Post on 09-Mar-2016
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Jornal Regional de Barretos
www.redebrasilatual.com.br barretos
nº 1 Maio de 2011
DistribuiçãoGratuita
memória
A vida da barretense que desafiou o governo Dutra e ganhou prêmio em Moscou
Pág. 4
elisa, comunista desde criancinha
Como se dá a preparação dos novos toureiros da cidade
Pág. 7
jovens Peões
desafio ao touro
Pequenos agricultores fazem a mesa da merenda escolar
Pág. 3
roça
um lucrão
Bancários festejam 50 anos de lutas e conquistas de seu Sindicato
jubileu de ouro
que categoria!José Merenda, um incansável dos palcos, vive longe do estresse
Pág. 2
teatro
santo remédio
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expediente rede Brasil atual – Barretoseditora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Leonardo Brito (estagiário) e Aquino José revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008 tiragem: 6 mil exemplares distribuição Gratuita
As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.
vale o que vier
editorial
A primeira edição do jornal Brasil Atual – Barretos que che-ga às suas mãos vem preencher a lacuna que existe em todo o país, a do direito à informação livre. Sem os cacoetes que fizeram o modelo da grande imprensa ter o viés dos interesses do capital e lhe deram até um apelido conhecido nas últimas eleições presi-denciais – o Partido da Imprensa Golpista, PIG –, o jornal Brasil Atual chega com linguagem fácil, apresentação visual limpa e sem arrogância. E espera, além de informar e ser sua companhia na fascinante viagem que é a leitura, exercer o papel de porta-voz dos interesses de toda a sociedade.
Logo de cara, o jornal chega comemorando um jubileu de ouro, o dos bancários, categoria profissional que esteve nas prin-cipais lutas do Brasil e virou referência no país. Assim como também virou uma alusão mundial – pelo menos nos tempos do comunismo – a barretense Elisa Miranda, uma militante que, à custa de sua própria liberdade, evitou que centenas de brasileiros fossem à guerra da Coreia. Uma memória daquelas.
Ainda temos, nesta edição, matérias que mostram a luta da cidade contra a dependência química, o sonho de jovens que querem aprender a desafiar os touros nos rodeios deste interior e a luta de um punhado de agricultores que pode dizer, com orgu-lho, que põe a mesa da molecada na escola.
Enfim, estamos chegando. Tomara que com o seu apoio críti-co e camaradagem para ficar muito tempo. Boa leitura!
Pesquisa
governo dilma vai muito bemPresidenta emplaca 73% de aprovação popular
Dilma Rousseff inicia o mandato com o melhor índice entre os três últimos presiden-tes. Numa pesquisa do IBOPE encomendada pela Confede-ração Nacional da Indústria (CNI), o Governo Dilma é bom ou ótimo para 56% dos eleitores, regular para 27%, ruim ou péssimo para 5% e outros 12% não sabem ou não responderam a essa questão.
A maneira como a presi-denta governa é aprovada por 73% dos eleitores. Dos entre-vistados, 12% a desaprovam e 15% não sabem ou não res-ponderam. A expectativa para a sua gestão é muito positiva: 68% acreditam que o gover-no dela será bom ou ótimo, 19% acham que será regular,
3% dizem que será ruim ou pés-simo e 10% não opinam.
A confiança é maior entre os residentes nas Regiões Norte e Centro-Oeste, 80%, e entre os eleitores com renda familiar de até um salário mínimo, 82%. Nove áreas de atuação do go-
verno foram avaliadas pelos entrevistados. O combate à fome e à pobreza recebeu 61% de aprovação, já a luta contra o desemprego teve 58% e são as áreas melhor avaliadas pelos eleitores.
Outros setores aprovados por mais da metade da popula-ção são meio ambiente e edu-cação. Impostos e saúde re-gistram os maiores índices de desaprovação, ambas as áreas com 53%. A política de segu-rança pública é desaprovada por 49% dos entrevistados.
A pesquisa foi realizada en-tre os dias 20 e 23 de março de 2011. Cerca de 2.002 pessoas com idade a partir de 16 anos, responderam a entrevistas em 141 municípios do País.
dilma: com a bola toda
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teatro
merenda dá a receita do palcoEle encenou mais de 50 peças na carreira. E não para
“Teatro é um santo remédio para a timidez, acaba com o es-tresse, dá liberdade para pensar, agir e ver o mundo de outra for-ma.” É o que garante José Antô-
merendão entre atos
nio Merenda, 55 anos, bancário aposentado da Caixa Econômi-ca Federal, que atua nos palcos barretenses há 37 anos.
Merenda participou da Fe-deração de Teatro Amador do Vale do Rio Grande, da qual foi presidente em 1979. Nes-se ano, com João Falcão, ele fundou o GTAAB – Grupo de Teatro Amor à Arte. Com mais de 50 peças encenadas, a comédia Os Três Gostosões, com três montagens diferen-tes, foi a mais marcante.
Membro da Academia Bar-retense de Cultura, Merenda tem o teatro no sangue. Seu tio, Humberto Bebilácqua, foi destaque do teatro amador, nos anos 1940. “Continuo no palco até quando Deus quiser” – diz Merenda, o Palhaço Campai-nha nas festas da cidade. Na Semana Santa, ele interpretou Pilatos, na Paixão de Cristo. O espetáculo foi apresentado no recinto Paulo de Lima Corrêa, onde ocorreram os primeiros rodeios em Barretos.
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roça
os pequenos agricultores e a merenda escolar da cidade
da suspeita ao crédito de confiança
Três associações rurais de Barretos faturam R$ 342 mil desde o início do anoEles estão fazendo uso da
Lei 11.947/09, que estabelece que o município tem de gastar no mínimo 30% do que recebe de verba do governo federal com a agricultura familiar para abastecer de merenda as escolas do município. É o que determi-na o Programa Nacional de Ali-mentação Escolar. A aquisição dos produtos ocorre por meio de uma Chamada Pública. Na primeira negociação deste ano, os agricultores se compromete-ram a fornecer 28 itens, entre os quais estão 91.160 quilos de la-ranja, 16.400 quilos de tomate, 29.740 quilos de banana, 2.112 quilos de doce caseiro em pas-ta e 6.620 quilos de repolho. A segunda Chamada Pública de 2011 está prevista para julho.
O engenheiro agrônomo Rolando Salomão, um dos res-ponsáveis pela articulação da entrega dos gêneros alimen-
No início do Programa Na-cional de Alimentação Esco-lar em Barretos, os pequenos sitiantes desconfiavam de sua eficácia. Passada a incerteza, a venda da produção para ser consumida na merenda está valendo a pena. O casal Abílio Polizello Filho e Maria Hele-na de Oliveira Polizello toca seis hectares no Sítio Floresta, na região da Cachoeira. Eles plantam abobrinha, cheiro verde e laranja. E já pensam em ampliar a variedade de plantio. “Atualmente, dá para
tícios pelos pequenos produ-tores, comentou que a adesão de produtores ao Programa deve aumentar. Ele estimou que metade da produção dos agricultores abastece a meren-da. O restante é vendido para
seu abílio, na roça de abobrinhas: um sucesso
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do a vida” do pequeno pro-dutor. “Antes, não tínhamos para quem vender. A pro-dução se perdia” – lembra. “Agora temos uma renda a mais para a família.” Satis-feito com a comercialização de produtos para a merenda escolar, Júlio César Flávio da Silva, do Sítio Períme-tro, em Três Barras, espera que por meio da Associação os produtores abram novos mercados. Ele é um dos grandes fornecedores de to-mate para o Programa.
tirar mais de um salário míni-mo por mês” – afirma a mu-lher, contente com o aumento da renda familiar.
João Flávio Taveira, pre-sidente da Associação dos Empresários Rurais das Três Barras, no sítio São Francisco, utiliza cerca de oito hectares para produzir para a merenda. Na propriedade, ele tem uma cultura diversificada: planta mamão-formosa, banana-na-nica, tangerina, limão-taiti e milho verde, entre outros. Para ele, o Programa está “salvan-
atravessadores. Uma das pro-postas é buscar soluções para que as Associações possam negociar sem intermediários.
A inserção no Programa Nacional de Alimentação Es-colar das três associações –
Associação das Comunidades Rurais de Barretos, Associa-ção dos Pequenos Produtores Rurais do Vale do Rio Grande e Associação dos Empresários Rurais das Três Barras – está chamando a atenção na região
pela forma como é conduzida. Nos dias 18 e 19 de maio, alu-nos do curso de agronomia da Unesp de Jaboticabal agenda-ram visita para conhecer o tra-balho desenvolvido com a agri-cultura familiar no município.
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joão taveira, em seu bananal, recebe a visita do técnico antônio de Padua, da casa da agricultura
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memória
a comunista que evitou uma guerra para os brasileiros
nome branco, alma límpida
Barretense desafia o governo Dutra, vai presa, mas acaba condecorada em Moscou
Nascida em Barretos em 1912, Elisa Branco Batista é uma comunista brasileira, com reconhecimento internacional. Filha do casal português Caroli-na e José – ele um comerciante de madeiras, que faleceu quan-do ela tinha 6 anos –, Elisa vi-veu com a mãe e cinco irmãos na cidade até a idade adulta. “Como aqui não tinha nada para a mulher trabalhar, fui para São Paulo onde aprendi a costurar
com minha prima” – disse ela ao jornal Inverta, órgão oficial do Partido Comunista Marxista Leninista (PCML), do qual Eli-sa foi fundadora, no ano 2000.
Elisa começou sua militância política em Barretos, em 1945, ao assumir o Departamento Fe-minino do Comitê do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Em 1946, como vice-presidenta, participou da inauguração do Comitê Popular Democrático
da Fortaleza, na Rua 22, número 1220, que defendia o bairro.
Na capital, foi presidenta de honra da Federação das Mulheres de São Paulo e vice-presidenta do Movimento Brasileiro dos
Partidários da Paz. Em 1950, num desfile de 7 de setembro, no Vale do Anhangabaú, desafiou o governo Dutra ao abrir uma fai-xa de cinco metros de extensão com os dizeres “Os Soldados, Nossos Filhos, Não Irão Para a Coreia”. Aplaudida pela mul-tidão, foi presa e conduzida ao Departamento de Ordem Políti-ca e Social, o DOPS. Ficou oito dias incomunicável. Foi conde-nada a quatro anos e três meses de prisão. “Mas uma luta muito bem-feita obrigou o governo a desistir de mandar brasileiros para a guerra” – disse na ocasião.
Na prisão, Elisa alfabeti-zou detentas, ensinou corte e costura e higiene pessoal. Do lado de fora, organizou-se um movimento pela sua libertação, campanha da qual participou até a Rádio Central de Moscou. Depois de um ano e oito meses de cárcere, ela foi libertada. Em 1953, no Palácio do Kremlin, em Moscou, na União Soviéti-
Casada com Norberto, Elisa Branco teve duas fi-lhas – Florita, em 1932, fa-lecida em 2006, e Horieta, em 1934 – ambas cidadãs barretenses. Horieta mostra os cadernos, escritos a partir de 1996, em que Elisa con-ta passagens de sua vida. Numa delas, Elisa escreve sobre a morte do pai, José Branco, que se transferira para Campinas para se tratar de uma doença grave, quan-do um telegrama chegou à
casa, em Barretos, para a mãe, Carolina, grávida da irmã Zulmira, informando a morte de José. “Minha mãe chorou copiosamente, mas não ficou abalada por muito tempo, pois tinha que ter forças para sus-tentar a mim, a meus quatros irmãos e a minha irmã que estava pra chegar” – relata Elisa Branco. Após a morte do avô, Horieta lembra que a fa-mília passou por dificuldades financeiras, tendo de alugar os quartos do casarão em que
ca, recebeu o Prêmio Interna-cional da Paz.
Em 1958, Elisa Branco volta a Barretos, onde participa de um comício na Praça Conselheiro Antônio Prado (a Praça da Es-tação), quando um simpatizante da candidatura Carvalho Pinto sai esfaqueado “sem gravidade”, como destacou à época o jornal “Correio de Barretos”. Em 1964, Elisa morava na Vila Mariana, em São Paulo, e foi importunada pelos militares. “Os bandidos do DOPS reviraram tudo e levaram um monte de fotografias pesso-ais” – contou à revista ISTOÉ. Em 1971, agentes foram buscá-la de madrugada, mas, aos ber-ros, ela acordou a vizinhança. “Estão me levando.” A família ficou três dias sem informação, até que foi liberada por falta de provas. Elisa faleceu em 8 de junho de 2001, aos 87 anos, em São Paulo. Sua militância é reconhecida em trabalhos acadê-micos e livros.
nasceram, de 21 cômodos, para imigrantes que chegavam re-fugiados da guerra na Europa.
Horieta acredita que a dedi-cação de Elisa ao movimento co-munista se deve à atitude huma-nista do avô – ele não se negava a ajudar as pessoas; era muito ca-tólico e dizia à esposa que nunca lhes faltaria nada se ajudassem a quem precisa – e aos livros anar-quistas emprestados por um ami-go da família. “O que eu sei, devo ao partido. Ser comunista é ter o saber” – escreveu ela.
A ideia do comunismo se disseminou na família. “Todos nós fomos contagiados pela luta da minha mãe, mulher de coragem, que enfrentou, sem titubear, as autoridades
da época e mostrou sua au-dácia ao levantar uma fai-xa contra a guerra. Horieta lembra muito desse dia. Ho-rieta estava presente no Vale do Anhangabaú.
elisa acena para os coreanos em viagem à romênia e a filha horieta exibe o prêmio da Paz
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jubileu de ouro
bancários de barretos comemoram 50 anos de lutaGrandes conquistas sindicais e do País marcam a trajetória de uma senhora categoria
O combate ao assédio moral e contra qualquer tipo de dis-criminação, o trabalho decente com renda, o fim das filas nas agências e a contratação de mais funcionários são as principais bandeiras de luta do Sindicato dos Bancários de Barretos e Re-gião, que completou 50 anos em 1º de maio. Entre as comemora-ções do Jubileu de Ouro está o lançamento de um vídeo come-morativo à data. A exibição será no dia 17 de maio, às 19h30, na sede do Sindicato.
A posse da nova diretoria, para um mandato de três anos, sob a presidência de Marco Antonio Pereira, está mar-cada para o dia 21 de maio, às 19h30, no Rio das Pedras Country Club. A Câmara Mu-nicipal de Barretos enviou congratulações e aplausos pela reeleição das lideranças regionais dos trabalhadores bancários. A base territorial é formada por 15 cidades da região e abrange aproximada-
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a entrega da carta sindical, em 1961, inaugurou um período de vitórias dos bancários
A ingerência durou mais de um ano. Depois, vieram o arrocho salarial e o desemprego. A partir de 1986, com o Plano Cruzado, ocorreu a demissão de milhares de bancários e o fechamento de centenas de agências.
Na década de 80, insatisfei-tos com a posição da diretoria, teve início o movimento de oposição de trabalhadores de Barretos, Bebedouro e Guaíra. Em 1987, foi eleito presidente Rodrigo Otávio Ferreira Men-des. Em 1990, duas chapas disputaram a entidade e o gru-po encabeçado por Ezisto Cé-sari, cutista, venceu a eleição. Em 1991, o Sindicato se filia à Central Única dos Trabalha-dores – CUT. Desde então, a entidade buscou garantir di-reitos conquistados e avançar nos benefícios para a catego-ria. “Até hoje ela se pauta pela construção de um sindicalis-mo de luta, livre, autônomo e cidadão” – reafirma o presi-dente Marco Antonio Pereira.
mente 1.500 bancários ativos e inativos.
A Associação Profissional dos Bancários foi fundada em
10 de junho de 1959 e transfor-mada em sindicato no dia 1º de maio de 1961. José Rosa Paiva foi o primeiro presidente. Em
sua trajetória, o Sindicato so-freu intervenção federal e viu sua diretoria ser destituída em 1964, com a ditadura militar.
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contra as drogas
a comunidade terapêutica e os dependentes químicos
casa de triagem é a porta de entrada
Espiritualidade, disciplina e trabalho é o tripé usado para recuperar doentes
A Casa de Triagem Sagra-da Família é a porta de entrada da Comunidade Terapêutica. Instalada na Avenida Um, 682, na esquina da Rua Vinte, bairro Fortaleza, ela acolhe, fortalece os vínculos familiares e apoia os dependentes químicos e do álcool. Profissionais especia-lizados realizam atendimen-tos individuais e trabalho em grupo. O funcionamento é de segunda-feira a sexta-feira, das 8 h às 12 h e das 13 h às 17 h. Às quartas-feiras, à noite, há atendimento médico. O agen-damento é feito pelo telefone (17) 3324-4735.
Segundo a psicóloga Fernanda Cristina Pacheco,
desde a sua abertura, a Casa de Triagem tem reconhecimento de utilidade pública pelo muni-cípio e já atendeu cerca de 400 casos – em média 30 famílias por semana. As situações que exigem tratamento clínico são encaminhadas para internação em outras cidades, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. A partir de maio o atendimento passa a ser feito pela Comuni-dade Terapêutica.
Outro apoio importante destacado pela psicóloga é de-sempenhado pela Pastoral da Sobriedade da Igreja Católica. O grupo realiza reuniões no lo-cal, às segundas-feiras, a partir das 19 horas, com ações que
visam resgatar o dependente e sua família. O objetivo é pro-porcionar saúde e promover a dignidade das pessoas – conta
Instalada no antigo Hos-pital Psiquiátrico Vale do Rio Grande, no bairro Derby Club, a Comunidade Terapêu-tica é uma entidade mantida pela Fundação Padre Gabriel Correr, com capacidade para atender até 30 pessoas do sexo masculino, a partir dos 18 anos. A condição essencial para que o dependente seja aceito na casa é que ele quei-ra fazer o tratamento. “Não há internação obrigatória” – diz a assistente social Amanda Fer-rari Carvalho.
Depois de passar por tria-gem, o admitido realiza um tratamento com duração de seis meses, acompanhado por profissionais de várias áreas. A maioria da equipe já foi trei-
nada pela Federação Brasileira das Comunidades Terapêuti-cas. Para manter o projeto, a instituição conta com a parce-ria da Prefeitura Municipal e o apoio da Comunidade, afirma a presidente Tânia Diamantino. A contribuição de sócios colabo-radores, a doação de alimentos, colchões, equipamentos e ou-tros produtos ajudam para que o atendimento seja gratuito.
Em abril, lideranças da en-tidade apresentaram o projeto da Comunidade Terapêutica ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que visitou a cidade. De acordo com Tânia, o mi-nistro ficou de viabilizar uma forma para ajudar na manuten-ção dos recursos humanos da instituição.
Fernanda. O fácil acesso que facilita a proliferação do cra-ck é uma das preocupações da entidade – diz a psicóloga. Ela
lembra que o álcool é a porta da entrada para as drogas ilí-citas e o que registra o maior índice de dependência.
assistente social amanda carvalho e psicóloga Fernanda Pacheco atuam na casa de triagem
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tânia diamantino fala aos dependentes e familiares durante encontro de sobriedade
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esPorte
judô, o esporte que vai além do tatamePerseverança e determinação, os requisitos para a criança praticar judô
O professor Tiago Leal, 30 anos, 18 deles dedicados à mo-dalidade, treina a equipe barre-tense que compete em eventos organizados pela Federação Paulista de Judô. O esporte foi implantado na rede municipal de ensino graças ao projeto
Mais Educação, do governo federal. Cerca de mil crianças são iniciantes do esporte.
No Ginásio Poliesportivo Rochão, de segunda a sexta-feira, às 18 h, são ministradas aulas gratuitas de judô. Os in-teressados fazem inscrição no
local. Crianças a partir dos 6 anos podem ingressar no es-porte. A equipe de competição de Barretos tem 70 atletas. O principal destaque está na ca-tegoria Júnior masculino: Ra-nielle Bobis Gomes. “O judô é um esporte que tem como
cisma atinge até quem é profissional“Quando o touro é pu-
lador, a cisma bate” – diz o toureiro profissional Clau-demir Leandro da Silva, 22 anos, solteiro, campeão do rodeio Júnior em Barre-tos, em 2004.
Ele começou a mon-
tar ainda garoto, deixando os pais contrariados. Mas, com o tempo, eles consenti-ram que o filho praticasse o esporte. “Até hoje, quando eu caio, minha mãe vira a cara, fica aflita” – comenta. Claudemir já se machucou
jovens Peões
Fé, coragem, garra e determinação nos rodeios“Se pensar muito no perigo a gente não monta” – diz a moçada que desafia os touros
O esporte é bruto – eles concordam. Mas é preciso coragem para se tornar um atleta profissional do rodeio brasileiro em ir em busca de um sonho: vencer uma etapa
não lhe faltam. Classifica o esporte como perigoso, “mas quem gosta tem de enfrentar. Se pensar muito a gente não monta” – diz. Ele tem o apoio dos pais.
Paulo César Lopes, o Pauli-nho 1001, explica que o rodeio permanente reúne peões ini-ciantes e profissionais. Com-petidores a partir de 14 anos, com autorização dos pais e previamente inscritos, podem se “arriscar” na arena. Seguro de vida e ambulância são ga-rantias para eventuais aciden-tes. “Essa é uma das formas de descobrir novos talentos para o esporte” – observa o locu-
tor. Antes do festival de tom-bos, ele coordena a tradicional abertura, com hino nacional executado ao som da viola e prece a Nossa Senhora Apare-cida, considerada a padroeira dos rodeios pelos católicos.
Futuros animadores de fes-tas deste estilo também têm oportunidade em Barretos. De 7 a 10 de julho está mar-cado um curso de locução de rodeio. Serão ministradas au-las teóricas e práticas. Barra Mansa, conhecido como “o tenor das arenas”, será um dos mestres. As inscrições podem ser feitas pelo site www.pauli-nho1001.com.br.
em Barretos – todos admitem. Para isso, a preparação é fun-damental. O treino de um gru-po de rapazes que quer chegar lá ocorre aos sábados, a partir das 16 h, na arena do Rancho
do Peãozinho, no Parque do Peão. Integra um projeto de turismo permanente no local, parceria de Os Independen-tes, Departamento Municipal de Turismo, locutor Pauli-nho 1001 e tropeiro Gilberto Mega. A entrada é gratuita.
Vinícius Gomes, 16 anos, morador na Vila Marília, em Barretos, estudante do 1º ano do ensino médio, é “apaixona-do” pelo rodeio desde crian-ça. Ele se arrisca nos treinos desde o início de 2010. E garante que, em agosto deste ano, vai montar no rodeio Ju-nior durante a Festa do Peão. Fé, coragem e determinação
na arena. “A gente continua porque gosta.” Na carreira, o toureiro ganhou duas mo-tos de prêmio. Ele já montou em Porto Velho (Rondônia) e em Jaguariúna, Americana, Fernandópolis e Rio Preto, entre tantas cidades paulistas
o locutor oficial Paulinho 1001 ao lado do garoto vinícius
claudemir vive de rodeios
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conceito a disciplina, o respei-to ao próximo, às regras, à hie-rarquia. A modalidade é impor-tante na formação do caráter do cidadão” – diz Tiago, que há 9 anos substitui o “aposentado” sansei Chiba no treinamento de judocas de Barretos.
que realizam festas do gêne-ro. Mas o seu sonho é ganhar um rodeio em Barretos. En-quanto isso não acontece, ele prestigia e apoia os garotos que participam nas tardes de sábado das montarias no Par-que do Peão.
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tiago ensina judô no rochão
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Palavras cruzadasFoto síntese – região dos lagos
respostas
Palavras cruzadas
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horizontal – 1. Relativo a panorama 2. Relativo a oráculo 3. Patente militar; Símbolo químico da prata 4. Facção criminosa do Rio de Janeiro (abrev.); Nome de ave semelhante a uma pomba pequena 5. Soube; 3,1416; Arquivo Nacional 6. Que tem dimensões avantajadas; Fundo Monetário Internacional 7. Alcoólicos Anônimos; Corpo vegetativo com células pouco diferenciadas, sem caule, raiz e folhas legítimas; A segunda vogal e a última letra do alfabeto 8. Dona da casa onde foi criado “Pelo Telefone”, samba de Donga e Mauro de Almeida; Partida 9. O mesmo que lhe; Que tem conhecimentos obtidos por leituras; Antigo Testamento 10. Adore; Bati asas 11. Mulher de idade madura cuja conduta é respeitável; Quatro, em algarismos romanos 12. Escola de Administração; Ação
vertical – 1. Chiqueiro; Sacerdote budista 2. Lavra; A virgem dos lábios de mel 3. Nariz; Estação de Tratamento de Esgotos 4. Situado no Ocidente; Símbolo do rádio 5. Rota, em espanhol; O caso de declinação que, em algumas línguas, exprime a relação de objeto indireto 6. Facção; Aumentativo de pelada 7. Indígena da Nova Zelândia; Organização dos Estados Americanos 8. Partir 9. Caminho de álamos; Magnetismo pessoal 10. Relativo à organização
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Palavras cruzadas
PANORAMICOORACULARRCAPITAOAGIADAROLALIEPIANGRANDEFMIAATALOEZ
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