elevao da anca
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 54
Tsurikomi-goshi Projeco, puxando e levantando com a anca
Uki-goshi Anca flutuante
Harai-goshi Varrimento com a anca
Ushiro-goshi Projeco anca para trs
Hane-goshi Anca de mola
Utsuri-goshi Mudana de anca
Masutemi - waza Tcnicas de sacrifcio para trs (3 tcnicas )
Sumi-gaeshi Projeco pelo canto
Tomoe-nage Projeco em circulo
Ura-nage Projeco para trs
Yokosutemi - Waza Tcnicas de sacrifcio para o lado ( 8 tcnicas )
Tani-otoshi Queda no vale
Uki-waza Tcnica flutuante
Yoko-otoshi Queda lateral
Hane-makikomi Projeco de enrolamento em mola
Soto-makikomi Projeco de enrolamento exterior
Yoko-gake Queda lateral do corpo
Yoko-guruma Rotao lateral
Yoko-wakare Separao lateral
Ne Waza Tcnicas no solo
Osaekomi - Waza Tcnicas de imobilizao ( 9 tcnicas )
Kuzure-kesa-gatame Variante do controlo em cachecol
Kami-shiho-gatame Controlo superior sobre quatro pontos de controlo
Yoko-shiho-gatame Controlo lateral sobre quatro pontos de controlo
Kesa-gatame Controlo em cachecol
Tate-shiho-gatame Controlo directo sobre quatro pontos de apoio
Kata-gatame Controlo pelo ombro
Kuzure-kami-shiho-gatame Variante do controlo superior sobre quatro pontos
de apoio
Uki-gatame Controlo flutuante
Ushiro-kesa-gatame Controlo em cachecol invertido
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 55
Shime Waza Tcnicas de estrangulamento ( 6 tcnicas )
Nami-juji-jime Estrangulamento com mos cruzadas e pega normal
Gyaku-juji-jime Estrangulamento com mos cruzadas e pega invertida
Kata-juji-jime Estrangulamento com mos cruzadas e pega normal
Hadaka-jime Estrangulamento com mos nuas
Okuri-eri-jime Estrangulamento deslizando pelas golas
Kata-ha-jime Estrangulamento controlando o ombro
Kansetsu - Wasa Tcnicas de luxao ( 4 tcnicas)
Ude-hishigi-juji-gatame Luxao do brao em cruz
Ude-hishigi-waki-gatame Luxao com a axila
Ude-hishigi-ude-gatame Luxao do brao
Ude-hishigi-hiza-gatame Luxao com o joelho
5.5. Exame de Katas
O programa do Exame de Graduaes referente aos Katas :
CONTEDOS 1 Dan 2 Dan 3 Dan 4 Dan 5 Dan 6 Dan
KATAS
Nage-No-Kata (3) X
Nage-No-Kata (5) X
Katame-No-Kata X X
Kime-No-Kata X X
Kodokan-Goshin-Jitsu-No-
Kata X X
Ju-No-Kata X X
Koshiki-No-Kata X
JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI
MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 56
Nage-No-Kata Trs primeiros grupos
'Te-waza'
Uki-otoshi Direita Esquerda
Ippon-seoi-nage Direita Esquerda
Kata-guruma Direita esquerda
'Koshi-waza'
Uki-goshi Esquerda Direita
Harai-goshi - Direita esquerda
Tsurikomi-goshi - Direita esquerda
'Ashi-waza'
Okuriashi-harai - Direita esquerda
Sasae-tsurikomi-ashi - Direita esquerda
Uchimata - Direita esquerda
5.6. Exame Geral
Todos os candidatos a uma nova graduao devero ser examinados nas trs reas que se
seguem: Histria, Organizao / Regulamentao e Arbitragem.
No entanto os candidatos podero solicitar a sua dispensa a qualquer uma das reas, desde
que apresentem o respectivo currculo dessa mesma rea um ms antes da realizao dos
exames.
O processo ser analisado pela CNG, informando posteriormente o candidato da deciso de
dispensa ou no do exame nessa rea.
5.7. Histria
Os candidatos a 1 Dan devero conhecer os seguintes contedos:
Histria Associativa
Data de fundao
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 57
Processo de formalizao (reconhecimento pela AG da FPJ)
Nmero de Clubes e Atletas
Localizao actual
Tipo de Organizao
Eventos e resultados mais significativos
5.8. Organizao / Regulamentao
A documentao de apoio a esta rea a que a seguir se discrimina:
Estatutos da FPJ
Calendrio e Normas
Regulamento de Arbitragem
Regulamento de Graduaes
Regulamento Antidopagem
Regulamento da Carreira de Treinador
Regulamento de Publicidade
Regulamento Disciplinar
Normas para a Alta-Competio
Legislao sobre o Seguro Desportivo
1 DAN
Os candidatos a 1 Dan devero saber o que regulamenta cada uma das publicaes
acima mencionadas.
Papel e funo do rbitro e dos juzes.
Preenchimento correcto de folhas de poule, eliminatrias e quadro de repescagens.
Marcadores e cronometristas.
Gestos do rbitro e dos juzes.
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 58
Anexo 1 - Glossrio de Termos Japoneses
Anza Sentado de pernas cruzadas
Ashi Waza Tcnicas de perna ou ps
Atemi-Waza Tcnicas de golpear
Awase-Waza Combinao de dois Waza-aris
DanI Graduao de Dan
Dojo Sala de treino
Encho-Sen Prolongamento do combate
Fukushin - Juiz
Fusen-Gachi Vitria por falta de comparncia
Haisha - Vencido
Hajime - Comear
Hansoku - Infraco
Hansoku Make Derrota por falta ou por acumulao de faltas leves
Hantei Deciso/Julgamento
Hidari Jigo Tai Postura defensiva esquerda
Hidari Shinzen Tai Postura natural esquerda
Hikite Puxar com a mo
Hikiwake - Empate
Ippon Ponto completo
Jigo Hontai Postura defensiva de p
Jigo Tai Postura defensiva
Jiku Ashi Perna de apoio
Jogai Fora da rea de combate
Jonai Dentro da rea de combate
Joseki Presidncia / mesa principal
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 59
Judogi Uniforme de Judo
Kachi - Vencedor
Kaeshi Waza Tcnicas de contra ataque
Kake Execuo de uma projeco
Kansetsu Waza Luxao de uma articulao
Kappo Tcnicas de reanimao
Kata Formas ou ombro
Katame Waza ou Gatame - Waza Tcnicas de imobilizao
Katsu Tcnica de Kappo
Keiko Treino / Prtica
Kiken Gachi Vitria por abandono
Kime Execuo completa
Kinsa Ligeira superioridade ou inferioridade
Kinshi Waza Tcnicas proibidas
Kiotsuke Ateno (palavra de ordem para fazer levantar uma pessoa com calcanhares
unidos)
Koka Vantagem tcnica / Valor mnimo
Koshi Waza Tcnicas de anca
Kumikata - Pega
Kuzushi - Desequilbrio
Kyusho Ponto vital
Ma`ai Distncia entre dois competidores
Maitta - Desisto
Ma Sutemi Waza Tcnicas de sacrifcio de costas
Mate - Espera
Migi Jigo Tai Postura defensiva direita
Migi Shizen Tai Postura natural direita
Nagekomi Repetio de tcnicas, projectando
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 60
Nage Waza Tcnicas de projeco
Newaza Trabalho no cho
Osaekomi Waza Tcnicas de imobilizao
Osaekomi - Imobilizado
Otagai ni - Rei Saudarem-se entre si
Randori Prtica livre
Renraku Waza Combinao encadeamento de vrias tcnicas
Rei Saudao
Ritsu rei Saudao de p
Seiza - Posio de sentado formal de joelhos sentado sobre os calcanhares
Shiai - Competio
Shiai Jo rea de competio
Shido Penalizao leve
Shime Waza Tcnicas de estrangulamento
Shimpan - Arbitragem
Shimpanin - rbitros
Shimpan Riji Director de arbitragem
Shisei - Postura
Shizen Tai Postura Natural
Shizen Hontai Postura bsica natural
Shomen Frente do Dojo / Assentos superiores
Shomen Ni Rei Saudao em direco a Shomen
Shosha - Vencedor
Shushin - rbitro
Sogo Gachi Vitria composta
Sono Mama No se mexam / manter as posies
Sore Made Terminou o tempo
Sutemi Waza Tcnicas de sacrifcio
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 61
Tachi Waza Tcnicas de p
Tai Sabaki Rotao do corpo / Controlo do corpo
Tatami - Tapete
Te Waza Tcnicas de mo ou brao
Toketa Imobilizao desfeita
Tori Aquele que ataca ou projecta
Tsukuri Preparao para executar uma tcnica
Tsurite Levantando a mo
Uchikomi Treino de repetio
Ude Gaeshi Chave de brao / brao invertido
Uke Aquele que recebe a aco ou projectado
Ukemi - Queda
Waza - Tcnicas
Waza Ari Grande vantagem tcnica
Waza Ari Awasete Ippon Dois Waza-aris pontuam Ippon de combate
Yakusoku Renshu Prtica combinada
Yoko Sutemi Waza Tcnicas de sacrifcio laterais
Yoshi Continuem (aps sono-mama)
Yuko Vantagem tcnica de valor moderado
Yusei Gachi Vitria por superioridade
Za Rei Saudao na posio sentado
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MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 62
Referncias Bibliogrficas
REAY, Tony (1985), Guia Prtico do Judo, Editorial Presena
KANO, Jigoro (1994) Kodokan Judo, Kodokan and Kodansha International, Ltd
JANICOT, Didier POUILLART Gilbert (1999) O Judo, Editorial Estampa
Stios na Internet
www.fpj.pt
www.judoinfo.pt
www.judokai.pt
www.wikipedia.org
www.adjudolisboa.pt